brevíssima história do gpa

4
Brevíssima história do GPA/COLEPA Durante 49 anos a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco manteve sob sua responsabilidade o Colégio Paulo Afonso – COLEPA, iniciado 05 de março de 1951 como Ginásio Paulo Afonso. Suas atividades foram encerradas no ano 2.000. A história do COLEPA é a própria história da educação no município de Paulo Afonso. Ao se instalar na região a Chesf viu-se com a necessidade de fazer uma série de investimentos na área social, especialmente em educação e saúde, para oferecer aos milhares de empregados as mínimas condições para se fixarem por aqui e tocarem a gigantesca obra. Assim nasceu o hospital, que hoje atende a uma população de cerca de 500 mil pessoas vindas de 25 municípios dos Estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe. E tudo começou com um simples ambulatório, mantido pela hidrelétrica para atender aos seus empregados. De igual modo, foram nascendo as escolas mantidas pela Chesf, chamadas de Escolas Reunidas – Alves de Souza, Murilo Braga, Adozindo e depois vieram outras, Escola Parque, Escola Rural, Escola Moxotó Alagoas, Moxotó Bahia onde estudavam milhares de crianças nas turmas do ensino fundamental, escolas primárias. Em junho de 1949 já funcionava a Escola Alves de Souza, mas descobriu- se logo que faltava o ginásio. Enoch Pimentel Tourinho, que era então chefe do Transporte da Chesf, foi um dos que lutaram para se construir um ginásio para receber os alunos que saíam das escolas primárias e que não tinham para onde ir depois da 4ª série. Segundo relatos deixados por Enoch Pimentel, os custos para a construção do ginásio não estavam no orçamento de construção da I Usina e foram buscados todos os meios para que ela acontecesse. Até ao presidente Eurico Gaspar Dutra se recorreu em uma de suas visitas às obras da Chesf, no início de 1950. Buscou-se também o apoio de empresários da região, como Antônio Carlos, da Empresa Agro Fabril Mercantil, hoje Fábrica da Pedra, de Delmiro Gouveia que doou a madeira e telhas para a sua construção. Campanhas encabeçadas por Bret Cerqueira Lima, e outros pioneiros como a realização de shows no Clube Paulo Afonso - CPA - com músicos e cantores chesfianos e um mutirão de operários, fez nascer o Ginásio Paulo Afonso. Sua primeira turma, muito pequena, apenas 5 ou seis alunos, dentre eles Diogo Andrade Brito, precisou concluir o curso no Ginásio Ipiranga, do Professor Isaías Alves, em Salvador. O Ginásio cresceu e de suas salas de aulas saíram milhares de cidadãos que exerceram e exercem posições de destaque no cenário nacional e são reconhecidos como excepcionais profissionais nas áreas em que atuam. Um desses ex-alunos do Ginásio Paulo Afonso, Luiz Fernando Motta Nascimento, filho do Mestre Alfredo, um dos pioneiros chesfianos, chegou a ocupar, por muitos anos, o cargo de Diretor de Construções e depois, Diretor de Suprimento da Chesf que manteve o seu compromisso com a educação por 49 anos. E tudo começou com Ginásio Paulo Afonso - GPA que depois passou a se chamar SPI, depois SPEI e acabou seus dias de vida, esmagado por leis do governo Collor que impediam a contratação de professores aos 49

Upload: allan-veiga

Post on 25-Jul-2015

60 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Brevíssima história do GPA

