caderno de resumos: iv seminário de literatura (ufu-2010)

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 6 e 8 de novembro 2010 Resumos Caderno de IV Seminário de Pesquisa em Literatura Universidade Federal de Uberlândia Instituto de Letras e Lingüística Universidade F ederal de Ub erlândia Ins t ituto de Letr as e Lingüís tica Programa de Pós-Graduação em Letras Curso de Mest rado em Teoria Literária

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Caderno de Resumos: IV Seminário de Literatura (UFU-2010)

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  • 6 e 8 de novembro

    2010

    ResumosCaderno de

    IV Seminrio de Pesquisaem Literatura

    Universidade Federal

    de UberlndiaInstituto de Letras e

    Lingstica

    Universidade Federal de UberlndiaInstituto de Letras e Lingstica

    Programa de Ps-Graduao em LetrasCurso de Mestrado em Teoria Literria

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIAInstituto de Letras e Lingstica

    Programa de Ps-Graduao em LetrasCurso de Mestrado em Teoria Literria

    IV SEPELIV SEMINRIO DE PESQUISA EM LITERATURA

    UBERLNDIA MGDEZEMBRO/2010

  • Reitor da Universidade Federal de UberlndiaProf. Dr. Alfredo Jlio Fernandes Neto

    Pr-Reitor de Pesquisa e Ps-Graduao PROPPProf. Dr. Alcimar Barbosa Soares

    Diretora do Instituto de Letras e LingsticaProfa. Dra. Maria Ins Vasconcelos Felice

    Coordenadora do Programa de Ps-Graduao em Estudos LingsticosProfa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha

    Secretrio do PGLETRAS - MTLRenato Bernardo da Silva

    Instituto de Letras e Lingstica ILEELPrograma de Ps-graduao em LiteraturaCurso de Mestrado em LiteraturaCampus Santa MnicaAv. Joo Naves de vila, 2121 Sala 1G250Uberlndia-MG / CEP: 38408-100(34) 3239-4162 (Ramal 6250)

    COMISSO ORGANIZADORA:Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (Coordenadora do Programa)Prof. Dr. Ivan Marcos Ribeiro (Presidente da Comisso Organizadora)Mestranda Alina Tas DrioMestranda Aline Carrijo de OliveiraMestranda Aline Tavares e Soares GuimaresMestranda Ana Claudia Nascimento TeodoroMestranda Carla rica Oliveira FerreiraMestranda Fernanda Pina dos Reis FaccinMestranda Franciele Queiroz da SilvaMestrando Mrcio Henrique MuracaMestrando Manuel Jos Veronez de Sousa JniorMestranda Melina Xavier de S MoraisMestranda Vnia Carolina G. Paluma

    AGRADECIMENTOS:

    Pr-Reitoria de Pesquisa e Ps-GraduaoFAPEMIG Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Minas GeraisFAU Fundao de Apoio UniversitrioInstituto de Letras e Lingstica ILEELCELIN/UFU

  • 3APOIO:

    PROGRADPr-Reitoria de Pesquisa e Ps-GraduaoFAPEMIG Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Minas GeraisCELIN/UFU

    WEBMASTERS:

    Rafael Regis RamalhoFernando Paulino de Oliveira

  • 4

  • 5APRESENTAO

    O IV SEPEL o Seminrio de Pesquisa em Literatura do Programa de Ps-graduaoem Letras Curso de Mestrado em Teoria Literria, da Universidade Federal de Uberlndia.Os Seminrios de Pesquisa, realizados ao final de cada ano, tm como objetivos orientar,estimular, debater, compartilhar e auxiliar os pesquisadores iniciantes em sua caminhadaacadmica por meio da participao de um leitor externo. uma atividade acadmica,comum no universo dos Programas de Ps-graduao, que tem como propsito estimulara reflexo e a troca de idias em torno de um dado tema, sem a perspectiva de avaliao: uma oportunidade para o amadurecimento de idias.

    As sesses do IV SEPEL esto organizadas por grupos temticos, quais sejam:narrativa, poesia e dramaturgia, de acordo com o estgio em que se encontra o projeto depesquisa: inicial, qualificado ou concludo. Em qualquer que seja o caso, o resumo decada projeto ser lido e debatido por um leitor externo convidado. Os demais presentespodero oferecer suas contribuies por meio de sugestes ou de questionamentospertinentes. A participao de leitores externos, alm de contribuir para a qualidade dostrabalhos em desenvolvimento, acaba se transformando em um privilgio para aquelesque podem ter suas propostas apreciadas por um professor pesquisador vinculado aoutra Universidade, com experincia e renome na rea. Ou seja, as sugestes decorrentespodem ser extremamente enriquecedoras e podem abrir novos horizontes, tanto para osalunos quanto para os professores envolvidos.

    Para os projetos em fase inicial, os alunos podero compartilhar suas incertezas eapresentar suas propostas de pesquisa como intenes. claro que quanto mais definidoestiver o projeto, mais definidas sero as sugestes. Por outro lado, mesmo os projetosainda no definidos podem ser extremamente enriquecidos com as discusses decorrentesda leitura do convidado externo, uma vez que podem ser apresentadas alternativas.

    Cada apresentador dispor de at 15 minutos para apresentar seu trabalho,seguidos de outros 15 minutos de sugestes e debates, no total de at 30 minutos porprojeto.

    PESQUISADORES CONVIDADOS

    1 Conferencista:

    Prof. Dr. Paulo Srgio Nolasco dos Santos (UFGD)

    Possui Graduao em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1981),Mestrado em Literatura, rea deTeoria da Literatura pela Universidade de Braslia (1984)e Doutorado em programa de ps-graduao em letras da UFMG / estudos literrios, reade Literatura Comparada (1993). Atualmente professor Associado III da UniversidadeFederal da Grande Dourados. Tem experincia na rea de Letras, com nfase em TeoriaLiterria e Literatura Comparada, atuando no campo da teoria e do comparatismo literrio- literatura comparada, crtica literria, literatura regional. BOLSA de Produtividade emPesquisa II do CNPq; Professor do Programa de Mestrado em Letras da UFMS desde1998 e, atualmente, do Programa de Mestrado em Letras da prpria UFGD. Coordenou aComisso de criao do Mestrado em Letras /Literatura e Lingustica sendo Coordenador

  • 6do PPGL da Facale/UFGD no binio 2008-2010. Editor da Rado-Revista do PPGLetras daUFGD. Coordenou o GT de Literatura Comparada da ANPOLL e tambm a linha depesquisa Limiares Crticos deste GT. Membro do Conselho da ABRALIC. Autor de trslivros publicados e Organizador de oito livros publicados. Primeiro DIRETOR da recm-criada Faculdade de Comunicao, Artes e Letras / FACALE da UFGD. Coordenador doseventos CICLOS DE LITERATURA, na 13 Edio em 2009, e de Simpsios sobreregionalismos culturais na ABRALIC. Membro da Academia Sul-mato-grossense deLetras e da Academia Douradense de Letras.

    2 Leitores Externos:

    Os projetos sero lidos pela equipe de professores doutores convidados na categoriade leitores externos:

    2.1 Seminrios de Projetos de Pesquisa

    Prof. Dr. Wilton Barroso (UnB)

    Possui graduao em Fsica pela Faculdade de Humanidades Pedro Segundo II (1978),mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984), doutorado emEpistemologia e Histria da Cincia Universit de Paris VII Universit Denis Diderot(1992) e Ps-doutorado em Epistemologia pela Maison des Sciences de lhomme/Paris(2000). Atualmente professor adjunto MS 4 do Departamento de Filosofia daUniversidade de Braslia e membro do Programa de Ps-graduao em Literatura. Temexperincia na rea de Epistemologia e Histria das Idias, atuando principalmente nosseguintes temas: Histria da Cincia, Fsica, Filosofia, Leibniz, Metafsica e nas relaesEpitemologia e Teoria Literria (Com nfase nos seguintes autores: Milan Kundera,Hermann Broch).

    Profa. Dra. Kelcilene Grcia-Rodrigues (UFMS)

    Possui graduao em Letras - Cmpus de Trs Lagoas pela Universidade Federal deMato Grosso do Sul (1994), mestrado em Letras pela Universidade Estadual Paulista -Faculdade de Cincias e Letras de Assis (1998) e doutorado em Estudos Literrios pelaUniversidade Estadual Paulista-Faculdade de Cincias e Letras de Araraquara (2006).Atualmente professora adjunta e Coordenadora do Mestrado em Letras, Cmpus deTrs Lagoas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tem experincia na reade Letras, com nfase em Literatura Brasileira. Integra o Programa de Mestrado em Letrasdo CPTL-UFMS e o Programa de Mestrado em Estudos de Linguagens do CCHS-UFMS.Suas publicaes voltam-se principalmente para os seguintes temas: Manoel de Barros,poesia, metfora, intertextualidade, Guimares Rosa, narrativa, narrativa potica, ficobrasileira contempornea e literatura regional de Mato Grosso do Sul. Integra a RedeCentro-Oeste de Pesquisa (CO3); Membro do GT Texto Potico, da ANPOLL; Organizadora,com os professores Antonio Rodrigues Belon e Rauer Ribeiro Rodrigues da coletneaO Universal & o Regional Literatura em Perspectiva 1, lanada em 2009 pela Editorada UFMS.

  • 7Prof. Dr. Mrio Cezar Silva Leite (UFMT)

    Possui graduao em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (1987), mestradoem Literatura Brasileira pela Universidade de So Paulo (1995), doutorado emComunicao e Semitica pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (2000) eestgio de Ps doutoramento em Estudos de Literaturas Comparadas no DLCV, FFLCH,da Universidade de So Paulo (2006). professor Associado do Departamento de Letras/IL da Universidade Federal de Mato Grosso. Foi um dos criadores do Mestrado emEstudos de Linguagem/IL/UFMT (2003) onde atua como professor-colaborador na reade Estudos Literrios. Tambm foi um dos criadores do Mestrado em Estudos de CulturaContempornea-ECCO/UFMT (2007) onde atua como professor-orientador nas Linhasde Pesquisa Poticas Contemporneas e Epistemes Contemporneas. Tem experinciana rea de Letras, com nfase em Letras, atuando principalmente nos seguintes temas:literatura brasileira, literatura de Mato Grosso, oralidade e mitos, Pantanal, imaginrio,identidades e regionalismo. Conselheiro Consultivo da Revista Documento/Monumento(NDIHR-UFMT) e Membro dos Conselhos Editoriais das Revistas POLIFONIA - Peridicodo Programa de Ps-graduao em Estudos de Linguagem - (MeEL/UFMT),INTERAES - Revista Internacional de Desenvolvimento Local (UCDB-MS), CRTICACULTURAL - Revista do Programa de Ps-Graduao em Cincias da Linguagem (UNISUL-Tubaro/SC), BOITAT - Revista Eletrnica do GT de Literatura Oral e Popular/ANPOLLe da Revista ECOS - Literatura, Lingstica e Educao (Revista do Instituto de Linguagensda UNEMAT). Assessor Cientfico Ad hoc da EDUEL (Editora da Universidade Estadualde Londrina), da Funfao de Amparo Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), daFundao de Amparo Pesquisa do Par e Assessor de Edio da Revista Brasileira deLingstica Antropolgica (Laboratrio de Lnguas Indgenas/UnB, Editores: AryonRodrigues e Ana Suelly A. C. Cabral). Tambm fundador e organizador da ColeoTibanar de Estudos Matogrossenses publicada pela Cathedral Publicaes com ApoioInstitucional da UNESCO; criador e coordenador do Grupo RG Dicke de Estudos emCultura e Literatura de Mato Grosso (CNPq/UFMT). Coordenou o GT de Literatura Orale Popular da ANPOLL entre 2000-2004, foi o coordenador brasileiro do Ncleo Temticoem Estudos Culturais da Brazilian Studies Association (BRASA) entre 2003-2006. Comopesquisador participa do Centro de Estudos em Oralidade (CNPq/PUC-SP) e do Grupode Pesquisa em Oralidade e Ensino de Literatura (CNPq/UEL). Atualmente o Vice-coordenador do Mestrado em Estudos de Cultura Contempornea (ECCO) e coordenadorda rea de Concentrao em Estudos Interdisciplinares de Cultura do mesmo Programa.Tambm o atual coordenador do GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL (jul. 2008 jul. 2010). Membro do Jri Inicial do Concurso Portugal Telecom de Literatura-2010.

