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Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

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Mercados

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Brasil Ficha de Mercado Novembro 2010

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Índice

1. País em Ficha 3

2. Economia 4

2.1. Situação Económica e Perspectivas 4

2.2. Comércio Internacional 6

2.3. Investimento 12

2.4. Turismo 15

3. Relações Económicas com Portugal 16

3.1. Comércio 16

3.2. Serviços 21

3.3. Investimento 22

3.4 Turismo 24

4. Relações Internacionais e Regionais 26

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 28

5.1. Regime Geral de Importação 28

5.2. Regime de Investimento Estrangeiro 31

5.3. Quadro Legal 33

6. Informações Úteis 34

7. Endereços Diversos 35

8. Fontes de Informação 44

8.1. Informação Online aicep Portugal Global 44

8.2. Endereços de Internet 46

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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1. País em Ficha

Área: 8.514.877 km2 (5º país em extensão territorial)

População: 198,7 milhões (estimativa 2010)

Densidade populacional: 23,3 habitantes por km2

Designação oficial: República Federativa do Brasil

Chefe do Estado: Luíz Inácio Lula da Silva (eleito em 2002 e reeleito em 2006) mantém-se em

funções até 31-Dez-2010. Nas eleições que decorreram em 31-Out-2010 (2ª

volta) foi eleita Dilma Rousseff, do PT, para período de 2011-2014

Vice-Presidente: José Alencar

Data da actual constituição: Outubro de 1988. Algumas alterações foram introduzidas posteriormente

Principais partidos políticos: Governo: Partido dos Trabalhadores (PT)

(acima de 200.000 filiados) Oposição: Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); Partido da

Social Democracia Brasileira (PSDB); Democratas (DEM); Partido

Progressista (PP); Partido Socialista Brasileiro (PSB); Partido Democrático

Trabalhista (PDT); Partido da República (PR); Partido Comunista do Brasil

(PC do B); Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); Partido Verde (PV);

Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)

Capital: Brasília – 2,5 milhões de habitantes (IBGE - 2007)

Outras cidades importantes: São Paulo (11,0 milhões), Rio de Janeiro (6,1 milhões), Salvador (2,9

milhões), Belo Horizonte (2,4 milhões), Fortaleza (2,4 milhões), Curitiba (1,8

milhões), Manaus (1,7 milhões), Recife (1,5 milhões), Porto Alegre (1,4

milhões)

Religião: É garantida pela Constituição a livre prática de todas as religiões,

maioritariamente a Católica Romana (73,6%)

Língua: Português

Unidade monetária: Real do Brasil (BRL)

1 EUR = 2,3548 BRL (Oanda – valor médio Jan-Nov 2010)

Risco País Risco geral – BB (AAA = risco menor; D = risco maior)

Risco político – BBB

Ranking em negócios: Índice 6,68 (10 = máximo)

Ranking geral – 39 (entre 82 países)

(EIU – Outubro 2010)

Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior)

(COSEC – Julho 2010 - http://cgf.cosec.pt)

Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp. + Imp. / PIB = 22,62% (2009)

Imp. / PIB = 11,35% (2009)

Imp. / Imp. Mundial = 1,43% (2009)

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) ; CEPAL; OCDE; World Trade Organization (WTO); Banco Central do Brasil;

Ministério do Turismo do Brasil; BBC Brasil; Embratur; UNCTAD; Banco de Portugal; COSEC; INE – Inst. Nacional de Estatística

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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2. Economia

2.1. Situação Económica e Perspectivas

O Brasil é considerado actualmente a primeira economia da América Latina e ocupa o sétimo lugar no

ranking das maiores economias mundiais. É de assinalar que, fruto do progresso alcançado com as

reformas económicas, das condições extremamente favoráveis a nível internacional e do

desenvolvimento de políticas sociais, a economia brasileira registou elevadas taxas de crescimento nos

anos mais recentes, e bastante superiores às verificadas durante as últimas três décadas.

No dia 31 de Outubro de 2010, numa segunda volta, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, cargo

a ser ocupado pela primeira vez na história do país por uma mulher. Obteve 56,05% do total de votos

válidos.

Subjacente a esta vitória estiveram a recuperação económica e a popularidade de Lula, que abriram o

caminho a Dilma Rousseff para ser considerada uma candidata favorita e para o Partido dos

Trabalhadores continuar no Governo a cumprir um terceiro mandato (2011-2014). Dilma assegura a

continuidade das políticas macroeconómicas preconizadas por Lula e do papel do Estado na economia.

