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nº 48 - ano V abril/2011 A granja no inverno Como preparar o galpão e manter a temperatura ideal para as aves Revisão USDA tem novas projeções de produção e exportação de frango para o Brasil Caderno Ambiência e Incubação Influência da idade da matriz pesada e condições de armazenamento dos ovos férteis sobre a eclodibilidade

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nº 48 - ano Vabril/2011

A granja no invernoComo preparar o galpão e manter a temperatura ideal para as aves

RevisãoUSDA tem novas projeções de produção e exportação de frango para o Brasil

Caderno Ambiência e Incubação

Prod

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Influência da idade da matriz pesada e condições de armazenamento dos ovosférteis sobre a eclodibilidade

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Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

Ponto final

Pesquisador da Embrapa aborda a sustentabilidade na avicultura

JULIO PALHARES

76

Eventos

Painel do Leitor

Classificados

060874

Notícias CurtasConferência Facta: três dias de intensa programação técnica 10AviGuiaEspecialistas apresentam alternativas no controle de doenças entéricas 57AssociaçõesRegião Norte do Tocantins quer triplicar produção até 2015 55

Estatísticas e PreçosProdução e mercado resumoProdução de pintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoDisponibilidade interna de carne de frangoAlojamento de matrizes de posturaAlojamento de pintainhas comerciais de posturaDesempenho do frango vivo no mês de marçoDesempenho do ovo no mês de marçoMatérias-primas

63646566

67

68

69

70

7172

Portfólio AviGuia 75

Órgão revê projeções de produção e exportação para o Brasil ..........................................22

Caderno de PosturaNotícias CurtasBandeja de polpa moldada transforma-se em tela para holandês.........................................................

Muda ForçadaComo o setor de postura trabalha com a muda forçada no Brasil .................................................................

25

28Granja AntunesEmpresa conquista SIF para exportação ...............................

Ovo revisadoNovos achados trazem informações importantes sobre o alimento .............................

30

32Congresso de Ovos da APA Palestrantes batem o martelo: setor vai ter que se adequar às novas exigências ......................... 34

USDA

Caderno deAmbiência e Incubação

Artigo técnicoInfluência da idade da matriz pesada econdições de armazenamento sobre a eclodibilidade........................................42Capa

Empresas e Equipamentos IncubaçãoIncubação de novo em pauta...54

Notícias Curtas Venda externa de ovos férteis quase dobra de volume em dois anos ................................... 35Inverno Como manter a temperatura ideal para as aves no frio............ 36

ArtigoPas Reform do Brasil: Perfil ideal de perda de peso durante a incubação................52

Empresas e Equipamentos AmbiênciaPreparando a granja para o inverno........................... 40

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eDITORIAL

Tecnologia e inovação em primeira mão

Agradecimentos

No momento em que esse texto é es-crito, os jornalistas da equipe da Revista do AviSite se dividem entre a redação e outras cidades (Ribeirão Preto, SP, Marin-gá, PR, e Chapecó, SC) para cobrir os principais eventos que envolvem as in-dústrias do frango e do ovo. Tudo para levar até você as últimas novidades, que são apresentadas nestes encontros em primeira mão.

No Congresso de Produção e Comer-cialização de Ovos da APA (Ribeirão Pre-to, SP, 22 a 24 de março), a palavra de ordem foi transformação. Os assuntos apresentados foram escolhidos a dedo justamente por apontar evidências de que a base de produção, desde 2008, está em processo de mudança. “Nin-guém mais vai produzir ovos no Brasil da mesma forma que se produzia no passa-do”, afirma José Roberto Bottura. E den-tro dessa transformação, a sanidade é o pilar principal. Para o médico veterinário Paulo César Martins, uma nova tendência é o aumento do tamanho dos lotes e dos galpões. E em consequência, o aumento exponencial de aves no mesmo local pede novos padrões sanitários e de biosseguridade.

Já o Seminário Latino-Americano de Abate e Processamento de Frangos de Corte (Maringá, PR, 29 a 31 de março), funcionou como uma espécie de treina-mento e de apresentação de conceitos de qualidade para os profissionais ligados di-retamente ao abate e processamento de carne de frango. Técnicas para o manejo

pré-abate que ajudam a diminuir o des-conforto e possibilitam melhores condi-ções de bem-estar às aves, como apanha adequada, caixas de transporte em bom estado e sem quebras (que podem repre-sentar risco de ferimentos às aves), entre outras, foram apresentadas por Charlí Lu-dtke, Gerente de Produção Animal da WSPA Brasil (Sociedade Mundial de Pro-teção Animal).

O Simpósio Brasil Sul de Avicultura (Chapecó, SC, 5 a 7 de abril) promete dis-cutir novas tecnologias, descobertas e experiências de sucesso na produção de frangos de corte.

A cobertura completa destes eventos você confere na próxima edição desta pu-blicação. E na página 34, uma prévia com alguns destaques do Congresso de Ovos.

Muitos outros assuntos estão em pauta neste mês, como a matéria sobre a preparação necessária na granja para a chegada do inverno (página 36). Técnicos dão dicas de como melhorar a vedação dos galpões e economizar combustível entre os diferentes sistemas utilizados para aquecer os lotes. Os resultados do cuidado com a granja de frangos de corte no inverno são lotes mais saudáveis e produtivos.

Na nossa matéria de capa, a pesqui-sadora Josiane Tavares de Abreu, da PUC--Minas, fala sobre a Influência da idade da matriz pesada e do tempo de armaze-namento sobre a eclodibilidade dos ovos férteis (página 42).

Boa Leitura!

Gostaríamos de dizer nosso “muito obrigado” à comissão organizadora do Congresso de Ovos da APA e do Seminário La-tino-Americano de Abate e Pro-cessamento de Frangos de Cor-te. Agradecemos também à Josiane Abreu, Julio Palhares, Paulo Abreu, Andrea Molino, Elias Antunes, Valéria Abreu, Bruno Pimenta, Charlí Ludtke, Ariel Mendes, Vera Plens Queve-do e Fernando da Silveira.

4 Avicultura | Produção Animal

Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy (MTB 9782)[email protected]

ComercialCarla Fracalossi Christiane GalusniPaulo Godoy [email protected]@avisite.com.br

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e WL [email protected]

InternetJessica [email protected]

Circulação e assinaturaCristiane dos Santos(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

IDEIA SIMPLES E EFICIENTE

Forno de alvenaria é alternativa para

aquecimento do galpão

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Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

13 a 16 de junho Pecnordeste 2011 - Seminário Nordestino de Pecuária e Feira de Produtos e Serviços Local: Centro de Convenções do Ceará, Fortaleza, CERealização: FAEC/ CNA/ SENARTelefone: (85) 3535-8000 Informações: www.pecnordeste.com.brE-mail: [email protected]

Julho15 a 17 de julho52ª Festa do Ovo de Bastos e XXXVII Encontro de Avicultores e XXXIV Jornada TécnicaLocal: Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, Bastos, SPRealização: Sindicato Rural e Prefeitura de BastosContato: (14) 3478-9800

Agosto17 a 18 de agostoFórum de Líderes em Avicultura Local: Mabu Thermas e Resort, Foz do Iguaçu, PRRealização: Editora AnimalWorldContato: (19) 3709-1100 Informações: www.aveforum.com.brE-mail: [email protected]

Setembro6 a 9 de setembro XXII Congresso Latino-americano de AviculturaLocal: Buenos Aires, ArgentinaRealização: Associação Latino-americano de Avicultura (ALA)Informações: www.avicultura2011.com

21 a 23 de setembro 9° Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e NutriçãoLocal: Hotel Sibara, Balneário Camboriú, SCRealização: Acav (Associação Catarinense de Avicultura)Contato: (48) 3222.8734Informações: www.acavsc.org.br E-mail: [email protected]

Outubro25 a 27 de outubro 22º Congresso Brasileiro de Avicultura Local: Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, SPRealização: União Brasileira de Avicultura (UBABEF)Contato: (11) 3815-5964Informações: www.ubabef.com.br

2011

Maio17 a 19 de maioCurso Teórico e Prático: Métodos de Análises Microbiológicas em Carnes e Produtos CárneosLocal: Ital, Campinas, SPRealização: Ital/ CTC (Centro de Tecnologia de Carnes)Contato: (19) 3743-1884 Informações: www.ital.sp.gov.br/ctc

17 a 19 de maioAvesui 2011Local: Florianópolis, SCRealização: Gessulli AgribusinessContato: (11) 2118-3133Informações: www.avesui.com.brE-mail: [email protected]

16 a 20 de maioCurso Internacional de Produção AvícolaLocal: Universidade Estadual da Carolina do Norte, Raleigh, Carolina do Norte, EUAInformações: www.ces.ncsu.edu/depts/poulsci/international_course E-mail: [email protected]

26 a 29 de maioFenafrango 2011Local: Parque Municipal de Exposições Wolmar Salton, Passo Fundo, RSRealização: Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária (Acisa) e Sindicato RuralContato: (54) 3311-1300 Informações: www.fenafrango.com.br E-mail: [email protected]

31 de maio a 2 de junhoConferência Facta 2011Local: Mendes Convention Center, Santos, SPRealização: Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA)Contato: (19) 3243-6555 Informações: www.facta.org.br E-mail: [email protected]

Junho9 a 11 de junho I Feira de Avicultura e Suinocultura CapixabaLocal: Marechal Floriano, ESRealização: Associação de Avicultores e Suinocultores do ES (AVES e ASES)Contato: (27) 3288-1182Informações: www.associacoes.org.br

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8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor Escreva para: [email protected]

Cálculos preliminares indicam que o desastre natural na região serrana do Rio de Janeiro afetou pelo menos um terço da produção de frangos do Estado, inclusive do município de São José do Vale do Rio Preto.

Como fornecedor de serviços de incubação para 80% dos médios e pequenos avicultores do RJ, posso garantir que a matéria pode estar refletindo a realida-de específica de um ou outro produtor ou integrado, mas jamais do Município como um todo.Aqui na Avex prestamos serviços de Incubação para 10 dos 14 Avicultores do Vale do Rio Preto, que alojam por Mês cerca de 1.000.000 de Pintos, aviculto-res estes (os pequenos e médios) que representam cerca de 15% da produção total do Estado do RJ.É verdade que as dificuldades de chegada de matéria-prima nas fábricas bem como a retirada de frangos foram muito prejudicadas no início, além de percas de matéria-prima, frangos e aviários, porém mesmo esses fatores não fizeram a avicultura parar ou mesmo reduzir um único pinto alojado, isto tomando como base nossos parceiros.Manoel Luiz, São José do Vale do Rio Preto, RJ

Catástrofe fluminense afeta produção local de frangos

Se mantiverem a mesma evolução média registrada entre 2005 e 2010, as exportações brasileiras de carne de frango ficarão em torno dos 4 milhões de toneladas neste ano, podendo, em 2012, superar os 4,2 milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume corresponderá a uma expansão da ordem de 10% sobre o que foi exportado em 2010.

As previsões do MAPA indicam 4,3 milhões de toneladas para a exportação brasileira de carne de frango em 2012. A OECD/FAO coloca o montante em 4.355.170 para a exportação brasileira de carnes de aves (frango, peru, pato, marreco) para o mesmo ano. O USDA estima que o Brasil só alcance este volume de exportação de carne de aves em 2013. A estimativa de 4,2 milhões de toneladas exportadas em 2012 me parece bem razoável para as exporta-ções de carnes de aves, mas algo ousada se for só para a carne de frango.Osler Desouzart, Barueri, SP

Venda externa de frango pode superar os 4,2 milhões de toneladas

O médico pediatra e extensionista avícola Haroldo Vieira Vasconcellos faleceu em 1º de fevereiro. A Avimig, à qual Haroldo esteve indelevelmente ligado, mencionou que ele será lembrado principalmente pela disposição permanente de compartilhar conhecimento e distribuir as lições de uma vida recheada de experiências.

Nós, mortais que ficamos, agradecemos a Haroldo por seu grande lavor em prol da Avicultura Brasileira e principalmente na proteção das crianças mal nutridas deste País.Wolfram Quintero, São José dos Campos, SP

Morre Haroldo Vasconcellos, pioneiro da moderna avicultura brasileira

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Produção Animal | Avicultura 9

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As cinco mais lidas no AviSite em março

A revista inglesa The Economist traz um artigo sobre como alimentar o mundo em meio à crise global na

produção de alimentos e em tempos de se preservar as fontes renováveis e o meio ambiente. O artigo “Doing More With Less”, do jornalista e editor de Globalização da revista, John Parker, faz parte de um especial publicado pelo periódico - “The 9 billion people question” - abordan-do os problemas e os desafios para a produção de alimen-tos no mundo. No artigo, o autor argumenta que a única maneira confiável para produzir mais alimentos é usando melhores tecnologias. Ainda segundo ele, o mundo conta com três grandes alternativas para produzir mais alimentos: utilização de melhores sementes, sistemas de produção animal que proporcionem maior produtividade e o uso avançado da tecnologia e de insumos geneticamente modificados.

2017: Brasil, 1º produtor mundial de carne de frango?1

A revista (em espanhol) Industria Avicola, publicada pela editora norte-americana Watt Publishing mostra que

praticamente a metade da produção de 2010 provém de apenas cinco empresas.A liderança, naturalmente, é da BRF que responde agora por 29% do total nacional. Na sequência e com pouco mais de um terço da produção da primeira colocada (ou 11% do total), vem o Marfrig. Doux--Frangosul, Diplomata e Aurora respondem por outros 8%. Leia mais sobre o assunto na página 14.

Cinco empresas detêm a metade da produção brasileira de frangos

Notícias

4

3Na semana antes do carnaval, enquanto boa parte das

empresas integradas dispunha de produto suficiente para atender seu mercado, outras continuavam dependen-tes do mercado “spot”. Mas encontraram dificuldades para fazê-lo, pois havia um desalinhamento de preços entre o frango vivo e o abatido. Como contornar esse obstáculo? A solução foi recorrer a uma espécie de escam-bo. Ou seja: abatedouros com eventuais excedentes em suas escalas de abate cederam frango vivo a abatedouros que necessitavam complementar a produção através de compras no mercado independente. E a moeda, no caso, é a simples promessa de devolução, mais à frente, do frango vivo ora recebido.

Abatedouros avícolas recorrem ao escambo

2

Pelas projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 2011 a avicultura norte-

-americana deve produzir cerca de 16,9 milhões de toneladas de carne de frango, volume que corres-ponde a um aumento de 1,07% sobre 2010 e a uma expansão média de 1,31% ao ano em relação ao que foi produzido em 2004.

Já no Brasil o que se projeta é um incremento da ordem de 5%, índice que, se confirmado, significará produção em torno de 12,9 milhões e incremento médio de 6,25% ao ano a partir de 2004. Mantida essa taxa de crescimento a produção brasileira ultra-passaria a norte-americana em 2017. Leia mais na página 22. Alimentos para o mundo;

ou “como alimentar 9 bilhões de pessoas” 5

A infecção de aves pelo vírus H5N1 da Influenza Aviária foi confirmada dia 13 de março em

uma granja comercial da cidade de Chiba, marcan-do a chegada do patógeno à região central do Japão. No mesmo dia, técnicos da saúde animal iniciaram o abate sanitário de 35 mil aves, ao mes-mo tempo em que aplicaram medidas de restrição à movimentação de quase 1 milhão de aves criadas em um raio de 10 km do foco. Espera-se que consi-gam evitar uma disseminação maior do vírus – pers-pectiva temida pelo setor avícola, porquanto a província de Chiba é a segunda maior produtora de ovos do país.

Vírus H5N1 já afeta avicultura da região central do Japão

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10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Conferência Facta 2011 acontece no final de maioTrês dias de intensa programação técnica

Agende-se!

10 Produção Animal | Avicultura

Um dos eventos mais tradicionais da avicultura brasileira chega à sua 29ª

edição. A Conferência FACTA 2011, acon-tecerá entre os dias 31 de maio e 2 de junho no Mendes Convention Center em Santos, SP.

As palestras acontecem simultanea-mente em três salas diferentes, apresenta-das por especialistas brasileiros e convida-dos do exterior, intercalados com debates e coffee breaks.

O encontro também concentra o Prêmio Facta Profissional do Ano e o Prêmio de Pesquisa Avícola “José Maria Lamas da Silva”.

Os trabalhos científicos concorrentes ao Prêmio Lamas serão apresentados oral-mente durante o primeiro dia do evento.

Entre os destaques, no primeiro dia do evento, o auditório principal recebe uma mesa redonda sobre antimicrobianos na produção animal. Na seqüência, palestras sobre o efeito do manejo da água e tratamento de cama nas lesões de patas e ambiência em frangos de corte, entre outras. No segundo dia, a pesquisadora Barbara Tzchentke, da Universidade de Berlin, fala sobre a manipulação da tem-peratura embrionária e seus impactos no desempenho das aves. Já Fernando Buchala, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária de SP, levanta a situação da Laringotraqueíte no Brasil e os métodos de diagnóstico. Ariel Mendes, Diretor de Produção e Técnico-Científico da UBABEF, divide com os participantes

informações sobre o Projeto de Compartimentação da avicultura. Ainda no mesmo dia acontece um painel sobre cama de aviário, com a participação de Marcos Dai Prá, da Brasil Foods, Rodrigo Garófallo, da UFGD, e Virginia Santiago Silva, da Embrapa. No último dia, o en-contro promovido pela FACTA, Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas, é encerrado com uma mesa redonda sobre Salmonella. Participam Leonardo Werlang Isolan, do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA/DT/SFA), Mario Sérgio Assayag, da Brasil Foods, Pedro Manuel Leal Germano, da USP, e Rick van Oort, da CEVA, França.

Para conferir todos os detalhes da Conferência Facta 2011, acesse www.facta.org.br/conferencia2011.

Conferência Facta 2011Data: 31 de maio a 2 de junho

Local: Mendes Convention Center, Santos, SP

Realização: FactaContato: (19) 3243-6555

Informações: www.facta.org.br/conferencia2011

E-mail: [email protected]

Laboratório será construído no RSUm dos principais benefícios é garantir a agilidade de diagnósticos

Segurança Biológica

A construção de um laboratório de biossegurança em benefício da

sanidade do rebanho do RS tem res-posta positiva para 2011. O Secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, já assinou a Ordem de Serviço que permite o início da cons-trução do Laboratório de Segurança Biológica de Nível 3-A (NB3-A).

Ao custo total de R$ 15 milhões, com recursos oriundos do Governo federal (verba conseguida com o auxílio da bancada gaúcha) e contra-partida do Governo estadual, o labo-

ratório será construído na área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Eldorado do Sul, RS.

Um NB3-A possui as condições adequadas para o trabalho com agen-tes patogênicos que estão ausentes na região ou que sua manipulação possa causar contaminação dos fun-cionários e das pessoas que habitam no entorno do laboratório, além do risco de infectar rebanhos suscetíveis. Um dos principais benefícios é garan-tir a agilidade de diagnósticos, atual-

mente feitos por laboratórios de ou-tros estados, acarretando, muitas vezes, em atrasos nas respostas. “Esses atrasos podem ocasionar a demora de medidas para combate do problema, pois ficam na dependência do diagnóstico”, ressaltou Mainardi.

O Laboratório de Segurança Biológica de Nível 3-A também possibi-lita a realização de pesquisas com elevado grau de segurança. A previsão de conclusão da obra é de seis meses. As informações foram divulgadas pela Secretaria da Agricultura do RS.

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Produção Animal | Avicultura 11

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Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Instrução

Normativa (IN) nº 14, de 21 de março de 2011, pela qual o Ministério da Agricultura estabelece novos padrões para a coleta de amostras de mate-rial genético avícola importado em sua entrada no País.

A nova IN altera o Artigo 11 do Anexo I da Instrução Normativa nº 46, de 2 de setembro de 2008 (pu-blicada no DOU de 3/9/2008) e, principalmente, modifica os procedi-mentos relativos à coleta de amos-tras de aves vivas com um dia de idade. Ou seja: pela IN anterior cole-tavam-se 20 amostras, que eram sacrificadas no ponto de desembar-

que, onde também se colhia o mate-rial a ser examinado (sangue, suabes e órgãos). Pela nova IN, as mesmas 20 amostras devem ser enviadas

vivas ao laboratório oficial, onde só então serão sacrificadas para a coleta de sangue, suabes e órgãos.

Permanecem inalterados os testes a serem realizados, a saber: pesquisa sorológica e bacteriológi-ca para Salmonella pullorum, S. gallinarum, S. typhimurium, S. en-teritidis, Mycoplasma synoviae, M. gallisepticum, M. meleagridis (pe-rus) e pesquisa sorológica e viroló-gica para vírus da Doença de Newcastle e vírus da Influenza Aviária.

Para acessar a página 7 do DOU, na qual foi publicada a ínte-gra da Instrução Normativa nº 14/2011: www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=22/03/2011&jornal=1&pagina=7&totalArquivos=156.

Modificados procedimentos relativos à coleta de amostras de aves vivas

Novos padrões para entrada de material genético avícola

MAPA

Pela nova IN, amostras devem ser

enviadas vivas ao laboratório oficial

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Notícias

12 Produção Animal | Avicultura

A produção da indústria de ali-mentação animal no Brasil

registrou incremento de 5,3% em 2010 em relação ao ano anterior. De janeiro a dezembro de 2010, foram produzidas 61,4 milhões de toneladas de rações, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e mais 2,15 milhões de toneladas de sal mineral.

No que se refere à avicultura de corte, o setor manteve crescimento vigoroso e acrescentou quase 9% em 2010 e consumiu mais de 30 milhões de toneladas de ração. Para 2011 os produtores e exportadores projetam crescimento da ordem de

3 a 5%, ou 12,9 milhões de tonela-das. A CONAB vislumbra alojamen-to de 6,5 bilhões de pintos de cor-te. O Sindirações estima consumo de 31,8 milhões de toneladas de ração.

Já o consumo de ração para poe-deiras permaneceu estável e alcançou pouco mais de 4,8 milhões de tonela-das em 2010, frente ao alojamento de 78 milhões de pintainhas de postura (plantel alojado em 2009 supostamen-te subestimado). A alta do milho e do farelo de soja para alimentação das poedeiras prejudicou a rentabilidade do produtor, já que o preço médio do ovo registrou o menor valor desde 2007.

As previsões para 2011 seguem com cautela, uma vez que o plantel de poedeiras é 29% maior e os custos de produção continuam bastante elevados. O Sindirações ainda estima crescimento da ordem de 3% capaz de alcançar 4,98 mi-lhões de toneladas de ração.

