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Formadores Locais CADERNO DE APOIO

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FormadoresLocais

C A D E R N O D E A P O I O

P R O J E T O R E D E D E A N C O R A G E M | T R I L H A S

O Programa Crer para Ver, criado em 1995, é uma das iniciativas que traduzem o compromisso da Natura com a construção de uma sociedade mais justa e tem como objetivo contribuir para a

melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras. O Programa conta com o apoio das Consultoras Natura que vendem de forma voluntária produtos da linha Natura Crer para Ver, e com todo o recurso arrecadado viabiliza o apoio a projetos para a educação básica, cuidando para seu respectivo desenvolvimento.

A partir de 2010, o Programa Crer para Ver passou a ser gerenciado pelo Instituto Natura, organização sem fins lucrativos e com sede independente, que nasceu com a missão de expandir e fortalecer as iniciativas sociais da Natura como o Crer para Ver, sendo mais um agente dessa história, que começa na intenção de cada pessoa e cresce com a evolução de toda a sociedade.Com o patrocínio do Programa Crer para Ver, o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que consiste em um conjunto de materiais que visa orientar e instrumentalizar os professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de leitura e escrita.

O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes do MEC, e a partir de 2012 irá distribuir o conjunto de materiais para 2008 municípios brasileiros. Para que os professores possam utilizá-lo da melhor forma, foi organizada uma Rede de Ancoragem. A Rede de Ancoragem TRILHAS é iniciativa do Ministério da Educação e do Instituto Natura, com coordenação técnica da Comunidade Educativa CEDAC. Sua principal ação é desencadear encontros com a intenção de disseminar a concepção adotada pelo projeto TRILHAS, organizados em encontros nacionais, estaduais, municipais e locais.

Para apoiar e orientar o trabalho de todos os envolvidos na Rede, foram desenvolvidos cadernos de apoio aos diferentes participantes desse grande Projeto. Com mais essa iniciativa, o Ministério da Educação, o Instituto Natura e a Comunidade Educativa CEDAC esperam que as ações da Rede de Ancoragem TRILHAS possam contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem das crianças.

I N I C I A T I V AR E A L I Z A Ç Ã O

Capa FORMADORES LOCAIS (Vale essa) 21 DEZ 11.indd 1 07/02/2012 11:09:44

Caro(a) Formador(a) Local,

Bem-vindo(a) ao Encontro Estadual da Rede de Ancoragem TRILHAS!

O Caderno que está em suas mãos foi elaborado com o intuito de apoiar algumas das discussões que serão realizadas durante este encontro sobre os seguintes pontos: a apresentação do conjunto de material e da Rede de Ancoragem do projeto TRILHAS e contribuições para o planejamento dos Encontros Locais que você irá coordenar em seu município ou regional juntamente com os diretores e/ou coordenadores pedagógicos da sua rede de ensino.

Desejamos que estes sejam dias de muito trabalho e troca de experiências!

O Ministério da Educação (MEC), o Instituto Natura e a Comunidade Educativa CEDAC espe-ram que o projeto TRILHAS possa contribuir para a melhora do ensino e da aprendizagem das crianças. A colaboração de todos os envolvidos no projeto é imprescindível para o sucesso do direito de aprender.

Bom trabalho!

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PARTE I – APRESENTAÇÃO DA REDE DE ANCORAGEM DO PROJETO TRILHAS

projeto TRILHAS foi elaborado a partir de uma iniciativa conjunta entre o Instituto Natura, o Ministério da Educação (MEC) e a Comunidade Educativa CEDAC. A impressão e a

distribuição do material e do acervo de livros (que faz parte do PNBE) foram viabilizadas pelo governo federal por meio do incentivo às políticas educacionais e aos recursos tecnológicos, com a intenção de ofertar material de qualidade que possa contribuir para o estabelecimento de um contexto educacional propício ao processo de aprendizagem das crianças em sala de aula.

