caderno dia da indústria

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MACAÉ (RJ), SEXTA-FEIRA 25 DE MAIO DE 2012 DIA DA INDÚSTRIA É PARTE INTEGRANTE DA EDIÇÃO 7783 DE O DEBATE

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Carderno Especial do Jornal O Debate Diário de Macaé. Por se tratar do tema Indústria as referencias buscadas em cartazes do século XIX para os títulos fizeram menção à Revolução Indurstrial ocorrida nesse século. Rigidez e experimentalismo definem bem esse trabalho que bebe um pouco também no construtivismo ao denotar em alguns momentos não estar "terminado". Textos invadem imagens e adquirem um formato diferente tornando o desenho da página dinâmico.

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macaé (rj), SEXTa-fEira 25 dE maio dE 2012 • dia da indúSTria é parTE inTEgranTE da Edição 7783 dE o dEBaTE

2 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Propriedade: EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e Agências de Notícias • Sede e Parque Gráfico Próprios. Rua: Benedito Peixoto, 90 Centro Macaé/RJ Tel. (22) 2106-6060 - CNPJ: 29699.626/0001-10 • Reg-istrado na forma da lei • Diretor Presidente: Oscar Pires • Editor: Márcio Siqueira ([email protected]) • Publicidade - Vendas de Publicidade: Franciele Terra ([email protected]) Juana Lima ([email protected]), Ulisses Machado ([email protected]), • Edição Gráfica: Weberth Freitas([email protected]) • Fotos: Wanderley Gil ([email protected]) • Acesse: www.odebateon.com.br • E-Mail: [email protected] • A direção de O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos as-sinados, sendo de total responsabilidade do autor. • Filiado à ADJORI - RJ Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ADI Brasil • ANJ Associação Nacional de Jornais.

e x p e d i e n t e

Compromisso com a cidade

EDIT

ORIA

LA participação da indústria no crescimen-

to de Macaé é anterior ao processo de transformação do município, de Princesi-

nha do Atlântico, a Capital Nacional do Petróleo. Ao ser hoje responsável pela movimentação

da metade dos recursos próprios gerados pela máquina pública, possibilitando ao município alcançar um orçamento de mais de R$ 1,8 bilhão, estimado para 2012, a instalação de fábricas nas décadas passadas, aproveitando as potenciali-dades da cidade muito antes da descoberta das riquezas extraídas pelas reservas de petróleo re-gistradas há mais de 30 anos na Bacia de Campos, foi capaz de garantir um posicionamento de des-taque, para Macaé, no cenário estadual e nacional.

Ao passar, em quase seus 200 anos de his-tórias, por momentos expressivos em sua eco-nomia, sem dúvidas, a participação da indústria, através da produção de vassouras, álcool, e até refrigerante, produto este que carrega em sua marca a imagem da Princesinha do Atlântico, foi fundamental para que Macaé alcançasse hoje esse potencial digno de grandes metrópoles.

Com a chegada do progresso, o setor industrial, atrelado ao fomento do comércio local, também sofreu um processo de mudança de identidade, onde as antigas fábricas quase artesanais, fa-miliares, responsáveis pela geração de grande parte dos empregos oferecidos aos macaenses nativos, deram espaço a grandes companhias, que miraram as suas atividades e serviços nas potencialidades registradas na imensidão do mar.

Através da postura visionária de grandes no-mes da indústria e do comércio local, fábricas nativas se remodelaram e conseguiram ocupar o seu espaço no setor que, aos poucos, foi se internacionalizando e também ficando cada vez mais competitivo.

Sem perder a identidade entre as bandeiras fincadas por companhias que trouxeram para Macaé a experiência e a tecnologia essencial ao desenvolvimento da principal atividade eco-nômica da região, e a responsável por colocar o Brasil no eixo do progresso e do desenvolvimen-to, as companhias genuinamente macaenses conseguem ocupar o seu espaço e até expan-dir os seus negócios, oferecendo qualidade e experiência adquirida dentro de casa, para novos projetos que começam a mudar a rotina de cidades como Quissamã e São João da Barra.

Responsáveis por representar esses nomes, e preservar a identidade e a história do setor industrial de Macaé, instituições como a Comis-são Municipal da Firjan e a Associação Comer-cial e Industrial de Macaé (Acim), hoje atuam com objetivo de superar os desafios presentes, e planejar e enxergar as potencialidades, assim como os riscos, futuros, esperados diante do intenso processo de mudanças e crescimentos puxados pela dinâmica produtiva do petróleo.

Contando hoje com a participação de mais de 10 mil empresas, de pequeno, médio e gran-de portes, Macaé alcança a segunda posição no ranking estadual entre os municípios com os maiores parques industriais do Rio de Janeiro, potencial que poderá ser ampliado através das expectativas de exploração do pré-sal.

Para relembrar todo este histórico, e cele-brar um novo momento para a indústria local, o jornal O DEBATE apresenta este especial que tem como principal foco registrar parte de um processo fundamental, não só para a economia de Macaé, mas também para a re-alidade de todos os cerca de 210 mil macaen-ses, que ajudam a movimentar essa potência chamada de Capital do Petróleo.

3 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Porto de Barra do Furado: 450 mi de investimentos

O potencial de negó-cios que deverão ser gerados a par-tir da atuação de

um dos projetos mais impor-tantes no cenário da indústria do petróleo na região, o porto de Barra do Furado, garante a ampliação de investimentos, através de uma aproximação entre empresários dos setores industriais da região.

As potencialidades do proje-to conhecido de perto pelo go-vernador Sérgio Cabral, foram conferidas por empresários macaenses que visitaram as futuras instalações do com-plexo, situado na divisa entre os municípios de Quissamã e Campos dos Goytacazes, no início do ano.

Liderados pela Comissão Municipal da Firjan, membros

o projeto de barra do furado levou tempo para ser iniciado pela magnitude

do cenário empresarial de Ma-caé, e representantes de insti-tuições importantes do setor, como a Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), participaram de encontros, com o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, e o secre-tário de Desenvolvimento Eco-nômico do município, Haroldo Carneiro, que destacaram a previsão de investimentos que serão atraídos pelo projeto: cer-ca de R$ 450 milhões.

