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Formadores Escolares CADERNO DE APOIO

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FormadoresEscolares

C A D E R N O D E A P O I O

P R O J E T O R E D E D E A N C O R A G E M | T R I L H A S

O Programa Crer para Ver, criado em 1995, é uma das iniciativas que traduzem o compromisso da Natura com a construção de uma sociedade mais justa e tem como objetivo contribuir para a

melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras. O Programa conta com o apoio das Consultoras Natura que vendem de forma voluntária produtos da linha Natura Crer para Ver, e com todo o recurso arrecadado viabiliza o apoio a projetos para a educação básica, cuidando para seu respectivo desenvolvimento.

A partir de 2010, o Programa Crer para Ver passou a ser gerenciado pelo Instituto Natura, organização sem fins lucrativos e com sede independente, que nasceu com a missão de expandir e fortalecer as iniciativas sociais da Natura como o Crer para Ver, sendo mais um agente dessa história, que começa na intenção de cada pessoa e cresce com a evolução de toda a sociedade.Com o patrocínio do Programa Crer para Ver, o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que consiste em um conjunto de materiais que visa orientar e instrumentalizar os professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de leitura e escrita.

O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes do MEC, e a partir de 2012 irá distribuir o conjunto de materiais para 2008 municípios brasileiros. Para que os professores possam utilizá-lo da melhor forma, foi organizada uma Rede de Ancoragem. A Rede de Ancoragem TRILHAS é iniciativa do Ministério da Educação e do Instituto Natura, com coordenação técnica da Comunidade Educativa CEDAC. Sua principal ação é desencadear encontros com a intenção de disseminar a concepção adotada pelo projeto TRILHAS, organizados em encontros nacionais, estaduais, municipais e locais.

Para apoiar e orientar o trabalho de todos os envolvidos na Rede, foram desenvolvidos cadernos de apoio aos diferentes participantes desse grande Projeto. Com mais essa iniciativa, o Ministério da Educação, o Instituto Natura e a Comunidade Educativa CEDAC esperam que as ações da Rede de Ancoragem TRILHAS possam contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem das crianças.

I N I C I A T I V AR E A L I Z A Ç Ã O

Capa FORMADORES ESCOLARES (Vale essa) 21 DEZ 11.indd 1 07/02/2012 11:04:53

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Caro(a) Formador(a) Escolar,

Bem-vindo(a) ao Encontro Local da Rede de Ancoragem TRILHAS!

O Caderno que está em suas mãos tem a finalidade de apoiar algumas das discussões que serão realizadas durante este encontro sobre os seguintes pontos: a apresentação do conjunto do mate-rial e da Rede de Ancoragem do projeto TRILHAS e contribuições para o planejamento dos En-contros Escolares que você irá coordenar em sua escola juntamente com a equipe de professores.

Desejamos que estes sejam momentos de muito trabalho e troca de experiências!

O Ministério da Educação (MEC), o Instituto Natura e a Comunidade Educativa CEDAC espe-ram que o projeto TRILHAS possa contribuir para a melhora do ensino e da aprendizagem das crianças. A colaboração de todos os envolvidos no projeto é imprescindível para o sucesso do direito de aprender.

Bom trabalho!

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PARTE I – APRESENTAÇÃO DA REDE DE ANCORAGEM DO PROJETO TRILHAS

projeto TRILHAS foi elaborado a partir de uma iniciativa conjunta entre o Instituto Natura, o Ministério da Educação (MEC) e a Comunidade Educativa CEDAC. A impressão e a dis-

tribuição do material e do acervo de livros (que faz parte do Plano Nacional Biblioteca da Escola PNBE) foram viabilizadas pelo governo federal por meio do incentivo às políticas educacionais e aos recursos tecnológicos, com a intenção de ofertar materiais de qualidade que possam contri-buir para o estabelecimento de um contexto educacional propício ao processo de aprendizagem das crianças em sala de aula.

O conjunto completo de material do TRILHAS que as escolas e as Secretarias de Educação rece-beram está em conformidade com as orientações e diretrizes propostas pelo MEC, tanto no que tange a sua base teórica como no que diz respeito à concepção de formação continuada. Além disso, o projeto TRILHAS está alinhado com o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educa-ção (Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007, art. 2.°, inciso II), que estabelece a alfabetização de todas as crianças até, no máximo, 8 anos de idade.

A Rede Nacional de Ancoragem

Para auxiliar na implementação do TRILHAS e incentivar o seu uso nas escolas brasileiras con-templadas pelo projeto, foi organizada a Rede Nacional de Ancoragem1.

