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  • 7/28/2019 CABULAS 3

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    Se uma norma est na constituio, presume-se que tenha contedo constitucional. As normas da constituio formal soformalmente constitucionais, j as normas da constituio material podem no ser. Constitucionalismo Portugus: Asconstituies so condicionadas pelas vicissitudes de cada pas; O constitucionalismo portugus (iniciado em 1820), representanormalmente, um corte com o passado, com o absolutismo monrquico; Cada constituio est ligada ao nosso pas por umvnculo histrico, no obstante, denota influncias estrangeiras; As vrias constituies da nossa histria, tm um pendor deruptura com o passado, porque a histria poltica (sc. XIX e XX), feita de revolues e rupturas; As vrias constituies:1822 (deriva da revoluo de 1820). Foi aprovada por assembleia constituinte; 1826: foi decretada pelo Rei atravs da CartaConstitucional; 1838 (deriva da constituio de 1836): foi aprovada por assembleia constituinte, mas decretada pelo Rei; 1911(deriva da revoluo de 1910): foi aprovada por assembleia constituinte; 1933 (deriva da revoluo de 1926): foi redigida em

    jornais e aprovada em plebiscito; 1976 (deriva da revoluo de 1974): foi aprovada por assembleia constituinte; Perodos dahistria constitucional portuguesa: Perodo Liberal (1820-1826); Constituio de 1932 (1926-1974); Perodo actual (comeouem 1974); Constituio de 1822: uma obra das cortes constituintes. Tem como fontes a constituio espanhola de 1822

    (conhecida como a constituio de Cadiz) e as constituies francesas de 1791 e 1795; Criou instituies polticas moldadas peloconstitucionalismo emergente da Revoluo Francesa; Elenca os direitos individuais Portugueses; uma constituio liberal, enesse esprito d primazia liberdade, segurana e propriedade. Eleva tambm o princpio da igualdade, a lei igual para todos;Verificam-se preceitos educao, assistncia de pessoas carenciadas, contudo, com uma presena distante do estado; Exigeo sufrgio capacitado. A exigncia de instruco obrigatria para poder votar. um preceito antidemocrtico; Esta constituioainda aceitava a escravatura no Ultramar; Contextualizava-se como um governo representativo e uma monarquia constitucional;Nesta altura ainda havia uma unio real com o Brasil, com a unio de alguns rgos de liderana; O rei no tinha poder dedissoluo das cortes, nem poder de veto ou sano, das leis originrias da corte; As cortes eram eleitas directamente e eramum rgo representativo da unidade do estado. A sano de leis estava a seu cargo; NOTA: Ao analisar-se uma constituio,com o intuito de verificarmos o seu cariz poltico; necessitamos de verificar onde aparecem os direitos individuais. Antes oudepois do poder executivo. Na constituio de 1822, esto no incio, antes da meno do poder poltico; Constituio de 1933:A aprovao da constituio de 1933 teve um conjunto de vicissitudes que implicou um regime misto; Foi elaborada por umacomisso, sendo submetida a plebiscito, tendo no entanto, um debate condicionado pelo poder autoritrio; Houve falta detransparncia nos votos nulos, na medida em que foram contados como favorveis; uma constituio bem elaborada

    juridicamente, mas com um processo legtimo duvidvel e autocrtico; Enquadrava um regime republicano autoritrio, anti-

    liberal e anti-partidario. Era um regime corporativista e fechado; O objecto do compromisso de vrias entidades, nomeadamentedo regime catlico, a ideologia fascista e republicana, a influncia monrquica; O resultado da CRP foi um sistema de governodiferente do at ento. Era um sistema de chanceler, com vertente autoritria, baseando-se no sistema de chanceler alemo.Conferiu poderes importantes ao Chefe de Estado PR: Nomear o Chefe de Governo e demiti-lo; Tinha uma componente nodemocrtica, pois a Assembleia Nacional no era dividida por partidos mas por listas; As campanhas eram fortementecondicionadas por presena policial repressiva; O PR era eleito por sufrgio universal. Podia ser reeleito, nomear ou demitir oConselho de Ministros, tinha poder de veto absoluto dos decretos-lei do Governo, podia dissolver a Assembleia Nacional, sendoainda Comandante Supremo das Foras Armadas; O prprio Governo tinha um poder superior de Administrao Pblica, nodependia do Parlamento. Srvio de exemplo e guia actual CRP; Concentrou os poderes na pessoa do Chefe de Governo, com opassar do tempo e pela prtica. A eleio do Chefe de Estado passou de sufrgio universal para eleio por colgio eleitoral.Desta forma, condicionava-se a sua posio, diminuindo a sua hiptese de demisso de Chefe de Governo, ordenada pelo Chefede Estado, demisso esta, autoritria. A tendncia de Charles de Gaule, em Frana, levou a esta mudana, servindo tambm deorientao para a actual alterao e eleio do PR; Esta constituio vigorou at revoluo de 1474, contudo, foi havendo acriao de leis com fora constituinte. Constituio de 1976: Acomodou tambm diversas correntes, nomeadamente a social-democrata (com fontes na Alemanha e Frana); A fonte do DLG, foi o direito Alemo, foi o direito Marxista, que permitiu a