Sobre 2011Na opinião do vice-presidente

executivo do Sindirações, Ariovaldo Zani, os preços das rações podem continuar pressionados pelo hipo-tético prejuízo conseqüente à ação das chuvas na colheita e transporte das safras de soja no Brasil e na Argentina, pela demanda da China e o crescimento de sua importação de milho e as previsões alarmistas da FAO para uma explosão demo-gráfica e de consumo crescente até 2050.

O Sindirações avalia que produ-ção brasileira de rações ao longo de 2011 vai depender principal-mente do crescimento das indús-trias produtoras de aves e suínos influenciadas pelo desempenho das exportações, já que o mercado doméstico apresenta níveis de con-sumo de carnes bastante semelhan-tes aos dos países desenvolvidos.

Mais informações sobre os nú-meros de 2010 levantados pelo Sindirações: www.sindiracoes.org.br/images/stories/noticias/bole-tim%20mar%E7o%20%202011%20final.pdf.

Produção total foi de 61,4 milhões de toneladas

Indústria de ração cresceu mais de 5% em 2010Alimentação animal

Sindirações estima consumo de 31,8

milhões de toneladas de ração pela

avicultura de corte em 2011

Avicultura de corte consumiu mais de 30 milhões de toneladas de ração em 2010

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Produção Animal | Avicultura 13

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Dados da Federação Nacional da Avicultura da Venezuela

(Fenavi) divulgados através do bole-tim da Associação Latino-Americana de Avicultura (ALA) apontam que o consumo per capita de carnes no país anda por volta dos 73,5 kg, mais da metade dos quais (55%) são supridos pela carne de frango. A carne bovina responde por outros 31% e a suína por pou-co mais de 14%.

Em busca de expansão, a avicul-tura de corte venezuelana quer aumentar o fornecimento de carne de frango à rede governamental, responsável pelo suprimento de alimentos a grande parte do país. De acordo com Francisco Tagliapietra, presidente da Fenavi, o

setor privado fornece de sete a oito mil toneladas mensais de carne de frango à rede pública e se dispõe a ampliar esse volume para 25 mil toneladas/mês, o que possibilitaria incremento da ordem de 12% na produção de frangos de 2011.

Atingir essa meta, entretanto, depende da contrapartida do pró-prio governo, pois o setor precisa modernizar-se, o que solicita gran-des investimentos. Conforme o dirigente da Fenavi, 80% das gran-jas do país continuam com os méto-dos convencionais de criação de frangos: “somente 20% dispõem de ambiente controlado - galpões bioclimatizados que permitem au-mentar a densidade de criação e a velocidade de engorda”. Conforme

o boletim da ALA, a Venezuela produz mais de 80% da carne de frango que consome.

Para atingir meta setor precisa modernizar-se

Avicultura venezuelana quer expandir produção Mais carne de frango

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14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Cinco empresas detêm metade da produção No frango, liderança é da Brasil Foods, com 29% do total nacional

Dados da Revista Watt Publishing

Apontando que em 2010 foram produzidas no Brasil pouco

mais de 5,8 bilhões de cabeças de frango, edição da revista (em espa-nhol) Industria Avicola, publicada pela editora norte-americana Watt

Publishing (www.wattagnet.com) também mostra que praticamente a metade dessa produção (em valo-res exatos, 48,52%) provém de apenas cinco empresas.

A liderança, naturalmente, é da

BRF, que – como resultado da fu-são entre Sadia e Perdigão – res-ponde agora por 29% do total nacional. Na sequência e com pou-co mais de um terço da produção da primeira colocada (ou 11% do total), vem o Marfrig. Que, junto com a BRF, detém 40% dos frangos produzidos nacionalmente.

Doux-Frangosul, Diplomata e Aurora respondem por outros 8%.

Perto de 3 bilhões de cabeças – ou 52% da produção nacional – estão distribuídos entre as de-mais empresas do setor. Como são em número bem superior a meia centena, a participação média de cada uma é inferior a 1%.

Enquanto apresenta expressiva concentração na produção de fran-gos, a avicultura de corte brasileira registra grande pulverização nas vendas de pintos de corte.

Os números estão na revista Industria Avicola, da editora Watt

Publishing (www.wattagnet.com), e mostram que os cinco principais vendedores de pintos de corte do País respondem por não mais que 15% da produção total do setor – 5,998 bilhões de cabeças em 2010.

A liderança – apontada pela própria empresa na edição de no-vembro/2010 da Revista do AviSite – pertence à paranaense Globoaves, responsável por volume correspondente a 7% da produção nacional de pintos de corte.

Empatados na segunda posição se encontram os grupos Alvorada (SP) e ASA (DF), vindo a seguir a Pluma (PR) e a Granja Planalto (MG).

Não há informações atuais so-bre o volume de pintos de corte comercializados e de auto-produ-ção, mas números recentes da APINCO apontaram que cerca de 80% do total produzido no Brasil provinham de integrações e, por-tanto, não são comercializados.

Se esse índice prevalecer, as vendas das empresas relacionadas correspondem a 75% dos pintos de corte comercializados no País.

Grandes vendedores de pintos de corte representam 15% da produção nacional

Marfrig é o segundo colocado com pouco mais de um terço da

produção da primeira colocada

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Produção Animal | Avicultura 15

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Novos levantamentos efetuados pelo Departamento de

Agricultura dos EUA (USDA), inclusi-ve com correção de números ante-riores, mostram que em 2011 o suprimento interno de carne de frango da Rússia pode ficar ligeira-mente aquém do alcançado em 2009 e 2010, situando-se próximo dos 2,9 milhões de toneladas (2,971 milhões de toneladas em 2009).

O retrocesso, porém, não se deve à queda na produção e, sim, a nova redução no volume importado, que em 2011 pode não ir além das 375 mil toneladas. E se esses núme-ros forem confirmados, os russos

estarão garantindo, através da pro-dução própria, 87% da oferta total do produto.

Os programas de estímulo à produção local estão fazendo com

que, em apenas uma década, o volume produzido se quintuplique (expansão de quase 420% no perío-do), enquanto as importações ten-dem a recuar no mínimo 70%.

Em uma década, volume de frango produzido aumentou cinco vezes

Produção própria garante 87% do suprimento Rússia

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Os ministérios ainda não sabem quais programas serão cortados para

atender ao aperto fiscal determinado pelo Planejamento e pela Fazenda. O corte mais profundo realizado pelo go-verno atingiu o Ministério das Cidades.

Segundo o jornal Valor Econômico, no Ministério da Agricultura, o corte é de 51% de seu orçamento é uma “cota de sacrifício” no esforço para controlar a inflação. O Ministro Wagner Rossi informou que as áreas

mais sensíveis, como defesa agropecu-ária e pesquisas da Embrapa, serão mantidas. Os subsídios à comercializa-ção e ao seguro rural também devem ser preservados do corte total de R$1,4 bilhão.

Valor total subtraído é de R$1,4 bilhão

Defesa e pesquisas são preservadasCorte no orçamento da Agricultura

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16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Vírus foi isolado na Austrália Maior número de casos e detecção abaixo do Equador preocupam

Influenza Aviária

Nos primeiros 75 dias de 2011 – ou seja, até o dia 16 de mar-

ço passado – a Organização Mundial de Saúde (OMS) computou a ocorrência de 18 infecções huma-nas pelo vírus H5N1 da Influenza Aviária. Dez deles resultaram na morte dos pacientes afetados.

Ainda que elevado (56%) o índice de letalidade observado é inferior ao registrado entre 2006 e 2008, anos em que os casos fatais variaram de um mínimo de 67% a até 75% dos pacientes afetados (os 100% de 2003 não são referência, pois, então – ano de surgimento da doença – só foram avaliados os casos fatais).

Apesar, no entanto, da letalida-de aparentemente menor, a Influenza Aviária volta a ser preo-cupação da OMS e de toda a co-munidade médica internacional. Porque os dez casos fatais registra-

dos nos primeiros dois meses e meio de 2011 correspondem a 42% do total de casos fatais notificados à OMS no ano passado.

É verdade que, com o fim do inverno no hemisfério norte, há uma tendência natural de redução dos casos da doença. Mas isso pode não ocorrer desta vez, por-quanto há certo relaxamento, ge-neralizado, em relação à prevenção da doença.

A mesma situação se repete na área animal. Ou, mais especifica-mente, na avicultura. Um ano atrás, até meados de março, os casos de Influenza Aviária pelo vírus H5N1 se resumiam, praticamente, ao Nepal, Bangladesh e Vietnã. Em 2011, a doença persiste nesses países, mas atinge também – e de maneira intensiva – Coreia do Sul, Japão, Índia, Bangladesh, Camboja e até Israel e os Territórios

Palestinos (a doença foi detectada também em Taiwan; mas trata-se de vírus menos virulento, o H5N2).

Porém, nesse cenário nada ani-mador, o que mais preocupa no momento é o fato de um vírus da Influenza Aviária (embora de baixa patogenicidade) ter sido isolado em local significativamente abaixo da linha do Equador ou, mais exata-mente, em país cortado pelo Trópico de Capricórnio – a Austrália. E o que mais chama a atenção, no caso, é que essa é a primeira vez no atual ciclo da do-ença que se detecta a presença do vírus a tão grande distância da linha do Equador.

Sem alarde, mas como alerta: o mesmo Trópico de Capricórnio que corta a Austrália corta também o Brasil, passando pelos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.

INFLUENZA AVIÁRIACasos humanos pelo vírus H5N1

Casos totais

Casos fatais

% de letalidade

2003 4 4 100%

2004 46 32 70%

2005 98 43 44%

2006 115 79 69%

2007 88 59 67%

2008 44 33 75%

2009 73 32 44%

2010 48 24 50%

2011* 18 10 56%

Total 534 316 59%

Fonte dos dados básicos: OMS / Elaboração e análises: AVISITE* Até 16 de março de 2011

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Produção Animal | Avicultura 17

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Notícias

18 Produção Animal | Avicultura

Pesquisa sugere mutação natural Achado pode ajudar produtores avícolas em países de clima quente

Peru de pescoço pelado

A cabeça parece a de um peru, enquanto o corpo se asseme-

lha mais a uma galinha. Sui gene-ris, a ave é conhecida como peru do pescoço pelado da Transilvânia, mas também é chamada de peru--galinha ou galinha-peru. Agora, cientistas do Instituto Roslin, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, explicam porque a espécie possui visual tão distinto de suas congêneres: a ave desenvolveu tais características em decorrência de uma complexa mutação genética.

Os pesquisadores de Edimburgo descobriram que uma substância derivada da vitamina A, produzida

em volta do pescoço da ave, au-menta os efeitos da mutação gené-tica. Isso faz com que uma proteí-na, a BMP12, seja produzida, suprimindo o crescimento das pe-nas e fazendo com que a ave tenha o pescoço pelado.

O achado pode ajudar produto-res avícolas em países de clima quente, principalmente aqueles em desenvolvimento, já que a espécie pode suportar melhor o calor.

O peru do pescoço pelado da Transilvânia é originário da região homônima, no norte da Romênia, e foi introduzido no mercado britâni-co por volta de 1920. Por lá, e na

região central da Europa, é famosa. No Brasil é amplamente conhe-

cida (e criada) a galinha de pescoço pelado. Uma ave rústica, que dis-pensa cuidados especiais. Daí ser criada à solta, como frango caipira.

Quanto ao peru de pescoço pelado, suas características tam-bém não param na resistência ao calor. A quantidade de ovos posta diariamente é respeitável e ainda é desejável para a produção de car-ne. Além disso, é mais resistente a doenças e, apesar de ter metade das penas de uma galinha comum, também apresenta boa resistência ao frio.

Peru do pescoço pelado da Transilvânia: Metade das penas

de uma galinha comum

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Produção Animal | Avicultura 19

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Quase a um só tempo, Holanda e EUA voltam a registrar casos

de Influenza Aviária, ambos consi-derados de baixa patogenicidade.

Na última semana se março, notificação recebida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) dava conta da detec-ção, no sudoeste da Holanda, de variante H7 do vírus da Influenza Aviária.

O episódio envolveu granja localizada no município de Kapelle, província de Zeeland, e afetou um plantel de 127.500 frangos, imedia-tamente submetidos a sacrifício sanitário. A variante isolada, confir-mou-se depois, é do tipo H7N1.

Na sequência, autoridades de saúde animal dos EUA transmitiram notificação similar à OIE. Neste caso, embora o foco também envolva va-riante H7 da Influenza Aviária, o vírus identificado é do tipo H7N3 e afetou uma granja de perus (30 mil cabeças) do condado de Polk, no estado do Missouri.

Ainda que sejam caracterizados como de baixa patogenicidade, os dois tipos de vírus causam preocupação, devido ao risco de mutação em espé-cie patogênica. Não só isso, porém: pesquisas realizadas em 2005 demons-traram que um e outro vírus – H7N1 e H7N3 – podem “saltar” a barreira animal e infectar seres humanos.

Granjas de frangos e perus foram afetadas

Baixa patogenicidade na Holanda e nos EUA

Influenza Aviária II

E stá enganado quem pensa que a questão dos níveis de hidrata-

ção do frango abatido é um proble-ma exclusivamente brasileiro: esse é um desafio mundial.

No momento, quem questiona a própria legislação é a União Europeia. E como seus técnicos não têm uma resposta efetiva e definiti-va sobre o assunto, lançou um con-curso público visando a um estudo que deve mensurar os índices de hidratação da carne de aves.

O objetivo do trabalho – expli-cam os técnicos da UE – é avaliar fisiologicamente o teor de água contido nas carnes avícolas e ratifi-car (ou retificar) se os limites de hidratação definidos pela legislação em vigor (Commission Regulation nº 543/2008) ainda são válidos ou necessitam de atualização.

Note-se, neste caso, que o regu-lamento em pauta foi baixado há menos de três anos (6 de junho de 2008). Mesmo assim as autoridades europeias consideram a questão de extrema importância. A ponto de atribuírem à execução do projeto cerca de 190 mil euros (mais de R$400 mil).

Bloco lançou concurso visando estudo

União Européia reavalia níveis de hidratação

Desafio mundial

Objetivo é avaliar fisiologicamente o teor de água nas carnes avícolas e

ratificar se limites em vigor ainda são

válidos

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20 Produção Animal | Avicultura

Notícias - Empresas

Estimulada por um cenário de vendas aquecidas no mercado doméstico e

uma recuperação gradual das exporta-ções, a Brasil Foods fechou 2010 com lucro de R$804 milhões, mais de três vezes acima do resultado do exercício anterior, de R$225 milhões.

A empresa de alimentos ainda infor-mou em seu balanço que pretende investir entre R$1,2 bilhão e R$1,4 bi-lhão neste ano, após os desembolsos de R$702,9 milhões de 2010 - em recursos direcionados a novos projetos, melho-rias e produtividade das operações.

A receita líquida da Brasil Foods cresceu 8% no ano passado, para R$22,681 bilhões, refletindo um au-mento de 11% no mercado interno e 4% no mercado externo.

Os números consideram a combina-ção das duas empresas em todo o exer-cício de 2009, embora os resultados da Sadia só tenham sido incorporados ao

balanço que segue a legislação societá-ria a partir de julho daquele ano. Para este ano, a expectativa é de um aumen-to de 10% a 12% na receita líquida.

As informações foram divulgadas pelo Valor Econômico.

Participação da BRF nas expor-tações de aves in natura chega aos 46%

Dados extraídos do balanço da BRF permitem concluir que em 2010 a em-presa foi responsável por quase a meta-de das exportações brasileiras de carnes avícolas in natura.

Os dados anuais da SECEX/MDIC mostram que no exercício passado o Brasil exportou 3,539 milhões de tonela-das de carnes avícolas in natura – cerca de 98% desse volume estando repre-sentado pela carne de frango e o res-tante pela carne de peru. Como as exportações de carnes de aves in natura

da BRF somaram 1,640 milhão de tone-ladas, corresponderam a 46,34% do total apontado pela SECEX/MDIC.

O balanço anual também aponta que no exercício passado as exporta-ções da BRF cresceram 42%, o que teria elevado a participação da empresa nas exportações brasileiras de 35% para os atuais 46%. Mas se isso for verdade, as exportações das demais empresas recu-aram mais de 10% no ano.

Pode ser, entretanto, que os núme-ros de 2009 da BRF reflitam resultados computados ao tempo em que a fusão (de números) Sadia/Perdigão ainda dava os primeiros passos.

Sadia planeja fábrica no mundo árabe

Em entrevista para a Folha de S. Paulo, o copresidente do conselho da Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, afir-mou que as revoltas no mundo árabe não mexeram nas vendas de frango brasileiro para a região. Ao contrário, a BRF, terceira maior exportadora do país, planeja ter uma fábrica por lá. “Essa região, na qual somos líderes, represen-ta mais de 20% das nossas exporta-ções. Ainda não temos fábrica lá, mas está entre os projetos prioritários. Temos terreno nos Emirados Árabes, mas não definimos. Há tratativas com a Arábia Saudita. Analisamos a possibili-dade de aquisições”.

Três vezes acima do resultado do exercício anterior Lucro da Brasil Foods salta para R$ 804 milhões Balanço 2010

Após alguns anos tendo à frente a rede de supermercados

Tesco, em 2010 a Moy Park assu-miu o topo da lista das 100 maio-res empresas da Irlanda do Norte. O ranking, anual, é elaborado pelo principal jornal norte-irlandês, o Belfast Telegraph (BT).

Conforme o BT, a Moy Park emprega mais de 10.500 pessoas em 12 diferentes locais de produ-ção espalhados não apenas pela Irlanda do Norte, mas também pela Inglaterra, França e Holanda.

A Moy Park pertence ao Grupo Marfrig desde 2008. Mas, segundo

o Diretor-Executivo Nigel Dunlop, o que a empresa brasileira fez com essa aquisição foi, apenas, dar à Moy Park uma perspectiva global: “embora pertencendo ao Grupo Marfrig, continuamos a operar como um negócio independente e hoje mais amplo”.

Brasileira deu uma perspectiva global à empresaMoy Park é a empresa “top” da Irlanda do NorteDa Marfrig

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Produção Animal | Avicultura 21

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Sanofi-Aventis e Merck & Co desis-tiram dos planos de criação de

uma joint venture global entre seus braços de saúde animal. A americana Merck, controladora da Intervet e a francesa Sanofi, controladora da Merial, haviam anunciado, em março de 2010 a pretensão de associarem os seus negócios na área de saúde animal.

A nova empresa seria líder da indústria mundial do setor, com fatu-ramento superior a US$ 5 bilhões, superando a Pfizer, que comprou a concorrente Wyeth e incorporou a Fort Dodge, reforçando seu segmen-to de saúde animal.

Agora, depois de um ano, os planos não se concretizaram e as empresas, inclusive a Merial e a

Intervet, seguem operando separada-mente. Sem o acordo, a americana Merck volta a controlar 100% da Intervet, e a francesa Sanofi, os 100% da Merial.

Fontes dizem que os motivos envolvem as dificuldades criadas por órgãos regulatórios dos Estados

Unidos e da Europa, preocupados em manter a competitividade do setor, principalmente porque a Pfizer, outra grande farmacêutica, já havia com-prado a Wyeth.

O jornal Valor Econômico divul-gou que o fim da joint venture no âmbito global entre Merial e Intervet muda também as perspectivas para o Brasil. A expectativa que o novo grupo passasse a controlar sozinho quase 30% do mercado doméstico faz com que disputa pela liderança no Brasil aumente. Sem a operação, a Pfizer passa a ser a maior indústria veterinária do Brasil, com uma fatia de 16,8%. A Intervet fica em segun-do lugar, com participação de 14,5%, seguida pela Merial, com uma parce-la de 13,5% do mercado doméstico.

Motivo são dificuldades criadas por órgãos regulatórios

Sanofi e Merck abandonam joint ventureSeguem isoladas

Sem a operação, Pfizer passa a ser a maior indústria

veterinária do Brasil. A Intervet fica em

segundo lugar, seguida pela Merial

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Estimativas

22 Produção Animal | Avicultura

USDA revê projeções para o Brasil Produção prevista para 2011 subiu 12,9 milhões de toneladas, enquanto a

previsão de exportação recua para 3,3 milhões de toneladas

Em sua segunda avaliação das tendências brasi-leiras de produção, exportação e oferta interna

de carne de frango em 2011, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reviu para cima o vo-lume a ser produzido, mas rebaixou o volume a ser exportado.

Na primeira avaliação, em outubro de 2010, fo-ram previstas para este ano uma produção de pou-

co mais de 11,7 milhões de toneladas e exportações de 3,450 milhões de toneladas. Já na nova projeção, a produção prevista subiu 12,9 milhões de tonela-das, enquanto a previsão de exportação recua para 3,3 milhões de toneladas.

A previsão de produção não tem nenhum segre-do: significa 5% de aumento sobre o produzido em 2010, como prevê o próprio setor avícola brasileiro.

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Produção Animal | Avicultura 23

USDA revê projeções para o Brasil

É preciso que sejam dadas condições ao setor para que se alcancem os resultados projetados, como a existência em suficiência do milho

Mas a previsão de exportação abre uma interroga-ção, pois mesmo partindo dos números do USDA (que não coincidem com os da SECEX/MDIC – leia o box Para setor nacional, exportações avançam 5% em 2011), apontam incremento anual de 4%, abai-xo, portanto, do que vem sendo projetado internamente.

A diferença entre USDA e SECEX/MDIC na ex-portação talvez se explique pelo fato de o órgão norte-americano não computar, nas vendas exter-nas, as exportações de patas de frango – lá, um produto não-comestível.

Mas como a pata é “parte integrante” do frango (seu peso está computado na produção total), cria--se uma distorção ao não computá-las na exporta-ção, ou seja, sobe sensivelmente a disponibilidade interna.

Não é por menos, pois, que enquanto os núme-ros da avicultura brasileira indicam para 2010 dis-ponibilidade interna próxima de 8,5 milhões de toneladas, os números do USDA falam em 9,132 milhões de toneladas, 7,5% a mais.

Aliás, aceita essa projeção, chega-se a um con-sumo de, praticamente, 48 kg per capita. E isso re-

presenta quase quatro quilos a mais que os 44 e poucos quilos estimados pela avicultura brasileira. Ou, então, oito quilos a mais que os 40,1 quilos projetados pelo próprio USDA em suas previsões de outubro de 2010.

Como se baseou no comportamento do setor nos últimos anos, pode ser que o USDA exagerou ao prever que até o final desta década as exportações de carne do frango do país terão um crescimento real negativo e só por volta de 2019 voltarão a superar o volume exportado em 2009. Mesmo assim o órgão apontou uma tendência, que sugere estar próximo o ponto de estabilidade para a venda externa do fran-go norte-americano.