“As oportunidades são muitas para os empresários de Macaé que possuem a ex-perência garantida junto ao mundo do petróleo”, afirmou Evandro Esteves.

Acompanhados por mem-bros da Representação Regio-nal da Firjan, os empresários assistiram a três palestras.

pelo consultor Sileno Martinho, que mostrou a análise social do local encomendada pela Prefei-tura de Quissamã e realizada pela Universidade Federal Flu-minense (UFF).

Em seguida o secretário Haroldo Carneiro, falou so-bre o Perfil Sócioeconômico da cidade. E o presidente da BR Offshore, Ricardo Vianna,

apresentou os investimentos que a companhia vai fazer em Quissamã na ordem de R$ 450 milhões em um Terminal de Serviços e Logística e em um Estaleiro de manutenção em Barra do Furado.

“O projeto do Complexo começou a ganhar corpo em 2006 e depois de seis anos está efetivamente sendo im-plantado com prazos e metas definidos. Nós queremos que o desenvolvimento seja prós-pero, por isso a partir do Estu-do de Impacto vamos buscar realizar todas as ações estra-tégicas apontadas nele para o crescimento organizado do balneário de Barra do Furado”, destacou Haroldo.

Já o prefeito de Quissamã afirmou que o projeto garante o futuro econômico do município.

“Com o início das obras esperamos ofertar diversas oportunidades de negócios e gerar centenas de postos de emprego para Quissamã e região. O projeto de Barra do Furado levou um certo tempo para ser iniciado pela própria magnitude e tecnologia que envolve o Complexo”, frisou Armando.

Participaram do encontro os secretários de Desenvol-vimento Econômico de Cam-pos e de Macaé, Orlando Portugal e Clinton Santos, o diretor de O DEBATE, Oscar Pires, o Capitão-de-Fragata da Capitania dos Portos de Macaé, Robson Galhardo, o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada de Macaé, Coronel Edmilson Jório, entre outras autoridades.

A primeira, sobre o “Estudo de Impacto Social do Complexo Farol/Barra do Furado” foi feita

Acompanhados por membros da Representação Regional da Firjan, os empresários assistiram a três palestras

Empresários macaenses acom-panharam de perto o andamento das obras do Porto de Barra do Furado

4 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Senai: qualificação de olho na sustentabilidade

Além de garantir o crescimento econô- mico da região pro-dutora de petróleo, a

indústria macaense foi respon-sável também pelo aumento do número de ofertas de em-prego, o que gerou o surgimen-to do processo de migração, e até importação, de mão de obra especializada. Passa-das as dificuldades iniciais, o Sesi e o Senai, que integram o Sistema Firjan, assumiram a responsabilidade de garantir a formação de mão de obra

temos 1,6 mil matrícu-las ativas, em nossos cursos principalmente a demanda do setor offshore

qualificada genuinamente ma- caense, um compromisso fundamental para o fortale-cimento de um dos setores mais importantes para a atual realidade da Capital Nacional do Petróleo.

Ao garantir a instalação de um dos mais modernos polos de formação, inaugurado em Macaé em 2008, o Senai foi responsável por atender a de-manda profissional apresenta-da pelas companhias que parti-cipam das atividades relativas a indústria do petróleo.

com o desenvolvimento sus-tentável no município, na re-gião e no Estado. Entendemos que a melhor forma de partici-

par deste processo é através da educação, por isso, inves-timos na formação de novos profissionais para suprir a demanda da indústria regio-nal”, afirmou o gerente execu-tivo da Unidade Operacional de Macaé - Sesi/Senai, Luiz Eduardo Campino.

Ao garantir a formação de mais de 10 mil profissionais qualificados, absorvidos pelo mercado de trabalho regional ao longo dos últimos quatro anos, o Senai garante, através da parceria com empresas na-

cionais e estrangeiras que atu-am na região, a garantia de ex-pansão e aprimoramento do ensino técnico de qualidade.

“Hoje temos 1,6 mil matrícu-las ativas, ou seja, alunos que participam dos nossos cursos direcionados principalmente a demanda do setor offshore. Quanto mais buscamos parce-rias e investimos na qualidade do ensino, mais percebemos que a demanda de mão de obra qualificada é crescente na nossa região, onde Macaé é polo”, apontou Campino.

“Nós somos a Casa da In-dústria, com isso, temos o compromisso de contribuir

O Senai foi responsável por atender a demanda profissional apresentada pelas companhias da indústria do petróleo

Inaugurada em 2008, nova sede do Senai já garantiu formação de mais de 10 mil alunos

5 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Parcerias que dão certo

Ao assumir o papel da

“Casa da Indústria”, o Sesi/Senai busca a firmação de par-

cerias que garantem o aten-dimento a demanda crescente de profissionais, diante das oportunidades geradas atra-vés da expansão do mercado offshore.

Principal foco de traba-lho da unidade desde a sua

instalação em Macaé, hoje a Unidade Operacional de Macaé comemora novos re-sultados alcançados através de parcerias firmadas com empresas como a SKF, Per-bras e Sodreq.

“Temos parcerias com vá-rias empresas que, através de comodato, disponibilizam equipamentos, materiais e maquinários fundamentais

Entre as novas conquistas alcançadas pelo Senai estão o laboratório construído em parceria com a SKF

Foto - Motores doados

a formação técnica dos nos-sos alunos. Além do leque de cursos pertencentes a nos-sa prateleira, oferecemos também cursos customiza-dos, realizados a pedido de determinadas empresas, de acordo com a sua demanda”, afirmou Campino.

Entre as novas conquistas alcançadas pelo Senai estão o laboratório construído em

parceria com a SKF, a doação de dois motores especiais fei-ta pela Sodreq, além da sonda doada pela Perbras, equipa-mento único na região.

“Buscamos a parceria com mais empresas para que pos-samos ampliar a nossa pra-teleira de cursos, atendendo assim a demanda crescente da indústria do petróleo”, apontou Campino

Planejando o futuro da indústriaAtravés da implantação de um dos mais modernos núcleos de formação profissional, o Sesi/Senai já desenvolve ações de olho no esperado crescimen-to econômico e industrial da região nos próximos anos, de acordo com a estimativa de elevação da produção de pe-tróleo, através da exploração das camadas do pré-sal.

