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Caderno de AtividadesServiço Social

Disciplina Pesquisa em Serviço Social

Coordenação do CursoMaria de Fátima Bregolato Rubira de Assis

AutoresProfª Suzanir Fernanda Maia

Profª Maria Clotilde Pires Bastos

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© 2012 Anhanguera PublicaçõesProibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Diagramado no Brasil 2012.

Como citar esse documento:

MAIA, Suzanir Fernanda. BASTOS, Maria Clotilde Pires. Pesquisa em Serviço Social. Valinhos, p. 1 - 94.

Disponível em: www.anhanguera.com.

Acesso em: 01 fev. 2012>

Chanceler

Ana Maria Costa de Sousa

Reitora

Leocádia Aglaé Petry Leme

Pró-Reitor Administrativo

Antonio Fonseca de Carvalho

Pró-Reitor de Graduação

Eduardo de Oliveira Elias

Pró-Reitor de Extensão

Ivo Arcangêlo Vedrúsculo Busato

Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

Luciana Paes de Andrade

Diretor Geral de EAD

José Manuel Moran

Diretora de Desenvolvimento de EAD

Thais Costa de Sousa

Gerente Acadêmico de EAD

Fábio Cardoso

Coordenadora Pedagógica de EAD

Adriana Aparecida de Lima Terçariol

Coordenadora de Controle Didático-Pedagógico EAD

Geise Cristina Lubas Grilo

Diretor da Anhanguera Publicações

Luiz Renato Ribeiro Ferreira

Núcleo de Produção de Conteúdo e Inovações Tecnológicas

Diretora

Carina Maria Terra Alves

Gerente de Produção

Rodolfo Pinelli

Coordenadora de Processos Acadêmicos

Juliana Alves

Coordenadora de Ambiente Virtual

Lusana Verissimo

Coordenador de Operações

Marcio Olivério

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Leitura Obrigatória

Agora é a sua vez

Vídeos

Links Importantes

Ver Resposta

Finalizando

Referências

Início

Legenda de Ícones

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Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principal motivo do seu crescimento.

Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações e programas, ela é uma Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino, pesquisa de iniciação científica e extensão.

Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do mundo em constante transformação.

Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentos no corpo docente e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nas metodologias e nos Programas Institucionais, tais como:

· Programa de Iniciação Científica (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para o desenvolvimento de pesquisa supervisionada pelos nossos professores.

· Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudos para docentes cursarem especialização, mestrado e doutorado.

· Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preços acessíveis, dos melhores autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.

· Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal, psicopedagógica e financeira aos alunos.

· Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social, permitindo aos alunos o pleno exercício da cidadania, beneficiando a comunidade no acesso aos bens educacionais e culturais.

A fim de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenham sucesso no mercado de trabalho. Adotamos inovadores e modernos sistemas de gestão nas suas instituições. As unidades localizadas em diversos Estados do país preservam a missão e difundem os valores da Anhanguera.

Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se de oferecer ensino superior de qualidade em todo o território nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera - Uniderp, nos diversos polos de apoio presencial espalhados por todo o Brasil. Sua metodologia permite a integração dos professores, tutores e coordenadores habilitados na área pedagógica com a mesma finalidade: aliar os melhores recursos tecnológicos e educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada vez mais amplo para o desenvolvimento pessoal e profissional de nossos alunos.

A todos bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari NettoPresidente do Conselho de Administração — Anhanguera Educacional

Nossa Missão, Nossos Valores

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Sobre o Caderno de AtividadesCaro (a) aluno (a),

O curso de Educação a Distância acaba de ganhar mais uma inovação: o caderno de atividades digitalizado. Isso significa que você passa a ter acesso a um material interativo, com diversos links de sites, vídeos e textos que enriquecerão ainda mais a sua formação. Se preferir, você também poderá imprimi-lo.

Este caderno foi preparado por professores do seu Curso de Graduação, com o objetivo de auxiliá-lo na aprendizagem. Para isto, ele aprofunda os principais tópicos abordados no Livro-texto, orientando seus estudos e propondo atividades que vão ajudá-lo a compreender melhor os conteúdos das aulas. Todos estes recursos contribuem para que você possa planejar com antecedência seu tempo e dedicação, o que inclusive facilitará sua interação com o professor EAD e com o professor-tutor a distância.

Assim, desejamos que este material possa ajudar ainda mais no seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Um ótimo semestre letivo para você!

José Manuel Moran

Diretor-Geral de EADUniversidade Anhanguera – Uniderp

Thais Sousa

Diretora de Desenvolvimento de EAD Universidade Anhanguera – Uniderp

Caro Aluno,

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Este roteiro tem como objetivo orientar seu percurso por meio dos materiais disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Assim, para que você faça um bom estudo, siga atentamente os passos seguintes:

1. Leia o material didático referente a cada aula.

2. Assista às aulas na sua unidade e depois disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você; (sugestão: Assista às aulas na sua unidade e também no Ambiente Virtual de Aprendizagem).

3. Responda às perguntas referentes ao item “Habilidades” deste roteiro.

4. Participe dos Encontros Presenciais e tire suas dúvidas com o tutor local.

5. Após concluir o conteúdo dessa aula, acesse a sua ATPS e verifique a etapa que deverá ser realizada.

Caro Aluno,Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, do autor Antonio Carlos Gil, editora Atlas, 2011.

Roteiro de Estudo Profª. FSuzanir Fernanda Maia

Profª Maria Clotilde Pires BastosPesquisa em Serviço Social

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NATUREZA DA CIÊNCIA SOCIAL

Tema 1

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• As diferentes possibilidades de captar informações e transformá-las em conhecimento.

• A classificação das ciências.

• O Positivismo e as Ciências Sociais.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como é possível transformar o conhecimento do cotidiano em conhecimento científico?

• De que maneira é possível classificar as ciências?

• Quais as principais características do positivismo e a sua utilização nas Ciências Sociais?

AULA 1

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

Do conhecimento comum ao conhecimento científico: principais aspectos das ciências sociais

O homem, ao longo do tempo, vem descobrindo novas possibilidades de interagir com o ambiente em que vive e com as pessoas. Assim, vem construindo diferentes tipos de conhecimento que facilitam essas mediações entre o meio e as pessoas.

Esses tipos de conhecimento são percebidos de diferentes maneiras pelo homem, podendo estar relacionadas aos valores morais, culturais, observações cotidianas, crenças religiosas, autoridade, entre outros. São os conhecimentos do senso comum, ou os conhecimentos empíricos.

Leitura Obrigatória

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Mas esse tipo de conhecimento foi questionado por alguns estudiosos, que acreditavam que um conhecimento, para ser reconhecido, deveria ter um rigor teórico e metodológico mais aprofundado e seguro. Assim surgiu a ciência.

Até a contemporaneidade não há uma definição restrita para o termo ciência, mas é possível diferenciar com alguma precisão o conhecimento científico das outras formas de conhecimento. Nesse sentido

Pode-se definir ciência mediante a identificação de suas características essenciais. Assim, a ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível. (GIL, 2011, p. 2)

Portanto, o conhecimento científico é regido por uma metodologia e um embasamento teórico bem definidos, sendo essa a sua principal diferença entre os outros tipos de conhecimento que surgem “ao acaso” ou com base apenas nas observações cotidianas.

Vários estudiosos tentaram, ao longo do tempo, classificar esses tipos de conhecimento, e logo, classificar as ciências em virtude da “multiplicidade de objetos considerados pela ciência”, apresentando diferentes tipos de classificação que, até a atualidade, não são considerados absolutamente satisfatórios. Mas é possível classificar as ciências em duas grandes categorias, quais sejam: formais e empíricas. Uma segunda classificação aparece quando são destacadas as ciências empíricas, que poderão ser identificadas como naturais e sociais (GIL, 2011, p. 3). Com base nessas informações pode-se inferir que, no Serviço Social, a ciência utilizada para produzir conhecimento é a empírica social.

Refletir sobre o conhecimento científico é afirmar que durante muito tempo as ciências abordavam exclusivamente o estudo dos fatos e dos fenômenos, assim a lógica, a matemática, a física, eram utilizadas para explicar as influências externas no cotidiano das pessoas. O estudo sobre as pessoas e as sociedades era de responsabilidade dos teólogos e filósofos que organizaram estudos importantes até a segunda metade do Século XIX. Nesse período, de muitas transformações e inovações, buscou-se conhecer o homem e a sociedade por meio de métodos mais confiáveis, como aqueles utilizados nas ciências da natureza (GIL, 2011, pp. 3-4).

Assim nasce o Positivismo, uma concepção científica do saber, que possui características específicas e que constituíram a base para as ciências sociais, principalmente sob a influência do positivismo disseminado por Augusto Comte, conhecido como pai do positivismo e da sociologia. (GIL, 2011 p. 4).

Com base nos preceitos do positivismo os cientistas buscavam compreender o homem e a sociedade utilizando conceitos científicos semelhantes àqueles aplicados no conhecimento dos fenômenos naturais, seguindo as leis gerais do positivismo. Mas logo essa postura foi questionada, principalmente por reconhecerem que o modelo positivista era limitado para compreender as peculiaridades do

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homem e da sociedade.

Assim, foram apresentados alguns problemas para o uso dessa concepção científica e sua utilização para compreender os fenômenos sociais que foram constituídos com base nas principais características positivistas, ou seja, na objetividade; na quantificação; na experimentação e na generalização.

Os pressupostos identificados nos preceitos do positivismo não se mostraram suficientes para compreender o homem e a sociedade, principalmente porque, nas ciências sociais, os aspectos subjetivos devem ser analisados, tanto aqueles referentes ao pesquisador, quanto aqueles relacionados ao fenômeno e aos sujeitos pesquisados.

O modelo positivista, então, se apresentou insuficiente para os estudos que envolviam a análise do homem e da sociedade, contribuindo para que os estudiosos elaborassem outros métodos para esse fim, suscitando novos modelos e teorias que subsidiam as ciências sociais e que reforçam a necessidade de discutir a relação entre sujeito-objeto da pesquisa. Essa nova concepção vem afirmar a diferença existente entre os objetos das ciências sociais em relação aos outros tipos de ciências existentes e demonstrar a necessidade de utilização de “quadros de referência que ultrapassem a visão proposta pelo Positivismo” (GIL, 2011, p. 5).

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seu colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda às questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades, reflita sobre os diferentes tipos de conhecimento. Descreva quais são as diferentes possibilidades de adquirir conhecimento e quais as principais diferenças entre os diversos tipos de conhecimento e o conhecimento científico.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 Durante muito tempo o homem se apropriou de diferentes formas de adquirir conhecimento para conhecer e transformar o mundo. Mas qual necessidade motivou o surgimento da ciência?

a) A necessidade de construção das novas tecnologias e informações.

b) A necessidade de conhecimento dos fenômenos naturais e biológicos.

c) A necessidade de obtenção de conhecimentos mais generalizados e simplificados.

d) A necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros que os fornecidos por outros meios.

e) A necessidade de obtenção de meios para a subsistência no meio social.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Dentre as classificações das ciências apresentadas durante esse tema, em qual delas se enquadra o Serviço Social?

a) Ciência formal social.

b) Ciência empírica social.

c) Ciência formal histórica.

d) Ciência empírica estrutural.

e) Ciência empírica moderna.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Agora é a sua vez

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Questão 3Muitos estudiosos tentaram classificar as ciências, mas não há nenhum sistema de classificação satisfatório. Todavia, é possível classificar as ciências em duas grandes categorias. Assinale a alternativa que apresenta corretamente essa classificação:

a) Formais e informais.

b) Formais e sociais.

c) Formais e empíricas.

d) Formais e analíticas.

e) Formais e críticas.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 O Positivismo foi a concepção científica que influenciou a constituição das ciências sociais. Observe as alternativas e assinale a que apresenta corretamente as principais características do Positivismo:

a) Objetividade; qualificação; experimentação e generalização.

b) Objetividade; quantificação; ampliação e generalização.

c) Objetividade; organização; experimentação e generalização.

d) Objetividade; quantificação; subjetivação e generalização.

e) Objetividade; quantificação; experimentação e generalização.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 De acordo com Gil (2011), o ser humano, a partir de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o rodeia. Para isso utiliza diferentes tipos de conhecimento. Um deles é a observação. Por que se pode afirmar que a observação constitui uma importante fonte de conhecimento?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 A definição de “ciência” ainda não teve uma solução definitiva, havendo diferentes maneiras de defini-la. Mas pode-se identificar o que é ciência a partir da identificação de suas características essenciais. Assinale a alternativa que apresenta corretamente essas características.

a) A ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento subjetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível.

b) A ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, irracional, sistemático, geral, verificável e falível.

c) A ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível.

d) A ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, específico, verificável e falível.

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e) A ciência pode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e infalível.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 7 O problema da quantificação foi expresso quando as perspectivas do positivismo eram utilizadas para compreensão da realidade social. Um dos aspectos ressaltados nesse sentido está relacionado ao pesquisador, que, ao atuar no mundo das coisas físicas, não se encontra naturalmente envolvido com o objeto de seu estudo, mas nas ciências sociais o pesquisador é:

a) Um ator envolvido no fenômeno.

b) Um observador objetivo.

c) Um ator neutro ao fenômeno.

d) Um ator absolutamente objetivo.

e) Um observador neutro ao fenômeno.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 Uma das limitações apresentadas para a utilização do positivismo nas ciências sociais está relacionada à generalização, ou seja, a produção de leis. Nesse sentido, como se estabelece o “verdadeiro” nas ciências sociais?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 O modelo positivista se apresentou insuficiente para os estudos que envolviam a análise do homem e da sociedade, contribuindo para que os estudiosos elaborassem outros métodos para esse fim, suscitando novos modelos e teorias que subsidiam as ciências sociais e que reforçam a necessidade de discutir a relação entre sujeito-objeto da pesquisa. O que essa nova concepção vem afirmar?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 No que se refere às ciências sociais, é possível afirmar que as mesmas foram constituídas principalmente no Século XIX, influenciadas pelos preceitos do positivismo de Augusto Comte. Sob a perspectiva do positivismo, o que supõem as ciências sociais?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Quer saber mais sobre esse assunto? Então: acesse o link disponível em: <http://www.schwartzman.org.br/simon/redesc/csociais.htm>. Acesso em: 19 jun. 2012. Nele você encontrará o texto de Simon Schwartzman O lugar das Ciências Sociais, que descreve as especificidades das ciências sociais, suas características subjetivas e a “crise” que as ciências sociais enfrentam na atualidade, fazendo algumas críticas e apontando algumas definições sobre a aplicabilidade dessas ciências.

• Leia também o texto de Siomara Borba Leite, Refletindo sobre o significado do conhecimento científico, disponível em: < http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/853/765>. Acesso em: 19 jun. 2012. Por meio dessa leitura você poderá aprofundar seus conhecimentos sobre o que é o conhecimento científico e como ele pode ser articulado ao conhecimento escolar, além de alguns aspectos sobre a questão metodológica das ciências humanas e sociais.

• Assista ao vídeo Senso Comum e Ciência, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk&feature=related>. Acesso em: 19 jun. 2012. Por meio dele você definirá os principais tipos de conhecimento e de que maneira os dois podem auxiliar a compreender os fenômenos sociais.

Nesse tema você verificou que existem diferentes formas de captar o conhecimento e que por meio dele o homem transformou a sociedade. Com o objetivo de tornar os diferentes tipos de conhecimento mais precisos e rigorosos, o homem criou a ciência que passou a ter um rigor teórico e metodológico que permitiu a criação de um gama expressiva de ciências.

De forma geral não há uma classificação definitiva sobre as ciências, mas você pode utilizar as definições apontadas no Livro-Texto que indicam a classificação mais ampla das ciências em formais e empíricas.