É uma situação completamente diferente daque-la projetada por aqui pela Assessoria de Gestão Es-tratégica (AGE) do Ministério da Agricultura. Pois, partindo dos resultados alcançados em anos ante-riores, a AGE estimou que em 2020 o Brasil poderá

estar exportando mais de 6 milhões de toneladas de carne de frango – incremento superior a 4% ao ano em relação ao final da década passada.

Da mesma forma que as projeções norte-ameri-canas estão influenciadas negativamente pelos re-sultados dos últimos anos, as brasileiras podem ter sido influenciadas positivamente pela evolução ex-cepcional registrada desde o começo dos anos 2000. Mas há melhores perspectivas para as exportações de carne de frango do Brasil.

Isso, entretanto, não será concretizado natural-mente. A tendência é de expansão significativa, mas é preciso conquistá-la dia a dia, mesmo porque, au-mentando cada vez mais sua participação nesse

Tendências de exportação brasileira diferem das norte-americanas

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Estimativas

24 Produção Animal | Avicultura

mercado, o Brasil também estará cada vez mais na berlinda.

Igualmente, é preciso que sejam dadas condi-ções ao setor para que se alcancem os resultados projetados. Uma delas é a existência em suficiência da matéria-prima básica do frango, o milho.

Outra, igualmente fundamental, é a continui-dade de implantação de uma política de saúde animal que garanta a manutenção do status quo sanitário do setor – reconhecido como “de alto padrão” pelas várias missões internacionais que têm inspecionado a produção brasileira. E, infeliz-mente, políticas do gênero sempre acabam em se-gundo plano quando há necessidade de contin-genciamento das despesas públicas – como acontece agora neste início de Governo.

Não só a avicultura, mas toda a produção ani-mal brasileira têm, hoje, importância fundamental – social, econômica – para o Brasil. E um potencial que assegura contribuição cada vez maior para o País. Não podem, pois, ser tratadas como ativida-des de segunda classe.

Para setor nacional, exportações avançam 5% em 2011

Nas projeções do próprio setor, os embarques brasileiros de carne de frango em 2011 tendem a registrar aumento em torno de 5%, índice que configura exportação anual pouco superior a 4 milhões de toneladas, média de 335 mil toneladas mensais.

Mas o que acontecerá se, por exemplo, vier a repetir-se o com-portamento médio observado no quinquênio 2006-2010, período em que o setor passou por dois difíceis momentos – a crise da Influenza Aviária, em 2006; e a crise econômica mundial, em 2009 – e, mesmo assim, registrou um crescimento médio superior a 6% ao ano?

O resultado possível pode ser projetado a partir do gráfico ao lado, que mostra – em valores relativos - a média mensal das ex-portações de carne de frango entre 2006 e 2010. E revela, por exemplo, que os menores volumes embarcados no ano são regis-trados normalmente no início do exercício.

Dessa forma, projetado o volume de carne de frango registrado em janeiro de 2011 (perto de 295,4 mil toneladas) para a totalida-de do exercício, chega-se a um volume anual pelo menos 9% su-perior ao do ano passado, algo próximo de 4,170 milhões de tone-ladas – média de 347,5 mil toneladas mensais, contra a média de 318,3 mil toneladas/mês em 2010. Vale lembrar que, em fevereiro, as exportações alcançaram 296,5 mil toneladas. Com o embarque de 591.984 toneladas no período, esse foi o melhor primeiro bi-mestre da história das exportações de carne de frango (leia mais na página 64).

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25 Produção Animal | Avicultura

Bandeja de polpa moldada transforma-se em tela para holandês

Criatividade

Ovos e caixas de ovos já serviram como matéria-prima para artistas e suas obras.

Não chega a ser grande novidade. Mas no caso do artista plástico holandês, Enno de Kroon (www.ennodekroon.nl), foram as bandejas (de dúzia e meia de ovos) que serviram como tela. E elas não foram utilizadas para uma ou outra pintura. Deram origem a uma série delas, inti-tulada pelo próprio de EggCubism. Em seu site, Kroon explica que considera as bandejas de ovos como objetos 2.5D (de duas-dimensões--e-meia), que oferecem possibilidades únicas

para a projeção de imagens. “Apesar de limitar a visão, as ondas da bandeja dão espaço para a imaginação e diferentes leituras dependendo de seu observador”, afirma. De fato, ao obser-var as obras frontalmente, temos uma imagem. De lado, ela é substituída por outra.

Para completar, Enno de Kroon se inspirou em Pablo Picasso e Georges Braque, fundado-res do cubismo, movimento artístico (entre 1907-1914) que buscava representar os objetos em três dimensões.

As imagens falam por si só.

Caderno PosturaAs principais notícias do setor produtor de ovos Notícias curtas ................................... 25Muda Forçada ................................... 28Granja Antunes exporta ................. 30O Ovo Revisado ................................. 32Congresso de Ovos ........................... 34

“Possibilidades únicas para a projeção de imagens”

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26 Produção Animal | Avicultura

Caderno PosturaCaderno Postura

EUA intensificam fiscalização Mais rigor

Depois do grande surto de Salmonella enteritidis, ocorrido em agosto de 2010,

as autoridades da Food and Drug Administra-tion (FDA) estão intensificando as fiscaliza-ções sobre as granjas de postura comercial no país. Na ocasião, mais de 550 milhões de ovos foram recolhidos dos pontos de venda, mas não antes de causar infecções a mais de 1.300 pessoas.

Somente no Estado de Iowa, as 100 mi-lhões de galinhas poedeiras alojadas estão recebendo atenção mais “agressiva” por par-te dos fiscalizadores. O secretário de Agricul-tura do Estado, Bill Northey, afirma que o desafio é afastar de vez qualquer ameaça de um novo surto na região. Ano passado, duas grandes granjas do Estado foram diagnostica-das com a presença da bactéria. “O FDA está fazendo os procedimentos de uma forma diferente agora. Eles estão seguindo rigorosa-mente os requerimentos de segurança alimen-tar para testar as granjas produtoras. O que aconteceu aqui em 2010, colocou os holofo-tes sobre a segurança alimentar do ovo”, diz Northey. “Hoje, as nossas granjas estão rece-bendo visitas dos técnicos do FDA como nun-ca receberam antes”. O Estado de Iowa é o maior produtor de ovos dos Estados Unidos, com uma produção anual de mais de 14 bi-lhões de unidades.

Nova regraCom o surto de Salmonella e o recall de

mais de 550 milhões de ovos em casca, o FDA implementou uma regulamentação federal, com o intuito de prevenir a infecção da bacté-ria nos ovos. E, neste mês de fevereiro, o órgão divulgou o seu primeiro relatório sobre as suas inspeções. De acordo com o docu-mento, a agência de fiscalização do FDA ins-pecionou 35 granjas de postura comercial em seis Estados (Ohio, Maine, Pensilvânia, Wa-shington, Carolina do Sul e Utah). Todos estes Estados já haviam apresentado algum tipo de surto ou falhas em suas conformidades de segurança alimentar.

No relatório, 12 granjas foram apontadas com necessidades urgentes de mudanças e melhorias. Outras 11 foram avaliadas como “sem necessidades de ações emergenciais” e outras 12 ainda aguardam a avaliação de seus status.

Das 1.796 amostras colhidas nas granjas (swabs), 76 ou cerca de 4% foram positivas para Salmonella enteritidis. O FDA divulgou que todas as amostras positivas são de ape-nas um produtor, mas não revelou os nomes das granjas submetidas às análises.

Ainda segundo o relatório, as maiores falhas das granjas inspecionadas estão ligadas aos seus arquivos e à falta de registros das datas de implementação de programas de segurança alimentar e de biosseguridade. As granjas também receberam péssima classifica-ção quanto aos seus programas de controle de roedores e controle de presença de ani-mais de outras espécies junto ao plantel de aves.

Este é o primeiro relatório realizado e divulgado pelo FDA dentro do novo programa de controle e prevenção da Salmonella. Hoje, existem nos Estados Unidos cerca de 600 granjas de postura comercial, com mais de 50 mil poedeiras alojadas, que estão sendo alvo da nova regra de segurança alimentar ameri-cana. As outras granjas, segundo o próprio FDA, estão recebendo inspeções focadas em suas conformidades com a regra geral.

Granjas estão recebendo visitas dos técnicos do FDA como nunca

MAIORES FALHAS das granjas

inspecionadas estão ligadas aos seus

arquivos e à falta de registros das datas de

implementação de programas de

segurança alimentar e de biosseguridade

REMEMORANDO...Em agosto de 2010,

cerca de 550 milhões de ovos em casca foram recolhidos dos pontos de venda nos Estados Unidos por conta de um recall, ocasionado pela presença de Salmonella entertidis no produto.

Os ovos estavam sendo comercializados em 14 estados americanos (Arkansas, Califórnia, Iowa, Illinois, Indiana, Kansas, Minnesota, Missouri, Nebraska, Dakota do Norte, Ohio, Dakota do Sul, Texas e Wisconsin), sob variadas marcas e embalagens, inclusive a granel.

Cerca de 1.300 pessoas tiveram problemas de saúde atribuídos ao consumo dos ovos contaminados.

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27 Produção Animal | Avicultura

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28 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Muda ForçadaA prática, muito utilizada para incentivar um novo ciclo na produção de ovos, vem sendo bastante discutida entre representantes e órgãos defensores do bem-estar animal. Em alguns países, a técnica, baseada no jejum severo às aves, até já foi abolida. E no Brasil? Como o setor de postura comercial trabalha com a muda forçada?

Caderno Postura

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29 Produção Animal | Avicultura

A Índia, país que produz atualmente mais de 530 bilhões de ovos ao ano, está entre os

três maiores produtores mundiais do produto. E devido à enorme importância de sua avicul-tura de postura comercial, órgãos e represen-tantes locais de bem-estar animal decidiram lançar uma campanha contra a prática da muda forçada, com aplicação de jejum severo, em todo o país. A campanha foi acatada e, recentemente, o governo indiano, por meio do Animal Welfare Board of India (AWBI), proibiu o uso desta técnica, ficando suscetível a multas e punições. A restrição do alimento às galinhas poedeiras, por um determinado período, pro-move o rejuvenescimento do trato reprodutivo da ave e estimula ciclos adicionais de produção de ovos. Durante o período de jejum, utilizado para promover a mudar forçada, a ração pode ser suspensa à ave por até 14 dias e a água por um período de até 48 horas. De acordo com as entidades protetoras dos animais, esta prática causa sofrimento à galinha, que chega a per-der cerca de 35% do seu peso corporal.

No Brasil, segundo os especialistas, ainda não há uma proibição formal da prática do jejum severo para a promoção da muda força-da. No entanto, entidades como a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA Brasil) é totalmente contra o método. “A restrição ali-mentar traz um sofrimento excessivo e desne-cessário para as aves”, defende Charli Ludtke, gerente de Animais de Produção da WSPA Brasil. “A WSPA Brasil ainda não tem uma linha de estudo específica sobre muda forçada, mas somos contrários a qualquer tipo de prática que cause sofrimento ao animal de produção”.

De acordo com o Diretor de Produção e Técnico Científico da União Brasileira de Avicul-tura (UBABEF), Ariel Antonio Mendes, a prática da muda forçada faz parte do Protocolo de Bem-Estar Animal elaborado pela entidade. Mendes diz que a recomendação é pela prática de métodos menos traumáticos às aves para promover a muda como a utilização de rações com menos nutrientes (à base de farinha de trigo, por exemplo) e dietas ricas em zinco. “Desta forma, a ave não fica em jejum por completo, pois tem um alimento à sua disposi-ção. Mas com a deficiência de certos nutrien-tes, a muda é promovida e um novo ciclo de produção de ovos pode ser estimulado”, explica.

A doutoranda em Zootecnia, da Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp/Botucatu, Andrea de Britto Molino, esclarece algumas dúvidas sobre a prática da muda forçada no Brasil. Andrea é autora de vários estudos e pesquisas sobre o assunto. Confira:

AviSite - Como a avicultura brasileira trabalha com a muda forçada?

Andrea Molino - O manejo de muda forçada tem sido amplamente utilizado em poedeiras comer-ciais, com o objetivo de prolongar a vida produtiva das aves e, assim, diminuir os custos de reposição dos lotes. O jejum tem sido o método mais comu-mente utilizado para induzir a muda forçada, devido ao seu baixo custo e elevada eficiência.

AviSite - Em quais períodos ela é aplica-da no plantel e como ela é feita?

Andrea Molino - A muda forçada é aplicada em aves com idade avançada, em que a produção de ovos está bastante reduzida e sua qualidade [dos ovos] comprometida. Geralmente, ocorre redução do fotoperíodo através da retirada da iluminação artificial e retirada de ração por um período não superior a 14 dias. Este método é o mais utilizado no Brasil, existindo uma grande gama de variação, cada uma recomendada por determinado centro de pesquisas.

AviSite - Existe alguma restrição por parte dos órgãos de proteção animal?

Andrea Molino - Devido ao antagonismo entre o método de jejum e o bem-estar das aves, diversos métodos têm sido estudados nas últimas três décadas. Existe uma preocupação crescente em pesquisar alternativas que não causem tanto estres-se alimentar e que apresentem resultados econômi-cos e de qualidade dos ovos compatíveis com o método convencional utilizado, uma vez que os Estado Unidos e a União Europeia têm condenado os métodos de muda baseados em jejum, o que, em curto prazo, poderá constituir-se em restrição à importação de ovos por vários países.

Jogo rápido

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30 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Granja Antunes recebe SIF para exportação

Caderno Postura

A Granja Antunes, de Avaré, SP, se juntou ao seleto grupo de empresas brasileiras

exportadoras de ovos. É mais uma para im-pulsionar os números dos embarques a par-tir do Brasil e, quem sabe, melhorar o de-sempenho do setor que, em 2010, registrou forte retrocesso na comparação com 2009.

A empresa de Avaré resolveu apostar na avicultura de postura há cinco anos, quan-do assumiu as instalações da já extinta Granja Saito. Mas a história da companhia é muito mais antiga do que isso, ela está pre-sente no mercado de beneficiamento e transporte de grãos e suinocultura há pelo

menos 20 anos, com as marcas Grãos Brasil e Cerealista Antunes.

Agora, querendo alçar voos ainda maio-res, a Granja Antunes recebeu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o SIF (Serviço de Inspeção Federal) para ex-portação. O interesse é por países dos conti-nentes asiático e africano, como Japão e An-gola. O empresário Elias Antunes, proprietário e diretor das empresas Granja Antunes, Grãos Brasil e Cerealista Antunes, explica: “Ampliar mercado é o objetivo de todo e qualquer organização. A Granja An-tunes não segue uma linha diferente. Quan-to mais mercados atendermos, melhor é a segurança e a consequente estabilidade da organização. Ao tornar os produtos oriun-dos do entreposto mais competitivos, pode-mos evitar crises e oscilações do mercado interno, o que gera menor desgaste e instabilidade”.

Elias conta que a empresa precisou de poucas adequações para receber o SIF expor-tação. “Fornecemos para grandes redes de supermercados e por isso já atendíamos a uma série de exigências com relação a siste-mas de controle de qualidade. Para receber o SIF, foram feitos alguns investimentos e al-terações nas estruturas do entreposto. O processo foi concluído em cerca de um ano e meio após a abertura”.

Confira na página seguinte, outras infor-mações sobre a Granja Antunes.

• Granja Mantiqueira • Somai do Nordeste• Avícola Carminatti• Naturovos

Empresas brasileiras aptas a exportar ovos

Empresa resolveu apostar na avicultura de postura há cinco anos, quando assumiu as instalações da já extinta Granja Saito

• Granja Shinoda• Granja Katayama • Companhia Minuano• Itamontes Laticinios

• Aviário Santo Antônio• Salto’s Alimentos• Gralha Azul Avícola• Granja Yabuta• Granja Antunes

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31 Produção Animal | Avicultura

EstruturaSão 34 galpões, sendo 22

destinados à produção de ovos e 12 para as fases de cria e recria. Os galpões de cria e recria estão localizados a aproximadamente 30 km de distância da unidade reprodutora.

A unidade de produção conta com 12 galpões automatizados, sendo eles responsáveis pela produção de 85% do total. Des-tes, três galpões contam com sistema de climatização, respon-sável pelo gerenciamento e con-trole de temperatura e umidade relativa do ar. Já a unidade de cria e recria conta com dois gal-pões automatizados e climatizados.

ComércioDe forma geral, a

Granja Antunes escoa seus produtos nas regiões Su-deste (São Paulo, São Vi-cente, Ibiúna, Campinas e outras cidades) e Centro--Oeste (Goiânia e Distrito Federal).

Produção DiáriaSão produzidos, em média,

860.000 ovos por dia, sendo 700.000 unidades oriundas do sistema automatizado e 160.000 do sistema convencional.

Ano passado foram exportadas 25 mil tonela-das de ovos e seus produtos, queda de quase 26% na comparação com 2009. No primeiro mês de 2011, os resultados não foram melhores. Dados da SECEX/MDIC mostram que em janeiro as expor-tações brasileiras de ovos em casca ficaram próxi-mas de 93 mil caixas de 30 dúzias, volume que representou recuo de 44,32% sobre idêntico mês de 2010.

Segundo o consultor José Carlos Teixeira, essa redução é atribuída à valorização do Real e, princi-

palmente, à falta de novos destinos internacionais para o ovo produzido no Brasil, especialmente no que se refere aos países desenvolvidos, como aqueles do bloco europeu. Neste caso, explica Teixeira, as dificuldades para obtenção da certifi-cação necessária se devem às restrições feitas aos resíduos provenientes da alimentação das aves. “As ações para obter a regularização da metodo-logia se arrastam no Ministério da Agricultura por quase quatro anos, apesar do empenho das em-presas e entidades envolvidas”, completa.

A exportação brasileira de ovos

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32 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Um novo relatório di-vulgado pelo Serviço

de Pesquisas Agrícolas (ARS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) revela que os ovos têm 14% menos colesterol e 64% mais vitamina D do que se pensava.

O ARS recentemente revisou a composição nu-tricional do ovo tipo grande e os resultados mostram que a média de colesterol é de 185mg. A análise também revelou que um ovo contém 41 unidades internacionais (ou 1mg) de vitamina D.

A vitamina D promo-ve a absorção de cálcio, essencial para o desenvol-vimento normal dos os-sos e dentes. Poucos ali-mentos são considerados fontes de vitamina D, en-tre eles encontram-se a gema de ovo e alguns ti-pos de peixes.

“A pesquisa foi feita a partir da coleta aleatória de ovos de 12 localidades diferentes nos Estados Unidos”, afirma Jacob Ex-ler, nutricionista do Laboratório para Dados Nutricionais (Nutrient Data Laboratory, ou NDL, na sigla em inglês) do ARS. As amos-tras foram enviadas para um laboratório in-dependente na Universidade Virginia Tech. Esta análise no ovo havia sido realizada pela última vez em 2002. Os níveis dos principais nutrientes permaneceram simi-lares na nova análise, com exceção do coles-terol (que caiu 14%) e da vitamina D (que aumentou 64%).

As novas informações nutricionais sobre o ovo serão atualizadas nos rótu-los e nas caixas de ovos.

As boas notícias para o setor de postura ficam ain-da melhores: a versão 2010 do Dietary Guidelines for Americans, lançado recen-temente pelo USDA, tam-bém traz pontos positivos. O guia das recomendações dietéticas para os norte--americanos foi publicado pela primeira vez em 1980 e é atualizado a cada cinco anos. Seu objetivo é pro-mover a saúde nutricional, reduzir o risco de doenças crônicas e diminuir a pre-valência de sobrepeso e obesidade.

A sétima edição do guia enfoca a redução do consumo de calorias e o aumento da atividade físi-ca, já que um terço das crianças e mais de dois ter-ços dos adultos nos Esta-dos Unidos estão com so-brepeso ou obesos.

No Guia, mais uma vez o ovo é afastado de seu an-tigo papel de vilão do co-

lesterol. O USDA ressalta no Dietary Guideli-nes for Americans que evidências sugerem que um ovo por dia não resulta em níveis maio-res de colesterol e também não aumenta o risco de doenças cardiovasculares em pessoas saudáveis. “Consumir menos de 300 mg por dia de colesterol pode contribuir para a ma-nutenção do nível ideal de colesterol no san-gue. Além disso, a ingestão de 200 mg por dia de colesterol pode ajudar pessoas com alto risco de doenças cardiovasculares”.

Novos achados trazem informações importantes sobre o alimento

O ovo revisado

Análise do Serviço de Pesquisas

Agrícolas do USDA revela que ovos têm 14% menos colesterol e 64% mais

vitamina D do que se pensava

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33 Produção Animal | Avicultura

Entre as “recomendações chave” levanta-das pelo Dietary Guidelines for Americans está “preferir alimentos protéicos, que incluem frutos do mar, carnes magras e aves, ovos, fei-jões e ervilhas, produtos de soja, nozes e se-mentes sem sal”.

Todas essas informações podem ser am-plamente exploradas pelas associações e em-presas que trabalham pela divulgação dos vá-rios benefícios do consumo de ovos.

Para acessar a página do Nutrient Data Laboratory do USDA, com as novas informa-ções nutricionais sobre o ovo: www.ars.usda.gov/Services/docs.htm?docid=8964.

Para acessar o Dietary Guidelines for Americans 2010: www.cnpp.usda.gov/Publi-cations/DietaryGuidelines/2010/PolicyDoc/PolicyDoc.pdf.

Uma opção saudável também para uma dieta livre de glúten

Quem sofre de doença celíaca (intolerân-cia do aparelho digestivo ao glúten – uma proteína encontrada no trigo, no centeio e na cevada) sabe como é difícil manter uma dieta saudável, variada e rica em nutrientes. E abrir mão de cotidianas gostosuras da culinária não é tarefa fácil. Hoje, somente nos Estados Unidos, cerca de 2 milhões de pessoas convi-vem com a doença. Segundo o Instituto Na-cional de Doenças Digestivas americano, o problema afeta uma entre 133 pessoas.

Por conta do crescente número de pacien-tes diagnosticados com a doença celíaca, a indústria de alimentação voltou sua atenção a este público e passou a produzir alimentos livres de glúten. E a tendência é que as op-ções de produtos 100% livres do glúten au-mentem, mas não antes que grandes investi-mentos sejam feitos por parte dessa indústria.