A política económica recente pode ser dividida em duas fases, que correspondem, “grosso modo”, aos

dois governos do Presidente Lula da Silva. A primeira, durante o primeiro mandato (2002-2006), teve

como objectivo prioritário alcançar a estabilidade macroeconómica mediante a correcção de alguns

desequilíbrios, como a inflação, através de uma política monetária e fiscal restritiva. Alcançada a

estabilidade macroeconómica, o governo actual pretendeu acelerar o crescimento económico através de

um ambicioso programa de investimentos públicos (Programa de Aceleração do Crescimento – PAC),

que contempla sobretudo as infra-estruturas, o meio ambiente e a energia. Simultaneamente, o Governo

e o Banco Central do Brasil continuam a exercer um controlo apertado sobre as principais variáveis

macroeconómicas e financeiras, o que explica que as taxas de juro reais sejam das mais elevadas a

nível mundial e que a carga tributária sobre as empresas e o cidadão também se situe entre as mais

altas do mundo.

Em 2007 o crescimento do produto interno bruto (PIB) situava-se em 6,1%, o que representou a maior

taxa de crescimento verificada desde 1994, embora, a partir deste ano, tenha entrado em desaceleração,

até à contração verificada em 2009 (-0,2%), particularmente em consequência das quebras sentidas ao

nível dos consumos privado e público e do investimento. Medidas contra cíclicas e ligeiras recuperações

de indicadores em baixa fazem prever uma recuperação económica para 2010, com especial destaque

para o investimento, mostrando que o país está no bom caminho, ano em que, apesar de alguns meses

mais difíceis, o PIB deverá crescer até aos 7,5%.

Depois de recuperar da breve recessão, no final de 2008, os últimos indicadores sugerem uma

recuperação da economia e a retoma e sustentabilidade do crescimento do PIB com taxas anuais que

variam entre 4,5% e 5,0%, impulsionado por uma expansão da força de trabalho, pelo crescimento dos

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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salários reais e pela ampliação do crédito, bem como por um robusto crescimento do investimento, tal

como referido, atingirá 7,5%, neste ano de 2010. O impacto de restrições económicas mais suaves e o

crescimento global, que se expecta, vão manter um PIB de 4,5% em 2011, com tendência para uma

ligeira subida em 2012.

O crescimento robusto da procura interna, paralelamente a um aumento de preços no produtor (com

repercussão, nos próximos meses, nos preços de consumo), conduzirá a uma inflação anual acima da

meta do Banco Central do Brasil, de 4.5% a 5,0%, pelo final do ano. No pressuposto que o PIB cresça

em torno do potencial (4,5-5,0%), de preços no produtor, a depreciação de moeda é suave, a inflação

anual vai cair para 4,4% em 2011 e 4,7% em 2012. Há risco de que o Banco Central do Brasil modere o

ciclo de restrições económicas ainda este ano e que o ressurgimento do crescimento da procura interna,

impulsionado por uma onda de fluxos de capital, faça a inflação disparar. Não há risco, no médio prazo,

que o real vá desvalorizar mais do que o esperado, no caso, por exemplo, de um abrandamento

inesperado da economia chinesa, que atinja os preços das commodities no Brasil e a sua moeda,

alimentando-se através da inflação.

Em termos de contas externas, é de assinalar o bom desempenho verificado ao longo dos últimos anos,

deixando de ser um dos pontos fracos da economia brasileira (com défices da balança corrente

endémicos) para passar a desempenhar um papel importante na recuperação económica do país,

reduzindo fortemente a sua vulnerabilidade face ao exterior. O Brasil soube utilizar os ciclos de

crescimento dos anos 2002-2003 para melhorar a situação orçamental e aumentar as reservas. Contudo,

este período parece ter chegado ao fim em 2008, ano em que a balança corrente voltou a registar um

saldo negativo (-28,2 mil milhões de USD), equivalente a 1,7% do PIB. Este resultado é o pior desde

1998 e encerra um período de cinco anos de superavits. Grande parte do agravamento desta rubrica que

se prevê venha a piorar em 2010 e anos seguintes, ficar-se-á a dever bastante à diminuição do

excedente da balança comercial. Projecta-se um aumento no défice da balança corrente entre 3,0% a

4,0% do PIB, nos anos de 2011-2012, com o crescimento das importações a superar o das exportações,

corroendo o superavit comercial que o Brasil registou na década anterior.