1A Rede Nacional de Ancoragem aqui proposta tem como referência a bem-sucedida experiência do Programa Olimpíadas da Língua Portuguesa, Escrevendo o Futuro, que tem o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação e Ação Comunitária (CENPEC) como instituição responsável por sua coordenação técnica.

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Esta Rede é constituída por membros do CONSED2 e da UNDIME3 (articuladores estaduais), docentes das universidades brasileiras federais e/ou estaduais (formadores estaduais), repre-sentantes técnicos das Secretarias de Educação cujas redes de ensino foram contempladas pelo projeto TRILHAS (formadores locais) e diretores e/ou coordenadores pedagógicos das escolas (formadores escolares) que se responsabilizam por estabelecer e coordenar espaços de formação de professores para o melhor uso do material.

Integrada à estrutura de trabalho da Rede de Ancoragem, a Comunidade Educativa CEDAC, como responsável técnica, promove Encontros Nacionais com os formadores e os articuladores estaduais. Após a realização desses encontros, os formadores locais se reúnem com os forma-dores escolares, ou seja, com você e outros diretores e coordenadores pedagógicos da sua rede de ensino, que são os corresponsáveis pela formação continuada da sua equipe de professores. Como demonstra a figura abaixo, temos uma rede de formação em cascata, cujo principal objeti-vo é fortalecer o uso do TRILHAS nas escolas:

O Portal Eletrônico

Para apoiar tanto o funcionamento da Rede de Ancoragem quanto a utilização do conjunto de material do TRILHAS nas escolas, será disponibilizado um Portal Eletrônico, ou seja, uma página de acesso na internet criada pelo Instituto Natura para favorecer a comunicação à distância de todos os participantes da Rede de Ancoragem.

Com uma estrutura semelhante à das redes sociais, como o facebook ou o orkut, por exemplo, nele ocorrerão fóruns de discussões, troca de experiências e devolutivas sobre o uso do material; serão enviadas orientações objetivas sobre o projeto; e se possibilitará a troca de informações entre os participantes. Além disso, neste portal, poderá ser criado o blog da sua escola e você poderá incentivar seus professores a alimentá-lo com registros de suas práticas e dos resultados de aprendizagem alcançados pelas crianças. 2 CONSED – Conselho Nacional dos Secretários de Educação.3 UNDIME – União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.

ENCONTRONACIONAL

ENCONTROESTADUAL

ENCONTROLOCAL

ENCONTROESCOLAR

Anual

Anual

Bimestralou mensal

Mensal ouquinzenal

CE CEDACCONSED/ UNDIME(Articuladores estaduais)Docentes universitários(Formadores estaduais)

Docentes universitários(Formadores estaduais)Representantes daSecretaria de Educação(Formadores locais)

Representantes daSecretaria de Educação(Formadores locais)Diretores/Coordenadores(Formadores escolares)

Diretores/Coordenadores(Formadores escolares)Professores

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PARTE II – SUBSÍDIOS PARA PLANEJAMENTO DOS ENCONTROS ESCOLARES

ara que o projeto TRILHAS possa ter resultado no aperfeiçoamento das práticas em sala de aula e na formação de leitores nas escolas, é necessário que cada um faça sua parte para que

a engrenagem da Rede de Ancoragem funcione, mas você, como formador escolar, tem papel-chave nesse processo, pois, além de ser o responsável direto pela formação dos professores da sua escola, conhece as características e as necessidades das crianças da comunidade a que ela pertence.

Os Encontros Locais são momentos privilegiados, em que o desempenho do seu papel poderá ser planejado. Nesses momentos, você encontrará outros diretores e coordenadores pedagógicos para discutir, trocar ideias e planejar juntamente com os formadores locais (técnicos das Secretarias de Educação) os Encontros Escolares4 que coordenará na sua escola.

Uma das primeiras discussões a serem travadas com esse grupo se refere à garantia de condições para formação continuada nas escolas. Talvez, na realidade em que atue, essa seja uma questão já resolvida e, neste caso, basta incorporar às demais discussões que são realizadas no horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC) o estudo e o planejamento baseado no material do TRILHAS. Mas, como sabemos, a existência desses momentos ainda é, na maioria dos casos, um grande desafio a ser vencido.

O material que sua instituição está recebendo é um veículo de formação profissional para sua equipe. Os Cadernos de estudos, por exemplo, trazem informações importantes sobre o que considerar nas diversas atividades, além do embasamento teórico que está por trás das suges-tões práticas.