    Prof. Dr. Deneval Siqueira de Azevedo Filho (UFES)

    Possui graduao em Letras-Portugus/Ingls pela UNIFLU - Faculdade de Filosofia deCampos (1985), mestrado em Teoria e Histria Literria pela Universidade Estadual deCampinas (1996) e doutorado em Teoria e Histria Literria pela Universidade Estadualde Campinas (1999). Atualmente Research Associate Professor - campus Nassau College- State University of New York, Research Associate Professor da Fairfield University,Connecticut, E.U.A. e Professor Associado da Universidade Federal do Esprito Santo.Tem experincia na rea de Letras, com nfase em Crtica Literria, atuando principalmente

  • 8nos seguintes temas: literatura - histria e crtica, crtica literria, teoria literria, escritoresbrasileiros e literatura brasileira contempornea. lder do Grupo de EstudosInterdisciplinares de Transgresso, vinculado ao Programa de Ps-graduao em Letras- Mestrado e Doutorado em Estudos Literrios, do Departamento de Lnguas e Letras, doCentro de Cincias Humanas e Naturais, a cujo corpo docente pertence e cujas linhas depesquisa so Poticas da Antiguidade Ps-modernidade e Literatura e Expresses deAlteridade. Possui ps-doutorado em Literatura Comparada e Estudos Culturais peloHarpur College of Arts, State University of New York in Binghamton e Ps-doutorado emLetras e Culturas, no International College of Letters and Cultures, Hispanic ResearchCenter, da Arizona State University, tendo como supervisores o Regents Professor DavidWilliam Foster e o Regents Professor Gary Keller. membro da Academia Campista deLetras.

    Profa. Dra. Fabiane Verardi Burlamaque (UPF)

    licenciada em Letras Lngua Portuguesa e respectivas Literaturas pela Universidade dePasso Fundo (1991), Mestre em Letras (Teoria Literria) pela Pontifcia UniversidadeCatlica do Rio Grande do Sul (1999) e Doutor em Letras (Teoria Literria) pela PontifciaUniversidade Catlica do Rio Grande do Sul (2004). Atualmente, professor Adjunto IIIda Universidade de Passo Fundo, onde professora no Curso de Letras e no Mestradoem Letras. pesquisadora no Acervo Literrio Josu Guimares (ALJOG/UPF), alm dedesenvolver projetos na linha de pesquisa de Leitura e Formao de Leitor, focalizandoseus trabalhos na questo da leitura relacionada s mltiplas linguagens, nas metodologiasde ensino da literatura e literatura infantil e juvenil e participa da Comisso Organizadoradas Jornadas de Literatura de Passo Fundo.

  • 9PROGRAMAO

    Dia 06/12/2010

    17h30min 18h45min:CredenciamentoLocal: Anfiteatro Bloco 5O

    19h 19h30min:Mesa de Abertura:Prof. Dr. Alcimar Barbosa Soares (Pr-Reitor PROPP)Profa. Dra. Maria Ins Vasconcelos Felice (Diretora do ILEEL)Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (Coordenadora do MTL)

    19h30min 20h:Atividade Cultural

    20h:CONFERNCIA: Literatura Comparada e Crtica Cultural na ContemporaneidadeProf. Dr. Paulo Srgio Nolasco dos Santos (UFGD)Coordenadora: Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha

    Local: Anfiteatro Bloco 5O C/D

    Dia 07/12/2010

    SESSO DE DEBATES I MANH

    Debatedor: Prof. Dr. Wilton Barroso (UnB)Mediador: Prof. Dr. Ivan Marcos RibeiroHorrio: 08h30min s 12hLocal: Anfiteatro 5O C

    ALUNOS(AS) EXPOSITORES(AS):

    1. Inessa Rosa de AmorimCrnica, Cultura e Imaginrio na obra de Mrio Prata2. Samira Daura BotelhoAs metforas espaciais no romance A jangada de pedra, de Jos Saramago3. Geaneliza de Ftima Rodrigues Rangel PimentelA memria na dramaturgia de Antonio Callado (A cidade assassinada) e Jorge Andrade(Pedreira das Almas)4. Wilson Filho Ribeiro de AlmeidaLeituras pblicas e transcriaes de Cano de Natal, de Charles Dickens5. Mrcio Henrique MuracaJorge Amado: um cronista da guerra

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    6. Dalila Andrade LaraRepresentaes dos espaos fantsticos do Oriente sob a tica ocidental: Uma anlisede O mandarim e A relquia de Ea de Queirs7. Fernanda Pina dos R. FaccinRitos de passagem contemporneos em Marina Colasanti: passagens e ressurgncias8. Vnia Carolina G. PalumaLiberdade prisioneira: a narrativa da solido e do silncio em Les Corps Perdus

    SESSO DE DEBATES II TARDE

    Debatedora: Profa. Dra. Kelcilene Grcia-Rodrigues (UFMS)Mediador: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraHorrio: 14h s 18hLocal: Anfiteatro 5O D

    ALUNOS(AS) EXPOSITORES (AS):

    1. Blenda Ramos VieiraAs profanaes de Hilda Hilst: uma anlise de Tu no te moves de ti2. Danielle Stephane RamosNos arredores da Casa do Sol: As imagens espaciais no imaginrio Hilstiano em TrajetriaPotica do Ser3. Daniel Pereira PrezAutoria e paratexto em Manoel de Barros4. Alina Tas DrioO corpo banal: no limiar do amor e da violncia5. Ricardo Alves dos SantosA linguagem profana e o desejo sagrado: a potica de Valdo Motta6. Tiago Henrique CardosoAutobiografia e poesia em Lar, de Armando Freitas Filho7. Carolina Molinar BellocchioBabel e os poetas: perspectivas e estratgias do sujeito lrico contemporneo frente cidade8. Brbara P. Bin Bispo PeixotoEntrelaando dilogos entre mltiplas referncias: a potica de Ricardo Domeneck

    NOITE

    Mesa redonda: Comparativismo: novas perspectivasProfa. Dra. Kelcilene Grcia-Rodrigues (UFMS): Os jogos metafricos em Manoel deBarros e Guimares RosaProf. Dr. Wilton Barroso (UnB): Elementos para uma Epistemologia do RomanceProf. Dr. Mrio Cezar Silva Leite (UFMT): Por que os pigmeus fugiram de Edith Piaf?:no entre-imagens da literatura brasileiraHorrio: 19h30minLocal: Anfiteatro 5O C

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    08/12/2010

    SESSO DE DEBATES III MANH

    Debatedor: Prof. Dr. Mrio Cezar Silva Leite (UFMT)Mediador: Profa. Dra. Joana Muylaert de ArajoHorrio: 08h30min s 12hLocal: Anfiteatro 5O C

    ALUNOS(AS) EXPOSITORES(AS):

    1. Andra Cristina de PaulaA religiosidade na voz de Pena Branca e Xavantinho2. Lucas Gilnei PereiraAntnio Jos da Silva, O judeu: Um leitor de Eurpedes3. Juliane Cristina do NascimentoA mulher tradicional e a mulher moderna: tempo de transio4. Aline Brustello PereiraOs espaos inslitos nas narrativas de Clarice Lispector5. Aline Tavares e Soares GuimaresLimites de um entre-lugar: Criao e Representatividade Feminina na obra de Balzac6. Carla rica Oliveira FerreiraAnacronismo ou reinveno? Galilia e o regionalismo7. Cludia Beatriz Carneiro ArajoMacunama: histria e fico8. Gecilmar Pereira BorgesTerra: mito, imagem e metfora em O ltimo vo do flamingo de Mia Couto

    SESSO DE DEBATES IV TARDE

    Debatedor: Prof. Dr. Deneval Siqueira Filho (UFES)Mediador: Profa. Dra. Knia Maria de Almeida PereiraHorrio: 14h s 18hLocal: Anfiteatro 5O C

    ALUNOS(AS) EXPOSITORES (AS):

    1. Naiana Mussato AmorimDuplo inferno e mltiplas faces da Era Vitoriana: forma e contedo no processo deadaptao flmica do romance grfico From Hell, de Alan Moore e Eddie Campbell2. Ftima Yukari AriyoshiArqutipo ligado ao isomorfismo negativo em Cem Anos de Solido: Melquades, ocigano em Cem Anos de Solido3. Cssia Dionia S. MendesEspao e subjetivao: uma leitura das espacialidades em objetos turbulentos, de Jos J.Veiga

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    4. Jos do Carmo AmorimJos Saramago em dilogo com o popular e c o erudito: um estudo sobre Asintermitncias da morte5. Nelson Perez de Oliveira JniorEgosmo, Altrusmo e Empatia: Um empreendimento Cultural e o novo paradigma narelao Autor/Obra/Pblico em Cano de mim mesmo de Walt Whitman6. Wanly Aires de SousaAutobiografia e ficcionalidade em O cemitrio dos livros de Lima Barreto7. Aline Carrijo de OliveiraConfluncias entre msica e literatura: Tristo e Isolda, Lenda e pera

    SESSO DE DEBATES V TARDE

    Debatedor: Profa. Dra. Fabiane Verardi Burlamaque (UPF)Mediador: Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da CunhaHorrio: 14h s 18hLocal: Anfiteatro 5O D

    ALUNOS(AS) EXPOSITORES (AS):

    1. Ana Cludia N. TheodoroNovas perspectivas acerca da figura feminina e suas relaes com o patriarcalismo noscontos de fadas contemporneos2. Regina Nascimento SilvaViventes das Alagoas: fragmentos de um passado memria, literatura e histriaalinhavadas nas crnicas de Graciliano Ramos3. Tereza Cristina Tfolis RodriguesVirginia Woolf: a celebrao do instante4. Franciele Queiroz da SilvaInferno provisrio: uma (re) configurao do real na prosa brasileira contempornea?5. Glucia Helena BrazPassagens de indeciso: a performance do leitor diante da oralidade potica6. Melina Xavier de S MoraisA obra-prima ignorada: poticas do real ou reais poticos?7. Armando Ribeiro JniorA Modernidade Lquida em Campos de Carvalho8. Rmulo Mendes FariaDiscursos histrico-literrios em 1602, de Neil Gaiman9. Manuel Jos Veronez de S. JniorEpistolografia dos Andrades e a Literatura: possveis contribuies

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    NOITE

    Mesa redonda: Identidades e alteridades nas concepes literrias contemporneasHorrio:19h30minLocal: Anfiteatro 5O CProf. Dr. Deneval Siqueira Filho (UFES): O conto contemporneo de Srgio SantAnna- a trama e o pasticheProfa. Dra. Fabiane Verardi Burlamaque (UPF): A literatura infantil e juvenilcontempornea: experincias de leitura e construo do sujeito

    Atividade Cultural: Recital de PianoProf. Dr. Stfano PaschoalHorrio: 21h30minLocal: Uberlndia Clube

    Coquetel de Encerramento (por adeso)Horrio: 21h30minLocal: Uberlndia Clube

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    07/12/2010

    SESSO DE DEBATES I MANH

    Debatedor: Prof. Dr. Wilton Barroso (UnB)Mediador: Prof. Dr. Ivan Marcos RibeiroHorrio: 08h30min s 12hLocal: Anfiteatro 5O C

    INESSA ROSA DE AMORIMTtulo do Trabalho: Crnica, cultura e imaginrio na obra de Mrio PrataOrientadora: Profa. Dr Regma Maria dos SantosLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da Literatura

    Resumo: O projeto Crnica, cultura e imaginrio na obra de Mrio Prata tem comoobjeto de estudo as crnicas do escritor Mrio Prata, mais especificamente, as crnicasque o autor reuniu no livro que publicou em 2007, Cem melhores crnicas. Pretende-sefazer uma anlise das crnicas selecionadas pelo autor para compor o livro citado, paraisso levar em conta o carter polmico da crnica como gnero literrio que tem em suagnese o carter de texto jornalstico, situando-se entre a literatura e o jornalismo.