Ao longo de alguns anos, verificou-se uma melhoria das contas públicas, fruto da combinação de um

elevado superavit primário e de uma diminuição da dívida pública. No entanto, recentemente, a

combinação de medidas contra cíclicas e a redução das receitas fiscais deverá conduzir a um forte

declínio neste superavit. O crescimento sustentado do PIB e políticas fiscais pragmáticas irão abrir o

caminho para superavits primários anuais de cerca de 3% do PIB, inferior ao dos anos anteriores à

recessão, mas suficiente para aumentar a confiança na estabilidade macroeconómica. Apesar da

recuperação económica, o esforço fiscal em 2010 foi fraco, em parte devido aos gastos eleitorais e se

não fosse uma boa gestão, o superavit primário seria igual ao de 2009 (1,9% do PIB).

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Principais Indicadores Macroeconómicos

Unidade 2007a 2008a 2009a 2010b 2011b 2012b

População Milhões 187,6 189,6 191,5 193,3 194,9 196,5

PIB a preços de mercado 109 BRL 2.661,3 3.004,9 3.143,0 3.494,6 3.807,6 4.126,7

PIB a preços de mercado 109 USD 1.366,3 1.637,9 1.573,4 1.974,4 2.109,6 2.196,2

PIB per capita USD 7.280 8.640 8.220 10.220 10.820 11.180

Crescimento real do PIB % 6,1 5,1 -0,2 7,5 4,5 4,6

Consumo privado Var. % 6,1 7,1 4,1 6,7 4,8 5,0

Consumo público Var. % 5,1 1,5 3,7 4,0 3,0 3,0

Formação bruta de capital fixo Var. % 13,8 13,3 -10,0 18,5 8,5 9,0

Taxa de desemprego % 9,3 7,9 8,1 7,0c 6,7c 6,7c

Taxa de inflação % 3,6 5,7 4,9 4,9c 4,4c 4,7c

Dívida pública % do PIB 29,8 24,5 25,3b 24,5c 24,5c 24,6c

Saldo do sector público % do PIB 2,8 -2,0 -3,4b -2,3c -2,4c -2,6c

Balança corrente 109 USD 1,6 -28,2 -24,3 -53,1 -66,4 -85,4

Balança corrente % do PIB 0,1 -1,7 -1,5 -2,7 -3,1 -3,9

Taxa de câmbio – média 1USD=xBRL 1,95 1,83 2,00 1,77 1,80 1,88

Taxa de câmbio – média 1EUR=xBRL 2,67 2,70 2,78 2,29 2,15 2,16

Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU); ViewsWire October 11st 2010

Notas: (a) Valores reais

(b) Estimativas

(c) Previsões

BRL – Real do Brasil

Resumindo, embora o Brasil não tenha saído ileso da crise económica, a recuperação em curso parece

ter ganho maior ritmo a partir de 2010. O país continuará a consolidar a política macroeconómica,

combinando metas inflacionárias, políticas de câmbio flutuante e de gestão orçamental, além da

competente administração das contas externas, o que tem permitido ao país a recuperação da crise.

Contudo, a OCDE recomenda que não se devem perder de vista os desafios de longo prazo, para

reforçar a continuidade do potencial de crescimento do país e considera adequadas as medidas

adoptadas no curto prazo, pelo governo, ao enfrentar a crise global; também considera que as acções

para fortalecer a liquidez bancária, desde o início da crise, têm sido importantes, embora deva exercer-

se uma maior flexibilização monetária no curto prazo. A política fiscal não compromete a sustentabilidade

da dívida pública, a longo prazo.

2.2. Comércio Internacional

O Brasil assume um lugar de alguma relevância no comércio mundial, ocupando, em 2009, a 24ª

posição do ranking de exportadores, com uma quota de 1,2% e a 26ª enquanto importador, com uma

quota de 1,1% (tendo sido em 2005, respectivamente, de 1,1% e 0,7%).

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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A balança comercial passou a apresentar saldos positivos a partir de 2001, sendo que entre 2005 e

2009, as exportações do país registaram um crescimento médio anual na ordem de 8,3%, enquanto as

importações tiveram um crescimento médio de 13,3%, evoluções bastante afectadas pelos valores que

foram alcançados em 2009, em ambos os fluxos. De notar a diferença, ao longo destes 5 anos, entre o

acréscimo das exportações e o das importações, sendo que neste caso a elevada taxa média verificada

se fica muito a dever à fase de desenvolvimento que o país atravessa.