“Todos os investimentos garantidos à Unidade Opera-cional de Macaé são direciona-dos ao crescimento da região. Pensando no crescimento es-timado a partir da exploração do pré-sal, já planejamos no-vas ações que visam atender a essa demanda futura”, ga-rantiu Luiz Eduardo Campino.

Entre as novidades de-

senvolvidas pelo Senai, já pensando no pré-sal, está a construção da sua segunda unidade, a Sonda Escola, pro-jeto desenvolvido em parceria com a Petrobras, que doará o equipamento direcionado a formação de novos profissio-nais, a Prefeitura de Macaé, que vai ceder o terreno, situ-ado na região de Cabiúnas, e

o Sesi/Senai que garantirá a construção da unidade.

“O projeto de criar mais uma unidade de formação em Macaé já é pensando na questão da evolução da indústria regional. Por isso, nós do Senai temos muito o que comemorar neste dia 25, em que celebramos o Dia da Indústria”, apontou Campino.

Campino comemora resultado de parcerias firmadas com empresas da cidade

6 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Dia da Indústriamomento histórico no Brasil

O Dia da Indústria foi instituído através do decreto número 43.769, de 21 de Maio de 1958, assinado pelo então presidente

da República Juscelino Kubitsechek. O dia esco-lhido teve como objetivo homenagear a data do falecimento do Dr. Roberto Cochrane Simonsen, visionário industrial pau-lista que realizou grandes contribuições para o de-senvolvimento nacional.Roberto Simonsen (R. Cochrane S.), engenheiro, industrial, administrador, professor, historiador e po-lítico, nasceu em Santos, SP, em 18 de fevereiro de 1889, e faleceu, no salão nobre da Academia Brasileira de Letras, em 25 de maio de 1948, quando saudava o primeiro-ministro belga, Paul van Zeeland, em visita oficial ao Brasil. Sucedendo a Filinto de Almeida, era o segundo ocupante da Cadei-ra nº 3, para a qual fora eleito em 9 de agosto de 1945 e recebido em 7 de outubro de 1946, pelo acadêmico José Carlos de Macedo Soares.

Iniciou os estudos em Santos, transferindo-se, mais tarde, para o Colégio Anglo-Brasileiro de São Paulo.

Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da capital paulista e dedicou-se a in-tensa atividade industrial e comercial. Começou a trabalhar em 1909, na Southern Brazil Railway. De 1911 a 1912, ocupou a diretoria geral das obras da Prefeitura de Santos.

Logo a seguir, aos 24 anos de idade, fundou a Companhia Construtora de Santos.

Em 1919, foi designado membro da Missão Co-mercial Brasileira à Inglaterra e, posteriormente, representante do Brasil no Congresso Internacio-nal dos Industriais de Algodão em Paris. Tomou parte da Conferência Internacional do Trabalho em Washington (EUA), datando dessa época a aproximação com o historiador e homem de es-tado Pandiá Calógeras, que foi ministro da Guerra no Governo Epitácio Pessoa.

A Companhia Construtora foi encarregada da construção dos quartéis do exército, obra a que

ele dedicou grande diligência.A organização estendeu-se aos Estados de

São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Em 1932, consagrou-se ao Movimen-to Constitucionalista de São Paulo.

Desempenhou papel im-portante no grupo de intelec-tuais que lançou o manifesto de que decorreu a fundação da primeira Escola de Socio-logia e Política existente no Brasil e ali assumiu a cadeira de professor de História da Economia Nacional.

De seus ensinamentos e pesquisas resultaram obras como História Econômica do Brasil, Aspectos da economia nacional e ou-tras, sobre a evolução da indústria no Brasil.

Em 1934, foi eleito de-putado federal por São Paulo.

Atuou em importantes comissões, em con-selhos de caráter econômico, em congressos, e proferiu inúmeras conferências, reunidas depois em volumes. Em 1945, com a volta do país ao regime constitucional, o Partido Social Democrático de São Paulo apresentou o nome de Simonsen para o Senado, e sua vitória nas urnas foi expressiva.

Continuou a preocupar-se com os assuntos econômicos, no Senado e em congressos e con-ferências.

Como vice-presidente da seção brasileira do Conselho Inter-Americano de Comércio e Produção, atuou na reunião de outubro de 1947, em Petrópolis, em que defendeu a tese de um Plano Marshall para a América Latina.

Ao falecer, Roberto Simonsen era, além de se-nador, presidente da Companhia Construtora de São Paulo; presidente da Cerâmica São Caetano S. A.; presidente da Companhia Paulista de Mine-ração; presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; vice-presidente da Confede-ração Nacional de Indústrias; vice-presidente do Conselho Superior da Escola Livre de Sociologia e Política, da Universidade de São Paulo.

6 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

7 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Contribuição garanteevolução econômica

Seja através do potencial em garantir oportuni-dades de trabalho aos profissionais do muni-

cípio, seja pelo compromisso social que mobiliza ações em beneficio da população da cidade, a contribuição da in-dústria macaense na adminis-tração de um dos municípios mais complexos da região acabou se tornando motivo de disputa, e de interesse, de outros municípios da região.

Principal fonte geradora do Imposto Sobre Serviços (ISS),

considerada como a “menina dos olhos” da administração municipal, a indústria torna-se ainda mais essencial ao município na medida que ga-rante, através da sua atuação, a diminuição da dependência financeira de Macaé dos re-cursos originários da principal atividade econômica da re-gião, a exploração do petróleo.

Além das questões relati-vas aos valores, que chegam a cerca de R$ 400 milhões no ano, a contribuição da indús-tria, através do pagamento do

Imposto Sobre Serviços (ISS), considerada como a “menina dos olhos” da administração municipal

ISS, permite ao setor assumir uma nova postura, a de co-brança, na aplicação efetiva dos recursos, que devem ser transformados em mudanças efetivas na realidade da Capi-tal Nacional do Petróleo.