Comunidade Educativa CEDAC

FORMADOR ESTADUAL:planejamento do traba-lho com os formadores locais

FORMADOR ESCOLAR:planejamento do traba-lho com os professores (nos Encontros Locais)

FORMADOR LOCAL:planejamento do traba-lho com os formadores escolares (nos Encontros Estaduais)

4 Chamamos de Encontros Escolares as reuniões coordenadas pelo diretor e/ou coordenador pedagógico que ocorrem nas escolas no horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC).

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Mesmo que, em certa medida, o uso que cada professor fará do material do TRILHAS seja individual, sabemos que realizar uma discussão coletiva para estimular esse uso e esclarecer possíveis dúvidas é uma iniciativa que pode contribuir para que, em vez de fruto do interesse de cada um, o aproveitamento de todos os recursos disponíveis nesse conjunto de material possa tornar-se um movimento da equipe pedagógica.

A regularidade e a intencionalidade das ações formativas são fundamentais para imprimir qua-lidade às práticas de sala de aula e, consequentemente, ao desempenho dos alunos. Em função disso, sugerimos que os Encontros Escolares ocorram quinzenal ou mensalmente.

Considerando que o TRILHAS é um material recém-chegado a sua escola, entendemos que algumas discussões iniciais com os professores são necessárias neste período de implementação do projeto: a apresentação do material e da concepção subjacente a ele e a criação de condições para que o projeto se efetive. Em função disso, foram selecionados e organizados no quadro abaixo conteúdos considerados fundamentais para este momento:

Quadro I – Conteúdos selecionados para o período de implementação do projeto na escola.

A seguir serão apresentados os contextos de discussão desses conteúdos e sugestões de estra-tégias que potencializarão o debate sobre a implementação do projeto e o uso do material do TRILHAS na sua escola.

Ressaltamos que as discussões apresentadas aqui não esgotam as possibilidades nem as estra-tégias a serem planejadas por você, juntamente com os formadores locais e os demais diretores e coordenadores da rede; no entanto, são diretrizes que podem ser enriquecidas, em virtude de sua própria experiência ou das características do grupo de professores que você irá coordenar.

Conteúdo Foco/Abordagem

Apresentação do TRILHAS Apresentação dos materiais TRILHAS aos professores e estabelecimento de combinados para uso coletivo.

Tempo escolar Organização da rotina em sala de aula de modo a assegu-rar a leitura como atividade diária.

Garantia de acesso à cultura escrita

A capacidade de ler (entender, interpretar e pensar a partir do que se lê) como chave para que uma criança se desen-volva intelectualmente.

Professor como modelo leitor.

Planejamento de atividades habituais de leitura.

Conteúdo Foco/Abordagem

Apresentação do TRILHAS Apresentação do conjunto de material do TRILHAS aos professores e estabelecimento de combinados para uso coletivo.

Tempo escolar Organização da rotina em sala de aula de modo a assegu-rar a leitura como atividade diária.

Garantia de acesso à cultura escrita

A capacidade de ler (entender, interpretar e pensar a partir do que se lê) como chave para que uma criança se desen-volva intelectualmente.

Professor como modelo leitor.

Planejamento de atividades habituais de leitura.

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• Conteúdo: Apresentação do TRILHAS

Foco: Apresentação do conjunto de material doTRILHAS aos professores e estabelecimento de combinados para uso coletivo.

Para que o material do TRILHAS seja efetivamente utilizado pelos professores com as crianças, é fundamental que você e sua equipe o conheçam com propriedade. Nada melhor para isso do que uma análise minuciosa do próprio conjunto de material. Durante este encontro você deve ter tido a oportunidade de conhecer melhor algumas de suas características. Ainda assim, sugerimos a leitura do Caderno de apresentação, pois nele se encontram os objetivos centrais do projeto TRILHAS e uma apresentação geral a respeito de cada componente que o acompanha, suas intenções, princípios e concepções.

Da mesma forma que o material lhe foi apresentado, você também o fará para os professores da sua escola, e para isso há diferentes maneiras. Entre as páginas 11 e 13 do Caderno do diretor, no item “Espaços de estudos e reflexões da equipe pedagógica” e no quadro da página 14, há algumas sugestões.

Neste Caderno, elaborado especialmente para você, também se encontram dicas de como discu-tir com os professores formas de organização do material e estabelecer combinados que favore-çam o uso coletivo do mesmo (veja item “O uso do material coletivo”, páginas 9 a 11).

Além das sugestões do Caderno do diretor, outras propostas para apresentação do TRILHAS são:

- Uma semana antes de agendar o Encontro Escolar com os professores, deixar exposto o ma-terial do TRILHAS na sala dos professores, ou outro espaço da escola ao qual o professor tenha acesso, para que ele possa folheá-lo durante os intervalos.