Tanto as importações como as exportações deverão iniciar uma recuperação em 2010, na sequência

das expectativas de crescimento da economia brasileira e mundial, cuja evolução, segundo o EIU,

deverá ser de 13,3% para o caso das exportações e de 32,2% para o das importações. Trata-se de uma

recuperação que em 2011 e em 2012 se reflecte na balança comercial, de modo a apresentar saldos

negativos, daí a evolução das exportações ser uma grande preocupação para o governo. Assim, para o

caso concreto das exportações, espera-se que em breve o governo anuncie novas medidas para as

estimular, com iniciativas que virão das áreas financeira, tributária e da tecnologia. Entre elas, está o

financiamento para os compradores de bens de capital e máquinas fabricados no Brasil, de modo a

facilitar as vendas, essencialmente, para países da América do Sul.

No mês de Setembro de 2010, as exportações alcançaram 18.833 milhões de USD, com média diária de

896,8 milhões de USD, enquanto que nos 21 dias úteis do mês, foram importados 17.740 milhões de

USD, com média diária de 844,8 milhões de USD. No período, a balança comercial totalizou 36.573

milhões de USD, registando um superavit de 1.093 milhões de USD.

As exportações aumentaram 35,9%, na comparação pela média, em relação a Setembro de 2009. No

mesmo período comparativo, as importações cresceram 41,3% sobre a média de Setembro de 2009,

enquanto o saldo comercial diminuiu -16,5%.

No acumulado do ano (188 dias úteis), o saldo comercial está superavitário em 12.777 milhões de USD.

Na comparação com a média, o saldo chega a ser cerca de 40% menor com o registado no mesmo

período de 2009, que teve 187 dias úteis e superavit de 21.180 milhões de USD.

De Janeiro a Setembro de 2010, foram exportados 144.929 milhões de USD. Na comparação com os

111.797 milhões de USD do mesmo período de 2009, houve crescimento de 28,9%. Nas importações,

houve aumento de 45,1% em relação aos nove primeiros meses de 2009, passando de 90.617 milhões

para 132.152 milhões de USD em 2010.

A balança comercial, no acumulado do ano, totaliza o patamar 277.081 milhões de USD. Na comparação

pela média diária, houve crescimento de 36,2% em relação ao mesmo período de 2009.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Evolução da Balança Comercial

(109 USD) 2005 2006 2007 2008 2009

Exportação fob 118,3 137,8 160,6 197,9 153,0

Importação fob 73,6 91,4 120,6 173,1 127,7

Saldo 44,7 46,5 40,0 24,8 25,3

Coeficiente de cobertura (%) 160,7 150,8 133,2 114,3 119,8

Posição no ranking mundial

Como exportador 23ª 23ª 24ª 22ª 24ª

Como importador 28ª 28ª 28ª 24ª 26ª

Fontes: World Trade Organization (WTO); EIU

Nos últimos anos o Brasil desenvolveu uma política activa de diversificação dos parceiros comerciais – a

chamada “nova geografia comercial” – com o objectivo de diversificar os países mais tradicionais no seu

comércio externo. Por regiões de destino, destaque para a Ásia, para onde as vendas aumentaram

4,2%, colocando esta região na primeira posição de mercado comprador de produtos brasileiros, nos

primeiros nove meses de 2009, superando a União Europeia e a América Latina e Caraíbas. Por outro

lado, também começa a tornar-se evidente o grande interesse do Brasil por África, com valores

assinaláveis, concretamente no caso de Angola (o 30º mercado em 2009), a reforçar esta política. O

início das operações da empresa Vale (antiga Companhia do Vale do Rio Doce), a maior produtora de

minério a nível mundial, em Moçambique – Projecto Carvão Moatize – é um recente registo do crescente

interesse do Brasil por África, traduzindo a procura dos recursos africanos, por parte da maior economia

da América do Sul.

No que se refere ao ranking dos principais clientes do Brasil entre 2007-2009, destaca-se desde já a

ascenção vertiginosa da China que em 2009 alcança o lugar de 1º cliente, depois de ter sido o 3º cliente

nos 2 anos anteriores, traduzindo-se nos acréscimos entre 2008-2009 de 23,1% e de 52,6% entre 2007-

2008 (em 2007 como cliente, foi responsável por 6,69% das exportações brasileiras e em 2009 já é

responsável pela quota de 13,20%). Seguem-se os EUA, que em 2009 se viram desclassificados para 2º

cliente (de 2008-2009 deu-se uma quebra em valor de 43,1%) e a Argentina igualmente de 2º para 3º

cliente (de 2008-2009 houve uma quebra de 27,4%), sendo que, relativamente à Holanda e à Alemanha,

as respectivas posições relativas não tiveram alteração e as quotas mantiveram alguma estabilidade.

