caderno de atividades
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Caderno de produção textual edigir um texto parece, para muitos, um procedimento difícil... Concepção esta que, caso não seja aprimorada, acaba se tornando um estigma e, consequentemente, um entrave para o emissor no decorrer de sua trajetória cotidiana. O fato é que o ato da escrita requer do emissor determinadas habilidades que envolvem conhecimentos de forma específica.TRANSCRIPT
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PIBID 2015/FSV-UNIBR: iniciao docncia com qualidade e
(re)significao das prticas pedaggica
WILLIAM VIEIRA DOS SANTOS
Caderno de Atividades
LNGUA PORTUGUESA: PRODUO TEXTUAL
Ensino Mdio
2015
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AULA 1
CONHECIMENTO ENCICLOPDICO E DE MUNDO
Refere-se a conhecimentos gerais sobre o mundo; bem como a
conhecimentos alusivos a vivncias pessoais e eventos, permitindo a produo
de sentidos. A compreenso do texto ocorre de modo satisfatrio, quando o
leitor ativa esses conhecimentos na sua interao com o texto e o autor.
Recorremos a conhecimentos que se encontram armazenados em
nossa memria, como se tivssemos uma enciclopdia em nossa mente,
constituda de forma personalizada, com base em conhecimentos de que
ouvimos falar ou lemos, ou adquirimos em vivncias e experincias...
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, da que a posterior
leitura desta no possa prescindir da continuidade da leitura daquele.
Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreenso do texto a
ser alcanada por sua leitura crtica implica a percepo das relaes entre o
texto e o contexto. (Paulo Freire, A Importncia do Ato de Ler)
Anlise textual:
Rosa de Hiroshima
Vinicius de Moraes
Pensem nas crianas
Mudas telepticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas clidas
Mas, oh, no se esqueam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditria
A rosa radioativa
Estpida e invlida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atmica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
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AULA 2
PRINCPIOS DE CONSTRUO TEXTUAL DE SENTIDO: OS FATORES
PRAGMTICOS
Situacionalidade: responsvel pela adequao do texto ao contexto
sociocomunicativo.
Informatividade: a informatividade corresponde suficincia de dados no texto,
como tambm pelo grau de previsibilidade nas ocorrncias no plano conceitual informal.
Intencionalidade: a intencionalidade revela o esforo feito pelo produtor para
estabelecer um discurso coerente e coeso, a fim de cumprir o seu objetivo comunicativo
em funo do receptor.
Aceitabilidade: a aceitabilidade inerente ao receptor, que analisa e avalia o grau de
coerncia, coeso, utilidade e relevncia do texto ser capaz de lev-lo a alargar os seus
conhecimentos ou de aceitar a inteno do produto.
Intertextualide: refere-se criao de um texto a partir de outro texto j
existente. uma relao que se estabelece entre dois textos.
1. Analise os fatores pragmticos: Comercial folha de So Paulo 1988.
Ganhador do prmio Leo de Ouro no Festival de Cannes.
A propaganda descrita abaixo, comea com um pequeno ponto preto que
aparece na tela da TV; os segundos vo passando, e centenas de outros
pontos formam um retrato em branco e preto. A medida que esses pontos vo
aparecendo, so acompanhados de uma voz que fala das proezas de um
determinado homem. No fim da propagando, a imagem formada e o homem
que aparece Adolf Hitler, o ditador nazista alem.
PROPAGANDA:
Este homem pegou uma nao destruda, recuperou
sua economia e devolveu o orgulho a seu povo.
Em seus quatro primeiros anos de governo, o nmero
de desempregados caiu de 6 milhes para 900 mil pessoas.
Este homem fez o produto interno bruto crescer 102%
e a renda per capita dobrar. Aumentou os lucros das
empresas de 175 milhes para 5 bilhes de marcos. E reduziu uma hiper-inflao a no mximo 25% ao
ano. Este homem adorava msica e pintura, e quando jovem
imaginava seguir a carreira artstica.
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possvel contar um monte de mentiras dizendo s a
verdade. Por isso preciso tomar muito cuidado com a
informao do jornal que voc recebe. Folha de So Paulo, o
jornal que mais se compra e o que nunca se vende.
RESPOSTA
Situacionalidade: o texto se enquadra em um contexto scio-histrico,
que visa persuadir o leitor que o Jornal Folha de So Paulo honesto em suas
notcias, j que, conforme o comercial, preciso tomar muito cuidado com a
informao do jornal que voc recebe.