    interveno economicista do Estado; A Assembleia Constituinte no fora inteiramente livre. Houve partidos proscritos eimpedidos de concorrer, coao sob a liberdade de comcios, por parte da comunicao social havia uma elevada marcasocialista; A Assembleia Constituinte teve vrias vicissitudes que diminuiu a sua liberdade. Para a sua realizao houve umpacto com as foras armadas. As nacionalizaes tornaram-se irreversveis, haveria um forte pendor militar nas decises doEstado, com a criao temporria, da Assembleia das Foras Armadas. Processo este que durou at ao 25 de Novembro, atnova reestruturao do trabalho da Assembleia Constituinte; Revises Constitucionais: A Constituio da RepblicaPortuguesa, aprovada a 2 de abril de 1976, dotou a Assembleia da Repblica de poderes de reviso constitucional,exercidos pela primeira vez num longo (entre abril de 1981 e 30 de setembro de 1982) processo de reviso do seuarticulado inicial, o qual refletia opes polticas e ideolgicas decorrentes do perodo revolucionrio que se seguiu ruturacontra o anterior regime autoritrio, consagrando a transio para o socialismo, assente na nacionalizao dos principais meiosde produo e mantendo a participao do Movimento das Foras Armadas no exerccio do poder poltico, atravs do Conselhoda Revoluo. A 1 reviso constitucional de 1982 procurou diminuir a carga ideolgica da Constituio, flexibilizar osistema econmico e redefinir as estruturas do exerccio do poder poltico, sendo extinto o Conselho da Revoluo e criado o

    Tribunal Constitucional. Em 1989 teve lugar a 2. Reviso Constitucional que deu maior abertura ao sistema econmico,nomeadamente pondo termo ao princpio da irreversibilidade das nacionalizaes diretamente efetuadas aps o 25 de Abril de

    1974. As revises que se seguiram, em 1992 (3) e 1997 (4) , vieram adaptar o texto constitucional aos princpios dosTratados da Unio Europeia, Maastricht e Amesterdo, consagrando ainda outras alteraes referentes, designadamente, capacidade eleitoral de cidados estrangeiros, possibilidade de criao de crculos uninominais, ao direito de iniciativalegislativa aos cidados, reforando tambm os poderes legislativos exclusivos da Assembleia da Repblica. Em 2001 (5) aConstituio foi, de novo, revista, a fim de permitir a ratificao, por Portugal, da Conveno que cria o Tribunal PenalInternacional, alterando as regras de extradio. A 6 Reviso Constitucional, aprovada em 2004, aprofundou a autonomiapoltico-administrativa das regies autnomas dos Aores e da Madeira, designadamente aumentando os poderes das respetivasAssembleias Legislativas e eliminando o cargo de Ministro da Repblica, criando o de Representante da Repblica. Foramtambm alteradas e clarificadas normas referentes s relaes internacionais e ao direito internacional, como, por exemplo, arelativa vigncia na ordem jurdica interna dos tratados e normas da Unio Europeia. Foi ainda aprofundado o princpio dalimitao dos mandatos, designadamente dos titulares de cargos polticos executivos, bem como reforado o princpio da nodiscriminao, nomeadamente em funo da orientao sexual. Em 2005 foi aprovada a 7. Reviso Constitucional queatravs do aditamento de um novo artigo, permitiu a realizao de referendo sobre a aprovao de tratado que vise aconstruo e o aprofundamento da Unio Europeia. Qualificao da Constituio (1974): uma Constituioessencialmente instrumental. Todo o seu contedo provm de um s documento. Apenas uma pequena poro de normas

    constitucionais no se encontra na constituio material (ex. artigo 16); Congrega um conjunto de actos legislativos quepermitem a incriminao dos agentes da ex-pide/DGS. Incriminao retroactiva (292); rgida, ao ser composta por normas decriao ou reviso, dotadas de um carcter especial e agravado, relativamente s normas comuns. Possui 4 limites: temporal,material, formal e especial; Desacelera a vontade poltica, mas tambm protege a hierarquia das normas constitucionais, sobreos demais actos constitucionais; Possui uma intencionalidade da feitura das normas com carcter especial e reforado; umaconstituio bastante longa; programtica. No estado social existem questes de direitos econmicos, sociais e culturais,executados mediante actos legislativos, os quais carecem de actos administrativos e dotao financeira (ex: SNS). As normasprogramticas estaro sempre dependentes da reserva da possibilidade. Tm normas de tarefa e programa de actuao futurado legislador; Cria o modelo de estado de direito democrtico. Divide-se em duas componentes, que se agregam: O poder

