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NOES BSICAS DE JARDINAGEM

Fernanda Cristiane Simes1 Patrcia Duarte de Oliveira Paiva2 Guilherme Jos Oliveira Neri3 Renato Paiva4

1 INTRODUOA horticultura a parte da Agricultura dedicada cincia (ou arte) de cultivar o hortus, expresso latina que significa jardim. A formao da palavra Horticultura reflete sua origem. O horto ou jardim era o espao de terreno fechado junto residncia destinado ao cultivo de frutas, legumes, temperos, ervas medicinais e tambm de flores. Assim, antes de chegar a sua funo, o jardim teve primeiro uma utilidade prtica. Com o avano do conhecimento e o interesse em aumentar a produtividade dos cultivos, o antigo horto foi dividido em trs reas especficas, surgindo o pomar, a horta e o jardim propriamente dito. Assim sendo, nesse jardim cada planta tem um valor esttico a ser destacado. O carter ornamental pode estar nas flores, como nas rosas, na disposio matemtica das folhas, como na echeveria no caule escultural do______________________ 1. Engenheira Agrnoma, Mestre em Floricultura e Paisagismo, Doutoranda em Fitotecnia DAG/UFLA. 2. Professora Adjunta, Floricultura e Paisagismo, Departamento de Agricultura/UFLA. 3. Engenheiro Agrnomo, Mestre em Fitotecnia 4. Professor Adjunto, Fisiologia Vegetal, Departamento Biologia/UFLA.

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umbu ou at mesmo no perfume agradvel das inflorescncias do capimlimo nos campos de pastagem. A caracterstica mais importante para que uma planta cumpra a sua funo ornamental seu aspecto saudvel, atestando estar bem nutrida e hidratada, sem doenas ou pragas. Este boletim vem, ento, suprir a necessidade de informaes bsicas sobre a jardinagem caseira ou profissional, para se obter um jardim saudvel e bem cuidado.

2 O SOLO a parte superficial da crosta terrestre e tem sua origem na decomposio de rochas e minerais. Em relao s plantas, tem como funo primordial fornecer nutrientes e servir de suporte s razes.

2.1 TexturaDiz respeito distribuio das partculas que formam um solo (areia, silte e argila). De acordo com os percentuais de cada uma delas, tem-se:

Solo de textura arenosa: menos de 15% de argila, Solo de textura mdia: de 15 a 35% de argila, Solo de textura argilosa: mais de 35% de argila.

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Como determinar a textura do solo: - Solo argiloso: liso e pegajoso. O solo argiloso formado de partculas minsculas que absorvem umidade, tornando-o pesado e pegajoso. Embora difceis de serem trabalhados, costumam ser bastante frteis. - Solo arenoso: seco e solto. O solo arenoso seca rapidamente e no retm bem os nutrientes. Precisa de maior manuteno do que o argiloso, mas, inicialmente, mais fcil de ser trabalhado.

2.2 NutrientesSo os elementos de que as plantas necessitam nos seus processos vitais. So divididos em macronutrientes e micronutrientes.

2.2.1 MacronutrientesSo aqueles requeridos em grandes quantidades: C- carbono, Hhidrognio, O-oxignio; N-nitrognio; P-fsforo; K-potssio; Ca-clcio; Mg-magnsio e S-enxofre.

2.2.2 MicronutrientesSo aqueles requeridos em pequenas quantidades: Cl-cloro; Fe-ferro; Cu-cobre; Zn-zinco; Mn-mangans; B-boro; Mo-molibdnio e Co-cobalto.

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2.3 pH do soloEst relacionado com o ndice de acidez, variando segundo a escala abaixo: 0-------------------------------7----------------------------------14 pH cido pH neutro pH bsico

Cada espcie vegetal tem uma faixa de pH do solo na qual seu desenvolvimento timo. De maneira geral, pode-se dizer que a maioria das plantas prefere solos com pH na faixa de 4,0 a 7,5.

2.4 Calagem uma prtica de manejo da fertilidade do solo que consiste na aplicao de calcrio, com o objetivo de eliminar ou minimizar os efeitos prejudiciais da acidez e fornecer clcio e magnsio para as plantas. Tipos calcrio: - Calcticos: possuem clcio, - Magnesianos: possuem magnsio, - Dolomticos: possuem clcio e magnsio. poca de calagem: A calagem deve ser feita de 60 a 90 dias antes do plantio. Esse perodo necessrio para que a acidez do solo seja corrigida, deixando o solo adequado para o desenvolvimento das plantas.

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A dosagem a ser aplicada depende do tipo de solo e da anlise qumica do mesmo, feitas em laboratrio. Aplicao de calcrio: dependendo da rea, pode-se fazer a aplicao do calcrio manual ou mecnica. A distribuio manual feita a lano e deve-se procurar espalhar o mais uniformemente possvel. A distribuio mecnica feita por distribuidora centrfuga trao mecnica. Incorporao do calcrio: o calcrio deve ser incorporado a uma profundidade de 15 a 20 centmetros. A incorporao deve ser uniforme para permitir boa eficincia do calcrio. A incorporao pode ser feita por gradagem ou manualmente utilizando enxadas.

2.5 AdubaoConsiste na incorporao de nutrientes ao solo com o objetivo de melhorar sua qualidade. Existem diferentes tipos de fertilizantes fornecedores de nutrientes: a) Fertilizantes ou adubos minerais simples: podem ser classificados em : Nitrogenados: contm nitrognio(N), que atua no crescimento das plantas. Ex.: sulfato de amnio, uria, salitre do Chile e nitratos em geral. Fosfatados: contm fsforo(P), que atua no crescimento das razes, crescimento das plantas, florao e frutificao. Ex.: superfosfato simples e superfosfato triplo. Potssicos: contm potssio(K), que atua na produo de flores, bem como na resistncia da planta ao aparecimento de doenas. Ex.: cloreto de potssio, sulfato de potssio.

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b) Fertilizantes ou adubos mistos: so aqueles resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples (nitrogenado, fosfatado e potssio). So representados pela letra smbolo de cada elemento, sendo o mais comum o NPK (nitrognio, fsforo e potssio), nas formulaes percentuais: 4-14-8; 20-5-20 e 10-10-10. Obs.: Existem no mercado alguns fertilizantes comercializados na forma lquida. c) Fertilizantes ou adubos orgnicos: podem ser de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes. Ex.: farinha de ossos, farinha de sangue, tortas vegetais (soja, algodo, mamona, girassol ou amendoim), esterco de bovino, esterco de galinha e hmus de minhoca. d) Composto orgnico: formado pela decomposio de material vegetal como mato, palhas, folhas, restos de roa, restos de gramado, restos de cozinha, estercos diversos e at mesmo cinza. Preparo do composto orgnico

1. Amontoar o material vegetal em pilhas de seo trapezoidal, intercalando uma camada de restos vegetais com uma fina camada de material inoculante (esterco), tendo-se o cuidado de molhar cada camada. A pilha deve apresentar cerca de 3,0 m largura na base inferior, 1,5 m de altura e comprimento varivel, de acordo com a disponibilidade de material. 2. Manter o material sempre mido, molhando-o pelo menos uma vez por semana. 3. A cada 15-20 dias, picar e revolver o material formando uma nova pilha.

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4. Aos noventa dias aproximadamente, o material estar curtido e transformado em matria orgnica. O produto final deve ter a cor escura, ser rico em hmus, moldvel quando apertado entre as mos, cheiro de terra e temperatura baixa no interior do monte.

3 PREPARO DO SOLO 3.1 LimpezaRealizar a capina, tomando-se o cuidado de eliminar radicalmente as espcies invasoras, principalmente a tiririca, tomando-se o cuidado de no cortar apenas, mas tambm eliminar as razes. Retirar restos de construo, entulhos, pedras, etc.

3.2 FormigasVerificar a existncia de formigueiros na rea a ser ajardinada. Se forem encontrados, devem ser extintos. O uso de produtos qumicos deve ser realizado por um profissional especializado.

3.3 EscarificaoConsiste em revolver o solo em toda a sua superfcie, a uma profundidade de 20-30 cm, com o cuidado de desfazer bem os torres e deixar o solo bem solto.

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3.4 NivelamentoO nvel da superfcie do terreno deve ser acertado e corrigido de acordo com os nveis das construes e caminhos existentes ou projetados. Considerar a necessidade de escoamento das guas de chuva, evitando, assim, a formao de poas ou mesmo o alagamento de algumas reas do terreno.

3.5 Canteiros/CovasNo preparo do solo para plantio, pode-se fazer covas, canteiros ou sulcos, dependendo da espcie e da finalidade. Para o plantio de rvores e palmeiras, recomenda-se abertura de covas de dimenses 60x60x60 cm, ao passo que para o plantio de arbustos, arbustivas e trepadeiras, as covas devero ter dimenses 40x40x40 cm. Para o plantio de forraes e espcies herbceas, geralmente se faz o preparo de canteiros e, nesses, ento, so abertas pequenas covas com auxlio de sacho ou pazinha de jardim. Para a formao de cercas-vivas, recomenda-se a abertura de sulcos, pois o espaamento de plantio bastante reduzido. terra retirada das covas deve-se misturar o calcrio, esterco e adubo (superfosfato simples). Essa mistura deve ser recolocada na cova ou sulco e deixar por 10 a 15 dias. S ento proceder ao plantio.

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4 ADUBAO 4.1 Recomendao de adubao para plantio de covas e canteirosa) Plantas ornamentais arbreas e arbustivas a.1) Covas nas dimenses de 60x60x60 cm: - Calcrio: de acordo com a anlise do solo. - Matria orgnica: composto ou esterco de curral: 20 litros/cova; esterco de galinha: 5 litros/cova - Adubao fosfatada: 1500 g/cova de fosfato natural ou farinha de ossos. - Adubao mineral: aps o pegamento das mudas, aplicar 200 g/cova da mistura NPK (4-14-8+Zn). a.2) Covas nas dimenses de 40x40x40 cm: - Calcrio: de acordo com a anlise do solo. - Matria orgnica: composto ou esterco de curral: 12 litros/cova; esterco de galinha: 3 litros/cova - Adubao fosfatada: 900 g/cova de fosfato natural ou farinha de ossos. - Adubao mineral: aps o pegamento das mudas, aplicar 120 g/cova da mistura NPK (4-14-8+Zn). b) Canteiros ornamentais - Calcrio: de acordo com a anlise do solo. - Matria orgnica: composto ou esterco de curral 200 g/m2, esterco de galinha 60 g/m2 .

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- Adubao fosfatada: superfosfato simples: 50 g/m2 - Adubao mineral: mistura NPK (4-14-8+Zn): 50 g/m2 Durante o perodo chuvoso, aplicar 10 g de uria dissolvidas em 20 litros de gua, por m2 de canteiro.

4.2 Adubao de reposio (manuteno)Recomendaes: rvores e arbustos bem desenvolvidos: 300 g/planta de uma mistura NPK (10:10:10, 4;14:8, etc.) na poca das chuvas. Aplicar o adubo em toda a rea de projeo da copa, se possvel, incorporado e irrigando. Gramados: 50 g/m2 da mesma mistura anterior (NPK), por duas vezes, durante a primavera/vero. Canteiro de flores: 50 g/m2 de uma das formulaes, por duas vezes, durante a primavera/vero. Aplicar a lano, incorporar e irrigar.

5 PLANTIO 5.1 rvores, arbustos e palmeirasPara o plantio de rvores, arbustos e palmeiras, e mesmo de algumas plantas ornamentais de porte maior, proceder da seguinte maneira:

Na cova j preparada, abrir um buraco do tamanho da muda;

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Retirar a muda da embalagem (lata, balaio, saco plstico), aparando razes quando necessrio; Colocar a muda com o torro na cova; Chegar terra em volta do torro, socando-a para que a muda fique firme e para que haja um contato maior entre a terra do torro e a terra da cova;

O limite entre as razes e o tronco da muda (colo) deve ser observado, nunca enterrando demais, nem deixando as razes aparecerem. No apertar o colo da muda;

Regar bem as mudas recm-plantadas; Obs.: no plantio, formar uma espcie de bacia ao redor das mudas

para facilitar as irrigaes.