Durante esse tema você também identificou que o Positivismo foi a teoria que embasou a constituição das ciências sociais, todavia, com o passar do tempo, seus preceitos foram questionados quanto à aplicabilidade nos contextos sociais. Assim, surgiram outras teorias que ultrapassaram as perspectivas

LINKS IMPORTANTES

FINALIZANDO

VÍDEOS IMPORTANTES

GLOSSÁRIO

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positivistas que possibilitaram aos estudiosos novas formas de compreender a sociedade ressaltando suas particularidades, principalmente a subjetividade presente nos fenômenos, nos sujeitos pesquisados e no pesquisador.

Ciência – (latim scientia, -ae, conhecimento, saber, ciência). s. f.1. Conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios certos. 2. [Figurado] Saber, instrução, conhecimentos vastos (DICIONÁRIO PRIBERAM).

Ciência Social - ciência da organização e do desenvolvimento da sociedade (DICIONÁRIO PRIBERAM).

Conhecimento: em seu sentido mais amplo, é possível definir este termo como saber, distinguir, ter indícios certos, estar convencido de algo, ter noção sobre algo (DICIONÁRIO PRIBERAM). No campo científico, o conhecimento pode ser: empírico ou científico.

Conhecimento Empírico: “Define-se frequentemente ‘empírico’ como ‘correspondente à (ou ajustado à) experiência’” (FERRATER-MORA, 2005, p. 820).

Conhecimento Científico: “O conhecimento científico é produzido pela investigação científica, através de seus métodos”. Resultante do aprimoramento do senso comum, o conhecimento científico, tem sua origem nos seus procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. É um conhecimento objetivo, metódico, passível de demonstração e comprovação. “[...] apresenta um caráter provisório uma vez que pode continuamente ser testado, enriquecido e reformulado. Para que tal possa acontecer deve ser de domínio público” (FONSECA, 2002, p. 11)

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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MÉTODO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• Os métodos utilizados no conhecimento científico.

• Os métodos que proporcionam as bases lógicas da investigação científica e os que esclarecem acerca dos procedimentos técnicos.

• Os métodos mais utilizados no campo do Serviço Social.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é o método?

• Quais métodos existem no contexto das ciências sociais?

• Qual o método mais utilizado no Serviço Social?

AULA 2

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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A questão do método no processo de construção do conhecimento científico.

Tendo como ponto de partida que a ciência “tem como objetivo fundamental chegar à veracidade dos fatos” é necessário que se utilize métodos específicos para a coleta de dados e organização das ideias que vão constituir o conhecimento científico. Assim, pode-se definir o método como “caminho para se chegar a determinado fim. E método científico como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingir o conhecimento” (GIL, 2011, p. 8).

Ao contrário do que se estabeleceu durante muitos anos, que haveria um único método para todas as ciências, na atualidade existem diferentes métodos que são aplicáveis aos diferentes tipos de ciências. Nesse ínterim, coexistem diferentes tipos de classificação dos métodos. Gil (2011) vai utilizar a classifi-cação de divisão dos métodos em dois grandes grupos, quais sejam:

a) O dos que proporcionam as bases lógicas da investigação científica.

São responsáveis pelos esclarecimentos dos procedimentos lógicos que serão seguidos durante todo o processo de investigação científica.

Podem ser incluídos nesse grupo os métodos: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico. Cada um deles vincula-se a uma das correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade. O método dedutivo relaciona-se ao racionalismo, o indutivo ao empirismo, o hipotético-dedutivo ao neopositivismo, o dialético ao materialismo dialético e o fenomenológico, natural-mente, à fenomenologia (GIL, 2011, p. 9).

Oferecerão ao pesquisador uma orientação acerca de todo o processo que será realizado no decorrer do desenvolvimento da pesquisa e darão validade às investigações, bem como embasarão suas per-spectivas para a coleta e análise das informações necessárias sobre a temática abordada.

No caso do Serviço Social dois métodos são identificados na construção do conhecimento científico, quais sejam, o dialético e o fenomenológico. Todavia, as pesquisas realizadas nessa área se voltam com mais frequência para o método dialético, principalmente porque é a corrente teórica que fundamen-ta a atuação profissional. No processo de efetivação do Serviço Social no contexto histórico utilizou-se, durante muito tempo, os preceitos definidos pela corrente teórica do positivismo, mas esse modelo foi refutado em virtude da complexidade e subjetividade presentes nas relações sociais que são foco de intervenção, interpretação e análise nas ciências sociais, em que se inclui o Serviço Social.

Leitura Obrigatória

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b) O dos que esclarecem acerca dos procedimentos técnicos que poderão ser utilizados.

São aqueles utilizados para fornecer ao investigador os meios técnicos para garantir a objetividade e a precisão do estudo dos fatos sociais, apresentando os instrumentais necessários para a obtenção, processamento e validação dos dados coletados. Existe uma multiplicidade de métodos que indicam os meios técnicos da investigação e, durante o processo de pesquisa, o investigador pode utilizar mais de um deles, tendo em vista que nem sempre um único método será suficiente para orientar todos os procedimentos aplicados durante a pesquisa (GIL, 2011, p. 15).

Esses métodos são reconhecidos como métodos específicos e os mais utilizados nas ciências sociais são: o experimental, o observacional, o comparativo, o estatístico, o clínico e o monográfico. Cada um tem uma particularidade e caberá ao pesquisador identificar qual deles, ou quais, serão utilizados no desenvolvimento da investigação. Essa escolha vai ser orientada pelos objetivos da pesquisa e do fenô-meno social estudado.

As teorias e quadros de referência também nortearão a constituição do processo de investigação. De acordo com Lehfeld e Barros (1990, p. 37) “As teorias desempenham importante papel metodológico na pesquisa”. De acordo com GIL (2011, p. 18)

Boa parte das teorias desenvolvidas no âmbito das ciências sociais pode ser chamada de ‘teorias de médio alcance’, já que desempenham papel limitado no campo da in-vestigação científica. Outras, no entanto, encontram-se elaboradas de tal forma que ambicionam constituir-se como ‘quadros de referência’, subordinando outras teorias e sugerindo normas de procedimento científico. Alguns desses ‘quadros de referência’ ou ‘grandes teorias’ chegam mesmo a ser designados como métodos.

São as bases consolidadas do conhecimento científico, em que se pode apoiar para construir, delimitar e orientar o desenvolvimento de uma pesquisa. No seu Livro-Texto você encontrará a definição das principais teorias e quadros de referência utilizados nas ciências sociais, tais como o funcionalismo, o estruturalismo, “compreensão”, materialismo histórico, interacionismo simbólico, etnometodologia e so-cial-construtivismo. Com base nessas informações você poderá identificar qual delas é mais adequada para sua investigação, seja ela no campo acadêmico ou profissional.

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Agora é a sua vezINSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda às questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades, reflita sobre o Materialismo Histórico e descreva porque esse “quadro de referências” é utilizado nas pesquisas e também na atuação dos profissionais do Serviço Social.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 Durante esse tema foi verificado que existem diferentes tipos de métodos que podem ser utilizados durante os processos de investigação. Gil (2011) os dividiu em dois grandes grupos. Assinale a alternativa que apresenta apenas os

métodos que proporcionam as bases lógicas da investigação.

a) Método dedutivo; experimental e hipotético-dedutivo.

b) Método dedutivo; dialético e fenomenológico.

c) Método indutivo; observacional e experimental.

d) Método dedutivo; fenomenológico e “compreensão”.

e) Método indutivo; estatístico e clínico.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Verificou-se durante esse tema que o objetivo fundamental da ciência é chegar a veracidade dos fatos e o que torna o conhecimento científico distinto dos outros conhecimentos é a sua característica fundamental da

a) Veracidade.

b) Especificidade.

c) Aplicabilidade.

d) Verificabilidade.

e) Particularidade.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Questão 3De acordo com Gil (2011), o método pode ser definido como o caminho para se chegar a determinado fim, e o método científico como:

a) Forma de conhecimento que tem por objetivo formular leis que regem os fenômenos.

b) Ferramenta para decompor o todo e fixar melhor o recorte do que dever ser examinado durante a pesquisa.

c) Situação prevista antes mesmo do início da pesquisa, que norteará o desenvolvimento da pesquisa.

d) Bases consolidadas para o conhecimento científico para o desenvolvimento de uma pesquisa.

e) O conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 Observe as informações abaixo:

I. Parte do geral e, a seguir, desce ao particular.

II. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis.

III. É o método proposto pelos racionalistas.

Qual método que proporciona as bases lógicas da investigação elas definem?

a) Método indutivo.

b) Método hipotético-dedutivo.

c) Método dedutivo.

d) Método dialético.

e) Método fenomenológico.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 De acordo com Gil (2011), os métodos esclarecem acerca dos procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de investigação científica e existem diferentes métodos. De que fatores dependem a adoção de um ou outro método?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 Das alternativas abaixo, qual apresenta corretamente os três grandes princípios do materialismo histórico?

a) Objetividade; experimentação; quantidade e qualidade.

b) Subjetividade; quantidade e qualidade; negação da negação.

c) Experimentação; unidade dos opostos; objetividade.

d) Existência de leis; negação da negação; experimentação.

e) Unidade dos opostos; quantidade e qualidade;

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negação da negação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 7 Em qual dos métodos que proporcionam as bases lógicas da investigação a pesquisa parte do cotidiano, da compreensão do modo de viver das pessoas, e não de definições e conceitos?

a) Método Fenomenológico.

b) Método Dialético.

c)Método Hipotético-Dedutivo.

d) Método Indutivo.

e) Método Dedutivo.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 Com base nas definições sobre o método dialético, por que é possível afirmar que a dialética fornece bases para interpretação dinâmica e totalizante da realidade?Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 O materialismo dialético pode, de acordo com Gil (2011), ser entendido como um método de interpretação da realidade, que se fundamenta em

três grandes princípios: a unidade dos opostos; quantidade e qualidade e a negação da negação. Como é possível descrever o princípio da unidade dos opostos?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 O estruturalismo é utilizado para designar correntes de pensamento que recorrem à noção de estrutura para explicar a realidade em todos os seus níveis (GIL, 2011, p. 19). Quais as condições necessárias para que um modelo científico possa merecer o nome de “estrutura”?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Quer saber mais sobre esse assunto? Então: acesse o artigo de Luciane Alves Fernandes e José Mário Matsumura Gomes, disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/viewArticle/11638>. Acesso em: 19 jun. 2012. Com base nas informações dos autores você vai identificar um quadro com um resumo da classificação dos tipos de pesquisa existentes, apontando os meios, procedimentos e técnicas utilizados em cada um dos tipos de pesquisa. É mais uma forma de ampliar os seus conhecimentos sobre essa temática tão instigante.

• Iolanda Guerra, no artigo INVESTIGAÇÃO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: novos processos de produção do conhecimento (disponível em: < http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-016-145.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2012), apresenta algumas características da produção do conhecimento científico em Serviço Social e essa leitura vai possibilitar um olhar diferenciado sobre a pesquisa e o serviço social.

• Você encontrará o texto de Alex Coltro sobre o método fenomenológico e suas implicações na modernidade, apresentando as principais características desse método, no link disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/C11-ART05.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2012.

• Assista ao vídeo disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=TLwfYzxCekM>. Acesso em: 19 jun. 2012. Ele apresenta diferentes métodos utilizados na pesquisa que ampliarão seus conhecimentos sobre os métodos que foram abordados nesse tema e outros não discutidos, mas que são importantes para o aprofundamento dessa temática. Veja também o vídeo disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=YNcKcuooXjA&feature=related>. Acesso em: 19 jun. 2012. Ele descreve sucintamente o materialismo histórico trazendo elementos importantes para o seu conhecimento sobre esse método, que é utilizado no Serviço Social.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

GLOSSÁRIO

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FINALIZANDO

Nesse tema você verificou que existem diferentes tipos de métodos que contribuem para o rigor científico da investigação/pesquisa. Identificou também que os métodos podem ser divididos em dois grandes grupos, sendo que um proporciona as bases lógicas para a investigação e o outro possibilita a escolha dos meios técnicos da investigação.

A escolha desses métodos vai partir da identificação do fenômeno a ser estudado e dos objetivos que você definir para a pesquisa. Essa escolha estará intrinsecamente relacionada à teoria ou quadro de referência que você utilizar. No caso do serviço social, a teoria que embasa as pesquisas e também o processo de intervenção profissional é o Método Dialético, ou Materialismo Histórico, principalmente por expressar a necessidade de compreender a sociedade a partir do contexto mais amplo e por enfatizar a dimensão histórica dos processos.

Fique atento, assim como ocorrem as transformações sociais, métodos podem ser alterados ou criados. Acompanhe essas transformações dando continuidade aos seus estudos e aprofundando seu conhecimento por meio de leituras específicas.

Método Experimental: consiste essencialmente em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo investigador, para observar os resultados que a variável produz no objeto. Pode-se afirmar que nos últimos três séculos boa parte dos conhecimentos obtidos foram alcançados pelo emprego do método experimental, que pode ser considerado um método por excelência das ciências naturais. Existem muitas limitações da experimentação no campo das ciências sociais fazendo com que este método só possa ser aplicado em poucos casos, visto que considerações éticas e técnicas impedem sua utilização (GIL, 2011, p. 16).

Método Observacional: é um dos mais utilizados nas ciências sociais e apresenta alguns aspectos curiosos. O estudo por observação apenas observa algo que aconteceu ou que acontece, não interfere no meio em que fará a observação. Nas ciências sociais encontram-se pesquisas que utilizam apenas este método, outras, por sua vez, utilizam-se deste método em conjunto com outros para o desenvolvimento da pesquisa. Portanto, pode-se chegar a conclusão de que em todas as pesquisas, no contexto das ciências sociais, o pesquisador deve utilizar o método observacional em diferentes momentos de suas investigações (GIL, 2011, p. 16).

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Método Comparativo: resulta da investigação de indivíduos, classes, fenômenos ou fatos, tendo como objetivo evidenciar as diferenças e similaridades entre eles. É utilizado com frequência nas ciências sociais, pois possibilita o estudo comparativo de grandes agrupamentos sociais, separados pelo espaço e pelo tempo. Por meio de sua utilização é possível realizar estudos comparando diferentes culturas ou sistemas políticos, bem como pesquisas que envolvam padrões de comportamento familiar ou religioso de épocas diferentes. Às vezes é visto como mais superficial se comparado a outros métodos. Todavia, se utilizado mediante rigoroso controle, seus resultados podem proporcionar um elevado grau de generalização (GIL, 2011, pp. 16-17).

Método Estatístico: está fundamentado na aplicação da teoria da estatística e da probabilidade e constitui importante auxílio para a investigação em ciências sociais. Os resultados obtidos por meio da utilização deste método não podem ser considerados absolutamente verdadeiros, mas dotados de boa probabilidade de serem verdadeiros. Mediante a utilização de métodos estatísticos, torna-se possível determinar, em termos numéricos, a probabilidade de acerto de determinada conclusão, bem como a margem de erro de um valor obtido. Portanto, o método estatístico torna-se bastante aceito por pesquisadores com preocupações de ordem quantitativa, pois apresenta um razoável grau de precisão (GIL, 2011, p. 17).