Nesse sentido, o American Egg Board to-mou a dianteira e lançou uma campanha junto aos médicos e profissionais de saúde para promover o ovo como um alimento sau-dável, barato, rico em proteína e nutrientes e, o mais importante, livre de glúten. “O ovo possui uma perfeita digestibilidade de sua proteína e, como ingrediente, apresenta ní-veis adequados de aminoácidos, emulsifica-ção e umidificação, dando estrutura aos ali-mentos livres de glúten”, atesta Shelly McKee, professora do Departamento de Ciência Aví-

cola da Universidade de Auburn, no Alaba-ma. “Em pães, as farinhas livres de glúten ge-ralmente apresentam falta de proteína adequada, quando comparadas ao nível de proteína das farinhas de trigo. Este nível, normalmente, fica em torno de 5% nas fari-nhas livres de glúten e o ideal seria ficar pró-ximo dos 10%”. Ainda de acordo com McKee, que concedeu extensa entrevista sobre o as-sunto à revista americana Food Product De-sign, a maior reclamação dos pacientes da do-ença celíaca é que os alimentos livres de glúten são secos e esfarelam facilmente. “O ovo como ingrediente, além de fornecer os níveis de proteína ideais, ajuda na formula-ção, consistência e liga dos alimentos sem glúten”, explica.

Outra boa opção – e não só para os porta-dores da doença celíaca - é o consumo do próprio ovo (quente, cozido ou frito) como fonte de proteína e vitaminas essenciais.

Para acessar a Revista Food Product Design: www.foodproductdesign.com.

Análise do Serviço de Pesquisas Agrícolas do

USDA revela que ovos têm 14% menos colesterol e 64% mais vitamina D do

que se pensava

Para quem sofre de intolerância ao glúten, presente no trigo, no centeio e na cevada, ovo é boa opção para melhorar consistência e liga dos alimentos sem glúten

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34 Produção Animal | Avicultura

Caderno Postura

Uma outra realidade

Desde o seu início, quando era apenas um encontro anual em Campinas, SP, o Con-

gresso de Produção e Comercialização de Ovo, promovido pela Associação Paulista de Avicul-tura (APA), tem como objetivo contribuir para a atualização, aperfeiçoamento e difusão dos conhecimentos relativos a uma avicultura moderna. Por isso, neste ano, já em sua nona edição, o evento, realizado nos dias 22 a 24 de março em Ribeirão Preto, SP, deu uma atenção especial à sanidade. O tema, apesar de recor-rente, não poderia ser mais atual. Nas palavras do Coordenador do evento e também Diretor Executivo da APA, José Roberto Bottura, os assuntos foram escolhidos a dedo justamente por apontar evidências de que a base de pro-dução, desde 2008, está em processo de transformação. “Ninguém mais vai produzir ovos no Brasil da mesma forma que se produ-zia no passado”, afirma. E dentro dessas mu-danças, a sanidade é o pilar principal.

As palestras dos médicos veterinários Paulo César Martins e Ângelo Berchieri atestaram que a biosseguridade é agora a palavra de ordem para a qualidade sanitária do ovo e do plantel. Para Martins, o crescente aumento da população mundial (algumas estimativas apon-tam 9,2 milhões de pessoas em 2050) traz a tona uma tendência: o aumento dos tamanhos

dos lotes e dos galpões. E em consequência, o aumento exponencial de aves no mesmo local. “Dessa forma, novos padrões sanitários e de biosseguridade devem ser implementados, para se contrapor aos riscos que podem causar impactos significativos à produtividade dos lotes e elevados prejuízos econômicos”, ressalta.

Berchieri, que possui uma experiência de 32 anos de pesquisa em Salmonella spp., apresentou medidas auxiliares no combate da bactéria nos galpões. O uso de probióticos (previne a manifestação da doença por exclu-são competitiva), a adição de ácido fórmico na ração (melhoria da qualidade intestinal) e a formação de recursos humanos conscientes (que adotem medidas de higiene, como lavar as mãos) foram algumas citadas pelo também professor da Fcav/Unesp. “No entanto, não existe nada que substitua a biosseguridade”, atesta. O setor deve estar atento à limpeza dos galpões, ao descarte das galinhas mortas, ao bem-estar animal (aves sob estresse tendem a eliminar mais bactérias nas fezes) e ao controle de pragas transmissoras.

Mais informações sobre os temas e deba-tes levantados no IX Congresso de Produção e Comercialização de Ovos da APA na edição de maio da Revista do AviSite.

Trabalhos premiados no IX Congresso

de Ovos da APA

Outras áreasQuantificação de

bolores e leveduras na casca de ovos de

consumo armazena-dos em diferentes

condições de embala-gens sob temperatura

ambienteAutora principal: Aline Scatolini Silva

- Faculdade de Ciên-cias Agrárias e Veteri-

nárias (Fcav)/ Unesp

Sanidade Desempenho de poe-

deiras comerciais na recria e no início de

produçãoinoculadas experimen-

talmente com Myco-plasma synoviae

Autora principal: Rita de Cássia Figueira

Silva - Universidade Federal Fluminense

Manejo Novas alternativas

para promover o des-canso produtivo de

poedeirascomerciais

Autora principal: Andréa de Britto Moli-

no – Faculdade de Medicina Veterinária e

Zootecnia (Fmvz)/ Unesp

Nutrição Determinação das

exigências de lisina para poedeiras comer-

ciais em produçãoAutora principal:

Katiani Silva Venturini – Faculdade de Ciên-

cias Agrárias e Veteri-nárias (Fcav)/ Unesp

Palestrantes no congresso da APA batem o martelo: setor vai ter que se adequar às novas exigências produtivas

AUTORIDADESdurante solenidade

de abertura

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35 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência e IncubaçãoAs principais notícias do setor Noticias curtas .................................. 35 A granja e o inverno ......................... 36 Empresas e equipamentos ............ 40 Trabalho técnico ............................ 42 Informe Técnico-Empresarial ......... 52 Empresas e equipamentos .............. 54

Venda externa de ovos férteis quase dobra de volume em dois anosEm 2010, mais de 200 milhões de unidades

Incubação

Após encerrarem o primeiro semestre de 2010 com expansão de quase 70% em

relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações brasileiras de ovos férteis destina-dos à produção de pintos de corte enfrentaram desaceleração e, opostamente ao que ocorreu em 2009, fecharam o exercício com o menor volume do ano (em 2009, o maior volume foi registrado exatamente no mês de dezembro).

Apesar, no entanto, do ritmo mais lento, as exportações de 2010 somaram 203,995 milhões de unidades, volume que correspondeu a um aumento de, praticamente, 43% sobre o total exportado em 2009.

Cotejando-se o resultado mais recente com aquele alcançado em 2008 é possível constatar que as vendas externas de ovos férteis pratica-mente dobraram nestes últimos anos. Em 2008 ficaram próximas dos 110 milhões de unidades. No ano passado ultrapassaram os 200 milhões de unidades.

OVOS FÉRTEIS*Desempenho das exportações

2009 E 2010MILHÕES DE UNIDADES

2009 2010 VAR.

Jan 8,116 15,114 86,2%

Fev 7,386 15,764 113,4%

Mar 9,903 18,012 81,9%

Abr 14,530 13,982 -3,8%

Mai 8,688 15,724 81,0%

Jun 8,901 17,529 96,9%

Jul 10,869 19,879 82,9%

Ago 11,943 20,254 69,6%

Set 14,041 20,436 45,5%

Out 14,977 19,441 29,8%

Nov 16,634 14,088 -15,3%

Dez 16,848 13,771 -18,3%

TOTAL 142,836 203,995 42,8%

TOTAL ANUAL EXPORTADO ENTRE 2008 E 2010

Fonte dos dados básicos: APINCOElaboração e análises: AVISITE

* Exclusivamente para a produção de pintos de corte

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36 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência e Incubação

O frio está chegando. E para a avicul-tura isto significa cuidado redobra-do com as aves. É que a ave submeti-

da ao frio, principalmente nos primeiros 10 a 15 dias de vida, pode ter seu desempenho zootécnico diminuído e até sofrer com doen-ças. Um risco que aumenta muito a taxa de mortalidade dos lotes. Segundo os especialis-tas, doenças como a ascite e até a morte súbi-ta na avicultura estão correlacionadas com baixas temperaturas.

Mas, então, o que o avicultor pode (e de-ve) fazer em sua granja para proteger as aves em produção durante o período do inverno? De acordo com Bruno da Silva Pimenta, mé-dico veterinário do Departamento de Enge-nharia de Vendas da Munters do Brasil, os extremos de temperatura são prejudiciais ao desenvolvimento das aves. “A chegada do in-verno exige planejamento e preparação para que os efeitos do frio não tragam prejuízos à produção”, alerta. Segundo Pimenta, para

promover conforto e bem-estar às aves sem risco de perdas, principalmente nos primei-ros dias de vida, a temperatura interna no galpão deve ficar em torno de 32 graus Cel-sius, diminuindo sua intensidade conforme o pintinho se desenvolve. “Para o período de baixas temperaturas, o produtor tem que tra-balhar basicamente dois aspectos: ter um sis-tema de aquecimento eficiente, que consuma pouco combustível e forneça a quantidade de calor necessária; e eliminar as entradas de ar frio no galpão para que não haja correntes de ar externo e perda de calor”, orienta o veteri-nário. “O importante é sempre realizar a ma-nutenção preventiva de cortinas e equipa-mentos para não haver surpresas em um período crítico do ano, quando o galpão deve ser bem manejado”.

E os cuidados com a granja durante o frio não são exclusividade nas regiões considera-das mais frias do Brasil, como a do Sul. “Granjas em todas as regiões do País devem se preocupar com o aquecimento das aves nos primeiros dias de alojamento, mas é cla-ro que a região Sul sofre mais por causa dos invernos mais rigorosos”, diz Pimenta.

O frio e as avesBaixas temperaturas e oscilações acentu-

adas estão fortemente correlacionadas com surtos de síndrome ascítica e de morte súbi-ta. “O frio e as oscilações bruscas de tempera-tura para baixo são apontados como fatores

O avicultor precisa ficar atento com a chegada do inverno e preparar o aviário para receber as aves, que ao nascerem não possuem o sistema termorregulador desenvolvido. Isto pode comprometer o lote com alta mortalidade, desuniformidade e baixo desempenho das aves

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37 Produção Animal | Avicultura

O frio não é um elemento amigo das aves. Principalmente

no início de suas vidas. Dessa forma, o inverno representa uma preocupação a mais para o avicultor

industrial. Confira nesta reportagem dicas práticas dos especialistas para preparar e adequar a granja de frangos

de corte para o período de baixas temperaturas

que aumentam a taxa metabólica e a de-manda de oxigênio da ave, responsáveis pe-lo aparecimento desses surtos”, explica Pau-lo Giovanni de Abreu, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves. “A produção de ca-lor, as exigências de oxigênio e o volume de dióxido de carbono, expelido por pintinhos de um dia, variam em função da temperatu-ra ambiente”.

Segundo o pesquisador, a ave produz pouco calor e, como consequência, menor produção de CO2 e menor necessidade de ar na primeira semana de vida se a temperatu-ra ambiente encontrar-se entre 32oC e 35oC, considerada ideal para o desenvolvimento do pintinho na granja.

Mortalidade das aves e prejuízos ao avi-cultor são realidades que o frio traz para a avicultura. No entanto, ainda não existe uma fórmula mágica para mensurar e asse-gurar a dimensão desses prejuízos. O que pode ser feito é adotar medidas para preve-nir essas surpresas desagradáveis (veja as orientações dos pesquisadores da Embrapa Suí-nos e Aves no quadro da página 38). “Dados experimentais indicam que a mortalidade média no período de inverno é 40% maior que no período de verão”, revela Valéria Ma-ria Nascimento Abreu, também pesquisado-ra da Embrapa Suínos e Aves. “É difícil falar em uma taxa de mortalidade porque tudo depende dos cuidados com o aquecimento. Mesmo que não haja perda de pintinhos no

começo do lote, o desempenho pode ser ex-tremamente prejudicado nos dias finais de criação”, arremata Bruno da Silva Pimenta.

Mas como o avicultor pode saber exata-mente quais são as necessidades das aves de sua granja? Primeiro: é preciso buscar orien-tação com um técnico específico da avicultu-ra (de órgãos públicos ou de empresas priva-das) para ter as informações necessárias sobre a influência do frio nas aves e como fazer pa-ra amenizar seus efeitos durante os períodos de baixas temperaturas. Segundo: conhecer a genética da ave que está alojando e consultar

MANUTENÇÃO E USO DE CORTINAS

Fatores essenciais para manter a

temperatura interna ideal e o conforto

Cré

dito

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38 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência e IncubaçãoCaderno Ambiência

o manual dessa genética. “Cada genética tem seu manual, que deve ser seguido junta-mente com as recomendações da equipe téc-nica da empresa integradora, no caso dos produtores integrados”, recomenda Bruno Pimenta.

O que fazer?Com a chegada do frio, é hora, então,

de colocar a mão na massa. Dessa forma, algumas recomendações dos técnicos são preciosas para o avicultor manter sua produção efetiva e uniforme. “As medi-

Alternativa Uma alternativa para o aquecimento do galpão é a utilização de fornos de alvenaria, descritos por alguns aviculto-res como mais econômico (pois seu custo é bem baixo), eficiente e de menor manutenção. A idéia é simples e o ar quente é solto em direção às duas extremidades do galpão e sua intensi-dade pode ser facilmente controlada.

Dicas para preparar a granja de frangos para o inverno Os pesquisadores Paulo Giovanni de Abreu e Valéria Maria Nascimento Abreu, da Embrapa Suínos e

Aves, enumeram a seguir uma lista com as recomendações necessárias para o avicultor preparar e ade-quar a sua granja para o período de baixas temperaturas. Acompanhe:

Para mais informações técnicas, utilize o canal direto com os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves por meio do e-mail [email protected].

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39 Produção Animal | Avicultura

PINTINHOS Ambiente com temperaturas entre 32ºC e 35ºC na primeira semana de vida

Cré

dito

: ARS

/ USD

A

das paliativas para minimizar o efeito do frio devem ser realizadas antes que ele ocorra. Para isso, os institutos de me-teorologia informam sobre os prognósti-cos do clima e o avicultor tem que estar atento a essas informações”, destaca Paulo Abreu, da Embrapa Suínos e Aves. Segundo ele, a morte das aves normal-mente ocorre um a dois dias após o frio ter ocorrido. “Dessa forma, medidas de controle do frio dificilmente consegui-rão reverter essa situação. O melhor que o produtor tem a fazer é realizar um che-ck list antes de as aves serem alojadas, verificando o bom funcionamento dos equipamentos e a preparação da instala-ção, ter lenha ou gás suficiente para atender a demanda do lote em aqueci-mento, monitorar a temperatura am-biente e o comportamento da ave, além de acompanhar o lote”.

O pesquisador ainda recomenda o avicultor a reduzir o máximo possível a área de alojamento, sem comprometer o bem-estar das aves. “Isso deve ser reali-zado instalando cortinas duplas nas la-terais e no teto, formando o pinteiro”, explica. “Quanto mais afastada a corti-na dupla da lateral do aviário, melhor”. Abreu lembra também que o ar é um iso-lante térmico natural e é preciso que o produtor tenha o cuidado com a área de entrada do aviário para não formar cor-rente de ar durante o seu acesso. “A ven-

tilação tem que ser por questões higiêni-cas simplesmente. Para isso, o ar externo que entrar no aviário deve ser direciona-do para o teto para ser aquecido antes de incidir sobre as aves”. Se o sistema de aquecimento não é suficiente para aten-der as exigências da ave no período de inverno, o pesquisador orienta que o produtor providencie suplementação de calor com aquecedores simples encon-trados em funilarias ou até mesmo con-feccionar um próprio.

“Produzir calor não é barato e o perí-odo de aquecimento tem uma parcela significativa nos custos do empreendi-mento”, alerta Bruno Pimenta, da Mun-ters. “Portanto, deve-se avaliar qual a melhor alternativa de combustível dis-ponível em relação a custo, disponibili-dade e sustentabilidade”. De acordo com o veterinário, os mais utilizados são le-nha, gás e diesel. “Mas o ponto crucial, no entanto, é a vedação do galpão”. Pi-menta explica que o produtor precisa fi-ca atento para não gastar para produzir calor e perder boa parte desse calor para o ambiente devido a frestas e má veda-ção. “Além disto, é muito importante di-mensionar adequadamente a ventilação mínima, que proverá às aves uma me-lhor qualidade de ar com mínima perda de calor”, lembra. “Um dos maiores er-ros cometidos no campo é negligenciar a ventilação mínima”.

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Caderno Ambiência e Incubação

Como e por que preparar a granja para o inverno Empresas e Equipamentos

O inverno, para a avicultura, significa cuidado redobra-do com as aves. É que a ave submetida ao frio, prin-

cipalmente nos primeiros 10 a 15 dias de vida, pode ter seu desempenho zootécnico diminuído e até sofrer com doenças como a síndrome ascítica e até morte súbita. Dessa forma, o que o avicultor pode (e deve) fazer em sua granja para proteger as aves em produção durante o perí-odo do inverno? Segundo os especialistas, o ideal é que o produtor tenha um sistema de aquecimento eficiente, que consuma pouco combustível, e forneça a quantidade de calor necessária. Também é preciso atenção para as frestas

e entradas de ar no galpão. O ideal é evitar que o ar frio entre no galpão e ocasione a perda de calor. “O importan-te é sempre realizar a manutenção preventiva de cortinas e equipamentos para que não haja surpresas em um período crítico do ano quando o galpão deve ser bem manejado”, alertam os técnicos nesta reportagem especial. Eles tam-bém dão dicas de como melhorar a vedação dos galpões e economizar combustível entre os diferentes sistemas utili-zados para aquecer os lotes. Os resultados do cuidado com a granja de frangos de corte no inverno são lotes mais saudáveis e produtivos.

Valco

Quad-Flo Inlets de Teto Aquecedor Campânula a gás

Mais informações: www.valcobrasil.com.br

Permite aproveitar o ar quente do teto do aviário para reduzir despesas com o aque-cimento do ar.

Características• Simples e fácil instalação e

manutenção;• Operação automática com o fluxo de

ar aspirado pelos exaustores e blo-queado por flapes mecânicos quando desejado;

• Disponível na vazão de 45m³/min (1600 CFM) cada inlet.

Esta solução econômica para aquecer seu aviário emite calor radiante, com acionamento a gás GLP ou natural. É de fácil instalação, manuten-ção e armazenagem.

Características• Refratário cerâmico com

tela de aço inox; • Queimador em ferro fundido;• Termostato de controle da temperatura e termopar de segurança

para o corte de gás;• 40.000 BTU/h;• Recomenda-se uma campânula para cada 3000 a 4000 pintinhos.

GSI

Campânula Global Green Inlet de Teto C-2000

Mais informações: www.gsibrasil.ind.br

O aquecedor infravermelho GlobalGRE-EN é mais um modelo de aquecedor da já consagrada família de aquecedores “Campânulas” Global 5kW e 5kWBP. A GlobalGREEN foi projetada para reduzir os custos com aquecimento e utiliza uma fonte de combustível renovável, de baixo custo e gerada na própria granja, o Biogás. O equipamento é ecológico, pois usa o biogás como combustível e, por isso, ajuda a reduzir o efeito estufa e contribui com a preservação do meio ambiente. O gás metano é um dos componentes do biogás e ao mesmo tempo um dos principais causadores do efeito estufa. Na atmosfera, o metano contribui 23 vezes mais do que o gás carbônico para o aquecimento global do planeta.

A GSI destaca dois equipamentos de extrema importância para o manejo da ambiência durante o período de inverno: Campânula de Infra Vermelho e Inlet de Teto.

Baseado nos princípios da ventilação mínima, o Inlet de Teto é um produto que foi projetado para aproveitar o ar pré-aquecido acima da forração e disponibilizá-lo para o interior do aviário durante o período de aquecimento das aves. O equipamento é isolado termicamente e sua abertura é feita por pressão estática, ou seja, por diferença de pressão criada no interior do aviário, sendo que há a ne-cessidade de seu travamento nos períodos de utilização da ventilação túnel.

Características• Peça Plástica com 04 aberturas para

a passagem do ar; • Vedação contra retorno do ar; • Acionamento manual, com travas para

fechamento das saídas de ar; • Vazão de 3.400m³/h (2000cfm) a

pressão de 0,1inH2O.

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Como e por que preparar a granja para o inverno

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Caderno Ambiência e Incubação

O rendimento da produção de pintinhos e a qualidade dos mesmos é dependente de di-versos fatores, incluindo os parâmetros físi-

cos durante a incubação (umidade, temperatura e ventilação) como também anterior a esta etapa (pe-ríodo e parâmetros usados no armazenamento dos ovos férteis), além da influência da idade das matri-zes pesadas e a qualidade dos ovos. As característi-cas físico-químicas dos ovos são modificadas em função destas variáveis, culminando na necessidade de tratamentos diferentes entre esses ovos a fim de obter o melhor rendimento de produção de cada lo-te (Quevedo, 2009).

Autores: Bruno Henrique Rabelo Dias1; Thaís Moreira Tavares1; Francilane Rodrigues Gomes2; Letícia Gomes Magnano Caldei-

ra3; André Luiz Costa Machado4; Leonardo José Camargos Lara5; Josiane Tavares de Abreu6

1- Estudante do Curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universi-dade Católica de Minas Gerais Unidade Betim. 2 – Gerente de produ-

ção. Rivelli Alimentos. 3 – Doutoranda em Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal, EV/ UFMG. 4 – Responsável Técnico.

Granja Brasília. Mestre em Zootecnia, EV/UFMG. 5 – Professor Asso-ciado do Departamento de Zootecnia, EV/UFMG. 6 - Professora Ad-

junto Pontifícia Universidade Católica Unidade Betim

Influência da idade da matriz pesada e do tempo

de armazenamento sobre a eclodibilidade dos ovos férteis

A melhoria dos índices de rendimento da incubação, como também da qualidade dos pintos, inicia-se na granja de matrizes pesadas já que a idade do lote como tam-bém as características físicas e químicas dos ovos férteis interferem diretamente nas condições de armazenamento e incubação dos ovos. A afirmação é da pesquisadora Josiane Tavares da Abreu, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Betim, MG. Segundo ela, o armazenamento dos ovos férteis inicia-se logo após a postura, quando os mesmos ainda estão nos ninhos, não devendo ser descartadas as condições em que os mesmos são estocados na granja, durante o transporte e no incubatório. Josiane afirma: “A redução da temperatura dos ovos deve ser suave e gradual, quan-do estamos promovendo o resfriamento dos ovos desde o galpão de produção à sala de ovos do incubatório, sendo o controle dos parâmetros (temperatura, umidade e tempo) encontrados entre a postura e a incubação determinante para um bom nasci-mento. Apesar de notório o conhecimento de que maiores períodos de armazena-mento tendem a levar a piores resultados de eclodibilidade, sendo isso mais evidente em lotes de matrizes mais velhas, a adequação destes parâmetros à realidade e logísti-ca da indústria ainda é considerado um grande desafio para a mesma”.