O conjunto completo de material do TRILHAS que as escolas e as Secretarias de Educação receberam está em conformidade com as orientações e as diretrizes propostas pelo MEC, tanto no que tange a sua base teórica como no que diz respeito à concepção de formação continuada. Além disso, o projeto TRILHAS está alinhado com o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007, art. 2.°, inciso II), que estabelece a alfabetiza-ção de todas as crianças até, no máximo, 8 anos de idade.

A Rede Nacional de Ancoragem

Para auxiliar na implementação do TRILHAS e incentivar o seu uso nas escolas brasileiras con-templadas pelo projeto, foi organizada a Rede Nacional de Ancoragem1.

Esta Rede é constituída por membros do CONSED2 e da UNDIME3 (articuladores estaduais), docentes das universidades brasileiras federais e/ou estaduais (formadores estaduais), represen-

O

1A Rede Nacional de Ancoragem aqui proposta tem como referência a bem-sucedida experiência do Programa Olimpíadas da Língua Portuguesa, Escrevendo o Futuro, que tem o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (CENPEC) como instituição responsável por sua coordenação técnica.

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tantes técnicos das Secretarias de Educação cujas redes de ensino foram contempladas pelo projeto TRILHAS (formadores locais) e diretores e/ou coordenadores pedagógicos das escolas (formadores escolares) que se responsabilizam por estabelecer e coordenar espaços de forma-ção com seus professores para o melhor uso do material.

Integrada à estrutura de trabalho da Rede de Ancoragem, a Comunidade Educativa CEDAC, como responsável técnica, promove Encontros Nacionais com os formadores e os articuladores estaduais. Nesses fóruns, são planejadas ações para serem desenvolvidas com os formadores locais nos Encontros Estaduais. Após a realização desses encontros, os formadores locais se reúnem com os formadores escolares e esses, por sua vez, com os professores. Como demons-tra a figura abaixo, temos uma rede de formação em cascata, cujo principal objetivo é fortalecer o uso do TRILHAS nas escolas:

Para que o projeto TRILHAS possa ter resultado no aperfeiçoamento das práticas em sala de aula e na formação de leitores nas escolas é necessário que cada um faça sua parte, mas você, como formador local, ocupa um papel especial nesse processo, em virtude de conhecer a realidade das escolas, o funcionamento do sistema de ensino e ser o responsável direto pela formação dos dire-tores e coordenadores pedagógicos de sua rede.

O Portal Eletrônico

Para apoiar tanto o funcionamento da Rede de Ancoragem quanto a utilização do conjunto de material do TRILHAS nas escolas, será disponibilizado um Portal Eletrônico, ou seja, uma página de acesso na internet criada pelo Instituto Natura para favorecer a comunicação a distância de todos os participantes da Rede de Ancoragem.

Com uma estrutura semelhante à das redes sociais, como o facebook ou o orkut, por exemplo, nele ocorrerão fóruns de discussões, troca de experiências e devolutivas sobre o uso do material, serão enviadas orientações objetivas sobre o projeto e se possibilitará a troca de informações entre os participantes. 2CONSED – Conselho Nacional de Secretários de Educação.3UNDIME – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

ENCONTRONACIONAL

ENCONTROESTADUAL

ENCONTROLOCAL

ENCONTROESCOLAR

Anual

Anual

Bimestralou mensal

Mensal ouquinzenal

CE CEDACCONSED/UNDIME(Articuladores estaduais)Docentes universitários(Formadores estaduais)

Docentes universitários(Formadores estaduais)Representantes daSecretaria de Educação(Formadores locais)

Representantes daSecretaria de Educação(Formadores locais)Diretores/Coordenadores(Formadores escolares)

Diretores/Coordenadores(Formadores escolares)Professores

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PARTE II – SUBSÍDIOS PARA PLANEJAMENTO DOS ENCONTROS LOCAIS

ENGRENAGEM DE FUNCIONAMENTO DA REDE DE ANCORAGEM

ara fomentar o funcionamento da engrenagem da Rede de Ancoragem, é fundamental que as Secretarias de Educação acompanhem a implementação do conjunto de material do TRILHAS

e auxiliem a Coordenação das escolas na formação de seus professores, levando sempre em consi-deração as especificidades de cada região, rede e escola.

