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Caderno de Questões Bimestre I Disciplina I Turmas I Período / Data da prova I P O2010 I Português-Literatura / 1 .a série Aluno(a) Turma I Questoes 5 Nota Professor 1 Assinatura do Professor Verifique cuidadosamente se sua prova atende aos dados acima e, em caso negativo. solicite, imediatamente. outro exemplar. Náo seráo aceitas reclamaçóes posteriores. Testes 8 Instruções 3. As respostas incompletas, rasuradas ou q i e apresentem erro; seráo descontadas total ou parcialmente. 4. Obedeça as normas da língua culta. 5. Destaque a folha de respostas; para isto, preencha o cabeçalho. 6. Na primeira aula de literatura após as férias, traga o caderno de questões e o gabarito, que será publicado na internet. Páginas 8 Parte I: Questões (valor: 6.0) Professor(es) Beth Araújo / Eneida Considere a cantiga a seguir para responder a questão 01. Ai mia senhor, quer' eu provar se poderei sem v65 viver, e veerei se poderei d' algua vez sem vós morar, pero sei o que mi averrá, * * mas sei o que me acontecerá ca* mil vezes o provei * porque e nunca o pud' acabar. Afonso Paez de Brágaa hnp://www.agal-gz.orc$modules.php?name= Biblio&rub=mostra-libro&id_livre=363 01. (valor: 0,6) Identifique a intenção explicitada pelo eu lírico que não condiz com as regras do amor cortês. * j I --r,& , \ -- " -. r :,< ', (,<,'> .'/;-? .<xl,-.&- ,-.>,h > - _ P, \ ,v1 ' $ (('C! ,-\, * ' 'c."CIC', .r , -$,.4 ~'.,I~/C (3<o\Io~ Cmp ?"ii I '.-,

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Caderno de Questões

Bimestre I Disciplina I Turmas I Período / Data da prova I P O2010

I Português-Literatura / 1 .a série

Aluno(a) Turma I

Questoes 5

Nota Professor 1 Assinatura do Professor

Verifique cuidadosamente se sua prova atende aos dados acima e, em caso negativo. solicite, imediatamente. outro exemplar. Náo seráo aceitas reclamaçóes posteriores.

Testes 8

Instruções

3. As respostas incompletas, rasuradas ou qie apresentem erro; seráo descontadas total ou parcialmente.

4. Obedeça as normas da língua culta. 5. Destaque a folha de respostas; para isto, preencha o cabeçalho. 6. Na primeira aula de literatura após as férias, traga o caderno de questões e o gabarito,

que será publicado na internet.

Páginas 8

Parte I: Questões (valor: 6.0)

Professor(es) Beth Araújo / Eneida

Considere a cantiga a seguir para responder a questão 01.

A i mia senhor, quer' eu provar se poderei sem v65 viver, e veerei se poderei d' algua vez sem vós morar, pero sei o que m i averrá, * * mas sei o que me acontecerá ca* mi l vezes o provei já * porque e nunca o pud' acabar.

Afonso Paez de Brágaa hnp://www.agal-gz.orc$modules.php?name= Biblio&rub=mostra-libro&id_livre=363

01. (valor: 0,6) Identifique a intenção explicitada pelo eu lírico que não condiz com as regras do amor cortês.

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Leia o fragmento a seguir, que apresenta o julgamento do Onzeneiro em Auto da Barca do Inferno, para responder As questões 02 a 05.

Vem um Onzeneiro e pergunta ao Arrais do inferno, dizendo:

Onzeneiro: Pera onde caminhais?

Diabo (. . .) Onzeneiro, meu parente! Como tardastes vós tanto? (. . ,) Ora, entrai, entrai aqui!

Onzeneiro: nao hei de embarcar!

Diabo:

Onzeneiro:

Onzeneiro:

Anjo:

Onzeneiro:

Anjo:

Onzeneiro:

Anjo:

Onzeneiro:

Anjo:

Onzeneiro:

Diabo:

(.. .) Que gentil recear!

Ainda agora faleci &ixa-me buscar bate/.

Vai-se o Onzeneiro à barca do Anjo, e diz:

Hou da barca! Houlá! Hou! Haveis logo de pattir?

E onde queres tu ir?

Eu pera o paraíso vou

Pois quant'eu* mui fora estou De te levar para lá. Essa barca que lá está Vai pera quem te enganou.

Por quê?

Porque esse bolsão Tomará todo navio.

Juro a Deus que vai vazio!