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Atualmente, um dos problemas en-frentados em incubatórios tem sido ajus-tar a janela de nascimento das aves asso-ciada à maior taxa de eclosão. Alguns dos fatores envolvidos nestes parâmetros são aqueles trabalhados no período de armazenamento dos ovos férteis, como temperatura, umidade, ventilação, tem-po e pré-aquecimento dos ovos e aqueles relacionados à característica dos ovos férteis, principalmente quanto à condu-tância da casca, fator diretamente in-fluenciado pela idade da matriz. A viabi-lidade do embrião também pode ser comprometida durante a incubação de-corrente dos parâmetros usados na mes-ma, incluindo as diferenças destes índi-ces (principalmente temperatura, mas também de umidade e ventilação) exis-tentes dentro das máquinas de incuba-ção e posteriormente nas de nascimento (Gigli et al, 2009). Entretanto, estes fato-res não serão abordados nesta revisão por constituírem outro tema extrema-mente amplo e que necessitaria de outros trabalhos de revisão para contemplar as suas variáveis.

Efeitos da idade da matriz na eclodibilidade dos ovos

O rendimento de incubação e a quali-dade dos pintos de um dia é dependente, entre outros fatores, da idade da matriz, que por sua vez, influencia o peso do ovo, havendo correlação positiva entre o aumento do peso e tamanho dos ovos com o aumento da idade das matrizes. Os pesos dos pintinhos recém-eclodidos e de seus sacos vitelinos, oriundos de matrizes mais velhas (acima de 50 sem.), acompanharam o aumento do peso des-ses ovos, sendo maiores e mais pesados que os pintinhos de um dia de idade oriundos de matrizes mais novas (Almei-da et al., 2008; Barbosa et al., 2008; Ro-cha et al., 2008; Rosa et al., 2002). Rosa et al. (2002), Elibol et al. (2002) e Zaka-ria et al. (2005) constataram, indepen-dente da linhagem avaliada (Cobb500 e Ross308) e das condições de estocagem e incubação realizados nos experimentos, uma eclodibilidade dos ovos totais maior em ovos provenientes de lotes de matri-

zes mais novas (31 a 39 sem.) em compa-ração aos de matrizes mais velhas (52 a 63 sem.). Segundo Rosa et al. (2002) este achado foi devido à redução da qualida-de da casca e ao aumento do tamanho dos ovos à medida que as matrizes enve-lheceram. Reis et al. (1997) e Rocha et al. (2008) relataram também menor taxa de eclosão de ovos férteis de lotes mais ve-lhos (Avian com 48 a 50 sem. e Cobb com 43 sem.) decorrentes da maior mor-talidade embrionária final (18 e 15 dias, respectivamente). Segundo Reis et al. (1997), o aumento da mortalidade em-brionária final pode ser explicado por diferenças na qualidade do albúmen, em que os lotes de matrizes mais velhas (48 a 50 sem.) têm uma qualidade inicial de albúmen pior que os ovos de matrizes mais novas (32 a 34 sem.), provavelmen-te reduzindo ainda mais sua viscosidade após a estocagem dos ovos (16°C ou 21°C), devido à perda mais rápida de CO2 , o que comprometeu a capacidade de tamponamento do ovo e conseqüente mudança do equilíbrio ácido base do embrião, resultando em aumento da morte embrionária. Segundo Rocha et al. (2008) a maior mortalidade a partir dos 15 dias de incubação pode ser explicada

Efeito da idade da matriz sobre o pH do albúmen parece estar

relacionado com o estágio mais avançado de desenvolvimento embrionário de ovos

oriundos de matrizes mais velhas

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Caderno Ambiência e Incubação

devido à maior dificuldade de perda de calor no final deste período pelos ovos mais pesados, pois o aumento do tama-nho do ovo não foi acompanhado do au-mento proporcional da condutância tér-mica.

Considerando que a incubação é in-teiramente um processo de transferência de calor, onde seu resultado é dependen-te da relação de diferenças entre a tem-peratura do embrião e a do ar na incuba-dora, presume-se que a queda na capacidade de perda de calor pelo ovo, gera um grande impacto no resultado fi-nal, devendo esse calor ser removido pa-ra manter a temperatura ideal do em-brião.

Variações na qualidade da casca tam-bém podem afetar diretamente os resul-tados de incubação. Uma forma indireta de se avaliar a mesma seria pela mensu-ração da gravidade específica do ovo, on-de a densidade do mesmo está relaciona-da com a espessura da casca. Aves entre 35 e 55 semanas de idade produzem ovos com maiores densidades (1075 a 1090), relacionadas aos maiores índices de eclo-são. Já aves mais velhas, com idade supe-rior a 56 semanas, produzem uma pro-porção maior de ovos com cascas de menor densidade (< 1074), conferindo--lhes piores índices de eclosão. De acor-do com Tullett (1990) citado em Tanure (2008), o tamanho e a distribuição dos poros da casca também sofrem variações

de acordo com a idade da matriz, o que também altera a condutância da casca. Essa menor resistência ou integridade da casca dos ovos de matrizes mais velhas (espessura mais fina, maior porosidade) está relacionada também à maior conta-minação dos embriões e a maiores per-das de peso no período de incubação.

A composição química dos ovos tam-

Cuidados na taxa de renovação do ar e na circulação do

ar entre ovos devem ser tomados tanto durante o armaze-

namento quanto na etapa de pré-aque-cimento, de forma que a temperatura

seja uniforme em todos os pentes

Rendimento de incubação e a qualidade dos pintos de um dia é dependente da idade da matriz, que

influencia o peso do ovo, havendo correlação positiva

entre o aumento do peso e tamanho dos ovos com o aumento da idade das

matrizes

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bém é afetada com a progressão da idade da matriz. Segundo Maiorka et al. (2003), pintinhos oriundos de matrizes em início de produção ten-deram a apresentar desenvolvimento inferior daqueles oriundos das matrizes mais velhas, pois seus ovos continham menor quantidade de albúmen e gema e maior densidade do albúmen. O albúmen denso atu-aria como uma barreira para evaporação e difusão de água e gases entre o interior do ovo e o meio ambiente da incubadora, provavelmente difi-cultando a obtenção de oxigênio pelo embrião, o que atrasaria seu de-senvolvimento, e reduziria sua eclodibilidade.

A qualidade do albúmen (avaliada pela sua altura e pH) varia com a idade das matrizes. Com o avançar da idade, os índices indicadores de qualidade decrescem, e a desnaturação durante o armazenamento é acentuada (Lapão et. al, 1999). Segundo Meijerhof (1994), citado por Lapão et al. (1999), uma explicação para a idade do lote afetar o pH do albúmen é a maior condutância da casca do ovo de matrizes mais velhas que permite uma maior perda de CO2 pelos ovos. A altura do albúmen (7.74mm versus 6.28mm) foi maior em ovos de matrizes jovens (32 sem.) que em matrizes velhas (59 sem.), e também em ovos frescos (7.74mm) que em ovos estocados por 1 dia (7.14mm), 4 dias (6.18mm) e 8 dias (5.67mm) quando comparados dentro de uma mesma idade de matrizes (32 sem.), mas não foi possível estabelecer uma relação signi-ficativa da altura do albúmen com a idade da matriz.

Segundo Alda (2003) essa melhor qualidade do albúmen dos ovos de aves mais jovens ajudaria a manter a distância entre o blastoderme e a casca por mais tempo. Quando os ovos são armazenados, dependendo da qualidade do albúmen e do grau de liquefação, a gema pode flutuar para a parte superior do ovo, de tal forma que o blastoderme fique posi-cionado próximo da casca do ovo, podendo ocorrer desidratação do em-brião ou início de contaminações bacterianas responsáveis também por mortes embrionárias.

Tabela 1. Percentual de fertilidade, mortalidade embrionária, eclodibilidade total dos ovos incubados e eclodibilidade dos ovos férteis de acordo com os tratamentos

Tratamentos

Variáveis A B C CV

Fertilidade 97,91 a 97,21 a 96,86 a 1,75

Mort. Embrionária inicial 6,98 b 4,07 a 5,35 a b 34,96

Mort. Embrionária final 3,14 a 2,91 a 2,44 a 69,62

Bicados viços e mortos 4,13 a 3,39 a 3,84 a 66,24

Mort.embrionária total 14,25 b 10,37 a 11,63 a 27,47

Eclodibilidade total 83,65 b 86,84 a 85,22 a b 3,85

Eclodibilidade dos ovos férteis 85,75 b 89,63 a 88,36 a b 3,99

Letras distintas na linha indicam diferenças entre os valores (P<0,05) pelo teste de Duncan. TA = ovos enviados imediatamente para sala fria; TB = ovos enviados para sala fria após 5 hpras; TC =

ovos enviados para sala fria após 10 horas. CV = coeficiente de variação. Fonte: Fiúza et al. (2006). Adaptado.

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Caderno Ambiência e Incubação

Efeitos da estocagem dos ovos relacionada com a idade das matrizes na sua eclodibilidade

É conhecido que a duração do perío-do de armazenamento dos ovos apresen-ta uma correlação inversa com a eclodi-bilidade, e, em termos de fase da mortalidade embrionária, quanto maior o período de armazenamento, maior a mortalidade precoce (Boleli, 2003) e maior volume de pintos de má qualida-de, devido à perda de umidade inade-quada, má cicatrização dos umbigos, pe-

nugem com aspecto pegajoso e maior janela de nascimento (Machado et al., 2010).

Na verdade, o armazenamento dos ovos férteis inicia-se na granja e finaliza quando os mesmos são incubados, não sendo desejáveis variações bruscas de temperatura em nenhum dos momentos intermediários a estes procedimentos (temperatura do ninho no galpão de pro-dução, da sala de ovos na granja, do ca-minhão de transporte do ovo, da sala de ovos do incubatório e da área de pré--aquecimento).

Fiuza et al. (2006), avaliaram os efei-tos da velocidade da redução da tempe-ratura ambiental sobre os ovos férteis de matrizes pesadas da linhagem Cobb, de 31 semanas de idade. Os ovos imediata-mente levados à câmara fria (18,2 a 21ºC e UR de 72,8 a 76,8%) e após a coleta (tratamento A), apresentaram maior mortalidade embrionária inicial quando comparados com ovos que antes de se-rem submetidos a tais condições, perma-neceram por 5 horas no galpão (trata-mento B - 29,3 a 31ºC e UR entre 55 e 60,1%), mas foram estatisticamente se-melhantes aos ovos que permaneceram por 10 horas no galpão antes do resfria-mento (tratamento C 26 a 31,7ºC e UR entre 60,1 e 77%) (Tabela 1).

Essa maior mortalidade embrionária (Tabela 1) foi explicada pelos autores pe-la maior velocidade da redução da tem-peratura interna dos ovos no tratamento A, que provavelmente continham embri-ões menores e mais sensíveis ao estresse de resfriamento que aqueles do trata-mento B e C, já que o período de exposi-ção à temperatura ambiente acima do ponto zero fisiológico foi consideravel-mente inferior que o dos ovos destes tra-tamentos, não permitindo o aumento do número mínimo de células para o em-brião se tornar viável, e concluíram que o período de 5 horas de permanência dos ovos no galpão ou na sala de ovos após desinfecção é indicado para melhorar o rendimento de incubação.

O ovo fertilizado contém o embrião em sua fase inicial de desenvolvimento (pré-gástrula) ou no estágio inicial da

Forma indireta para avaliação da qualidade da casca é a mensuração da

gravidade específica do ovo, onde a densidade do mesmo

está relacionada com a espessura da casca

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Aditivo nutricional indicado para melhoria do desempenho zootécnico em aves.

Aumento da Área Superficial das Vilosidades

Melhor Resposta Imune

Melhor Uniformidade

Menor Mortalidade e Morbidade

Melhor Digestão e Absorção dos Nutrientes

Maior Ganho de Peso

Maior Peso Final

Melhor Conversão Alimentar

47 Produção Animal | Avicultura

gastrulação (Gonzales & Cesario, 2003), pois, no momento da postura, transfor-mações celulares já ocorreram no trato re-produtivo da fêmea (Nascimento & Salle, 2003). A estocagem dos ovos férteis a temperaturas abaixo do zero fisiológico é feita com o objetivo principal de paralisar o desenvolvimento embrionário. Geral-mente a estocagem é feita abaixo de 21°C. (Fasenko, 2007). O zero fisiológico foi re-portado em duas temperaturas distintas por Edwards (1902) e Funk e Bielier (1944) citados em diversos trabalhos (Elibol et al., 2002; Fasenko et al., 2001; Reijrink et al., 2009; Schmidt et al., 2009; Tona et al., 2004) como 21°C e 28°C, respectiva-mente. Essa discrepância pode ser devido a diferentes requerimentos de temperatu-ras mínimas para diferentes tecidos em-brionários (Fasenko, 2007). O bloqueio ou continuação da embriogênese, e seu êxito, vai depender das condições de tem-peratura e umidade as quais os ovos fi-cam expostos antes do armaze-namento, da duração da exposição e, também, da tempe-ratura do local de armazena-mento (Boleli, 2003). Embora o desenvolvimento celular esteja praticamente parado durante o zero fisiológico, há um metabo-lismo celular ocorrendo, mesmo que muito lento. Fasenko et al. (2002) avaliaram o metabolis-mo embrionário durante a esto-cagem dos ovos, e concluíram que aqueles estocados por 15 dias tiveram uma taxa de libera-ção de CO2 menor que os estoca-dos por 4 dias, demonstrando que a estocagem por períodos longos causa um atraso no de-senvolvimento embrionário, al-tera o metabolismo e atrasa o nascimento dos pintos. O CO2 ajudaria a manter a qualidade do ovo, pois mantém o diferen-cial de pH que auxilia no trans-porte de nutrientes para o em-brião.

O armazenamento dos ovos também pode alterar outros componentes do ovo, sendo ve-

rificado por Schmidt et al. (2002), um en-colhimento da cutícula e diminuição de sua espessura, resultado do ressecamento e modificação química, culminando no aumento do número das rachaduras na superfície cuticular. Segundo Nascimento & Salle (2003), os ovos perdem peso devi-do à saída de vapor d’água e CO2, com concomitante aumento da câmara de ar, enquanto as propriedades físico-químicas do albúmen mudam, tornando-se mais claro, menos denso e com um pH mais elevado. Segundo Alda (2003), o pH do albúmen mais elevado não somente seria o responsável pela liquefação do mesmo como também por modificações da capa-cidade de proteção física e química do ovo contra microorganismos. pH acima de 8,0 inativaria enzimas antibacterianas e que estão em atividade após a postura (pH 7,6), mas em contrapartida também limitaria o crescimento bacteriano que ocorre na faixa de pH entre 6,5 a 7,5.

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Caderno Ambiência e Incubação

De acordo com Lapão et al. (1999), as elevações do pH, a redução da altura ab-soluta e da viscosidade do albúmen, ocor-reram principalmente durante os 4 pri-meiros dias de estocagem (pH 9,0). Independentemente da idade da matriz o pH aumentou durante o armazenamento (pH de 8,2 para 9,5 para ovos armazena-dos entre 0 e 8 dias a 16ºC e 78% UR). Com 4 dias estocagem o pH dos ovos de matrizes com 42, 54 e 59 semanas foram semelhantes e pouco maiores que o das matrizes com 32 semanas. Segundo os mesmos autores o efeito da idade da ma-triz sobre o pH do albúmen, parece estar relacionado com o estágio mais avançado de desenvolvimento embrionário de ovos oriundos de matrizes mais velhas.

Elibol et al. (2002) avaliaram a eclodi-bilidade de ovos em 4 lotes de matrizes da linhagem Ross 308, com idades de 30, 31, 52 e 53 semanas. Os ovos foram estocados por 3, 7 e 14 dias a 18°C e 75% UR. A eclo-dibilidade em ovos totais encontrada nos ovos oriundos de matrizes de 31 semanas foi de 88.3%, 85.5% e 80.9% para 3, 7 e 14 dias de estocagem, respectivamente. Para as matrizes de 52 semanas foi relata-do um aumento na eclodibilidade dos ovos quando estocados por 7 dias (68.5%) quando comparados aos estocados por 3 dias (63.7%), porém a eclodibilidade vol-tou a cair com o aumento do tempo de es-tocagem para 14 dias (59.9%). Concor-dando com estes resultados, Lapão et al.

(1999) descreveram que em longos perío-dos de estocagem (8 dias a 16°C e 78% UR) os ovos de matrizes com 59 semanas de idade tiveram efeitos mais negativos (1.92% de redução na viabilidade por dia de estocagem) do que em ovos submeti-dos as mesmas condições de matrizes mais jovens com 32 semanas (0.82% de redução na viabilidade por dia de estoca-gem). Menores perdas foram verificadas por Reis et al. (1997) que avaliaram ovos de 2 lotes de matrizes Avian, com idades de 32 a 34 e de 48 a 50 semanas estocados por dois dias a 16°C e 79%UR. A eclodibi-lidade dos ovos férteis encontrada foi de 92.4% e 88.7% para os ovos de matrizes jovens e velhas, respectivamente.

Tabela 2. Ocorrências de ovos inférteis, mortalidade embrionária inicial, mortalidade embrionária média e mortalidade embrionária final em ovos submetidos a diferentes tempos de aquecimento e de armazenamento.

ProcedimentosOvos

InférteisMortalidade

Embrionária InicialMortalidade

Embrionária MédiaMortalidade

Embrionária Final

Aquecimento (horas) (%) (%) (%) (%)

0 0,45 6,82 0,30 3,94 a

6 0,76 8,67 0,45 0,15 b

12 1,36 29,09 0,61 2,12 a

Armazenamento (dias)

(%) (%) (%) (%)

4 0,45 6,82 0,30 0,91 b

9 0,61 14,85 0,15 1,82 ab

15 1,51 22,91 0,91 3,84 a

Médias seguidas de diferentes letras em cada coluna e dentro de cada fator diferem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). Fonte: Adaptado a partir de SILVA (2005)

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49 Produção Animal | Avicultura

Reijrink et al. (2010) avaliaram a in-fluência da qualidade do ar durante a es-tocagem dos ovos nas características dos mesmos, no desenvolvimento embrioná-rio, na eclodibilidade e na qualidade dos pintos (matrizes Ross 308 com 38 sema-nas de idade). Estes autores relataram que um aumento na concentração de CO2 do ar onde é feita a estocagem dos ovos pre-veniria o aumento do pH e da redução da altura do albúmen. Com isso, o menor aumento do pH do albúmen pode ter um efeito positivo na viabilidade embrioná-ria por ficar mais próximo do pH ótimo para o desenvolvimento embrionário, que está em torno de 7.9 a 8.4.

De acordo com Fasenko et al. (2001), os efeitos da estocagem na eclodibilidade dos ovos quando o tempo de estocagem é prolongado depende do estágio de desen-volvimento em que o embrião se encon-trará após essa estocagem, e antes da in-

cubação. Embriões em estágios mais avançados de desenvolvimento são mais resistentes a uma estocagem mais prolon-gada que embriões menos desenvolvidos. Segundo Reijrink et al. (2009), quando termina a estocagem, os embriões com-pletaram a formação do hipoblasto, e a migração celular e sua diferenciação é mínima. Estes embriões em estado mais avançado de desenvolvimento contêm mais células, e estão em um estado de maior quietude, o que provavelmente os confere maior resistência na estocagem prolongada. Os embriões menos desen-volvidos podem sofrer danos irreversíveis durante a estocagem, o que pode causar morte embrionária. O momento ótimo para estocagem dos ovos ocorreu quando o hipoblasto já estava formado, estando àqueles embriões menos ou mais desen-volvidos que este estágio mais sensível à estocagem prolongada.

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50 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência e Incubação

Complementando, Schmidt et al. (2002) e Machado et al. (2010) afirmaram que ovos estocados por períodos curtos, de 2 a 4 dias, não requereram manejo es-pecial, mas para períodos longos (acima de 4 dias) a utilização de sistemas de vira-gem dos ovos na sala de estocagem, idên-tico aos das incubadoras, possibilitou me-lhoras na eclodibilidade. Perdas de 0,8% e 2,8% na eclodibilidade foram verificadas quando os ovos foram estocados por 5 a 10 dias, respectivamente, sem o uso da vi-ragem. Segundo Elibol et al. (2002), a eclodibilidade dos ovos férteis foi melho-rada quando virados 4 vezes por dia em comparação aos ovos que não foram vira-dos. Este achado foi mais evidente em ovos de matrizes mais velhas (52 sem.), onde a eclodibilidade dos ovos férteis pas-sou de 85.9% para 88.7%, 82.2% para 85.8% e de 75.4% para 81.3% em ovos es-tocados por 3, 7 e 14 dias, respectivamen-te.

Alguns autores relatam também como forma de melhorar a eclodibilidade, o pré--aquecimento dos ovos anteriormente ao armazenamento. Silva (2005) manteve ovos de matrizes Cobb (44 sem.) sob aque-cimento a 37ºC durante 0, 6 e 12 horas, e posteriormente armazenou-os antes da in-cubação a 12ºC por 4, 9 e 14 dias. Os ovos aquecidos por 6 horas apresentaram me-nores taxas de mortalidade final quando

comparados com aqueles não aquecidos e aquecidos por 12 horas. Os ovos armaze-nados por 4 dias tiveram menores taxas de mortalidade embrionária final que os es-tocados por 14 dias, sendo que as taxas dos ovos de 9 dias não diferiram estatisti-camente dos outros tratamentos. Taxas normais de eclosão foram mantidas mes-mo quando os ovos foram aquecidos por 6 horas e armazenados por 9 dias. (Tabela 2)

Segundo outros autores (Fasenko et al., 2001; Schmidt et al., 2002), o procedi-mento de pré-aquecimento dos ovos (37,5 a 37,8ºC) só foi válido para ovos estocados por longos períodos (14 dias), e por no máximo 6 horas, não sendo obesrvada ne-nhuma vantagem quando a estocagem não ultrapassou 4 dias. Segundo estes au-tores, os embriões que completaram a for-mação do hipoblasto (incubação pré-esto-cagem por 6 horas) e foram estocados por 14 dias tiveram uma vantagem de sobrevi-vência sobre os embriões que foram ape-nas estocados. Em contrapartida afirmam que o aquecimento diário dos ovos arma-zenados apresenta restrições do ponto de vista prático devido às dificuldades de manejo e custo operacional, sendo então o manejo mais adequado e prático, o pré aquecimento para ovos estocados acima de 7 dias, imediatamente após a postura.