Método dedutivo: “O método dedutivo, de acordo a acepção clássica, é o que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. O raciocínio dedutivo parte de princípios considerados como verdadeiros e indiscutíveis para chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica. O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a partir de duas preposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, chamada conclusão. Veja o exemplo: Todo Homem é mortal (premissa maior); Pedro é homem (premissa menor); Pedro é mortal (conclusão)”. (GIL, 2011, p. 9)

Método indutivo: É inverso ao método dedutivo. “Parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior de trabalho de coleta de dados particulares. Um exemplo clássico de aplicação deste método é o dos cisnes: somente depois de se verificar os casos particulares dos cisnes é que se pode emitir a conclusão geral de que todos os cisnes são brancos. De acordo com o raciocínio indutivo, a generalização não deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação de um número de casos concretos e suficientemente confirmados da suposta realidade”. (GIL, 2011, p. 10)

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• A definição de pesquisa e pesquisa social.

• Os principais objetivos da pesquisa social.

• Diferentes tipos de pesquisa e o envolvimento do pesquisador no processo de investigação.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é a pesquisa social?

• Quais são os principais objetivos da pesquisa social?

• Quais são os tipos de pesquisa e como deve ser o envolvimento do pesquisador nesse processo de produção do conhecimento científico?

AULA 3

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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PESQUISA SOCIAL

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A pesquisa social

A pesquisa pode ser definida como “o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico” e que “o objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos” (GIL, 2011, p. 26). Assim, você deve compreender que a pesquisa possui um rigor teórico e metodológico. É o processo que conduzirá à construção do conhecimento científico.

No que se refere à pesquisa social, o autor destaca que a mesma pode ser definida como um “processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social” (GIL, 2011, p. 26), nesse sentido os conhecimentos obtidos por meio da utilização da pesquisa social devem provocar uma transformação em determinada realidade, sendo esse tipo de pesquisa o mais utilizado, ou apropriado, para as intervenções no campo do Serviço Social.

O termo Pesquisa Social tem uma carga histórica e, assim como as teorias sociais, reflete posições frente à realidade, momentos do desenvolvimento e da dinâmica social, preocupações e interesses de classes e grupos determinados. (MINAYO, 1996, p. 23)

A partir destas definições, é fácil compreender a intrínseca relação entre a pesquisa social e o Serviço Social. Ambos têm uma “carga histórica” e refletem posições frente à “realidade” social. Sofrem alterações teóricas na medida em que a realidade social se transforma e apresenta novas demandas para intervenção e conhecimento. Para o Serviço Social, a pesquisa social se manifesta como uma ação imprescindível tendo em vista que, por meio da efetivação de pesquisa, pode-se reconhecer as relações sociais que se movimentam nos diferenciados contextos sociais existentes e propor novas possibilidades de intervenção para que a transformação social possa realmente acontecer.

Mas não existe um único tipo de pesquisa social. Elas são variadas e se diferenciam a partir do objeto de estudo e dos métodos utilizados para a coleta e interpretação dos dados. As pesquisas sociais podem receber diferentes tipos de classificação. A esse respeito Gil (2011, p. 27) afirma que

Cada pesquisa social, naturalmente, tem um objetivo específico. Contudo é possível agrupar as mais diversas pesquisas em certo número de grupamentos amplos. Assim, Duverger (1962) distingue três níveis de pesquisa: descrição, classificação e explicação. Selltiz et al (1967) classificam as pesquisas em três grupos: estudos exploratórios, estudos descritivos e estudos que verificam hipóteses causais. Esta última é a classificação mais adotada na atualidade e também o será aqui, com

Leitura Obrigatória

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pequena alteração de nomenclatura: as pesquisas do último grupo serão denominadas explicativas.

Com base na definição de cada grupo de pesquisa identificado, o autor afirma que as pesquisas descritivas e as exploratórias são as mais utilizadas no campo das pesquisas sociais, logo podem ser aplicadas também ao Serviço Social.

Uma questão relevante no que se refere à constituição de uma pesquisa é o envolvimento do pesquisador. Essa relação vai sofrer alterações considerando o tipo de pesquisa que se realizará. No modelo clássico de pesquisa, que tem orientação positivista, o pesquisador não deve se envolver com o objeto de estudo, para garantir a objetividade da pesquisa, restringindo-se a pesquisar o que pode ser observado. Mas nas questões sociais o envolvimento do pesquisador ocorre de diferentes maneiras, principalmente porque o fenômeno pesquisado é parte do cotidiano do pesquisador, que por sua vez possui seus próprios sentimentos, não sendo possível a neutralidade no momento da investigação. Para suprir essa necessidade e em resposta às críticas contra o modelo positivista surgem a pesquisa-ação e a pesquisa participante, ambas “se caracterizam pelo envolvimento dos pesquisadores e dos pesquisados no processo de pesquisa” (GIL, 2011, p. 31).

Organizar as pesquisas, ou o processo de investigação, demanda um planejamento que é determinado por etapas expressas e que devem ser cumpridas pelo pesquisador. Não existe um roteiro único para essas etapas, mas um consenso entre os autores facilita a organização da pesquisa nos seguintes procedimentos essenciais, que serão abordados nos próximos temas. O que deve ser ressaltado é que o esquema apresentado pode ser alterado e modificado de acordo com as necessidades da pesquisa, não sendo necessário seguir o ordenamento apresentado pelo autor. Com base nessas informações você poderá determinar qual o tipo de pesquisa que utilizará na sua produção acadêmica e também no campo profissional. Lembrando sempre da multiplicidade de possibilidades para desvendar as questões sociais e produzir conhecimento científico que contribua para a transformação social.

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda às questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades, reflita sobre os diferentes tipos de pesquisa e quais deles você pode utilizar no contexto das intervenções profissionais no campo do Serviço Social.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 A pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual, quando baseadas no desejo de conhecer pela simples satisfação para agir (GIL, 2011). Quando assim definida, a pesquisa social pode ser dividida em:

a) Pesquisa social e pesquisa científica.

b) Pesquisa científica e senso comum.

c) Pesquisa comparativa e experimental.

d) Pesquisa exploratória e pesquisa experimental.

e) Pesquisa pura e pesquisa aplicada.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Observe as informações abaixo:

I. Tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar ideias.

II. De todos os tipos de pesquisa, são as que apresentam menor rigidez no planejamento.

III. Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental.

Essas informações definem corretamente a pesquisa:

a) Aplicada.

b) Descritiva.

c) Participante.

d) Exploratória.

e) Explicativa.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 3De acordo com Gil (2011), define corretamente as pesquisas explicativas apenas a alternativa:

Agora é a sua vez

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a) São aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos.

b) As pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de um grupo.

c) Tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos.

d) São desenvolvidas com o objetivo de propiciar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato.

e) Vão além da simples identificação da existência de relações variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 De acordo com Gil (2011), o envolvimento do pesquisador com o objeto pesquisado não é aceito pelos teóricos positivistas. Com o objetivo de evitar o problema da subjetividade, os teóricos positivistas sugerem que a investigação dos fenômenos sociais restrinja-se àquilo que possa ser efetivamente:

a) Sentido.

b) Tocado.

c) Observado.

d) Descrito.

e) Explicado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 No que se refere às etapas da pesquisa, Gil (2011) ressalta que em virtude dos diferentes tipos de pesquisa social, bem como de seus objetivos, torna-se impossível apresentar um esquema único que indique todos os passos da pesquisa. Mas, para a maioria dos autores, quais são as principais etapas da pesquisa?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 Com a finalidade de possibilitar a obtenção de resultados socialmente mais relevantes, alguns modelos alternativos de pesquisa vêm sendo propostos (GIL, 2011). Quais são eles?

a) Pesquisa ação e pesquisa descritiva.

b) Pesquisa-ação e pesquisa participante.

c) Pesquisa-ação e pesquisa explicativa.

d) Pesquisa-ação e pesquisa social.

e) Pesquisa-ação e pesquisa qualitativa.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Questão 7 No modelo clássico de pesquisa, o estabelecimento de regras acerca do proceder científico, de acordo com Gil (2011), tem sido bastante influenciado pela orientação:

a) Fenomenológica.

b) Dialética.

c) Compreensiva.

d) Histórica.

e) Positivista.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 Com base nas afirmações de Gil (2011), a pesquisa social pode decorrer de razões de ordem intelectual e pode ser reconhecida como pesquisa pura e pesquisa aplicada. Apresente a definição da pesquisa pura.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 A pesquisa social pode ser definida de diferentes maneiras a partir das concepções dos autores que escrevem sobre a temática. A esse respeito, apresente a definição de pesquisa social estabelecida por Minayo (2003).

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 Observe a informação a seguir: “pode ser definida como o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social”. Essa definição corresponde a:

a) Pesquisa Exploratória.

b) Pesquisa Social.

c) Pesquisa Descritiva.

d) Pesquisa Explicativa.

e) Pesquisa Aplicada.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Para saber mais sobre os diferentes tipos de pesquisa acesse o link disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/C03-art06.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2012. Nele você encontrará o artigo de José Luis Neves, Pesquisa qualitativa – características, usos e possibilidades. Por meio dessa leitura você aprofundará seus conhecimentos sobre esse tipo de pesquisa que é tão ressaltado no contexto do serviço social.

• Leia o texto Tessitura investigativa: a pesquisa científica no campo humano-social, de Latif Antonia Cassab, disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rk/v10nspe/a0610spe.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2012. Você compreenderá os aspectos que envolvem a produção do conhecimento científico no campo das ciências sociais e alguns instrumentos para coleta de dados utilizados nessas pesquisas.

• Acesse o link disponível em: < http://journal.ufsc.br/index.php/katalysis/issue/view/602>. Acesso em: 19 jun. 2012. Você encontrará a edição especial da Revista Katálysis, da Universidade Federal de Santa Catarina, que aborda os mais diferentes aspectos da pesquisa relacionada ao serviço social. É uma fonte de bibliografias que poderão subsidiar a sua produção acadêmica.

• Assista ao vídeo Modalidades de Pesquisa em Educação, disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=IamJuWyiyi4&feature=related>. Acesso em: 19 jun. 2012. Mesmo voltado para a educação, o vídeo traz informações importantes sobre alguns tipos de pesquisa que foram apresentados durante esse tema e aborda outras definições sobre a pesquisa, que podem auxiliá-lo no desenvolvimento de suas atividades acadêmicas e profissionais.

A pesquisa como prática profissional, e também como prática humana, está relacionada aos questionamentos que são feitos com relação ao cotidiano. Há, portanto, nas questões cotidianas uma fonte inesgotável de possibilidades para pesquisa.

O conhecimento teórico, bem como o conhecimento prático, advindos da pesquisa e do aprofundamento teórico sobre determinado assunto ou realidade, devem ser unificados para que se possa desenvolver

VÍDEOS IMPORTANTES

LINKS IMPORTANTES

FINALIZANDO

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uma ação profissional interventiva que tenha coerência, eficiência, eficácia e efetividade no decorrer de sua implantação.

Mesmo que a pesquisa em serviço social esteja atrelada de maneira mais significativa às Universidades, é necessário iniciar uma busca constante pelo aprimoramento teórico/prático para que os desafios impostos à pesquisa em serviço social sejam ultrapassados.

Pesquisa-ação: “(...) é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos do modo cooperativo ou participativo” (THIOLLENT, 1985, p. 14 apud GIL, 2011, p. 30).

Pesquisa participante: é a pesquisa “(...) que responde especialmente às necessidades de populações que compreendem operários, camponeses, agricultores e índios – as classes mais carentes nas estruturas sociais contemporâneas – levando em conta suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. É a metodologia que procura incentivar o desenvolvimento autônomo (autoconfiante) a partir das bases e uma relativa independência do exterior” (FALS BORDA, 1983, p. 43 apud GIL, 2011, p. 31).

Pesquisas exploratórias: “As pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores. De todos os tipos de pesquisa, essas são as que apresentam menor rigidez no planejamento. Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de casos. Procedimentos de amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas” (GIL, 2011, p. 27).

Pesquisas descritivas: “As pesquisas desse tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob esse título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados”. (GIL, 2011, p. 28).

Pesquisas explicativas: “São aquelas pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente” (GIL, 2011, p. 28).

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• As questões que envolvem a formulação do Problema de Pesquisa.

• A variedade de possibilidades de organização das hipóteses para a pesquisa.

• A diversidade de delineamentos existentes para realização das pesquisas.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como posso elaborar um problema de pesquisa?

• Qual a melhor maneira de identificar as hipóteses para a pesquisa?

• O que é o delineamento da pesquisa e quais os principais tipos de delineamento utilizados nas pesquisas sociais?

AULA 4

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Da elaboração do problema ao delineamento da pesquisa: diferentes possibilidades de organização das pesquisas.

Pesquisar é encontrar respostas. Essa é uma afirmação que auxilia a compreender a dimensão do ato de pesquisar. Nesse sentido, pode-se inferir também que para iniciar a pesquisa é preciso construir ou identificar um problema que precisar ser solucionado. O termo problema pode receber diferentes definições, mas “na acepção científica, problema é qualquer questão não solvida e que é objetivo de discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 2011, p. 33). Refletir sobre o problema que norteará o desenvolvimento da pesquisa é essencial para o pesquisador, que deve analisar alguns aspectos que o influenciaram a escolher determinado problema como foco de sua pesquisa. Assim, o autor vai apresentar alguns motivos que influenciam o pesquisador na escolha e definição de seu problema de pesquisa, que podem ser fatores internos (valores, cultura, desejos) ou externos (oportunidades, financiamento, modismo).

Formular o problema de pesquisa exige paciência, tendo em vista que o mesmo pode ser reconfigurado com o decorrer da pesquisa. Portanto, o problema que possibilitará o desenvolvimento da pesquisa está passível de alterações conforme o aprofundamento teórico e o próprio desenvolvimento das etapas da pesquisa. Relacionando diferentes possibilidades de identificar um problema de pesquisa, o autor vai apresentar o processo de formulação do problema e algumas regras que o auxiliarão a elaborar um problema de pesquisa que atenda às suas expectativas e que produza um bom resultado para a sua investigação.

Outro ponto importante destacado pelo autor nesse tema se refere à construção da hipótese, que pode auxiliar de maneira significativa a organização e realização da pesquisa. Mas o que seria a hipótese?

[...] é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. É uma proposição que se forma e que será aceita ou rejeitada somente depois de devidamente testada. O papel fundamental da hipótese na pesquisa é sugerir explicações para os fatos. Essas sugestões podem ser a solução para o problema. Podem ser verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica, que é o propósito da pesquisa científica (GIL, 2011, P. 41).

Assim como o problema, a hipótese auxilia o pesquisador a organizar a sua pesquisa e identificar aspectos que podem indicar as respostas para o problema que elaborou. Existem diferentes tipos de hipótese e para cada um deles há uma particularidade que deve ser observada e uma especificidade

Leitura Obrigatória

35

que se relaciona ao tipo de pesquisa que o investigador vai efetivar. Diferentes também são as fontes de hipóteses, sendo a observação dos fatos a mais simples delas (GIL, 2011). Para se estabelecer a hipótese, ou as hipóteses de sua pesquisa é necessário observar algumas características, que são essenciais para verificar se as hipóteses que você criou são aplicáveis ou não à pesquisa.

Após a conclusão das etapas de identificação do problema e construção de hipóteses, o pesquisador precisa aprofundar seus conhecimentos teóricos sobre o problema da pesquisa para que ele se torne um problema científico; esse processo é identificado como delineamento da pesquisa, definido por Gil (2011, p. 49-50) como o

[...] planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação de dados. [...] O elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados.

Nesse sentido pode-se definir o delineamento da pesquisa como o tipo de pesquisa que será realizada e como será a coleta e análise dos dados adquiridos no decorrer do processo de investigação. Assim, pode-se afirmar que existem diferentes tipos de delineamento. Para Gil (2011, p. 50) pode-se reconhecer dois grandes grupos de delineamentos, quais sejam:

[...] aqueles que se valem das chamadas fontes de ‘papel’ e aqueles cujos dados são fornecidos por pessoas. No primeiro grupo estão a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. No segundo estão a pesquisa experimental, a pesquisa ex-post-facto, o levantamento, o estudo de campo e o estudo de caso.