    SAMIRA DAURA BOTELHOTtulo do Trabalho: As metforas espaciais no romance A jangada de pedra, de JosSaramagoOrientadora: Profa. Dra. Marisa Martins Gama-KhalilLinha de Pesquisa: Poticas do Texto Literrio: Cultura e Representao

    Resumo: O espao exerce uma importncia inquestionvel em uma narrativa. Ele podedeterminar mudanas no enredo e inclusive constituir-se como prtica de subjetivao.Todavia, apesar de abrir um leque imenso de possibilidades de estudos, as pesquisasrelacionadas ao espao nas narrativas ficcionais ainda no tm recebido o devido destaquepela crtica literria.No que diz respeito s narrativas fantsticas, a pesquisa sobre questes espaciais setorna ainda mais atraente, uma vez que a atmosfera fantstica possibilita uma criaoampla de metforas espaciais. Nesse contexto, o romance A Jangada de Pedra constitui-se excelente objeto de pesquisa, j que riqussimo em construes espaciais.O romance todo se d em funo do espao que, desde o ttulo, insinua-se inslito. Anarrativa gira em torno da Pennsula Ibrica, a qual, misteriosamente, separa-se do restanteda Europa e comea a flutuar no oceano como uma jangada de pedra , instalando umanova ordem no enredo. Os cinco protagonistas, devido ruptura da pennsula, saem emuma jornada em busca de novos espaos e, dessa forma, buscam tambm suas prpriasidentidades. No incio da histria, as personagens so apresentadas isoladas umas dasoutras. A modificao do espao ocasionada pelo deslocamento da pennsula faz comque elas se encontrem. Como as pessoas vivem um momento de viagem para conhecerum mundo reduzido a dois pases Portugal e Espanha , os valores sociais e individuais

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    tambm se alteram. Assim, no s o enredo toma novos rumos, como tambm os prpriosprotagonistas se transformam, at que no fim, cada um segue buscando seu destino.Por possibilitar uma anlise rica e interessante, a presente pesquisa tem como objetivorealizar, atravs de uma leitura detalhada do romance A Jangada de Pedra, de JosSaramago, um estudo acerca das metforas espaciais e da ambientao presentes naobra em questo. Pretende-se, dessa forma, contribuir para o aprofundamento dos estudosespaciais: sua caracterizao, funcionalidade e efeitos em uma narrativa em especial afantstica.O presente trabalho almeja demonstrar como os espaos geogrfico e social interferemna prpria caracterizao da identidade das personagens e inclusive pode ser o ponto deorigem, de desenvolvimento e de desfecho de uma obra. No romance pesquisado AJangada de Pedra tanto as modificaes no enredo quanto as transformaes daspersonagens esto relacionadas metfora da jangada . O fato de a pennsula seseparar da Europa o aspecto central da narrativa, que se desenvolve a partir de outrasmodificaes do espao.

    GEANELIZA DE FTIMA RODRIGUES RANGEL PIMENTELTtulo do Trabalho: A memria na dramaturgia de Antonio Callado (A cidade assassinada)e Jorge Andrade (Pedreira das almas)Orientador: Prof. Dr. Luiz Humberto ArantesLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da Literatura

    Resumo: Essa pesquisa tem como proposta inicial analisar os aspectos relacionados memria e de que maneira esta se faz presente na dramaturgia de Antonio Callado e JorgeAndrade. As peas dramatrgicas desses autores selecionadas como objetos de estudosso A Cidade Assassinada e Pedreira das Almas respectivamente, datadas de 1954. Aimportncia desses estudos est em se demonstrar que a memria, composta porlembranas pessoais (individual) e impessoais (coletiva), distribudas no interior de umasociedade grande ou pequena, contribuem para evocar e manter vivas as recordaes defatos passados que interessam ao grupo, colaborando assim, para a manuteno de umaidentidade coletiva. Os dilogos dos protagonistas Urbana, da pea Pedreira das Almas,assim como os de Joo Ramalho de A Cidade Assassinada, representam as vrias vozes,ou seja, o clamor de uma cidade que para preservar suas origens e costumes, recusa aoprogresso, promessa de paraso no Planalto. Ocorre que com uma linguagem cotidiana,acessvel, essas personagens so capazes de mobilizar os moradores da cidade a lutaremem defesa dos lugares onde nasceram, cresceram e viveram. Para essas pessoas, oreencontro com o passado seria a busca da prpria libertao, uma forma de enredar asvivncias de seu grupo social e torn-las memria. Nesse sentido, Arantes destaca queo presente e o passado esto impregnados de agora, esto grudados nos monumentos,nas pessoas e em suas memrias. As dores do passado esto grudadas nas coisas e naspessoas presentes (ARANTES, 2008, p. 39). Se em Pedreira das Almas surge Urbana,uma lder que para defender sua cidade, seu povo e seus valores, no recua diante deseus inimigos, em A Cidade Assassinada, h Joo Ramalho que de forma arrojada, semse deixar intimidar, luta contra os que tentam transferir para So Paulo, o pelourinho,lugar smbolo de memria, e o ttulo de vila da cidade por ele fundada. Essa aproximaode cada texto com outro, esse imenso e incessante dilogo entre obras que surgem comouma nova voz que far soar diferentemente as vozes anteriores, arrancando-lhes novasentonaes, o que Perrone-Moiss (2005) ir

  • 17

    chamar de intertextualidade. Por se tratar de uma pesquisa em fase inicial, oportunoressaltar que o levantamento de hiptese ainda se faz presente e necessrio na buscapor caminhos que descrevam os eventos de memria, e como eles se realizam nas obrasA cidade Assassinada (Antonio Callado) e Pedreira das Almas (Jorge Andrade). Oestudo apoiar-se- principalmente nas concepes desenvolvidas pelo terico JacquesLe Goff e na de outros relevantes pesquisadores e/ou autores essenciais para oentendimento e apreenso de teorias relacionadas memria. Importante destacar queesta pesquisa se encontra em fase de reviso do referencial terico, portanto, no hainda resultados preliminares.

    WILSON FILHO RIBEIRO DE ALMEIDATtulo do Trabalho: Leituras pblicas e transcriaes de Cano de Natal, de CharlesDickensOrientador: Prof. Dr. Luiz Humberto Martins ArantesLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da Literatura.

    Resumo: O objeto desta pesquisa a obra Cano de Natal, do ingls Charles Dickens(1812-1870), em especial, o concernente s suas leituras pblicas, apresentaes em que,no palco, o autor lia trechos de seus livros. O objetivo ser observar o processo detransformao da novela nas performances de leituras pblicas, das quais teremos acessoao manuscrito pelo fac-smile do roteiro de leitura, editado por Philip Collins, e nastranscriaes, em outros suportes, que vm sendo produzidas desde a publicao dolivro. Primeiro, ser feita uma contextualizao histrica sobre Dickens, principalmentesobre a publicao do livro Cano de Natal e suas leituras pblicas, quando seentender quais aspectos do sistema literrio ingls do sculo XIX favoreceram a boaacolhida daqueles espetculos e os tornaram 8 possveis, a saber, o aumento daprodutividade na edio de livros e jornais, a forma fragmentada de publicao, e aexperincia de Dickens como ator. Richard Sennett e Antonio Candido daro suporte,respectivamente, acerca da vida pblica naquele sculo e das conexes entre literatura esociedade. Informaes sobre o autor viro pela a introduo de Philip Collins, queacompanha sua edio do roteiro de leitura de Cano de Natal, pela tese de DanielPuglia, dentre outras fontes. Num segundo momento, as performances de Cano deNatal sero analisadas, observando-as com respeito a dois aspectos: os teatrais e ostextuais. Os primeiros, atravs do conceito de performance de Paul Zumthor; ossegundos, embasados pelo estudo de Luiz Fernando Ramos sobre a rubrica, e pelomtodo de pesquisa da crtica gentica. Surgiro, para conhecimento do histrico dasformas de se ler e publicar narrativas e textos teatrais, as obras de Chartier e de AlbertoManguel, este que, tambm, apresenta um captulo acerca do Autor como leitor,pequeno relato da histria das leituras pblicas de autores, desde o primeiro sculo daera crist, e que d informaes importantes sobre as leituras de Dickens. Estudos relativos memria e s formas de registr-la sero importantes, principalmente a pesquisa deMarina Maluf, acerca de trs aspectos: primeiro, a memria no desenvolvimento dasperformances; segundo, o registro da memria pelos que testemunharam as leituras;terceiro, a memria como elemento da narrativa. Por fim, ser feito um apanhado geral dasverses que se produziram de Cano de Natal, nos meios literrio, teatral,cinematogrfico, radiofnico e imagtico, cuja exposio cumprir apenas papelinformativo, sem a pretenso de esgotar o assunto. A seguir, sero selecionadas algumasdessas obras para uma anlise mais detida, pautada pelas teorias sobre traduo, de

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    Benjamin, Derrida e Haroldo de Campos, procurando perceber os desdobramentos etransformaes da novela. Nessa parte, igualmente, sero ponderadas as ilustraespara Cano de Natal, considerando os trabalhos de John Leech e Quentin Blake.Assim, entendendo de que maneira os desenhistas, como tambm os profissionais docinema, caracterizaram as personagens, levando para a visualidade dos desenhos e dosfilmes as descries da narrativa. Ento, caber a leitura do livro A personagem defico, que trata da caracterizao nos meios do romance, do teatro e do cinema.

    MRCIO HENRIQUE MURACATtulo do Trabalho: Jorge Amado: um cronista da guerraOrientadora: Profa. Dra. Knia Maria de Almeida PereiraLinha de Pesquisa: Poticas do Texto Literrio: Cultura e Representao

    Resumo: O presente trabalho tem como objeto principal de estudo as 103 crnicas deJorge Amado, reunidas no livro Hora da Guerra, originalmente publicadas no jornalbaiano O Imparcial, entre 1942 e 1944. Por meio de tais escritos possvel reconhecer oposicionamento de Jorge Amado sobre os mais variados fatos e acontecimentos doperodo da Segunda Guerra Mundial, tanto no mundo como no Brasil. As crnicas tratamdesde questes polticas, artsticas, ideolgicas at fenmenos populares, como o artigodedicado ao mdium Chico Xavier. Um segundo objetivo deste projeto a investigaodo tema Holocausto (ou Shoah) nas crnicas do escritor baiano. Fechando o estudo, aquesto do antissemitismo no Brasil ser abordada visando o posicionamento do governoVargas no perodo obscuro da Segunda Guerra Mundial. A fundamentao terica contarcom obras clssicas e/ou consagradas sobre o perodo, como Origens do Totalitarismo,de Hannah Arendt, Holocausto: Uma Histria dos Judeus da Europa Durante a SegundaGuerra Mundial, de Martin Gilbert, e O Antissemitismo na Era Vargas Fantasmas deuma Gerao (1930-1945), de Maria Luiza Tucci Carneiro. Quanto ao gnero crnica,entre outros, o texto de Antonio Candido, A Vida ao Rs-do-Cho.