Colocar um tutor (madeira ou bambu) prximo muda e providenciar o amarrio dessa com tiras de borracha na forma de oito deitado;

Se for possvel, colocar palha ou capim seco na superfcie da cova, ao redor da muda, para manter a umidade; Quando se fizer o plantio em pocas secas, molhar o fundo da cova antes de colocar a muda.

5.2 Plantio em canteiros Aps o preparo correto dos canteiros, distribuir as mudas sobre suassuperfcies, obedecendo ao espaamento adequado a cada espcie;

Abrir pequenas covas (proporcionais aos torres);

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Retirar as embalagens das mudas e plant-las nas covas abertas,completando com terra ao redor e fazendo a necessria presso para que a muda fique firme;

Tomar o cuidado de deixar o colo da planta no nvel do solo; Regar convenientemente o canteiro recm-plantado. 5.3 Plantio em vasos e jardineiras Nas jardineiras, vasos de cimento ou de cermica, colocar umacamada de brita fina no fundo para facilitar a drenagem. O cano ou orifcio de drenagem deve estar sempre desobstrudo;

Deve haver uma proporcionalidade de tamanho entre as espciesornamentais a serem utilizadas e o vaso ou jardineira.

O substrato, para enchimento de vasos e jardineiras, tambm deveser de boa qualidade. Utilizar sempre uma mistura com boa proporo de matria orgnica;

No caso de jardineiras, as mudas devem ser plantadas obedecendo-seao espaamento adequado. No caso de vasos, abrir uma cova no meio do substrato e introduzir ali a muda.

5.4 GramadoUm gramado uniforme, bem formado e bonito depende de um plantio correto e de manutenes freqentes. A formao de um gramado pode se dar por placas irregulares, tapetes, mudas individuais, plugs ou sementes.

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A formao de um gramado por meio de placas ou tapetes a mais rpida em relao ao uso de mudas e sementes. O preparo do solo de fundamental importncia, devendo constar, nas grandes reas, de arao, gradagem, destorroamento, rastelamento e nivelamento. Em reas pequenas, uma escarificao do solo pode ser suficiente. O plantio de placas ou tapetes realizado pela justaposio dessas unidades, uma a uma; em seguida, deve-se socar as mesmas e fazer um recapeamento com mistura de terra + areia ou simplesmente areia. A irrigao deve ser abundante aps o plantio e nos meses subseqentes, at a completa formao do gramado.

6 GRUPO DE PLANTASDo ponto de vista paisagstico/ornamental, as plantas podem ser divididas nos seguintes grupos:

6.1 rvoreConstitui toda espcie vegetal lenhosa de tamanho adulto, com altura superior a 4-5 metros. Geralmente no possuem bifurcaes que se iniciem na base do caule. Principais funes:

Proteger contra ventos fortes

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Proteger contra rudos Dar privacidade a determinado local Fornecer sombra Contribuir para aspectos estticos da paisagem.As rvores podem ser divididas em pequeno, mdio e grande porte. Exemplos de rvores de pequeno porte Nome comum Flamboyant-mirim Ip-mirim Grevilha-an Manac-da-serra Manac-de-cheiro Nome cientfico Caesalpinia pulcherrima Grevilea banksii Tecoma stans Tibouchina mutabilis Brunfelsia uniflora

Exemplos de rvores de mdio porte Nome comum Aroeira-salsa, choro-mexicano Baunia, Unha-de-vaca Chapu-do-sol, sete-copas Choro Escova-de-garrafa Exemplos de rvores de grande porte Nome comum Araucria, Pinheiro-do-Paran Castanha-do-Par Eucalipto Sibipiruna Tipuana Nome cientfico Araucaria angustifolia Bertholletia excelsa Eucaliptus spp. Caesalpinia peltophoroides Tipuana tipu Nome cientfico Schinus molle Bauhinia variegata Terminalia catappa Salix babylonica Callistemon viminalis

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6.2 PalmeirasConstitui espcie cujo tronco um estipe (nico ou mltiplo), encimado por um capitel de folhas. Exemplos de palmeiras Nome comum Coco-da-baa Geriv Palmeira-imperial Palmeira-real Cariota Exemplos de palmeiras de sombra Nome comum Areca-bambu Areca-triandra Palmeira-rpis Falsa-tamareira Nome cientfico Dypsis lutescens Areca triandra Rhapis humilis Phoenix canariensis Nome cientfico Cocos nucifera Syagrus romanzoffiana Roystonea regia Roystonea oleracea Caryota mitis

6.3 Arbustos toda espcie vegetal lenhosa ramificada desde a base, com altura mdia de at 4 m de altura. Quanto luminosidade, existem arbustos de pleno sol, meia-sombra e sombra.

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Exemplos de arbustos Nome comum Acalifa Azalia Bico-de-papagaio Buxinho Crton Nome cientfico Acalypha wilkesiana Rhododendron indicum Euphorbia pulcherrima Buxus sempervirens Codiaeum variegatum

6.4 Trepadeira toda espcie vegetal de caule semilenhoso ou mesmo herbceo que necessita de um suporte para se desenvolver. Como seu crescimento pode ser conduzido, as trepadeiras geralmente so utilizadas na formao de cercas-vivas, separao de ambientes, revestimento de muros ou paredes, formao de prgolas, arcos e trelias. Elas podem ser: - Volveis: quando se enrolam em aspiral no suporte, no possuindo outro tipo de fixao; portanto, no conseguem subir em paredes ou muros por si s, necessitando de suportes adequados; - Sarmentosas: Quando possuem rgos de fixao, como gavinha, espinhos curvos, razes adventcias, etc. Conseguem subir em quase todo tipo de suporte - Cips: No possuem qualquer tipo de rgo de fixao e nem so volveis. Possuem caules rgidos, que conseguem subir vrios metros sem apoio, at que se vergam pelo prprio peso sobre algum suporte. - Escandentes: So plantas mais arbustivas que em locais abertos, formam arbustos. Quando plantadas junto a um suporte, seus ramos apiamse nesse e atingem vrios metros de altura.

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Exemplos de trepadeiras Nome comum Amor-agarradinho Buganvlia, primavera, trs-marias Brinco-de-princesa Cip-uva Unha-de-gato, herinha, falsa-hera Nome cientfico Antigonon leptopus Bougainvillea spp. Fuchsia hybrida Cissus rhombifolia Ficus pumila

6.5 ForraesSo espcies vegetais utilizadas para promover a cobertura do solo. As forraes so tambm plantas herbceas, usadas para revestir o solo, com a diferena de que no suportam o pisoteio, como os gramados. Exemplo de forraes Nome comum Amendoim-rasteiro Azulzinha, evlvulos Cacto-margarida Cinerria Grama-preta Rabo-de-gato, acalifa-rasteira Maria-sem-vergonha, beijo-turco Nome cientfico Arachis repens Evolvulus glomeratus Lampranthus productus Senecio douglasii Ophiopogon japonicus Acalypha reptans Impatiens walleriana

6.6 GramadosOs gramados, em particular, representam quase sempre de 60 a 80% da rea ajardinada. As espcies de grama, em geral, necessitam de sol pleno ou meia-luz para se desenvolverem bem.

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Exemplos de gramados Nome comum Grama-batatais Grama-coreana Grama-esmeralda Grama-santo-agostinho Grama-so-carlos Nome cientfico Paspalum notatum Zoysia tenuifolia Zoysia japonica Stenotaphrum secundatum Axonopus compressus

6.7 FlorferasSo espcies vegetais cuja caracterstica dominante a emisso de flores vistosas, colorindo o ambiente criado pela vegetao bsica. Podem ser anuais, bianuais ou, em alguns casos, perenes. Exemplos de florferas Nome comum Amor-perfeito Calanchoe Lrio-beladona Margarida Hemerocalis, lrio-de-so-jos Nome cientfico Viola tricolor Kalancho blossfeldiana Amaryllis belladonna Chrysanthemum leucanthemum Hemerocallis flava

6.8 FolhagensSo espcies herbceas, s vezes subarbustivas ou mesmo arbustivas, formando conjuntos especficos em jardins. A caracterstica dominante nesse caso so as folhas, com seus formatos, cores e texturas.

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Exemplos de Folhagens Nome comum Calatia-prateada Filodendro Incenso, planta-vela Jibia Maranta-cascavel Nome cientfico Calathea aegyraea Philodendron renauxii Plectranthus coleoides Scindapsus aureus Calathea insignis

6.9 Plantas entoucerantesSo espcies que, por causa do seu crescimento vigoroso, formam touceiras que podero, posteriormente, em uma fase de propagao, ser divididas e formar novas touceiras. Exemplos de plantas entoucerantes Nome comum Bambu-de-jardim, bambuzinho Estreltzia, flor-ave-do-paraso Helicnia-papagaio Moria-bicolor Papiro-do-egito Nome cientfico Bambusa gracilis Strelitzia reginae Heliconia psittacorum Dietes bicolor Cyperus papyrus

6.10 Plantas aquticasExemplos de plantas aquticas Nome comum Aguap, papuda Ltus, ltus-da-ndia Ninfia-azul, lrio-dgua Vitria-rgia Taboa Nome cientfico Eichhornia crassipes Nelumbo nucifera Nymphaea caerulea Victoria amazonica Typha domingensis

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6.11 Plantas txicasExemplos de plantas txicas Nome comum Alamanda Batata-do-inferno Bico-de-papagaio Buxinho Comigo-ningum-pode Coroa-de-cristo Crton Espirradeira Trombeteira Nome cientfico Allamanda cathartica Jathrofa podagrica Euphorbia pulcherrima Buxus sempervirens Dieffenbachia amoena Euphorbia milii Codieaeum variegatum Nerium oleander Brugmansia arborea Parte txica Flor e folha Toda planta Ltex Folha Folha e caule Ltex Semente Toda a planta Semente

7 PROPAGAO DE PLANTAS 7.1 Multiplicao por sementesO uso de sementes o principal mtodo para propagao das plantas anuais e bienais. As sementes so colocadas em substrato prprio, enterradas em uma profundidade correspondente a duas vezes o seu tamanho e ento irrigadas utilizando jato leve atravs de crivo fino. A germinao ocorre melhor em temperaturas entre 20-24 0C. Exemplos de algumas plantas multiplicadas por sementes: Nome comum Boca-de-leo Ardsia Margaridinha Sapatinho-de-vnus Nome cientfico Antirrhinum majus Ardisia crenata Bellis perennis Calceolaria herbeohybrida

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Crista-de-galo Cufia, rica Ciclme

Celosia cristata Cuphea gracilis Cyclamem persicum

7.2 Multiplicao por estacas (estaquia)A multiplicao por estacas, aquela na qual se utiliza uma poro do ramo com uma ou mais folhas ou, diretamente, por meio de uma folha. Esse um dos sistemas de propagao mais utilizados, pois as plantas obtidas por esse mtodo so idnticas planta-me. Conforme a parte da planta utilizada, pode-se diferenciar as estacas em lenhosas, semilenhosas, foliares e herbceas. Exemplos de algumas espcies multiplicadas por estacas: Nome comum Antrio Primavera, trs-marias Pingo-de-ouro Hera Calanco Azalia Violeta-africana Cinerria Nome cientfico Anthurium andraeanum Bougainvillea spectabilis Duranta repens var. aurea Hedera helix Kalancho blassfeldiana Rhododendro x simsii Saintpaulia ionantha Senecio douglasii

7.3 Multiplicao por alporquiaAlporquia um processo de multiplicao de plantas que consiste em induzir um ramo a emitir razes, quando ainda ligado planta. Para isso, so feitos alporques, onde so colocados substratos acondicionados para induo de formao de razes nessa rea. No local da alporquia, deve ser

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retirada a casca, de maneira que fique um anel em torno do ramo. Para o enraizamento, usa-se o esfagno bem mido, que aplicado em torno do anel. Exemplos de plantas que so multiplicadas por meio de alporquia: Nome comum Congia Dracena-malaia Estrela-do-norte Trepadeira-jade Jasmim-estrela Nome cientfico Congea tomentosa Pleomele reflexa Randia formosa Strongylodon macrobotrys Trachelospermum jasminoides

7.4 Multiplicao por mergulhiaA mergulhia uma variao da alporquia. Encurva-se o ramo at o substrato onde dever enraizar. Exemplos de algumas espcies multiplicadas por mergulhia: Nome comum Amor-agarradinho Esponja Camlia Madagascar Nome cientfico Antiogonon leptopus Calliandra brevipes Camelia japonica Quisqualis indica

7.5 Multiplicao por enxertiaTrata-se de um mtodo de multiplicao que utiliza dois exemplares diferentes para formao da muda; o primeiro, que chama-se cavalo ou porta-enxerto, forma a parte radicular; o segundo, que cavaleiro ou enxerto propriamente dito, originar a parte area.