Informatividade: o texto informa fatos particulares e histricos da vida Hitler,
sendo imprescindvel conhec-los para compreender o contedo informativo.
.
Intencionalidade: o texto revela sua inteno apenas no final, quando
aparece a imagem de Hitler. Dessa forma, o jornal termina passando a ideia de
que possvel contar um monte de mentiras dizendo s a verdade, alm
disso, nos revela implicitamente que o jornal Folha de So Paulo nunca se
vende.
Dentro de todo enunciado, a intencionalidade de persuadir o receptor
colocando de forma implcita que o jornal Folha de So Paulo nunca se vende
para as mentiras do sistema, por isso, honesto e confivel.
Aceitabilidade: o texto tem um alto grau de aceitabilidade, pois o exemplo de Hitler
revela como fcil enganar o povo. Em sntese, a propaganda oferece ao leitor que aceite
a argumentao como forma de alerta-lo as mentiras do sistema, e concomitantemente,
expressa que o jornal Folha de So Paulo um noticirio digno confiana.
Intertextualide: o texto faz um paralelo com a vida de Adolf Hitler, pois o
anunciado fala de suas proezas e historia, contando apenas uma parte dos
fatos de sua vida. Assim, o comercial, ao omitir o outro lado da historia de
Hitler, faz uma intertextualidade com o contexto de suas aes na Segunda
Guerra Mundial, pois o leitor s compreender a propagando, se conhecer o
outro lado da historia de Hitler, isto , o contexto scio-histrico da segunda
guerra mundial.
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AULA 3
SUPERESTRUTURA TEXTUAL
De acordo com o modelo textual proposto por van Dijk, existem
estruturas bsicas que compem um texto: a superestrutura, macroestrutura e
microestrutura. Nessa aula, abordaremos os contedos concernentes
superestrutura textual.
Superestruturas: so esquemas constitudos por categorias formais
que organizam o contedo do texto. Cada tipo de discurso possui uma
superestrutura especfica que o diferencia de outros. Nessa aula, abordaremos
a superestrutura argumentativa, ou seja, o texto dissertativo argumentativo.
Texto dissertativo:
Dissertar o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer
sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos,
juntamente com o texto de apresentao cientfica, o relatrio, o texto didtico
e o artigo enciclopdico. Em princpio, o texto dissertativo no est preocupado
com a persuaso e sim, com a transmisso de conhecimento, sendo, portanto,
um texto informativo.
a exposio de ideias, teorias, conceitos sem necessariamente tentar
convencer o leitor.
Texto dissertativo argumentativo:
Tm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do
autor a respeito do assunto. Quando o texto, alm de explicar, tambm
persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto
dissertativo-argumentativo.
Nessa modalidade, a inteno persuadir o leitor, convenc-lo de sua tese
(ideia central) a partir de boa argumentao, exemplos, fatos.
O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional,
formada por trs partes essenciais:
Introduo: reservada apresentao do assunto (ideia
central, que comumente chamamos de tese);
Desenvolvimento: consiste na defesa da tese, feita por meio de
exemplos, justificativas, evidncias, enfim, argumentos que comprovem a
validade das ideias apresentadas na introduo;
Concluso: confirma-se a tese ou ainda se faz uma sntese da
ideia discutida no texto.
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AULA 4
LEITURA E ANLISE TEXTUAL
Objetivo: identificar as especificidades do texto dissertativo argumentativo.
Texto:
No nascemos sabendo
Mario Sergio Cortella
Ns, humanos e humanas, somos portadores de um defeito natural
que acaba por se tornar nossa maior vantagem: no nascemos sabendo! Por
isso, do nascimento ao final da existncia individual, aprendemos e ensinamos
sem parar; o que caracteriza um ser humano a capacidade de inventar, criar,
inovar e isso resultado do fato de no nascermos j prontos e acabados.
Aprender sempre o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de
situaes que, por serem inditas, no saberamos enfrentar.
Aqueles entre ns que imaginarem que nada mais precisam aprender
ou, pior ainda, no tm mais idade para aprender, esto-se enclausurando
dentro de um limite que desumaniza e, ao mesmo tempo, torna frgil a principal
habilidade humana: a audcia de escapar daquilo que parece no ter sada.