Ao representar o setor na

cutem assuntos relativos a setores como infraestrutura, mobilidade urbana, seguran-ça, desenvolvimento econô-mico, atividades onshore e offshore, a Comissão reúne os representantes do setor, responsável hoje por movi-mentar a economia da Capital do Petróleo.

“Ao discutir os investimen-tos nestes setores, buscamos melhorar também a dinâmi-ca de atuação da indústria, o que reflete em avanços na geração de mão de obra, e até mesmo na arrecadação de impostos, ação que deve ser transparente e surtir efeitos à população”, apontou Evandro.

Ao propor a contribuição no processo de elaboração de planos de governo, que visa implementar ações rela-tivas a aplicação dos recursos gerados pela indústria, a Co-missão da Firjan vai defender o interesse do setor, através dos debates com os futuros candidatos a sucessão do go-verno municipal.

“Nos propomos a contribuir com a formação de um plane-jamento que será positivo para a cidade. Além disso, vamos atuar como fiscalizadores no desenvolvimento dessas propostas que visam garantir a Macaé o verdadeiro desen-volvimento”, apontou Evandro.

buscamos melhorar a dinâmica de atuação da indústria, para avançar na geração de mão de obra

Chegada de novas empresas eleva arrecadação do ISS

cidade, a Comissão Municipal da Firjan é intermediária nos debates das principais áreas relativas a dinâmica de ativi-dade da indústria do petróleo.

“Como contribuintes, nós temos a responsabilidade de acompanhar também de que forma esses recursos estão sendo aplicados, em benefício da população, buscando o de-senvolvimento sustentável da cidade”, afirmou o presidente da Comissão, Evandro Esteves.

Através da atuação das câmaras temáticas, que dis-

8 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Lideranças celebram marco do Dia da Indústria

Essencial à dinâmica evoluti-va de Macaé, no processo de transformação, de Princesinha do Atlântico, em Capital Na-

cional do Petróleo, a importância da

indústria é ressaltada por lideranças que possuem participação fundamen-tal nesse processo.

Ao celebrar hoje mais um Dia da Indústria, personalidades empresa-

riais, políticas e sociais de Macaé apontam, através da sua visão, a relação entre a realidade do muni-cípio próspero, porém com defeitos evidentes em sua rotina, e a respon-

sabilidade do setor que contribui com a geração de emprego e de recursos fundamentais para proporcionar a município o tão esperado desenvol-vimento econômico.

Personalidades empresariais, políticas e sociais de Macaé apontam a relação entre a realidade do município próspero

“Somos a Casa da Indústria em Macaé. Por-tanto, o dia tem grande importância para a dinâmica do nosso trabalho e do nosso papel em garantir a formação de mão de obra qua-lificada, atendendo a demanda crescente da indústria do petróleo macaense e da região”Luiz Eduardo Campino, gerente executivo da Unidade Operacional Macaé do Sesi/Senai

“O Dia da Indústria representa o marco do crescimento econô-mico do município, através da atuação de empreendedores que contribuíram com o crescimento e o desenvolvimento da região. A data contribui também para a dis-cussão de novos desafios”Evandro Cunha, presidente da Associa-ção Comercial e Industrial de Macaé (Acim)

“Macaé não seria a Capital Nacional do Petróleo sem a atuação da indústria. Portanto, o dia 25 de maio celebra a importância deste setor responsável por gerar oportunidade de trabalho, além de recursos essenciais a administração do município. Parabéns a todos os empreendedores”Paulo Antunes, presidente da Câmara de Vereadores

“A indústria e o comércio pos-suem um papel fundamental no processo de desenvolvimento do município, sem deixar de de-senvolver o seu compromisso social e com a sustentabilida-de. O Dia da Indústria é um momento de comemoração, mas também de reflexão sobre onde podemos atuar e o que podemos melhorar”Evandro Esteves, presidente da Comissão Municipal da Firjan

“Macaé é um município que possui em sua histó-ria a participação ativa da indústria e do comércio, que proporcionaram o de-senvolvimento da cidade até o seu reconhecimento como a Capital Nacional do Petróleo. O Dia da Indústria representa, para nós, essa importância”Marcelo Reid, vice-presidente da Comissão Municipal da Firjan

9 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Setor industrial garante expressiva média salarial

Por meio de um pro-cesso natural, poten-cializado por ações governamentais que

aproveitaram o favorecimen-to do ambiente de negócios gerado pelo petróleo, através dos investimentos na amplia-ção do setor industrial, Macaé desponta no cenário nacional como a cidade com a maior média salarial do Brasil.

Assumindo posição de des-taque no ranking que incluiu cidades como o Rio de Janeiro, a Capital Nacional do Petróleo pode ampliar ainda mais a sua capacidade de gerar oportuni-dades de emprego voltadas ao

setor industrial, aproveitando as projeções futuras projetadas através da exploração e produ-ção de óleo bruto e gás natural na Bacia de Campos.

Através de estudos e aná-lises de especialistas no setor econômico e da dinâmica na-cional do petróleo, Macaé foi a cidade que mais se beneficiou no país, com o crescimento das oportunidades de emprego, ge-radas pelo setor industrial, que se expandiu através das movi-mentações em terra geradas pelo setor offshore.

Macaé foi a cidade que mais se beneficiou no país, com o crescimento das oportunidades de emprego

Através da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, Macaé já alcançou a média salarial de R$ 3.715,37. Na visão dos es-pecialistas, por estar na frente das cidades inseridas no maior parque industrial do país, con-centrado entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mi-nas Gerais e Espírito Santo, a Capital Nacional do Petróleo assume a liderança também a nível nacional.

“Esse posicionamento do município representa o cres-cimento do setor industrial em Macaé, atraído pelas mo-vimentações do petróleo. Os números representam os be-nefícios gerados diretamente à economia da cidade através do processo de evolução da Petrobras no setor offshore da exploração e produção, projeção que tende a se elevar com o pré-sal”, afirmou o pre-sidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fumdec), Francisco Navega.

Responsável pelo cresci-mento da economia de cerca de 600%, superando o ritmo registrado na China, o setor industrial concentra em Ma-caé cerca de 80% de todas as oportunidades de emprego geradas pelo setor na região metropolitana do Petróleo.