Portugal tem uma posição muito reduzida no ranking de clientes (32ª posição em 2009), verificando-se

mesmo uma diminuição do peso relativo, no último ano, que não foi além de 0,84% da quota do

mercado.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Principais Clientes

2007 2008 2009 Mercado

Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição

Portugal 1,12 21ª 0,86 28ª 0,84 32ª

China 6,69 3ª 8,29 3ª 13,20 1º

EUA 15,60 1ª 13,85 1ª 10,20 2º

Argentina 8,97 2ª 8,89 2ª 8,36 3º

Holanda 5,50 4ª 5,30 4ª 5,33 4º

Alemanha 4,49 5ª 4,47 5ª 4,04 5º

Fonte: World Trade Atlas (WTA)

Relativamente aos países fornecedores, os EUA continuam a ocupar a primeira posição do ranking,

representando cerca de 16% do total importado pelo Brasil em 2009, seguidos da China (12,5%), país

que tem vindo a ganhar quota de mercado ao longo dos últimos anos, ao contrário do que acontece com

os outros grandes fornecedores, tais como a Argentina (8,8%), Alemanha (7,7%) e o Japão (4,2%), com

alterações de pequena monta.

A União Europeia (UE27), no seu conjunto, tem vindo a perder posição como fornecedor do Brasil.

Portugal, ao contrário, em 2009 apresenta a melhor posição do ranking (45ª), ao longo destes 3 anos.

Podemos concluir que a China se encontra num processo de ascensão, no sentido de passar a ser o

grande parceiro do Brasil, cujo trajecto de sucesso se vem mostrando evidente. Em 2004 a China foi o

4º cliente e o 4º fornecedor do Brasil, evoluindo para o 1º cliente e para o 2º fornecedor em 2009.

Principais Fornecedores

2007 2008 2009 Mercado

Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição

Portugal 0,28 48ª 0,36 46ª 0,34 45º

EUA 15,52 1ª 14,80 1ª 15,69 1ª

China 10,46 2ª 11,57 2ª 12,47 2ª

Argentina 8,63 3ª 7,66 3ª 8,84 3ª

Alemanha 7,19 4ª 6,94 4ª 7,73 4ª

Japão 3,82 6ª 3,93 5ª 4,21 5ª

Fonte: World Trade Atlas (WTA)

Apesar da grande importância dos EUA para o comércio externo brasileiro, desenrola-se actualmente um

contencioso entre ambos os países, existente desde 2002, que tem a ver com o cumprimento, por parte

dos Estados Unidos, da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), incluindo mudanças na

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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legislação, para erradicar os subsídios ao algodão, tal como o Brasil pretende. No ano passado e após

uma disputa de sete anos, a OMC autorizou o Brasil a retaliar os Estados Unidos em 829 milhões de

USD, devido aos subsídios pagos pelo governo americano aos seus produtores de algodão. Também,

por decisão da OMC, o Brasil estaria autorizado, em determinadas situações, a fazer “retaliações

cruzadas”. Por exemplo, suspendendo a protecção de patentes sobre medicamentos, em vez de apenas

elevar as tarifas de produtos importados dos EUA.

A previsão inicial era de que, no início de Abril deste ano, entrasse em vigor a retaliação a uma lista de

102 produtos importados dos Estados Unidos, que seriam submetidos a uma sobretaxa para entrar no

Brasil, no valor total de mais de 800 milhões de USD. Os EUA reagiram apresentando uma proposta na

qual se comprometiam formalmente a reduzir os subsídios ilegais aos produtores de algodão e

compensar os exportadores brasileiros prejudicados pelo protecionismo agrícola do império. A proposta,

apresentada levou o governo Lula a suspender as retaliações autorizadas pela Organização Mundial do

Comércio (OMC). Os dois governos iniciaram então negociações sobre os detalhes da oferta

apresentada pelos Estados Unidos, que inclui ainda a negociação bilateral de “novos termos para o

funcionamento do programa de garantias de crédito à exportação”, o chamado GSM-102. Também estão

previstas medidas de cooperação na área de sanidade animal, especialmente nos sectores de carne

bovina e suína, Neste ponto, a expectativa é de que os Estados Unidos reconheçam o status do Estado

de Santa Catarina, como livre de febre aftosa sem vacinação.