Por isso, os Encontros Estaduais são momentos ímpares de discussão a respeito do apoio que será dado às escolas da rede da qual você é corresponsável. Nesses momentos, você se encontrará com seus pares, outros formadores locais, para discutir, trocar ideias e planejar as ações que serão dis-paradas pelos diretores e/ou coordenadores pedagógicos nas escolas, juntamente com os profes-sores. Como se vê, trata-se de uma complexa engrenagem que é alimentada pela ação de cada um que nela esteja envolvido, como indicado na figura abaixo:

Para que o projeto se efetive, as Secretarias, ao receberem o conjunto de material do TRILHAS, precisam organizar o tempo a fim de assegurar os momentos de formação continuada na rede. São nesses encontros de formação que o material e as concepções subjacentes a eles serão apresenta-dos e aprofundados. Em função disso, foram selecionados conteúdos considerados fundamentais de serem tratados neste período de implementação do projeto pelas diferentes instâncias, como aponta o quadro a seguir:

P

Comunidade Educativa CEDAC

FORMADOR ESTADUAL:planejamento do traba-lho com os formadores locais

FORMADOR ESCOLAR:planejamento do traba-lho com os professores (nos Encontros Locais)

FORMADOR LOCAL:planejamento do traba-lho com os formadores escolares (nos Encontros Estaduais)

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Quadro I – Conteúdos selecionados para o período de implementação do projeto.

Para apoiá-lo no planejamento do Encontro Local a partir desses conteúdos, indicamos algumas estratégias que podem potencializar o debate sobre a implementação do projeto.

Vale destacar que as discussões apresentadas aqui não esgotam as possibilidades e as estraté-gias a serem planejadas por você e seus pares; constituindo-se apenas como diretrizes a serem enriquecidas, em virtude de sua própria experiência ou das características do grupo que você irá coordenar.

Conteúdo Instância Foco/AbordagemApresentação do TRILHAS Encontro

LocalApresentação do conjunto de material do TRILHAS, possíveis formas de disponibilizá-lo e de potenciali-zar seu uso nas escolas.

Encontro Escolar

Apresentação do conjunto de material do TRILHAS aos professores e estabelecimento de combinados para uso coletivo.

Tempo escolar Encontro Local

Organização do tempo escolar de modo a assegurar estudo e planejamento coletivo dos professores.

Encontro Escolar

Organização da rotina em sala de aula de modo a assegurar a leitura como atividade diária.

Garantia de acesso à cultura escrita

Encontro Local

A capacidade de ler (entender, interpretar e pensar a partir do que se lê) como chave para que uma criança se desenvolva intelectualmente.Professor como modelo leitor.

Encontro Escolar

A capacidade de ler (entender, interpretar e pensar a partir do que se lê) como chave para que uma criança se desenvolva intelectualmente.Professor como modelo leitor.Planejamento de atividades habituais de leitura.

• Conteúdo: Apresentação do TRILHAS

Foco: Apresentação do conjunto de material do TRILHAS, possíveis formas de disponibilizá-lo e de potencializar seu uso nas escolas.

Para que o material do TRILHAS seja efetivamente utilizado pelos professores com as crianças, cabe aos diretores e aos coordenadores pedagógicos apresentá-lo a sua equipe. Nada melhor para isso do que a análise cuidadosa do próprio conjunto de material.

No Caderno de apresentação, você encontrará os objetivos centrais do projeto TRILHAS e uma apresentação geral a respeito do material, suas intenções, princípios e concepções. Você também poderá obter mais informações sobre o projeto lendo o item “Como funciona o projeto” que está na página 11 do Caderno da secretaria. Nele, encontram-se orientações detalhadas sobre a função das secretarias na formação dos diretores e coordenadores das escolas, assim como no suporte a ser oferecido ao trabalho desses profissionais.