Os números atuais represen-tam um processo de evolução que surgiu através da definição da Petrobras em instalar um porto na Imbetiba, possibili-tando assim o apoio logístico às bases de exploração situadas na Bacia de Campos.

Diante da projeção espera-da através do pré-sal, o setor marítimo torna-se o principal atrativo da região para o se-tor industrial, o que reforça a necessidade do município em garantir a execução do projeto do Terminal Logístico de Ma-caé (Terlom).

a projeção esperada pelo pré-sal, torna o setor marítimo o principal atrativo da região

Média salarial impulsionada pelo setor in-dustrial garante benefícios à economia do município

10 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Fundo Regional para novos investimentos

A criação de um Pacto, assim como de um Fundo de Investi-mentos Regional foi

discutido entre empresários e representantes das prefei-turas de Macaé, Campos dos Goytacazes, Quissamã e São João da Barra e de outras ci-dades, durante a realização do seminário “Visões do Futuro: Potencialidades e Desafios da Região Norte Fluminense”, re-alizado pela representação re-gional Norte do Sistema Firjan, em novembro do ano passado.

Realizado em Campos, o encontro teve como pano de

temos 1,6 mil matrícu-las ativas, em nossos cursos principalmente a demanda do setor offshore

fundo os investimentos que serão consolidados, através de projetos das iniciativas pública e privada, no estado do Rio de Janeiro até 2013, levantados pelo estudo “Decisão Rio”, ela-borado pela Firjan, que prevê a aplicação de R$ 181 bilhões, dos quais R$ 14 bilhões são espera-dos para a região Norte.

Durante a reunião, represen-tantes dos setores empresariais dos principais municípios em expansão econômica na região (Macaé, Campos, Quissamã e São João da Barra), tiveram a oportunidade de apresentar as suas propostas às prefeituras com objetivo de garantir a agi-lização de projetos voltados a

empresas atraídas pelos inves-timentos previstos.

Através da proposta de estrei-tar a relação entre os municípios em expansão econômica, os em-

presários, representados pela Firjan, apresentaram às prefei-turas a real necessidade da con-solidação de projetos relativos a estradas da região, dentre eles a Rodovia Litorânea, projeto apre-sentado pelo Governo do Estado que busca criar uma nova rota terrestre entre Macaé e São João da Barra, passando por Quissa-mã, Carapebus e Campos, dimi-nuindo o fluxo logístico da BR 101. Representantes dos dois setores debateram também a importân-cia da ampliação das fases de du-plicação da rodovia federal.

Com objetivo de alavancar o setor empresarial da região, foi apresentada a proposta de criação do Fundo Regional, uma

espécie de consórcio entre os municípios, para a criação de subsídios financeiros que visam estimular o crescimento das empresas locais, aumentando o potencial local para atrair os investimentos bilionários, cres-cendo a concorrência com com-panhias de fora.

Os empresários discutiram também a importância de um aporte financeiro dos municí-pios para a consolidação do Sistema de Garantia de Crédito (SGC) que receberá R$ 1 milhão de Campos e de Macaé.é polo”, apontou Campino.

serviços como esgotamento sa-nitário, infraestrutrura e abaste-cimento d’água, essenciais para garantir a instalação de novas

No seminário “Visões do Futuro”, empresários apresentaram propostas a prefeituras da região

Empresários de Macaé poderão ser beneficiados com novos investimentos

11 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Fundo Regional para novos investimentos

Investimentos de 14 bi até 2013 na região

A atualização do estudo Decisão Rio, realiza-do pela Fundação das Indústrias do

Rio de Janeiro (Firjan) reforça a expectativa do registro de in-vestimentos de R$ 181,4 bilhões para o Estado até 2013. Desse total, cerca de 14 bilhões serão direcionados para a região Nor-te do Estado. Macaé está entre as cidades que serão mais be-neficiadas.

O resultado do levantamento, divulgado pela Firjan, leva em consideração os projetos já apresentados pelos governos estadual e federal, assim como por municípios, que investirão em obras relativas a di-versos setores.

O estudo projeta também um balanço de ações que serão desenvolvidas pela iniciativa privada, através do incentivo a setores como logística, naval e a indústria do petróleo.

Os dados foram analisados de forma positiva pelos repre-sentantes de 70 empresas e 20 instituições públicas e privadas, integrantes da Rede-Petro. O grupo apontou as novas pers-pectivas de negócios que serão gerados em Macaé e na região pelos próximos dois anos, bene-ficiando principalmen-te os empre-s á -

presas que estão se instalando no porto do Açu. Essa proje-ção de investimentos amplia a perspectiva de negócios para o nosso setor pelos próximos anos”, afirmou o presidente da Comissão Municipal da Fir-jan, Evandro Esteves.

Ao regis-trar o

crescimento do setor industrial ao longo dos últimos 30 anos, Macaé poderá atuar como uma cidade que oferecerá uma gama de produtos, serviços e mão de obra para projetos que serão im-plantados em São João da Barra, atraindo assim grande parte dos investimentos direcionados ao empreendimento portuário.

Para estreitar ainda mais essa relação, o governo do Esta-do já possui um projeto para a construção da “Rodovia do Sol”, estrada que interligará Macaé a São João da Barra, facilitando as transições logísticas, estimulan-do a relação econômica entre as duas cidades.

rios que atuam em um dos mais consolidados e sérios setores industriais do país.

Segundo o Decisão Rio, dos R$ 14 bilhões previstos para a re-gião Norte, grande parte é refe-rente a projetos direcionados ao complexo portuário do Açu, no município de São João da Barra.

“Já existem muitos empresá-rios de Macaé que atuam como fornecedores de servi-ços para em-

R$ 14 bilhões previstos para a região Norte, grande parte é referente a projetos direcionados ao complexo portuário do Açu

Obras de construção do Porto do Açu garantem perspectiva de negócios para empresas macaense

11 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

12 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Fábrica Lynce: 85 anos de história na indústria local

Fundada há 85 anos, a história de sucesso da Fábrica Lynce repre-senta todas as fases

de consolidação do setor industrial em Macaé. Ao su-perar os desafios, através da criação e aprimoramento de produtos, em especial o re-frigerante Moranguitto, que são as marcas registradas da cidade, desde a época áurea da Princesinha do Atlântico, a empresa, administrada atual-mente pela terceira geração

da família Agostinho, é exem-plo de que a economia muni-cipal já demonstrava todo o seu potencial bem antes das descobertas relativas ao pe-tróleo, o ouro negro brasileiro.