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    poltico submete-se s leis que cria (princpio da legalidade) e a componente democrtica, que diz que o povo, atravs dademocracia representativa, elege o poder poltico, atravs de sufrgio universal, legitimando o poder poltico. Obedece aoprincpio do estado de direito; Sistemtica da constituio: O elenco dos direitos fundamentais, antecede os artigos do poderpoltico e o poder econmico. Define-se como uma constituio democrtica, por esta marca. Primeiro esto os direitos,liberdades e garantias dos cidados, que so fundamentais. seguida da organizao econmica do estado e por fim, o poderpoltico. Acresce ainda a garantia da constituio e a sua reviso, seguida das disposies finais; Princpios constitucionais:Enunciados de forma geral e abstracta, com uma densidade reguladora muito baixa; Tem como vantagem o facto de auxiliar aboa interpretao do direito constitucional. Tambm vai auxiliar o preenchimento de lacunas; Possui em regra, uma hierarquiaidentifica s regras; um padro de normas infra-constitucionais; Princpios estruturantes da CRP: Princpio do estado dedireito democrtico (2): Inclui o princpio do estado de direito e o princpio democrtico. Implica um conjunto de princpios epredicados do estado, de direito e legalidade; Princpio da legalidade: Soburdina-se ao princpio da constitucionalidade (3/3);Princpio da subsidiariedade (203 e 204): Liga-se a este princpio, um outro, o do acesso ao direito (20). O direito a um

    processo justo e equitativo. Pode ainda referir-se funo de favorecer o povo, contudo, pode tambm servir para reforar afora do estado (7); Direitos, liberdades e garantias (incio no 18); refere que tm aplicabilidade directa, sendo que a revisoconstitucional no os pode alterar (288); Princpio da separao de poderes (111); Princpio da garantia da autonomia local;Princpio da segurana jurdica (2); Princpio democrtico (151 e 152): Decorre da democracia representativa. a ideia de queo povo decide atravs dos seus representantes, da AR e dos partidos polticos. Decorre tambm da democracia semi-directa,que se pode ligar com a figura do Referendo (115). De acordo com este princpio, pode ainda existir democracia representativa,que tem a ver com a faculdade que dada a determinadas pessoas, em determinadas situaes, na feitura de normas, que aelas diga respeito (associaes sindicais); Princpio da soberania popular; Princpio do sufrgio (116/3): podendo ser por maioriasimples ou maioria relativa, que a maioria que permite governabilidade. Se for por maioria absoluta, poderia dar-se o caso dogoverno bloquear as minorias; Princpio do estado unitrio (6): Unicidade do poder constituinte, regionalizao perifrica dasilhas, estado unitrio que respeita a autonomia dos municpios; Princpio da sociedade: A constituio tem um conjunto dedisposies programticas que protegem a sociedade, a cultura e a ecnomia; Princpio da integrao europeia (8): O direitocomunitrio poder prevalecer sobre o direito interno; Vicissitudes Constitucionais: Mutaes ocorridas na ordemconstitucional; Podem ser: Rupturas na ordem constitucional, quando a constituio objecto de quebra, como um grandeestado/revoluo, onde posta em causa a sua legitimidade. uma fora externa prpria constituio. Todavia, entre a

    revoluo e o golpe de estado h uma grande diferena, no golpe de estado no est em causa o sistema em vigor ou a sualegitimidade; Degorregaes constitucionais: Uma norma geral, que derrogada por um princpio constitucional, e que constituium sistema de excepo (292); Transio constitucional que ocorre quando termina uma constituio, dando lugar a outra,atravs de um procedimento constitucionalmente previsto. No um acto de fora. (ex: a constituio espanhola prev a suaalterao de fundo). H uma ruptura material mas no formal.

    Estado poder ser entendido como a 1 forma de organizao poltica mais perfeita. O povo d origem ao territrio soberanoe independente, que por sua vez d soberania e obedincia, ao poder poltico.Estado Oriental: Engloba por exemplo as civilizaes Egpcia e Persa; Sociedades espalhadas por grandes territrios;Sociedades Teocrticas, onde o Poder Divino e o Poder Temporal se confundem; Sociedades estratificadas, onde se verificamdesigualdades em funo das classes, so desiguais e autoritrias; Estado de Direito: Incio da separao do poder poltico dopoder religioso; Preconizao da igualdade entre cidado (os que j era considerados cidados); Desigualdades entre oscidados e os no cidados; Nas cidades estado (capital), j se pratica democracia directa; Estado Romano: Diferencia o social,ou seja, diferencia o cidado Romano e o cidado estrangeiro; Com o conceito de cidadania fomentou o imprio; Tratava-se deuma nao de poder supremo; Preconiza o incio da separao do poder pblico e o poder privado; Incio do primeiro sufrgio,