Já no Caderno do diretor se encontram sugestões de como apresentar o conjunto de material do TRILHAS e as formas de gerir com a equipe de professores a implementação do mesmo. Esse Caderno foi elaborado especialmente para a discussão e o planejamento de ações acerca desse conteúdo. Por meio da leitura e da discussão do item “O uso do material coletivo”, que está na página 9, você poderá auxiliar os formadores escolares a planejar formas de organização do material nas escolas.

O item “A gestão do material entre a equipe de professores” (página 11 do Caderno do diretor) também merece atenção, uma vez que traz considerações a respeito da lógica do material e sugestões de como todos da equipe pedagógica podem proceder a fim de potencializar o uso do TRILHAS nas escolas.

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Um dos aspectos a ser ressaltado nessa discussão é a importância da criação de ambiente pra-zeroso para a leitura, a fim de esclarecer que os modos pelos quais os professores organizam os ambientes escolares indicam as intenções educativas das instituições.

Para a apresentação do TRILHAS e de suas possíveis formas de organização, você poderá também:

– Exibir o programa Apresentação do Trilhas (que consta no DVD Trilhas de boas práticas, recebido neste encontro) e posteriormente pedir aos formadores escolares que manuseiem o material a fim de que possam conhecê-lo melhor.

– Disponibilizar o material do TRILHAS em uma mesa e pedir para que os formadores esco-lares, primeiramente, o manuseiem e, posteriormente, criem estratégias de organização desse material nas escolas, considerando o local onde o TRILHAS poderá ser guardado e a pessoa que ficará responsável pelo seu uso e sua organização.

– Promover uma análise dirigida do material por meio da apresentação de slides4 com ilus-trações e informações sobre o mesmo. Os participantes podem ter o material em mãos nesse momento.

• Conteúdo: Tempo escolar

Foco: Organização do tempo escolar de modo a assegurar estudo e planejamento coletivo dos professores.

Uma vez apresentado o material do TRILHAS aos diretores e coordenadores pedagógicos, é o momento de ajudá-los a planejar e a realizar ações que possibilitem aos professores se apro-priar dele. A regularidade e a intencionalidade das ações formativas são fundamentais para que isso aconteça. Em função disso, sugerimos que os Encontros Escolares ocorram quinzenal ou mensalmente.

O que chamamos de Encontros Escolares são reuniões coordenadas pelo diretor e/ou coorde-nador pedagógico que acontecem em suas escolas nos horários de trabalho pedagógico coletivo (HTPC). Sabe-se que em algumas escolas esse momento não está garantido e, nesses casos, a maior contribuição que o diretor ou coordenador pedagógico pode receber é justamente a sua organização. Mais informações sobre esse assunto podem ser encontradas nas páginas 11 a 13 do Caderno do diretor. No item “Espaços de estudos e reflexões da equipe pedagógica”, há exemplos de formas de organização da equipe que visam ao entrosamento e ao fortalecimento da mesma.

Além de auxiliar os formadores escolares a encontrar formas de atendimento e agrupamento dos professores – por exemplo, definir se a reunião acontecerá dentro ou fora do horário de aula, com quem os alunos estarão nesse momento e o que estarão fazendo, se a reunião será com um grupo de professores ou individual etc. –, o formador local poderá auxiliá-lo também na organização dos Encontros Escolares, planejando com ele um cronograma de reuniões com pautas previamente definidas.

4 Serão disponibilizados slides de apresentação do material no Portal do TRILHAS.

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Para isso, o quadro “Sugestão de organização” que se encontra na página 14 do Caderno do di-retor pode ser o disparador da discussão: distribuem-se os assuntos que serão tratados em cada Encontro Escolar e, posteriormente, planejam-se detalhadamente as pautas. Segue um exemplo de cronograma a título de ilustração e, anexo a este Caderno, uma sugestão de planejamento de pauta que trata do primeiro conteúdo destacado:

Quadro II – Exemplo de cronograma de Encontros Escolares

s

• Conteúdo: Garantia de acesso à cultura escrita

Foco: A capacidade de ler (entender, interpretar e pensar a partir do que se lê) como chave para que uma criança se desenvolva intelectualmente.