Das pesquisas identificadas pelo autor pode-se inferir que aquelas de cunho experimental não são utilizadas nas ciências sociais, principalmente porque envolvem a experimentação de variáveis, o que não é recomendado, por questões éticas, em pesquisas com seres humanos. As demais pesquisas apontadas podem ser aplicadas às ciências sociais, e logo, àquelas desenvolvidas no campo do Serviço Social, desde que resguardadas todas as inferências éticas que estão estabelecidas nos procedimentos necessários à realização da investigação e nos aparatos legais que definem as normas práticas dos profissionais do Serviço Social.

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda às questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades, reflita sobre a diversidade de delineamentos apresentados e aponte quais deles podem ser, e são utilizados nas pesquisas realizadas no âmbito do serviço social.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 De acordo com o apresentado durante esse tema e com base nas informações do seu Livro-Texto, responda: qual a primeira tarefa a ser realizada no processo de investigação social?

a) Definir a hipótese.

b) Escolher o problema.

c) Identificar as referências.

d) Escolher o método.

e) Organizar a metodologia.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Observe as informações abaixo:

I. É uma suposta resposta ao problema a ser investigado.

II. Pode ser a solução para o problema da pesquisa.

III. É uma preposição que se forma.

As informações definem corretamente:

a) A hipótese.

b) O problema.

c) A pesquisa.

d) A metodologia.

e) O método.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 3De acordo com Gil (2011), pode-se afirmar que existe uma diversidade de delineamentos para a pesquisa e que o elemento mais importante para a

Agora é a sua vez

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identificação de um delineamento é:

a) A maneira como se formula o problema.

b) A definição das hipóteses que nortearão a pesquisa.

c) O procedimento adotado para coleta de dados.

d) O estabelecimento assimétrico de relações entre fatos do dia a dia.

e) O conjunto mais amplo de conhecimentos das ciências sociais.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 No que se refere à pesquisa documental, por suas características, pode-se afirmar que a mesma se assemelha muito à pesquisa:

a) Experimental.

b) Ex-post-facto.

c) Levantamento de campo.

d) Bibliográfica.

e) Estudo de caso.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 Muitos trabalhos científicos utilizam a pesquisa bibliográfica como delineamento, sendo que esse tipo de pesquisa pode ser a base para muitos outros

tipos de delineamento. Nesse sentido, responda como é desenvolvida a pesquisa bibliográfica e qual a sua principal vantagem.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 Sobre as fontes de hipóteses, observe as informações abaixo e assinale Verdadeiro ou Falso.

a) ( ) As hipóteses originam-se das mais diversas fontes.

b) ( ) A observação dos fatos não pode ser utilizada na construção de hipóteses.

c) ( ) Algumas hipóteses podem ser originadas de pesquisas já realizadas.

d) ( ) Há hipóteses que são obtidas a partir de teorias, e outras têm origem na intuição.

e) ( ) Todas as hipóteses são testáveis.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 7 Ainda no que se refere aos diferentes tipos de delineamento da pesquisa, analise as afirmações abaixo e assinale somente aquela que descreve uma das características do Levantamento de Campo:

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a) É uma investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes, porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não manipuláveis (KERLINGER, 1975 apud GIL, 2011).

b) É desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.

c) Assemelha-se muito às pesquisas bibliográficas, sendo que a única diferença entre elas é a natureza das fontes.

d) Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados.

e) Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 O estudo de caso é utilizado com frequência na atuação profissional. Como delineamento de pesquisa o mesmo pode servir a pesquisas com diferentes propósitos. Quais são esses propósitos?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 De acordo com Gil (2011), o Estudo de campo apresenta muitas semelhanças com os levantamentos, mas eles são diferenciados por dois aspectos. Quais são esses aspectos?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 O levantamento de campo é caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer (GIL, 2011). Como os demais delineamentos de pesquisa, apresenta vantagens e desvantagens. A esse respeito cite as principais vantagens e desvantagens desse tipo de delineamento.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Quer saber mais sobre esse assunto? Então: leia o texto de Luciana Alves Fernandes e José Mário Matsumura Gomes, Relatórios de Pesquisa nas Ciências Sociais: Características e modalidades de investigação. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/viewArticle/11638>. Acesso em: 22 jun. 2012. Os autores apresentam outras classificações sobre as pesquisas sociais e descrevem as pesquisas quantitativas e qualitativas que são frequentemente utilizadas pelos assistentes sociais e demais pesquisadores.

• O Texto Considerações sobre a ética na pesquisa a partir do código de ética profissional do assistente social, de Maria Lucia Silva Barroco, apresenta diversos casos de violação dos direitos dos sujeitos de pesquisas nas áreas da saúde e descreve alguns fatos cronológicos que permitirão a você ter uma visão mais ampla sobre todas as questões que permearam a instituição da Resolução n. 196/1996. Disponível em: <http://www.apropucsp.org.br/revista/revista_27.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2012. Nesse site você terá acesso gratuito a uma publicação da edição de número 27 da Revista PUCVIVA, que traz diversos artigos sobre a questão da Ética na Pesquisa. O texto de Maria Lucia Silva Barroco encontra-se nas páginas 76 a 83.

• Acesse o site disponível em: <http://www.bioetica.ufrgs.br/res19696.htm>. Acesso em: 22 jun. 2012. Você terá acesso à Resolução n. 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, que apresenta as “Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos”. Por meio dessa leitura você reconhecerá conceitos importantes sobre a pesquisa e identificará o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que é um documento essencial para as pesquisas sociais.

• Assista ao vídeo Pesquisa revela avanços e desafios na inclusão social de pessoas com deficiência. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=0A6RxJap9Qc>. Acesso em: 22 jun. 2012. O vídeo apresenta os dados de uma pesquisa realizada com pessoas deficientes no Brasil, aponta os meios utilizados pelo pesquisador para realizar a investigação e demonstra dados importantes sobre essa demanda da população, que também é foco de atendimento nas Políticas Sociais e,

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

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logo, do Serviço Social.

Nesse tema você verificou que uma pesquisa se inicia a partir da elaboração de um problema de pesquisa que pode surgir de atividades simples, como a observação do cotidiano. Verificou também que a construção de hipóteses pode auxiliar no desenvolvimento da pesquisa e que essas também surgem de diversas fontes, como a observação dos fatos e até mesmo a intuição. Observou que o procedimento adotado para a coleta de dados definirá o delineamento da pesquisa, que também é diversificado. Todos os elementos destacados nesse tema contribuirão para que você possa iniciar um processo de investigação, esteja ele relacionado à academia (sua formação acadêmica) ou ao campo de trabalho. Os assistentes sociais, com base nas determinações expressas nos documentos legais que normatizam a profissão, têm na pesquisa uma atribuição e também um dever, principalmente para desvendar as múltiplas questões sociais que permeiam o cotidiano profissional e apresentar soluções para os problemas que assolam a sociedade.

Pesquisa Bibliográfica: A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas, assim como certo número de pesquisas desenvolvidas a partir da técnica de análise de conteúdo (GIL, 2011, p. 50).

Pesquisa Documental: A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa (GIL, 2011, p. 52).

Pesquisa experimental: De modo geral, o experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica. Essencialmente, o delineamento experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação

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dos efeitos que a variável produz no objeto (GIL, 2011, p. 51).

Levantamento de campo: As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes aos dados coletados (GIL, 2011, p. 55).

Estudo de Caso: É caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamento considerados (GIL, 2011, p. 57-58).

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• A biblioteca e as fontes de referência.

• A operacionalização das variáveis da pesquisa.

• As pesquisas por amostragem e suas particularidades.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como é possível utilizar adequadamente a biblioteca na construção da pesquisa?

• Como organizar a operacionalização das variáveis da pesquisa?

• O que é a pesquisa por amostragem e como ela pode ser utilizada nas ciências sociais?

AULA 5

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Da pesquisa bibliográfica à necessidade da amostragem na pesquisa social: outras possibilidades de organização da pesquisa social.

O uso das fontes escritas é frequente nas pesquisas sociais e a busca por dados relevantes para a organização da pesquisa é um dos primeiros passos realizados pelo investigador. Assim que o problema de pesquisa é construído o pesquisador deve aprofundar seus conhecimentos sobre o mesmo e é na biblioteca que essa busca por referenciais se inicia. Na biblioteca o pesquisador tem a possibilidade de encontrar as mais diferenciadas fontes bibliográficas, como os livros de leitura corrente, obras de referência, teses e dissertações, periódicos científicos, anais de encontros científicos e periódicos de indexação e resumo (GIL, 2011, p. 61). Todas essas fontes serão subsídios para o desenvolvimento da pesquisa e saber identificá-las é essencial para o pesquisador.

Outra tarefa indispensável para a construção da pesquisa é a operacionalização das variáveis, “(...) que pode ser definida como o processo que sofre uma variável (ou um conceito) a fim de se encontrar os correlatos empíricos que possibilitem a mensuração ou classificação” (GIL, 2011, p. 79). Esse processo diz respeito à identificação de conceitos e organização de indicadores que auxiliarão o pesquisador a analisar os dados, ou mesmo, coletar esses dados durante a pesquisa. Por meio dessa organização o pesquisador terá condições de mensurar, ou seja, “medir” os dados coletados e oferecer uma resposta ao problema que deu origem à investigação.

O ponto principal desse tema é a amostragem na pesquisa social, especificado no capítulo 9 do seu Livro-Texto. A amostragem é utilizada em muitas pesquisas sociais, principalmente naquelas relacionadas a um contingente expressivo de pessoas. Exemplos desse tipo de pesquisa são aquelas elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que tratam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que apresenta dados relacionados à população brasileira a partir de uma amostragem, ou seja, de um número reduzido de domicílios investigados.

Sempre que não é possível estudar um fenômeno em sua totalidade, pode-se utilizar uma amostra, ou seja, “uma pequena parte dos elementos que compõem o universo” da pesquisa (GIL, 2011, p. 89). Em outras palavras

A finalidade da amostragem é poder fazer generalizações sobre uma população com base em um subconjunto, cientificamente selecionado, dessa população. A amostragem é necessária porque em geral não é prático ou viável buscar informações de cada membro de uma população. Portanto, uma amostra pretende tornar-se um microcosmo

Leitura Obrigatória

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de um universo maior (REA; PARKER, 2000, p. 107).

Delimitar uma amostra exige do pesquisador o cumprimento de alguns conceitos básicos que identificam as principais características que compõem esse tipo de pesquisa, quais sejam: universo ou população e a amostra.

Existem diferentes tipos de amostragem que, de acordo com Gil (2011, p. 90-91), podem ser classificados em dois grandes grupos: amostragem probabilística e não probabilística.

Os tipos do primeiro grupo são rigorosamente científicos e se baseiam nas leis consideradas no item anterior [princípios fundamentais da amostragem]. Os do segundo grupo não apresentam fundamentação matemática ou estatística, dependendo unicamente de critérios do pesquisador. [...] Os tipos de amostragem probabilísticas mais usuais são: aleatória simples, sistemática, estratificada, por conglomerado e por etapas. Dentre os tipos de amostragem não probabilística, os mais conhecidos são: por acessibilidade, por tipicidade e por cotas (GIL, 2011, p. 90-91).

Ao optar por esse tipo de pesquisa, o investigador deve considerar que a mesma favorecerá a coleta de informações quantitativas e está baseada em preceitos matemáticos e estatísticos, havendo diferentes fórmulas a serem seguidas para que os resultados sejam considerados científicos e tenham fidedignidade. Todas as pesquisas por amostragem são factíveis a erros que devem estar intrínsecos aos cálculos que se estabelecem na amostra. Esse erro é previsto tendo em vista que “os resultados obtidos numa pesquisa a partir de amostras não são rigorosamente exatos em relação ao universo de onde foram retirados” (GIL, 2011, p. 96).

Para que você recorde sempre dessa especificidade da pesquisa por amostragem basta que se lembre daquelas pesquisas que ressaltam as intenções de voto. Elas sempre apresentam uma margem de erro para mais ou para menos, pois se referem ao posicionamento de uma amostra da população e não de todas as pessoas do país. Esse tipo de pesquisa é mais utilizado nas pesquisas “designadas como levantamento ou experimentos” (GIL, 2011, p. 89).

As pesquisas por amostragem vão contar com instrumentais de coleta de dados objetivos, não havendo possibilidade do pesquisado se expressar livremente. Portanto, o pesquisador deve ter clareza em seus objetivos e dos indicadores que utilizará para a definição do objeto e coleta das informações.

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda às questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades reflita sobre os principais tipos de pesquisa por amostragem que são identificados nos meios de comunição de massa, descrevendo dois exemplos desse tipo de pesquisa.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 Para Gil (2011), parte considerável do trabalho de pesquisa consiste na utilização de recursos fornecidos:

a) Pela hipótese.

b) Pela metodologia.

c) Pela análise dos dados.

d) Pela biblioteca.

e) Pela observação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Observe as informações:

I. São destinadas ao uso pontual e recorrente.

II. Não são lidas do começo ao fim.

III. Por meio de sua leitura, o pesquisador obtém o significado de palavras específicas.

As informações definem corretamente:

a) Obras de referência.

b) Livros de leitura corrente.

c) Periódicos científicos.

d) Anais de encontros científicos.

e) Teses e dissertações.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 3De acordo com Gil (2011), o processo lógico de operacionalização de uma variável requer primeiramente:

Agora é a sua vez

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a) A coleta e análise de dados quantitativos.

b) Apresentar a diferença entre os intervalos da pesquisa claramente.

c) A definição teórica da variável e a enumeração de suas dimensões.

d) A construção de escalas que possibilitem medir cada um dos indicadores.

e) Verificar quantas vezes uma unidade de medida cabe no objeto a medir.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 Frequentemente, nas ciências sociais, os pesquisadores trabalham com uma amostra do universo pesquisado, ou seja, trabalham:

a) Com todas as partes dos elementos que compõem o universo pesquisado.

b) Com nenhuma das partes dos elementos pesquisados que compõem o universo pesquisado.

c) Com boa parte dos elementos que compõem o universo pesquisado.

d) Com uma grande parte dos elementos que compõem o universo pesquisado.

e) Com uma pequena parte dos elementos que compõem o universo pesquisado.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 Para a constituição de uma pesquisa por amostragem é necessário reconhecer alguns conceitos básicos para a compreensão do problema da amostragem na pesquisa social. Quais são e como podem ser definidos esses conceitos apresentados por Gil (2011)?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 Das alternativas abaixo, qual apresenta corretamente a definição da amostragem estratificada?

a) É indicada em situações em que é bastante difícil a identificação de seus elementos.

b) Pode ser utilizada quando a população se compõe de unidades que podem ser distribuídas em diversos estágios.

c) Caracteriza-se pela seleção de uma amostra de cada subgrupo da população considerada.

d) A composição da amostra por este processo é bastante simples.

e) Torna-se muito útil quando se deseja pesquisar uma população cujos elementos se encontram dispersos numa grande área.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Questão 7 Observe as afirmativas abaixo:

I. De todos os procedimentos de amostragem definidos como não probabilísticos, este é o que apresenta maior rigor.

II. De modo geral, é desenvolvido em três fases.

III. É usualmente aplicado em levantamentos de mercado e em prévias eleitorais.

As afirmativas definem corretamente qual tipo de amostragem?

a) Amostragem sistemática.

b) Amostragem por conglomerados.

c) Amostragem por acessibilidade.

d) Amostragem por tipicidade.

e) Amostragem por cotas.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 A amostragem por conglomerados é indicada, de acordo com Gil (2011), em situações em que é bastante difícil a identificação de seus elementos. Qual caso pode ser identificado nesse tipo de pesquisa e como se procede à seleção da amostra nessas pesquisas?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 A amostragem sistemática é uma variação de qual tipo de amostragem?

a) Amostragem aleatória simples.

b) Amostragem por conglomerados.

c) Amostragem por acessibilidade.

d) Amostragem por etapas.

e) Amostragem por conveniência.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 Nas pesquisas por amostragem é possível afirmar que os resultados não são rigorosamente exatos, portanto o pesquisador precisa identificar uma margem de erro. Como é possível definir essa margem de erro e como ela é expressa nas pesquisas sociais?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Quer saber mais sobre esse assunto? Então: Para aprofundar seus conhecimentos sobre a pesquisa por amostragem, leia o texto de José Antonio Carnevalli e Paulo Augusto Cauchick Miguel Desenvolvimento da pesquisa de campo, amostra e questionário para realização de um estudo tipo survey sobre a aplicação do QFD no Brasil, disponível em: <http://etecagricoladeiguape.com.br/projetousp/Biblioteca/ENEGEP2001_TR21_0672.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2012. Eles apresentam outras definições para os tipos de pesquisa que você conheceu nesse tema e descrevem alguns instrumentos utilizados para a coleta de dados para pesquisas por amostragem.