- Exibir o programa Apresentação do Trilhas (que consta no DVD Trilhas de boas práticas, exibido durante o Encontro Local). Posteriormente, pedir aos professores que manuseiem o material a fim de que possam conhecê-lo melhor e propor que levem emprestado para casa para fazer uma leitura mais minuciosa, caso isso não seja possível na própria escola.

- Promover uma análise dirigida do material por meio da apresentação de slides5 com ilustra-ções e informações sobre o mesmo; quando os participantes poderão tê-lo em mãos.

• Conteúdo: Tempo escolar

Foco: Organização da rotina em sala de aula de modo a assegurar a leitura como atividade diária.

Para que as crianças aprendam a ler e produzir textos, é importante que sejam propostas com fre-quência atividades favoráveis ao desenvolvimento dos hábitos de escutar, falar, ler e escrever. Essas atividades precisam contar sempre com uma intencionalidade do professor que as planeja, preo-cupado em envolver as crianças de forma ativa. É somente por meio dessa rotina, estrategicamente pensada pelo professor, que será possível criar uma diversidade de tarefas fundamentais para o aprendizado da leitura e a produção de textos e, ao mesmo tempo, envolver as crianças. 5 Serão disponibilizados slides de apresentação do material no Portal do TRILHAS

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No Caderno de apresentação (página 11 – “A organização do tempo e a aprendizagem”), são apontadas questões que envolvem tomadas de decisões do professor, mas que dependem de outros atores do processo educativo, um deles é você, formador escolar. Entre elas: Como distri-buir o tempo em sala de aula e o tempo em outros espaços? Qual o melhor equilíbrio entre as propostas ao longo de um dia? Quanto tempo dedicar a cada uma delas? Como pensar a rotina ao longo de um dia e de uma semana?

É fundamental que você auxilie os professores da sua escola a elaborar uma rotina que assegure a atividade de leitura diária em sala de aula. A proposta do TRILHAS é combinar esses momen-tos com as atividades sugeridas nos Cadernos de orientações e no Caderno de jogos, como por exemplo, conversar sobre uma história ouvida, travar discussões sobre as ilustrações dos livros ou sobre a caracterização dos personagens, brincar com as palavras por meio dos jogos, entre diversas outras atividades que envolvem diferentes aprendizagens relacionadas à cultura escrita.

Caso sua escola já tenha uma rotina de atividades a serem realizadas em sala de aula, é inte-ressante retomá-la juntamente com os professores para verificar se contempla situações que propiciem diferentes aprendizagens.

Ao longo dos Encontros Escolares quinzenais ou mensais, os Cadernos de orientações e os Ca-dernos de estudos serão ferramentas para o planejamento das atividades a serem desenvolvidas com regularidade com as crianças.

Ao final deste Caderno, encontra-se uma sugestão de pauta que pode favorecer a discussão so-bre a organização da rotina em sala de aula de modo a assegurar a leitura como atividade diária.

• Conteúdo: Garantia de acesso à cultura escrita

Foco: A capacidade de ler (entender, interpretar e pensar a partir do que se lê) como chave para que uma criança se desenvolva intelectualmente.

O conjunto de material que está em suas mãos recebeu o nome TRILHAS porque possibi-lita ao professor construir seu próprio caminho na elaboração do percurso didático nos

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campos da oralidade, leitura e escrita, permitindo diferentes formas de aproveitamento; por exemplo, o Caderno de orientações Histórias com acumulação pode ser usado tanto com o livro A casa sonolenta quanto com O grande rabanete ou Uma girafa e Tanto, dependendo da pre-ferência do grupo de crianças ou das possibilidades da escola. Isso se repete com todos os demais Cadernos de orientações, seja os do Trilhas para ler e escrever textos ou do Trilhas para Abrir o Apetite Poético. Além disso, as propostas de atividades com o acervo de livros podem ser realiza-das antes, depois ou simultaneamente às propostas do Caderno de jogos.

Entretanto, para ser entendido, o TRILHAS deve ser visto como um conjunto. Isso porque as habilidades e competências relativas à aprendizagem da leitura, da escrita, e da oralidade nele enfatizadas estão dispostas em diferentes atividades: nos jogos as crianças brincam, fazem uso da língua e aprendem sua estrutura sonora e gráfica; durante a leitura de contos, elas entram em contato com o texto e a forma como ele está escrito; já os textos poéticos oferecem às crianças também a possibilidade de brincar com a linguagem explorando seus sons e ritmos.

Nesse sentido, as atividades presentes neste material, quando trabalhadas na sua totalidade, per-mitem o exercício do uso da língua e o entendimento de sua estrutura, assim como estimulam a reflexão em relação ao processo de aprendizagem (metacognição).