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Exemplos de algumas plantas multiplicadas por enxertia: Nome comum Roseira Roseira-trepadeira Frsia Nome cientfico Rosa x grandiflora Rosa x wichuraiana Freesia x hybrida

7.6 Diviso de touceirasA multiplicao pela diviso de touceiras feita fragmentando-se um nico indivduo para obter outros caractersticas, retirando-se as mudas. Exemplos de algumas plantas multiplicadas por diviso de touceiras: Nome comum Bambu-de-jardim Moria-bicolor Bola-de-neve-mexicana Grama-azul Helicnia Nome cientfico Bambusa gracilis Dietes bicolor Echeveria elegans Festuca glauca Heliconia angusta exemplares com as mesmas

7.7 Multiplicao por bulbosAs plantas providas de bulbos multiplicam-se por meio desse material e de bulbilhos que so formados lateralmente ao bulbo-me. Esses bulbilhos so retirados e plantados novamente, transformando-se em bulbos normais, destinados ao plantio definitivo.

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Exemplos de algumas plantas multiplicadas por meio de bulbos: Nome comum Lrio-beladona, amarilis Caldio Gladolo Copo-de-leite Nome cientfico Amaryllis belladonna Caladium x hortulanum Gladiolus grandiflorus Zantedeschia aethiopica

7.8 Multiplicao por rizomasRizomas so caules subterrneos dotados de reservas, com ns, gemas e escamas. So mais ou menos cilndricos e crescem lateralmente formando touceira. As plantas rizomatosas podem ser perenes ou passar por um perodo de repouso. So multiplicadas arrancando-se a touceira e separando-a por partes. As de repouso so arrancadas e divididas nessa fase. Exemplos de plantas multiplicadas por rizomas: Nome comum Gloriosa ris Ltus Nome cientfico Gloriosa rothschildiana Iris germanica Nelumbo nucifera

7.9 Multiplicao por esporos feita em espcies como samambaias, renda-portuguesa e avenca, que apresentam em seus fololos estruturas cor de ferrugem chamadas soros, os quais contm esporos. Em condies adequadas, essas estruturas germinam, permitindo a reproduo dessas plantas.

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7.10 rebentos)

Multiplicao por brotaes laterais (filhotes,

Certas espcies emitem brotaes laterais, o que permite propag-las apenas pela separao dessas brotaes. Exemplos de plantas multiplicadas por brotaes laterais: Nome comum Margarida Antrio Bromlia Agave Nome cientfico Crysanthemum leucanthemum Anthurium andraeanum Neoregelia carolinae Agave americana

8 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOSPara que se possa manter um jardim sempre bonito, so necessrios alguns cuidados, tanto na fase de implantao quanto na fase de manuteno. Esses cuidados incluem o uso de equipamentos/ferramentas especficos para cada atividade a ser realizada.

8.1 Equipamentos necessrios:- Enxada - Enxado - P-de-jardim - Sacho

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- Foice - Forcado - P-direita - Escarificadores - Rastelo - Regador - Tesoura de poda - Canivete - Carrinho de mo - Colher de transplante, etc

8.2 Manuteno de equipamentos Aps o uso, lavar os equipamentos e ferramentas apenas comgua, secando bem para no enferrujar;

Aplicar leo de mquina nos instrumentos que necessitem delubrificao;

Guardar o material em lugar adequado (seco, protegido dechuvas e sol);

Ferramentas menores devero ser guardadas em caixa.

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9 MANUTENO DE JARDINSA manuteno consiste em todos os cuidados que devem ser dispensados s plantas e ao jardim como um todo, aps a sua execuo.

9.1 TutoramentoDe maneira geral, as plantas novas devem receber um apoio pequeno, que pode ser substitudo por outros maiores, medida que vo crescendo. Existem vrias maneiras de sustentar as plantas em um jardim, desde uma simples vareta de bambu at sofisticadas malhas feitas com trelias de madeiras ou amarraes realizadas com materiais variados. A escolha depende de criatividade e disponibilidade de material.

9.2 DesbrotaConsiste na retirada dos brotos ladres que surgem de gemas laterais existentes em mudas de rvores e arbustos e mesmo em espcies adultas, quando podadas. Tem a finalidade de conduzir com maior vitalidade haste principal.

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9.3 PodasAs podas tm vrias funes. Pode-se us-las para fins estticos, para estimular a produo de ramos, flores, frutos e tambm como medida de controle fitossanitrio. As podas podem ser divididas em: de limpeza, de formao e de conduo. Independentemente do tipo, estimulam a produo de ramos, flores e frutos.

Poda de limpeza: consiste na retirada de galhos velhos,quebrados e/ou doentes.

Poda de formao: tem o objetivo de dar planta, ou a umconjunto de plantas, uma forma bsica.

Poda de conduo: objetiva orientar a planta em determinadosentido e sobre um suporte. Exemplos: Roseiras: devem ser podadas mais drasticamente no inverno, deixando-se apenas o tronco com os ramos do ano anterior, cada um com uma ou duas gemas. Na primavera/vero, importante cortar as flores/cachos que j tenham murchado, pois desgastam a planta. Azalias: a poda compromete a florao do ano seguinte, pois elas s florescem em ramos apicais, nascidos no ano. Se a poda for necessria, deve-se faz-la aps o florescimento, antes dos novos brotos se desenvolverem.

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Trepadeiras: as podas podem ser feitas para conduzir ramos na direo desejada, transformar algumas espcies em arbustos (roseiras por exemplo), induzir o florescimento e, mesmo, diminuir o porte/volume.

9.4 Capinas/ Combate a ervas daninhasTem como objetivo eliminar as espcies invasoras dos canteiros ou mesmo do gramado. Podem ser feitas manualmente ou com o auxlio de ferramentas como sacho ou com o firmino (ino). Erva-daninha aquela plantinha que cresce onde normalmente no se deseja t-la. So elas que sempre competem pela luz, gua e todos os nutrientes que existem no solo, alm de serem bastante propcias ao aparecimento de doenas e pragas. Mtodos para controle 1. Em grupos de plantas cultivadas muito prximas, o melhor controle das ervas-daninhas arranc-las manualmente. 2. Ervas-daninhas anuais devem ser retiradas com auxlio de uma p, eliminando-as. 3. Em grandes reas, as ervas-daninhas podem ser eliminadas mediante uso de cultivadores de trao animal. 4. Outro mtodo de controle de ervas-daninhas o uso de herbicidas; porm esses devem ser sempre utilizados com o auxlio de um profissional especializado.

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9.5 Escarificao do soloConsiste em desagregar e revolver o solo, soltando-o, com o objetivo de facilitar a aerao e drenagem. Pode ser feita com o sacho, ou mesmo com pequenas ferramentas de jardim, no caso de reas pequenas.

9.6 Plantio e replantioConsiste na introduo de novas espcies no jardim, na reposio de algumas que, por ventura, morreram, e no replantio daquelas que entouceram muito, comprometendo forma e florao.

9.7 IrrigaoO melhor critrio para a irrigao a observao. Existe uma necessidade de gua diferente para cada tipo/grupo de plantas e em relao a cada estao do ano. A gua deve ser fornecida sempre que o solo comear a secar.

10 COMBATE A PRAGAS E DOENASDeve-se vistoriar o jardim periodicamente, como objetivo detectar a presena de pragas e/ou doenas. necessrio esclarecer que, quando se fala em pragas, est se referindo ao inimigo da planta de origem animal (pulges, lagartas,

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cochonilhas, etc.), e em doenas, quando o inimigo da plantas de outra origem (fungo, vrus e bactria).

10.1 PragasO controle das pragas pode ser tanto preventivo quanto de ao direta, pela aplicao de defensivos agrcolas. Outra possibilidade o uso de defensivos alternativos, de produo caseira, quase nada txicos e que tm se mostrado bastante eficientes no combate das pragas. a) Formigas: as espcies consideradas pragas em jardins e hortas so compostas pelas formigas cortadeiras: savas e quenquns. No existe ainda uma forma eficaz de se controlar naturalmente formigas cortadeiras. As iscas txicas (formicidas) so as mais eficientes no mercado, fceis de aplicar, pouco txicas ao homem e de preo acessvel. Sua utilizao deve ser feita seguindo-se criteriosamente as instrues contidas no rtulo. Deve-se, ainda, respeitar a indicao de iscas para jardinagem amadora e para a agricultura. Esta ltima no pode ser utilizada na rea urbana. b) Lesmas e Caracis: normalmente atacam noite, furando e devorando folhas, caules e botes florais, mas tambm podem atingir as razes subterrneas. Dicas: besouros e passarinhos so seus predadores naturais. Uma boa forma de elimin-los usar armadilhas feitas com isca de cerveja para atra-los. Como fazer: tirar a tampa de uma lata de azeite e enterr-la

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deixando a abertura no nvel do solo. Colocar dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracis caem na lata atrados pela cerveja e morrem desidratados pelo sal. c) caros: parecem pequenas aranhas vermelhas, sendo de tamanho microscpico. O sinal de que a planta est sendo atacada o aparecimento de minsculas teias prateadas na parte de baixo das folhas. Todas elas podem matar suas plantas, mas antes deixam as folhas manchadas e enroladas. d) Pulges: podem ser pretos, marrons, cinzas e at verdes. Alojamse nas folhas mais tenras, brotos e caules, sugando a seiva e deixando as folhas amareladas e enrugadas. Em grande quantidade podem debilitar demais a planta e at transmitir doenas perigosas. Os pulges costumam atacar, principalmente, as plantas de hastes e folhas macias. Precisam ser controlados logo que aparecem, pois multiplicam-se com grande rapidez. Dicas: as joaninhas so seus predadores naturais. Um chumao de algodo embebido em uma mistura de gua e lcool em partes iguais ajuda a retirar os pulges das folhas. Essa operao pode ser feita semanalmente. Recomenda-se tambm a aplicao de calda de fumo ou macerado de urtiga. e) Cochonilhas: so insetos minsculos, geralmente marrons ou amarelos, que alojam-se principalmente na parte inferior das folhas e nas fendas. Alm de sugar a seiva da planta, as cochonilhas liberam uma substncia pegajosa que facilita o ataque de fungos, em especial, o fungo fuliginoso.