A educao vigorosa quando d sentido grupal s aes individuais,
isto , quando se coloca a servio das finalidades e intenes de um grupo ou
uma sociedade; uma educao que sirva apenas ao mbito individual perde
impulso na estruturao da vida coletiva, pois, afinal de contas, ser humano
ser junto, e aquilo que aprendemos e ensinamos tem de ter como meta
principal tornar a comunidade na qual vivemos mais apta e fortalecida.
Portanto, quem no estiver aberto a mudanas e comprometido com
questes de novos aprendizados estar fadado ao insucesso profissional e
pessoal. Vale sempre lembrar a frase do fictcio detetive chins Charlie Chan:
Mente humana como pra-quedas; funciona melhor aberta.
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AULA 5
PROPOSTA DE REDAO
Leia os textos abaixo e posicione-se a favor ou contra a reduo da
maioridade penal. Aps a leitura, escreva um dissertativo argumentativo
abordando os contedos apresentados em aula.
Texto 1
Sou contra a reduo da maioridade penal porque o sistema carcerrio
brasileiro e suas penintecirias so sofisticadas e cruis escolas de crimes. A
possibilidade de um adolescente penalizado nos termos de criminosos adultos
voltar ao crime 35% maior, de acordo com a revista The Economist em sua
ltima edio. No Brasil, entre os criminosos adultos a reincidncia no crime
chega a 70%. No sistema destinado aos adolescentes gira em torno de 20%.
No Estado de So Paulo est prxima de 13%, informa o Deputado Carlos
Bezerra Jr. em entrevista ao blog de Roldo Arruda. A aprovao da PEC
171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos vai criar um curso
profissionalizante de reincidncia criminal, diz o Deputado.
Sou contra a reduo da maioridade penal porque sou a favor de um
monumental esforo sistmico de resgate de milhares de jovens e
adolescentes brasileiros, principalmente das futuras geraes, cujos horizontes
de possibilidades e oportunidades se limitam sobrevivncia indigna.
abominvel a crena de que bandido bom bandido morto, ou preso. A
opo da reeducao e ressocializao dos jovens e adolescentes me parece
mais adequada do que a penalizao. Pagar o mal com o mal justiamento.
Oferecer a possibilidade de voltar ao caminho da vida prtica da justia
Texto 2
Sou a favor da reduo da maioridade penal no Brasil sim, pois sei que a
atual situao que passa nossa sociedade, torna-se necessria uma atitude por
parte do poder legislativo o mais rpido possvel. Chega! Basta! Cidados de
bem esto testemunhando a vida de suas famlias, serem ceifadas de forma
cruel, por verdadeiros gigantes no porte fsico, mas que se consideram livres
de qualquer punio por se considerarem de menor idade, onde atitudes
violentas so praticadas em sua grande maioria com o intuito de conseguir
dinheiro, ou objetos de terceiros para trocar por drogas. J que para essas
pessoas sentimento afetivo nenhum tem importncia, seja ele qual for, o
sentimento de irracionalidade torna-se o principal na busca pela droga, que ira
satisfazer a sua vontade doentia, passando por cima de qualquer um at
mesmo dos prprios pais, cometendo as mais terrveis atrocidades contra os
mesmos, apenas para satisfazer o seu vcio doentio.
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AULA 6
PLANO DE TEXTO: CONTRIBUIES PARA O PROCESSO DE
PLANEJAMENTO DA PRODUO ESCRITA
Plano de texto pode ser entende como um princpio de organizao que
permite concretizar as intenes de produo e distribuio da informao no
desenvolvimento da produo textual.
Etapas
1. Definio da tese que deseja defender (tema da redao).
2. Registro da tese sob a forma de assero. Ou seja, afirmao, definio do
tema da redao. Por exemplo:
Tema da redao: Publicidade infantil no Brasil
Assertivas1: Publicidade infantil a propaganda para esse pblico, ou
seja, crianas.
Assertivas 2: A publicidade uma atividade profissional dedicada
difuso pblica produtos. A publicidade infantil a propaganda
destinada e pessoas com faixa de idade abaixo de 11 anos.
Assertivas 3: Publicidade difuso de um texto que, feita por um
veculo de comunicao, como: jornal, revista, televiso ou rdio, busca
influenciar algum a comprar um produto; propaganda. Desse modo,
publicidade infantil a propaganda destinada a crianas, com faixa
baixo de 11 anos.
3. Escrever citaes que voc conhece sobre o assunto.
4. Busca de exemplos para reforar a argumentao.
5. Organizao das informaes, reagrupando-as por categorias.
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