    DALILA ANDRADE LARATtulo do Trabalho: Representaes dos espaos fantsticos do Oriente sob a ticaocidental: uma anlise de O mandarim e A Relquia de Ea de QueirsOrientadora: Profa. Dra. Marisa Martins Gama-KhalilLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio: cultura e representao

    Resumo: As narrativas de Ea de Queirs so voltadas, na maioria das vezes, para orealismo/naturalismo. Ao final do sculo XIX, ele passa a abandonar em larga medida aatitude panfletria e de crtica social presente em seus romances, deixando de lado adescrio cientfica, a nfase sociolgica e pedaggica, dando lugar a uma literaturamais fantstica e humorstica, emancipando-se, assim, do realismo. E, verificamos esseenfoque em duas de suas obras: n O mandarim e nA Relquia. A primeira retrata umafantstica viagem China, o que constitui o ncleo do texto e o torna mais interessante.Com essa viagem fantstica, porm, Ea de Queirs no deixa de realizar uma crtica sociedade, o que nos demonstra que o fantstico pode ser um recurso utilizado para serepensar o real. J na outra obra, o personagem narrador , assim como em O mandarim,ir guiar-nos no universo oriental do Egito, com todas as suas maravilhas e mistrios quesempre foram objetos de estudo e de indagao por parte dos ocidentais. Para tal estudo,

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    iremos tomar como base os preceitos bsicos da narrativa fantstica de Todorov eCeserani, com embasamento terico de Foucault e Dimas no estudo do espao e, denotvel importncia tambm, os estudos de Edward Said a respeito do orientalismo.

    FERNANDA PINA DOS REIS FACCINTtulo do Trabalho: Ritos de passagem contemporneos em Marina Colasanti: passagense ressurgnciasOrientador: Prof. Dr. Ivan Marcos RibeiroLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da literatura

    Resumo: Para o presente trabalho foram escolhidos quatro contos do livro de contos Oleopardo um animal delicado de Marina Colasanti que so: As regras do jogo; Meninade vermelho a caminho da Lua; O leopardo um animal delicado, de mesmo nome dolivro; e Sem que seja de joelhos. Os contos citados apresentam em suas narrativas ritosde passagem que se encontram em contextos distintos, embora compartilhem da mesmadinmica metamrfica caracterizada pelas passagens, pois h uma correspondnciaentre as diversas modalidades de passagem: das trevas luz (Sol), da preexistncia deuma raa humana manifestao (Antepassado mtico), da Vida Morte e nova existnciapost mortem (a alma). Em Menina de vermelho a caminho da Lua o rito de passagempresente que segundo Mircea Eliade considerado o rito de passagem por excelncia o da puberdade, a passagem de uma faixa de idade a outra (da infncia ou adolescncia juventude). Neste conto, alm do tpico rito citado acima, a personagem (protagonista)submete-se ao conceito corpo-casa-cosmos, assim como os demais protagonistas,dos outros contos, que estabelecem uma relao corprea com os rituais a que sosubmetidos (ou que se submetem). Em O leopardo um animal delicado a protagonistaenvolve-se num rito que dispe dos cinco sentidos; em As regras do jogo o rito presentelimita-se sensao tctil e olfativa, no entanto a passagem s ser efetivada se houvera disposio do corpo; e Sem que seja de joelhos a representatividade ritualstica se datravs de algumas reverncias que submetem o corpo do personagem a insurgnciasseguidas. Os contos elencados apresentam personagens que encontram-se em situaestransitrias, de rompimento e que os levam a uma modificao existencial significativa.Na verdade o rito de passagem apresenta este carter inicitico, ou seja, o indivduo umavez submetido a determinado ritual morre para aquela existncia anterior, vindo aressuscitar, ou nascer, apresentando-se como um novo ser: Convm precisar quetodos os rituais e simbolismos da passagem exprimem uma concepo especfica daexistncia humana: uma vez nascido, o homem ainda no est acabado; deve nascer umasegunda vez,. (ELIADE, 1992). Os ritos referendam sua funo inicitica, transitria ede renascimento mesmo que por meios distintos, alm de sua perene relao com ahumanidade estabelecendo uma ligao que por vezes pode ser via conscincia, masque, talvez, na mesma proporo possa se der pelo inconsciente. Da reiterar a pospostado projeto e futuro trabalho que de averiguar as representaes dos ritos numa narrativacontempornea e feminina, alm de analisar via semelhanas e diferenas a atuao dorito de passagem em homens e mulheres.

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    VNIA CAROLINA G. PALUMATtulo do trabalho: Liberdade prisioneira: a narrativa da solido e do silncio em LesCorpus PerdusOrientadora: Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da CunhaLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da literatura

    Resumo: O presente trabalho refere-se ao projeto de pesquisa intitulado Liberdadeprisioneira: a narrativa da solido e do silncio em Les corps perdus de Franois Gantheretque tem por finalidade estudar a obra ficcional do psiquiatra francs Franois Gantheret,publicada em 2004. A obra apresenta, em uma prosa silenciosa e potica, a trajetriaconturbada e solitria de Andrs, um prisioneiro poltico, fugitivo de uma priso emMaghreb e os profundos prejuzos psicolgicos e morais advindos dessa nova liberdade,das lembranas da violncia na priso, que deixam marcas e atormentam a vida dopersonagem. Nessa perspectiva o objetivo do trabalho verificar o processo ficcionalcom os quais se constri a temtica da violncia/silncio na obra e seus aspectosintrnsecos referentes questo literria, poltica e a construo psicolgica dopersonagem principal. Assim, sero analisados temas scio-poltico-culturais relativos violncia, que so importantes para o entendimento do constante embate entre solidox silncio, bem como a questo da memria como alicerce na construo da liberdadecondicionada. Para tanto, sero empregadas as metodologias bibliogrfica e documentalbuscando alicerces histrico-crticos consistentes para as reflexes aqui encaminhadas.

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    SESSO DE DEBATES II TARDE

    Debatedora: Profa. Dra. Kelcilene Grcia-Rodrigues (UFMS)Mediadora: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraHorrio: 14h s 18hLocal: Anfiteatro 5O D

    BLENDA RAMOS VIEIRATtulo do Trabalho: As profanaes de Hilda Hilst: uma anlise de Tu no te moves de tiOrientadora: Profa. Dra. Enivalda Nunes Freitas e SousaLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representao

    Resumo: Muitos autores apontam fatores relevantes para o estudo dos termos sagradoe profano, que usaremos neste trabalho. mile Durkhein em um de seus estudos sobrereligio afirma que o fenmeno religioso divide-se em duas partes: o sagrado e o profano,prevalecendo uma viso dualista, na qual um se ope ao outro. Nesse sentido, considera-se sagrado tudo aquilo que est ligado religio, magia, mitos, crenas. Em qualquer tipode religio, a concepo do sagrado se manifesta sempre como uma realidade diferentedas naturais, remetendo ao extraordinrio, ao anormal, ao transcendental, ao metafsico.Quando o processo tratado como um fato natural, biolgico, normal, estamos no campodo profano, de tudo aquilo que no sagrado. Como ponto de discusso, centraremostambm nossa ateno nas transformaes dos conceitos de sexualidade e de literaturaertica no quadro geral da literatura brasileira, e trabalharemos tambm com os conceitosde religiosidade, fenomenologia, com o corpo como pecador proposto pela Igreja Catlica,e observaremos como estas transformaes aparecem na obra, visando sempre o jogoque a autora faz entre o sagrado e o profano. O corpus escolhido, por ns, para trabalhoTu no te moves de ti composta por trs novelas que, no princpio parecem que no seconectam, mas que com o decorrer da leitura se entrelaam totalmente. As trs novelasso nomeadas com trs substantivos diferentes. Da razo d nome a primeira novela,que conta a histria de Tadeu, um cara de meia idade, casado com Rute, que est passandopor um momento de crise, uma fase de transio questionando sua prpria existncia esua convivncia por aparncia com Rute. O segundo conto recebe o nome de Matamoros(da fantasia) e narra a histria de Maria, uma criana que sempre esteve habituada aocontato com homens. Para ela, brincadeiras sexuais sempre estiveram associadas com acuriosidade, pois o importante era conhecer tudo tocando. O terceiro e ltimo conto ahistria do sobrinho de Hagai, que me de Matamoros. A narrativa de Axelrod falamais uma vez sobre tempo e finitude, e esfacela a viso que tnhamos at ento dos doisprimeiros contos. Axelrod era professor de histria poltica e ortodoxo, e sua histria muito significativa, principalmente no que diz respeito ao nome da obra. Em uma viagema casa de seus pais, Axel repensa em sua vida e em suas dimenses. Tu no te moves deti desempenha uma funo reveladora de falhas, maravilhas e obscuridades do homem.Este trabalho ento pretende desenvolver um estudo sobre a constituio da obra deHilda, e sim como podemos estud-la em relao ao sagrado e profano, tanto na viso deautores como mile Durkhein que tem uma viso dualista, como para Rudolf Otto e RenGirard que aproximam os termos, e utilizam at outros termos para substitu-los, como:transgresso - respeito, reverncia; puro - impuro; fascinante, benfeitor - temvel,perigoso; interior - exterior; permitido -interdito; dom - violncia; vida - morte; natureza- cultura; ordem - caos.

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    DANIELLE STEPHANE RAMOSTtulo do Trabalho: Nos arredores da Casa do Sol: as imagens espaciais no imaginriohilstiano em trajetria potica do serOrientadora: Profa. Dra. Enivalda Nunes Freitas e SouzaCo-orientadora: Profa. Dra. Elzimar Fernanda NunesLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representao

    Resumo: Nesta dissertao intitulada Nos arredores da Casa do Sol: as imagens espaciaisno imaginrio hilstiano em trajetria potica do ser pretendemos estudar asespacialidades presentes na potica de Hilda Hilst. Escritora referncia da literaturabrasileira contempornea, Hilst produziu uma poesia rica em imagens e smbolos na qualbuscaremos imagens espaciais relevantes e que repercutem em sua persona lrica. Nopodemos deixar de mencionar a relao da autora com o espao, especialmente comrelao construo da Casa do Sol, que partiu de um desejo de autoconhecimento e dededicao integral a sua escrita. Isso ocorreu aps o contato de Hilst com a obra dopoeta grego Nikos Kazantzakis (1885-1957), o qual defendia a necessidade do isolamentodo mundo para conhecer o ser humano e que a influenciou sobremaneira. A casa espacialidade smbolo do arqutipo da intimidade e que por vezes encontra-se nos versosde Hilda Hilst, como tambm a ilha, entre outros espaos que tambm estabelecem umrelao de sacralizao. Como fonte de investigao temos a obra Trajetria potica doser que permite a aproximao do termo trajetria com a espacialidade. Buscamosentender sob a luz das teorias do imaginrio (em especial a obra de Gaston Bachelard, Apotica do espao), alm da perspectiva crtica das teorias da lrica e da construo dasimagens poticas.

    DANIEL PEREIRA PRESTtulo do projeto: Autoria e Paratexto em Manoel de BarrosOrientadora: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representaoResumo: Na lrica dos poetas das vanguardas do incio do sculo XX e posteriores, oaspecto esttico ou formal assumiu grande importncia, processo que, como vimos, temorigem no niilismo e na despersonalizao, iniciados por Baudelaire. Por isso, os poetasvanguardistas e aqueles que os sucederam procuram realizar, em seus poemas, umareflexo metalingstica na qual so problematizadas diversas questes relacionadas prpria poesia. A poesia metaligustica continuou sua grande popularidade nas geraesps-modernismo, o que levou a arte potica a uma contnua e extenuante investigaosobre a sua prpria constituio, uma reflexo sobre aspectos que, de maneira maisampla, envolvem toda a literatura. Assim, conceitos como fico, autoria, intertextualidadeetc, so retomados e problematizados incessantemente pelos poetas contemporneos.Por isso, torna-se conveniente pensar a poesia contempornea como uma forma decontinuao e dilogo, interpretao e transformao da tradio literria da qual nopode fugir. nesse contexto de dilogo com a tradio e transfigurao de conceitosanteriores que queremos apresentar a poesia de Manoel de Barros. A escritura do poetamato-grossense Manoel de Barros realiza um jogo constante com os fatores formais demaneira bem ampla. Entre os vrios procedimentos de pesquisa formal podemos citar ouso das notas de rodap, citaes e epgrafes, alm da presena freqente daintertextualidade, isto , do dilogo com outros autores, o que nos remete a questes

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    importantes como, por exemplo, a interferncia da figura autoral no interior do poema, asrelaes das diversas vozes no interior do poema, a relao com outros autores.