O conjunto de material que está em suas mãos recebeu o nome TRILHAS porque possibilita que o professor construa seu próprio caminho na elaboração do percurso didático no campo da ora-lidade, leitura e escrita: ele permite diferentes formas de aproveitamento, por exemplo, o Caderno

Data Hora Objetivos

9/05/2012 15:00 às 16:00 - Apresentar do conjunto de material do TRILHAS.

- Debater com a equipe re-gras para garantir formas de revezar o uso dos livros nas salas, a fim de compreender a organização dos conteúdos em cada caderno.

23/05/2012 15:00 às 16:00 - Trocar informações sobre o conjunto de material e as primeiras atividades sugeridas e realizadas.

- Fazer ajustes, se necessário, na agenda de entrega dos Cader-nos de orientações, de estudos e dos livros.

06/06/2012 15:00 às 16:00 - Socializar os registros pessoais dos professores acerca das pri-meiras atividades realizadas.

- Discutir resultados com vistas ao planejamento.

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de orientações Histórias com acumulação pode ser usado tanto com o livro A casa sonolenta, quanto com O grande rabanete ou Uma girafa e tanto, dependendo da preferência do grupo de crianças ou das possibilidades da escola. Isso se repete com todos os demais Cadernos de orien-tações, sejam os do Trilhas para ler e escrever textos, sejam os do Trilhas para abrir o apetite po-ético. Além disso, as propostas de atividades com o acervo de livros podem ser realizadas antes, depois ou simultaneamente às propostas do Caderno de jogos.

Entretanto, para ser entendido, o TRILHAS deve ser visto como um conjunto. Isso porque as habilidades e as competências relativas à aprendizagem da leitura, da escrita, e da oralidade nele enfatizadas estão dispostas em diferentes atividades: nos jogos as crianças brincam, fazem uso da língua e aprendem sua estrutura sonora e gráfica; durante a leitura de contos, elas entram em contato com o texto e a forma como ele está escrito; já os textos poéticos oferecem às crianças também a possibilidade de brincar com a linguagem explorando seus sons e ritmos.

Nesse sentido, as atividades presentes neste material, quando trabalhadas na sua totalidade, per-mitem o exercício do uso da língua e o entendimento de sua estrutura, assim como estimulam a reflexão em relação ao processo de aprendizagem (metacognição).

A combinação entre práticas que promovem o uso da língua e práticas que estimulam a reflexão sobre o processo de aprendizagem faz com que o TRILHAS seja um material diferenciado. Isso porque oferece à criança a possibilidade de pensar no seu próprio processo de aprendizagem, favorecendo o gerenciamento de seus processos cognitivos e o desenvolvimento da capacidade de ler, entender, interpretar e pensar a partir do que se lê. Mais informações sobre esse assunto, que merece ser aprofundado com os formadores escolares, se encontram nas páginas 8 a 10 do Caderno de apresentação no item “Desvendando a linguagem”.

Outro conceito central do material do TRILHAS que merece atenção e aprofundamento se refere à compreensão de que o processo de reflexão sobre o sistema e o estímulo à participação em ativi-dades letradas são objetivos complementares e não sucessivos nem alternativos (ver Caderno de apresentação, páginas 6 a 8, item “Mas o que estamos chamando de cultura escrita?”). Discutir esse conceito com os formadores escolares implica auxiliá-los a planejar ações institucionais que con-templem esses dois aspectos.

O programa Trilhas de formação do leitor que consta do DVD Trilhas de boas práticas pode ser o disparador do planejamento de algumas dessas ações. Após sua exibição, pode-se promover o seguinte debate com os formadores escolares: “Como eu diretor/coordenador pedagógico desta escola posso ajudar o Brasil a se tornar um país leitor?”. Ao socializar as respostas, deve-se destacar a importância de se assegurar atividades diárias de leitura nas salas de aula e de se criar uma comu-nidade de leitores com professores, funcionários e familiares etc.