Considerações FinaisAs condições e tempo de estocagem,

além da idade e linhagem das matrizes de-vem ser considerados para melhor ajuste das condições de armazenamento dos ovos. A literatura consultada chama aten-ção para outros fatores como período de produção, peso da galinha e do macho, frequência de coleta dos ovos, nutrição das aves, genética, qualidade da casca do ovo e de outras características físico-quí-mica dos mesmos, além de outros parâme-tros que podem interferir na eclodibilida-de dos ovos. Sendo assim, o problema eclodibilidade numa empresa pode ser multifatorial, e todos esses pontos devem ser levados em consideração para a solu-ção do mesmo.

As referências bibliográficas e a íntegra do texto estão disponíveis em www.avisi-te.com.br/cet.

As condições e tempo de estocagem, além da idade e linhagem das matrizes devem ser consideradas

para melhor ajuste das características de

armazenamento dos ovos

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51 Produção Animal | Avicultura

Academia Pas Reform: aplicando a ciência na prática

A importância da prevenção da ‘condensação’ dos ovos

s A condensação dos ovos refere-se ao fenômeno da saturação de vapor de água sobre toda a superfície da casca do ovo. Isto ocorre quando ovos frios são subitamente expostos a altas temperaturas. O ar quente com certo teor de umidade resfria rapidamente diretamente ao redor dos ovos frios. Como o ar frio contém menos água do que o ar quente, a umidade relativa aumenta até que o ar esteja saturado, e, a partir desse momento, a condensação ocorrerá na superfície do ovo frio.

O termo ‚suor‛ é, se tomado literalmente, incorreto, porque a água na casca de fato não vem de dentro do ovo. O mesmo processo físico é observado quando uma garrafa de água é removida do refrigerador em um dia quente de verão.

A condensação dos ovos deve ser evitada, porque a umidade na superfície da casca enfraquece o mecanismo de defesa natural do ovo, uma vez que assegura um ambiente ideal para o crescimento de micro-organismos, e facilita ainda mais a sua penetração através dos poros da casca.

Uma vez dentro dos poros, os micro-organismos estarão protegidos das operações rotineiras de desinfecção dos ovos, apresentando, portanto, um risco potencial de contaminação. Os fungos e bactérias que conseguem atravessar as membranas da casca se multiplicam a um ritmo acelerado quando são expostos à temperatura de incubação, porque o mecanismo de defesa no albúmen já não é capaz de proteger o embrião em crescimento.

Isto obviamente levará a um aumento da mortalidade embrionária, aumento da incidência de ‚ovos bomba‛ e problemas sanitários nos pintos de um dia (aumento da mortalidade na primeira semana).

Claramente a umidade na casca dos ovos pode ser impedida. A condensação do ovo pode ser prevenida quando a diferença na temperatura entre a sala de armazenamento dos ovos e o ‚exterior‛ (ex.: plataforma de carga do caminhão, sala de classificação de ovos , incubadora ) for menor e a umidade ‚externa‛ for baixa.

A tabela abaixo pode ser usada para predizer quando a condensação irá ocorrer se medidas adicionais não forem tomadas. Para uma ampla série de temperaturas e umidades, o então chamado diagrama de Mollier ou carta psicrométrica são ferramentas muito úteis.

Há também um risco de condensação dos ovos se eles forem incubados muito frios em uma incubadora que já está executando uma determinada temperatura, como acontece na prática de incubação estágio múltiplo.

Recomendações - Se o risco de condensação for

alto, pré-aqueça os ovos gradualmente ao menos seis horas antes de removê-los da sala de armazenamento de ovos. É importante perceber que nem todos os ovos aquecem de maneira uniforme, especialmente com baixa circulação de ar se armazenados na mesma bandeja e empilhados muito próximos uns dos outros.

- Conserve os ovos temperatura mais alta se forem armazenados por um período curto.

- Ligue o caminhão diretamente após retirar os ovos da sala de armazenamento para minimizar quaisquer diferenças de temperatura do ambiente externo.

- Garanta que o clima no caminhão esteja igual ao da sala de armazenamento.

- Mantenha a umidade abaixo dos níveis indicados na tabela.

- Antes da colocação na incubadora, leve os carrinhos de incubação cheios a uma temperatura ambiente de pelo menos 25 °C com boa circulação de ar por várias horas. Este pré-aquecimento dos ovos antes da incubação é especialmente importante quando for realizada uma incubação estágio múltiplo.

¹ Presumindo que a temperatura dos ovos seja igual à temperatura da sala de armazenamento de ovos.

Informe Técnico-Empresarial

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52 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência e Incubação

A boa eclodibilidade depende da união de todos os parâmetros cru-ciais da incubação. Um desses im-

portantes parâmetros é a perda de peso (ou perda de umidade). Os ovos devem perder de 11 a 13 % do peso inicial du-rante os primeiros 18 ou 19 dias de incu-bação.

A perda de peso dos ovos é causada pela evaporação contínua da água conti-da em seu interior, indissociavelmente ligada ao desenvolvimento embrionário ideal durante a incubação.

A perda contínua de peso do ovo é es-sencial para a formação da câmara de ar, e, ao mesmo tempo, a evaporação da água do ovo participa dos balanços hí-dricos e minerais nos diferentes compar-timentos embrionários formados duran-te o desenvolvimento.

Logo após o aumento da temperatura interna dos ovos, a evaporação através da casca se inicia e o transporte de água do albúmen para a cavidade sub-embrio-nária aumenta. O transporte de água pa-ra a cavidade sub-embrionária pode ser observado como uma mudança circular na cor da gema (figura 1b). No sexto dia, a maior parte da água do albúmen já está

redistribuída, deixando um pequeno aglutinado gelatinoso de proteínas do al-búmen (figura 1c). Com o avanço do de-senvolvimento embrionário, o transpor-te e a redistribuição de água também

continuam, de tal forma que, entre os dias 10 e 12 da incubação, os diferentes compartimentos embrionários - incluin-do o saco vitelino, a cavidade amniótica (figura 1d) e o alantóide - são preenchi-dos com uma solução aquosa contendo uma concentração balanceada de mine-rais essenciais ao adequado desenvolvi-mento. Uma composição equilibrada dos compartimentos embrionários é essen-cial para o transporte de nutrientes e re-síduos produzidos pelo embrião.

A redistribuição da água do albúmen sobre os diferentes compartimentos em-brionários não tem nenhum efeito sobre a perda de peso absoluto, mas afeta o pa-drão de evaporação dentro do ovo e, por-tanto, tem um importante efeito sobre o equilíbrio mineral nos diferentes com-partimentos embrionários. Isto é mais bem ilustrado durante os primeiros dias de desenvolvimento embrionário, com a perda de peso dos ovos, como resultado da evaporação do albúmen. No entanto, na segunda semana de desenvolvimento, a água evapora, principalmente a partir da cavidade alantóide, diretamente sob a casca do ovo.

Se durante a primeira semana as vál-vulas de ar (dampers) da incubadora fo-

Autora: Marleen Boerjan, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Academia Pas Reform

Perda contínua de peso do ovo é essencial para a formação da

câmara de ar. Ao mesmo tempo, a evaporação da água do ovo participa dos balanços hídricos

e minerais nos diferentes compartimentos embrionários

Perfil ideal de perda de

Marleen Boerjan

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53 Produção Animal | Avicultura

peso durante a incubaçãorem mantidas fechadas e, como resulta-do, os níveis de umidade relativa aumentarem, por exemplo, para 75 % ou mais, a perda de peso será restrita. A consequência dessa perda de peso limita-da é que uma perda de peso compensató-ria deverá ser alcançada durante os últi-mos dias da incubação, através da manutenção com configurações de umi-

dade relativa mais baixas (40 a 45%). No entanto, se o clima na incubadora e/ou nascedouro estiver muito seco durante os últimos dias do desenvolvimento em-brionário, a água irá evaporar pela casca dos ovos e de suas membranas a partir do líquido alantoideado, mas também e, indesejavelmente, dos tecidos embrioná-rios, como pele e patas.

Figura 1a - Gema de cor uniforme em um ovo fresco; 1b - Gema de cor clara (seta); 1c - O albúmen é reduzido a um aglutinado gelatinoso (seta); 1d - Embrião protegido pelo âmnio (seta)

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54 Produção Animal | Avicultura

Caderno Ambiência e Incubação

Incubação de novo em pauta Empresas e Equipamentos

Como afirma a pesquisadora Josiane Tavares de Abreu, da Puc-Minas (leia mais na página 42) o rendimento da

produção de pintinhos e a qualidade dos mesmos é depen-dente de diversos fatores, incluindo os parâmetros físicos durante a incubação (umidade, temperatura e ventilação) e

também anterior a esta etapa (período e parâmetros usados no armazenamento dos ovos férteis). Para garantir a qualida-de, confira abaixo alguns equipamentos para o segmento de incubação. As informações são de responsabilidade das empresas.

Pas Reform Mais informações: www.pasreform.com

A Pas Reform destaca o design modular da incuba-dora de estágio único SmartSetPro® que cria am-bientes seccionais que podem ser controlados indi-vidualmente. Esta e a única maneira de garantir a temperatura homogênea de incubação em maqui-nas contendo mais de 100.000 ovos. Cada seção modular da incubadora e composta por seus pró-prios sistemas de temperatura, aquecimento, refri-geração, umidificação e ventilação. Outros diferen-ciais são: Fluxo de ar - com base Vortex®

Pesquisas demonstram que o método mais eficiente de intercâmbio de energia, CO2/O2, e umidade na incubadora é através da geração do maior numero de vórtices ao longo da pá da hélice. Essas consta-tações conduziram ao projeto e a construção do novo Vortex® da Pas Reform.

Casp

Incubadora Ug 124HT Nascedouro G 42HT

Mais informações: www.casp.com.br

A Incubadora Estágio Único Ug 124HT tem capacidade para 123.840 ovos de galinha. O equipamento associa novas tecnolo-gias, sistema para monitorar a temperatura do embrião, sistema de pesagem de ovos, sistema de desumidificação de ar e sistema de monitoramento/controle de CO2, ao conceito flex de incubação. O sistema Estágio Único Ug 124HT gera desempenho, confiabilidade, economia operacional e robustez e otimiza as condições ambientais e garante melhores resultados.

Diversificando sua linha de produtos a CASP traz para o mercado o Nascedouro G 42HT com capacidade para 41.280 ovos de gali-nha. Agregando valor ao aspecto sanitário, a CASP apresenta o novo sistema de estrutura central para aquecimento/refrigeração/ventilação facilitando o processo de higienização do equipamento. Otimização de máquinas e redução na infra-estrutura da planta de incubatório são alguns benefícios que o Nascedouro G 42HT proporciona.

Feedback metabólico adaptativo®

O Feedback metabólico adaptativo® (AMF®) interpreta as variações meta-bólicas de um lote específico para adaptar os parâmetros de controle e ajustar o ambiente da incubadora e ajustar o ambiente da incubadora de acordo com as necessidades do embrião.

Biossegurança garantidaA incorporação da proteção antibac-teriana Microban® em bandejas de eclosão e o sistema de refrigeração integrado nas paredes dos nascedou-ros diminuem o tempo necessário para limpar completamente o equipamento.

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Produção Animal | Avicultura 55

Associações

Região Norte do Tocantins quer triplicar produção até 2015A partir de 2013, estado vai começar a abater produção local

Tocantins

As metas são audaciosas. A Se-cretaria da Agricultura, da Pe-

cuária e do Desenvolvimento Agrário do Tocantins (Seagro), em parceria com a Associação dos Avicultores do Norte do Tocantins (Avinto), preten-de triplicar a produção avícola até 2015. E vão mais além: querem ini-ciar o abate de frangos no estado em 2013. As ações necessárias para o crescimento do setor no Estado foram debatidas em março entre o titular da Seagro, Jaime Café, o Dire-tor Executivo da pasta, Ruiter Pádua, e os membros da Avinto.

Atualmente, os produtores da região Norte do Estado criam fran-gos em 200 galpões. A expectativa para 2015 é chegar a 600 galpões. Cada galpão tem capacidade para 30 mil aves, alcançando 18 milhões de aves em cada ciclo de 60 dias. Segundo o presidente da Avinto, Manoel Alves Araújo, a produção

atual está sendo exportada para outros Estados, principalmente das regiões Norte e Nordeste do país.

“A partir de 2013, quando iniciare-mos o abate de frangos no Tocan-tins, na empresa Asa Norte, no mu-nicípio de Aguiarnópolis, a tendência é aumentar a oferta da carne avícola no nosso estado”, projetou.

Segundo Café, o governo do Estado está otimista em investir neste segmento. “O governo tem demonstrado apoio em todos os segmentos agropecuários para a geração de emprego e renda. E o avícola terá um atendimento espe-cial”, enfatizou. Manoel Alves mani-festou que atualmente os criadores de aves da região possuem 104 projetos de granjas para expansão nesta área. “Estamos pleiteando um valor de R$ 34 milhões nas agências financeiras para expansão”, lem-brou. As informações foram divulga-das pela Seagro.

A avicultura terá um atendimento especial dentro da agenda da Secretaria do

Desenvolvimento Agrário do TO.

A expectativa para 2015 é chegar a 600 galpões

Uma das metas do TO é o início do abate

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56 Produção Animal | Avicultura

Associações

Avicultores capixabas aprendem sobre compostagem

Espírito Santo

T rinta e um avicultores capixa-bas participaram do “Dia de

Campo” sobre compostagem de carcaças, controle de moscas e drenagem de galpões, realizado no início de março. A ação, reali-zada pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) em parceria com a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), aconteceu na Granja Caramuru, em Santa Maria de Jetibá, ES. Além de empreendedores do município anfitrião, a ação também contou com a participação de produto-res de Castelo e Venda Nova do Imigrante.

As orientações foram dirigi-das aos produtores que recebe-ram a licença ambiental do Idaf em novembro do ano passado e também aos que estão em pro-cesso de regularização. Os as-

suntos abordados na capacitação são alguns dos compromissos firmados pelos avicultores junto ao órgão estadual visando à regularização da atividade.

O “Dia de Campo” foi condu-zido pelo coordenador da Comis-são de Licenciamento Ambiental do Idaf, Frederico Lopes Raposo Filho, que apresentou aos parti-cipantes o modelo ideal de siste-ma de compostagem para a des-tinação correta das aves mortas e dos ovos descartados.

O método apresentado ne-cessita de uma estrutura coberta simples de alvenaria ou madeira com piso de concreto. O coorde-nador explica que “intercalando camadas de pó de serra, carca-ças, mistura de esterco e serra-gem, palha de café e água sufi-ciente para manter a umidade, o avicultor produzirá um excelente

composto orgânico”. O material poderá ser empregado na aduba-ção de lavouras e na formação das camas de frango.

“Este método de composta-gem bem feito, seguindo todas as orientações apresentadas, não permite a ocorrência de chorume e nem a proliferação de doenças. Mostramos que não é difícil de-senvolver a atividade sem prejuí-zo ao meio ambiente e que com pequenas adequações é possível se regularizar”, ressaltou Frederi-co.

O técnico acrescentou ainda que o tamanho da composteira varia em função do plantel e da média de mortandade. Para pro-priedades com um número me-nor de aves, pode-se utilizar manilhas como células de com-postagem, mas o processo é o mesmo.

Método é um dos compromissos para regularização junto ao Idaf

DIA DE CAMPO Método não permite

proliferação de doenças

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Produção Animal | Avicultura 57

O uso de promotores de cresci-mento no controle de doen-

ças entéricas está sendo colocado em xeque pelos órgãos fiscalizado-res internacionais e condenado pelos consumidores em uma escala cada vez mais crescente. À frente dessas novas perspectivas, a Pfizer Saúde Animal, em parceira com a Chr. Hansen, promoveu em Campinas, SP, um evento com o intuito apresentar as alternativas eficazes na prevenção e controle dessas enfermidades. Uma opção são os probióticos, como o GalliPro® e o GalliPro® Tect, aditi-vos para a alimentação animal indicados para ganho de peso e melhoria de eficiência alimentar. Produzidos pela Chr Hansen, os produtos são distribuídos exclusiva-mente ao mercado brasileiro pela Pfizer. “A parceria de três anos com a Chr. Hansen mostra o inves-timento da Pfizer na linha futurista dos probióticos”, ressalta José

Espanha, Diretor da Pfizer Saúde Animal no Brasil na abertura do ciclo de palestras. “A avicultura ocupa o objetivo primário na estra-tégia da companhia há oito anos. É necessário continuar inovando no mercado avícola para continuarmos sempre em evolução”, completa.

Charles Hofacre, Diretor do Centro de Segurança Alimentar pertencente ao Departamento de Medicina Aviária da Universidade da Geórgia, em Athens, EUA, ates-ta que o uso de probióticos é uma das medidas que compõe as bases futuras de produção. “Os probióti-cos vêm para auxiliar a veterinária e a nutrição de uma forma mais racional e estratégica”, afirmou durante palestra sobre a importân-cia da microflora intestinal. Hofacre atua desde 2003 como Secretário da Associação Americana dos Patologistas Aviários (AAPP, na sigla em inglês). Nos EUA, o pes-quisador recebeu vários prêmios

relacionados ao controle e preven-ção de patógenos como Clostridium Perfringens e Salmonella Enteritidis. Como auto-ridade do assunto, Hofacre mos-trou aos presentes como a inclusão de um probiótico ajuda no comba-te aos patógenos. Funciona como uma “exclusão competitiva”, quan-do a presença de um número supe-rior de Bacillus elimina a presença das bactérias patogênicas, impe-dindo que essas manifestem a doença. Hofrace reitera que o uso de probióticos aliados a outros aditivos, como os ácidos orgânicos, aumenta a eficácia e possui efeitos benéficos antes do abate. “Estamos dando força para as empresas lutarem contra a enterite necrótica através de combinações de tratamentos que possam mani-pular a flora intestinal sem o uso de remédios”, completa.

O executivo Mohamed Saleh, Diretor da Al-Watania Poultry, maior produtora de carne de fran-go e ovos do Oriente Médio, foi outro palestrante do dia. O dirigen-te falou sobre a produção regional e a demanda por carne de frango no Oriente Médio, as exigências para ganhar novos mercados e como aumentar o market share com emprego de novas tecnolo-gias. A última palestra do dia foi proferida pela Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Chr Hansen na Dinamarca, Aneé Berg Kehlet. A pesquisadora, que possui grande experiência em probióticos, abor-dou estratégias no controle de doenças entéricas com uso dos GalliPro e GalliPro Tect.

Mais informações sobre as empresas: www.pfizersaudeanimal.com.br e www.chr-hansen.com.br.

Especialistas apresentam alternativas no controle de doenças entéricas

Vip event – Saúde Animal

Probióticos prometem ser nova opção de prevenção e tratamento

Charles Hofacre profere palestra para seleto grupo

AviGuia: produtos, serviços e empresas

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58 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Atuando há 12 anos no mercado avícola brasileiro na produção

de equipamentos e construção de galpões, a Tecnoesse, que conta ainda com o respaldo da Italiana

Sperotto SPA, presente no mercado europeu há mais de 40 anos, deu continuidade ao seu projeto de expansão no Brasil. Entre fevereiro e março, a empresa apresentou três

lançamentos no Show Rural Coopavel (11 a 15 de fevereiro, Cascavel, PR) e na Expodireto Cotrijal (14 a 18 de março, Não-Me-Toque, RS). Conheça os produtos:

Ninho automáti-co para coleta de ovos Tem como principal caracterís-tica um sistema de dupla esteira que melhora a distribui-ção de ovos (lado esquerdo x lado direito), minimizan-do problemas rela-cionados à sobre-

carga da esteira e trincas de ovos durante o processo de transporte. Oferece ainda um eficiente sistema de slat com maior conforto para as aves, graças à sua grande área de apoio dos pés (para fêmeas). Tem também maior abertura para a passagem de dejetos, contri-buindo com a permanência dos ninhos mais limpos. Disponibiliza dois sistemas de tapetes extremamen-te confortáveis para as aves e conta com exclusivo sistema de lâmpada de atração, garantindo mais conforto para as aves dentro do módulo de postura e minimizando problemas com ovos de cama.

Empresa também contratou novo profissional

Tecnoesse lança produtos Novidades

Comedouro automático de corrente para matrizes Possui moderno sistema de tra-ção independente e motor com dupla velocidade. Disponível com sistema de suspensão móvel com motorredutor e com suspensão por pés. Todos os componentes contam com a mais alta qualida-de Tecnoesse.

Sistema de ventilação mínima INLET Sistema tradicio-nal de abertura e fechamento para ventilação mínima com uso de controlador de pressão estática.

A Tecnoesse divulga a contratação de Ronivaldo Rigo. Profissional com 16 anos de experiência na indústria avícola e suinícola, Rigo vai atuar na equipe Comercial da empresa no Brasil.Segundo Giovani Meneghesso, Sócio Diretor da Tecnoesse, a contra-tação proporciona aos clientes exce-lente aporte comercial e técnico, contribuindo de maneira clara no crescimento rápido e sustentável da empresa no Brasil.“Estamos muito orgulhosos de dar as boas vindas a Ronivaldo Rigo.

Temos metas e objetivos de cresci-mento e para tanto precisamos de profissionais dedicados e com co-nhecimento”, afirma.Ronivaldo Rigo é engenheiro agrô-nomo com sólida experiência na área Comercial e de Assistência Técnica no mercado avícola. Em sua nova atribuição, atuará no mercado nacional juntamente com Marcos Langaro, já há seis anos na Tecnoesse. Mais informações sobre a Tecnoesse e seus produtos: www.tecnoesse.com.br.

Novo profissional para área comercial

Giovani Meneghesso (Diretor), Ronivaldo Rigo (Gerente), Raffaele Sperotto (Diretor), Marcos Langaro (Gerente)

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Produção Animal | Avicultura 59

O grupo de especialistas em vacinas aviárias da Ceva Saúde Animal lançou no mês de feverei-

ro a primeira edição do Transmune em Foco, publi-cação online que tem como objetivo divulgar e compartilhar conhecimentos sobre o uso de vacinas complexo-imune. A primeira edição foi escrita por Luiz Sesti, Gerente Técnico Internacional da Ceva.

