busca e apreensÃo de pessoas e coisas medida probatÓria - meio de obtenção de prova -

32
BUSCA E APREENSÃO DE PESSOAS E COISAS MEDIDA PROBATÓRIA - Meio de obtenção de prova -

Upload: idalee

Post on 24-Feb-2016

28 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

BUSCA E APREENSÃO DE PESSOAS E COISAS MEDIDA PROBATÓRIA - Meio de obtenção de prova - . Busca domiciliar – art. 5°, XI, CF Inviolabilidade do domicílio Realizada com mandado judicial (inconstitucionalidade do art. 241 do CPP) , que deve ser cumprido durante o dia - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Slide 1

BUSCA E APREENSO DE PESSOAS E COISAS

MEDIDA PROBATRIA- Meio de obteno de prova - Busca domiciliar art. 5, XI, CF Inviolabilidade do domiclio

Realizada com mandado judicial (inconstitucionalidade do art. 241 do CPP), que deve ser cumprido durante o dia

Exceto: com o consentimento do moradorem situao de flagrante delito(em caso de desastre, para prestar socorro no autoriza a busca, mas o ingresso no domiclio)

DIA Aplicao analgica do artigo 172 do CPC: das 6h s 20hConsentimento de entrada da polcia

Dado por pessoa capaz, de modo expresso Os policiais devem se identificar como tal (o morador deve saber qual o objetivo da busca) No deve ser vlido na hiptese de pessoas presas cautelarmente ou detidas

Estado de flagrncia delitiva

Quando o crime est acontecendo ou acaba de ocorrer (no caso de flagrante presumido mais controverso)

Ateno para os crimes permanentes, em que o estado flagrancial tambm permanente (ex. guarda de arma ilegal ou drogas)* Mas, deve haver fundada suspeita. No caso claro de busca ilegal, a eventual apreenso de drogas ou armas no valida o procedimento

Busca pessoal

Prescinde de mandado judicial inclusive em veculos. Executada a qualquer hora. Exige fundada suspeita. Art. 244. A busca pessoal independer de mandado, no caso de priso ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja da posse de arma proibida ou de objetos ou papis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar

Quando em mulher deve ser feita por outra mulher, se no importar em retardamento ou prejuzo dilignciaRequisitos da busca

Finalidade definida e clara (qual objeto/pessoa se procura?) evitar abuso na apreenso de objetos no relacionados com a causa penal2. Mnima explicitao das razes pelas quais se presume que o objeto/pessoa esteja em dada residncia ou com dada pessoa3. No caso da busca domiciliar, identificao do local e de seu proprietrio

O mandado deve ser o maisespecfico possvel vedaoa buscas genricasO auto deve ser assinadopor 2 testemunhas presenciais

Busca em escritrio de advocacia

Permisso legal exclusivamente para a hiptese de busca e apreenso do corpo de delito

Deve ser acompanhada por representante da OAB (norma do estatuto da OAB declarada constitucional pelo STF na ADIn 1.127-8)

Est em jogo tambm agarantia da ampla defesaBusca de cartas particulares

Inadmissvel, pois ilcita a prova, tendo em vista que fere a inviolabilidade da correspondncia art. 5, XII, da CF

* Inconstitucionalidade do art. 240, 1, f, do CPPA questo da vinculao causal

Princpio da especialidade da prova buscada ou vinculao causal da prova:

O ato que autoriza a busca domiciliar delimitado e vinculado quele processo, no podendo produzir efeitos para outros processos atravs do encontro fortuito de outros objetos/ elementos de prova relacionados a outros crimes

Isso permitiria uma investigao generelizada, sem prvias hipteses e, portanto, de naturezainquisitorialAdmissibilidade do encontro fortuito

Admite-se excepcionalmente, no caso de colheita de elementos de prova de crimes conexos com aquele que ensejou a medida restritiva (se for no mesmo processo princpio da comunho da prova)