    embora ainda de forma limitada; Estado Estamental: Sucedneo do Estado Romano; Ainda um estado radical e brbaro;Estado feudal, com fortes prticas de feudalismo; Retorna-se outra vez mescla de poderes, entre o Poder Sucedneo e o Poderda Igreja; Nesta fase o monarca tem poderes limitados; Face a isto, comea a centralizar e a concentrar em si o poder;CONCENTRAO DO PODER REAL: Promulgao de cartas lei e actos legislativos sem consulta crte. Esta fase iniciou-seem Frana, sendo um paradigma para outros estados; Em Portugal, esta fase torna-se particularmente marcante com D. Joo II,no perodo Ps-Alfarrobeira, em que se criam monarquias absolutas, mantendo no entanto a crte. Contudo o poder estcentrado no rei. Estamos no perodo Renascentista. Com a Guerra dos 30 anos, cria-se no Sc. XVIII o denominado EstadoModerno, terminando-se com o feudalismo, reduzindo o poder divino, separando-se definitivamente o poder legislativo dopoder religioso. Retorna-se ao poder soberano Romano, iniciando-se em Portugal, o Poder de Soberania Interna (o poder dorei poder fazer acatar a sua vontade) e o Poder Externo (o poder de o rei poder impor respeito, no plano externo, a outrasentidades soberanas). Cada estado dever corresponder a uma comunidade e realidade homognea (mesmo que esta noesteja equilibrada), dando-se assim uma ideia de coeso; Criva-se a Laicidade do estado (com a finalizao do processo deseparao de poderes Poltico/religioso); Povo: Conjunto de indivduos ligados ao estado, atravs do vinculo da nacionalidade,conferindo-lhes direitos e deveres. Nao: Conjunto humano de esforos e sacrifcios, histria com previso de obra colectiva defuturo. No fundo, um agregado humano com elementos coesivos. Subsiste uma vivncia histrica comum, com a mesma

    realidade e nacionalidade. Todavia, existem naes sem estado (at h pouco tempo, a Nao Judaica). aqui que reside adiferena entre Nao e Povo. Nao no uma realidade jurdica mas sim uma realidade social . Legitimidade Poltica:Eleio de determinado partido representante do povo, por maioria ou coligao poltica. Os mais governam os menos. Htambm legitimidade poltica por natureza revolucionria, dirigida para todos os efeitos, por uma vanguarda com necessidadede atingir um patamar histrico; Poder autrquico: Neste mbito, em Portugal assistimos a uma estrutura descentralizadacom autonomia administrativa, por parte dos Governos regionais das regies autnomas; Fins, funes e actos do Governo:Estado: colectividade poltico-juridicamente organizado. Compreende povo, territrio, poder poltico e ordenamento jurdico.Possui tambm uma cpula de Estado poltico-juridicamente organizada, com plena separao de poderes; Constituio darepblica Portuguesa: fixa o estatuto do poder poltico-jurdico, normalizando a sua funo. Enfatiza os deveres e direitos docidado comum, cria as regras que preveem os rgos do poder poltico, os seus titulares, assim, como o controlo dos seusactos. Regulam a sua competncia e os procedimentos da sua tomada de deciso; Fins do Estado: Segurana (9 e 19):visam manter a segurana pblica e a ordem constitucional; Justia (9 alnea b)): imparcialidade esperada do poder damagistratura, instituio a que os cidados ofendidos podem recorrer e apoiar-se; Bem-Estar (9 alnea b) e d)): proteco dopatrimnio nacional, assegurar o ensino, igualdade entre homens e mulheres; Funes do Estado: actividades desenvolvidaspelo estado destinadas a preencherem os fins. Estas funes podem ser funes jurdicas e no jurdicas; Funes no jurdicas:

    acordos polticos em momentos de reviso institucional, mensagens do PR ao Governo, actuaes politicas que no produzamdimenso jurdica. Possui ainda uma componente de funo tcnica que abrange a elaborao de trabalhos de deciso,pareceres tcnicos no jurdicos; Funo jurdica (constitucional): todas as actividades jurdico-politicas desenvolvidas peloEstado/Colectividade para atingir os seus fins. Estas actividades so geridas pelo direito e produzem consequncias jurdicas,existindo um sistema coercivo. Possuem uma posio supra-ordenante, que permite a capacidade de fazer acatar a deciso.Perseguem fins colectivos; Actos/Actividade do Estado: conjunto de actos jurdicos que so agrupados entre si em funo dasemelhana (critrio de identidade de natureza material formal ou orgnica). So produzidos indefinidamente no tempo,mediante decises imputadas a autoridades pblicas. (actividade legislativa composta por leis com pontos comuns, elementosde semelhana editados por rgos com competncia legislativa Lei, Decreto-Lei ou Decreto regional). Estas actividades,

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    quando juridicamente estabelecidas, tm fora de lei, para sua capacidade relacional de lei, pelo poder de revogar, sem sedeixar por estes revogar; Material o critrio poltico que implica um programa politico, tendo algum grau de mobilidade;Concepes doutrinais sobre as funes do Estado: John Lock: Deu-se na revoluo liberal inglesa. O seu conceito incluia funo legislativa, a funo da actividade federativa, a actividade prorrogativa e actividade executiva; Montesquieu:dicotomia de poderes, funo executiva, funes jurisdicionais; Kelson: Funo legislativa e executiva. Inclui normas que vodo geral para o concreto, normas que dessem a execuo de leis; Marcelo Caetano: Poltica e executiva. Politica: contudo, hojeem dia, os actos polticos tm consequncias polticas. Executiva: aplicar o direito. A crtica versa que est junto daadministrao pblica, o que dificulta a sua imparcialidade. O direito aplica-se sem parcialidade ou dependncia. Teoria dasfunes do Estado:Constituio terica, segundo o professor Marcelo Caetano: So na sua maioria, jurdicas, as funesdo Estado; Este autor insere nas funes jurdicas, a funo executiva administrativa, que tendo que seguir o interesse pblicocolectivo, perseguido pelo estado, perde a sua imparcialidade, indispensvel ao acto jurdico; O Prof. Jorge Miranda separa asfunes de estado de forma tripartida, nomeadamente em funo politica (politica em sentido estrito e legislativo), funo