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Dicas: as joaninhas tambm so seus predadores naturais, alm de certos tipos de vespas. A calda de fumo e a emulso de leo so mtodos naturais bastante eficientes para combat-las. Deve-se evitar o uso de controle qumico, mas, quando necessrio, nos casos extremos, normalmente so usados leo mineral e inseticida organofosforado. f) Moscas-brancas: so insetos de colorao branca. No difcil notar a sua presena: ao esbarrar numa planta infestada por moscas-brancas, ocorre uma pequena revoada de minsculos insetos brancos. Dica: difcil elimin-las; por isso, muitas vezes, preciso aplicar insetidas especficos. Quando o ataque pequeno, o uso de plantas repelentes - como tagetes ou cravo-de-defunto (Tagetes sp.), hortel (Mentha sp.), calndula (Calendula officinalis), arruda (Ruta graveolens) costuma dar bons resultados. g) Lagartas: fceis de serem reconhecidas, as lagartas costumam enrolar-se nas folhas jovens e literalmente comem brotos, hastes e folhas novas, formando uma espcie de "teia" para proteger-se. Dicas: caso no apresente um ataque macio (quando indicada a aplicao de um lagarticida biolgico, facilmente encontrado no mercado), o controle das lagartas deve ser manual, ou seja, devem ser retiradas e destrudas uma a uma. A calda de angico ajuda a afastar as lagartas e no prejudica a planta. O uso de plantas repelentes, como a arruda, pode ajudar a mant-las afastadas. Aves e pequenas vespas so suas inimigas naturais. h) Percevejos: so mais conhecidos como marias-fedidas, pois exalam um odor desagradvel quando se sentem ameaados. Seu ataque

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costuma provocar a queda de flores, folhas e frutos, prejudicando novas brotaes. Dicas: vespas so seus predadores naturais. Devem ser removidos manualmente, um a um. Se o controle manual no for eficiente, a calda de fumo pode funcionar como um repelente natural. i) Tatuzinhos: muito comuns nos jardins com umidade excessiva, so tambm conhecidos como tatus -bolinha, pois enrolam -se como uma bolinha quando so tocados. Vivem escondidos e alimentam-se de folhas, caules e brotos tenros, alm de transmitir doenas s plantas. Dicas: evitar a umidade excessiva em vasos e canteiros; devem ser retirados manualmente e eliminados um a um. j) Nematides: so parentes das lombrigas e atacam as plantas pelas razes. As plantas afetadas apresentam razes grossas e cheias de fendas. Num ataque intenso, provocam a morte do sistema radicular e, conseqentemente, da planta. Algumas plantas do sinais em sua parte area, mostrando sintomas do ataque de nematides: as dlias, por exemplo, podem apresentar reas mortas, de colorao marrom, nas folhas mais velhas. Dicas: o melhor repelente natural o plantio de tagetes (o popular cravo-de-defunto) na rea infestada. Se o controle ficar difcil, deve-se eliminar a planta infestada do jardim, para evitar a proliferao.

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10.2 Doenasa) Antracnose: provoca o aparecimento de vrias manchas brancas com anis vermelho-escuros com o tempo. As manchas tornam-se amarronzadas. Das manchas, formam-se buracos e as folhas caem. O controle qumico feito com pulverizaes base de enxofre. Durante o perodo de crescimento, pulveriza-se semanalmente com Maneb ou zineb. b) Cancro: os fungos penetram pelos cortes da poda, n de articulao do enxerto ou ferimentos causados por ferramentas. Aparecem manchas marrons grandes que circulam os caules, atingindo as folhas. O controle feito com pulverizaes base de enxofre. c) Tombamento: aparecem quando se tem excesso de umidade e temperatura baixa. Causam o apodrecimento da haste junto ao solo. O controle deve ser preventivo com a desinfeco do solo. d) Ferrugem: formam manchas pulverulentas nas partes inferiores das folhas que depois murcham e caem, e nos caules. As manchas podem ser alaranjadas, amarelas ou marrom-avermelhadas. O controle feito com pulverizaes de enxofre, Zineb ou Maneb. e) Mldio pulverulento: o ataque feito nas partes novas da planta, formando manchas marrons cobertas por um p branco ou cinza. As folhas enrolam e secam. O controle deve ser qumico, base de enxofre.

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f) Mofo cinzento: a planta apresenta nos caules, folhas, brotos e botes florais um mofo cinza amarronzado. O controle qumico feito com pulverizaes de Zineb. g) Odio: a planta apresenta manchas claras, esbranquiadas, aspecto pulverulento (talco), mais ou menos arredondadas nos dois lados das folhas, nos brotos e botes. As manchas tornam-se amarelo-avermelhadas e as folhas acabam secando. Controle com produtos base de enxofre. h) Pinta-preta: a planta apresenta as folhas todas pintadas com manchas arredondas pretas, com contorno amarelado, causando a queda das folhas. Ocorre geralmente em tempo mido e tpica das roseiras. O controle qumico feito atravs de pulverizaes com Dithane e Fermate. i) Galha: a planta apresenta um tumor arredondado e spero que aparece no caule junto ao nvel do solo. O ataque feito quando a planta sofre ferimentos. A planta perde o vio e morre. O controle qumico feito com aplicaes de estreptomicina em p a cada duas semanas. j) Viroses: existem diversos tipos. As plantas atacadas geralmente apresentam estrias amarelas nas folhas, deformaes, envassouramentos, redues do crescimento e da produo.

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11 BIBLIOGRAFIA CONSULTADABRASIL. Servio Nacional de Formao Profissional Rural. Parques e jardins. Braslia:[S.M.], 1979. 456 p. (Coleo Bsica Rural, 14). COELHO, S. J.; COSTA, M. de Jaboticabal: Funep, 2000. 67 p. M. V. Iniciao jardinagem

GREENWOOD, P.; O livro definitivo de dicas & sugestes de jardinagem. So Paulo: Nobel, 1997. 192 p. LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de Plantas Ornamentais no Brasil: arbustivas, herbceas e trepadeiras. Nova Odessa, SP: Plantarum, 1995. 720 p. RIBEIRO, W. L. Jardim e DF/EMBRAPA-SPI, 1994. 56 p. jardinagem. Braslia: EMATER-

WINTERS, G. Apostila: curso avanado de paisagismo. Campinas: FBN, 2000. 113 p.

Dicionrio de Jardinagem

Edio TE2 Fonte: http://www.jardimdeflores.com.brAlporquia, brctea, colmo, estolho, estiolada... o idioma "jardins" est muito complicado? Pois agora vai ficar mais fcil! Neste pequeno dicionrio de jardinagem, colocamos os termos mais utilizados, bem explicadinhos!

A calndula (Calendula officinalis) um exemplo de planta anual

Acido: Com pH inferior a 7 (veja tambm pH). Solo cido comum em regieschuvosas, tende a ser escuro e a formar limo. Acuminada: Folha que termina em ponta alongada. Area: que ocorre no ar ou prpria dele; parte area de uma planta , geralmente,

o conjunto de caule, ramos folhas, flores e frutos; raiz area qualquer raiz exposta ao ar, como as do filodendro e da seringueira. Alcalino: Com pH superior a 7 (veja tambm pH). Solo alcalino ocorre mais comumente em regies de pouca chuva e tende a ser esbranquiado.

Alcachofra: Uma flor na mesaAo saborear uma alcachofra, alm de consumir um poderoso alimento, voc estar se deliciando com uma flor extica e medicinal. Conhea aqui, as virtudes dessa delcia. Na verdade, a alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos uma flor imatura, pertencente mesma famlia das margaridas e dos girassis - a famlia das Compostas. Conta-se que ela saiu do jardim e foi para a mesa na poca do Imprio Romano, quando suas propriedades nutritivas e medicinais foram descobertas e a alcachofra passou a ser privilgio apenas da mesa de nobres e reis. Hoje, felizmente, no preciso ser nobre para desfrutar deste privilgio (apesar do preo ser s vezes proibitivo!). Considerada uma iguaria extica, esta hortalia parece ter sido feita para ser deliciada a cada ptala e no para ser devorada. Afinal, dela consumimos apenas a parte carnuda das "ptalas" e o "fundo" da flor, depois de retirados os espinhos. O trabalho compensador, se levarmos em conta suas excelentes propriedades nutritivas e medicinais: a cada 100g comestveis, encontramos boas doses de vitaminas do complexo B, potssio, clcio, fsforo, iodo, sdio, magnsio e ferro. A lista de suas qualidades teraputicas tambm digna de registro. Para comear, o sabor amargo estimula as secrees digestivas. A gua do cozimento da alcachofra um verdadeiro ch de efeito diurtico, estimulante da vescula biliar e ativador da digesto. Alis, a alcachofra considerada um eficiente auxiliar da digesto e a ciarina substncia encontrada na planta pode melhorar as funes do fgado. A medicina popular j consagrou esta iguaria como um perfeito alimento-remdio, ideal para as pessoas com problemas hepticos e para os diabticos. Vrias experincias realizadas com o extrato da alcachofra atestaram sua eficincia na reduo do excesso de gordura no sangue, porm, o simples fato de consum-la j traz inmeras vantagens, entre elas, o poder de combater anemias e raquitismo, pela boa dose de ferro e vitamina C que contm. Proibida para mulheres?

Quando se fala em alcachofra preciso esclarecer alguns enganos. No incio do texto as palavras ptalas e fundo aparecem entre aspas. Isso porque o que se chama de "flor" na planta , na verdade, uma inflorescncia. A flor constituda por um captulo de grandes dimenses do qual consumimos apenas o receptculo carnudo chamado "fundo ou corao da alcachofra". As partes chamadas impropriamente de ptalas so as brcteas da planta. Feita a observao, vale a pena lembrar que as alcachofras sempre tiveram suas propriedades reconhecidas. Na Antigidade, elas j eram utilizadas pelos mdicos no preparo de medicamentos contra a febre, doenas do fgado, reumatismo e at como antidepressivo. Mas convm contar uma passagem no to gloriosa desta planta: ao que parece, por volta do sculo XVI, o consumo da alcachofra na Frana chegou a ser proibido para mulheres. que a esposa do rei Henrique II, a italiana Catarina de Mdicis, adorava alcachofras e corria a fama de que a iguaria era um poderoso afrodisaco. O comportamento da esposa do rei no devia ser muito exemplar, pois, juntando uma coisa com a outra, acharam que as damas no deviam comer alcachofras e viram por bem, proibir o consumo apenas pelas mulheres. Perfeita no prato As alcachofras foram trazidas para o Brasil pelos imigrantes europeus, h cerca de 100 anos. Nativa do sul da Europa e norte da frica uma planta de clima temperado a frio (mdia de 20 graus C) e reas midas. Em regies quentes vegeta bem, mas no forma os botes florais comestveis. De agosto a novembro, estamos em plena poca de colheita da alcachofra. quando a encontramos com tima qualidade e melhores preos. So quatro as variedades mais encontradas no mercado: Violeta de Proena, Roxa de So Roque, Verde Lion e Verde Grande da Bretanha. A maioria dos nutricionistas concorda: o ideal consumir a alcachofra no mesmo dia da compra, pois ela comea a perder suas qualidades logo depois de colhida. Na hora da compra, recomenda-se escolher as que apresentarem talo longo e inflorescncia firme e bem arroxeada. Para os apreciadores desta flor comestvel, os "espinhos" s devem ser retirados aps o cozimento - quando chegamos ao gran finale da iguaria: o famoso fundo da alcachofra. Outro detalhe: recomenda-se consumir a planta logo aps o cozimento ou preparo, para melhor aproveitamento de suas propriedades medicinais e nutricionais. Dicas para preparar a alcachofra: 1. Corte o talo perto da base e lave a alcachofra em gua corrente abrindo bem as ptalas para que a gua penetre.

2. Deixe de molho em gua com sal e algumas gotas de limo ou vinagre para noescurecer.

3. No cozimento, use panelas esmaltadas ou em ao inoxidvel. As panelas dealumnio escurecem a alcachofra.

4. O tempo mdio de cozimento de aproximadamente 40 minutos, dependendodo tamanho e idade da alcachofra. Em panela de presso o tempo cai para uns 20 minutos.