A combinação entre práticas que promovem o uso da língua e práticas que estimulam a reflexão sobre o processo de aprendizagem faz com que o TRILHAS seja um material diferenciado, isso porque oferece à criança a possibilidade de pensar no seu próprio processo de aprendizagem, favorecendo o gerenciamento de seus processos cognitivos e o desenvolvimento da capacidade de ler, entender, interpretar e pensar a partir do que se lê. Mais informações sobre esse assunto, que merece ser aprofundado com os professores ao longo dos Encontros Escolares, estão nas páginas 8 a 10 do Caderno de apresentação no item “Desvendando a linguagem”.

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Outro conceito central do material do TRILHAS que merece atenção e aprofundamento se refere à compreensão de que o processo de reflexão sobre o sistema e o estímulo à participação em atividades letradas são objetivos complementares e não sucessivos nem alternativos (ver Caderno de apresentação, páginas 6 a 8, item “Mas o que estamos chamando de cultura escrita?”). Discutir esse conceito com os professores implica, como já apontado, planejar uma rotina de trabalho que equilibre esses dois aspectos, além de envolvê-los em ações institucionais como, por exemplo, uma comunidade de leitores.

O programa Trilhas de formação de leitores que consta do DVD Trilhas de boas práticas apre-sentado no Encontro Local e que poderá ser reproduzido para sua escola, permite mobilizar algumas dessas ações. Após sua exibição, pode-se promover o seguinte debate com a equipe: “Como eu, professor dessa escola, posso ajudar o Brasil a se tornar um país leitor?”. Ao socializar as respostas, deve-se destacar a importância de se assegurar atividades diárias de leitura nas salas de aula e de se criar uma comunidade de leitores com professores, funcionários e familiares etc.

Outro programa que consta do mesmo DVD e que pode suscitar boas discussões para o planeja-mento das atividades é o Momentos de leitura. Algumas possibilidades de análise deste programa são: condições asseguradas para a realização de atividades, organização dos ambientes de leitura, intervenções do professor antes, durante e depois da leitura, sistema de empréstimo de livros etc.

• Conteúdo: Garantia de acesso à cultura escrita

Foco: professor como modelo leitor.

As crianças aprendem a ler quando entram em contato com a linguagem escrita em suas diferen-tes formas de manifestação. Nessa primeira fase de escolarização, a qualidade da interação entre a criança e o texto está diretamente relacionada à familiaridade do professor com o ato de ler.

Nesse contexto, o professor aparece como mediador, permitindo que as crianças tenham acesso a textos que dificilmente conseguiriam ler sozinhas. Ele é também a referência de um modelo leitor. Ao fazer uma leitura em voz alta, respeitando as regras da cultura escrita e fazendo uso de expressões e entonações, ele ensina seus alunos a ler.

Por isso, é importante que você, como diretor ou coordenador da sua escola, também exerça seu papel na formação de leitores, colocando em prática ações que incentivem o professor a ler e a se tornar um praticante da cultura escrita. A proposta de criação de uma comunidade de leitores, apresentada anteriormente, pode ser uma delas.

Outra proposta é iniciar os Encontros Escolares com a leitura de um texto que você tenha gostado. Pode ser um conto, uma poesia ou mesmo o trecho de um romance que seja interessante de ser compartilhado, indicado, comentado, ou simplesmente prazeroso. Aos poucos, propõe-se aos professores que façam o mesmo. A indicação de leitura entre a equipe pode ser uma boa aliada na fomentação do uso do livro no ambiente escolar.

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No Caderno de estudo Trilhas para ler e escrever textos, páginas 15 e 16, são aprofundadas algu-mas informações sobre a importância do professor como parceiro mais experiente na formação do aluno leitor.

• Conteúdo: Garantia de acesso à cultura escrita

Foco: Planejamento de atividades habituais de leitura.

Para além do que já foi dito, é essencial que nos Encontros Escolares seja discutida a postura do professor mediante as atividades propostas pelo TRILHAS. Isso porque tais atividades foram elaboradas não apenas para o exercício do uso da língua e o entendimento de sua estrutura, mas também para estimular a reflexão da criança em relação a seu processo de aprendizagem (meta-cognição). A proposta é que o professor crie durante o desenvolvimento das atividades situações-problema apresentando questões e convidando as crianças a respondê-las. Nesse momento, o professor aparece como peça-chave, ajustando permanentemente o nível de desafio da proposta.

Para compreender como a criação de situações-problema ocorre na prática, uma estratégia pos-sível para os Encontros Escolares é analisar os exemplos de perguntas que podem ser feitas para as crianças durante o desenvolvimento das atividades nos roteiros dos Cadernos de orientações, no item “Orientações para o professor”.