Regra aplicada tambm para o caso de interceptaes telefnicas, desde que seja crime apenado com reclusoInterceptao telefnica Art. 5, XII, CF e Lei 9.296/1996

inviolvel o sigilo de correspondncia e das comunicaes telegrficas, de dados e das comunicaes telefnicas, salvo, no ltimo caso, por ordem judicial, nas hipteses e na forma que a lei estabelecer, para fins de investigao criminal ou instruo processual penal

BALIZAS CONSTITUCIONAIS:- ordem judicial- lei regulamentadora prvia- apenas como elemento de prova na persecuo penalDiferente conceitos

Interceptao telefnica terceiro invade e coleta conversa alheia: somente com ordem judicial

Sigilo telefnico dados das ligaes feitas e recebidas: CPI pode determinar

Gravao feita por um dos interlocutores ou Gravao ambiental clandestina permitidas pelo STF desde que no viole o privilgio contra a autoincriminao (feita por agente do Estado) e no haja outra causa legal de sigiloPrecedentes STF

AI 560223 AGR/SP, 2 T., M. Joaquim Barbosa, j. 12/04/2011, v.u. lcita a prova consistente em gravao de conversa telefnica realizada por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, se no h causa legal especfica de sigilo nem de reserva da conversaoPrecedentes STF

RE 583.937-RJ (recorrente foi a DPE-RJ), PLENO, Rel. Min. Cezar Peluso, j. 17/12/2009 reconhecida a repercusso geral, vencido Min. Marco AurlioGravao ambiental realizada por um os interlocutores sem conhecimento do outro. Validade. Jurisprudncia reafirmada. Repercusso geral reconhecida.Lei 9.296/1996

Juiz competente para a ordem o mesmo competente para a ao principal

A medida pode ser adotada de ofcio pelo juiz ou, mediante requerimento, com deciso fundamentada no prazo de 24 horas

Segredo de justia dos autos

Abrange as comunicaes em sistemas de informtica e telemticaLei 9.296/1996

Requisitos:- Indcios razoveis de autoria ou participao;- Necessidade da medida: quando a prova no puder ser feita atravs de outros meios disponveis princpio da proporcionalidadeCrime apenado com recluso

O objeto da investigao e os investigados devem estar estabelecidosLei 9.296/1996

Prazo de durao da interceptao:15 dias, prorrogveis por igual(is) perodo(s) quando demonstrada a indispensabilidade da prova

Procedimento:Gravao e transcrioFormao de autos apartados. O sigilo perdura at o trmino da diligncia; aps documentao deve ser observada a smula vinculante 14 do STF acesso o investigado e a seu defensor

Citao

Pessoal preponderante e obrigatria para o ru preso (perda da eficcia da Smula 351: nula a citao por edital de ru preso no mesmo estado). No basta a requisio art. 8. b e c, CADH

Por edital ru no encontrado (devem ser esgotados os meios disponveis para a sua localizao)

Por hora certa em caso do ru, com endereo certo, ocultar-se (na forma do CPC)

Carta precatria ou rogatria a ltima suspende o prazo prescricional

Citao por hora certa art. 227/229 CPC

- 3 diligncias com suspeita de ocultao = intima membro da famlia ou vizinho para o dia seguinte. Comparece no dia e horrio agendado, informando-se das razes da ausncia do denunciado. realizada a citao, o escrivo envia carta ou comunicao ao ru, dando-lhe cincia de que est citado.