Outro programa que consta do mesmo DVD e que pode suscitar boas discussões antes do planeja-mento efetivo de ações é o Momentos de leitura. Algumas possibilidades de análise desse programa são: condições asseguradas para a realização de atividades, organização dos ambientes de leitura, intervenções do professor antes, durante e depois da leitura, sistema de empréstimo de livros etc.

Orientações gerais para elaboração de pautas dos encontros de formação.

A pauta marca a intencionalidade da ação formativa, uma vez que concretiza a ação preparató-ria do formador. Durante seu processo de elaboração, as decisões tomadas determinam prio-ridades, a forma de tratamento dos conteúdos e as oportunidades de aprendizagem que serão oferecidas. Nesse sentido, a seguir, será apresentado um exemplo de pauta, e serão explicitadas as tomadas de decisões que a fundamentam.

Pauta – Apresentação do TRILHAS

Data: MAIO/2012

Local: Secretaria da Educação (Salão)

N.° de participantes: 45

Objetivos do encontro:

• apresentar o projeto e o conjunto de material do TRILHAS;

• planejar o Encontro Escolar em que o projeto e o material do TRILHAS serão apre-sentados aos professores.

Conteúdos:

• premissas e concepções do projeto TRILHAS;

• estrutura do conjunto de material do TRILHAS;

• planejamento da pauta de apresentação do projeto e do material aos professores.

Material:

• Caderno de apoio aos formadores escolares;

• conjunto de material do TRILHAS (solicitar, com antecedência, que os diretores/coor-denadores levem o que receberam na escola);

• DVD Trilhas de boas práticas;

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• apresentação em Power Point ou transparência da estrutura do conjunto de material do TRILHAS.

• Carta aos professores (elaborada pela equipe de formação da Rede de Ancoragem TRI-LHAS para ser distribuída no Encontro Local aos professores das turmas de 6 anos das redes contempladas).

Síntese do encontro:

Organização do grupo:

• primeiramente em círculo e em seguida em pequenos grupos.

Desenvolvimento do encontro:

1) Apresentação dos participantes

• Propor aos participantes que se sentem em círculo, possibilitando a todos verem e serem vistos. Caso seja um grupo que não se conheça, realizar as apresentações indican-do nome, formação e atuação na Rede.

2) Apresentação do conjunto de material do TRILHAS

• Exibir o programa Apresentação do TRILHAS do DVD Trilhas de boas práticas.

• Distribuir os conjuntos disponíveis em lugares estratégicos, para que as pessoas pos-sam manipulá-los simultaneamente à apresentação.

• Exibir slides com estrutura do material, enfatizando a ideia de conjunto (explicar que informações semelhantes constam no Caderno do diretor e no de apresentação).

• Distribuir o Caderno de apoio aos formadores escolares e explicar como ele está organizado:

Atividade proposta Tempo previsto

Apresentação dos participantes 20 minutosApresentação do projeto e do conjunto de material do TRILHAS

1 hora

Elaboração da pauta do Encontro Escolar

1 hora e 30 minutos

Avaliação 20 minutos

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foi pensado para apoiar o planejamento do Encontro Escolar, a fim de garantir certa unidade nas discussões;

apresenta conteúdos considerados centrais nessa primeira fase do projeto e os con-textualiza em sua abordagem;

traz sugestões de pauta a serem desenvolvidas com o professor.

• Apresentar a Rede de Ancoragem TRILHAS baseando-se na leitura do Caderno de apoio aos formadores escolares.

Observação: Explicar que o DVD e os slides poderão ser reproduzidos e levados para as escolas, caso haja possibilidade de lá serem utilizados.

3) Elaboração da pauta do Encontro Escolar

• Dividir os formadores escolares em pequenos grupos (6 pessoas aproximadamente).

• Propor que leiam no Caderno de apoio ao formador escolar o item “Conteúdo: Apre-sentação do TRILHAS/Foco: Apresentação do conjunto de material do TRILHAS aos professores e estabelecimento de combinados para uso coletivo”.