A consolidação da marca Lynce em Macaé e na região começou na década de 20, quando o empresário Orlan-do Farrula, acompanhando a onda da industrialização bra-sileira, implantou em Macaé a Fábrica Prince de bebidas. Em seu portfólio, a produção

A consolidação da marca Lynce em Macaé e na região começou na década de 20

baseada em fórmulas impor-tadas da Inglaterra, origem também da matéria prima do refrigerante Morangui-nho, hoje Moranguitto, assim como o licor Pesseguette, pro-dutos que estão no mercado

desde maio de 1927, ano de fundação da empresa.

Ao apresentar uma pro-posta inovadora, através de um produto diferenciado da cultura econômica de Ma-caé na região, mais voltada a agroindústria e a tecelagem, a Fábrica passou a ser adminis-trada pela família Agostinho, em 1931, quando Orlando Farrula, depois de criado, em 1916, a Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), resolveu se desfazer da empre-

sa, diante de uma crise finan-ceira ocasionada pela queda das exportações do café, em decorrência a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque.

A Fábrica foi adquirida pelo empresário Elias Agostinho que optou por trocar o nome da empresa, de Prince para Lynce. Desde então, surgia assim uma história de su-cesso, que está atrelada ao desenvolvimento econômico e industrial de Macaé nos úl-timos anos.

a fábrica foi adquirida pelo empresário elias Agostinho que trocou o nome da empresa, de Prince para lynce

Início da geração Lacerda Agostinho SucessoInstalada no prédio número 600, na rua Boa Vista, onde hoje é a sede da Delegacia da Polícia Federal de Macaé, a Fábrica Lynce conseguiu, através da qualidade dos produtos, ganhar o mercado regional.

Ainda sob o comando de Elias Agostinho, que chegou a ser prefeito de Macaé, e dono de uma empresa de transportes e também de um alambique de aguardente, as instalações da Fábrica foram transferidas para o número 286 da Avenida Rui Barbosa, onde permaneceu até 1985.

Porém, em 1939, a Fábrica Lynce foi vendida para o irmão de Elias, Lacerda Agostinho, que já trabalhava na empresa, administrando também um

Após a administração marcante de Lacerda Agostinho, a Fábrica Lynce, já líder de mercado na comerciali-zação de refrigerantes de morango, passou a ser conduzida por seu fi-lho, Francisco Mancebo Agostinho, que deu sequência a atuação da família, tanto a frente da empresa, em sua segunda geração, quanto no envolvimento com as questões da sociedade da cidade.

Nesse período de passagem de geração, a Fábrica registrou o fim da produção de um dos seus mais marcantes produtos, o Guaraná Lynce, há cerca de 50 anos.

Produzido em um dos momen-tos mais prósperos da Fábrica, o refrigerante acabou sucumbindo diante de uma nova fase de repre-sentação nacionais, como cervejas e outros refrigerantes.

armazém situado na rua Télio Barreto, no centro da cidade.

Ao viver o processo de consolidação da marca, e de acompanhar a instalação de antigas fábricas que atuaram no município, voltadas à fa-bricação de leite, tecidos e vassouras, a administração de Lacerda Agostinho foi marca-da também pelo seu papel na sociedade macaense, atuando como presidente de institui-ções importantes como pre-sidente do Ypiranga Futebol Clube e fundador/presidente da Liga Macaense de Des-portos, em 1943. Na política, Lacerda atuou por 16 anos na Câmara de Vereadores, como parlamentar, chegando a con-duzir a Casa como presidente do legislativo.

13 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Sucesso administrativa Ao conduzir a administração da empresa atualmente ao lado do filho, Luis Felipe Agos-tinho, representando assim a terceira geração da família, Francisco Agostinho faz uma análise sobre as fases de su-cesso, e também de desafios, superados pela Fábrica.

“A gestão familiar pode não ter uma resposta futurista, mas é altamente sustentável, por contribuir com a preser-vação da essência da Fábri-ca, além de ser também uma forma de se reduzir custos”, apontou Francisco Agostinho.

Ao traçar um perfil dos ho-mens que contribuíram com a criação e consolidação da em-presa - Elias e Lacerda Agosti-nho -, Francisco, apontou que

Origem da fórmula e desafios do mercado

Mantida em se-g re d o d e s d e a sua criação, a fórmula do

principal produto da Fábri-ca Lynce, o refrigerante que teve o nome Moranguinho até a sua produção em garrafas de vidro, passando para Mo-ranguitto nas embalagens pet, passou pelo processo de mudança da origem da maté-ria prima, antes vinda da In-glaterra, hoje substituída por materiais nacionais.

Líder de mercado até hoje, o refrigerante caiu no gosto de consumidores, não só de Macaé, mas de cidades das regiões Norte Fluminense.

Antes produzido em máqui-nas manuais, hoje a Fábrica Lynce possui a capacidade de produção de três mil garrafas

os refrigerantes são de alta qualidade, apesar de mais baratos

por hora, números que podem ser ampliados. Devido a mo-dernização, a empresa sus-pendeu, por ora, a fabricação do Moranguinho, em garrafas de vidro.

Produto genuinamente macaense, o refrigerante de morango alcançou apreciado-res também em várias outras cidades do Estado, porém, os custos embutidos no processo de fabricação do Moranguitto acabam não permitindo a sua ampliação de vendas.

A produção de refrigeran-tes mais baratos, porém com menor qualidade, acaba atra-palhando também a expansão da marca Moranguitto.

“Estamos muito distantes dos locais de origem de fa-bricação de produtos como as embalagens utilizadas nos

quer primeiramente preço e não qualidade”, afirmou Fran-cisco Agostinho.