    administrativa e funo jurisdicional. Pressupe esta tripartio das funes de Estado, para fins colectivos, com garantia decoercibilidade de direito nas funes jurdicas. Funes do Estado (politica em sentido amplo Prof. Jorge Miranda):Tm liberdade, mediante a constituio, para tomar decises que possam guiar os fins polticos que preencham os finscolectivos. Estes actos podem ser primrios ou inovatrios e definem os fins do estado. (os pontos centrais das polticas doestado). Art.s 197/1, 161, 167 e 198 da CRP; A funo legislativa uma funo poltica em sentido mais amplo; A funopoltica uma macro-actividade. Divide-se em funo legislativa e funo poltica em sentido estrito; Compe-se de critriosformais, materiais e orgnicos; uma realidade positiva pois encontra-se explanada na CRP; Devem respeito tipicidade da lei(162/5). Com a fora geral que possuem, podem condicionar actos legislativos inferiores; Possuem o poder dacriao/modificao da ordem jurdica, atravs da aprovao de normas de contedo poltico inovatrio/primrio, dotados deeficcia externa, que revestem um poder primazial, face aos demais actos do estado. Assim, a funo legislativa primria,dominante pela via hierrquica; Actividade legislativa em sentido material: Carcter de normatividade da actividadepoltica; Inovao e carcter primrio de programa poltico; Supremacia hierarquia da lei; Actividade poltica em sentidoestrito (stricto sensu): Ocupa-se de todos os actos de contedo poltico, que no tenham forma ou fora de lei, na funolegislativa; Normas polticas atpicas: So manifestaes de vontade, aprovadas pelos rgos do estado, assumem carcterindividual, para o efeito a que as coisas se aplicam. Tm eficincia indirecta sobre os destinatrios na medida em que circulam

    no circuito interno dos rgos de poder poltico. So dotados de eficcia interna. So actos de contedo singular e concreto,tendo um destinatrio concreto. Elementos materiais da funo poltica: Profundo respeito pelo princpio da legalidadeadministrativa, (266/2). Os actos dependem de habilitao legal para serem emitidas para serem emitidos, mas tambm,conforma-se lei (112/6 e 7). Estes princpios no se fundem directamente na constituio, mas sim numa lei, que respeite aconstituio e assente no princpio da legalidade; Os regulamentos reservam-se exclusivamente ao seu carcter administrativo,ao qual esto subordinados (165/b). No podem regulamentar/dispor sobre matrias que integrem a reserva de lei; Os rgosde autoridade administrativa devem pautar-se pela iniciativa e parcialidade, para com os fins colectivos. Devem seguir osobjectivos traados pela lei, na perseguio dos fins colectivos, s perseguindo interesses particulares, quando a lei assim opreveja (266/2); Actos jurdicos de funes administrativas: Regulamentos/actos normativos e no normativos, em sentidomaterial (geral e abstracto). Actos previstos no art. 120 do CPA; Contractos administrativos: No tm carcter normativo. Soemitidos ao abrigo do direito pblico. Visam um acto concreto, previamente delimitvel. Visa esgotar-se numa determinadasituao, no se repetindo no tempo. So acordos plurilaterais, que se destinam s relaes jurdicas administrativas; Funojurisdicional do estado Implica a aplicao de normas da CRP, leis, mediante decises individuais e concretas, tomadas pelostribunais, dotados de imparcialidade e passividade. A deciso no normativa por se estar no mbito do direito administrativo;Elemento Formal: Reveste-se de interesse de resoluo de conflitos, situaes concretas de vida, ou at mesmo, a natureza

    da funo, tambm ela sujeita ao princpio da legalidade (203 e 204). Existe contudo a excepo, em que o juiz aplica a lei,pressupondo que esta vlida, contudo pode desaplic-la, caso considere que esta inconstitucional; Elemento material: Dizrespeito aos centros de poder (tribunais) soberanos, compostos por juzes, que com independncia, exercem a funo

    jurisdicional. So pautados pela independncia, mesmo em tribunais inferiores. Mesmo estes no esto obrigados a acatardecises, excepto nos recursos; Funes do estado Princpio da separao de poderes Deriva da necessidade daseparao de poderes e previne o absolutismo da existncia de um s titular do rgo do poder poltico, da soberania absoluta;Permite a distribuio das funes orgnicas do estado; A distribuio dos poderes respeita Teoria do Ncleo essencial dasfunes do estado. O que importa para um rgo possuir o primado de uma aco administrativa. A reserva destes poderessobre determinada matria/conjunto de matrias sobre as quais, por exemplo, s a AR pode legislar. Organizao do poderpolitica com legitimidade Democrtica: Sistema de governo o modo como os rgos de soberania se organizamreciprocamente. Como se estruturam as suas ralaes recprocas.A) Parlamentar: a caracteriza-se por sediar no parlamento oncleo essencial do poder poltico. Reside l o fulcro do sistema poltico; Pode existir com a monarquia, na medida em que opoder do rei meramente representativo (Espanha); O PR pode dissolver o parlamento, todavia, f-lo sob proposta do PM; Oparlamento constitui o fulcro do poder, pois o Governo s inicia as funes aps deliberao do parlamento. Requer a suaausncia, o governo no responde perante o chefe de estado, tem funes legislativas limitadas, administrativas e politicas,