Não já no teu coração.

Torna o Onzeneiro A barca do inferno e diz:

Houlá! Hou, demo barqueiro! Sabeis vós no que me fundo? Quero lá tornar ao mundo E trarei o meu dinheiro. Aqueloutro marinheiro, Porque me vê vir sem nada, Dá-me tanta borregada, Como arrais lá do Barreira.

Entra, entra, remarás! Náo percamos mais maré!

*quanto a mim

Mnoía) Turma N.o P 02010

I P 3

Onzeneiro: Todavia.. .

Diabo: Cal'te, que cá chorarás!

Gil Vicente, sbculo XVI.

02. (valor: 0,8) Assim como a maioria das personagens da obra Auto da Barca do Inferno, o Onzeneiro confia aue se salvará. Transcreva o verso aue evidencia essa certeza.

03. (valor: 1,8) No texto, ainda que o Anjo admita que o bolsa esteja vazio, mantém a decisão de impedi-lo de embarcar. O Onzeneiro. no entanto, ~ laneia uma maneira de ser melhor - . recebido pe lo '~n jo .

a. (valor: 1.0) Explique por que o Anjo não admite a entrada do Onzeneiro em sua barca. Transcreva o verso que comprove sua resposta.

b. (valor: 0.8) O que o Onzeneiro pretende fazer para receber do Anjo melhor tratamento? SttA

O F x , z e ~ ~ \ a ; d ~ S"lN n'J&&!!o

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LA3w.r \h-

04. (valor: 1,6) O Diabo manifesta-se, na peça, ainda que hipocritamente, como alguém simpático. Para tanto, o personagem se vale de ambiguidades e ironias, evitando demonstrar hostilidade em relação aqueles com quem dialoga.

a. (valor: 0,6) Tr ia na fala do Diabo i,

. ..

b. (valor: 1 ,O) Que ação cometida pelo Diabo contradiz seu comportamento habitual?

0 o;& -&&d !O. & h d To C &.-K y cdh '&3d

P 02010

P 4 \- 05 (valor 1,2) Releia com atenção o fragmento transcrito para preencher adequadamente as lacunas do?

parágrafos seguintes #

\\ . 7 O diálogo entre Onzeneiro, Diabo e Anjo exemplifica o caráter

uma dupla significação: por um

lado, apresenta-se a conversa entre e um onzeneiro; por outro, induz-se à

reflexào de que a sociedade mercantilista do século XVI valorizava demasiadamente os

c em d-res espirituais.

Da mesma forma, é possível perceber nas falas dos personagens o caráter

--h: %?T por um lado, procurou

a~mbd,-zolc tro, em seus critérios de julgamento,

apoiou-se em princípio

Parte 11: Testes (valor: 4.0)

01. A narrativa de Fernão Lopes

a. caracteriza-se pelo tom científico, evidenciado na linguagem técnica, estrutura dissertativa do texto e na preocupação documental.

b. aproxima-se da tradição das novelas de cavalaria, uma vez que preserva a imagem idealizada das aventuras de reis e nobres. x c. aproxima-se dos textos historicos anteriores p ear seus relatos, ex narrativas orais.

@evidencia uma visão ampla do cronista: sem sódios da vida palaciana. detalha também a participa~ão popular nos

e. revela influência das cantiga; satíricas medievais, o que se observa pela constante sátira às personagens de origem popular existente nos relatos. 5

No fragmento seguinte, pertencente a Crônica De1 Rei D. Pedro, de Fernáo Lopes, relata-se como D. Pedro vingou-se dos assassinos de sua amada, Inês de Castro. Leia-o para responder aos testes 02 e 03

A Portugal foram trazidos Álvaro Gonçalves e Pero Coelho. Chegaram a Santarém, onde estava e/-rei D. Pedro, e este com prazer de sua vinda, embora irritado porque Diego Lopes fugira, saiu a recebê-los. A sanha* cruel sem piedade lhos fez pela sua mão meter a tormento, querendo que lhe confessassem quem é que participara na morte de D. In@s, e o que é que seu pai tratava contra ele quando andavam desavindos* por causa da morte dela. Nenhum deles respondeu a tais perguntas cousa que agradasse a e/-rei, e dizem que ele, ressentido, deu um açoite no rosto a Pero Coelho. Este soltou-se então em desonestas e feias palavras contra el-rei, chamando-lhe traidor, perjuro, algoz e carniceiro de homens. El-rei, dizendo que lhe trouxessem cebola e vinagre para o coelho, enfadou-se deles e mandou-os matar.