A posição de protagonista do professor aparece também nas situações de jogos. Assim como está descrito no item “Os jogos de linguagem apresentados no TRILHAS” do Caderno de jogos (páginas 10 a 12), cabe ao professor contextualizar o jogo, explicar as regras, organizar o grupo e o espaço, permitindo que aos poucos as crianças joguem de forma autônoma, construindo a cada jogada novas aprendizagens.

Outra possível estratégia que pode otimizar esse tipo de discussão é promover, nos Encon-tros Escolares, a análise da postura do professor e das crianças nas ilustrações do material do TRILHAS, observando que nunca são passivas e que o ambiente ou a disposição da sala são propícios para a participação de todos.

Orientações gerais para elaboração de pautas dos encontros de formação.

A pauta marca a intencionalidade da ação formativa, uma vez que concretiza a ação preparató-ria do formador. Durante seu processo de elaboração, as decisões tomadas determinam prio-ridades, a forma de tratamento dos conteúdos e as oportunidades de aprendizagem que serão oferecidas. Nesse sentido, a seguir, serão apresentados um exemplo de pauta, e as tomadas de decisões que a fundamentam.

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Atividade proposta Tempo previsto

Discussão do conceito de rotina 15 minutosAnálise da rotina atual da escola 15 minutosReflexão sobre outros modelos de rotina escolar

30 minutos

Planejamento da rotina escolar 50 minutosAvaliação 10 minutos

Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

Data: MAIO/2012 Local: E. M. João Dias

N° de participantes: 4 (professores das turmas de 6 anos)

Objetivo do encontro: refletir sobre a organização da rotina a fim de assegurar diariamente um momento destinado à leitura.

Conteúdo: rotina escolar.

Material:

• música Cotidiano, de Chico Buarque de Holanda;

• programa Momentos de leitura que consta do DVD Trilhas de boas práticas

(peça esse DVD ao formador local para que você possa providenciar uma cópia para sua escola.)

Síntese do encontro

Organização do grupo:

• em círculo.

Desenvolvimento do encontro:

1) Discussão do conceito de rotina

• Tocar e ou entregar a letra da conhecida música Cotidiano de Chico Buarque de Holanda e pedir aos professores que reflitam sobre como o tempo é vivido por essa pessoa em sua rotina?

• Deixar que os professores falem livremente. Dialogar com seus comentários procurando introduzir a ideia da rotina como algo que organiza nosso cotidiano, que é estruturante para as crianças na medida em que as faz sentirem-se seguras e capazes de confiar nos adultos

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que cuidam dela na escola; deve ser regular, de maneira que promova situações com conti-nuidade, da mesma forma que deve garantir a diversidade e, ao mesmo tempo, ser flexível.

2) Análise da rotina atual da escola

• Promover perguntas que favoreçam a reflexão dos professores sobre a atual organização da rotina em sala de aula:

Quais atividades acontecem todos os dias? Quais não? Com que frequência?

Quanto tempo duram as atividades?

Falta ou sobra tempo?

Gostariam de mudar algo? O quê?

De que forma se dá o planejamento da rotina?

• Fazer uma análise breve das respostas, levando o grupo a interpretar o que revelam as informações destacadas considerando que a rotina concretiza as intenções educativas: atividades que ocorrem diariamente são consideradas importantes, ao contrário daquelas que acontecem raramente ou não acontecem; deixar as crianças um longo tempo sem fazer nada, ou simplesmente esperando pela professora, pode passar-lhes a idéia de que não há nada interessante para fazer na escola, ou que elas próprias não são importantes o suficiente para merecerem atenção; promover uma rotina em que as crianças tenham de cumprir muitas tarefas em pouco tempo pode desconsiderar suas necessidades e carac-terísticas; a rotina do improviso compromete o acompanhamento do desempenho e das necessidades de aprendizagem das crianças.

3) Reflexão sobre outros modelos de rotina escolar

• Exibir o programa Momentos de leitura que consta do DVD Trilhas de boas práticas e pedir aos professores que, ao longo da exibição, pensem nas seguintes questões:

Diante das atividades apresentadas, do comportamento e das falas das crianças, o que parece ocorrer com regularidade nessas escolas?

O que as crianças estão aprendendo em cada uma das atividades?

Como os professores se prepararam para desenvolver as atividades apresentadas?

• Socializar e registrar as principais ideias destacadas pelos professores, cuidando para que aspectos fundamentais apresentados nas cenas sejam contemplados:

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O comportamento das crianças durante as atividades de leitura denota que se trata de uma atividade realizada habitualmente com a turma, por isso, não têm dificulda-de para escutar, para se sentar em roda e para opinar sobre o que acabaram de ler com a ajuda da professora. Além disso, estabelecem relações com outras experiên-cias que tiveram anteriormente: histórias que leram, autores, editoras e personagens que conhecem etc.