    ALINA TAS DRIOTtulo do Trabalho: O corpo banal: no limiar do amor e da violnciaOrientadora: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representaoResumo: Esta proposta de estudo das obras Os dias gagos (1991), Saxfraga (1993),Zona de sombra (1997), Corola (2000) e Margem de manobra (2006), escritas por ClaudiaRoquette-Pinto, aborda o lugar do sujeito-lrico na poesia contempornea. Pretende-sediscutir o deslocamento do sujeito-potico para o corpo violentado e erotizado queaparece na poesia de Claudia para revelar a banalidade da concretude do sujeito. Destaforma, almeja-se identificar as imagens erotizadas e violentadas para a discusso da crisedo sujeito-lrico contemporneo. Assim, se fazem necessrios a investigao e oaprofundamento terico sobre os conceitos do corpo filosfico e literrio. Destaca-setambm a confluncia dos aspectos concretos do poema em consonncia ao assuntodeterminado pelo sujeito. A medida que o sujeito-lrico dilacerado em sua banalidade,o esquema rtmico e verso correspondem a significao potica. A problemtica queguiar a pesquisa proposta envolver a investigao das imagens convergentes erevisitadas para as abordagens e contextualizaes que a obra completa de ClaudiaRoquette-Pinto abarca. Para tal estudo, foram adotados os seguintes procedimentosmetodolgicos: pesquisa bibliogrfica e mtodo investigativo-terico para mensurar ospressupostos desta discusso. As concluses aludem ao desejo de que este trabalhocontribua para a anlise da poesia de Claudia, envolvendo questes da crtica literria eda teoria do imaginrio, a fim de que se possa rever e discutir conceitos da literaturacontempornea.

    RICARDO ALVES DOS SANTOSTtulo do Trabalho: A linguagem profana e o desejo sagrado: a potica de Valdo MottaOrientadora: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representao

    Resumo: O presente trabalho objetiva pensar a obra Bundo e outros poemas (1996), deValdo Motta, como uma obra reveladora dos paradigmas referentes lrica contempornea,marcada por um sujeito que busca sua posio no mundo, no qual o elemento subjetivoparece ser entrelaado por questionamentos de aceitao dos paradigmas existenciaisque a vida moderna impe. A condio de poeta negro e homossexual uma situaolatente no projeto literrio que o prprio poeta resolveu intitular de erotismo sagrado,no qual os smbolos sagrados, ora cristos ora africanos, e profanos enunciam uma vozpotica que tenta a partir dela dialogar com o homem de seu tempo. O elemento sagrado,em sua obra, um recurso literrio contra foras de opresso que ainda regem o mundomoderno e contemporneo: a excluso e a marginalizao so aes ainda permeveis nasociedade atual. Esta pesquisa busca, assim, traar os caminhos percorridos pelo autorpara atingir uma potica que, ao se esbarrar ora no profano ora no sagrado, almeja, nestaamplitude de universos simblicos, uma salvao na (pela) poesia, procedendo a umapesquisa sobre o erotismo sagrado e como isso se situa na obra de Valdo Motta. Porapresentar uma potica subversiva e inovadora, Valdo Motta permite traar os paradigmascontemporneos por meio de sua linguagem profanada que, ao mesmo tempo, est embusca de reconhecimento social e artstico. A trajetria artstica do poeta, iniciada no

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    final dos anos de 1970, confirma um amadurecimento de sua tcnica lrica, a qual, aliceradaem simblicos religiosos, deixa ecoar uma voz militante em busca de salvao. Estetrabalho, inicialmente, desenvolver-se- a partir das concepes de contemporaneidadeapresentada por Giorgio Agamben (2009). E para isso ser necessrio, tambm, percorrera linha terica deste autor, a qual se fundamenta em Foucault e Hyppolite. Iumna Simon(2004) e Vincius Dantas (1986) destacam a postura inovadora da linguagem potica deValdo Motta pra lidar com a contemporaneidade, como se sua poesia fosse a forma dealcanar o paraso existencial.

    CAROLINA MOLINAR BELLOCCHIOTtulo de Trabalho: Babel e os poetas: perspectivas e estratgias do sujeito lricocontemporneo frente cidadeOrientadora: Prof. Dr. Elaine Cristina CintraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representao

    Resumo: Este trabalho pretende investigar como a cidade funciona como elementoescritural na poesia lrica contempornea ao forjar a subjetividade desse poeta, alm deanalisar se as relaes que o poeta moderno instituiu com a metrpole do sculo XIXainda so vlidas. Para isso, sero analisadas as estratgias escriturais que dois poetasbrasileiros contemporneos, a saber, Fabrcio Corsaletti e Anglica Freitas, utilizam paraenfrentar o cotidiano metropolitano. Anglica Freitas, em seu Rilke Shake publicadopela Cosac Naify em conjunto com a 7Letras, apresenta um panorama que desvelaamplamente a sua So Paulo; Corsaletti se deslumbra com diversas casas que queriahabitar ao se perder nas ruas de uma cidade aparentemente interiorana em Movedio de2001, se lana em um desafio de relembrar/esquecer as cidades pelas quais j viveu em Osobrevivente de 2003 e se entrega experincia metropolitana to vislumbrada em Histriadas demolies de 2007. Os trs livros integram a coletnea Estudos para o seu corpo,lanada pela Companhia das Letras em 2007. Parte-se da hiptese de que a poesia deambos possibilita uma leitura da cidade ao mesmo tempo em que ela se revela enquantotexto na contemporaneidade. Isto significa que na escritura potica que uma novacidade se ergue. No combate entre o poeta e as ruas, aquele desembainha sua esgrima,assim como o sujeito lrico baudelaireano, se inscrevendo nas ruas da metrpole e tambmpermitindo que essas mesmas ruas da metrpole, tal como o poeta moderno, ou a reclusoem um apartamento ou em um elevador, tal como o poeta contemporneo, possam tambminscrever algo nessa poesia. A subjetividade lrica se constri a partir do encontro detextos de um sujeito especfico com os signos que flutuam na cidade. Sabe-se de antemo,no entanto, que a tarefa de apreenso da totalidade da cidade na poesia j est fadada aofracasso e que a sua construo s pode se dar de maneira fragmentada, parcial, rasurada.Uma vez que a cidade a musa baudelaireana por excelncia, herana essa que sealastrar pelo sculo XIX e XX afora, imprescindvel compreender a sensao deefemeridade e de transitoriedade que emergem da noo de modernidade, to atrelada constituio da cidade moderna. Isto se torna necessrio a fim de compreender em quegrau a experincia potica contempornea partilha ou radicaliza as concepesapreendidas na modernidade potica.

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    TIAGO HENRIQUE CARDOSOTtulo do Trabalho: Autobiografia e poesia em Lar (2009)Orientadora: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio: cultura e representao

    Resumo: O projeto Autobiografia e Poesia em Lar, (2009) tem como tema os estudossobre poesia contempornea e subjetividade. O foco recai sobre o ltimo livro do poetacarioca Armando Freitas Filho, em cujas linhas encontra-se em uma malha poticaembebida de uma reflexo sobre a vida e a memria. Os objetivos do projeto so analisarna tessitura potica do livro a relao singular entre autobiografia e lrica, procurandoobservar aspectos que dizem respeito subjetividade e a memria. Uma anlise e reflexosobre Lar, (2009) justifica-se pela necessidade de compreender as faces da poesia quehoje se escreve. Entender os seus motivos e tendncias ajudar a contribuir para umadiscusso sobre a literatura contempornea, algo difuso no nosso meio crtico literrio.Assim, procurar-se- textos tericos que dizem respeito a conceitos como subjetividade,identidade e memria. Portanto, autores como Benjamim, Agabem, Bauman, entre outros,sero possveis contribuies para a fundamentao terica deste projeto. O projetono apresenta resultados alcanados, pois ainda est na sua fase inicial. Convm ressaltarque o livro investe na memria no apenas como meio, mas tambm como fim. Os poemasexploram as lembranas em busca de sentido para os vazios, hiatos e perdas. Tambmso uma reflexo sobre o fazer potico e a vida. Em Lar, (2009) Armando retoma seuprojeto esttico e prope uma reflexo sobre a memria como matria para a criao e oconhecimento de si mesmo e do outro.

    BRBARA P. BIN BISPO PEIXOTOTtulo do Trabalho: Entrelaando dilogos entre mltiplas referncias: a potica de RicardoDomeneckOrientadora: Profa. Dra. Elaine Cristina CintraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio: cultura e representao

    Resumo: Este projeto tem como principal objetivo pesquisar as relaes intertextuais eintersemiticas no discurso potico de Ricardo Domeneck, em sua obra a Cadela SemLogos (2007). A partir do estudo dessas relaes, ser possvel caracterizar as expressesmltiplas de habilidades artsticas do poeta e perscrutar sua genealogia de refernciasmusicais, artsticas e filosficas, dentre outras. Nesse aspecto, poder-se- determinarqual a proposta do poeta ao se utilizar de tais referncias e de que modo ela se ajustaa realidade sociopoltica de seu tempo. Para tal, pretende-se realizar a leitura analtica deautores que tratem tanto da contemporaneidade, como Giorgio Agamben (2009), quantode intertextualidade e semitica, como Bakhtin, Genette e Kristeva, o que possibilitaruma leitura mais apropriada e uma anlise melhor fundamentada da obra de Domeneck aser estudada. Por se tratar de um autor ainda vivo, ser possvel tentar e estabelecercontato com o autor e realizar uma entrevista, fato que contribuir ainda mais para embasaras leituras dos poemas de Domeneck.