A maneira da molte deles dita pelo miúdo seria muito estranha e crua de contar, porque a Pero Coelho mandou arrancar o coração pelo peito, e a Álvaro Gonçalves, pelas espáduas. E tudo o que se passou seria cousa dolorosa de ouvir. Finalmente el-rei mandou-os queimar. E tudo foi feito diante dos paços onde ele estava, de maneira que, enquanto comia, olhava o que mandava fazer.

Vocabulário: sanha: cólera desavindos: rompidos

r 02. O fragmento é exemplar do valor literário de textos de Fernão Lopes por

a. retratar o universo psicológico dos 5? dramatizar a cena por meio do em c. fazer menção a diferentes versóes d. apresentar uma análise crítica dos e. desenvolver a tensão dramática p uma linguagem predominantemente

conotativa. &

P 0201 0

P 5

Aluno(a)

m ~ v i d e n c i a - s e no fragmento w

a. a caracterização idealizada b. a fidelidade à documentaç c. a crítica aos desmandos da

@o caráter descritivo do rela e. a participação de todas as cam

Turma

Considere o texto seguinte para resolver o teste 04.

N.o

Meu amor, tanto vos amo, que meu desejo não ousa desejar nenhuma cousa.

Porque, se a desejasse, logo a esperaria, e se eu a esperasse, sei que vos anojaria. * Mil vezes a morte chamo e meu desejo não ousa desejar-me outra cousa.

Aires Teles

04. Assinale a alternativa correta em relação a poesia palaciana transcrita:

a. O poema revela a influência da primeiro verso. riu

qual o eu lírico dirige-se a b. A repeti -o de palavras de origem

ibérica. % c. O texto é exemplo da d. O desejo de morrer

da poesia palaciana. eu lírico, no poema, revela-se ciente da necessidade de não esperar retribuição pelo sentimento

que dedica a dama.

O texto seguinte refere-se ao teste 05.

Acho que meu Deus deu tudo para mais meu padecer: os olhos - para vos ver, coração - para sofrer, e língua - para ser mudo.

Francisco de Sousa

Considerando as produções literárias do primeiro e do segundo períodos medievais, a análise do texto permite classificá-lo como

@poesia palaciana, devido a exploraçáo de sonoridade, como a aliteraçáo, presente no primeiro verso e de figuras de linguagem, como a metáfora em "padecer8'X

b. cantiaa de amor. devido ao tema do sofrimento amoroso do eu lírico. aue é des~rezado aela . . devido a presença de rima e metr ;ixe de se dirigir a ela.x devido a submissão do eu lírico a d

e. poesia palaciana, já que o eu lírico sofre por dese' ma rela física com a amada e precisar ca la r - se .x

06. Em Auto da Barca do Inferno, a linguagem caracteriza-se por

a . coloquialismos nas falas de todas as personagens. b. valorização do emprego do latim.&

4 @ variação linguística, de acordo co d. erudição no vocabulário agregad e. variedade linguística aliada à expl

07. Entende-se como objetivo principal de Gil Vicente em Auto da Barca do Inferno

@moralizar a sociedade portuguesa, tendo como base os princípios católicos. b. evidenciar que Portugal caracterizava-se pelo total desregramento, o que justificava a decadência de

toda a sociedade. h c. garantir o humor, por meio da ridicularizaçáo, sobretudo, dos personagens pertence

e ao clero. x /'"Obreza

d. expor conflitos psicológicos comuns aos e. retratar situações biblicas consideradas p ra o ensinamento

moral. X 08. No fragmento a seguir, extraído de Auto da Barca do Inferno, explicita-se a reação do Frade ao saber

que já está sentenciado a ir ao inferno:

Frade: Por Deus! Essa seria ela? Náo vai em tal caravela Minha senhora Florença, Como?! Por ser namorado E folgar com uma mulher Se há de um frade perder, Com tanto salmo rezado?!

Considere as segiiintes afirmações sobre a fala do Frade:

1. O personagem revela-se indignado ao ser informado de que sua namorada não fora condenada. 1 1 . O Frade acredita ser desproporcional u

condenado apenas por desfrutar da c 111. O motivo pelo qual o Frade foi conden

Católica. >(

a. apenas a afirmação I. @apenas a afirmaçáo II. c. apenas a afirmaçáo 1 1 1 . d. apenas as afirmações I e II. u e. as afirmações I, II e III. <