Brevíssima história do GPA/COLEPADurante 49 anos a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco manteve sob sua responsabilidade o Colégio Paulo Afonso – COLEPA, iniciado 05 de março de 1951 como Ginásio Paulo Afonso. Suas atividades foram encerradas no ano 2.000. A história do COLEPA é a própria história da educação no município de Paulo Afonso.Ao se instalar na região a Chesf viu-se com a necessidade de fazer uma série de investimentos na área social, especialmente em educação e saúde, para oferecer aos milhares de empregados as mínimas condições para se fixarem por aqui e tocarem a gigantesca obra.Assim nasceu o hospital, que hoje atende a uma população de cerca de 500 mil pessoas vindas de 25 municípios dos Estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe. E tudo começou com um simples ambulatório, mantido pela hidrelétrica para atender aos seus empregados.De igual modo, foram nascendo as escolas mantidas pela Chesf, chamadas de Escolas Reunidas – Alves de Souza, Murilo Braga, Adozindo e depois vieram outras, Escola Parque, Escola Rural, Escola Moxotó Alagoas, Moxotó Bahia onde estudavam milhares de crianças nas turmas do ensino fundamental, escolas primárias.Em junho de 1949 já funcionava a Escola Alves de Souza, mas descobriu-se logo que faltava o ginásio.Enoch Pimentel Tourinho, que era então chefe do Transporte da Chesf, foi um dos que lutaram para se construir um ginásio para receber os alunos que saíam das escolas primárias e que não tinham para onde ir depois da 4ª série. Segundo relatos deixados por Enoch Pimentel, os custos para a construção do ginásio não estavam no orçamento de construção da I Usina e foram buscados todos os meios para que ela acontecesse. Até ao presidente Eurico Gaspar Dutra se recorreu em uma de suas visitas às obras da Chesf, no início de 1950.Buscou-se também o apoio de empresários da região, como Antônio Carlos, da Empresa Agro Fabril Mercantil, hoje Fábrica da Pedra, de Delmiro Gouveia que doou a madeira e telhas para a sua construção.Campanhas encabeçadas por Bret Cerqueira Lima, e outros pioneiros como a realização de shows no Clube Paulo Afonso - CPA - com músicos e cantores chesfianos e um mutirão de operários, fez nascer o Ginásio Paulo Afonso.Sua primeira turma, muito pequena, apenas 5 ou seis alunos, dentre eles Diogo Andrade Brito, precisou concluir o curso no Ginásio Ipiranga, do Professor Isaías Alves, em Salvador.O Ginásio cresceu e de suas salas de aulas saíram milhares de cidadãos que exerceram e exercem posições de destaque no cenário nacional e são reconhecidos como excepcionais profissionais nas áreas em que atuam.Um desses ex-alunos do Ginásio Paulo Afonso, Luiz Fernando Motta Nascimento, filho do Mestre Alfredo, um dos pioneiros chesfianos, chegou a ocupar, por muitos anos, o cargo de Diretor de Construções e depois, Diretor de Suprimento da Chesf que manteve o seu compromisso com a educação por 49 anos.E tudo começou com Ginásio Paulo Afonso - GPA que depois passou a se chamar SPI, depois SPEI e acabou seus dias de vida, esmagado por leis do governo Collor que impediam a contratação de professores aos 49 anos de vida, no ano 2000 como COLEPA – Colégio Paulo Afonso, orgulho dos estudantes, funcionários e professores.Em 2008 ex-alunos organizaram o I Encontro de ex- (alunos, professores, diretores, funcionários) do GPA/COLEPA num encontro memorável realizado no Clube Paulo Afonso.Outro encontro, de grande porte, está sendo estudado para 2010 e pensa reunir milhares de funcionários e aposentados da Chesf passaram pelo Ginásio e Colégio Paulo Afonso. No orkut, há várias páginas sobre o COLEPA, marco na educação em Paulo Afonso e modelo educacional para todo o Nordeste durante todo o tempo de sua existência.

PROFESSOR FRED NOGUEIRA TÉCNICO DE HANDEBOL E FUTEBOL CIEPA-SEC -COLEPA-CHESF - LIGA PAULAFONSINA- SELEÇÃO DE PAULO AFONSO -COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR-CMS. ALFREDO MAGALHÃES - ESCOLA NOGUEIRA PASSOS-SEC-SALVADOR

: Frederico Rodrigues, ou como era conhecido, professor "Fred" e sua esposa Marilena Henklain

João de Sousa lima

Page 2: Brevíssima história do GPA

João de Sousa Lima

Escritor, Pesquisador, autor de 09 livros. membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de estudos do Cangaç

Fontes:

Memorial chesf acervo

Tv são Francisco acervo

Faculdade sete de setembro

Antônio Galdino - Paulo Afonso, Redenção do Nordeste, Editora Grafset, 1981;Antônio Galdino e Sávio Mascarenhas - De Pouso de Boiadas a Redenção do Nordeste, 240p.- Ed. Fonte Viva, 1995;Antônio Galdino - O Caminho das Águas - Monografia de Pós-Graduação em Turismo e Desenvolvimento Sustentável - UNEB, 2001; (cópias nas Bibliotecas da UNEB, FASETE e Memorial Chesf)Euclides Batista Filho - Nós fizemos Paulo Afonso, 2ª edição, 2004Luiz Fernando Mota Nascimento - Paulo Afonso - Luz e Força movendo o Nordeste, Editora Gráfica da Bahia(Salvador), 1998Roberto Ricardo - Paulo Afonso e o Sertão Baiano: sua geografia e seu povo, 308p. - Ed. Fonte Viva, 2004 (à venda nas bancas de revistas de Paulo Afonso)

Filha de Severino Francisco da Costa e Iracema Nunes da Costa (ex-funcionário da Chesf, ocupando a função de montador, e dona de casa respectivamente). Tem quatro irmãos (que fazem parte da turma do “s” em família): Silvana, Silvia, Silveria e Sivanildo. Neidinha está solteira e faz aniversário em 19 de junho. Aos 12 anos, já integrava a seleção de atletas de Handball e Voleibol do Clube Paulo Afonso (CPA) e do Colégio Paulo Afonso (COLEPA). Tinha dentre os seus maiores incentivadores o casal de professores Fred e Marilena. A adolescência e juventude estiveram entrelaçadas com os eventos esportivos. Aos 16 anos recebeu o convite da seleção baiana de Handball, mas, não pode ingressar nos treinos por restrições paternas (julgava ser cedo demais para tal peripécia). Formou-se no ensino médio em Contabilidade pelo Colégio Sete de Setembro. Aos 21 anos saiu de Paulo Afonso para a realização de mais um sonho e outra etapa de sua vida: cursar Educação Física. E assim o fez. Formou-se pela Universidade Estadual da Paraíba.Terminado o curso, mudou-se para o Xingó – SE, onde, por 02 anos foi professora de educação física na UNEX I. Em Paulo Afonso, trabalhou no extinto IEPA, instrutora de natação por 05 anos no CPA, e atualmente é pós graduada em Educação Física escolar e exerce a função de treinadora e professora no colégio Montessori e Polivalente. Por acreditar que o esporte é um dos grandes suportes para uma vida mais saudável e íntegra, mantém, juntamente com mais 02 amigos (Isaías e Antenor) um grupo de apoio ao esporte denominado: Vôlei/P.A., que de maneira voluntária, habilita jovens das mais diferentes idades e proveniência social (os encontros acontecem às quartas-feiras à tarde e sextas às 18h no CPA), no treinamento de vôlei. “O esporte me ajudou e ajuda a sonhar, buscando o melhor pra mim e para os que estão ao meu redor, por isso, almejo que os dirigentes de esportes da cidade sempre estejam dispostos a abraçar boas causas como esta, dando o apoio necessário para tais realizações como o tem

Page 3: Brevíssima história do GPA

feito agora esse clube que eu cresci, amadureci e hoje me fornece o espaço e outras formas de sustentar o nosso trabalhoReferenciasBETTI, M. Atitudes e opiniões de escolares de 1º grau em relação à Educação Física. In: XIV SIMPÓSIO DECIÊNCIA DO ESPORTE. 1986. São Caetano do Sul. Anais. São Caetano do Sul. Celafiscs. Fec. do ABC,1986. p. 66.. Ensino de 1º. e 2º. graus: Educação Física para quê? Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2,p. 282-7, 1992.. Valores e finalidades na Educação Física escolar: uma concepção sistêmica. Revista Brasileira de Ciênciasdo Esporte, v. 16, n. 1, p. 14-21, 1994a.BETTI, M. O que a semiótica inspira ao ensino da Educação Física. Discorpo, n. 3, p. 25-45, 1994b.CAVIGLIOLI, B. Sport et adolescents. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 1976.

ZONTA, A. F. Z.; BETTI, M.; LIZ, L.C. Dispensa das aulas de Educação Física: os motivos de alunas do ensinomédio. In: VIII CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO DESPORTO DOS PAÍSES DE LÍNGUAPORTUGUESA. Anais. Lisboa, 2000. Universidade Técnica de Lisboa.