5. Para saber se a alcachofra est cozida, s puxar uma folha: se ela se soltarcom facilidade porque est no ponto.

6. No cozimento, evite o excesso de gua: coloque o suficiente para cobrir metadeda alcachofra.

7. Os talos das alcachofras tambm podem e devem ser aproveitados. Para isso, s retirar a parte fibrosa que os envolve, descascando-os com uma faca. Depois, deixe os talos mergulhados em gua com limo ou vinagre durante alguns minutos e leve para cozinhar por 30 minutos ou 15 minutos em panela de presso. Receitas: Alcachofra dos Nobres Corte as pontas das ptalas de 6 alcachofras grandes, deixando-as todas com a mesma altura. Retire as ptalas mais duras e esfregue as partes cortadas com limo. Ponha para ferver 8 xcaras (ch) de gua com sal e coloque as alcachofras, junto com metade de um limo. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por uns 30 minutos. Escorra e deixe esfriar. Retire, cuidadosamente com uma colherinha, a parte fibrosa central de cada alcachofra, isto , os "espinhos". Retire tambm todas as ptalas, cubra os fundos com papel alumnio e leve geladeira. Enquanto isso misture num recipiente 1/2 xcara (ch) de azeite, 2 colheres (sopa) de suco de limo, 2 colheres (sopa) de vinagre, salsa picada, 2 colheres (ch) de mostarda e sal a gosto. Retire os fundos das alcachofras da geladeira e arrume-os numa travessa, sobre as ptalas reservadas. Espalhe por cima o molho preparado e leve novamente geladeira, at a hora de servir. Alcachofras Romana Retire os talos de 4 alcachofras, limpe-as e corte a ponta das folhas. Coloque-as em uma vasilha com gua, sal e limo e reserve. Misture 1/2 pozinho amanhecido e ralado com salsa picada e sal a gosto. Escorra as alcachofras, achate-as um pouco no centro, para formar uma cavidade entre as ptalas e recheie com a mistura. Leve as alcachofras ao fogo, em uma panela com um pouco de gua e leo. Tampe e deixe cozinhar at que as ptalas se soltem facilmente.

Alpnia ou colnia (Alpinia zerumbet)Nome cientfico: Alpinia zerumbet Famlia: Zingiberceas Nomes Populares: colnia, falso-cardamomo, helicondia, jardineira, alpnia, gengibre-concha. Outros nomes: collar de novia (em espanhol), shell ginger e pink porcelain lily (em ingls). Esta planta, parente do gengibre, uma herbcea, rizomatosa, que chega a 2 ou 3 metros de altura. Suas folhas so aromticas, longas, largas e brilhantes. As flores, que surgem no vero e outono, so rseas e brancas, agrupadas em inflorescncias semi-pendentes e apresentam aroma suave e agradvel. O fruto do tipo cpsula, de formato globoso e abriga diversas sementes. A propagao de alpnia se d por meio da diviso de rizomas. Planta de clima ameno, necessita de luz solar plena ou meia-sombra com pelo menos 4 horas de sol por dia. O solo indicado para o cultivo deve ser rico em matria orgnica e apresentar boa drenagem. A Alpinia zerumbet gosta de regas espaadas e no se d bem com solo encharcado.

Trata-se de uma espcie originria da sia (China e Japo), cultivada no Brasil principalmente como planta ornamental. A espcie apresenta propriedades medicinais, suas folhas e razes contm kavana e dehydrokavana. Estas substncias, segundo estudos realizados, do Alpinia zerumbet as mesmas atividades farmacolgicas da kawa-kawa (relaxante e anti-stress). A alpnia ou colnia tambm conhecida por sua ao anti-hipertensiva que atribuda s substncias presentes no extrato e no seu leo essencial. Outras substncias presentes na planta, como alcalides, taninos, cardamonina, isalpinina, canfeno, cnfora, clcio, ferro, magnsio, potssio, sdio e zinco contribuem para a sua aplicao na fitoterapia, dando-lhe indicaes contra a artrite e a asma, alm de propriedades anticatarral, antitrmica, antiulcerognica e estomquica. Entretanto, seu uso no indicado para gestantes e a ingesto pode causar intoxicaes leves e efeitos cardacos. O contato com a seiva pode causar irritaes na pele e nos olhos.

Alporque: Ramo ou caule circundado por terra, p de xaxim, turfa ou substratosemelhante, para emitir razes e, mais tarde, ser destacado como muda. Alporquia: Tcnica de reproduo por alporque. Alternadas: Folhas que nascem em ns alternados em cada lado do caule ou do ramo. Amarrilho: Cordo ou fita para atar uma planta, geralmente a uma estaca que lhe serve de tutor. Antera: Parte do estame que desenvolve e contm o plen.

Anmona

(Anemone coronaria)A anmona pertence famlia das Ranunculceas Esta flor apresenta delicadas ptalas, to finas que parecem feitas de papel, nas cores prpura, rosa, vermelho, amarelo-claro e branco, dependendo da variedade. Ideal para a criao de arranjos florais ou, simplesmente, para enfeitar um vaso de vidro. Apesar da aparncia delicada, a anmona bem resistente e, se manuseada adequadamente, pode durar cerca de uma semana. Para isso, essencial trocar a gua do vaso todos os dias, lembrando de cortar cerca de 1 cm da base do caule, sempre em diagonal, com um canivete ou tesoura bem afiados. O ideal fazer esse corte com a haste imersa em gua limpa e fresca ou sob um fio de gua corrente, para ajudar na hidratao. Antrio (Anthurium sp.)

A flor do antrio, na verdade, bem pequena, alcanando o tamanho da cabea de um alfinete. A parte colorida e extica, que normalmente achamos que a flor, na verdade uma inflorescncia, ou seja, o conjunto formado pela espdice - espiga onde brotam as minsculas flores - e espata do antrio - a brctea colorida, ou a folha modificada. As verdadeiras flores do antrio so os pontinhos amarelos que brotam na espiga. Esta peculiaridade um artifcio da natureza: quando as flores so pouco significativas, a natureza produz folhas modificadas ou brcteas coloridas para atrair insetos e outros agentes polinizadores. Isso tambm ocorre com as flores do bico-depapagaio (Euphorbia pulcherrima) e da primavera (Bougainvillea spectabilis), por exemplo. Mas o antrio no impressiona apenas pela beleza da inflorescncia. Suas folhas em formato de corao (codiformes), que variam de tamanho dependendo da espcie, so extremamente exticas. Em algumas espcies, podem ser at mais atraentes que as inflorescncias, bons exemplos disso so o Anthurium crystallium e o Anthurium magnificum que apresentam as nervuras em tons contrastantes, resultando em verdadeiros desenhos nas folhas. Pertencente famlia das Arceas - que rene cerca de 600 espcies, todas originrias da Amrica Tropical - o antrio uma das espcies mais famosas da famlia. Suas espatas podem apresentar cores que vo do mais puro branco at o vermelho intenso, incluindo vrios tons de rosa, salmo, verde e at marrom. Algumas espcies so bem populares no Brasil, como o Anthurium andreanum chamado de "paleta-de-pintor" e o Anthurium scherzeranum, conhecido como "flor-deflamingo, por apresentar a espdice recurvada, lembrando a forma do flamingo. Cultivo Quem deseja cultivar antrios, pode ficar tranqilo: uma planta de fcil cultivo, que no d trabalho e nem requer muitos cuidados. O primeiro passo escolher um local sombreado para a planta, pois o excesso de sol prejudicial ao antrio. Procure deixar a planta meia-sombra, isto em locais com boa luminosidade, mas sem que receba os raios solares diretamente. A mistura de solo indicada para o plantio a seguinte: 1 parte de terra comum, 1 parte de terra vegetal 2 partes de composto orgnico Procure usar mudas bem desenvolvidas com cerca de 10 cm de altura. Se for plantar em canteiros, tente colocar as mudas sob a sombra de rvores ou arbustos grandes. Para controlar problemas com fungos nos canteiros, recomenda-se fazer pulverizaes peridicas com calda bordalesa. De resto, os cuidados so poucos: regas freqentes sem encharcar;

pulverizar as folhas com gua durante o vero mais intenso; duas vezes ao ano, adubar com um composto orgnico; garantir sombra, calor e umidade;

Super durveis Extico e duradouro, o antrio uma das plantas mais usadas na decorao de interiores e na formao de arranjos florais. Sua inflorescncia (a parte tida como flor) chega a durar at 60 dias num vaso com gua, aps ser retirada da planta. Entretanto, a beleza e durabilidade da planta na composio de arranjos e decoraes dependem de fatores importantes. Em locais onde a umidade do ar baixa, a folhagem deve ser pulverizada com gua, para manter seu frescor e brilho. Para o corte, a inflorescncia s deve ser retirada, quando estiver totalmente formada.

Anuais: Plantas obtidas a partir de semente e que completam o ciclo de vida emuma estao. As anuais devem ser descartadas assim que completarem o ciclo. Vrias plantas perenes so tratadas como anuais, geralmente por perderem o vio nos anos seguintes. pice: Poro terminal de um rgo, como o caule e a raiz. Aqunio: Fruto seco, com uma nica semente ligada parede do fruto num s ponto, como o do girassol. Arbusto: Planta compacta, de caule lenhoso e ramificado, menor do que uma rvore, que, em geral, ramifica desde o solo. Normalmente, difcil estabelecer a diferena entre um arbusto grande e uma rvore pequena. Arola: rgo exclusivo dos cactos, composto de uma diminuta almofada ou elevao de onde nascem os espinhos, ramos e as flores. Este termo tambm designa um pequeno crculo translcido em folhas atacadas por fungos. Argila: Tipo de barro constitudo essencialmente por silicatos de alumnio, tende a reter gua. rvore: Planta de haste lenhosa com um tronco claramente perceptvel, encimado por galhos. Saiba quais so as espcies de rvores ideais para a beira de rios

Goiabeira (Psidium guajava)

Espcies para terrenos alagados Aoita-cavalo-mido (Luehea divaricata) Angico (Anadenanthera colubrina) Crista-de-galo (Erythrina crista-galli) Embabas (Cecropia hololeuca e Cecropia pachystachya) Guanandi (Calophyllum brasiliensis) Ing (Inga spp) Ip-amarelo-do-brejo (Tabebuia umbellata) Jenipapo (Genipa americana) Jeriv (Syagrus romanzoffiana) Palmito (Euterpe edulis) Pau viola (Cytharexillum myrianthum) Peito-de-pombo (Tapuira guaianensis) Peroba poca (Aspidosperma cylindrocarpon) Pindaba (Xylopia emarginata) Pinha-do-brejo (Talauma ovata) Salgueiro (Salix humboldtiana) Sangra d'gua (Croton urucurana) Suin (Erythrina falcata) Tapi (Alchornea glandulosa) Espcies tolerantes a inundao temporria Aroeira-vermelha (Schinus terebenthifolius) Cabriva (Myroxylon perniferum) Canela-batalha (Cryptocarya aschersoniana) Capixingui (Croton floribundus) Capororoca (Rapanea ferruginea) Copaba (Copaifera langsdorfii) Figueira (Ficus spp) Goiabeira (Psidium guajava) Guaiuvira (Patagomela americana) Jabuticaba (Myrciaria trunciflora) Dicas teis:

Jeriv (Syagrus romanzoffiana)

O espaamento indicado para o plantio de 3 metros entre linhas e 2 metros entre plantas.

As espcies tolerantes a alagamento constante so prprias para beiradas de rios e terrenos brejosos em geral. As que suportam inundaes apenas temporrias devem ser plantadas um pouco mais afastadas, em terra mais firme.