A publicação é direcionada a todos que partici-pam da cadeia produtiva de aves no mundo e traz informações técnicas e importantes estudos sobre esse tipo de imunização. A Ceva desenvolveu e lançou sua vacina complexo-imune, a Transmune, nos anos 90. Os estudos foram realizados em Budapeste, capital da Hungria, onde está localizada a principal planta de produção de biológicos da empresa. “Hoje, a Transmune é utilizada em 43 países, e nos últimos quatro anos mais de 12 bi-lhões de frangos de corte foram vacinados com esta vacina complexo-imune em todo o mundo”, explica Sesti.

Todos os interessados podem ter acesso ao informativo editado pela Ceva. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Para mais informações: www.cevabrasil.com.br.

Lançamento

Informativo traz informações técnicas sobre vacinas complexo-imune

Técnicos da Ceva lançam publicação

Folder online traz informações sobre complexo- imune

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60 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Os visitantes da 12° Expodireto (14 a 18 de março, Não-Me-

Toque, RS) tiveram a oportunidade de conhecer com detalhes as vanta-gens e novas tecnologias da Casp disponíveis no mercado para facili-tar o dia a dia do pequeno, médio e grande produtor.

A empresa participou do evento em parceria com o Foco Agrícola com dois estandes.

Um estava localizado na área de aves e suínos e outro na área de armazenagem, assim, reforçando a identidade Casp no mercado divul-gando toda a linha para incubação, matriz, frango de corte, suinocultura e armazenagem de grãos. “A Casp é uma das maiores empresas do país no desenvolvimento de soluções para avicultura, suinocultura e arma-zenagem de grãos e não poderíamos

deixar de estar presente num evento da grandeza e com o reconhecimen-to nacional e internacional da Expodireto”, afirma Everton Gardezan, Direto de Marketing da Casp. E continua, “temos orgulho em apoiar as iniciativas que colabo-ram para o desenvolvimento do agronegócio nacional”.

Saiba mais sobre a empresa: www.casp.com.br .

Em sintonia com a nova era da comunicação, a Poli-Nutri refor-

mulou seu portal e estará presente nas redes sociais, Facebook, Twitter, Youtube e Flickr. A empresa preten-de com essa iniciativa acompanhar as tendências e manter um contato mais próximo e constante com os clientes e parceiros. O novo portal também procura dinamizar as infor-mações e trazer mais rapidez à co-municação para informar melhor os parceiros, clientes e o mercado como um todo. Para atender essa meta, o conteúdo do site é renovável e dinâ-mico, com vídeos, artigos técnicos,

informações detalhadas sobre a empresa e a linha de produtos, fotos e notícias, além das versões em inglês e espanhol. O objetivo principal é consolidar a internet como o principal canal de notícias e interação com o público da Poli-Nutri. Confira no novo site da Poli-Nutri através do endereço: www.polinutri.com.br.

Contratações Com o objetivo de aumentar a

presença no Sul do país, a Poli-Nutri reforça seu time de profissionais com duas novas contratações: Dario

Macedo Neto, que vai atuar no seg-mento de aves, suínos e bovinos na região de Curitiba, PR, e Elivásio Ponte de Melo, novo Representante Comercial também no estado do PR, que atuará nas vendas para avicultu-ra de corte. Outra estratégia na consolidação do mercado no Sul é a construção de uma fábrica na cidade de Treze Tílias, em SC, cuja inaugura-ção está marcada para abril.

Inovação

Conteúdo dinâmico do portal também é um diferencial

Poli-Nutri reformula site e entra nas redes sociais

Expodireto Cotrijal 2011

Em parceira com Foco Agrícola, empresa participa com dois estandes

Casp marca presença em feira de agronegócio

Dois estandes mostraram produtos da Casp

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Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Contratação

Elizangela Sobral vai dar suporte à linha avícola Biovet apresenta nova representante

A representação dos produtos voltados à área de Postura

Comercial do Laboratório Biovet, na região leste de São Paulo, passou a ser executada a partir de fevereiro pela médica veteri-nária Elizangela Sobral. A profis-sional vai realizar seu trabalho de forma personalizada aos clientes da região (pequenos, médios e grandes produtores no segmento de postura comercial), com ênfa-se especial na sinergia do

suporte técnico/comercial. “Isso vai garantir a exce-lência de nossa parceria, com atendimento rápi-do e eficiente das demandas”, expli-ca.

Saiba mais sobre a empresa através do: www.biovet.com.br.

Casp marca presença em feira de agronegócio

Elizangela Sobralé a nova representante comercial do leste de SP

Contratação II

Phibro anuncia novo Gerente

P rofissional experiente na área de nutrição animal, o zootec-

nista Daniel Vidiri é a nova con-tratação da Phibro Animal Health para a equipe de avicultura. O profissional assume o cargo de Gerente de Contas Especiais para Aves com o intuito de fortalecer a empresa. Para Maurício Graziani, Diretor da Unidade de

Negócios Aves & Suínos da Phibro, Daniel responderá pelas principais contas de avicultura dos estados de Minas Gerais, Goiás e São Paulo. “Seu objetivo é acelerar nosso crescimento e garantir o posicionamento no segmento de aves”, afirma. Saiba mais sobre a empresa: www.phibro.com.br

Produção Animal | Avicultura 61

Daniel Vidirientra na equipe de avicultura

A equipe da Nutriad está de casa nova. Em continuidade ao seu

plano de desenvolvimento para o mercado brasileiro, a Nutriad anun-cia sua mudança para novas instala-ções. “Nosso novo escritório ofere-cerá melhor infraestrutura, novas salas de reunião e instalações am-plas e modernas, condizentes com nosso crescimento e favoráveis a um melhor atendimento. A idéia é

criar um ambiente onde a comunicação e a transparência sejam valorizadas”, comenta Marcelo Manjabosco Nunes, Diretor Geral da Nutriad Nutrição Animal.

Os números de telefone, fax e endereços de e-mail continuam

inalterados, assim como todos ou-tros dados cadastrais da empresa. Saiba mais através do site: www.nutriad.net.

Novas instalações

Amplas salas e melhor infraestrutura para melhor atendimento

Nutriad muda de endereço

Nutriad Nutrição Animal LtdaAv. Dr. José Bonifácio Coutinho

Nogueira, n° 214, Cj.: 242Cond. Spot Galleria B.

Jardim MadalenaCEP: 13091-611, Campinas/SP

Daniel Vidiri agrega experiência de quase 10 anos de avicultura

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62 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Com a participação de alguns integrantes da diretoria na

International Poultry Expo, em Atlanta, EUA, a Lubing do Brasil pôde realizar novas parcerias com

canais de distribuição no Brasil e exterior e alinhar as estratégias comerciais para 2011 com as ou-tras subsidiárias.

Outra novidade da empresa é

que a Lubing iniciou neste período a construção de uma nova fábrica na cidade de Descalvado, SP, com inauguração prevista para o pri-meiro semestre de 2012. De acor-do com alguns dirigentes, o obje-tivo da nacionalização é acima de tudo oferecer preços mais compe-titivos ao mercado, em função da utilização de mão de obra local para montagem de parte dos sis-temas.

Já a Lubing Argentina, subsidi-ária da unidade brasileira, passou a ser gerenciada por Homero Braun, que até dezembro de 2010 era supervisor de Vendas da Região Sul. Na Argentina, os pro-dutos Lubing são comercializados em 80% do mercado de ovos e a meta da empresa é atingir 50% do mercado de frangos ainda em 2011.

Outras informações sobre a Lubing: www.lubing.com.br

Novidades

Nova fábrica é um dos planos da companhia para este ano

Lubing do Brasil começa bem 2011

Estande da Lubing

na Internacional

Poultry, em Atlanta

Em português

Empresa estreia site para servir clientes Aviagen lança website

A Aviagen lançou uma versão em português do seu site corporativo, com o objetivo de pro-

porcionar aos clientes um fácil acesso, totalmente em linha com uma das mais conceituadas bibliote-cas técnicas sobre genética, manejo de matrizes e frangos e boas práticas avícolas, entre outros as-suntos.

O site em português foi produzido para servir aos clientes em um dos mercados com mais rápido crescimento. O conteúdo do site em português reflete o que a versão original, em Inglês, propor-ciona: um botão de fácil acesso para tradução automática, de forma que os usuários possam rapidamente efetuar traduções de qualquer docu-mento da biblioteca técnica – a qual neste instan-te, não está disponível na versão em português. Acesse o novo site da empresa: www.aviagen.com.

Novo site da Aviagen

em português: conteúdo reflete versão em inglês

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63 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de pintos de corteDEZEMBRO/2010 517,827 milhões | 4,85%*

Produção de carne de frangoFEVEREIRO/2011 950,589 mil toneladas | 9,22%

Exportação de carne de frango FEVEREIRO/2011 296.585 toneladas | 5,00%

Oferta interna de carne de frango FEVEREIRO/2011654.004toneladas | 11,25%

Alojamento de matrizes de postura FEVEREIRO/201159,957 mil | 10,36%

Alojamento de pintainhas de postura FEVEREIRO/2011 5,586 milhões | 1,53%

Desempenho do frango vivoMARÇO/2011R$2,03kg | 33,48%

Desempenho do ovoMARÇO/2011R$49,08/cxa. | 19,82%

MilhoMARÇO/2011R$31,84/saca | 76,89%

Farelo de SojaMARÇO/2011R$645,00/ton. | 21,01%

Produção e mercadoem resumo

Mês de março foi menos sofrido

para o frango e o ovo

S ó o fato de o milho ter parado de subir já foi uma boa notícia. Em março o grão se estabilizou em

R$31,84 – valor 0,93% menor que a média de R$32,14 obtida pelo produto em fevereiro. Quanto à soja, o farelo foi comercializado em março de 2011 ao preço médio de R$645/tonelada, valor 10,29% menor que o de fevereiro pas-sado – R$719/t.

Encerrando o primeiro trimestre de 2011, o destaque principal foi o preço do frango vivo, que variou entre um mí-nimo de R$1,90/kg e um máximo de R$2,10/kg.

Já o ovo, obteve, em março, valori-zação de 10,80%, enquanto em relação ao mesmo mês do ano passado essa va-lorização ficou próxima dos 20%. Tudo indica que, para alcançar o bom preço, houve um esforço pela melhor adequa-ção da produção ao mercado (ativação do descarte de poedeiras mais velhas). Comparando-se o preço médio alcança-do pelo produto nos primeiros 90 dias de 2011 com a média alcançada nos anos anteriores, constata-se que a re-muneração atual é superior, apenas, à de 2009 e de 2010, o que significa que no primeiro trimestre do ano o produ-tor recebeu pelo produto valor inferior à média alcançada em 2008, ano tam-bém marcado por grande elevação nos preços do milho, matéria-prima funda-mental para o setor.

Finalmente encerramos 2010 para a produção de pintos de corte. A produ-ção, no ano, foi de praticamente 6 bi-lhões de pintos de corte (o número exa-to da APINCO ficou pouco acima de 5,998 bilhões), o que significou aumen-to de 7,88% em relação a 2009.

*Todas as porcentagens são variações anuais

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64 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de pintos de corteVolume produzido em 2010 registrou evolução

anual de 7,88% e bienal de 9,68%

EVolução MEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2009 2010 VAR. %

Janeiro 417,755 472,898 13,20%

Fevereiro 406,918 448,957 10,33%

Março 425,628 510,371 19,91%

Abril 455,711 497,581 9,19%

Maio 461,811 500,989 8,48%

Junho 482,089 500,788 3,88%

Julho 500,270 512,451 2,44%

Agosto 482,678 514,822 6,66%

Setembro 467,938 496,915 6,19%

Outubro 503,041 513,130 2,01%

Novembro 462,635 511,532 10,57%

Dezembro 493,895 517,827 4,85%

EM 12 MESES 5.560,368 5.998,260 7,88%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Dentro de um processo – até hoje não muito bem explicado – de

retardamento de divulgação dos volu-mes produzidos pelo setor – como se um determinado valor (indicativo, mas abstrato) pudesse interferir nas condições físicas (reais) de oferta e procura – a APINCO divulgou no final de março passado o resultado da pro-dução de pintos de corte de dezem-bro de 2010 – 517,8 milhões de cabe-ças, quase 5% a mais que no mesmo mês do ano anterior.

Com isso, completaram-se os da-dos do exercício passado, apontando--se a produção, no ano, de pratica-mente 6 bilhões de pintos de corte (o número exato da APINCO ficou pou-co acima de 5,998 bilhões), o que sig-nificou aumento de 7,88% em rela-ção a 2009.

Neste caso, porém, é sempre oportuno lembrar que em 2009, em consequência da crise econômica mundial, registrou-se expansão míni-ma na produção brasileira de pintos de corte (+1,68% sobre o ano ante-rior). Em decorrência, o volume regis-trado no ano passado foi 9,68% su-perior ao registrado em 2008, esse índice correspondendo a uma expan-são média de 4,73% ao ano no biênio 2009-2010.

Na década (a primeira do século XXI), o índice de expansão foi ligeira-mente maior: média de 6,3% ao ano, o que propiciou, de 2000 para 2010, expansão de 84% no volume produ-zido. Isso, em outras palavras, signifi-cou que a produção média mensal saltou de pouco mais de 270 milhões de cabeças no final do século passado para cerca de 500 milhões de cabeças no ano que passou.

Se mantiver, neste ano, a mesma média de expansão, a produção brasi-leira de pintos de corte de 2011 che-gará aos 6,375 bilhões de cabeças, 96% a mais do que foi produzido em 2000.

3,47

4

2001

3,81

9

2002

3,81

9

3,90

7

2003

3,90

7

4,27

8

2004

4,27

8

4,69

6

2005

4,69

6

4,57

7

2006

4,57

7 5,15

2

2007

5,15

2

5,46

9

2008

5,46

9

2009

5,56

0

3,47

4

3,25

4

2000

5,56

0

2010

5,99

8

Produção anual e índicede expansão média anual2000 a 2010Bilhões de cabeças

6,3% ao ano

Fonte: APINCO - Elaboração e análises: Produção Animal - Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 65

Produção de carne de frangoEm fevereiro/11, volume real inferior ao registrado entre abril e agosto de 2010

EVolução MEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Março 862,047 966,853 12,16%

Abril 830,420 1.026,166 23,57%

Maio 901,884 1.072,142 18,88%

Junho 892,223 1.041,178 16,69%

Julho 956,585 1.067,354 11,58%

Agosto 1.004,081 1.056,971 5,27%

Setembro 956,166 997,524 4,33%

Outubro 957,625 1.070,510 11,79%

Novembro 979,969 1.030,498 5,16%

Dezembro 1.010,062 1.112,104 10,10%

Janeiro 1.000,611 1.088,307 8,76%

Fevereiro 870,352 950,589 9,22%

No ano 1.870,963 2.038,896 8,98%

Em 12 meses 11.222,025 12.480,196 11,21%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Partindo da produção brasileira de pin-tos de corte, a APINCO estimou que

em fevereiro passado foram produzidas no País 950.589 toneladas de carne de frango, volume que significou aumento de 9,22% sobre fevereiro de 2010 e redu-ção de 12,65% sobre janeiro de 2011.

Naturalmente, esse índice de redução é apenas nominal, porquanto fevereiro é mês mais curto, de 28 dias. Mas mesmo assim, a produção real do segundo mês de 2011 foi 3,3% inferior à do mês ante-rior. Correspondeu também – em valores reais – ao menor volume/diário dos últi-mos cinco meses, além de ficar aquém do que foi produzido entre abril e agosto do ano passado.

Não passa despercebido o fato de, no primeiro bimestre de 2011, ter-se produzi-do volume já superior aos 2 milhões de toneladas e quase 9% maior que o regis-trado em idêntico período do ano passa-do. Ou seja: mantida a atual média no res-tante do exercício, a produção de 2011 pode ir bem além dos 13 milhões de toneladas.

É bem pouco provável que essa possi-bilidade se concretize, visto que o grande incremento atual procede do fato de no primeiro bimestre do ano passado a pro-dução brasileira se encontrar, ainda, na fase de recuperação pós-crise econômica mundial. Isso se reflete, também, na pro-dução acumulada nos últimos 12 meses, 11,21% maior que a registrada entre mar-ço de 2009 e fevereiro de 2010.

A tese de um incremento significativa-mente menor que o atual é reforçada pelo resultado médio diário alcançado no bi-mestre inicial de 2011, da ordem de 34,5 mil toneladas que, projetadas para os 365 dias do ano, apontam volume total pouco superior a 12,6 milhões de toneladas, qua-se 2,5% a mais que o registrado em 2010.

Obviamente, os índices reais serão maiores, porquanto a produção de janei-ro-fevereiro é a menor do ano. Mas apa-rentemente a produção deve se expandir nos índices estimados pelo setor – incre-mento da ordem de 5% sobre 2010.

932,

5

935,

7

1.02

6,2

2010

1.03

7,6

1.03

7,6

1.04

1,2

1.03

2,9

1.02

2,9

997,

5

1.03

6,0

1.03

6,0

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan

1.03

0,5

1.07

6,2

1.05

3,2

1.05

3,2

1.05

3,2

Fev

1.01

8,5

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMil toneladas

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66 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

O segundo mês do ano é mais curto que os demais. Mesmo assim as ex-

portações de carne de frango in natura de fevereiro reproduziram o desempenho do mês anterior.

Conforme dados da SECEX/MDIC, o volume embarcado – 296.585 toneladas – acabou ficando 0,40% acima do registra-do no primeiro mês do ano, enquanto a receita cambial – de US$588,117 milhões – sofreu pequena redução.

Com esses resultados, os volumes em-barcados em janeiro e fevereiro de 2011 foram os mais baixos em 12 meses, o que configura fraco desempenho do setor, cer-to?

Errado. Pois com o embarque de 591.984 toneladas no período, esse foi o melhor primeiro bimestre da história das exportações de carne de frango. Porque, além de superar em 15% o volume embar-cado no mesmo período de 2010, as ex-portações de janeiro-fevereiro de 2011 também deixaram para trás o recorde do primeiro bimestre de 2008, 567.435 tone-ladas exportadas.

Tal resultado não afasta a constatação de que os volumes embarcados nos dois primeiros meses de 2011 permanecem aquém daqueles registrados nos 10 meses anteriores. Mas esse é um comportamento típico de todo início de ano.

Para comprovar, basta mencionar que os primeiros resultados relativos a março de 2011 e referentes apenas à carne de frango in natura (divulgados na mesma data em que este texto era elaborado), apontaram embarques 16% superiores aos do mês an-terior.

E, aplicando-se o desempenho do pro-duto in natura no primeiro trimestre às ex-portações globais de carne de frango de 2011, tem-se um volume 10% maior que o de 2010, algo em torno de 4,2 milhões de toneladas. Ou seja: prevalece uma tendên-cia de superação do índice de expansão re-gistrado nos últimos 12 meses de, pratica-mente, 8%. E o detalhe é que os embarques anualizados já se encontram próximos de 3,9 milhões de toneladas.

Exportação de carne de frangoEm 2011, o melhor primeiro bimestre de todos os tempos

EVolução MEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Março 306,539 331,941 8,29%

Abril 329,922 309,942 -6,06%

Maio 303,767 322,151 6,05%

Junho 329,014 325,272 -1,14%

Julho 317,207 360,526 13,66%

Agosto 301,257 347,921 15,49%

Setembro 289,951 337,637 16,45%

Outubro 335,445 333,406 -0,61%

Novembro 268,615 319,802 19,06%

Dezembro 314,785 315,316 0,17%

Janeiro 233,324 295,398 26,60%

Fevereiro 282,471 295,399 5,00%

No ano 515,795 591,984 14,77%

Em 12 meses 3.612,295 3.895,897 7,85%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC – Elaboração e análises: AVISITE

Acumulado em 12 mesesMil Toneladas

2010

3.61

2

3.63

8

3.61

8

3.63

63.

636

3.63

2 3.67

6 3.72

2 3.77

0

3.76

83.

768

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

3.81

9

3.82

03.

820

Jan

3.88

23.

882

Fev

3.89

6

2011

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Produção Animal | Avicultura 67

oferta interna de carne de frangoVolume real de fevereiro foi o menor em cinco meses

Uma vez que a produção de carne de frango de fevereiro ficou (APINCO)

em 950.589 toneladas e, no mês, as expor-tações do produto somaram 296.585 to-neladas (SECEX/MDIC), a conclusão é de que permaneceram no mercado interno 654.004 toneladas de carne de frango – nominalmente, o menor volume dos últi-mos 12 meses, mas, em valores reais, o me-nor volume dos últimos cinco meses.

Ressalta, nesse resultado, o alto índice de incremento, +11,25%, em relação ao mesmo mês do ano passado. É oportuno lembrar, no entanto, que no início de 2010 o setor apenas começava a sair da crise que afetou a economia mundial a partir do se-gundo semestre de 2008.

Em função do último resultado, a ofer-ta interna acumulada nos dois primeiros meses de 2011 correspondeu a 71% da produção nacional, aproximando-se do 1,447 bilhão de quilos, o que significou au-mento de 6,77% sobre idêntico período do ano anterior.

Por outro lado, quando comparada ao volume disponível em idêntico período pré--crise econômica, a oferta interna de carne de frango acumula expansão muito próxi-ma de 20% e corresponde a um incremen-to médio de 6% ao ano – índice que dá boa ideia da vitalidade do consumo do produto.

Projetado para a totalidade do ano, o volume disponibilizado nos dois primeiros meses de 2011 sugere oferta total da or-dem de 8,680 milhões de toneladas, so-mente 2% a mais que o ofertado interna-mente no decorrer do ano passado.

Mas esse resultado refere-se apenas ao primeiro bimestre do exercício, período em que a produção apenas começa a deslan-char. Em outras palavras, deve-se avaliar e levar em conta, também, a evolução do vo-lume disponibilizado nos últimos 12 meses, que totalizou 8,584 milhões de toneladas e apresentou aumento de quase 13% sobre idêntico período anterior.

Ou seja: a tendência, por ora, é a de chegar-se a um incremento intermediário entre esses dois índices, algo entre 5% e 6% no ano.