No que se refere aos produtos mais comercializados pelo Brasil, o ano de 2009 trouxe várias alterações

quer se trate de exportações, quer de importações: os cinco principais grupos de produtos exportados

pelo Brasil – minérios, combustíveis, grãos, sementes e frutos, carne e açúcar – destronam alguns dos

mais habituais produtos ultimamente exportados ou apresentam valores mais baixos, acompanhando a

evolução global deste fluxo; assim, a exportação de minério baixou em 2009 cerca 22,8%, a exportação

de combustíveis baixou 26,9%, enquanto os valores de exportação de grãos, sementes e frutos e de

açúcar subiram, respectivamente, 4,2% e 50,4%. Para complementar, verifica-se que os veículos

automóveis desceram 42,3 as suas exportações, assim como a maquinaria em 35,8% e ferro e aço em

47,7%. Estas oscilações, registadas face aos valores de 2008, mostram como se alterou a grelha das

exportações brasileiras em 2009, em consonância com a quebra do valor total exportado, que se cifrou

em 22,7%.

Sobre as importações e face a 2008, as relativas aos combustíveis também assinalaram uma quebra

(45,0%) (passando para 2º grupo de produto mais importante), subindo ao 1º lugar a maquinaria, não

obstante também ter sofrido um baixa (18,1%); o valor de importação da maquinaria eléctrica baixou

(22%), os veículos e suas partes (11,0%) e os químicos orgânicos (17,1%). Outros produtos importantes

nas importações de 2008 não figuram nesta amostra, tais como os fertilizantes, cuja quebra foi (-58,1%).

Resta também indicar que estas baixas assinaladas, também se encontram de acordo com a evolução

das importações brasileiras em 2009, que face a 2008 baixaram no seu valor global (-26,3%).

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Principais Produtos Transaccionados – 2009

Exportações / Sector % Importações / Sector %

26 – Minérios, escórias e cinzas 9,45 84 – Maquinaria 16,47

27 – Combustíveis/óleos minerais e derivados 8,93 27 – Combustíveis/óleos minerais e derivados 14,78

12 – Grãos, sementes e frutos 7,56 85 – Máquinas eléctricas e partes 12,21

02 – Carne 6,47 87 – Veículos automóveis, tractores, suas

partes e acessórios 8,98

17 – Açúcar 5,60 29 – Químicos orgânicos 5,46

Fonte: World Trade Atlas (WTA)

Resumindo, em 2009 e face a 2008, o comércio externo brasileiro alterou quer a sua grelha de produtos,

quer também o seu valor, sendo que neste caso decresceu (-22,7%) nas exportações e (-26,3%) nas

importações.

O processo de desenvolvimento em curso justifica a estrutura importadora do Brasil, com as máquinas e

aparelhos (mecânicos e eléctricos e suas partes) a totalizaram mais de 28,7% das importações em 2009,

verificando-se que, mesmo em época de restrições, não foram descurados os investimentos no parque

industrial brasileiro. Os combustíveis também representam uma expressiva parcela das importações

brasileiras, até porque o Brasil é um país historicamente dependente do óleo diesel, não tendo ainda

alcançado a sua auto-suficiência em petróleo e derivados.

Finalizando, podemos verificar que, por muita visibilidade que as exportações de matérias-primas

tenham alcançado, as oportunidades que surgem não se limitam a esta área. O Brasil desenvolveu

bastante o sector industrial agrícola, sendo notável o potencial de expansão que conseguiu; o que

significa a necessidade de investimentos em infra-estruturas e em inovação, evidenciando oportunidades

em exportações que possam prosperar os sectores industriais não baseados nesta área. Por outro lado,

o Brasil é um dos países da América Latina que se encontra na primeira linha da inovação, embora ainda

não tenha atingido os níveis dos países da OCDE (o sector privado tem tido um desenvolvimento muito

limitado nesta actividade). É de sublinhar que hoje o Brasil é líder mundial na produção de bio-

combustível e encontra-se entre os principais fornecedores de etanol, também a nível mundial (não

obstante problemas que se têm sentido nesta área, devido aos impactos das chuvadas sobre as

colheitas), sectores onde a inovação se tem evidenciado enormemente. Mais um recente caso de

inovação é o facto do gás, resultante da decomposição do lixo no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho,

em Duque de Caxias (o maior da Região Metropolitana do Rio de Janeiro), que vai passar a ser usado

como combustível. Um acordo assinado no início do ano, entre empresas, a Prefeitura do Rio e o

Governo do Estado, prevê que 200 mil metros cúbicos diários de gás metano sejam utilizados como

fonte de energia pela Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), da Petrobrás. Deste modo, também o uso

do gás, que iria para a atmosfera, renderá créditos no mercado internacional de carbono.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

12

São estes e outros casos, a vários níveis, que estão transformando o Brasil num dos países mais

desenvolvidos do planeta.