• Para conhecer um instrumento de coleta de dados por amostragem, acesse o link disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2004/questpnad2004.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2012. Nele você encontrará o questionário de pesquisa utilizado pelo IBGE para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2004; com base nele você poderá elaborar outros questionários para pesquisar a população demandatária dos serviços socioassistenciais.

• Acesse o site do Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas, disponível em: < http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/conteudo/index.php?id_conteudo=11445&rastro=PESQUISAS+E+ESTAT%C3%8DSTICAS%2FConceitos+Estat%C3%ADsticos/Amostragem>. Acesso em: 22 jun. 2012., Você identificará outros tipos de amostragem e outros conceitos importantes para a organização de uma pesquisa por amostragem, possibilitando um aprofundamento sobre as questões evidenciadas nesse tema.

• Assista ao vídeo disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=DRIMLcesfoY&feature=related>. Acesso em: 22 jun. 2012. Ele apresenta uma pesquisa de intenção eleitoral por amostragem que verifica a intenção de voto de uma parcela da população; com esse vídeo você verificará como podem ser utilizados esses tipos de pesquisa e algumas características que definem as pesquisas por amostragem, como o número de participantes e o erro de medição.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

GLOSSÁRIO

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Nesse tema você verificou que na biblioteca é possível encontrar diferentes fontes para subsidiar suas pesquisas. Assim, não deixe para a última hora! Visite com frequência a biblioteca e produza fichas de citações seguindo os modelos expressos no Livro-Texto. Quando chegar o momento de utilizá-las, na produção do seu TCC, por exemplo, elas já estarão prontas e você estará um passo a frente na produção do conhecimento científico.

Talvez, no processo de construção do seu TCC e, principalmente, em sua atuação profissional você possa desenvolver pesquisas por amostragem para identificar o perfil da população demandatária dos serviços socioassistenciais, ou mesmo definir as perspectivas dessa população sobre o trabalho do assistente social. Nesse sentido, aprofunde seus conhecimentos sobre esse tipo de pesquisa, que pode auxiliá-lo em diferentes momentos e apresentar dados significativos sobre a realidade na qual você vive e trabalha.

Não há um tipo de pesquisa mais fácil que outro, mas você já terá possibilidade de reconhecer qual dos modelos apresentados será o mais adequado para a realidade em que está inserido. Com base nas informações repassadas até agora, você terá plenas condições de escolher e desenvolver qualquer um deles, basta que busque sempre novas informações sobre o assunto e compartilhe seus conhecimentos.

Amostragem aleatória simples: “é o procedimento básico da amostragem científica. Pode-se dizer mesmo que todos os outros procedimentos adotados para compor amostras são variações deste. A amostragem aleatória simples consiste em atribuir a cada elemento da população um número único para depois selecionar alguns desses elementos de forma casual” (GIL, 2011, p. 91).

Amostragem sistemática: “é uma variação da amostragem aleatória simples. Sua aplicação requer que a população seja ordenada de modo tal que cada um de seus elementos possa ser unicamente identificado pela posição. [...] A composição da amostra por este processo é bastante simples. Deve ficar claro, porém, que só é aplicável nos casos em que se possa previamente identificar a posição de cada elemento num sistema de ordenação da população” (GIL, 2011, p. 92).

Amostragem estratificada: “Caracteriza-se pela seleção de uma amostra de cada subgrupo da

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população considerada. O fundamento para delimitar os subgrupos ou estratos pode ser encontrado em propriedades como sexo, idade ou classe social. Muitas vezes essas propriedades são combinadas, o que exige uma matriz de classificação” (GIL, 2011, p. 93).

Amostragem por conglomerados: “É indicada em situações em que é bastante difícil a identificação de seus elementos. É o caso, por exemplo, de pesquisas cuja população seja constituída por todos os habitantes de uma cidade. Em casos desse tipo é possível proceder à seleção da amostra a partir de ‘conglomerados’. Conglomerados típicos são quarteirões, famílias, organizações, edifícios, fazendas etc.” (GIL, 2011, p. 93).

Amostragem por etapas: “Esse tipo de amostragem pode ser utilizado quando a população se compõe de unidades que podem ser distribuídas em diversos estágios. Torna-se muito útil quando se deseja pesquisar uma população cujos elementos se encontram dispersos numa grande área, como um estado ou país” (GIL, 2011, p. 93).

Amostragem por acessibilidade ou por conveniência: “Constitui o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem. Por isso mesmo é destituída de qualquer rigor estatístico. O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o universo. Aplica-se este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é requerido elevado nível de precisão” (GIL, 2011, p. 94).

Amostragem por tipicidade ou intencional: “Também constitui um tipo de amostragem não probabilística e consiste em selecionar um subgrupo da população que, com base nas informações disponíveis, possa ser considerado representativo de toda a população. A principal vantagem da amostragem por tipicidade está nos baixos custos de sua seleção” (GIL, 2011, p. 94).

Amostragem por cotas: “Este procedimento é usualmente aplicado em levantamentos de mercado e em prévias eleitorais. Tem como principais vantagens o baixo custo e o fato de conferir alguma estratificação à amostra. Contudo, possibilita a introdução de vieses devidos à classificação que o pesquisador faz dos elementos e à seleção não aleatória em cada classe” (GIL, 2011, p. 94).

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• Diferentes possibilidades para coleta de dados.

• A observação e suas diferentes tipologias.

• A entrevista e o questionário como técnicas de coleta de dados.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais as principais técnicas utilizadas pelos pesquisadores para coleta de dados nas pesquisas sociais?

• O que é a observação e como ela pode ser utilizada para a coleta de dados?

• Como organizar a entrevista e construir os questionários para coleta de dados?

AULA 6

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

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Coletar dados e transformá-los em informações

Após estruturação do problema, das hipóteses e o delineamento da pesquisa, identificados nos temas anteriores, é chegada a hora de coletar os dados. Partindo da premissa de que a organização dos instrumentais e das técnicas para a coleta de dados depende do delineamento da pesquisa, existem diferentes possibilidades para coletar dados.

A observação é a primeira técnica ressaltada pelo autor. Ela está presente em diferentes etapas da pesquisa, mas é na coleta de dados que se torna mais evidente, podendo ser utilizada de forma exclusiva ou agregada a outras técnicas (GIL, 2011). Assim como os outros meios para coletas de dados, a observação apresenta vantagens e desvantagens.

Para ser bem realizada, a observação não deve ser percebida pelos observados, o que causa um inconveniente ético na medida em que, se tratando de seres humanos, é necessário o consentimento livre e esclarecido dos participantes da pesquisa para efetivar os estudos. Mesmo sendo uma técnica única, existem diferentes classificações para a observação. De acordo com Gil (2011, p. 101)

Segundo os meios utilizados, a observação pode ser estruturada ou não estruturada. Segundo o grau de participação do observador, pode ser participante ou não participante. Como a observação participante, por sua própria natureza, tende a adotar formas não estruturadas, pode-se adotar a seguinte classificação, que combina os dois critérios considerados:

a) observação simples;

b) observação participante; e

c) observação sistemática.

No processo de observação o pesquisador deve construir um instrumento de registro que pode ser escrito, uma imagem, sons, gravações, entre outros. A escolha do instrumento de registro vai depender do ambiente, da pesquisa e da estrutura organizada pelo pesquisador, sendo que “o registro da observação é feito no momento em que esta ocorre” (GIL, 2011, p. 105). Como não é possível observar tudo ao mesmo tempo, nas pesquisas que se embasam na observação o pesquisador trabalha com amostragem, que pode ser definida como amostragem ad libitum (à vontade); focal; varredura; e

Leitura Obrigatória

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amostragem de comportamentos.

Outra técnica para coleta de dados muito comum nas ciências sociais é a entrevista, utilizada também no cotidiano do trabalho do assistente social. É uma técnica e um instrumental de coleta de dados face a face, ou seja, que demanda o contato direto do pesquisador com o pesquisado, tornando-se “uma forma de interação social” (GIL, 2011, p. 109). Por meio dessa técnica o pesquisador terá a possibilidade de coletar dados subjetivos do pesquisado, podendo, a partir dessas informações verificar aspectos pessoais e sociais que influenciam o cotidiano das pessoas. Por ser uma técnica flexível existem diversos tipos de entrevista, que são classificados de acordo com o nível de estruturação. “A partir desse princípio, as entrevistas podem ser classificadas em: informais, focalizadas, por pautas e formalizadas” (GIL, 2011, p. 111).

As entrevistas podem ser realizadas individualmente ou em grupo e essa escolha dependerá do pesquisador e do objetivo da sua pesquisa. Assim como qualquer outra técnica, a entrevista vai apresentar vantagens e desvantagens, mas o pesquisador tem plenas condições de superar os limites e conduzir o processo para melhor aproveitamento das informações coletadas. Para a utilização dessa técnica alguns passos devem ser seguidos, como o contato com os entrevistados antes do processo; preparação do roteiro de entrevista (que pode ser estruturado – como um questionário – ou em tópicos para as entrevistas informais), manutenção do foco; atitude perante questões delicadas; e registro das respostas. Todos esses passos dependem da organização do pesquisador e de sua capacitação para utilizar essa técnica.

O questionário é também utilizado para coleta de informações. É a organização de questões, formuladas com base nos objetivos ou hipóteses preliminares da pesquisa e direcionadas a um grupo de pessoas. Podem ser enviados ao público da pesquisa ou apresentados pessoalmente pelo pesquisador. A elaboração das questões pode seguir duas vertentes: questões abertas, quando o pesquisador oferece ao pesquisado a possibilidade de se expressar livremente sobre o assunto; ou questões fechadas, quando o pesquisador oferece alternativas para os pesquisados assinalarem; e há questões dependentes, que são dependentes de outras questões para serem respondidas (GIL, 2011, p. 123). Para formulação do questionário é necessário que o pesquisador utilize uma escrita clara e objetiva, de modo que o pesquisado possa compreender a informação sem dificuldades. Para se assegurar de que as questões elaboradas estão compreensíveis o pesquisador deve realizar um pré-teste, ou seja, a aplicação de seu questionário com alguns pesquisados, dessa maneira previne erros e assegura a validade e a precisão (GIL, 2011).

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda às questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades, siga os modelos de questões abertas e fechadas estabelecidos no Livro-Texto e elabore um questionário com três questões abertas e duas questões fechadas, com o objetivo de reconhecer se as pessoas sabem o que é o Serviço Social. Construa o questionário embasando-se em seus conhecimentos, relembrando outras disciplinas e apoiando-se nas informações contidas no Livro-Texto.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 Qual a principal vantagem que a observação

apresenta em relação a outras técnicas de coleta de dados?

a) A de que os fatos não são percebidos diretamente.

b) A de que os fatos só são percebidos indiretamente.

c) A de que os fatos podem ser relembrados diretamente.

d) A de que os fatos são percebidos diretamente.

e) A de que os fatos podem ser despercebidos indiretamente.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Observe as informações abaixo:

I. É entendida como aquela em que o pesquisador permanecendo alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira espontânea os fatos que aí ocorrem.

II. Apresenta similaridade com as técnicas empregadas pelos jornalistas.

III. Neste procedimento, o pesquisador é muito mais um espectador que um ator.

Essas informações definem corretamente a observação:

a) Participante.

b) Sistemática.

c) Estruturada.

Agora é a sua vez

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d) Formalizada.

e) Simples.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 3De acordo com Gil (2011), a observação participante pode assumir duas formas distintas, quais sejam:

a) Formal e informal.

b) Natural e artificial.

c) Sistemática e assistemática.

d) Estruturada e desestruturada.

e) Legal e ilegal.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 O registro da observação é fundamental para o desenvolvimento da pesquisa. Em que momento esse registro deve ser feito?

a) No momento em que a observação ocorre.

b) Depois que a observação ocorre.

c) Um dia depois que a observação ocorre.

d) Uma semana depois que a observação ocorre.

e) No momento em que o pesquisador considerar necessário.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 A entrevista é utilizada com frequência nas ciências sociais, e também no cotidiano do serviço social. Se comparada ao questionário, quais as vantagens que a entrevista apresenta?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 Os questionários, na maioria das vezes, são propostos por escrito aos respondentes, nesse caso, de acordo com Gil (2011), costumam ser designados com:

a) Questionários formais.

b) Questionários informais.

c) Questionários simples.

d) Questionários aplicáveis.

e) Questionários autoaplicados.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 7 De acordo com Gil (2011), qual o modo mais

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confiável de registrar as respostas das entrevistas e quais os inconvenientes da anotação posterior à entrevista?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 Com base nas afirmações de Gil (2011), construir um questionário consiste basicamente em traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas. A esse respeito, como a construção do questionário precisa ser reconhecida e quais cuidados com a sua elaboração são requeridos?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 Observe as informações abaixo:

I. Essas questões referem-se a dados concretos e fáceis de precisar.

II. Referem-se às reações emocionais das pessoas perante os fatos.

III. De modo geral são respondidas com sinceridade.

IV. Essas perguntas são formuladas com o objetivo de descobrir os “porquês”.

Dizem respeito às questões sobre fatos apenas as alternativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 Quando é solicitado ao entrevistado que o mesmo ofereça suas próprias respostas, está sendo utilizada a questão:

a) Fechada.

b) Dependente.

c) Restritiva.

d) Aberta.

e) Alternativa.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

• Para saber mais sobre os diferentes tipos de pesquisa, leia o texto de Licia Valladares Os dez mandamentos da observação participante, disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v22n63/a12v2263.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2012. O texto é uma resenha de uma obra muito importante de William Foote Whyte, que escreveu sobre a metodologia nas pesquisas qualitativas, e vai contribuir para que você amplie seus conhecimentos sobre a observação participante.

• Leia o artigo de Liliana Vasconcellos e Luis Fernando de Ascenção Guedes, E-Surveys: Vantagens e Limitações dos Questionários Eletrônicos via Internet no Contexto da Pesquisa Científica, disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/Semead/10semead/sistema/resultado/trabalhosPDF/420.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2012. Você verificará algumas questões sobre a utilização do questionário via internet para a coleta de dados de pesquisas científicas, principalmente aquelas relacionadas aos limites e as possibilidades do meio eletrônico para a coleta de dados.