Segundo Francisco, até marcas internacionais de re-frigerantes tentaram seguir a fórmula de sucesso do refri-gerante. “A Coca-Cola lançou há cinco anos um refrigerante de morango. Ficamos preocu-pados, mas o produto acabou não dando certo”, apontou.

nossos refrigerantes. Diante da nossa produção, os cus-tos acabam sendo muito alto. Além disso, o mercado hoje

O produto genuinamente macaense alcançou apreciadores também em várias outras cidades do Estado

todos sempre tiveram o com-promisso, tanto com a empre-sa, quanto com as questões sociais e políticas de Macaé.

“Nós tivemos as imagens de homens que participaram da sociedade e da política da cidade sem deixar de condu-zir a empresa. Essa história também faz parte do municí-pio”, afirmou Francisco.

Seguindo os mesmos cami-nhos do pai e do tio, Francis-co Agostinho possui em seu histórico atuações marcantes como presidente do antigo Clube Ypiranga, da Associa-ção Comercial e Industrial de Macaé (Acim) e responsável pela instalação, e primeiro presidente, da Comissão Mu-nicipal da Firjan.

14 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Histórico de Lacerda Agostinho

Nasceu no dia 16 de julho de 1912, em Carapebus, antigo 3º Distrito de Macaé.

Filho de Francisco Agostinho Naime, de ori-gem Libanesa, e Antonia Barcellos Agostinho, sexto de uma geração de 11 irmãos.

Muito jovem mudou-se para Macaé para tra-balhar no comércio, quando em 1939 assumiu a direção da Fábrica Lynce, em uma nego-ciação com o irmão mais ve-lho, Elias Agostinho, proprie-tário na época.

A partir da gestão na Fábri-ca, Lacerda começou a se des-

em 1939 assumiu a direção da fábrica lynce, em uma negociação com o irmão mais velho,

tacar na sociedade macaense. Casado com Dona Conceição Mancebo Agostinho, sua eter-na companheira e incentiva-dora, teve quatro filhos: Leni-

ce, Francisco, Leda e Fer-nando, todos c a s a d o s e que lhe de-ram 11 netos e 15 bisnetos.

Atualmen-te a empresa

é gerida pelo filho, Francis-co Mancebo Agostinho, e pelo neto Luis Felipe Osório Agostinho.

Dona Conceição faleceu no dia 05 de fevereiro de 1997. Já Lacerda faleceu no dia 06 de agosto de 2004, aos 92 anos.

Lacerda começou a se destacar na sociedade macaense. Casado com Dona Conceição Mancebo

› MEMBrO viTAlíciO DO cOn-sElhO curADOr da Funda-ção Educacional Luiz Reid e membro do Conselho Fiscal da instituição. › MEMBrO ATivO DA MAçOnA-riA macaense desde que foi iniciado em 23 de dezembro de 1944, ocupou vários cargos, inclusive de Venerável Mestre em 1954. Em 1975 foi elevado

AtividAde SociAl

Na vida política, Lacer-da Agostinho foi vereador a partir de 1945, seguindo por quatro legislaturas consecuti-vas, sendo autor de inúmeros projetos ao longo de 16 anos. Foi presidente da Câmara Mu-nicipal durante dois mandatos e exerceu cargos no legislativo, integrando Comissões Parla-mentares, participando do Im-

peachment do então prefeito Eduardo Serrano, ocasião em que renunciou a presidência da Câmara para não assumir a prefeitura, visando não querer legislar em causa própria.

Foi presidente do antigo Partido Social Democrático (PSD) e depois fundador e primeiro presidente do MDB, atual PMDB.

Atividades políticas

como Grande Inspetor Geral da Ordem, o que equivale ao Grau 33, o máximo na maçonaria. Foi também um dos colaboradores da construção do prédio dos Corpos Filosóficos. › sóciO Benemérito do Tênis Clube de Macaé. › FunDADOr do Lions Clube de Macaé. › sóciO do Rotary Clube.

15 O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA • • •

Plano de Negócios da Petrobras: US$ 224,7 bi

Como uma das maiores companhias de energia do mundo, a Petrobras segue o desafio de pro-

ver a energia capaz de impulsio-nar o desenvolvimento e garan-tir o futuro do país. São esses os pilares que marcaram a nossa história e guiam o nosso futuro.

O Plano de Negócios 2011-2015, aprovado no dia 22 de julho do ano passado, foi ela-borado em um contexto de crescente demanda mundial por energia, notadamente pelo petróleo, e de novas - e promissoras - descobertas em campos brasileiros. Com inves-timentos totalizando US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões), o Pla-no contempla um total de 688 projetos. Com a conclusão de diversos projetos já previstos no plano anterior, a empresa pre-tende continuar dando ênfase no crescimento orgânico basea-do no conhecimento que temos de nossas bacias de petróleo.

Diante de um cenário expres-sivo de descobertas de águas profundas no Brasil, a Petrobras traçou um novo perfil de aplica-ções de recursos. Assim, a es-tatal aumentou a concentração dos investimentos no segmento de Exploração e Produção, cuja participação no total passou de 53% do Plano anterior para 57% no Plano atual. Dentro desse seg-mento se destacam a inclusão da Cessão Onerosa e novos proje-tos de pré-sal, principalmente no campo de Lula.

Pela primeira vez, a empresa incluiu no Plano um programa de desinvestimento em um montan-te de US$ 13,6 bilhões, visando uma gestão mais flexível do cai-xa para viabilizar investimentos. Buscando otimizar o portfólio, a Petrobras buscou implementar ações para aumentar a partici-pação dos fornecedores nacio-nais, com a proposta de apoiar o desenvolvimento de empresas nacionais inovadoras.

A Petrobras enxerga o crescimento do pré-sal como o principal vetor para o crescimento no futuro

O Plano prevê também um crescimento vigoroso na de-manda de derivados do mer-cado brasileiro, através da in-tensificação das atividades no desenvolvimento da produção, com o propósito de duplicar as reservas provadas até 2020.

A Petrobras enxerga o cresci-mento do pré-sal como o principal vetor para o crescimento no futuro. A curva de produção continua for-temente ascendente em função do início da produção de campos maiores e mais produtivos.