2.3. Investimento

O investimento directo estrangeiro (IDE) tem desempenhado um papel determinante no desenvolvimento

económico recente do Brasil, país que se converteu num importante destino do IDE a nível mundial (11º

em 2008). A maior atractividade do país na captação de capitais decorre, em grande medida, da situação

criada no âmbito do Plano de Estabilização (Plano Real), do Programa Nacional de Privatizações, da

implementação de reformas económicas e da maior flexibilidade da legislação relativa ao investimento

estrangeiro.

Entre 2000 e 2005, o país atraiu mais de 100 mil milhões de USD de investimento directo estrangeiro,

ainda que em 2002 e 2003 se tenha registado uma diminuição significativa dos valores, em virtude da

incerteza gerada pela transição presidencial e por uma forte retracção do investimento na América do

Sul.

Investimento Directo

(106 USD) 2005 2006 2007 2008 2009

Investimento estrangeiro no Brasil 15.066 18.822 34.585 45.058 25.949

Investimento do Brasil no estrangeiro 2.517 28.202 7.067 20.457 n.d.

Posição no ranking mundial

Como receptor 14ª 17ª 15ª 11ª 14ª

Como emissor 38ª 13ª 37ª 20ª n.d.

Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2010

Nota: n.d. (não disponível)

De acordo com o World Investment Report 2010, publicado pela UNCTAD, verifica-se uma tendência de

crescimento dos valores de IDE, a partir de 2005, tendo-se registado um aumento de 30,0% em 2008

(em 2006 o Brasil recebeu 1,3% do IDE global e em 2008 captou 2,7% do mesmo), cifrando-se em 45,1

mil milhões de USD.

O relatório refere que, em 2009, o Brasil manteve a liderança, entre os países da América Latina, na

recepção de IDE. Apesar disso, o montante do investimento, destinado especificamente a actividades

produtivas, teve uma queda de 49,5% em comparação com o ano anterior, atingindo 22,8 mil milhões de

USD em 2009. Refere, também, que a recessão económica reduziu em 37,1% o volume mundial de IDE

(que inclui valores usados para aquisições de empresas, bens e equipamentos, bem como para

modernização e desenvolvimento de empresas e também empréstimos entre sedes e suas filiais). Os

investimentos caíram, ao nível mundial, em cerca de 600 mil milhões de USD em comparação com o ano

anterior, traduzidos em cerca de 1.100 mil milhões de USD. O Brasil, com cerca de 26 mil milhões de

USD, ocupa a 14ª posição no ranking de países que mais receberam IDE em 2009.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

13

A redução no fluxo de IDE registada pelo país também é superior à queda de 36,4% verificada na

América Latina como um todo, que recebeu cerca de 117 mil milhões de USD em investimentos directos

externos. “Apesar de o Brasil ter sofrido uma contração (-42%) e ter sido mais afectado pela redução do

IDE do que o resto da região, ele permanece o país mais importante em relação à entrada de IDE na

América Latina”, diz o relatório.

Os Estados Unidos, que sofreram uma redução de 59,0% no fluxo de IDE no ano passado, ocupam a

primeira posição, com cerca de 316 mil milhões de USD recebidos.

Entre os vinte países que mais registaram entradas de investimentos directos estrangeiros em 2009, a

Espanha sofreu a redução mais drástica no volume de IDE. A queda foi de 79,4%. O fluxo passou de

cerca de 73 mil milhões em 2008 para apenas 15 mil milhões de USD no ano passado, o que levou o

país ao último lugar do ranking. A China, segunda na lista dos que mais receberam IDE em 2009, sofreu

uma retração (-12,0%) no fluxo de recursos, semelhante à da Índia. A Rússia, no entanto, registou uma

queda (-48,0%) no volume de IDE, superior à do Brasil.