Araucria angustifolia: a rvore do pinho

Araucaria angustifolia Sendo um ms tipicamente frio, a culinria das festas do ms de junho - as festas juninas - no poderia deixar de conter bebidas e alimentos energticos e quentes: pinho, quento, batata assada, mandioca frita, pipoca, amendoim, canjica e bolo de fub so alguns exemplos dessa "quentssima" culinria. Mas aqui ns vamos falar sobre o pinho - a semente de uma rvore bem brasileira: o pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia). Esta semente apresenta um valioso teor nutricional. Tanto que era a principal fonte de alimentao de algumas tribos indgenas do sul do Brasil. Sua polpa formada basicamente de amido, sendo muito rica em vitaminas do complexo B, clcio, fsforo e protenas. E antes de falarmos desta semente e sua bela rvore, vale lembrar que a melhor maneira de aproveitar todas as deliciosas potencialidades do pinho saber prepar-lo. Pelo menos um ingrediente indispensvel: a pacincia. Deixe-o cozinhar lentamente, para que a casca se abra e libere todas as suas qualidades de aroma e sabor. Comida de ndio? Os ndios paranaenses, coletores de alimentos, tinham o pinho como um alimento por excelncia e acabavam atuando como propagadores das florestas de pinheiros. Para a colheita, os ndios botucudos tinham flechas especialmente adaptadas para derrubar as pinhas ainda presas. A tal flecha chamava-se "virola". O ingls Thomas Bigg-Wither que, no sculo retrasado, passou pelos campos do Paran, registrou: "0 pinho fruta oblonga, de cerca de uma polegada e meia de comprimento, com um dimetro de meia a trs quartos de polegada na parte mais grossa, tem uma casca coricea, como a da castanha espanhola. 0 paladar , entretanto, superior ao desta ltima e, como produto alimentcio, basta dizer que os ndios muitas vezes s se alimentavam dele, durante muitas semanas. Pode ser comido cru, mas os ndios habitualmente os assam na brasa at partir, quando fica em condies. 0 sabor ainda melhora quando cozido, mas este um sistema que os ndios no praticam. 0 estgio mais delicado do pinho quando ele comea a germinar, fazendo aparecer um pequenino grelo verde numa extremidade. Nada excede a guloseima desse fruto em tal estado. Os coroados costumam guardar esse fruto para com-lo mais tarde: Isto eles fazem enchendo diversos cestos de pinho, colocados dentro da gua corrente durante quarenta e oito horas. No fim desse tempo os cestos so tirados fora e o contedo espalhado para secar ao sol. Assim conservados, os

frutos ficam secos e sem gosto, perdendo sem dvida grande parte de suas propriedades nutritivas''.

Ficha da Planta Nome cientfico: Araucaria angustifolia Nomes populares: Pinho, pinheiro-do-paran, pinheiro-brasileiro, pinheiro-caiov, pinheiro-dasmisses e pinheiro-so-jos Famlia: Araucariceas Origem: Amrica do Sul, Brasil Trata-se de uma rvore alta com copa de formato de clice. A araucria ou pinheiro brasileiro se destaca das outras espcies brasileiras principalmente por sua forma original que d s paisagens do sul uma caracterstica toda especial. No passado, antes que a lavoura de caf e cereais cobrisse as terras paranaenses e antes que os trigais cobrissem os campos gachos, sua presena era to comum que os ndios chamaram de "curitiba" (que quer dizer "imensido de pinheiros") toda uma extensa regio onde esta rvores predominava. E a palavra acabou imortalizada, denominando a capital do Paran. Presente no planeta desde a ltima glaciao - que comeou h mais de um milho e quinhentos mil anos, a araucria, segundo o engenheiro florestal Paulo Carvalho, da Embrapa de Colombo, PR, j ocupou rea equivalente a 200 mil quilmetros quadrados no Brasil, predominando nos territrios do Paran (80.000 km), Santa Catarina (62.000 km) e Rio Grande do Sul (50.000 km), com manchas esparsas em Minas Gerais, So Paulo e Rio de Janeiro, que juntas, no ultrapassam 4% da rea originalmente ocupada pela Araucaria angustifolia no pas. uma espcie resistente, tolera at incndios rasos em razo de sua casca grossa que faz papel de isolante trmico. A capacidade de germinao alta e chega a 90% em pinhes recmcolhidos. Espcie pioneira, dissemina-se facilmente em campo aberto. Esta gimnosperma uma rvore de grande porte: atinge cerca de 50 m de altura e seu tronco pode medir at 8,5 m de circunferncia. Seu fruto, a pinha, contm de 10 a 150 sementes - os famosos pinhes - que so muito nutritivas, servindo de alimento a aves, animais selvagens e ao homem. A rvore cresce em solo frtil, em altitudes superiores a 500 m e atinge bom desenvolvimento em 50 anos. Seu formato bem peculiar:o tronco ergue-se reto, sem nenhum desvio e se ramifica apenas no topo, formando a interessante copa, com os ramos desenvolvendo-se horizontalmente, as pontas curvadas para cima; superpostos uns aos outros, formando vrios andares. Logo abaixo da copa, nos pinheiros mais antigos, aparecem s vezes alguns tocos de ramo, quebrando a simetria caracterstica. planta diica, isto , suas flores - masculinas e femininas - nascem separadas, em rvores diferentes. Assim, um p de Araucria angustifolia possui inflorescncias (chamadas estrbilos) somente masculinas ou somente femininas.

Ao contrrio do que geralmente se pensa, as famosas pinhas usadas nos enfeites de Natal no provm das matas nativas de araucria, mas de espcies de introduo relativamente recente, pertencentes ao gnero Pinus. A pinha da araucria, ou estrbilo feminino, na maturidade, se desmancha soltando os pinhes e as escamas murchas. Quando chega a poca da reproduo, o vento transporta o plen das inflorescncias masculinas para as femininas. o tipo de polinizao que os botnicos denominam anemfila. A araucria , como j foi dito, uma gimnosperma (gymnos - n; sperma - semente): suas sementes no esto encerradas em ovrios. O vulo nasce na axila de um megasporfilo, que protegido por uma folha modificada - a escama de cobertura. Esta acaba envolvendo e protegendo o vulo fecundado, constituindo o que se conhece como "pinho". Uma rvore feminina produz uma mdia anual de 80 inflorescncias, cada uma com cerca de 90 pinhes. A Araucria angustifolia uma rvore til: pode-se dizer que tudo nela aproveitvel, desde a amndoa, no interior dos pinhes, at a resina que, destilada fornece alcatro, leos diversos, terebintina e breu, para variadas aplicaes industriais. As sementes so ricas em amido, protenas e gorduras, constituindo um alimento bastante nutritivo. comum ver bandos de pssaros, principalmente periquitos e papagaios, pousados nos galhos das araucrias, bicando as amndoas. tambm costume alimentar os porcos com pinhes, hbito bem comum no sul do Pas. Mas a madeira que rene maior variedade de aplicaes. Em construo, j foi usada para forros, assoalhos, e vigas. Vastas reas de pinheirais foram cultivadas exclusivamente para a confeco de caixas e palitos de fsforos. E a madeira serviu at como mastros em embarcaes. Em aplicaes rsticas, os galhos eram apenas descascados e polidos, transformando-se em cabos de ferramentas agrcolas. A aplicao do pinheiro-do-paran ou pinheiro brasileiro estende-se ao importante campo da fabricao de papel. Da sua madeira obtm-se a pasta de celulose que, aps uma srie de operaes industriais, fornece o papel. Curiosidades: A semente da araucria, o pinho, realmente muito nutritiva. Pesquisas histricas e arqueolgicas sobre as populaes indgenas que viveram no planalto sul-brasileiro, de 6000 anos at os nossos dias, registram a importncia do pinho no cotidiano desses grupos. Restos de cascas de pinhes aparecem em meio aos carves das fogueiras acesas pelos antigos habitantes das matas com araucria. Um depsito de restos de pinhes em meio a uma espessa camada de argila evidencia no apenas a existncia do pinho na dieta diria dos grupos, mas tambm uma engenhosa soluo para conserv-lo durante longos perodos, evitando o risco de deteriorao pelas aes do clima ou do ataque de animais. Sabe-se tambm que o pinho servia de alimento para inmeras espcies animais, inclusive caititus selvagens (espcie de porco), atraindo-os durante a poca de amadurecimento das pinhas. Assim, ao lado da coleta anual do pinho, os indgenas igualmente caavam esses animais. Uma enorme diversidade de animais, desde grandes mamferos at os menores invertebrados, vive na floresta de araucrias - e depende dela. Quando os pinhes amadurecem, a fartura de alimento altera toda a vida na mata. A gralha-azul, por exemplo, que utiliza a araucria para fazer seu ninho, esconde seu alimento no oco dessas rvores. J o macaco bugio e o ourio so dotados de uma curiosa habilidade: so capazes de debulhar cuidadosamente as pinhas que guardam os pinhes. O que sobra aproveitado por besouros, formigas e uma infinidade de insetos. Fonte de pesquisa: http://sites.uol.com.br/mpcatell/arauc.html Para saber como plantar uma araucria, acesse o link: http://sites.uol.com.br/mpcatell/outros/fruto.html#COMO PLANTAR

AvencasVoc certamente j ouviu a expresso: "frgil como uma avenca". Pois , os apreciadores da arte da jardinagem certamente j ouviram e sabem porqu. Esta planta, muito admirada por sua delicadeza,

exige certos cuidados para desenvolver-se satisfatoriamente em nossa casa. Conhea agora, alguns de seus segredos. Elas carregam a fama de espantar mau-olhado: dizem que so capazes de absorver as energias negativas e murcham, dando sinal de que h algum invejoso no ambiente. Algumas variedades so usadas at na medicina popular como calmante para a tosse ou problemas no couro cabeludo. Mas principalmente como planta ornamental que as avencas so admiradas. O nome cientfico, Adiantum, deriva do grego 'adiantos' que significa 'que no se molha', pois as gotas de chuva deslizam sobre as folhas da avenca, sem molh-las. O gnero Adiantum rene muitas espcies e variedades. Dentre as avencas mais conhecidas e cultivadas, destacamos:

Cabelo-de-vnus (Adiantum capillusveneris) Cabelo-de-anjo (Adiantum microphyla) Avenco (Adiantum macrophylla) Avenca sua (Adiantum radianum)

Multiplicao por esporosNa natureza, brotam espontaneamente por toda parte, desde beiras de cursos d'gua e encostas de barrancos, at no alto de palmeiras. Ao produzir e lanar ao vento

grande quantidade de esporos, a avenca pode brotar e se desenvolver em qualquer ambiente, desde que haja calor, umidade e luminosidade, com proteo contra a incidncia de raios solares diretos. E o que so os esporos? So aqueles pontinhos que se distribuem no verso das folhas e, quando maduros, escurecem e soltam-se com facilidade. Isso explica a facilidade com que as avencas se espalham na natureza. Tudo muito simples, mas quando cultivamos a avenca em casa, a histria muda de figura. Isso porque nem sempre elas so colocadas em locais que apresentam as caractersticas exigidas, ou seja, calor, umidade, luminosidade, e proteo contra o sol direto. Assim, as avencas acabam murchando, apresentam folhas amareladas e secas e podem at morrer.

Drenagem e luminosidadeQuem pretende cultivar avencas como plantas de interior, pode coloc-las em vasos (de preferncia de barro), garantindo que o recipiente tenha um bom sistema de drenagem, ou seja, o excesso de gua precisa ser eliminado com facilidade, pois quase fatal para a planta. No caso dos xaxins, importante observar sempre a quantidade de gua usada nas regas, pois eles tendem a reter muita umidade. Com o tempo, possvel determinar qual a quantidade adequada ao volume de terra, levando-se em conta a temperatura - nos dias quentes a necessidade de gua maior e nos frios bem menor. O plantio de avencas no jardim exige muito cudado na escolha do local, pois deve atender s trs principais exigncias da planta: calor, umidade e luz indireta. Outro detalhe importante: as avencas no suportam ventos diretos e excessivos. O local ideal, portanto, so os cantinhos midos e com sombra, mas com boa luminosidade.

Dicas de cultivo Mistura de solo ideal tanto para vasos como para canteiros:1 parte de areia, 1 parte de terra vegetal e 1 parte de p de xaxim. Essa mistura leve, retm umidade, mas apresenta boa drenagem.