    com um espectro mais amplo. Pode legislar, apenas com autorizao do parlamento, ou emitir DL com urgncia; O parlamentotem o primado da funo legislativa, fixando tambm Sistema Parlamentar: Representao plena: procura espelharresultados eleitorais dos representantes eleitos de forma fidedigna. a lgica proporcionalista representativa. Se tal noocorrer, pode dar-se um caso de no representao de um partido; Estes pequenos partidos tem necessidade permanente deestabelecer permanentemente acordos com outros partidos maioritrios para que possam fazer valer os seus princpios e ideaispolticos; No havendo estas representaes plenas, em parlamento de assembleia, pode em ltima instancia e no havendoqualquer acordo, pode levar runa da democracia e da prpria nao; Parlamentarismo Racionalizado: A par darepresentao foroso atentar governamentao. Contudo, atendendo a um princpio de fora, ganha/governa o mais forte.

    Tem de ser slido, estvel, forte e com obrigao de cumprir o seu programa poltico; Regime de Presidencialismo: Nasceucom o regime republicano dos EUA, sendo o presidente o rgo mais importante e representativo. O presidente eleito porsufrgio universal, todavia pode ser de forma directa ou indirecta (no caso em apreo, EUA, de forma indirecta). Temlegitimidade democrtica por ser eleito por sufrgio. O chefe de Estado preside a administrao (no h PM ou Gabinete deEstado). Impera a vontade do presidente. O chefe de Estado no pode ser responsabilizado politicamente perante o parlamento,que tambm no o pode destituir. Tambm o parlamento pode estabelecer sistemas de fiscalizao aos chefes de gabinete. possvel ao congresso aprovar resolues que so incmodas ao presidente. Regime Semi-Presidencialista Cria um modelo

    em que o chefe de Estado tinha uma funo mediadora. Era eleito por maioria exercendo funes sem, contudo, direccionar oGoverno (repblica de Weimer); um sistema misto, parlamentarismo e presidencialismo. eleito por sufrgio universal(podendo implicar ou no eleio). O Governo duplamente responsvel pelo Chefe de Estado. O parlamento no pode destituiro presidente. O presidente de um regime de semi-presidencialismo tem capacidade de demitir o PM e o Governo, pode vetarleis, pode ou no presidir ao Conselho de ministros. Pode inclusivamente suscitar a inconstitucionalidade de normas. Possui forteresponsabilidade perante o povo por ser o presidente da maioria. Quando faz sentido falar de constituio o instrumentoresponsvel por regular matrias do ordenamento do Estado (sc. XVIII e sc. XIX). Possuir fora especifica, regulando o estatutodos governantes e dos governados. o estatuto jurdico de um estado e a sua sociedade. As constituies tm um contedocunhado pelo liberalismo aquelas provenientes de revolues liberais. Hoje, as constituies so mais ambiciosas, com um

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    contedo muito mais vasto, desenhando tarefas do Estado em diversos nveis, sendo os mais importantes o social, oeconmico e o cultural. A perca essencial do liberalismo para o contedo vasto da actualidade, originria do sc. XX, dando-se com a transio dos estados socialistas a estados democrticos. A CRP aparece por fora do poder constituinte material opoder do estado se dotar de um determinado estatuto jurdico. um poder formal face possibilidade de atribuir forma e fora

    jurdica constituio. O poder constituinte formal cria poderes constitudos (sistema de Governo). Classificao deconstituies: Constituio material: o contedo objecto de uma constituio, ela ser o estatuto jurdico do estado e dapoltica. H tantas constituies materiais com os regimes polticos que funcionem no mesmo estado ou estados. No gozam desistemtica prpria. Constituio formal: a posio que as normas constitucionais tomam relativamente s demais normasdesse Estado. So normas formalmente qualificadas de normas da constituio e que esto revestidas de fora jurdica superiors demais normas desse mesmo Estado. Prevalecem sobre os demais contedos normativos. Constituio instrumental: odocumento onde se inserem as normas constitucionais (apenas as constituies escritas). A distino para a formal por ser umdocumento nico onde se reuniram as normas escritas. Contudo, na medida que as constituies formais, podem conter normas