As crianças estão aprendendo a se interessar por ler e ouvir histórias; manifestar sentimentos, experiências, ideias e opiniões, definindo preferências e construindo critérios para selecionar o que vão ler; evocar outros textos a partir de um texto lido; reparar na beleza de certas expressões ou de alguns fragmentos do texto lido; confrontar interpretações e/ou pontos de vista; posicionar-se mediante leituras rea-lizadas; questionar-se acerca das intenções e das opiniões dos autores; relacionar os textos lidos com experiências vividas.

Pode-se inferir que as professoras conhecem as experiências leitoras de seus alunos, as histórias prediletas e os gostos pessoais da turma, além de já terem em mente o acervo de livros disponível. Isso lhes permite selecionar histórias que sejam do in-teresse das crianças e que ampliem seu repertório de conhecimentos e experiências. Permite-lhes ainda realizar intervenções adequadas para diferentes momentos da atividade: antes, por exemplo, são realizadas questões acerca do conteúdo do livro ou da história que possibilitam aos alunos colocar em jogo suas estratégias de leitura; du-rante a atividade, algumas professoras se valem de recursos próprios do leitor como a entonação, a expressão e a gesticulação para manter o público envolvido na leitura; ao final, os alunos têm a oportunidade de comentar sobre o que foi lido, emitir opiniões, estabelecer relações etc. Finalmente, o preparo das professoras também se revela nos momentos em que realizam o empréstimo de livros, não só porque exercem o controle e a manutenção do acervo, mas também porque registram as escolhas e, consequente-mente, as preferências de seus alunos, ou seja, elas podem utilizar essa tarefa também como uma forma de conhecer sua turma e, a partir disso, planejar suas ações.

4) Planejamento da rotina escolar

• Auxiliar os professores a reorganizar a rotina semanal de suas turmas de modo a garantir a leitura como atividade habitual diária.

Avaliação:

• Retomar coletivamente os objetivos do encontro e verificar se esses foram alcançados, a partir dos comentários dos participantes sobre as contribuições que ele proporcionou para sua atuação com os alunos.

13 | C A D E R N O D E A P O I O | F O R M A D O R E S E S C O L A R E S

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Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

DataLocalNúmero de participantesObjetivos do encontroConteúdosMateriaisSíntese do encontroOrganização do grupoDesenvolvimento do encontroAvaliação

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Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

DataLocalNúmero de participantesObjetivos do encontroConteúdosMateriaisSíntese do encontroOrganização do grupoDesenvolvimento do encontroAvaliação

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1. A regularidade e a pontualidade das reuniões imprimem o ritmo e a seriedade do traba-lho, portanto estabeleça datas e horários que garantam a presença de todos e evite desmar-car reuniões, a fim de que o grupo não se desmobilize.

2. Assegurar um local agradável para o desenvolvimento do trabalho revela o cuidado e o respeito que se tem com o outro. Para isso, organize o espaço de modo a torná-lo um am-biente prazeroso de discussão e reflexão. Garanta que haja lugar para todos se sentarem, boa iluminação e espaço para dispor as cadeiras de diferentes formas (em círculos, duplas, pequenos grupos).

3. Antecipar o número de participantes permite maior intencionalidade nas ações, uma vez que possibilita a preparação prévia dos materiais e a organização do espaço e do tem-po para o desenvolvimento das atividades. Além disso, um grupo se forma pelo vínculo e também a partir da organização sistemática de encaminhamentos e intervenções por parte do formador.

4. Ao priorizar, intencionalmente, certas aprendizagens é necessário considerar as neces-sidades do grupo, o momento da formação, as características do conteúdo e o tempo para discussão; por isso, ao se definirem os objetivos, garanta sua clareza e viabilidade, evitando os genéricos que só podem ser alcançados a longo prazo.

5. O conteúdo é o foco da discussão e deve estar contemplado nos objetivos. É essencial que seja coerente com o material selecionado e as estratégias definidas.

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Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

DataLocalNúmero de participantesObjetivos do encontroConteúdosMateriaisSíntese do encontroOrganização do grupoDesenvolvimento do encontroAvaliação

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6. A seleção e a preparação de material devem atender aos objetivos e às estratégias definidos. Além disso, deve-se levar em conta a compatibilidade do tempo de reunião e sua utilização. Caso não seja possível, por exemplo, ler um texto na íntegra, selecionam-se fragmentos e indica-se a leitura completa posteriormente.