• Propor ao grupo que elabore a pauta do Encontro Escolar considerando os seguintes aspectos:

quantidade de professores que participarão do encontro;

tempo de duração do encontro (sugere-se pelo menos 1 hora);

os professores receberão uma carta elaborada pela equipe de formação da Rede de Ancoragem TRILHAS que explica o funcionamento desta Rede e indica o uso do portal;

as pautas devem levar em consideração as características da escola e de sua equipe. Isso é que determinará aspectos a serem priorizados;

é importante que os professores conheçam o material. Se o tempo deste encontro não for suficiente, pode-se estender para outro (já que se considera a existência de uma regularidade de reuniões);

as pautas que forem elaboradas poderão ser aprimoradas, adaptadas posterior-mente e postadas no portal para serem compartilhadas (já que a ideia é manter no portal um banco de pautas);

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manter a estrutura de pauta proposta no Caderno de apoio é importante para que se parta dos mesmos parâmetros e, assim, a troca seja favorecida.

• Passar entre os grupos, esclarecendo dúvidas e contribuindo com o planejamento de ações.

4) Socialização das pautas do Encontro Escolar

• Propor que cada grupo compartilhe o que planejou destacando, com maior peso, a estratégia utilizada em função da característica da sua escola.

Observação: calcular o tempo máximo que cada grupo irá ocupar para a apresentação, considerando os comentários que os demais participantes realizarão posteriormente.

Avaliação:

• Retomar coletivamente os objetivos do encontro e verificar se esses foram alcançados, a partir dos comentários dos participantes sobre as contribuições que a reunião proporcio-nou para sua atuação com os professores.

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1. A regularidade e a pontualidade das reuniões, imprimem o ritmo e a seriedade do trabalho, portanto estabeleça datas e horários que garantam a presença de todos e evite desmarcar reuniões, a fim de que o grupo não se desmobilize.

2. Assegurar um local agradável para o desenvolvimento do trabalho revela o cuidado e o respeito que se tem com o outro. Para isso, organize o espaço de modo a torná-lo um ambiente prazeroso de discussão e reflexão. Garanta que haja lugar para todos sentarem, boa iluminação e espaço para dispor as cadeiras de diferentes formas (em círculos, duplas, pequenos grupos).

3. Antecipar o número de participantes permite maior intencionalidade nas ações uma vez que possibilita a preparação prévia do material a ser utilizado e a organização do espaço e do tempo para o desenvolvimento das atividades. Além disso, um grupo se forma pelo vínculo e também a partir da organização sistemática de encaminhamentos e intervenções por parte do formador; por isso, procure incentivar a regularidade dos participantes dos encontros, evitando que as pessoas sejam representadas por outras.

4. Ao priorizar, intencionalmente, certas aprendizagens, é necessário considerar as necessidades do grupo, o momento da formação, as características do conteúdo e o tempo para discussão; por isso, ao se definirem os objetivos, garanta sua clareza e viabilidade, evitando os genéricos que só podem ser alcançados a longo prazo.

5. O conteúdo é o foco da discussão e deve estar contemplado nos objetivos. É essencial que seja coerente com o material selecionado e as estratégias definidas.

Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

DataLocalNúmero de participantesObjetivos do encontroConteúdosMateriaisSíntese do encontroOrganização do grupoDesenvolvimento do encontroAvaliação

1.

2. 3. 4. 5.

6. A seleção e a preparação do material devem atender aos objetivos e às estratégias definidos. Além disso, deve-se considerar a compatibilidade do tempo de reunião e sua utilização. Caso não seja possível, por exemplo, ler um texto na íntegra, selecionar fragmentos e indicar a leitura completa posteriormente é uma alternativa viável.

7. Compartilhar o roteiro de trabalho com o grupo, apresentando o quadro síntese do encontro com a sequência das atividades programadas para a reunião, pode contribuir para que todos se responsabilizem pela realização da pauta.

8. A organização do grupo reflete a intenção da atividade, e suas diversas modalidades (indivi-dual, coletiva, pequenos grupos, duplas) promovem diferentes aprendizagens; por isso, é im-portante variar a formação dos grupos de acordo com o objetivo da atividade. Ao longo de uma mesma reunião, a organização das equipes de trabalho pode mudar algumas vezes.