Como fazer mudas com esporos:Para retirar os esporos, espere que amaduream e retire-os das folhas raspando-as delicadamente com uma faca pequena ou gilete. Mantenha uma folha de papel (ou um pedao de tecido branco) embaixo, para aparar os esporos que vo caindo. Prepare uma sementeira apenas com p de xaxim, molhe-o bem e espalhe os esporos na superfcie. Cubra a sementeira com plstico transparente e mantenha sombra. Aps cerca de quatro semanas, vai surgir na sementeira uma espcie de musgo - so os brotinhos, que s devem ser transplantados quando atingirem cerca de 2 a 3 cm.

Como multiplicar por diviso de touceiras:Um vaso de avenca bem cheio pode render vrias mudas. s separar as touceiras com muito cuidado para no prejudicar as razes, que so bem frgeis. Plante a muda imediatamente, pois a avenca perde umidade muito rpido.

Mais dicas:

Garanta uma boa umidade no solo, sem encharcar, regando sempre que o solo apresentar-se muito seco; Mantenha as avencas longe da luz solar direta, mas no as submeta sombra em demasia, pois isso facilita o surgimento de pragas e doenas; Evite o uso de inseticidas para combater pulges e cochonilhas e adote a famosa calda de fumo, procurando aplic-la sempre que suspeitar da ocorrncia; Mantenha as avencas livres de folhas velhas e secas, cortando-as na base, para facilitar o surgimento de novas brotaes; Faa adubaes peridicas com adubo orgnico ou fertilizantes lquidos, mas sempre seguindo a orientao da embalagem do produto;

Axila: O ngulo geralmente superior ou o ponto de divergncia entre um ramo e ocaule ou entre uma folha e o eixo ao qual ela se prende

Azalia

(Rhododendron indicum)Famlia: Ericceas Origem: China e Japo Porte: Atinge at 2 m. de altura Florao: inverno e incio da primavera Propagao: estacas de galho Luminosidade: sol pleno/meia-sombra Regas: Regulares, sempre que o solo estiver seco

A azalia, um arbusto da famlia das Ericceas, tornou-se muito popular e hoje pode ser encontrada formando cercas-vivas, compondo macios em jardins, alegrando corredores e entradas mesmo plantada em um vaso. Um dos segredos do seu sucesso que a florao ocorre justamente nos meses de inverno e traz um pouco de colorido num perodo em que a maioria das plantas encontra-se em repouso. Outro segredo que a azalia uma planta relativamente rstica e resistente: suporta com bravura certas condies bem adversas e, por isso, muito usada em jardins e praas pblicas, dando um toque de "vida" at mesmo

nos canteiros das grandes avenidas de cidades como So Paulo, to castigada do ponto de vista ecolgico-paisagstico. A variedade mais popular no Brasil a Rhododendron indicum, que originalmente produz flores roxas, rosas e brancas, mas graas interveno humana, pode ser encontrada em inmeras matizes chegando at ao vermelho brilhante. Solo: Por ser um arbusto rstico, a azalia adapta-se bem a qualquer tipo de solo, porm, para produza uma florada exuberante, o ideal cultiv-la usando a seguinte mistura de solo: 2 partes de terra comum de jardim 1 parte de areia 1 parte de composto orgnico Luminosidade e regas: As azalias no florescem dentro de casa e precisam de luz solar plena para crescerem bem. Para mant-las em reas internas, deixe as plantas fora de casa at que as flores se abram, a ento podem ser levadas para dentro, mas preciso que fiquem em um local bem claro, prximo janela. O cultivo pode ser feito meia-sombra desde que a planta receba luz solar direta pelo menos 4 horas por dia. Evite o excesso de gua nas regas: o ideal fornecer gua planta apenas quando o solo apresentar-se seco, sem encharcar. Adubao: Floradas pouco exuberantes ou brotos que no crescem sinal que falta nutrientes para a azalia. Adube uma vez por ms com a seguinte mistura: 1 parte de farinha de ossos 1 parte de torta de mamona Se for utilizar fertilizante qumico, d preferncia para aqueles ricos em fsforo (o P da frmula NPK). Ou seja, escolha um NPK onde o P seja maior que o N e o K. Ex: um NPK de frmula 4-12-4. Podas: Depois da florao, a poda uma boa medida para estimular o surgimento de novos brotos e garantir uma prxima florada bem exuberante. Aproveite para fazer uma boa limpeza na planta, retirando as flores murchas e as folhas amarelas. Assim que terminar a florao das azalias, retire os galhos em excesso e corte as pontas dos outros galhos, at chegar ao formato e tamanho que voc quiser. Para aumentar a prxima florao, elimine as pontas de todos os galhos que floresceram este ano.

Controlando problemas:Galhas - folhas e ptalas atacadas tornam-se espessas e deformadas apresentando, s vezes, manchas esbranquiadas. As extremidades dos ramos tambm podem manifestar o problema, tornando-se "esgalhadas". Controle: Elimine as partes afetadas e utilize um fungicida do tipo Calda Bordalesa. Odio - A planta apresenta manchas esbranquiadas na frente e verso das folhas e at no clice da flor. Com o tempo, as folhas apresentam colorao cinza escuro e comeam a cair prematuramente. Controle: Reduza a quantidade de gua nas regas, isole as plantas atacadas ou suspeitas e faa pulverizaes com fungicida em casos mais severos. Seca de ponteiros - Apresenta-se na forma de uma podrido marrom escura, que se inicia na ponta do ramo e se espalha para baixo, atingindo a haste principal. Pode provocar at a morte da planta. Controle: Faa a poda dos ponteiros atacados e proteja o corte com uma pasta base de oxicloreto de cobre.

Clorose - Toda a folhagem pode tornar-se amarela. Controle: Normalmente, o problema surge por deficincia nutricional. Deve-se observar a adubao correta, verificando se h carncia dos nutrientes. Ferrugem - Manchas semelhantes ferrugem nas folhas acusam a presena de fungos. Controle: Aplique Calda Bordalesa

O lrio um exemplo de planta de bulbo

BBculo: Broto de fronde de samambaias e outros fetos. Baga: Fruto suculento, em cuja polpa carnosa esto embutidas as sementes, quasesempre pequenas, mas duras. A polpa geralmente de cor viva, para atrair animais, em especial as aves. Uva, laranja, tomate e melancia so bagas. Bainha: Base alargada da folha, aderida ao caule, que ela circunda toda volta ou em parte.

Bambu moss (Phyllostachys pubescens)J pensou em cultivar bambu dentro de sua sala ou na varanda do apartamento? Parece incrvel no , mas das cerca de 1.300 espcies de bambu existe uma que no forma touceiras, pode ser cultivada como planta isolada em vasos ou jardins e, ainda, resulta num visual muito extico e interessante, obtido com tcnicas especiais de cultivo. Estamos falando do bambu-moss (Phyllostachys pubescens), que ganhou destaque nos tempos com seu caule tortuoso e curvilneo. Pertencente famlia das Gramneas, o bambu-moss originrio da sia. Aqui no Brasil, ele pode ser cultivado em qualquer regio do Brasil, pois se adapta bem a

qualquer tipo de clima. O formato tortuoso do caule deste bambu no natural, obtido com a ao da tcnica e da arte das mos humanas. Ao que parece, tudo comeou em funo do prprio porte da planta, que na natureza chega a atingir 10 metros de altura. Para obter uma planta de menor porte, foi desenvolvida uma tcnica para flexionar o caule do bambu-moss e, assim, reduzir seu tamanho. A tcnica, descrita rapidamente, a seguinte: quando a planta ainda est se desenvolvendo, retira-se as bainhas do caule (ou seja, as "cascas" que o revestem). Essa operao deixa o caule mais flexvel e malevel, permitindo que ele possa ser conduzido com facilidade. Da, possvel amarr-lo e pux-lo para a posio que desejamos, prendendo-o a algum suporte lateral. Aps surgirem as primeiras folhas, a planta mostra sinais de que est entrando em sua fase de amadurecimento. o momento em que o caule vai enrijecendo e assumindo o formato obtido com a amarrao. Depois que assume definitivamente esse formato, a planta pode ser transferida para o local definitivo. Essa tcnica que cria as apreciadas curvaturas que caracterizam os caules do bambumoss e lhe do uma aparncia de "escultura". Dicas de cultivo Luminosidade: O ideal o cultivo sob sol pleno, mas o bambumoss tambm pode ser cultivado em ambientes internos, prximo a uma grande janela ou porta de vidro da sala, por exemplo, onde receba bastante luminosidade natural. Solo: Recomenda-se solo frtil e com boa drenagem. A mistura de solo deve receber 1 parte de composto orgnico ou hmus de minhoca para aumentar a fertilidade. Plantio: No jardim, o plantio deve ser feito em covas de 40 x 40 x 40 cm. Para o plantio em vasos, recomenda-se escolher os de bom tamanho, com dimetro de 40 a 50 cm. Regas: No exagerar na quantidade nem na freqncia. Em mdia, regar uma vez por semana suficiente. Adubao: Aplicar fertilizante NPK 10-10-10, seguindo as orientaes da embalagem, a cada 3 meses. Dica: A planta se reproduz lanando os brotos a partir de um caule subterrneo (colmo). Para evitar que o bambu-moss se alastre pelo jardim, recomenda-se separar o colmo e plant-lo, se desejar, em outro local.

Basal: Relativo base. Beliscar: Mtodo de poda, tambm conhecido como desponta, que se caracterizapelo picamento, com o polegar e o indicador, de brotos macios da planta, para induzir o crescimento arbustivo. Bienal: Ou bianual. Planta que requer duas estaes de crescimento para completar

o ciclo vital de semente a semente (e que, portanto, no perfaz o ciclo no mesmo ano). Bilabiada: Flor com a corola provida de dois lbios. Bissexuada: Planta que possui flores hermafroditas (providas de estames e pistilos). Borbulha: Gema que se desenvolve par enxerto em outra planta. Bordadura: Fila de herbceas, em geral florferas, usada para demarcar canteiros. Bosquete: Pequeno bosque, formado por poucas rvores, por rvores de pequeno porte ou por arbustos de porte alto.

Boca-de-leo

(Anthirrhinum majus)Por: Rose Aielo Blanco

Famlia: Escrofulariceas Origem: Europa e Regio Mediterrnea Porte: Herbcea anual que atinge cerca de 70 cm de altura Florao: inverno e primavera Plantio: Propaga-se por meio de sementes Solo ideal: Bem drenado e rico em matria orgnica (mistura recomendada: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de composto orgnico) Clima: Ameno Luminosidade: Sol pleno. Precisa de pelo menos 4 horas dirias de sol direto. Regas: Suporta solo mais seco. Pode ser regada, em mdia, 1 vez por semana e 2 vezes em perodos muito quentes. Uso paisagstico: Ideal para ser usada em bordaduras de canteiros ou como macio. A boca-de-leo uma planta anual, ou seja, completa seu ciclo no perodo de um ano e necessita replantio. Seu cultivo como bordadura em canteiros d timo resultado, principalmente porque acrescenta um colorido especial ao jardim, com flores tubulosas em diversas tonalidades, que vo do rosa ao vermelho-vivo, alm do amarelo e do branco. uma planta bem resistente e no d trabalho com ataque de pragas ou doenas, mas no suporta geadas.

Boto: Flor que ainda no desabrochou, genericamente, broto. Brctea: Folha modificada, em geral, colorida e com aspecto intermedirio entrefolha e ptala.