629,

9

614,

4

716,

2

2010

725,

872

5,8

715,

9

684,

0

686,

2

659,

9 713,

371

3,3

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan

710,

7 771,

1

767,

376

7,3

Fev

700,

7

2011

Oferta real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMil toneladas

EVolução MEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2009/10 2010/11 VAR. %

Março 555,508 634,912 14,29%

Abril 500,498 716,224 43,10%

Maio 598,117 749,991 25,39%

Junho 563,210 715,906 27,11%

Julho 639,378 706,828 10,55%

Agosto 702,824 709,050 0,89%

Setembro 666,215 659,887 -0,95%

Outubro 622,180 737,104 18,47%

Novembro 711,354 710,696 -0,09%

Dezembro 695,278 796,786 14,60%

Janeiro 767,287 792,908 3,34%

Fevereiro 587,882 654,004 11,25%

No ano 1.355,169 1.446,912 6,77%

Em 12 Meses 7.609,731 8.584,296 12,81%

Fonte dos dados básicos: APINCO e SECEX/MDIC – Elaboração e análises: AVISITE

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68 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

alojamento de matrizes de posturaagora comedido, volume alojado cresce 3% em 12 meses

EVolução MEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHARES DE CABEÇAS

MATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2009/10 2010/11 VAR.% 2009/10 2010/11

Março 17,549 50,609 188,39% 59,22% 79,36%

Abril 83,830 40,810 -51,32% 67,14% 66,35%

Maio 82,784 69,370 -16,20% 75,57% 64,54%

Junho 89,356 80,594 -9,81% 67,60% 72,47%

Julho 84,867 71,065 -16,26% 68,64% 77,82%

Agosto 100,270 79,449 -20,76% 61,16% 54,02%

Setembro 65,483 91,674 40,00% 84,73% 53,16%

Outubro 34,185 70,176 105,28% 49,42% 58,93%

Novembro 37,926 98,255 159,07% 63,33% 65,51%

Dezembro 90,597 81,161 -10,42% 58,71% 78,15%

Janeiro 79,451 52,690 -33,68% 83,97% 72,87%

Fevereiro 54,331 59,957 10,36% 74,16% 53,61%

No ano 133,782 112,647 -15,80% 79,99% 62,62%

Em 12 meses 820,629 845,810 3,07% 68,95% 65,86%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

Os levantamentos mensais da UBABEF mostram que o aloja-

mento de matrizes de postura segue comedido em 2011 – tanto, que os vo-lumes mensais alojados nos dois pri-meiros meses do ano são os menores registrados desde maio do ano passa-do.

Em fevereiro passado, por exem-plo, o volume alojado totalizou 59.957 cabeças (pouco mais da metade, 53,61%, representadas por linhagens produtoras de ovos brancos), o segun-do menor volume dos últimos 10 me-ses. O que, mesmo assim, representou crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior e ao mês anterior: de 10,36% sobre fevereiro de 2010; e de 13,79% sobre janeiro de 2011.

Mas isso não desmente o comedi-mento apontado. Porque o total aloja-do no bimestre inicial do ano é quase 16% inferior ao de idêntico período de 2010, enquanto no fechamento de 2010 o volume alojado registrava ex-pansão de 18%.

Naturalmente, os alojamentos atu-ais representam apenas o ponto de partida de 2011 e, assim, tendem a crescer no restante do período. De toda forma, o volume do bimestre ini-cial do ano (ou 675.882 cabeças) sina-liza alojamento anual quase 22% infe-rior ao de 2010. No ano passado, no mesmo bimestre, o volume alojado já sinalizava que o período seria de recor-des, o que efetivamente aconteceu: entre janeiro e dezembro de 2010 fo-ram alojadas internamente perto de 867 mil matrizes de postura, o maior volume em seis anos.

A ressaltar, ainda, que enquanto em dezembro de 2010 o alojamento anual de matrizes de postura registra-va incremento de 18,29% sobre o mesmo período do ano anterior, dois meses depois o volume acumulado em 12 meses (março de 2010 a fevereiro de 2011) apresenta variação de apenas 3,07%.

2010

820,6

29

Fev

820,6

29

853,6

89

Mar

853,6

89

810,6

69

Abr

810,6

69

797,2

55

Mai

797,2

55

788,4

93

Jun

788,4

93

774,6

91

Jul

774,6

91

753,8

70

Ago

753,8

70

780,0

61

Set

780,0

61

816,0

52

Out

816,0

52

Nov

876,3

81

876,3

81

Dez

866,9

45

2011

Acumulado em 12 MesesMilhares de cabeças

Jan

840,1

84

866,9

45

Fev

845,8

10

840,1

84

845,8

10

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Produção Animal | Avicultura 69

Surgem, na área das pintainhas co-merciais de postura, sinais de melhor

adequação do alojamento à realidade do mercado. Em fevereiro passado, por exemplo, após onze meses consecutivos de volumes superiores a seis e até sete milhões de cabeças mensais, o volume alojado voltou a lembrar aquele longo período em que o total alcançado men-salmente se manteve na faixa dos cinco milhões de cabeças.

Por cerca de três anos, o alojamento brasileiro de pintainhas de postura regis-trou média mensal em torno dos cinco milhões de cabeças. Até iniciar-se um processo de alojamento crescente que atingiu seu recorde em meados do se-gundo semestre do ano passado quan-do, em apenas um mês, foram alojadas mais de 7,2 milhões de pintainhas.

Desde então tem se registrado algu-ma redução. Mas o melhor resultado foi visto em fevereiro último quando, segun-do o levantamento da UBABEF, o total alojado ficou em 5,586 milhões de cabe-ças, um quarto desse volume estando representado por linhagens produtoras de ovos brancos.

Em relação a fevereiro de 2010, esse volume ainda é 1,53% superior. Mas comparativamente ao que foi alojado no mês anterior, janeiro de 2011, a queda é de 15,5%. Ou de quase 23% se conside-rado o recorde mais recente – 7,241 mi-lhões de cabeças em julho de 2010.

Naturalmente, a queda em um único mês pouco influencia a produção futura. Mas mostra uma tendência. Que precisa ser perseguida pelo setor. Pois o volume alojado nos 12 meses decorridos entre março de 2010 e fevereiro de 2011 alcan-çou um valor de 79,2 milhões de cabe-ças, correspondendo a um aumento de mais de 27% sobre idêntico período anterior.

Seria ótimo se o mercado consumi-dor crescesse nessa velocidade. Mas os resultados de campo mostram que a evolução do consumo se dá em ritmo muitíssimo mais lento.

alojamento de pintainhas de posturaEm fevereiro de 2010, o menor volume dos últimos 12 meses

EVolução MEnsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS)

MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2009/10 2010/11 VAR.% 2009/10 2010/11

Março 5,161 6,162 19,39% 75,27% 78,60%

Abril 4,951 6,448 30,24% 75,30% 78,69%

Maio 4,797 6,551 36,58% 72,92% 76,99%

Junho 5,209 7,156 37,40% 74,77% 78,25%

Julho 5,173 7,241 39,96% 72,84% 77,20%

Agosto 5,046 7,193 42,54% 71,86% 76,09%

Setembro 5,145 6,818 32,52% 73,80% 77,35%

Outubro 5,025 6,595 31,25% 72,91% 75,47%

Novembro 5,251 6,708 27,73% 71,03% 75,07%

Dezembro 5,181 6,131 18,35% 73,75% 72,19%

Janeiro 5,723 6,613 15,54% 76,94% 75,28%

Fevereiro 5,502 5,586 1,53% 73,30% 75,18%

No ano 11,225 12,199 8,67% 75,16% 75,23%

Em 12 meses 62,164 79,201 27,41% 73,75% 76,40%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

62,1

64

63,1

64

64,6

61

2010

66,4

1666

,416

68,3

64

70,4

31

72,5

78

74,2

51

75,8

2175

,821

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

77,2

77

78,2

28

79,1

1779

,117

Jan Fev

79,2

01

2011

Acumulado em 12 MesesMilhões de cabeças

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70 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

O mês, de carnaval tardio, acabou sen-do um tanto quanto sombrio para o

frango vivo. Porque o esperado era que a recuperação de preços registrada em feve-reiro (valorização de 10,5% quando consi-

derado o primeiro e o último preço do mês) tivesse continuidade ou pelo menos se es-tabilizasse no decorrer de março.

Não foi o que aconteceu: ainda na pri-meira semana do mês, no chamado “perí-

odo pré-carnavalesco”, o mercado come-çou a dar os primeiros sinais de travamento (expectativa de consumo menor e, por de-corrência, demanda menor, com o surgi-mento de pressão sobre os preços), situa-ção que se manteve na semana de carnaval e se agravou com a virada da quinzena.

Resultado: para o frango vivo, março simplesmente não existiu. Porque enquan-to em fevereiro o preço do produto subiu de R$1,90/kg para R$2,10/kg, em março retrocedeu de R$2,10/kg para R$1,90/kg.

Essa, aliás, foi a marca principal dos preços do frango no primeiro trimestre de 2011: variação entre um mínimo de

R$1,90/kg e um máximo de R$2,10/kg. As-sim, numa retrospectiva, é possível consta-tar que janeiro foi aberto com a cotação em R$2,10/kg e encerrado com R$1,90/kg. Em fevereiro ocorreu o inverso. E em março vol-tou a repetir-se o mesmo comportamento de janeiro.

O resultado desse “comportamento serrote” é um preço médio trimestral muito próximo dos R$2,00/kg, o equiva-lente a uma valorização de mais de 20% sobre o preço médio alcançado no decor-rer de 2010. Tal incremento, sem dúvida, supera em muito a inflação acumulada no período (pelo IGP-M, 10,95%), mas continua muitíssimo aquém do aumento de preços acumulado pela principal ma-téria-prima do frango, o milho, cujo pre-ço médio no primeiro trimestre foi pelo menos 60% superior ao de idêntico tri-mestre do ano passado.

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja,

interior paulista – R$/KgMÊS MÉDIA

R$/KGVARIAÇÃO %

ANUAL MENSAL

MAR/10 1,52 -9,28% -6,57%

ABR/10 1,41 -11,85% -7,46%

MAI/10 1,40 -13,29% -1,02%

JUN/10 1,35 -27,98% -3,01%

JUL/10 1,57 -12,96% 15,71%

AGO/10 1,62 8,50% 3,19%

SET/10 1,93 40,52% 19,26%

OUT/10 1,84 22,85% -4,67%

NOV/10 1,85 20,19% 0,54%

DEZ/10 2,08 26,52% 12,29%

JAN/11 1,96 23,80% -5,73%

FEV/11 2,01 23,34% 2,78%

MAR/11 2,03 33,48% 0,92%

Média e variação anual entre 2000 e 2011

ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57%

2001 0,97 6,47%

2002 1,13 16,49%

2003 1,45 28,31%

2004 1,49 2,75%

2005 1,35 -8,72%

2006 1,16 -14,70%

2007 1,55 33,62%

2008 1,63 5,16%

2009 1,63 0,15%

2010 1,65 0,94%

2011* 2,00 21,29%

* Média entre 03/01 e 31/03/11

Desempenho do frango vivo em março e no primeiro trimestre de 2011

nos três primeiros meses, frango tem “comportamento serrote”

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

1,96

R$

2,01

R$

2,03

FRANGO VIVO - PREÇOS HISTÓRICOS E PREÇOEFETIVO EM 2011

PREÇO HISTÓRICO (média 1999/2009):preço em dezembro do ano anterior igual a 100PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2011: (R$/KG, granja, interior paulista)

R$ 1,30

R$ 1,20

R$ 1,40

R$ 1,50

R$ 1,60

R$ 1,70

R$ 1,80

R$ 1,90

R$ 2,00

92,8

0%

97,6

6%

88,1

8%

86,1

9%

87,1

2%

96,5

2%

98,8

5%

104,

63%

106,

13%

107,

27%

107,

47%

108,

34%

Resultado é um preço médio trimestral muito próximo

dos R$2,00/kg, o equivalente a uma valorização de mais

de 20% sobre o preço médio em 2010

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Produção Animal | Avicultura 71

Em relação ao mês anterior o ovo obteve, em março, valorização de 10,80%, en-

quanto em relação ao mesmo mês do ano passado essa valorização ficou próxima dos 20%. Mais significativo, porém, foi o índice de variação registrado do primeiro para o úl-timo dia do mês: +25,58%.

Isso, à primeira vista, é resultado apenas do consumo adicional, sazonal, invariavel-mente proporcionado pela chegada da Quaresma. Mas tudo indica que, antes, hou-ve um esforço pela melhor adequação da produção ao mercado (ativação do descarte de poedeiras mais velhas), o que fez com que, a partir de fevereiro deste ano, ainda que paulatinamente, o setor viesse recupe-rando preços.

Dessa forma, somente em janeiro o ovo registrou evolução de preços negativa em relação ao mês anterior – resultado natural quando o mês anterior é dezembro. Mas desde então o produto veio obtendo recu-peração contínua, o que fez com que alcan-çasse, em março último, preço médio quase 27% superior à média registrada no último mês de 2010.

Seria de se supor, também – considera-do o atual quadro de suprimento e preços de alimentos e commodities em geral – que o ovo tivesse alcançado em março um dos melhores valores de sua história. No entanto, o preço médio observado no mês se encon-tra, apenas e tão somente, acima dos preços médios registrados nos últimos 36 meses. Ou seja: a aparentemente elevada remune-ração atual continua inferior àquela obtida em março de 2008, mês em que o produto alcançou preço médio superior a R$50,00/caixa.

Por sinal, comparando-se o preço médio alcançado pelo produto nos primeiros 90 dias de 2011 com a média alcançada nos anos anteriores, constata-se que a remune-ração atual é superior, apenas, à de 2009 e de 2010, o que significa que no primeiro tri-mestre do ano o produtor recebeu pelo pro-duto valor inferior à média alcançada em 2008, ano também marcado por grande elevação nos preços do milho, matéria-pri-ma fundamental para o setor.

Mas a grande e significativa diferença, aqui, é que enquanto o ovo continua com preços nominais negativos em relação há passados três anos, o milho registra elevação de preços de pelo menos 25%.

De toda forma, o ovo está entrando no período mais incisivo da Quaresma com pro-dução ajustada e demanda crescente. Deve recuperar boa parte das perdas acumuladas nos últimos anos.

Desempenho do ovo em março e no primeiro trimestre de 2011 no ano, ovo tem recuperação paulatina de preços

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano (R$/CAIXA DE 30 DÚZIAS)

MÊS MÉDIA R$/CX

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

MAR/10 40,96 -12,73% 3,27%

ABR/10 37,75 -16,96% -7,84%

MAI/10 39,12 -6,50% 3,63%

JUN/10 41,16 -4,55% 5,21%

JUL/10 37,89 2,62% -7,95%

AGO/10 37,15 -0,66% -1,94%

SET/10 37,08 9,45% -0,20%

OUT/10 36,74 17,21% -0,75%

NOV/10 36,83 18,82% 0,25%

DEZ/10 38,76 8,01% 5,23%

JAN/11 37,08 16,60% -4,33%

FEV/11 44,29 11,65% 19,45%

MAR/11 49,08 19,82% 10,80%

Média e variação anual entre 2000 e 2011

ANO R$/CX VAR. %

2000 23,12 16,89%

2001 24,07 4,11%

2002 27,88 15,83%

2003 39,67 42,29%

2004 34,47 -13,11%

2005 33,48 -2,87%

2006 27,48 -17,92%

2007 39,42 43,45%

2008 43,62 10,65%

2009 38,63 -11,37%

2010 37,93 -1,82%

2011* 43,55 14,88%

* Média entre 03/01 e 31/03/11

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITEObs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

R$

37,0

8

R$

44,2

9

R$

49,0

8

OVO EXTRA BRANCO - PREÇOS HISTÓRICOSE PREÇO EFETIVO EM 2011

PREÇO HISTÓRICO (média 1999/2009):preço em dezembro do ano anterior igual a 100PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2011: (R$/caixa, no atacado paulista)

R$ 32,00

R$ 30,00

R$ 34,00

R$ 36,00

R$ 38,00

R$ 40,00

R$ 42,00

R$ 44,00

R$ 46,00 88,2

4% 108,

23%

112,

91%

101,

89%

103,

18%

110,

65%

106,

81%

105,

62%

96,0

7%

95,5

3%

99,1

7%

111,

87%

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Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasMilho estabilizado em patamar elevado

Preço do farelo de soja caiu novamente em março

Fonte das informações: www.jox.com.br

O farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em março de 2011 ao preço médio de R$645/tonelada,

valor 10,29% menor que o de fevereiro passado – R$719/t. Porém, na comparação com março de 2010 – quando o pre-ço médio era de R$533/t – a cotação atual registra aumento de 21%.

Apesar do retrocesso pelo segundo mês seguido, o grá-fico abaixo mostra que o insumo ainda está bastante valori-zado em relação ao ano anterior.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoA queda no preço do farelo de soja e a leve valorização

do frango vivo no mês de março acarretaram aumento no poder de compra do avicultor. Neste mês foram necessários 317,7 kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insu-mo, significando melhoria de 12,58% no poder de compra em relação a fevereiro de 2011, quando foram necessários 357,7 kg de frango vivo para obter uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em mar-

ço de 2011 foram necessárias aproximadamente 15 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma to-nelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor de postura em relação ao farelo aumentou na comparação com fevereiro de 2011: melhora de 25,60%, já que em fevereiro último 19 caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a março de 2010, a melhora no poder de compra é de apenas 4%, pois naquele período a tonelada de farelo de soja custou, em média, 15,7 caixas de ovos.

Depois de oito meses consecutivos de altas, o milho apresentou leve redução de valor. O preço médio

do insumo, saca de 60 kg, interior de SP, fechou março de 2011 a R$31,84 – valor 0,93% menor que a média de R$32,14 obtida pelo produto em fevereiro. O valor atual é aproximadamente 77% maior que o de um ano atrás, já que a média de março de 2010 foi de R$18,00/saca. Este nível de aumento continua pressionando as cadeias de produção animal.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou março a R$2,03/

kg - média 1% maior que a de fevereiro de 2011. Essa valorização interrompeu a sucessiva queda no poder de compra do avicultor: foram necessários 261,4 kg de frango vivo para se obter uma tonelada do insumo, con-siderando-se a média mensal de ambos os produtos em março. Este valor representa melhora no poder de com-pra de 1,95% em relação ao mês anterior, pois em feve-reiro a tonelada do milho “custou” 266,5 kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa

com 30 dúzias), encerrou março cotado à média de R$42,58, aumento de 12,68% sobre o mês anterior. Essa valorização resultou em aumento no poder de com-pra: em março foram necessárias 12,5 caixas de ovos para adquirir uma tonelada do produto. Em fevereiro fo-ram necessárias 14,2 caixas/t, uma elevação de 13,74% na capacidade de compra do produtor.

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Ponto Final

76 Produção Animal | Avicultura

Sustentabilidade na avicultura

Julio Cesar P. Palhares

é Pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste

A sustentabilidade é palavra de uso cotidiano pelos atores das diversas cadeias produtivas da pecuária. Na

avicultura isso não é diferente, sendo a sus-tentabilidade sempre colocada como o refe-rencial de produção. A base conceitual e os preceitos indispensáveis para se atingir a sustentabilidade, infelizmente, ainda são pouco conhecidos por grande parte desses atores. No entendimento de muitos, a sus-tentabilidade já foi ou será atingida em um curto prazo, mas analisando a realidade produtiva e considerando o conceito e os preceitos, a sustentabilidade é algo ainda muito distante.

Ser sustentável não se limita a cumprir a legislação ambiental, usar alguns recursos naturais renováveis e não-renováveis com eficiência e possuir alguma ação ou tecnolo-gia para manejar os resíduos gerados. Ser sustentável é muito mais complexo e, obri-gatoriamente, envolve a mudança dos mo-delos produtivos e, principalmente, a mu-dança das culturas produtivas. Envolve ações em três dimensões: ambiental, social e econômica. As decisões irão considerar es-sas três dimensões em igualdade e não como observado hoje; a dimensão econômica ten-do o maior peso em todas as decisões. Sabe--se também que não é possível dar sustenta-bilidade ao que se mostrou insustentável!

Alguns exemplos podem ser utilizados para mostrar a condição de insustentabili-dade de nossa agropecuária, de nossa avi-cultura e, também, de nossas pesquisas. Na agropecuária podemos citar o caso do Códi-go Florestal Brasileiro. O processo se arrasta há anos por diversos motivos, sendo um dos de maior grandeza a polarização e a radica-lização entre setores, que achando deter a verdade absoluta não estão propensos a dis-cussão civilizada e baseada no conhecimen-to.

Na avicultura cita-se o uso dos resíduos como fertilizante, tanto camas de aviário como estercos de postura são ótimos fertili-zantes, devendo ser utilizados para este fim após o correto manejo. O que se vê é o uso errado, sem considerar o princípio do balan-

ço de nutrientes, ou seja, compatibilizar o que o solo já disponibiliza com a exigência nutricional da cultura vegetal e a disponibi-lidade de nutrientes nos resíduos. Simples-mente aplicar os resíduos no solo sem consi-derar esse princípio é um manejo potencialmente poluidor, o que tecnica-mente classificamos como fonte de poluição difusa. A fonte de maior ocorrência no meio rural. Portanto, pode-se ter uma proprieda-de com licença ambiental e que esteja po-luindo, pois tanto nossas legislações como nossos órgãos licenciadores são falhos em controlar esse tipo de poluição.

Nas pesquisas ainda carecemos de ações com visões sistêmicas-integradas. Nossas pesquisas em avicultura ainda possuem vi-sões produtivistas-pontuais. Muito poucas são as pesquisas que têm como foco ou con-sideram as questões ambientais. Entender um sistema produtivo e visualizar as inte-grações externas e internas que existem é condição fundamental para se almejar a sustentabilidade. Anterior à mudança de vi-são de nossas pesquisas, necessitamos da mudança de visão de nossos pesquisadores e profissionais agropecuários.

Precisamos formar novos profissionais que tenham como meta melhorar o ganho de peso, a conversão alimentar e a mortali-dade, entre outros. Também precisamos de profissionais para melhorar a eficiência no uso da água, da energia, dos nutrientes e que entendam que maior eficiência ambien-tal significa menor custo de produção e me-lhor qualidade de vida para todos os atores da cadeia produtiva.

A sustentabilidade é possível, mas será atingida no longo prazo. Quanto mais de-moradas as mudanças de visão, culturas e modelos, mais longo o caminho a ser per-corrido. Considerando as realidades das ca-deias produtivas pecuárias brasileiras, a avi-cultura de corte possui vantagens perante as outras. Essas vantagens precisam ser traba-lhadas para que a avicultura de corte cami-nhe em direção à sustentabilidade, bem como sirva de referencial para as outras ca-deias.

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