    no inscritas na constituio instrumental mas que a C. formal lhes confira fora constituinte. Serve para se dar visibilidade aoque a C. formal e conferir-se a fora jurdica que a mesma merece num documento nico. C. Flexveis podem ser alteradassem formalismos especficos. A sua alterao igual alterao da Lei ordinria. C. Rgida para ser alterada tem de serespeitar certos requisitos formais (rgo prprio, maioria de votos, no pode ser revista fora da normalidade constitucional,tendo tambm limites sua reviso, que tendem a corresponder ao ncleo da constituio material artigo 288). A nossaconstituio hiper-rgida por s poder ser revistada pela AR (284 e seguintes); s pode ser revista de 5 em 5 anos ou deforma extraordinria; as alteraes tm de ser votadas por mais de 2/3 dos deputados; no pode haver lugar revisoconstitucional fora da normalidade constitucional (284); a iniciativa da reviso compete exclusivamente aos deputados da AR;tem limites materiais que no podem ser revistos (alneas que devem representar um grande principio, ex: direitos, liberdades egarantias). Estes limites materiais aparecem relacionados com os limites do poder constituinte originrio poder soberano porexcelncia. (desenha o estatuto politico e jurdico). A corrente juz-naturalista defende que a constituio deve representarque a constituio deve representar o estado est subordinado a um direito precedente constituio. Defende aobrigatoriedade do respeito pelo direito natural. A corrente positivista diz que a constituio definida pela forma/fora,independentemente do seu contedo. Defende uma lgica de supra-ordenao hierrquica. A corrente do decisionismo v aconstituio como uma deciso poltica fundamental, vlida pela fora do poder constituinte para dotar fora jurdica ao Estado

    (opinio do Prof. Blanco Morais). Constituio formal (continuao): As normas tm forma prpria. Tm uma sistemticaprpria (representa unio). Tem fora jurdica prpria. Resulta a sua criao de um s acto constituinte. A uma constituiomaterial corresponde uma constituio formal. Pode haver normas do ncleo da constituio material, que no constam daconstituio formal (dizem respeito a matrias com dignidade constitucional). Relao de recepo: relao entre a constituioe outras normas que por virtude dela, adquirem fora constitucional. Essa recepo pode ser formal (onde os princpiospreservam a sua identidade original, ex: 16 n. 2), ou recepo material (regula zonas de interpretao jurdica que passam afazer parte da constituio).

    3. Sistemas de Governo3.1. Enfoque Jurdico-ConstitucionalSo trs as principais referncias jurdicas, em matria de sistemas de governo:1. A separao de poderes (no que tange especializao orgnico-funcional);2. A dependncia, interdependncia ou independncia dos rgos (ex.: a escolha e cessao das funes dos titulares deum rgo por outro rgo);3. A responsabilidade poltica de um rgo ou dos seus titulares perante outro rgo (faz parte da 2 referncia, mas tem-se

    autonomizado).Este grupo de referncias determina a arrumao jurdica do sistema de governo em dois conjuntos:3.1.1. Sistemas de Governo com Concentrao de Poderes:a) Sistema de Concentrao de Poderes Correspondente Forma de Governo Monarquia Limitada- Concentrao no Chefe de Estado;- Poderes limitados constitucionalmente pelo parlamento;- Sistema de governo monrquico de Chanceler.Ex.: Reinos alemes, no sc. XIX.b) Sistema de Governo Representativo Simples- Concentrao no Chefe de Estado;- Na monarquia, no h Chanceler;- Na Repblica, o Chefe de Estado pode governar sem ou com Chanceler (esta ltima hiptese teve expresso no Estado Novoportugus).Ex.: Frana de NAPOLEO; para alguns, Estado Novo da Constituio portuguesa de 1933.c) Sistema de Governo Convencional

    - Concentrao na Assembleia que exerceria as funes do Estado ou deleg-las-ia, temporariamente, noutros rgos.Estes rgos seriam emanados pela Assembleia ou estariam dependentes da Assembleia; mas subsiste a faculdade deavocao;3.1.2. Sistemas de Governo com Desconcentrao de Poderesa) Sistema Parlamentar- H 3 rgos:Chefe de Estado (Rei ou Presidente);Parlamento;Governo.O Chefe de Estado,Ou simblico (to s) simboliza a continuidade do Estado,Ou tem competncias diminutas,Ou necessita de referenda ministerial para exercer as suas competncias (por causa da irresponsabilidade poltica do Chefe deEstado).Caractersticas bsicas do sistema parlamentar:

    O Governo nasce da maioria parlamentar;O Governo baseia-se na confiana poltica do parlamento;O Governo responsvel politicamente perante o parlamento;O Chefe de Estado no pode dissolver o parlamento [ele pode nomear ou exonerar Ministros, mas f-lo seguindo as orientaesdo parlamento].Essas 4 Caractersticas bsicas so os traos fortes, que sofrem, porm, variaes como, por exemplo: Parlamentarismo clssico (puro ou de assembleia) = prevalncia absoluta do parlamento sobre o governo;Reportando-se ao sc. XIX a XX, apresenta 3 manifestaes, a saber:1. O Parlamento tem clara dominncia sobre o Chefe de Estado;