Bromlias

A

famlia das Bromeliceas abriga mais de 3000 espcies e

milhares de hbridos. Com uma nica exceo, todas so nativas das Amricas, sendo que o abacaxi a mais popular delas. S no Brasil, existem mais de 1500 espcies. As bromlias no so parasitas como muitas pessoas pensam. Na natureza, aparecem como epfitas (simplesmente apoiando-se em outro vegetal para obter mais luz e mais ventilao), terrestres ou rupcolas (espcies que crescem sobre as pedras) e compem uma das mais adaptveis famlias de plantas do mundo, pois apresentam uma impressionante resistncia para sobreviver e apresentar infinitas e curiosas variedades de formas e combinaes de cores. As bromlias esto divididas em grupos chamados gneros - que hoje so mais de 50. A maioria das espcies de um mesmo gnero tem caractersticas e exigncias iguais. Gneros diferentes requerem diferentes variaes de luminosidade, rega e substrato. No cultivo, os gneros mais comuns so: AECHMEA BILLBERGIA CRYPTANTHUS DYCKIA GUZMANIA NEOREGELIA NIDULARIUM TILLANDSIA VRIESEA A maioria das bromlias podem ser plantadas em vasos, mas podemos mant-las sobre troncos ou xaxim. As Tillandsias, de folhas acinzentadas, no se adaptam ao plantio em vasos, preferindo os troncos. As bromlias crescem em quase todos os solos, levemente cidos, bem drenados, no compactados e que propiciem condies de bom desenvolvimento para o sistema radicular. O substrato deve ter partes iguais de areia grossa ou pedriscos, musgo seco (esfagno) ou xaxim e turfa, ou mesmo hmus de minhoca. O importante que a mistura possibilite uma rpida drenagem. Cryptanthus e Dyckias crescem bem no mesmo tipo de mistura, acrescentando-se, ainda, uma parte de terra ou folhas secas modas. Algumas do nas regras para o plantio correto: solo. razes.

1. No enterre demais as bromlias, mantenha a base das folhas acima 2. No use um vaso muito grande, pois h perigo de umidade excessiva 3. No permita que a planta fique "balanando", fixe-a bem, pois isto poder danificar o tenro desenvolvimento das novas razes. Estaqueie a

planta se necessrio, at que as razes estejam bem desenvolvidas. 4. Coloque sempre uma boa camada de cacos de telha ou pedriscos no vaso, que deve ser sempre furado nas laterais ou no fundo. REGAS As bromlias gostam de ter suas razes molhadas, mas sempre de forma bastante moderada, o mais importante molhar as folhas e manter sempre o tanque central com gua. Quando a temperatura ambiente estiver muito alta, borrife com gua as folhas, mas nunca sob luz solar direta e nas horas mais quentes do dia. Plantas de folhas macias apreciam ambiente mais mido do que plantas de folhas rgidas. LUMINOSIDADE Bastante claridade em luz difusa a condio preferida pela maioria das bromlias. Em geral, plantas com folhas rgidas, estreitas e espinhentas, tal como folhas de cor cinzaesverdeada, cinza, avermelhada ou prateada, gostam de maior luminosidade durante maior perodo de tempo, em alguns casos at mesmo sol pleno. Plantas de folhas macias, de cor verde ou verde-escura, apreciam locais com menor intensidade de luz, mas nunca um local escuro. As Nidulariuns requerem pouca luz, enquanto as Neoregelias se encontram no outro extremo. O intenso e atraente vermelho translcido encontrado em muitas Neoregelias desaparece quando a planta transferida para um local de menor luminosidade. Como sintomas de pouca luminosidade, as plantas apresentam folhas escuras ou pobres em cor, freqentemente macias, cadas e bem mais longas que o normal (estioladas). Como sintomas de excesso de luz, temos folhas amareladas, com manchas esbranquiadas, ressecadas e at com verdadeiras queimaduras. ADUBAO As bromlias devem ser adubadas com muito critrio. So extremamente sensveis e absorvem os nutrientes com muita facilidade pelas folhas. Use um adubo qumico de boa qualidade. Adube semanalmente durante os meses de maior intensidade de luz e calor (de agosto a abril). A relao NPK de 2-1-4 com traos de Magnsio parece ser ideal. O Boro (Bo) deve ser evitado por causar queimaduras nas pontas das folhas, o que tambm ocorre no caso do excesso de Fsforo (P). Cuidado com o Cobre (Cu) que, mesmo em muitas pequenas quantidades, mata a planta. A quantidade de adubo foliar recomendada de 0,5 g/litro de gua usada em asperso, de qualquer forma nunca supere 2 g/litro. TEMPERATURA E UMIDADE As bromlias so plantas tipicamente tropicais, portanto, a maioria aprecia temperaturas elevadas e bons ndices de umidade associados a local muito ventilado. As Guzmanias so as que menos apreciam temperaturas altas, e as Tillandsias as mais exigentes em arejamento, enquanto Vrieseas e Nidulariuns gostam de locais com bastante umidade. PRAGAS E DOENAS As bromlias, apesar de muito resistentes, so suscetveis a pragas, fungos e doenas como todas as plantas, porm so muito sensveis a fungicidas e inseticidas, pois absorvem esses produtos facilmente com seu metabolismo. Para combater cochonilhas e pulges, utilize uma soluo de fumo diluda em gua. Retire as pragas com uma escova de dentes. Para combater os fungos, utilize uma esponja macia e mida, com sabo de coco dissolvido em gua. Nunca utilize fungicidas base de Cobre, como a calda bordalesa - lembre-se que o Cobre mata as bromlias. As bromlias so, com

freqncia, atacadas por lesmas e lagartas. Tente elimina-las manualmente. Caso necessite aplicar algum inseticida, o mais tolerado o Malatol, cuja dissoluo deve ser feita pela metade do indicado na embalagem. Lembre-se que a principal causa do ataque de pragas o desequilbrio ecolgico. Convm lembrar, ainda, que as bromlias so plantas extremamente sensveis ao ar enfumaado ou poludo, pois absorvem elementos nocivos, depositados na gua do clice. FLORAO As bromlias florescem somente uma vez durante seu tempo de vida. Aps a florao, a planta geralmente desenvolve uma brotao lateral que substituir a planta que ir morrer. As bromlias atingem a maturidade e florescem em diferentes idades - de meses a dezenas de anos, dependendo da espcie e condies do ambiente, respeitando sempre uma determinada poca do ano. Muitas vezes, uma planta no floresce em razo da falta de luminosidade ou outro fator ambiental como, por exemplo, a temperatura. Por outro lado, uma brusca mudana do ambiente pode provocar a florao numa planta adulta. A planta sente-se ameaada e o instinto de preservao da espcie desencadeia a florao com a finalidade de gerar sementes e brotos laterais: tudo isso para assegurar a sua preservao. Dependendo da espcie, algumas plantas apresentam inflorescncia extremamente exuberante, podendo ser de longa durao. Algumas duram meses, como Aechmea fasciata e a Guzmania denise, outras so breves, duram dias, como muitas das Billbergias. Fonte: Sociedade Brasileira de Bromlias: http://www.bromelia.org.br

Brinco-de-princesa (Fuchsia hybrida)Famlia: Onagrceas Origem: Amrica do Norte e do Sul Porte: At 1,5 metro de altura Propagao: Por estaquia de ramos Florao: Primavera Luminosidade: Sol pleno e meia-sombra (desde que haja bastante luminosidade)

Clima ideal: Ameno Uso paisagstico: Pode ser usada como planta pendente ou enrolando-se em cercas e grades Mistura de solo indicada: 1 parte de terra comum; 1 parte de terra vegetal; 2 partes de composto orgnico Regas: Gosta de solo mido, mas no encharcado. Em mdia, irrigar 2 vezes por semana Dicas: No perodo que vai do outono ao inverno, a dica fazer uma poda leve, eliminando o excesso de ramos, para uma estimular uma florao mais intensa na primavera. Caractersticas: Arbusto escandente semi-herbceo que apresenta vrios hbridos originados da Fuchsia regia, espcie de formas simples e nativa em regies de altitude do Brasil.

Broto: Caule, ramo, folha, flor ou outra estrutura nas primeiras fases dejunto a rizomas, razes e bulbos e da qual pode desenvolver-se uma planta adulta, cada dente de alho, por exemplo, um bulbilho. Bulbo: Tipo de caule, em geral subterrneo, dotado de escamas carnosas e provido de uma ou mais gemas, cada uma das quais pode desenvolver-se numa planta adulta. Cebola e lrio, por exemplo, so plantas de bulbo.

Bulbilho: Gema area ou subterrnea que nasce nas axilas das folhas, em frutos ou

desenvolvimento a partir de uma gema.

O girassol (Helianthus annus) uma planta da Famlia das Compostas

CCacto: Planta carnosa, quase sempre originria das Amricas, comum em desertos,(embora no restrita a eles) e que, com bem poucas excees, tem as folhas substitudas por espinhos, escamas ou cerdas que emergem de aurolas.

Cactos

Opuntia bigelowii. Eng. Animais e plantas so adaptados aos locais onde vivem pois, de outra maneira, no resistiriam. Os cientistas acreditam que por um processo chamado evoluo, os seres vivos se diversificaram e, assim, puderam ocupar os mais diferentes ambientes. Alguns grupos de plantas se tornaram especialistas em viver nas regies secas, entre os quais esto os cactos plantas da Famlia das Cactceas. Mesmo atravessando longos perodos sem chuvas, eles conseguem permanecer verdes e vigorosos. Suas formas so variadas, a maioria tem espinhos e alguns do flores muito vistosas, atraindo insetos, pssaros e at morcegos! Quanto aos tamanhos, podem ser pequenos (com dois centmetros de altura, por exemplo) ou ter at dez metros de altura. Embora sejam adaptados vida em reas secas, no Brasil, podemos encontrar cactos em diversos tipos de ambientes. No Nordeste temos o mandacaru, uma espcie que simboliza a regio. Ao longo do litoral, nas restingas, os cactos fazem parte da paisagem, j que resistem ao sol forte e ao calor excessivo das areias nos meses de vero. H, tambm, os cactos chamados 'flores-de-maio', que so cactos ornamentais encontrados facilmente em floriculturas e que, na natureza, ocorrem em florestas que vo do estado de Santa Catarina at o estado do Esprito Santo. J o 'coroa-de-frade' (Melocactus macrodiscus) ocorre do Mxico at o Peru e, tambm, no Brasil. Seu nome foi inspirado no fato de apresentar uma estrutura rosada, formada por pequenas cerdas e minsculos espinhos, no alto da planta, como se fosse uma coroa. De dentro dessa estrutura que saem as flores. No Rio de Janeiro, o 'coroa-de-frade' quase no existe mais por causa da destruio dos ambientes onde ele costuma ocorrer, como as restingas. Nas Amricas, os cactos podem ser encontrados desde o Canad (norte da Amrica do Norte) at a Patagnia (no extremo sul da Amrica do Sul). Ao todo, so aproximadamente duas mil espcies, vivendo desde o nvel do mar at em montanhas de 4.500 metros de altitude. Enfim, h cactos em lugares onde cai neve, como no Canad e nos Andes, e sobre troncos de rvores de florestas, como na Mata Atlntica. interessante destacar que os locais muito frios apresentam tambm clima seco e a gua disponvel na forma de gelo ou neve no est no estado que a planta necessita. Logo, nesses locais o cacto tambm precisa ser um especialista em driblar a sede para resistir. No caso das espcies de cactos que vivem nas florestas, vale a pena lembrar aquela velha histria de que em toda regra h exceo. Isso quer dizer que, embora a famlia das Cactceas seja melhor adaptada a ambientes ridos, existem espcies que no resistem muita seca e por isso so mais adaptadas a ambientes florestais. Mas, no caso dos cactos que vivem no alto das rvores, existe tambm a exposio ao sol e ao vento, o que tambm torna o ambiente hostil.

Os cactos so mais adaptados a ambientes muito secos, em geral, em solos formados por cascalho e areia, onde a gua escoa muito rapidamente. Alm disso, preferem ambientes abertos e com muita insolao, em regies tambm de clima seco. Uma das adaptaes do cacto para viver nesta situao apresentar razes superficiais, muito longas e ramificadas, permitindo o aproveitamento de