No curso da história da em-presa, as movimentações para a exploração do petróleo come-çaram na terra, expandindo os domínios para as águas rasas e depois para as águas profundas. Para conquistar as novas fron-teiras estabelecidas, a empresa buscou o desenvolvimento de novas embarcações e equipa-mentos, com o recebimento de mais 24 sondas, além de novos barcos e plataformas.

Ao garantir a aprovação do Pla-no de Negócios para os anos de 2011-2015, onde serão aplicados cerca de R$ 389 bilhões em in-vestimentos, a Petrobras elevou a estimativa de aplicação desses recursos no setor de exploração e produção de petróleo, princi-palmente nas reservas do pós-sal. A mudança gera grandes ex-pectativas para o setor offshore de Macaé, que detém mais de 80% da operação do óleo bruto e gás natural do país.

Através das estimativas ga-rantidas pelo Plano, cerca de 57% do total de recursos apro-vados pelo Conselho de Admi-nistração da estatal, serão des-tinados a elevação da produção e exploração, cuja dinâmica se concentra em maior quantidade na região da Bacia de Campos.

A estimativa da Petrobras, com os investimentos que vai realizar nos próximos anos, é de que a produção de petróleo do pré-sal passe de 2% do total pro-duzido pela companhia em 2011 para 40,5% do total em 2020.

Além de apresentar estima-tivas positivas para o setor de

Macaé beneficiadaMacaé, o Plano de Negócios da Petrobras apontou também uma espécie de “adiamento” de apli-cação de US$ 13,6 bilhões, opção que deve estar relacionada a mu-danças no quadro de aplicação de recursos para o projeto das Refinarias Premium I e II, situadas no Ceará e no Maranhão.

De acordo com Navega, a transferência da proposta de aplicação desses recursos foi uma ação estratégica. “Esses recursos já possuíam uma des-tinação não relacionada a dinâ-mica de Macaé. Nós estamos acompanhando de perto essa questão de todo o investimen-to da Petrobras, que demonstra ser bastante favorável para o município”, apontou Navega.

O Plano de Negócios prevê ainda a aplicação de 95% dos in-vestimentos (US$ 213,5 bilhões) nas atividades desenvolvidas no Brasil e 5% (US$ 11,2 bilhões) nas atividades do exterior, contem-plando um total de 688 projetos. Em relação ao total dos investi-mentos, 57% referem-se a proje-tos já autorizados para execução e implementação.

16 • • • O D E BATE DIA DA INDÚSTRIA

Obras doSuperporto do Açu avançam

Quem não acompa-nha as mudanças no dia a dia que vêm ocorrendo

no município de São João da Barra, e também em Cam-pos, ao visitar o canteiro de obras do Complexo Logístico do Superporto do Açu, toma um susto ao se deparar com o enorme volume de obras que durante as 24 horas do dia vão transformando o ce-nário bucólico da restinga da planície campista. Um enor-me conglomerado onde má-quinas, caminhões transpor-tando pedras e equipamentos pesados, dragas, guindastes, milhares de trabalhadores, técnicos e diretores, numa operação planejada, vai dan-do corpo ao projeto que ocu-pa uma área de 3 milhões e

200 mil metros quadrados onde uma plataforma avança em direção ao mar.

Antes considerada uma missão impossível por auto-ridades governamentais pelas complexas atividades, a au-dácia e o arrojo do empresá-rio Eike Batista, dono da EBX, holding das outras empresas que estão operando no Brasil e vão concentrar no super-porto do Açu a maioria das atividades onshore e offsho-re, a OGX, a MMX, a LLX dentre outras siglas sempre seguidas do X multiplicador, torna-se realidade e impres-siona as pessoas. “São obras estimadas em US$ 50 bilhões de dólares incluídas todas as ações do grupo EBX”, disse Daniel Pinho, da LLX, duran-te a apresentação do briefing

de segurança.A visita de autoridades e

empresários da região, den-tre as quais, da Comissão Municipal de Macaé da Firjan, programada pelo Delegado da Capitania dos Portos em Macaé, Capitão-de-Fragata Robson da Silva Galhardo, e pelo Capitão-de-Corveta Ajudante Jefferson Oliveira de Almeida, ocorrida no dia 13 do mês passado, constou de deslocamento terrestre com representantes da LLX, sob a direção de Mucio Alen-car, que anunciou mudanças doutrinárias na execução do trabalho e também dos pro-cedimentos futuros.

Após o briefing no Centro de Visitantes, foi iniciada a visita às instalações do Com-plexo Logístico do Açu e, ape-

O porto está mudando os costumes da região que deverá atingir uma população de 1.3 milhão de habitantes

nas para se ter uma ideia, uma draga que retira areia no canal de acesso no Terminal 2 com extensão de 1.500 metros al-cançando 2.843 metros onde ficará o estaleiro, alcança um volume de 50 mil metros cú-bicos por dia. O Terminal 1, que avança sobre o mar tem 3 mil metros e os três berços para atracação de navios para transportar minério têm ex-tensão de 1.400 metros, dos quais o primeiro está em fase de conclusão.

Ao mesmo tempo, estão sendo preparados os terrenos onde serão instaladas pelo menos 19 tipos de empresas que cuida da indústria offsho-re, Technip, NKTF, Intermoor, Siderúrgica Ternium, Aço/Granéis sólidos, UCN Açu, Su-plly boat, UTE Açu, Grandes

líquidos, Terminal de minérios de ferro, Cimenteiras, Vale do Silício, Polo metalmegânico, Pátio Logístico, Carvão, Pe-tróleo e Minério de Ferro.

O porto que tem previsão de ser ativado em 2013, está mudando os costumes da re-gião que em poucos anos de-verá atingir uma população estimada de 1.3 milhão de habitantes. Como são mui-tas empresas estrangeiras se instalando, às vezes é neces-sário ser poliglota. Enquanto as áreas para receber as in-dústrias vão sendo prepara-das, as obras do minerioduto continuam em grande ritmo, assim como a construção da UTE (Usina Termoelétrica do Açu) com capacidade para abastecer todo o complexo do superporto.

Obras seguem em ritmo avançado