breve explicação sobre a teoria analítica de crime

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Conceito analítico de crime É o estudo dos elementos que integram a infração penal que após sua averiguação saberá se ocorrera ou não sua prática. Alguns autores defendem que crime é conduta que lesa ou expõe a lesão bens jurídicos protegidos, o que se mostra insuficiente para as ciências penais. Importantes penalistas propõe três elementos fundamentais para o fato-crime: ação típica (tipicidade), antijurídica (ilicitude) e cupável (culpabilidade). Outros defendem um quarto elemento, qual seja, a punibilidade. Teoria não muito bem vista pois a punição é somente a consequência do ato. A função deste conceito é analizar as características do conceito de infração penal sem repartí-lo. O crime é um todo indivisível. Ou o agente comete o delito (fato típico, ilícito e culpável) ou o fato é um indiferente penal, assim o estudo analítico permite a verificação da existência ou não da infração. Como explica o brilhante Roxin, “ quase todas as teorias do delito até hoje construídas são sistemas de elementos, isto é, elas disseccam o comportamento delitivo em um número de diferentes elementos ( objetivos, subjetivos, normativos, descritivos, etc.), que são posicionados nos diversos extratos de um mosaico de quadro legislativo do fato punível. Esta forma de proceder acaba levando a que se voltem grandes esforços à questão sobre o que posicionamento no sistema do delito deve ocupar esta ou aquela elementar do crime; pode-se descrever a história da teoria do delito nas últimas décadas como um migração de elementares dos delitos em diferentes andares do sistema”. No sistema jurídico penal brasileiro adotamos a visão analítica do conceito de crime como fato típico, ilícito e culpável. O fato típico, na visão finalista compõe-se dos seguintes elementos: a) Conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva; b) Resultado; c) Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado; d) Tipicidade (formal ou conglobante)

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O texto aborda a teoria da escola finalista de direito penal de Bonn. Traz uma explicação sobre as transformações no conceito de dolo.

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Conceito analtico de crime o estudo dos elementos que integram a infrao penal que aps sua averiguao saber se ocorrera ou no sua prtica.Alguns autores defendem que crime conduta que lesa ou expe a leso bens jurdicos protegidos, o que se mostra insuficiente para as cincias penais.Importantes penalistas prope trs elementos fundamentais para o fato-crime: ao tpica (tipicidade), antijurdica (ilicitude) e cupvel (culpabilidade). Outros defendem um quarto elemento, qual seja, a punibilidade. Teoria no muito bem vista pois a punio somente a consequncia do ato.A funo deste conceito analizar as caractersticas do conceito de infrao penal sem repart-lo. O crime um todo indivisvel. Ou o agente comete o delito (fato tpico, ilcito e culpvel) ou o fato um indiferente penal, assim o estudo analtico permite a verificao da existncia ou no da infrao.Como explica o brilhante Roxin, quase todas as teorias do delito at hoje construdas so sistemas de elementos, isto , elas disseccam o comportamento delitivo em um nmero de diferentes elementos ( objetivos, subjetivos, normativos, descritivos, etc.), que so posicionados nos diversos extratos de um mosaico de quadro legislativo do fato punvel. Esta forma de proceder acaba levando a que se voltem grandes esforos questo sobre o que posicionamento no sistema do delito deve ocupar esta ou aquela elementar do crime; pode-se descrever a histria da teoria do delito nas ltimas dcadas como um migrao de elementares dos delitos em diferentes andares do sistema.No sistema jurdico penal brasileiro adotamos a viso analtica do conceito de crime como fato tpico, ilcito e culpvel.O fato tpico, na viso finalista compe-se dos seguintes elementos: a) Conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva;b) Resultado;c) Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;d) Tipicidade (formal ou conglobante)A ilicitude, sinnimo de antijuridicidade, a relao de antagonismo estabelecido entre a conduta do agente e o ordenamento jurdico. A juridicidade da conduta poder ser estabelecida por excluso, isto , se o agente tiver agido amparado por alguma causa excludente de ilicitude, ou causas de justificacion. Alm destas causas previstas em lei, h, ainda, o consentimento do ofendido. Esta ltima deve ter as seguintes condies: a) capacidade de consentir do ofendido;b) que o bem jurdico seja disponvel;c) o consentimento seja anterior ou ao menos simultneo conduta do agente.Ausente algum desses requisitos o consentimento no afasta a ilicitude.

E por fim a culpabilidade que o juzo de desvalor pessoal da conduta ilcita do agente, os elementos que a integram so: a) imputabilidade;b) potencial conhecimento do ilcito;c) exigibilidade de conduta diversa.Deve ser observado, aqui, se h alguma causa de exculpacion, os erros inevitveis.