• Leia o artigo de Eduardo José Manzini Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros, disponível em: < http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt3/04.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2012. O artigo irá auxiliá-lo a reconhecer esse tipo de pesquisa que pode ser utilizado também no campo de atuação profissional do assistente social.

• Assista ao vídeo Métodos de Pesquisa: Entrevista disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=C8Nf_nDpn3o&feature=related>. Acesso em: 22 jun. 2012. O vídeo apresenta os diferentes tipos de entrevista de forma criativa e engraçada. Por meio dele você recordará dos tipos de pesquisa evidenciados neste tema, mas também reconhecerá outros tipos de entrevista que podem ser utilizados na produção do conhecimento científico e também no cotidiano profissional.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

58

A coleta de dados é uma das etapas primordiais para a pesquisa. Assim como existe uma diversidade de delineamentos para a pesquisa, há também uma gama expressiva de técnicas para a coleta de dados.

As técnicas selecionadas para a coleta de dados estão intimamente relacionadas ao delineamento da pesquisa e aos objetivos propostos pelo pesquisador. Cabe a ele a escolha da técnica mais adequada ao modelo de delineamento definido.

Nesse tema você reconheceu as principais técnicas para coleta de dados, que podem ser utilizadas para a efetivação de pesquisas científicas, mas que, acima de tudo, são instrumentos e técnicas utilizadas no cotidiano profissional.

Dominar os limites e as vantagens de cada um deles é importante para que, em seu campo de atuação, você possa reunir informações sobre a população atendida e, a partir da análise dessas informações, propor a efetivação de planos, programas e projetos que contribuam para a transformação social.

Observação: A observação nada mais é do que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano (GIL, 2011, p. 100).

Observação simples: Por observação simples entende-se aquela em que o pesquisador, permanecendo alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa de maneira espontânea os fatos que aí ocorrem (GIL, 2011, p. 101).

Observação participante: A observação participante, ou observação ativa, consiste na participação real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação determinada (GIL, 2011, p. 103).

Observação sistemática: A observação sistemática é frequentemente utilizada em pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos ou o teste de hipóteses (GIL, 2011, p. 104).

Entrevista: Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao

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investigado e lhe formula perguntas, o objetivo de obtenção dos dados que interessam à investigação (GIL, 2011, p. 109).

Questionário: Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado. (GIL, 2011, p. 121).

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• A pesquisa documental.

• Diferentes fontes de documentação.

• Vantagens do uso de fontes documentais.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é uma pesquisa documental?

• Quais as fontes de documentação mais utilizadas nas pesquisas sociais?

• Quais as vantagens da pesquisa documental?

AULA 7

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

ícones:

UTILIZAÇÃO DE DOCUMENTOS

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Leitura Obrigatória

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A Pesquisa Documental.

Até agora você identificou diferentes tipos de pesquisa e coleta de dados que dependiam do contato com as pessoas. Nesse tema você reconhecerá a pesquisa documental. Ela é muito parecida com a pesquisa bibliográfica, mas se diferencia desta por ter como fonte de dados uma diversidade de documentos. Na pesquisa bibliográfica você pode utilizar uma gama expressiva informações que já receberam o tratamento científico, ou seja, são reconhecidas cientificamente. Já na pesquisa documental você pode utilizar documentos que não tenham sido tratados cientificamente, mas que representam uma fonte de dados significativa.

Nesse sentido, quando você utilizar a pesquisa documental poderá utilizar

[...] dados que, embora referentes a pessoas, são obtidos de maneira indireta, que tomam a forma de documentos, como livros, jornais, papéis oficiais, registros estatísticos, fotos, discos, filmes e vídeos, que são obtidos de maneira indireta (GIL, 2011, p. 147).

A utilização desses documentos pode facilitar a coleta de informações e impedir atrasos comuns nas coletas realizadas diretamente com as pessoas.

De acordo com Gil (2011), para fins de pesquisa científica existem três tipos comuns de documentos utilizados pelos pesquisadores, quais sejam: registros cursivos; registros episódicos e privados; dados encontrados. Cada um desses documentos possui uma particularidade e suas especificidades são ressaltadas a partir da escolha do objeto da pesquisa a ser realizada.

Existem diferentes fontes de documentação, nas quais você, como pesquisador, pode encontrar dados relevantes para descrever ou analisar determinado fenômeno social. Algumas fontes são conhecidas, como é o caso dos registros estatísticos, presentes em todas as sociedades e que descrevem as características de seus membros (GIL, 2011). É o caso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que define aspectos sociais e econômicos que, juntos, apresentam o perfil da população brasileira considerando diferentes aspectos. No caso da Assistência Social pode-se exemplificar como fonte estatística o Censo CRAS, que desde 2008 apresenta dados quantitativos sobre a organização da Assistência Social no Brasil e foi um dos grandes avanços que contribuiu para a efetivação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Essas fontes de dados são comuns em diferentes órgãos públicos ou mesmo em empresas privadas, que se organizam para coletar e analisar as informações. Cada instituição privada ou órgão público vai ofertar uma série de dados que está relacionada ao seguimento

Leitura Obrigatória

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que os mesmos atentem, assim, existem dados estatísticos da saúde, educação, assistência social, segurança pública, entre outros.

Outras fontes de documentação podem ser reconhecidas nos registros escritos fornecidos por instituições governamentais ou não governamentais (GIL, 2011, p. 150), que podem ser fontes de dados qualitativos, ou seja, vão descrever mais profundamente determinado fenômeno e podem ser base para respaldar, ou reforçar os resultados apresentados pelos dados quantitativos adquiridos, por exemplo, como a coleta de dados estatísticos.

Existem também

[...] uma série de escritos ditados por iniciativa de seu autor que possibilitam informações relevantes acerca de sua experiência pessoal. Cartas, diários, memórias e autobiografias são alguns desses documentos que podem ser de grande valia na pesquisa social (GIL, 2011, p. 150).

Nessa categoria de fonte de documentação você pode incluir o seu diário de campo. Fonte de informações relevantes sobre a sua vivência no campo de estágio que pode ser utilizada para a produção de conhecimento científico.

As fontes de documentação de comunicação em massa são outro tipo de fonte de dados reconhecida. Assim, “[...] jornais, revistas, fitas de cinema, programas de rádio e televisão, constituem importante fonte de dados para a pesquisa social” (GIL, 2011, p. 151). Com base nessa fonte de documentação é possível identificar aspectos históricos e atuais da sociedade.

Após a coleta de dados, por qualquer uma das fontes citadas anteriormente, o pesquisador precisa se debruçar sobre os dados coletados e partir para a análise de conteúdo, que se desenvolve em três fases: “(a) pré-análise; (b) exploração do material; e (c) tratamento dos dados, inferência e interpretação” (BARDIN, 1977, p. 95 apud GIL, 2011, p. 152).

Assim como as demais possibilidades de coletar dados, a utilização das fontes documentais apresenta vantagens e desvantagens e caberá a você, pesquisador, decidir qual será a melhor pesquisa a ser utilizada. Não se esqueça de que a escolha dos meios para a efetivação da pesquisa está relacionada ao problema da pesquisa e aos seus objetivos. Assim, com base nessas informações você poderá escolher adequadamente os instrumentos, as técnicas e o tipo de pesquisa mais adequado para o seu problema de investigação.

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda as questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades reflita sobre a seguinte afirmativa: “O diário de campo pode ser utilizado como fonte dados para pesquisas”. Ressalte os principais aspectos que podem estar presentes no diário de campo e como seria possível utilizá-lo para realizar uma pesquisa.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 Tradicionalmente as pesquisas documentais valem-se de quais tipos de registros?

a) Registros discursivos; registros episódicos e privados e dados encontrados.

b) Registros discursivos; registros episódicos e

privados e dados ocultos.

c) Registros cursivos; registros episódicos e públicos e dados encontrados.

d) Registros discursivos; registros epifânicos e privados e dados encontrados.

e) Registros cursivos; registros episódicos e privados e dados encontrados.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Observe as informações abaixo:

I. Todas as sociedades modernas dispõem de grande quantidade desse tipo de dados.

II. A natureza desse tipo de dados disponíveis depende dos objetivos da entidade que os coleta e organiza.

III. De modo geral, a coleta desses tipos de dados é muito mais simples do que mediante qualquer procedimento direto.

As informações definem corretamente:

a) Registros institucionais escritos.

b) Registros de comunicação de massa.

c) Registros Estatísticos.

d) Registros pessoais.

e) Registros impessoais.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Agora é a sua vez

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Questão 3De acordo com Gil (2011), constituem documentos pessoais apenas os descritos na alternativa:

a) Cartas, diários, jornais e revistas.

b) Cartas, diários, memórias e autobiografias.

c) Cartas, jornais, projetos de lei e autobiografias.

d) Cartas, sentenças judiciais, memórias e atas de sindicatos.

e) Cartas, deliberações de igrejas, atas de reuniões e diários.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 De acordo com Gil (2011), os documentos de comunicação em massa são muitos valiosos e possibilitam ao pesquisador conhecer os mais variados aspectos da sociedade atual e do passado. Mas por que esse tipo de documento deve ser tratado com muito cuidado pelo pesquisador?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 Após o levantamento dos dados coletados por meio das diferentes fontes de documentação o pesquisador precisa efetivar a análise de conteúdo. Como se pode definir a análise de conteúdo?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 Representam corretamente, de acordo com Bardin (1977), as três fases da análise de conteúdo apenas o que se lê na alternativa:

a) Pré-análise; observação participante; tratamento dos dados, inferência e interpretação.

b) Pré-análise; levantamento bibliográfico; tratamento dos dados, inferência e interpretação.

c) Pré-análise; exploração do material; tratamento dos dados, inferência e interpretação.

d) Pré-análise; investigação dos processos; tratamento dos dados, inferência e interpretação.

e) Pré-análise; organização do questionário; tratamento dos dados, inferência e interpretação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 7 Observe as informações abaixo:

I. Constitui, geralmente, uma fase longa e fastidiosa.

II. Refere-se fundamentalmente às tarefas de codificação.

III. Envolve o recorte, a enumeração e a classificação.

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As alternativas definem corretamente qual fase da análise de conteúdo?

a) Pré-análise.

b) A exploração do material.

c) O tratamento dos dados.

d) A inferência.

e) A interpretação dos dados.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 Os registros estatísticos são frequentemente utilizados nas pesquisas sociais. De acordo com Gil (2011), de modo geral, a coleta de dados a partir de registros estatísticos é muito mais simples do que mediante o procedimento direto. O que é exigido do pesquisador para a utilização desse tipo de fonte de documentação?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 De acordo com Gil (2011), por que é possível afirmar que as fontes documentais tornam-se importantes para detectar mudanças na população, na estrutura social, nas atitudes e valores sociais?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 De acordo com Gil (2011), por que a utilização de diários, memórias e autobiografias na pesquisa social tem recebido muitas críticas?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Quer saber mais sobre esse assunto? Então:

• Acesse o link <http://books.google.com.br/books?id=A321LE03ab8C&pg=PA220&dq=pesquisa+documental&hl=pt-BR&sa=X&ei=693oT9riDuKF6QGDmqn4DA&ved=0CDYQ6AEwAA#v=onepage&q=pesquisa%20documental&f=false>. Acesso em: 24 jul. 2012. Nele você encontrará o livro de Jorge Lopes O fazer do trabalho científico em ciências sociais aplicadas. O livro aborda diferentes tipos de pesquisa evidenciados nessa disciplina e, na página 220, define a pesquisa documental. Você terá outras definições sobre o conteúdo e compreenderá os diferentes conceitos da pesquisa documental.

• Acesse o link <http://books.google.com.br/books?id=P85GEGSQ_Z0C&pg=PA119&dq=pesquisa+documental&hl=pt-BR&sa=X&ei=693oT9riDuKF6QGDmqn4DA&ved=0CFEQ6AEwBQ#v=onepage&q=pesquisa%20documental&f=false>. Acesso em: 24 jul. 2012. Nele você terá acesso ao livro de Maria Cristina Piana A construção do perfil do assistente social no cenário educacional, que destaca sua pesquisa realizada para identificar o perfil do profissional do serviço social. No capítulo 4, a autora apresenta detalhes da organização de sua pesquisa, que gerou o livro, focando o processo de elaboração e efetivação de uma pesquisa documental. Com base nessa leitura você poderá visualizar como a pesquisa documental pode ser utilizada no contexto do serviço social.

• Acesse o link <http://rbhcs.com/index_arquivos/Artigo.Pesquisa%20documental.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2012. Nele você encontrará o artigo de Jackson Ronie Sá-Silva, Cristóvão Domingos de Almeida e Joel Felipe Guindani Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas, que descreve a pesquisa documental, apresentando suas particularidades. Com base nessa leitura você poderá evidenciar outros aspectos desse tipo de pesquisa que pode ser utilizado em seu cotidiano acadêmico e profissional.

LINKS IMPORTANTES

GLOSSÁRIO

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Assista ao vídeo Pesquisa documental, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=PIUhkSgYCls>. Acesso em: 24 jul. 2012. Você verificará um exemplo de uma doutora em Educação que utilizou esse tipo de pesquisa na construção de sua tese de doutorado, um exemplo prático da utilização da pesquisa documental na produção do conhecimento científico.

Nesse tema você aprendeu que a pesquisa documental pode ser utilizada para a produção do conhecimento em serviço social. Identificou que existem diferentes tipos de documento que podem contribuir para o detalhamento de uma realidade. Assim como os demais tipos de pesquisa, a pesquisa documental apresenta vantagens e desvantagens e caberá a você, como pesquisador, identificar os limites e as possibilidades para utilização desse modelo de pesquisa que é comum nas ciências sociais aplicadas.

Pesquisa documental: “[...] como o próprio nome anuncia, é um tipo de pesquisa que objetiva investigar e explicar um problema a partir de fatos históricos relatados em documentos. Este tipo de pesquisa baseia-se em informações e dados extraídos de documentos que não receberam ainda tratamento científico [...] mas que são fontes valiosas de dados e informações antigas, que são encontradas em documentos pessoais (cartas, diários, fotos, vídeos, ofícios, informativos, etc.), documentos institucionais (relatórios de pesquisa, que incluem dados estatísticos, gráficos e tabelas, boletins, periódicos, jornais, etc.) (REIS, 2008, p. 53)”.

Documentos: “Para fins de pesquisa científica são considerados documentos não apenas os escritos utilizados para esclarecer determinada coisa, mas qualquer objeto que possa contribuir para a investigação de determinado fato ou fenômeno (GIL, 2011, p. 147)”.

Registros cursivos: “[...] são persistentes e continuados. Exemplos clássicos dessa modalidade de

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registro são os documentos elaborados por agências governamentais” (GIL, 2011, p. 147).

Registros episódicos e privados: “[...] constituídos principalmente por documentos pessoais e por imagens visuais produzidas pelos meios de comunicação de massa (GIL, 2011, p.157)”.

Dados encontrados: “[...] são constituídos não apenas por objetos materiais, mas também por vestígios físicos produzidos por erosão ou acumulação no meio ambiente (WEBB et al, 1996 apud GIL, 2011, p. 147). Um exemplo de erosão é o desgaste dos pisos, que denota a frequência do uso de determinadas áreas. Um exemplo de acumulação, por sua vez, é a quantidade de lixo deixada em determinado local, e que pode servir para estudos sobre desperdício (GIL, 2011, p. 147-148).

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

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Conteúdos e HabilidadesConteúdo

Nesta aula, você estudará:

• A análise e interpretação dos dados da pesquisa.

• A análise qualitativa.

• O relatório da pesquisa.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• O que é a análise e a interpretação de dados da pesquisa?

• O que é uma análise qualitativa?

• Como produzir um relatório de pesquisa?