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    08/12/2010SESSO DE DEBATES III MANH

    Horrio: 08h30min s 12hLocal: Anfiteatro 5O CDebatedor: Prof. Dr. Mrio Cezar Silva Leite (UFMT)Mediador: Profa. Dra. Joana Muylaert de Arajo

    ANDRA CRISTINA DE PAULATtulo do Trabalho: A religiosidade na voz de Pena Branca e XavantinhoOrientadora: Profa. Dra. Knia Maria de Almeida PereiraLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio: cultura e representao

    Resumo: No se questiona a importncia da poesia na vida do homem. Ela est e sempreesteve presente na vida do ser humano, sobretudo, como forma de evaso, fuga darealidade, de libertao interior (PAZ, 1982). Assim como a religiosidade sempre estevepresente na vida do homem como meio de transcendncia. Segundo Armstrong (2008;08), Homens e mulheres comearam a adorar deuses assim que se tornaramreconhecivelmente humanos; criaram religies ao mesmo tempo que criaram obras dearte. O homem, atravs dos tempos, tem buscado diferentes formas de manifestar a suaf, e uma delas, e talvez uma das formas mais expressivas, seja atravs da msica, que,segundo Osakabe (2005), possibilita ao homem a capacidade de revelar-se e compreender-se. No difcil perceber o interesse do homem em manifestar sua f atravs da msica,em especial, da msica sertaneja de raiz, posto que essa traduz toda uma ideologiacultivada pelo homem do campo, tais como os padres culturais e sociais vivenciadospor ele, revelando seus costumes, crenas e hbitos do cotidiano. Analisando-se algumascanes dos clssicos de moda de viola, percebe-se que as canes de Pena Branca eXavantinho se destacam quando o assunto religiosidade. Observa-se, em grande partedas letras de msica interpretadas pela dupla, um vasto exemplo do desejo detranscendncia que norteia a humanidade. Tambm, encontra-se em suas canes umdiscurso fincado na tradio. Nesse sentido, pretende-se, atravs deste estudo, evidenciarelementos que confirmam uma intensa prtica religiosa por esses artistas, bem comoverificar a presena dessa religiosidade atravs da anlise de suas canes. Acredita-seque Pena Branca e Xavantinho representem, atravs da msica sertaneja caipira, ocomportamento religioso de grande parte dos brasileiros, evidenciando a preferncia,principalmente da populao social e economicamente menos favorecida, da chamadareligio popular (BRANDO, 2007). Verifica-se, muitas vezes, que o fazer literrio dopovo se v rotulado de subliteratura, paraliteratura, contraliteratura, a situar-se no ladoabaixo dos horizontes e fronteiras do discurso chamado oficialmente literrio(SANTANNA, 2000: 30). Com o intuito de contribuir para a mudana dessa realidade,essa pesquisa visa valorizao do fazer literrio popular da dupla Pena Branca eXavantinho, pois, assim como Vieira e Vieirinha _ artistas consagrados da msica sertanejade raiz _ do a colorao da nossa cultura regional (BERNADELI, 1991: 39). No entanto,mesmo sendo filhos da regio do Tringulo Mineiro, h raras pesquisas realizadas sobrea dupla. No difcil encontrar textos que tragam uma coletnea de suas canes. Hvrios sites na internet que oferecem listas completas sobre a vasta obra da dupla. Mas,h uma escassez muito grande de estudos que abordem uma anlise mais reflexiva sobre

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    a potica de suas canes. A realizao dessa pesquisa justifica-se, portanto, pelanecessidade de se estudar artistas, como Pena Branca e Xavantinho como representantesda literatura brasileira, que, atravs da poesia-msica, cantaram o corao matuto dagente da terra, seus berrantes tristes, suas despedidas pungentes, seus amores singelose sua f cega (NEPOMUCENO, 1999: 378).

    LUCAS GILNEI PEREIRA DE MELOTtulo do trabalho: Antnio Jos da Silva, O Judeu: um leitor de EurpidesOrientadora: Profa. Dra. Knia Maria de Almeida PereiraLinha de Pesquisa: Poticas do Texto Literrio: cultura e representao

    Resumo: As comdias teatrais, interpretadas por marionetes e encenadas em Portugal nosculo XVIII, escritas por Antnio Jos da Silva, o Judeu, ainda so pouco estudadasnos meios acadmicos, principalmente sua pea Encantos de Medeia, no possuidorade uma publicao que lhe d circulao entre os leitores. Tratando-se de uma ricareleitura feita pelo escritor portugus da obra Medeia de Eurpides, torna-se defundamental importncia uma anlise do dilogo intertextual, construdo entre os doisautores. Assim, o projeto intitulado Antnio Jos da Silva, o Judeu: um leitor deEurpides apresentado ao Programa de Mestrado em Teoria Literria se torna relevante,na medida em que busca suprir essas lacunas nas pesquisas sobre os dois autores,quanto ao dilogo intertextual, a msica, Coro e pera, no teatro grego e no portugusdo sculo XVIII. Na pea, Encantos de Medeia, h traos de ironia, crtica social e atransposio de gneros. Verificamos uma forte atuao de personagens subsidirios,os graciosos, que ajudam no fio condutor da histria e do o vis cmico para a pea. Ospersonagens subsidirios, Sacatrapo e Arpia, subvertem com as palavras, jogam paradissimular e acumular benefcios em nome de um bem-estar prprio, apesar de nemsempre tudo sair conforme o planejado. Alm disso, temos como objetivo fazer o estudoe a interpretao do Coro em Medeia e da pera em Encantos de Medeia. Estudaremos,tambm, com mais intensidade o dilogo estabelecido entre as obras, por uma tratar-sede uma tragdia e a outra de uma comdia joco-sria, ocorrendo uma mudana degnero. Observaremos os contextos histricos em que cada obra foi escrita paraverificarmos as censuras sofridas por cada uma. Principalmente, a censura sofrida porAntnio Jos, pois o autor foi perseguido e morto pela Inquisio em Portugal. E, porltimo, estudaremos a figura feminina frente ao Coro e pera. Como suporte tericopara os estudos, inicialmente, utilizaremos as consideraes de Nietzsche (2007), Pereira(2007), Pereira (1998), Lesky (1976), Costa e Remdios (1988) por versarem tanto sobre oteatro grego e o Coro, quanto sobre as caractersticas poticas do Judeu.

    JULIANE CRISTINA DO NASCIMENTOTtulo do Trabalho: A mulher tradicional e a mulher moderna: tempo de transioOrientador: Prof. Dr. Eduardo JosTollendalLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio: cultura e representao

    Resumo: O objetivo deste trabalho demonstrar que uma obra literria como Parbolado Cgado Velho, contribui de forma significativa para com a construo de outrasidentidades, inclusive a da mulher brasileira. Ao escrever esse romance, Pepetela buscacontribuir para com a construo de uma identidade cultural angolana, perdida entreguerras; assim como toda obra de arte, esse objeto literrio (o romance) consegue

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    ultrapassar aquilo que objetivo de seu artista e alcanar outras metas, como, porexemplo, contribuir para que se entenda o papel da mulher, especialmente o da mulhernegra. A partir das transformaes ocorridas na histria da mulher, observa-se que muitosdos fatos que ocorreram no as libertaram, mas, na verdade, aprisionaram-nas. A entradada mulher no mercado de trabalho, por exemplo, algo que modificou completamentesuas vidas, inclusive a dos homens. Ser que a forma como foram inseridas nesse mercadovisava a liberdade? O sucesso e o desenvolvimento? Ao desejar fazer parte dessasociedade voltada para o material, milhares de mulheres abandonaram grande parte desuas histrias e culturas, de modo a assumir um novo modo de viver que negava suastradies. Pepetela trabalha o tempo todo com questes concernentes tradio e contemporaneidade; o que o autor busca de fato conciliar esses dois conceitos deforma a nos mostrar que no h como descobrir quem somos e quem queremos ser semconsiderar, ao mesmo tempo, os tempos passado e presente (e conseqente futuro)como componentes da nossa identidade, tanto como povo quanto como pessoaindividual.

    ALINE BRUSTELLO PEREIRATtulo do Trabalho: Os Espaos Inslitos nas Narrativas de Clarice LispectorOrientadora: Profa. Dra. Marisa Martins Gama-KhalilLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio: cultura e representao

    Resumo: O tema desse projeto o estudo do espao e seus sentidos nos contos inslitosde Clarice Lispector. Ao longo dos anos surgem inmeros trabalhos referentes sprodues clariceanas: temas filosficos abordados em seu livro, temas do sentir, temasdo ser, composio das narrativas, composies dos caracteres (personagens), donarrador, significados da representao feminina, anlises aprofundadas de cada obraetc. Entretanto, praticamente foram deixados de lado os estudos do fantstico na obra deClarice, o que no quer dizer que no h produes inseridas nesse gnero em suasnarrativas, uma vez que suas obras so altamente diversificadas. Por isso, o presenteprope justamente um olhar sobre o estudo desse gnero (o fantstico) frente ao seuapagamento, ou mesmo, quase inexistncia de pesquisas efetuadas nessa rea diante asnarrativas da escritora. No obstante, a constituio do ato narrativo subjetivado, seope quela do realismo, em que o espao ser representado tal como , em favor de umainterpretao espacial. Nessa via, a hesitao fantstica, que por si j produz espaossignificativos, ser ainda mais enfatizada pela subjetivao, que abrir caminhos para aviso do espao como um mundo fenomenolgico, simblico por excelncia, em quecada pormenor produzir um grande sentido dentro do texto. em vista disso que esteestudo prope, alm do estudo do gnero fantstico, tambm o estudo do espao, poisambos encontram-se ntima e intrinsecamente relacionados dentro da obra, cada umproduzindo efeitos sobre suas composies, tanto o fantstico forma espaos simblicos,como o a prpria simbologia do espao subjetivado corrobora para a hesitao fantstica.Portanto, este trabalho tem como objetivo identificar a composio do gnero fantsticonas narrativas de Clarice Lispector, sendo que para tanto foi efetuada uma reunio decontos da referida autora que ir proporcionar a apreciao dos temas ora propostos,como por exemplo: Via Crucis (1974), Ele Me Bebeu (1974), A Mensagem (1971),Onde Estivestes de Noite (1974), O Delrio (1979), A Menor Mulher do Mundo (1971.Este trabalho faz frente duas carncias tericas referentes ao estudo crtico das narrativasde Clarice Lispector: as construes espaciais e as configuraes fantsticas. Em relao

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    s configuraes fantsticas, ainda mais avulta essa carncia, na medida em que osestudos que tm como objeto o inslito na obra clariceana so praticamente inexistentes.

    ALINE TAVARES E SOARES GUIMARESTtulo do Trabalho: Limites de um entre-lugar: Criao e Representatividade Feminina naobra de BalzacOrientadora: Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha.Linha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura

    Resumo: Balzac conhecido pela crtica especializada como grande analista da almafeminina, e partindo dessa premissa, e da presena marcante das mulheres em sua obra,optou-se por estudar a representatividade social e discursiva das personagensbalzaquianas, luz dos estudos culturais que vo permitir um olhar mais acentuado paraquestes histricas, sociais e psicolgicas das mulheres retratadas.

    CARLA RICA OLIVEIRA FERREIRATtulo do Trabalho: Anacronismo ou reinveno? Galilia e o regionalismoOrientadora: Profa. Dra. Juliana SantiniLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura

    Resumo: O presente trabalho visa analisar o regionalismo na literatura brasileiracontempornea a partir do romance Galilia (2008), de Ronaldo Correia de Brito. Seobservarmos o em torno da obra, crtica e autor, constatamos que constantemente estesse posicionam quanto ao regionalismo. Parte da crtica contempornea insiste em atribuirvalor ao romance em face da produo regionalista de 1930, ora recusando o termo, emfuno de um passadismo do gnero, pois seria inadequado produo de hoje, oraafirmando que o autor supera o regional ou, ainda, que o revisita atravs estticacorrespondente contemporaneidade. Por sua vez, Brito se ope crtica quando estatoma o regionalismo para valorar Galilia no mesmo sentido que o termo serve paraconceituar a produo de 1930. Nessa perspectiva, a escolha de Galilia se justificaporque este incorpora a discusso sobre o regionalismo. Em vista disso, investigar-se- como o romance Galilia se relaciona com a tradio qual tem sido vinculado pelacrtica contempornea regionalismo de 1930. Para tanto, ser feita a anlise comparativade Galilia com o romance Fogo Morto, de Jos Lins do Rego, e do modo pelo qualambos so recebidos pela crtica. A escolha do ltimo se explica por ser um romanceexemplar da produo regionalista de 1930, vinculado ao O Manifesto Regionalista de1926, de Gilberto Freyre. Para efetivar essa pesquisa analisar-se- o material terico ecrtico acerca dos dois romances e, em seguida, ambos sero comparados. Essa anliseter como fundamentao terica central os apontamentos de Antonio Candido, AlfredoBosi e Tnia Pellegrini acerca da esttica regionalista.

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    CLUDIA BEATRIZ CARNEIRO ARAJOTtulo do Trabalho: Macunama: histria e ficoOrientadora: Profa. Dra. Jacy Alves de SeixasLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura.

