caderno ceriluz 45 anos

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Iloir de Pauli reflete sobre os 45 anos da CeriluzA Ceriluz foi formada por pessoas que sen-

tiram a necessidade de ter energia elétrica nas propriedades rurais. O segundo presidente foi Nilo Bonfanti, um grande empreendedor que buscou recursos, pois tinha o desejo de que à Ceriluz fosse uma Cooperativa grande. Iloir re-lata que através de negociações que teve com a Prefeitura de Ijuí todas essas redes passaram para a Ceriluz. Com isso, os outros presidentes tiveram a incumbência de fazer a grande manu-tenção nas redes.

A Cooperativa passou por um período onde o Poder Público esteve ao seu lado. As prefeituras foram e são grandes parceiras, bem como as entidades que foram fundamentais. “A Ceriluz só superou esses anos que passaram e estamos chegando aos 45 anos, graças ao apoio que re-cebeu principalmente das prefeituras porque os prefeitos da época tinham a vontade de levar a energia para o município e a ferramenta que eles encontraram era a Ceriluz, então houve essa troca, essa união e esse esforço”, ressalta o presidente da Cooperativa.

Quando José Barasuol assumiu a presidência, a área da Ceriluz estava fechada e praticamen-te 100% com energia. Diante disso, sentiu-se a necessidade de qualificar o sistema. Nas redes antigas iniciaram as trocas por novos alimenta-dores e colocados os equipamentos nas redes com o objetivo de fazer com que o associado ficasse o menos tempo possível sem energia. A Ceriluz investiu muito em equipamentos como os religadores que podem ser comandados à distância.

Para a ele, a Ceriluz naquela ideia de Nilo Bonfanti de fazer uma grande cooperativa, se pode afirmar que “nós não podemos dizer que somos a maior cooperativa em tamanho, mas talvez sejamos a melhor cooperativa em estrutu-ra que nós conseguimos montar”. Entre os gran-des diferenciais que a Cooperativa possui está em disponibilizar energia 24 horas. No entanto, essa energia tem que possuir um custo de uma tarifa justa. “Só conseguimos fazer com que Co-operativa chegasse ao estágio que ela chegou aos 45 anos, graças a geração de energia. Na época do nosso ex-presidente José Barasuol nos deu condições de iniciarmos grandes projetos

Presidente da Ceriluz, Iloir de Pauli, fala sobre projetos da Ceriluz

Presidente da Ceriluz comenta sobre trajetória da Cooperativa e projetos futuros que beneficiarão os associados

de usinas. A geração de energia trouxe receita e essa receita nós investimos praticamente 100% em redes”, comenta o presidente.

Investimentos na área de geração de energia

A Ceriluz fez o planejamento no qual conseguiu construir as Usinas da Linha 3 e José Barasuol. Assim, se conseguiu atingir 100% de suas neces-sidades daquilo que precisava comprar através da geração. Portanto, trouxe grandes benefícios pro-porcionando condições de beneficiar seus associa-dos como plano de saúde, auxílio-pecúlio, entre outros. O presidente da Cooperativa lembra ainda que foi registrado o crescimento do consumo em 15% em três anos, assim se buscou a autossufici-ência através da construção de mais usinas. “Esta-mos construindo em 2011, uma grande obra numa região privilegiada. Estamos com asfalto passando no meio da obra. A Ceriluz consegue construir uma Usina de 6 mega e que ela ficando pronta no final do ano nós teremos 100% da nossa ne-cessidade novamente conquistada e isso irá trazer uma receita importante para a Ceriluz e fazer com que seja a Cooperativa que tenha a maior potên-cia instalada em geração de todas as Cooperativas do Brasil. Graças as pessoas que deram condições para que desenvolvessemos esse trabalho e hoje chegamos com a Usina RS 155 praticamente con-cluída”. A ideia é que a partir do mês de outubro/novembro, a Usina comece a gerar energia e se ela gerar energia automaticamente irá gerar recei-ta para a Cooperativa.

Levar internet aos consumidores é um dos Projetos da Ceriluz para 2012

Nesses 45 anos, a Ceriluz conseguiu pro-porcionar uma tarifa justa a seus consumido-res, além de diversas conquistas. No entanto, a Cooperativa, através de sua diretoria, observou a necessidade de levar uma nova ferramenta a seus associados: a internet. Segundo Iloir exis-tem vários caminhos e vários modelos que diz que funciona, mas se ver na própria área urba-na não se tem acesso a um serviço de qualida-de. A Ceriluz irá implantar a partir de 2012 via-rádio. Como possui todos esses equipamentos via-rádio telecomandados faz com que se tenha condições de disponibilizar mais esse serviço para o associado. Inicialmente num município em núcleos para que a internet possa chegar em todos os associados. “A nossa responsabi-lidade que temos de distribuir energia de qua-lidade hoje nós queremos distribuir internet de qualidade”, frisa Pauli. Ele ainda enfoca que “a internet chegando no meio rural irá fazer com que os filhos dos associados queiram ficar na propriedade. Pois lá eles tem luz, água, atra-vés de entidades e sindicatos conseguiram casa nova e está faltando somente uma ferramenta chamada internet e a Ceriluz irá começar esse novo projeto para 2012 levar essa ferramenta de desenvolvimento para todos os associados”.