AULA 8

Assista às aulas nos polos presenciais e também disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem para você.

ícones:

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

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Análise e Interpretação dos Dados Coletados: A Produção do Relatório de Pesquisa.

Após a coleta de dados efetivada durante a pesquisa é necessário que o pesquisador se “debruce” sobre esses dados e organize-os para produzir os resultados da pesquisa. De acordo com Gil (2011), não há um método rígido para esse processo, mas algumas etapas podem ser seguidas para a constituição da análise e interpretação dos dados coletados. Todas as etapas apresentadas no Livro-Texto são importantes, mas serão ressaltadas três delas, quais sejam: o estabelecimento de categorias, a tabulação e a análise qualitativa.

Primeiramente, é importante relembrar que durante a pesquisa, de acordo com os objetivos, métodos e instrumentos aplicados, o pesquisador poderá chegar a dois tipos de dados distintos: os quantitativos e os qualitativos. Nos dados quantitativos ressaltam-se os aspectos de quantidade, os números propriamente ditos, e o pesquisador, normalmente, utilizará como instrumento de coleta questionários com questões objetivas, com a pré-determinação das respostas. Já nas pesquisas qualitativas, o pesquisador buscará informações que estão além das quantidades e que refletem aspectos da subjetividade, que explicam e detalham os fenômenos pesquisados. Nesse último tipo de pesquisa, os instrumentos para coleta de dados favorecerá a participação mais aprofundada dos sujeitos pesquisados, as questões serão abertas e possibilitarão que o pesquisado se pronuncie livremente sobre a pergunta.

Coletados os dados, o pesquisador deve organizá-los de maneira tal que possa interpretá-los e descrever o fenômeno estudado. Para isso, deve iniciar o processo de categorização das informações coletadas, ou como afirma Gil (2011), estabelecer um princípio de classificação para as respostas. Para que esse processo não seja tão complexo, o autor ressalta a importância do planejamento da pesquisa e da organização de hipóteses, pois estas auxiliam na construção dos instrumentos padronizados para coleta de informações.

Posteriormente à constituição das categorias, o pesquisador deverá tabular seus dados, ou seja, “[...] agrupar e contar os casos que estão nas várias categorias de análise” sendo que existem dois tipos de tabulação: a simples, também denominada marginal; e a cruzada (GIL, 2011, p. 159). O autor também identifica os diferentes tipos de tabulação e caberá ao pesquisador determinar qual tipo é mais adequado para a sua pesquisa.

Com os dados categorizados e tabulados, o pesquisador passa para outra etapa da pesquisa, que é a análise desses dados. Será abordada a análise qualitativa, por ser esta a mais utilizada nas pesquisas

Leitura Obrigatória

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realizadas em serviço social.

[...] ao contrário do que ocorre nas pesquisas experimentais e levantamentos em que os procedimentos analíticos podem ser definidos previamente, não há fórmulas ou receitas predefinidas para orientar os pesquisadores. Assim, a análise de dados na pesquisa qualitativa passa a depender muito da capacidade e do estilo do pesquisador (GIL, 2011, p. 175).

Nesse sentido, é o pesquisador quem vai decidir o modo mais apropriado para proceder com a análise. No Livro-Texto, Gil (2011, p. 175) ressalta a obra de Miles e Huberman (1994), em que os autores apresentam “[...] três etapas que geralmente são seguidas na análise de dados: redução, exibição e conclusão/verificação”.

Para que você reconheça melhor a análise de dados pense em um gráfico. Normalmente, os gráficos são muito utilizados na produção de artigos científicos. Muitos acadêmicos apresentam o gráfico e depois, logo abaixo do mesmo, apenas transferem os dados do gráfico por extenso. Isso não é análise. Evidenciar uma análise é descrever alguns fatores que podem ter influenciado os dados quantitativos do gráfico. Por exemplo, se em determinada pesquisa evidenciou-se que 50% das crianças de 6 a 12 anos estão fora da escola, quais fatores contribuem ou podem influenciar para que esse quantitativo seja expresso?

Na análise qualitativa esses dados serão contestados com outros fatores como, por exemplo: trabalho infantil, transporte escolar, renda familiar, falta de alimentação na escola, entre outros. Veja, o dado quantitativo pode revelar diferentes aspectos sociais que contribuem para que as crianças, naquela faixa etária, não frequentem as aulas, e essa é a análise esperada pelo pesquisador, pelo assistente social.

Toda a análise e os dados coletados na pesquisa deverão ser divulgados. Essa divulgação é realizada por meio da organização de um relatório de pesquisa, que pode adquirir diferentes modelos: um artigo científico, uma monografia, uma notícia, um livro. Enfim, existem diferentes formas de transmitir o conhecimento adquirido pela pesquisa para o público. Para cada tipo de público haverá um relatório de pesquisa, não havendo, portanto, um modelo único, mas alguns itens que são necessários e que o autor define no último capítulo do Livro-Texto, e que você poderá seguir para construir um relatório de pesquisa.

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INSTRUÇÕES

Nesse momento você está convidado a testar os seus conhecimentos respondendo às questões desse Caderno de Atividades. Elas não fazem parte da avaliação, mas contribuem para que você fixe o conteúdo abordado durante esse tema e reflita sobre as informações repassadas. Para responder às questões assista às videoaulas, leia o Livro-Texto, consulte os materiais disponíveis no ambiente virtual de aprendizagem, dialogue com seus colegas sobre o assunto.

Leia atentamente os enunciados para compreender o que se pede e responda as questões.

PONTO DE PARTIDA

Após a leitura do conteúdo do Livro-Texto e desse caderno de atividades, reflita sobre a análise qualitativa dos dados coletados na pesquisa. Pense sobre esse processo e como ele pode auxiliar na complementação dos dados quantitativos.

Agora é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1 Para Gil (2011) “esses dois processos, apesar de conceitualmente distintos, aparecem estreitamente relacionados”. A quais processos o autor se refere?a) Análise e interrogação.

b) Análise e investigação.

c) Análise e interpretação.

d) Análise e codificação.

e) Análise e tabulação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 2 Observe as informações:

I. É o processo pelo qual os dados brutos são transformados em símbolos que possam ser tabulados.

II. Pode ser feita anterior ou posteriormente à coleta de dados.

As informações definem corretamente:

a) Tabulação.

b) Descrição.

c) Análise.

d) Interpretação.

e) Codificação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 3De acordo com Gil (2011), tabulação é o processo de agrupar e contar os casos que estão nas várias categorias de análise. Existem dois tipos de tabulação que estão corretamente descritos na alternativa:

Agora é a sua vez

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a) Simples e complexa.

b) Simples e transversal.

c) Cruzada e interdisciplinar.

d) Simples e cruzada.

e) Cruzada e vertical.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 4 De acordo com Miles e Huberman (1994) a pesquisa qualitativa apresenta três etapas que geralmente são seguidas na análise de dados. Quais são elas?

a) Redução, demonstração e interpretação/verificação.

b) Redução, exibição e conclusão/verificação.

c) Redução, codificação e tabulação/conclusão.

d) Redução, descrição e interpretação/verificação.

e) Redução, tabulação e conclusão/verificação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 5 De acordo com Gil (2011), para interpretar os resultados, o pesquisador precisa ir além da leitura dos dados, com vistas a integrá-los num universo mais amplo em que poderão ter algum sentido. Qual é esse universo e qual a importância da revisão da literatura?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão6 No momento da produção do relatório de pesquisa, o que o pesquisador precisa ter em mente para a sua produção?

a) O pesquisador precisa ter em mente as características do financiador do projeto.

b) O pesquisador precisa ter em mente as características de seus conhecimentos teóricos.

c) O pesquisador precisa ter em mente as características do problema que gerou a pesquisa.

d) O pesquisador precisa ter em mente as características dos outros pesquisadores.

e) O pesquisador precisa ter em mente as características do público a que se destina o relatório.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 7 Observe as afirmativas abaixo:

I. É a parte central do relatório.

II. De modo geral, é a mais extensa e pode ser subdividida em diversos capítulos.

III. É também designada como corpo ou desenvolvimento do relatório da pesquisa.

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As afirmativas definem corretamente qual fase do relatório da pesquisa?

a) O problema.

b) A metodologia.

c) A apresentação dos resultados.

d) Conclusões e sugestões.

e) O tema.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 8 De acordo com Gil (2011), o problema de pesquisa é parte essencial do relatório da pesquisa. Para o autor, o que é necessário e exigido para a construção de um problema de pesquisa?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 9 Tesch (1990 apud GIL, 2011), ao descrever sobre a pesquisa qualitativa, afirma que a principal ferramenta intelectual é a:

a) Exclusividade.

b) Teoria.

c) Metodologia.

d) Comparação.

e) Interpretação.

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

Questão 10 De acordo com Gil (2011), o relatório de pesquisa deve conter informações suficientes para esclarecer acerca da natureza do problema pesquisado e dos resultados. Ainda de acordo com o autor, como pode ser subdividido o relatório da pesquisa?

Verifique seu desempenho nesta questão, clicando no ícone ao lado.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

Acesse o link <http://www.scielo.br/pdf/csp/v9n3/02.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2012. Nele você encontrará o artigo de Maria Cecília de Sousa Minayo e Odécio Sanches Quantitativo-Qualitativo: Oposição ou Complementaridade?. Com base nas informações expressas no texto você poderá identificar as principais características das pesquisas qualitativas e quantitativas e verificar como os dados, de diferentes naturezas, podem se complementar e auxiliá-lo na construção da pesquisa.

Acesse o link <http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n5/a19v57n5.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2012. Nele você encontrará o texto Método de Análise de Conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde, de Claudinei José Gomes Campos que, apesar de estar relacionado à área da saúde, apresenta informações relevantes sobre as características da análise de conteúdo que podem auxiliá-lo a compreender mais profundamente essa etapa importante da pesquisa científica.

Acesse o link <http://books.google.com.br/books?id=RdnjVIcTodEC&pg=PA28&dq=categoriza%C3%A7%C3%A3o+de+dados&hl=pt-BR&sa=X&ei=OGLrT-rSLI6e8gTixKHvBQ&ved=0CFsQ6AEwBzge#v=onepage&q=categoriza%C3%A7%C3%A3o%20de%20dados&f=false>. Acesso em: 24 jul. 2012. Nele você terá acesso ao livro de Laurinda Ramalho de Almeida e Abigail Alvarenga Mahoney (Orgs.) denominado Afetividade e aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Na página 28 as autoras definem o que é a categorização de dados e apresentam a categoria organizada por elas para a efetivação das análises dos dados pesquisados. Com base nessas informações, será possível verificar como a categorização de dados é importante para a construção da pesquisa e, por meio desse exemplo, você compreenderá com mais facilidade o conteúdo que foi abordado nesse tema.

Para reconhecer como a pesquisa pode ser utilizada para a aquisição do conhecimento e produção do conhecimento científico, assista ao vídeo de Pedro Demo, Educação pela pesquisa, disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Vra4hclt7kw&feature=related>. Acesso em: 24 jul. 2012. Será possível compreender a importância da pesquisa no processo de ensino-aprendizagem, e você poderá identificar os papéis de cada ator envolvido nesse processo.

LINKS IMPORTANTES

VÍDEOS IMPORTANTES

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Nesse tema você verificou que a análise e interpretação dos dados da pesquisa é fase importante no processo de construção do conhecimento científico. Identificou diferentes tipos de tabulações e que a análise qualitativa não tem uma estrutura fixa, mas que a capacidade de interpretação do pesquisador fará toda a diferença nessa etapa. Você também teve acesso a questões importantes que organizam a produção do relatório da pesquisa, que é necessário em toda e qualquer pesquisa, para divulgação dos resultados alcançados. Todos os temas dessa disciplina contribuirão para que você possa elaborar uma pesquisa, quer seja no campo acadêmico ou profissional. Fique atento às leituras desse Livro-Texto e de outras obras que podem ser necessárias para o seu aprofundamento sobre essa temática, que estará presente em diferentes momentos da sua vida profissional.

Análise: “tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação” (GIL, 2011, p. 156).

Interpretação: “tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos” (GIL, 2011, p. 156).

Codificação: “é o processo pelo qual os dados brutos são transformados em símbolos que possam ser tabulados” (GIL, 2011, p. 158).

Tabulação: “é o processo de agrupar e contar os casos que estão nas várias categorias de análise” (GIL, 2011, p. 159).

Conclusões: “As conclusões constituem o ponto terminal da pesquisa, para o qual convergem todos os passos desenvolvidos ao longo de seu processo. Sua finalidade básica é ressaltar o alcance e as consequências dos resultados obtidos, bem como indicar o que pode ser feito para torná-los mais significativos” (GIL, 2011, p. 183).

Caro aluno, agora que o conteúdo desta aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

GLOSSÁRIOza b

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REFERÊNCIASGIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2011.

EMPIRISMO. Termo Extraído do dicionário de Filosofia Nicola Abbagnano. Disponível em: <http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/lexico/entry.php?entryID=2106>. Acesso em: 13 Jul. 2011.

FERNANDES, Luciane Alves; GOMES, José Mário Matsumura. Relatórios de pesquisa nas Ciências Sociais: características e modalidades de investigação Fernandes, Gomes. ConTexto, Porto Alegre, v. 3, n. 4, 1º semestre 2003. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/ConTexto/article/viewAr-ticle/11638> Acesso em: 14 Jul. 2011.

FERRATER-MORA, José. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Edições Loyola, 2001.

FONSECA, João José Saraiva da. Apostila de Metodologia da pesquisa científica. Curso de Especiali-zação em Comunidades Virtuais de Aprendizagem – Informática Educativa. Universidade Estadual do Ceará, 2002.

GUERRA, Yolanda. INVESTIGAÇÃO SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL: novos processos de produção do conhecimento. In: XVI Congreso Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social, Santiago-Chile, Nov. 1998. Disponível em: <www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-016-145.pdf>. Aces-so em: 13 Jul. 2011.

LEHFELD, Neide Aparecida de Souza; BARROS, Aidil de Jesus Paes de. Projeto de Pesquisa: Pro-postas Metodológicas. Petrópolis/Rj: Vozes, 1990.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. _____ (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 22.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2003. p. 16 a 21.

REA, Louis M; PARKER, Richard A. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. Trad. Nivaldo Montingelli Jr, São Paulo: Pioneira, 2000.

DICIONÁRIO PRIBERAM DE LÍNGUA PORTUGUESA. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=conhecer> Acesso em: 14 Jul. 2011.

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NATUREZA DA CIÊNCIA SOCIAL

Ponto de PartidaO acadêmico deverá ressaltar que o conhecimento pode surgir de ações simples do cotidiano, como a observação, mas também pode ser influenciado por questões culturais, valores, crenças religiosas, romances, poemas, pela autoridade, entre outros. O que diferencia esses conhecimentos do conheci-mento científico é que, neste último, há a necessidade de utilização de um aparato metodológico e um rigor teórico que não é apresentado nos demais conhecimentos.

Questão 1Resposta: Alternativa D

Questão 2Resposta: Alternativa B

Questão 3Resposta: Alternativa C

Questão 4Resposta: Alterantiva E

Questão 5Resposta: O acadêmico poderá utilizar a resposta tal qual se encontra no Livro-Texto, afirmando que o ser humano “valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo exterior”, utilizan-do-se da observação para coletar essas informações. De forma mais generalizada, poderá ressaltar que a partir das observações do cotidiano o homem produz instrumentos que facilitam sua vida e, ao mesmo tempo, produzem um conhecimento que é prático, mas não é científico.