    Resumo: Este projeto tem como objeto de estudo a rapsdia1 de Mrio de AndradeMacunama: um heri sem nenhum carter, publicada em 1928. Pretende-se fazer umestudo sobre as leituras e releituras de Macunama desde a sua publicao, com ointuito de ressaltar o papel da crtica na construo de sua imagem e no seu processo decanonizao, ou seja, olhar o texto que fala da rapsdia como uma traduo desta e,portanto, como produto de recriao. Macunama uma das obras literrias brasileirasmais analisadas e, consequentemente, detentora de uma multiplicidade de enfoquessobre sua criao, desde seu potencial artstico, sua forma de composio, sua recepoe seu valor histrico e cultural, porm percebe-se que, ao analisar os estudos referentes obra, considerados hoje como essenciais para a sua apreenso, ou do continuidadeao pensamento de Proena2, ou so resultados da busca de desmistificao destes.Buscar ento, a princpio, considerando a hiptese a cima, realizar um levantamentodos estudos sobre a rapsdia mais significativos desde a sua publicao, levando-se emconta a relevncia destes no contexto da crtica literria. Para isso, ser feito um paralelocom a recepo de Macunama, ao longo do tempo, utilizando-se de dados da publicaodo livro, alm de conferir tambm ateno ao quadro que se encontrava a poltica, ahistoriografia literria e a prpria literatura neste perodo, a fim de compreender o fato decomo um texto literrio, dotado de infinito potencial criativo, ao ser traduzido, seja poroutro meio artstico, seja pela crtica ou pela mdia, corre o risco de ser descaracterizadocomo tal, assim como supe ter ocorrido com a rapsdia de Mrio de Andrade: de objetoartstico a objeto vendvel, ou mesmo, instrumento de manipulao do imaginrio coletivo.

    GECILMAR PEREIRA BORGESTtulo do Trabalho: Terra: imagem, mito e metfora em O ltimo voo do flamingo, de miacoutoOrientadora: Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da CunhaLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da literatura

    Resumo: Em O ltimo Voo do Flamingo, do escritor moambicano Mia Couto, possvelreconhecer nos enunciados dos personagens centrais do romance algumas temticasmticas sendo resgatadas das narrativas tradicionais e das experincias culturais dopovo moambicano. Os enunciados destes personagens revelam por vezes a formacomo o moambicano se questiona sobre o imperialismo racional do homem ocidentalcapitalista, desconstruindo os discursos dominantes e revelando, atravs da poesia dasimagens, outra forma de compreenso da realidade social do pas pelo conhecimentomtico ancestral. O romance composto pelas memrias do narrador, que se nos apresentacomo tradutor de universos culturais diferentes e revela a necessidade de valorizao dacultura local em oposio imposio de prticas ocidentais de racionalidade.

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    SESSO DE DEBATES IV TARDE

    Debatedor: Prof. Dr. Deneval Siqueira Filho (UFES)Mediador: Profa. Dra. Knia Maria de Almeida PereiraHorrio: 14h s 18hLocal: Anfiteatro 5O C

    NAIANA MUSSATO AMORIMTtulo do Trabalho: Duplo inferno e mltiplas faces da Era Vitoriana: formaes dedeformaes entre o romance grfico From Hell, de Alan Moore e Eddie Campbell e ofilme homnimo, dos diretores Allen e Albert HuguesOrientador: Prof. Dr. Ivan Marcos RibeiroLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estuda da Literatura

    Resumo: A partir do corpus selecionado, o romance grfico From Hell, de Alan Moore eEddie Campbell e o filme homnimo, dos diretores Allen e Albert Hugues, a presentepesquisa pretende reunir, ampliar e empregar os conceitos de adaptao, dialogismo,transtextualizao e traduo. Atravs do estudo das formas de cada mdia, das estruturasem que os enredos so organizados e, finalmente, dos diferentes tratamentos para astemticas selecionadas (Inferno, Morte, Conflitos entre gneros) analisar quais foram asimplicaes da realizao do filme para ambas as obras. A pesquisa tem como mtodo oestudo das menores s maiores partes, por isso prope-se esmiuar o corpus desde asespecificidades dos sistemas miditicos at o modo como os assuntos so abordados, oque ir caracterizar cada obra como um todo - [um] drama em 16 captulos (MOORE &CAMPBELL, 2001 a 2002) e um suspense (HUGHES, Allen & Albert, 2002).

    FTIMA YUKARI AKIYOSHI FRANATtulo do Trabalho: Arqutipo ligado ao isomorfismo negativo em Cem Anos de Solido:Melquades, o cigano em Cem Anos de SolidoOrientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Santos SilvaLinha de Pesquisa: Poticas do Texto Literrio: Cultura e Representao

    Resumo: O presente projeto tem como foco, a anlise dos smbolos representados pelopersonagem Melquades, o cigano em Cem Anos de Solido de Gabriel Garca Mrquez,que remete associaes ao isomorfismo negativo, segundo o conceito em Gilbert Durand,no qual Garca Mrquez apresenta um enigmtico cigano que conquista o fundador daaldeia de Macondo, e deixa a sua importante marca atravs de sua sabedoria e tradiotnica e cultural, considerado um personagem instigante, decisivo na trama da narrativa.O poeta cria um lugar fictcio calcada relevantemente temporalidade despojando fatossociais de um povo que habita uma aldeia distante de tudo e de todos. Sendo assim, naviso de Moreno, os atuais escritores latino-americanos esto realizando uma sntese,aproveitando as mltiplas aportaes culturais, as tenses resultantes desses encontrosconflitivos, as experincias anteriores num desejo de aprofundamento e deexperimentao. Desta tentativa, a viso da realidade sai enriquecida pelo enfoque mltiplo

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    (MORENO, 1979, p. 23). Gabriel Garca Mrquez; at hoje se vive o deslumbramento dadescoberta de suas obras. Em Cem Anos de Solido, realidade, fantasia e mito se ligampara formar um mundo nico. Como Moreno sintetiza, o romance um livro de amor e deimaginao e tudo est nele: histria e mito, protesto e confisso, alegoria e realidade(MORENO, 1979, p. 81). Referindo-se ao fato de que todo o romance , em ltima anlise,uma alegoria da condio humana, Moreno adverte que, mais do que isso, Cem Anos deSolido tambm alguma coisa de mais preciso: a histria de toda uma famlia que passada inocncia destruio; a criao de um lugar mstico centro do mundo como emtoda a histria mgica que Macondo; a queda dos homens; a explorao e a corrupode um povo concreto da Amrica espanhola; a presena da mulher mulher-me, mulher-fundao que se chama rsula. Enraizado, ptreo, fluvial, Cien aos de soledad umromance de uma terra e de uma famlia, da terra e dos homens, dos ciclos progressivamenteinfernais que levam do paraso e da inocncia morte. A magia predomina no romance;magia feita de terra e sonho que tambm mito e lenda mais do que histria. Talvez o maisextraordinrio de Cien aos de soledad seja a capacidade de narrar com realismo precisoe, s vezes, descarnando at transformar a realidade em lenda sem que a lenda perca aaparncia de realidade (MORENO, 1979, p. 194). O grande misterioso cigano Melquades,que nos remete ser a lenda, carrega consigo os manuscritos, que encontram-se grafadosem snscrito, antiga lngua da famlia indo-europia, citada como lngua materna docigano. Esses manuscritos causam curiosidades em alguns dos Aurelianos, no qual alertado pelo prprio Melquades que no poderia ser decifrado antes de Macondocompletar 100 anos de existncia: ... no instante em que Aureliano Babilnia acabassede decifrar os pergaminhos, e que tudo que estava escrito neles era irrepetvel desdesempre e para sempre, porque as estirpes condenadas a cem anos de solido no tinhamuma segunda chance sobre a terra. (MRQUEZ, 2006, p. 447). Sendo assim, o penltimodos Aurelianos, quando quase este acredita-se que Melquades fora uma lenda, conseguedecifrar e entender que seu sucessor seria o fim da estirpe dos Buenda.

    CSSIA DIONIA SILVEIRA MENDESTtulo do Trabalho: Uma leitura das espacialidades em Objetos Turbulentos, de Jos J.VeigaOrientadora: Profa. Dra. Marisa Martins Gama-KhalilLinha de Pesquisa: Poticas do Texto Literrio: Cultura e Representao

    Resumo: Em Literatura, os estudos terico-cientficos sempre privilegiaram os aspectosrelacionados ao elemento tempo, por isso fato a existncia de inmeras e de diversasobras que o abordam. Tambm foram tema das pesquisas terico-cientficas, nos EstudosLiterrios, elementos como tipos de narrador e personagens, gneros, contedo. Porm,o espao foi um elemento ficcional pouco trabalhado. A partir da segunda metade dosculo XX, os estudos a respeito do espao vm aumentando. A proposta deste trabalhoem Teoria Literria, vinculado linha de pesquisa Poticas do Texto Literrio: Cultura eRepresentao, mais especificamente acerca do espao diegtico nas narrativas literrias,parte, primeiramente, da necessidade de ampliao desses estudos a respeito do binmioespao-literatura. O espao, nas narrativas literrias, no deve ser visto e analisadoapenas como localizador de personagens e de aes, mas sim como formador de sentidose, no caso das narrativas fantsticas, como instaurador da ambientao que desencadeia

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    o fantstico. Dessa forma, no espao narrativo, deve-se cruzar o imaginrio, a histria, asubjetividade e a interpretao, pois ele o elemento articulador da diegese.Demonstrar ser a construo do espao deflagradora da ambientao fantstica e daconstituio de sujeitos o desafio e a necessidade centrais deste trabalho. O estudoaqui proposto se far por meio de Contos turbulentos: contos para se ler luz do dia,de Jos J. Veiga. Tal obra apresenta a narrativa literria ora contida, ora densa, em que oinslito salta da banalidade. Um espelho, uma cadeira, uma luneta, um tapete, umcachimbo... so objetos comuns, desejados ou desprezados, porm extremamenteintrigantes. Eles so apresentados numa estreita relao com o homem. Relao no toclara e explcita primeira leitura. Tudo parece se ligar a uma histria comum, que soa atcomo j ouvida. A surpresa mostra-se no final, em que a turbulncia conduz para arealidade fantstica revelada nas espacialidades trabalhadas de forma central em todasas histrias.

    JOS DO CARMO AMORIMTtulo do Trabalho: Jos Saramago em dilogo com o popular e o erudito: um estudosobre As intermitncias da morteOrientadora: Profa. Dra. Knia Maria de Almeida PereiraLinha de Pesquisa: Poticas do Texto Literrio: Cultura e Representao

    Resumo: Estudar a temtica da morte na sociedade contempornea a partir da obra AsIntermitncias da Morte de Jos Saramago, um dos grandes desafios desta pesquisa.Sabe-se que a humanidade por mais que tenha a certeza da morte como uma parte do atode viver, to natural como o nascer e desenvolver-se, sempre h o desejo de buscar adi-la ao mximo, como se o fosse possvel obter a juventude eterna. Para uma maior reflexosobre este tema, estaremos ancorados nos estudos de Edgar Morin, Philippe Aris, Josede Anchieta Corra, Albert Camus, dentre outros. Intermitncias da Morte, publicadoem 2005, , com certeza, um dos romances mais sarcsticos e corrosivos de Jos Saramago.J de incio, o autor provoca os leitores com a polmica frase: No dia seguinte ningummorreu. Nesta interessante narrativa, a morte no mais visita os habitantes de um pequenolugarejo, trazendo como consequncias muitas alegrias mas tambm muitos problemas.Alis, esta temtica da morte como alegoria da velha senhora com a foice visitando eamedrontando os vivos h muitos sculos faz parte tanto da tradio oral como osantigos contos populares portugueses, bem como das narrativas eruditas como O retratode Dorian Gray, de Oscar Wilde e Todos os homens so Mortais, de Simone de Beauvoir.Assim sendo, um dos objetivos desta monografia, tendo como base os estudos deBakhtin sobre a circularidade, analisar o dilogo intertextual mantido por Saramagocom estas fontes. Procuraremos identificar tambm as implicaes sociais que a temticada morte desperta, bem como o efmero desejo da eterna juventude, ou mesmo da vidaeterna e suas complicaes a quem deseja tais fatos.