PCH 155 será inaugurada em outubro/novembro

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Fontes alternativas de energia são estudadas pela CeriluzDois membros da Cooperativa viajaram à Alemanha para conhecer algumas tecnologias

A energia elétrica é uma ferramenta que gera desenvolvimento. De acordo com o diretor secre-tário da Ceriluz, Romeu Ângelo de Jesus, o asso-ciado utiliza a energia principalmente em suas in-dústrias. Na região existem agroindústrias que são abastecidas pela Cooperativa. “Hoje, a energia é o insumo básico nas propriedades rurais”, afirma.

Outros exemplos referentes à necessidade de energia elétrica são as ordenhas mecânicas e os refrigeradores de leite pelos produtores. “Sabe-mos que a região irá precisar ainda mais energia, que a demanda necessita de 8% a 10% ao ano”, ressalta. Para isso, são necessários novos projetos e investimentos.

Segundo Romeu, a Ceriluz possui mais quatro projetos de geração de energia que estão trami-tando em órgãos ambientais, Fepam, Aneel, Mi-nistério de Minas e Energia, assim em breve a Co-operativa estará realizando novos investimentos em novas Usinas. No entanto, os potenciais em energia elétrica são finitos. “Em cada projeto que é executado aquele potencial, passa ser aprovei-tado com novas máquinas e com a modernização”, comenta. Ele complementa que pode haver esgo-tamento de quedas dos rios e com isso, se deve pensar em modelos alternativos, como a energia eólica, energia solar e biomassa, existem investi-

mentos na área de suínos e vacas leiteiras referen-tes a seus dejetos.

Na segunda quinzena de agosto, duas pessoas da Cooperativa viajaram para a Alemanha visando obter maior contato com as últimas tecnologias desenvolvidas na Europa. A Alemanha optou em reduzir gradativamente a sua base de geração de energia através da substituição por energias reno-váveis.

Segundo Romeu, a Ceriluz está pensando em

conhecer essas tecnologias que já estão disponí-veis no Brasil, tanto a eólica, como biomassa e so-lar. “Os encargos ainda são muito caros, mas temos essa visão e a Cooperativa possui o compromisso com o associado em continuar produzindo a sua energia para distribuir com mais qualidade e isso vai gerar com certeza recursos e desenvolvimento na região onde elas atuam”, frisa. Na Cooperativa o recurso gerado fica na região e forma novos in-vestimentos ou em benefícios assistenciais.

Romeu de Jesus lembra que as fontes de energias são finitas e que existe a necessidade de buscar alternativas através de tecnologias

Ceriluz desenvolve projetos socioambientais em parceria com escolasEste mês, a Ceriluz iniciou mais um projeto am-

biental. Contudo, será desenvolvido de uma for-ma especial junto a nove escolas rurais que já são parceiras há alguns anos. Os estudantes assistirão a uma peça teatral que contará o histórico da Co-operativa, tendo em vista que a mesma completa 45 anos. Além, de um vídeo institucional que tam-bém reflete sobre a formação da energia e meio ambiente.

O espetáculo “Cuidado a energia baixou em mim” é encenado pelo O Grupo de Teatral Cara de Pau, de Ibirubá. Estes já trabalharam com outras Cooperativas, e a ideia foi mantê-los, explica a bi-óloga da Ceriluz, Sara Corbellini Enéas. “Cuidado a energia baixou em mim”, enfoca a história da formação da energia sempre acoplando o histórico

da Ceriluz, o desenvolvimento, o meio ambiente e falam um pouco da Usina.

De acordo com a bióloga, um Programa de Co-municação Social é exigido pela Fepam e visa di-vulgar o máximo possível a obra de construção da PCH da RS 155 para que a comunidade conheça o empreendimento.

Outro programa previsto para o próximo ano é o reflorestamento, pois é necessária realizar a compensação ambiental. Para isso, serão planta-das 7.800 mudas entre os meses de maio e outu-bro de 2012, no canteiro da obra.

Conforme Sara, a ideia inicial era iniciar o tra-balho no mês de novembro deste ano, porém é necessário fazer a cobertura do solo tendo em vis-ta que no local existem muitas pedras. “O plantio

será realizado no ano que vem de maio a outu-bro”, afirma.

No local existem eucaliptos, mas é uma espécie exótica, o que não é permitido pela Fepam dentro da faixa de mata ciliar. Com isso, as árvores devem ser retiradas. A faixa de margem de mata ciliar terá que um plantio obrigatório.

Já no mês de outubro deste ano, será realizado o cercamento da área de preservação permanente (APP) para que no dia do enchimento estiver no máximo possível se ajustando.

O relatório final da obra será entregue em ou-tubro logo após o enchimento. Após, a Fepam emite outro relatório e o mais tardar em novem-bro, a Ceriluz estará com a licença ambiental para começar a operar PCH RS 155.

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