9. A sequência das atividades e o tempo destinado a cada uma delas devem favorecer o alcan-ce dos objetivos. O tempo para o planejamento coletivo deve ser privilegiado, uma vez que é o momento em que os participantes colocarão em jogo os conhecimentos que possuem sobre as práticas usuais em contraposição às propostas e experiências vividas durante o processo de formação.

10. O alcance do objetivo é o termômetro para saber se o que estava previsto foi atingido; por isso, ao final dos encontros, é importante retomá-lo para que se tenham parâmetros para o pla-nejamento das próximas ações formativas.

6.

7.

8. 9. 10.

Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

DataLocalNúmero de participantesObjetivos do encontroConteúdosMateriaisSíntese do encontroOrganização do grupoDesenvolvimento do encontroAvaliação

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DO INSTITUTO NATURA, COMUNIDADE EDUCATIVA CEDAC E MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.”

Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:Programa Natura Crer para VerMinistério da Educação/Secretaria de Educação Básica

Realização: Instituto NaturaComunidade Educativa Cedac

Ficha Técnica

Instituto NaturaCoordenador geral: Pedro VillaresCoordenadora do projeto: Beatriz FerrazAssistente do projeto: Maria Eugênia FrancoCoordenadora de comunicação: Adriana de QueirozAssistente de comunicação do projeto: Fabiana Shiroma

Comunidade Educativa CedacCoordenadora geral: Tereza Perez Coordenadora do projeto: Patrícia Diaz Gestora do projeto: Elen Portero de Paula

Equipe de Formação em RedeCoordenadora: Gisele GollerSupervisão Pedagógica: Beatriz CardosoFormadoras/redatoras: Carolina Briso e Márcia Ferri

Equipe de Produção EditorialCoordenadora: Maria de Fátima AssumpçãoProdutora: Maria Grembecki

Projeto gráfico: SM&A Design/Samuel Ribeiro Jr.Ilustrações: Vicente MendonçaRevisão: Irene Incaó

P R O J E T O R E D E D E A N C O R A G E M | T R I L H A S

Programa Crer para Ver, criado em 1995, é uma das iniciativas que traduzem o compromisso da Natura com a construção de uma sociedade mais justa e tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras. O Programa conta com o apoio das Consultoras Natura que vendem de forma voluntária produtos da linha Natura Crer para Ver, e com todo o recurso arrecadado viabiliza o apoio a projetos para a educação básica, cuidando para seu respectivo desenvolvimento.

A partir de 2010, o Programa Crer para Ver passou a ser gerenciado pelo Instituto Natura, organização sem fins lucrativos e com sede independente, que nasceu com a missão de expandir e fortalecer as iniciativas sociais da Natura como o Crer para Ver, sendo mais um agente dessa história, que começa na intenção de cada pessoa e cresce com a evolução de toda a sociedade.Com o patrocínio do Programa Crer para Ver, o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que consiste em um conjunto de materiais que visa orientar e instrumentalizar os professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de leitura e escrita.

O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes do MEC, e a partir de 2012 irá distribuir o conjunto de materiais para 2008 municípios brasileiros. Para que os professores possam utilizá-lo da melhor forma, foi organizada uma Rede de Ancoragem. A Rede de Ancoragem TRILHAS é iniciativa do Ministério da Educação e do Instituto Natura, com coordenação técnica da Comunidade Educativa CEDAC. Sua principal ação é desencadear encontros com a intenção de disseminar a concepção adotada pelo projeto TRILHAS, organizados em encontros nacionais, estaduais, locais e escolares.

Para apoiar e orientar o trabalho de todos os envolvidos na Rede, foram desenvolvidos cadernos de apoio aos diferentes participantes desse grande Projeto. Com mais essa iniciativa, o Ministério da Educação, o Instituto Natura e a Comunidade Educativa CEDAC esperam que as ações da Rede de Ancoragem TRILHAS possam contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem das crianças.

I N I C I A T I V AR E A L I Z A Ç Ã O