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    NELSON PEREZ DE OLIVEIRA JUNIORTtulo do Trabalho: Egosmo, Altrusmo e Empatia: Um Empreendimento Cultural e onovo paradigma na relao Autor/Obra/Pblico em Cano de Mim Mesmo de WaltWhitmanOrientadora: Profa. Dra. Regma Maria dos SantosLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura.

    Resumo: O presente Projeto de Pesquisa a partir do corpus de investigao constitudopelo poema Cano de Mim Mesmo pretende verificar como Walt Whitman estabeleceuuma forma personalssima e pioneira de relacionamento com o pblico leitor criando umnovo paradigma para as relaes AUTOR/OBRA/PBLICO. Walt Whitman usou obinmio Egosmo/Altrusmo com a argamassa da empatia, que Adam Smith preconizoucomo base de explicao das relaes humanas e econmicas na sociedade da RevoluoIndustrial, como vetores da nova relao Autor/Produtor, Obra/Produto e Pblico/Mercado atravs de um empreendimento cultural pensado e aperfeioado ao longo davida do poeta. A indstria livreira e a massa leitora Norte Americana criaram condiesespeciais para a ecloso e desenvolvimento do empreendimento de Whitman e a formaliberal e livre com que o poeta transitava do egosmo ao altrusmo e vice versa foram suamarca registrada para criar uma identificao da figura pblica do poeta com seus leitores.A fotografia do poeta na capa de todas as edies de Folhas de Relva apenas mais umaspecto do empreendimento esttico/cultural de Walt Whitman, este tambm umparadigma adotado pelos artistas e produtores culturais das diversas mdias dos sculosXX e XXI.

    WANLY AIRES DE SOUSATtulo do trabalho: Autobiografia e ficcionalidade em O cemitrio dos vivos de LimaBarretoOrientadora: Profa. Dra. Joana Luiza MuylaertLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura.

    Resumo: O Cemitrio dos Vivos, considerada uma das ltimas manifestaes artsticasde Lima Barreto, bem pouco conhecida no meio acadmico. A narrativa de carterautobiogrfico ou diarstico, sucede a publicao de Clara dos Anjos e retrata a trgicaexperincia vivida no hospcio por esse autor cuja doena, misria e delrios do pai loucose encarregaram de dar-lhe matria prima suficiente para a construo de depoimentomarcado pelo tom do sombrio. Entretanto, ainda que o contexto seja absolutamentesedutor, o que mais chama a ateno nesta obra a constante fragmentao do discurso,fato que nos inquieta e nos faz questionar acerca da veracidade dessa narrativa, enquantonarrativa de registro, e/ou ficcionalidade. Tendo por base tais interrogaes, atentamo-nos para o conceito de literatura da urgncia para definir um tipo de escrita realizadosob estado de emergncia, consolidado como inscrio capaz de ir alm das tcnicas decontrole corporal no hospital psiquitrico. bem por isso que a escolha de Cemitriodos Vivos, de Lima Barreto, se faz pertinente e justificvel. Alm disso, preciso observarque esse tipo de literatura, no-oficial, j que advm do hospcio, j contaminada pelaloucura e pela rotina no manicmio, capaz de revelar, historicamente, como verdadeirodocumento que , a perspectiva do interno diante da instituio, denunciando, assim, asmincias do dia-a-dia psiquitrico. Segundo a estudiosa Luciana Hidalgo, em seu trabalho:

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    Lima Barreto e a literatura da urgncia: a escrita do extremo como insurgncia aocontrole do corpo, esta narrativa-limite, inventada para enfrentar uma situao-limite,teve a funo de compensar o corpo louco, funcionando como ponte do no-ser,aniquilado pela instituio, com o ser integral, pleno, vindo ao encontro da teoria deMichel Foucault sobre a evoluo histrica da loucura. Nesse sentido, como se podeperceber, em Cemitrio dos Vivos tem-se uma viso muito pessoal da loucura,provavelmente em funo da experincia ntima do autor/personagem com esseenigmtico mal. A prpria concepo da obra, como foi citado anteriormente, permiteuma provvel classificao dentro da definio de dirio ou de autobiografia, ou seja, derelato individual e exclusivo de tal distrbio. Para o desenvolvimento de tal estudo,teremos como principais textos para o suporte terico Histria da Loucura de MichelFoucault (2009), obra que mostra a configurao da loucura como um fenmeno cercadopor questes sociais especficas de cada cultura, apresentando, assim, uma multiplicidadede imagens que o torna algo totalmente enigmtico, e, para uma boa anlise do conceitode discurso e narrativa de relato pessoal, ser utilizado Questes de Literatura e deEsttica: a teoria do romance, de Mikahil Bakhtin (1996) e O dirio intimo e a narrativade Maurice Blanchot (2005).

    ALINE CARRIJO DE OLIVEIRATtulo do Trabalho: Confluncias entre msica e literatura: Tristo e Isolda, lenda eperaOrientador: Prof. Dr. Ivan Marcos RibeiroLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estuda da Literatura

    Resumo: Propomos neste projeto traar as aproximaes estruturais e estilsticas entreo romance Tristo e Isolda, de Joseph Bdier (2003), e a pera de mesmo nome, deRichard Wagner (1852). Estas duas obras representam, respectivamente, literatura emsica, artes que se desenvolveram com objetivos dspares, mas tambm complementares,pois a relao entre elas no est exclusivamente na necessidade de preencher o campoldico ou erudito um do outro, mas na tentativa de complementao e/ou recriaosemntica e estrutural de um enredo por meio do dilogo entre as artes.

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    SESSO DE DEBATES V TARDEDebatedor: Profa. Dra. Fabiane Verardi Burlamaque (UPF)Mediador: Profa. Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da CunhaHorrio: 14h s 18hLocal: Anfiteatro 5O D

    ANA CLUDIA NASCIMENTO THEODOROTtulo do Trabalho: Novas perspectivas acerca da figura feminina e suas relaes com opatriarcalismo nos contos de fadas contemporneos

    Orientadora: Profa. Dra. Maria Cristina MartinsLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura.

    Resumo: Este trabalho pretende ser o projeto para uma dissertao de mestrado que temcomo objeto de estudo os contos de fadas tradicionais e contemporneos. Tendo emvista que as histrias clssicas, tambm conhecidas como contos da carochinha,tiveram suas narrativas difundidas e recontadas, com uma repercusso universal,compreendemos tambm que os significados presentes nestas histrias foram, ao longodo tempo, adquiridos pelos leitores e cristalizados no pensamento vigente da sociedade.Os contos de fadas ditos contemporneos so histrias que apresentam novas formasde pensamento e padres de comportamentos diferentes daqueles trazidos pelasnarrativas clssicas. Sabendo que a sociedade do sculo XXI em muito se diferencia dassociedades dos sculos XVII, XVII e XIX, percebe-se que o pensamento vigente e asnormas de conduta tambm mudaram. Este estudo pretende mostrar os novos significadostrazidos pelos contos de fadas contemporneos, tendo em vista principalmente, a questoda viso sobre a beleza feminina e sobre a relao do casamento. Alm disso, sertrabalhada a forma com que os contos contemporneos dialogam com as histriasclssicas, atravs de estratgias narrativas como a pardia e a intertextualidade, demodo a fazerem referncias, s vezes crticas, s narrativas tradicionais.

    REGINA NASCIMENTO SILVATtulo do Trabalho: Viventes das Alagoas: fragmentos de um passado memria, literaturae histria alinhavadas nas crnicas de Graciliano RamosOrientadora: Profa. Dra. Regma Maria SantosLinha de Pesquisa: Perspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura

    Resumo: Este projeto trata de uma proposta de pesquisa bibliogrfica, na linha de pesquisaPerspectivas Tericas e Historiogrficas no Estudo da Literatura, apresentado aoPrograma Ps-Graduao em Teoria Literria, do Instituto de Letras e Lingustica daUniversidade Federal de Uberlndia, focalizando literatura, histria e memria. Comofontes documentais sero utilizadas as colaboraes de Graciliano Ramos para a RevistaCultura Poltica compiladas no livro Viventes das Alagoas. O propsito analisarcomo o discurso memorialstico e o cronstico entrelaam-se nesses textos.

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    TEREZA CRISTINA TFOLIS RODRIGUESTtulo do Trabalho: Virginia Woolf A celebrao do instanteOrientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Santos SilvaLinha de Pesquisa: Poticas do texto literrio - cultura e representaoResumo: Woolf coloca em contraluz o prprio fazer literrio, tateando em seus limites einventando entre o dizer e o no dizer sutilezas para tratar do inefvel. Para isso, apesquisa deve lanar mo de um aparato terico que inclui temas e conceitos ligados teoria da narrativa, ruptura da linearidade no romance moderno, linguagem e ponto devista, confluncias, divergncias e entrecruzamentos entre os elementos composicionaisque constituem o universo de VW. O objetivo , ao final, obter uma melhor compreensoda obra de Virginia Woolf ou, mais especificamente, dos textos selecionados no livroContos Completos, corpus a ser trabalhado: Kew Gardens; Objetos slidos; Acortina da bab Lugton; Felicidade; A apresentao e O fascnio do poo.Lembrando que se poder lanar mo de outros textos do mesmo livro se, de algumaforma, eles contriburem para a argumentao e conseqente elucidao de parte oucaptulo deste trabalho.

    FRANCIELE QUEIROZ DA SILVATtulo do trabalho: Inferno Provisrio: uma (re)configurao do real na prosa brasileiracontempornea?Orientadora: Profa. Dra. Juliana SantiniLinha de Pesquisa: Perspectivas tericas e historiogrficas no estudo da literatura

    Resumo: Observa-se, hoje, por parte da crtica especializada em literatura uma vertenteque se prope a discutir a percepo de que o texto literrio ficcional contemporneo permeado por referencialidades mltiplas do real, deixando entrever uma produoque reivindica um olhar especulativo para uma suposta representao da realidade.Gostaramos de arriscar a delinear uma possvel vertente de anlise na qual possvelidentificar a forte incidncia do real na contemporaneidade, que, segundo nossahiptese, desloca a noo de representao e prope uma discusso em torno de umaperformance de linguagem. Segundo a pesquisadora Tnia Pellegrini (2007) o pactorealista continua vivo e cada vez mais atuante, tambm na fico brasileira contempornea.Karl Erick Schollhammer (2009), que atualmente depreende esforos na crtica da produodos dias atuais, acrescenta a necessidade de se refletir sobre a simultnea vontade porparte de alguns escritores e artistas contemporneos de se engajarem na realidade sociale a dificuldade de traduzir essa vontade num projeto esttico adequado. Conscientesda abrangncia no apenas da questo conceitual que envolve a definio de real, mastambm da pluralidade de autores e produes contemporneas, optamos por recortarnossa perspectiva, concentrando-nos em um autor desta grande cena multifacetada, demodo a investigar a possibilidade de uma (re)configurao do real no projeto literriointitulado Inferno Provisrio, de Luiz Ruffato. O trabalho encontra-se em estgio inicial,e nossas primeiras verificaes apontam para a necessidade de se forjar instrumentosque detectem as estratgias narrativas e performticas da linguagem, refutando a visode um realismo tradicional acerca da produo contempornea.

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    GLUCIA HELENA BRAZTtulo do Trabalho: Passagens de indeciso: a performance do leitor diant