Questão 6Resposta: Alterantiva D

GABARITO

Tema 1

Questões

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Questão 7Resposta: Alterantiva A

Questão 8Resposta: Nas ciências sociais o pesquisador chegará apenas a identificação de tendências, e o ver-dadeiro nas ciências sociais pode ser apenas um verdadeiro relativo e provisório (LAVILLE, DIONNE, 1999 apud GIL, 2011, p. 6). Justamente pela dinâmica da vida social.

Questão 9Resposta: Essa nova concepção vem afirmar a diferença existente entre os objetos das ciências so-ciais em relação aos outros tipos de ciências existentes e demonstrar a necessidade de utilização de “quadros de referência que ultrapassem a visão proposta pelo Positivismo” (GIL, 2011, p. 5).

Questão 10Resposta: As ciências sociais, fundamentadas na perspectiva positivista, supõem que os fatos huma-nos são semelhantes aos da natureza, observados sem ideias preconcebidas, submetidos à experi-mentação, expressos em termos quantitativos e explicados segundo leis gerais (GIL, 2011, p. 4).

MÉTODOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Ponto de PartidaO acadêmico deve se reportar ao código de ética e as leis que regulamentam a profissão, revisitando alguns conceitos que aprendeu durante o curso. Deve analisar que, tendo o serviço social o seu obje-to de intervenção as questões sociais e suas múltiplas expressões, deve se respaldar nas concepções do materialismo histórico justamente porque essa corrente teórica enfatiza a dimensão histórica dos processos sociais, ou seja, considera as transformações sociais como influenciadoras das relações sociais. O profissional/investigador, ao se embasar nessa teoria, busca identificar as transformações sociais e como elas influenciam nas condições de sobrevivência dos indivíduos. Por ser um construto histórico, essas relações são dinâmicas, e os preceitos estabelecidos nesse quadro de referência con-sideram também essa dinamicidade e o processo dialético dessas transformações.

Tema 2

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Questão 1Resposta: Alternativa B

Questão 2Resposta: Alternativa D

Questão 3Resposta: Alterntiva E

Questão 4Resposta: Alternativa C

Questão 5Resposta: A adoção de um ou outro método depende de muitos fatores: da natureza do objeto que se pretende pesquisar, dos recursos materiais disponíveis, do nível de abrangência do estudo e, sobretu-do, da inspiração filosófica do pesquisador (GIL, 2011, p. 9).

Questão 6Resposta: Alternativa E

Questão 7Resposta: Alternativa A

Questão 8Resposta: A dialética fornece bases para interpretação dinâmica e totalizante da realidade, já que estabelece que os fatos sociais não podem ser entendidos quando considerados isoladamente, abs-traídos de suas influências políticas, econômicas, culturais (GIL, 2011, p. 14).

Questão 9Resposta: É possível definir, de acordo com Gil (2011), a unidade dos opostos afirmando que todos os objetos e fenômenos apresentam aspectos contraditórios, que são organicamente unidos e cons-tituem a indissolúvel unidade dos opostos. Os opostos não se apresentam simplesmente lado a lado, mas num estado constante de luta entre si. A luta dos opostos constitui a fonte do desenvolvimento da realidade.

Questões

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Questão 10Resposta: Deve satisfazer quatro condições, de acordo com Lèvi-Strauss (1971): a) o modelo deve oferecer um caráter de sistema, isto é, consistir em elementos tais que qualquer modificação num de seus elementos acarrete modificações em todos os outros; b) todo modelo deve pertencer a um grupo de transformações, cada uma das quais correspondendo a um modelo da mesma família, de modo que o conjunto dessas transformações constitua um grupo de modelos; c) as propriedades exigidas por essas condições devem permitir prever de que modo reagirá o modelo, em caso de modificação de um dos elementos; e, d) é necessário que o modelo seja construído de tal modo que seu funciona-mento possa explicar todos os fatos observados (GIL, 2011, p. 20).

PESQUISA SOCIAL

Ponto de PartidaResposta: O acadêmico deve ressaltar as pesquisas descritivas e exploratórias como aquelas mais utilizadas no campo profissional, justamente por serem elas aquelas mais solicitadas em organiza-ções e as que os pesquisadores preocupados com as questões práticas utilizam. Mas também pode ressaltar as pesquisas explicativas, já que as mesmas podem surgir como continuação das pesquisas descritivas ou exploratórias e aprofundam o conhecimento sobre a realidade social. No caso do ser-viço social, que tem como objeto de intervenção as questões sociais, esses tipos de pesquisas são os mais recomendados.

Questão 1Resposta: Alternativa E

Questão 2Resposta: Alternativa D

Questão 3Resposta: Alterntaiva A

Questão 4Resposta: Alternativa C

Tema 3

Questões

83

Questão 5Resposta: No que parece haver um consenso de parte da maioria dos autores, entretanto, é que todo o processo de pesquisa social envolve: planejamento, coleta de dados, análise e interpretação, e redação do relatório.

Questão 6Resposta: Alternativa B

Questão 7Resposta: Alternativa E

Questão 8Resposta: A pesquisa pura busca o progresso da ciência e procura desenvolver os conhecimentos científicos sem a preocupação direta com suas aplicações e consequências práticas. Seu desenvolvi-mento tende a ser bastante formalizado e objetiva a generalização, com vistas à construção de teorias e leis (GIL, 2011, p. 26).

Questão 9Resposta: O termo Pesquisa Social tem uma carga histórica e, assim como as teorias sociais, reflete posições frente à realidade, momento do desenvolvimento e da dinâmica social, preocupações e inte-resses de classes e grupos determinados (MINAYO, 1996, p. 23).

Questão 10Resposta: Alternativa B

DELINEAMENTO DA PESQUISA Ponto de PartidaResposta: Os acadêmicos devem se reportar à pesquisa bibliográfica, documental, levantamento de campo, estudo de campo, estudo de caso. Em hipótese alguma os acadêmicos devem referenciar as pesquisas do tipo experimental.

Tema 4

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Questão 1Resposta: Alterantiva B

Questão 2Resposta: Alternativa A

Questão 3Resposta: Alternativa C

Questão 4Resposta: Alternativa D

Questão 5Resposta: A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído princi-palmente de livros e artigos científicos. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente (GIL, 2011, p. 50).

Questão 6Resposta: a) (V); b) (F); c) (V); d) (V); e) (F)

Questão 7Resposta: Alternativa D

Questão 8Resposta: Os diferentes propósitos desse tipo de delineamento são: a) explorar situações de vida real cujos limites não estão claramente definidos; b) descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação e, c) explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situa-ções muito complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e experimentos (GIL, 2011, p. 58).

Questão 9Resposta: Primeiramente, os levantamentos procuram ser representativos de um universo definido e fornecer resultados caracterizados pela precisão estatística. Já os estudos de campo procuram muito mais o aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da popu-

Questões

85

lação segundo determinadas variáveis. Como consequência, o planejamento do estudo de campo apresenta muito maior flexibilidade, podendo decorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo do processo de pesquisa. Outra distinção é a de que, no estudo de campo, estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação de seus componentes. Assim, o estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação (GIL, 2011, p. 57).

Questão 10Resposta: Vantagens: conhecimento direto da realidade; economia e rapidez; quantificação. Desvan-tagens: ênfase nos aspectos perspectivos; pouca profundidade no estudo da estrutura e dos proces-sos sociais; limitada apreensão do processo de mudança.

AMOSTRAGEM DA PESQUISA

Ponto de PartidaResposta: Os alunos poderão referenciar as pesquisas de intenção de voto; de nível de popularidade de políticos; pesquisas do IBGE sobre os aspectos da população; Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios; pesquisas de mercado sobre a qualidade de um produto ou satisfação do consumir, entre outras.

Questão 1Resposta: Alternativa D

Questão 2Resposta: Alternativa A

Questão 3Resposta:Alternativa C

Questão 4Resposta: Alternativa E

Tema 5

Questões

86

Questão 5Resposta: São eles: a) O universo ou população: é um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características. b) Amostra: subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população (GIL, 2011, p. 90).

Questão 6Resposta: Alternativa C

Questão 7Resposta: Alternativa E

Questão 8Resposta: É o caso, por exemplo, de pesquisas cuja a população seja constituída por todos os ha-bitantes de uma cidade. Em casos desse tipo é possível proceder à seleção da amostra a partir de ‘conglomerados’. Conglomerados típicos são quarteirões, famílias, organizações, edifícios, fazendas (GIL, 2011, p. 93).

Questão 9Resposta: Alternativa A

Questão 10Resposta: Nas pesquisas por amostragem há o erro máximo permitido. Os resultados obtidos numa pesquisa a partir de amostras não são rigorosamente exatos em relação ao universo do qual foram extraídas. Esses resultados apresentam sempre um erro de medição, que diminui na proporção em que aumenta o tamanho da amostra. O erro de medição é expresso em termos percentuais e nas pes-quisas sociais trabalha-se usualmente com uma estimativa de erro entre 3 e 5% (GIL, 2011, p. 96).

COLETA DE DADOS

Ponto de PartidaResposta: Essa atividade não possui gabarito, tendo em vista que o acadêmico terá liberdade para identificar as questões. O que deve ser observado para correção é se os mesmos utilizaram os mo-delos expressos no Livro-Texto e seguiram as orientações definidas pelo autor do Livro-Texto para a construção das questões. Para orientar os acadêmicos, o professor presencial poderá se reportar ao

Tema 6

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Capítulo 12 que trata especificamente do questionário.

Questão 1Resposta: Alternativa D

Questão 2Resposta: Alternativa E

Questão 3Resposta: Alternativa B

Questão 4Resposta: Alternativa A

Questão 5Resposta: Se comparada ao questionário, apresenta as seguintes vantagens: a) não exige que a pessoa entrevistada saiba ler e escrever; b) possibilita a obtenção de maior número de respostas, posto que é mais fácil deixar de responder a um questionário do que negar-se a ser entrevistado; c) oferece flexibilidade muito maior, posto que o entrevistador pode esclarecer o significado das pergun-tas e adaptar-se mais facilmente às pessoas e às circunstâncias em que se desenvolve a entrevista; d) possibilita captar a expressão corporal do entrevistado, bem como a tonalidade de voz e ênfase nas respostas (GIL, 2011, p. 110).

Questão 6Resposta: Alternativa E

Questão 7Resposta: O modo mais confiável de reproduzir com precisão as respostas é registrá-las durante a entrevista, mediante anotações ou com o uso do gravador. A anotação posterior à entrevista apresenta dois inconvenientes: os limites da memória humanos que não possibilitam a retenção da totalidade da informação e a distorção decorrente dos elementos subjetivos que se projetam na reprodução da entrevista (GIL, 2011, p. 119).

Questão 8Resposta: A construção de um questionário precisa ser reconhecida como um procedimento técnico cuja elaboração requer uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia para verifica-

Questões

88

ção dos objetivos; determinação da forma e do conteúdo das questões; quantidade e ordenação das questões; construção das alternativas; apresentação do questionário e pré-teste do questionário (GIL, 2011, p. 121).

Questão 9Resposta: Alternativa B

Questão 10Resposta: Alternativa D

UTILIZAÇÃO DE DOCUMENTOS Ponto de PartidaResposta: Os acadêmicos deverão ressaltar que o diário de campo é uma fonte de documentação e pode ser classificado como “documentos pessoais”. Sendo o diário um registro das atividades reali-zadas durante o estágio, ou mesmo durante o exercício profissional, pode ser também utilizado como fonte de informações para a efetivação de pesquisas científicas, desde que apresente uma gama expressiva de informações sobre os atendimentos realizados.

Questão 1Resposta: Alternativa E

Questão 2Resposta: Alternativa C

Questão 3Resposta: Alternativa B

Questão 4Resposta: Considerando, por exemplo, as notícias do jornal, é preciso perceber que os profissionais de imprensa trabalham sob fortes pressões. O repórter vê-se obrigado a preparar sua matéria em curto espaço de tempo pra que a notícia não fique “velha”. Mais que isso, precisa selecionar uma pe-

Tema 7

Questões

89

quena parte de um acontecimento, muitas vezes não a mais importante, mas a mais sensacionalista. As reportagens são ainda cortadas pelos redatores e editores, que procuram ajustá-la ao espaço e à orientação política do jornal (GIL, 2011, p. 152). Em outras palavras, não possuem o rigor teórico necessário e por isso, precisam de um olhar mais atento do pesquisador.

Questão 5Resposta: Pode-se defini-la como “uma técnica que, através de uma descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto das comunicações, tem por finalidade a interpretação destas mes-mas comunicações” (BERELSON, 1952, p. 13 apud GIL, 2011, p. 152). Questão 6Resposta: Alternativa C

Questão 7Resposta: Alternativa B

Questão 8Resposta: Exige que o pesquisador disponha de um plano de pesquisa bem elaborado, que indique com clareza a natureza dos dados a serem obtidos. E também, que saiba identificar as fontes adequa-das para a obtenção de dados significativos para os propósitos da pesquisa (GIL, 2011, p. 148).

Questão 9Resposta: Todas as sociedades estão continuamente mudando. Mudam as estruturas e as formas de relacionamento social, bem como a própria cultura da sociedade. Para captar os processos de mudan-ça, não basta, portanto, observar as pessoas, ou interrogá-las acerca de seu comportamento. Nesse sentido é que as fontes documentais tornam-se importantes para detectar mudanças na população, na estrutura social, nas atitudes e valores sociais.

Questão 10Resposta: De acordo com o autor, “Alega-se que geralmente não são passíveis de tratamento estatís-tico, que estão sujeitos a erros de memória, que frequentemente seu conteúdo se vincula a disposi-ções passageiras que nem sempre são disponíveis” (GIL, 2011, p. 15).

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AVALIAÇÃO Ponto de PartidaOs alunos deverão apresentar alguns elementos importantes para essa reflexão, quais sejam: a análi-se qualitativa pode detalhar aspectos subjetivos que se refletem nos dados quantitativos; esse tipo de análise é mais adequado para as pesquisas sociais e para o serviço social.

Questão 1Resposta: Alternativa C

Questão 2Resposta: Alternativa E

Questão 3Resposta: Alternativa D

Questão 4Resposta: Alternativa B

Questão 5Resposta: Esse universo é o dos fundamentos teóricos da pesquisa e dos conhecimentos já acumu-lados em torno das questões abordadas. Daí a importância da revisão da literatura, ainda na etapa do planejamento da pesquisa. Essa bagagem de informações, que contribui para o pesquisador formular e delimitar o problema e construir as hipóteses, é que o auxilia na etapa de análise e interpretação, para conferir o significado dos dados (GIL, 2011, p. 178)

Questão 6Resposta: Alternativa E

Questão 7Resposta:Alternativa C

Tema 8

Questões

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Questão 8Resposta: É necessário que este seja inserido num contexto mais amplo, que aponte as razões que determinaram sua investigação. Isso exige a apresentação de material suficiente para indicar a situ-ação do conhecimento disponível sobre o problema quando da investigação. Exige também que se considere a relevância teórica e prática do problema, bem como a designação das hipóteses de traba-lho ou dos objetivos específicos da pesquisa (GIL, 2011, p. 182).

Questão 9Resposta: Alternativa D

Questão 10Resposta: Para facilitar a leitura e análise, sugere-se que o relatório seja subdividido em partes que envolvam os tópicos: a) o problema; b) a metodologia; c) os resultados ; d) as conclusões e sugestões (GIL, 2011, p. 182).

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Supervisão Editorial:Barbara Monteiro Gomes de Campos Juliana Cristina e Silva Diagramação:Glauco Berti de Oliveira

Revisão Textual:Luana Mercurio

Editoração Eletrônica:Celso Luiz Braga de Souza FilhoGlauco Berti de OliveiraMaurício Rodrigues de Moraes

Capa:Fourmi Comunicação e Arte

FICHA TÉCNICA

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