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    2. O Chefe de Estado no pode dissolver o parlamento ou, quando pode, f-lo no quadro de apertados requisitos constitucionaise, muitas vezes, depois do assentimento de um rgo consultivo onde participam representantes do parlamento;3. O Governo no tem poderes de interveno no funcionamento do parlamento ou, quando os tem, so poderesinsignificantes. Parlamentarismo racionalizado (ou mitigado, ou de Gabinete) = a influncia do Governo contrabalana os poderes doparlamento;Apresenta as seguintes 3 caractersticas bsicas:1. O Parlamento tem uma dominncia mitigada sobre o Chefe de Estado;2. O Chefe de Estado pode dissolver o parlamento;3. O Governo tem alguns poderes de interveno no funcionamento do parlamento.b) Sistema PresidencialFala-se usualmente de sistema presidencial perfeito ou imediato e de sistema presidencial imperfeito ou mediato

    (Distino, segundo MARCELOREBELODESOUSA, no muito relevante (carecida de particular relevncia jurdico-constitucional)jque em qualquer dos casos no existe um outro chefe de Governo..Perfeito, quando o Presidente o nico rgo constitucional do poder executivo. coadjuvado por colaboradores. O exemplode eleio so os EUA.Sistema presidencial imperfeito, quando a Constituio estabelece a existncia de Ministros com poderes especficos,conquanto dependam totalmente do Presidente.* 5 Caractersticas bsicas do sistema:- O Chefe de Estado eleito por sufrgio universal e directo (neste caso, salvo os EUA conquanto constitua prticaconsuetudinria que os grandes eleitores estejam vinculados orientao pr-ditada pelo povo, aquando do sufrgio inicial egeral);- O Chefe de Estado forma livremente o seu Governo, que o prprio pode chefiar;- O Chefe de Estado e o Governo no respondem perante o parlamento;- O Chefe de Estado dispe de veto suspensivo relativamente a leis do parlamento;- O Chefe de Estado no pode dissolver o parlamento.* Mecanismos de checks and balances (freios e contrapesos):

    - O parlamento condiciona o executivo, votando o oramento;- O parlamento condiciona o executivo, criando comisses de inqurito Administrao pblica;- O parlamento condiciona o executivo, ratificando tratados celebrados pelo Chefe de Estado;- O parlamento condiciona o executivo, destituindo o Chefe de Estado atravs do impeachment(na sequncia da condenao doPR pela prtica de certos crimes contra o Estado).c) Sistema DirectorialH 2 rgos bsicos: Parlamento; Colgio Directorial.O Parlamento denomina-seAssembleia Federalque composta por duas cmaras, a saber: Conselho Nacional e Conselhodos Estados (art. 148 Constituio da Sua - CS).Cabe Assembleia Federal eleger, nomeadamente, os membros do Conselho Federal, o Chanceler da Confederao, os

    Juzes do Tribunal Federal e o General. Compete tambm Assembleia Federal exercer fiscalizao (haute surveillance) sobreo Conselho Federal, a Administrao federal, os tribunais federais e os restantes entes com funes confiadas pelaConfederao (art. 168, 169 CS).O Conselho Federal apresenta-se como a autoridade directorial e executiva suprema da Confederao (a quem cabe adeterminao dos fins e meios da sua poltica governamental e aplanificao e coordenao das actividades do Estado),

    sendo composto por 7 membros, eleitos (de entre cidados elegveis ao Conselho Nacional) pela Assembleia Federal aps cadarenovao integral do Conselho Nacional.Assegura a presidncia do Conselho Federal o Presidente da Confederao.A Assembleia Federal elege um dos membros do Conselho Federal presidncia da Confederao e um outro vice-presidncia do Conselho Federal. Esses mandatos so de um ano e no podem ser renovados no ano seguinte nem pode oPresidente cessante ser eleito vice-presidncia.d) Sistema Semiparlamentar- H 3 rgos: Chefe do Estado; Parlamento; Governo.- Pode-se dar o caso de:O Governo responder politicamente perante o Chefe de Estado e perante o Parlamento;O papel do Chefe de Estado corresponder a um poder moderador.- O sistema semiparlamentar pode apresentar-se como:aa) OrleanistaQue se traduz numa monarquia constitucional do equilbrio entre o Rei e o Parlamento. Vigorou em Frana, no sc. XIX. Aexpresso deriva do nome de LUSFILIPEI, de Orlans.

    bb) SemipresidencialPortugal da Constituio de 1976, ustria, Islndia e Cabo Verde so sistemas semipresidenciais).Exemplos de semipresidencialismo com prevalncia do PR:Guin-Bissau, formalmente (Constituio de 1984).Exemplos de semipresidencialismo com prevalncia do parlamento: Repblica de Weimar (1919).Notas bsicas caracterizadoras do sistema:1. A formao do Governo em funo dos resultados eleitorais parlamentares e da composio do parlamento;2. A constituio e manuteno do Governo dependem do parlamento:

    Da aprovao ou no rejeio do programa do Governo; Da rejeio de moes de censura; Da aprovao de votos de confiana.

    3. O Chefe de Estado eleito por sufrgio universal e directo;4. O Parlamento eleito por sufrgio universal e directo;5. O Governo responde politicamente tambm perante o Chefe de Estado;6. O Chefe de Estado tem grandes poderes, como, por exemplo, o direito de dissolver o parlamento; o direito de veto

    suspensivo a leis do parlamento; o direito de veto definitivo a diplomas do Governo.