7. Compartilhar o roteiro de trabalho com o grupo, apresentando o quadro síntese do en-contro com a sequência das atividades a serem realizadas na reunião pode contribuir para que todos se responsabilizem pela realização da pauta.

8. A organização do grupo reflete a intenção da atividade, e suas diversas modalidades (individual, coletiva, pequenos grupos, duplas) promovem diferentes aprendizagens; por isso, é importante variar a formação dos grupos de acordo com o objetivo da atividade. Ao longo de uma mesma reunião, a organização das equipes de trabalho pode mudar algumas vezes.

9. A sequência das atividades e o tempo destinado a cada uma delas devem favorecer o alcance dos objetivos. O tempo para o planejamento coletivo deve ser privilegiado, uma vez que é o momento em que os participantes colocarão em jogo os conhecimentos que possuem sobre as práticas usuais em contraposição às propostas e experiências vividas durante o processo de formação.

10. O alcance do objetivo é o termômetro para saber se o que estava previsto foi atingido; por isso, ao final dos encontros, é importante retomá-lo para que se tenham parâmetros para o planejamento das próximas ações formativas.

Pauta – Reformulação da Rotina Escolar

DataLocalNúmero de participantesObjetivos do encontroConteúdosMateriaisSíntese do encontroOrganização do grupoDesenvolvimento do encontroAvaliação

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“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DO INSTITUTO NATURA, COMUNIDADE EDUCATIVA CEDAC E MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.”

Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:Programa Natura Crer para VerMinistério da Educação/Secretaria de Educação Básica

Realização: Instituto NaturaComunidade Educativa Cedac

Ficha Técnica

Instituto NaturaCoordenador geral: Pedro VillaresCoordenadora do projeto: Beatriz FerrazAssistente do projeto: Maria Eugênia FrancoCoordenadora de comunicação: Adriana de QueirozAssistente de comunicação do projeto: Fabiana Shiroma

Comunidade Educativa CedacCoordenadora geral: Tereza Perez Coordenadora do projeto: Patrícia Diaz Gestora do projeto: Elen Portero de Paula

Equipe de Formação em RedeCoordenadora: Gisele GollerSupervisão Pedagógica: Beatriz CardosoFormadoras/redatoras: Carolina Briso e Márcia Ferri

Equipe de Produção EditorialCoordenadora: Maria de Fátima AssumpçãoProdutora: Maria Grembecki

Projeto gráfico: SM&A Design/Samuel Ribeiro Jr.Ilustrações: Vicente MendonçaRevisão: Irene Incaó

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P R O J E T O R E D E D E A N C O R A G E M | T R I L H A S

Programa Crer para Ver, criado em 1995, é uma das iniciativas que traduzem o compromisso da Natura com a construção de uma sociedade mais justa e tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade da educação nas escolas públicas brasileiras. O Programa conta com o apoio das Consultoras Natura que vendem de forma voluntária produtos da linha Natura Crer para Ver, e com todo o recurso arrecadado viabiliza o apoio a projetos para a educação básica, cuidando para seu respectivo desenvolvimento.

A partir de 2010, o Programa Crer para Ver passou a ser gerenciado pelo Instituto Natura, organização sem fins lucrativos e com sede independente, que nasceu com a missão de expandir e fortalecer as iniciativas sociais da Natura como o Crer para Ver, sendo mais um agente dessa história, que começa na intenção de cada pessoa e cresce com a evolução de toda a sociedade.Com o patrocínio do Programa Crer para Ver, o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que consiste em um conjunto de materiais que visa orientar e instrumentalizar os professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento de competências e habilidades de leitura e escrita.

O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes do MEC, e a partir de 2012 irá distribuir o conjunto de materiais para 2008 municípios brasileiros. Para que os professores possam utilizá-lo da melhor forma, foi organizada uma Rede de Ancoragem. A Rede de Ancoragem TRILHAS é iniciativa do Ministério da Educação e do Instituto Natura, com coordenação técnica da Comunidade Educativa CEDAC. Sua principal ação é desencadear encontros com a intenção de disseminar a concepção adotada pelo projeto TRILHAS, organizados em encontros nacionais, estaduais, locais e escolares.

Para apoiar e orientar o trabalho de todos os envolvidos na Rede, foram desenvolvidos cadernos de apoio aos diferentes participantes desse grande Projeto. Com mais essa iniciativa, o Ministério da Educação, o Instituto Natura e a Comunidade Educativa CEDAC esperam que as ações da Rede de Ancoragem TRILHAS possam contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem das crianças.

I N I C I A T I V AR E A L I Z A Ç Ã O