Suspenso do processo do art. 366

Citao por edital + no constituio de advogado + no comparecimento do ru (o marco do comparecimento do ru no mais o interrogatrio, feito ao final, e sim a resposta acusao) = suspenso do processo e do curso da prescrio

smula 415 do STJ - O perodo de suspenso do prazo prescricional regulado pelo mximo da pena cominada

Autodefesa

Possibilidade de produo antecipada das provas consideradas urgentesSumula 455 do STJ: A deciso que determina a produo antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, no a justificando unicamente o mero decurso do tempo

Revelia

Pressupe citao pessoal

Sano pelo no comparecimento injustificado a ato para o qual foi intimado ou pela alterao de endereo sem comunicao ao juzo

Consequencia o ru deixa de ser intimado para os demais atos, exceto pronncia e sentena condenatria

Intimao - formas

MP, Defensoria e dativo sempre pessoal (inclusive da expedio da carta precatria)

Advogado constitudo, adv. do querelante, assistente de acusao por publicao; via postal ou qualquer meio idneo quando no houver rgo de publicao oficial

Na prpria audincia quando houver adiamento do ato

Interrogatrio

Ato obrigatrio, realizvel ao final da audincia una, ou a qualquer tempo, quando comparecer o acusado, inclusive em segunda instncia

Meio de defesa (eventualmente fonte de prova confisso e delao espontneas)No um ato disposio do juiz, voltado principalmente obteno da confisso.

Defesa tcnica e autodefesa no interrogatrio

* Entrevista prvia com o defensor* Comunicao e contato direto durante o ato (a presena do defensor tcnico indispensvel)

* Possibilidade de perguntas diretas pelas partes (mas o ato presidencial, diferentemente da colheita de testemunhos)

* Informao prvia sobre o direito ao silncio, que no importar em confisso ou em prejuzo defesa

Formato legal do atoContedo obrigatrio do interrogatrio

Perguntas de qualificao tidas como de resposta obrigatria, mas ainda se aplica a no obrigatoriedade de autoincriminao

Sobre a imputao se verdadeira; se conhece a razo pela qual est sendo falsamente acusado; se conhece as testemunhas e tem algo contra elas; indagaes sobre a prova j produzida e sobre o instrumento do crime eventualmente apreendido; onde estava e como teve notcia da infrao; pergunta final: se tem algo mais a alegar em sua defesa

Havendo mais de um ru so interrogados separadamente, com a presena do defensor tcnico de cada um em todos os atos

direito de perguntas ao corru principalmente quando h delao (precedentes no STF)

Interrogatrio no presdio

Art. 185, CPP presena do juiz, promotor e defensor no presdio, em sala prpria do local onde estiver recolhido o ru

Garantia da publicidade o Cdigo no delimita, mas pode haver interpretao de garantia da publicidade interna dada a circunstncia do ato praticado no interior do estabelecimento prisional

Interrogatrio por videoconferncia

V. HC 88.914-0/SP, 2 Turma do STF, Relator Min. Cesar Peluso (impetrado pela Defensoria Pblica de SP)

Declarao da inconstitucionalidade da lei paulista n. 11.819/2005

Edio da lei federal n. 11.900/2009

Lei federal n. 11.900/2009

Medida excepcional, mediante deciso judicial fundamentada que demonstre concretamente a necessidade da medida

Critrios tpicos de necessidade: 1) risco segurana pblica (organizao criminosa ou risco de fuga); 2) enfermidade ou outra circunstncia que dificulte o comparecimento do ru; 3) constrangimento de vtimas ou testemunhas (devendo prevalecer o depoimento destas por video-conferncia); 4) clusula genrica final: gravssima questo de ordem pblica

Inconstitucionalidade material

Deficincia da defesa tcnica (entrevista e qualquer comunicao por telefone, falta de estrutura para o acompanhamento de dois advogados)

Prejuzo autodefesa pela participao desumanizada do ru, sem contato direto com o juiz, defensor e testemunhas. Ru como sujeito processual, e no como objeto do processo.

Inconstitucionalidade material

CADH e o papel do juiz como fiscal da legalidade da priso e da preservao dos direitos do acusado preso

Aumento da incidncia de abusos e coao fsica e psicolgica

Ruptura mais grave com a isonomia entre os acusados soltos e presos, j naturalmente existente