Segundo a UNCTAD, a diminuição no fluxo de IDE em 2009 deve-se principalmente à desaceleração

das operações de fusões e aquisições internacionais de empresas, que registaram uma queda (-65,0%)

em termos de valores.

De acordo com a organização, a importância das economias em desenvolvimento em relação aos fluxos

de IDE deve aumentar, não só como países receptores de IDE, mas também como investidores em

mercados externos. “Apesar da diminuição de 27,0% no fluxo de entrada de IDE nos países em

desenvolvimento, eles representam quase a metade do volume de entradas de IDE em 2009 e um

quarto das saídas mundiais de (investimentos que as multinacionais desses países realizaram no

exterior)”, diz o relatório.

A UNCTAD afirma que após a queda global nos fluxos de IDE em 2008 e 2009, há sinais de uma

recuperação “modesta” no primeiro semestre deste ano, “fazendo nascer um sentimento de optimismo

prudente”. “Mas riscos e incertezas pesam sobre essas previsões em relação ao IDE, ligados

principalmente à fragilidade da retoma do crescimento económico mundial.”

Segundo dados do Banco Central do Brasil, o stock de investimento estrangeiro no mercado financeiro

cresceu 80,1% em 2009, quando comparado com 2008, particularmente aplicado no mercado accionista.

Contudo, no seu conjunto, em 2009 o IDE baixou no Brasil, para cerca de 26 mil milhões de USD (como

o impacto da crise financeira global se revelou implacável para os investimentos directos estrangeiros, os

fluxos para as economias em desenvolvimento caíram (-35%) em 2009, após seis anos de crescimento

ininterrupto) embora seja de realçar a grande vitalidade económica que o país demonstrou ter dado, ao

readquirir diversas empresas que estavam em mãos estrangeiras (projecta-se para 2010 um

investimento estrangeiro que rondará os valores de 2009). A título de exemplo, são referidas as compras

de uma filial do banco UBS, de uma filial do grupo alemão Tissens pela Vale, de um banco italiano e de

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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um empresa de alimentação por grupos brasileiros no valor de 5 mil milhões de dólares, pelo que

podemos concluir que, não obstante a queda verificada no IDE, tal não é plasmada numa queda no

investimento total.

Entre os sectores que mais atraíram recursos em 2009 estão os de metalurgia, serviços financeiros,

comércio e veículos automóveis. Motivado pela crise global, a área de extracção de materiais metálicos,

que representou 24,0% do total de investimentos em 2008, passou a ser de 2,8% no ano seguinte.

Também se encontra na agenda do Governo a continuação da promoção da participação do sector

privado em áreas tradicionalmente controladas pelo Estado, tais como a gestão dos portos e aeroportos,

no sentido de uma melhoria notável a nível das infra-estruturas.

O Brasil conta já com três empresas entre as 50 maiores multinacionais dos países emergentes: a

Petrobrás (12º lugar), a Vale (25º) e a Gerdau (33º). O país situa-se actualmente no 5º lugar em termos

de stock de capitais no estrangeiro, com 72 mil milhões de USD (65% domiciliados em paraísos fiscais),

e no âmbito da América Latina situa-se na 1ª posição em termos de stock de IDE, com 40% do total da

região.

Se confirmadas as projecções mais recentes dos analistas de mercado, o ano de 2010 será um ano

muito importante para o IDE no Brasil. Neste ano, os produtos alimentares, agricultura e – mais uma vez

– a indústria automóvel deverão ser os principais sectores onde o IDE irá incidir. Concretamente,

estabilidade económica, saída da crise externa, maior disponibilidade de crédito e economia diversificada

são alguns dos motivos enumerados pelos analistas para uma retoma do IDE no Brasil, num momento

em que, no exterior, uma série de países ainda estão a sofrer com os prejuízos causado pela turbulência

financeira geral. Também permitem uma reflexão, as necessidades implícitas à realização do

Campeonato Mundial de Futebol em 2014, expresso principalmente na construção de vários estádios,

além da construção de várias barragens hidroeléctricas e a implantação da alta velocidade, entre S.

Paulo/Rio de Janeiro. Acresce a realização dos Jogos Olímpicos em 2016, além de, na área da

aeronáutica, a Embraer encontrar-se a desenvolver um novo avião de carga.

Citando a A.T. Kearney “O Brasil finalmente está recuperando os patamares de confiança que detinha no

final do século 20" e, justificando, “o que possibilitou essa recuperação foi o crescimento constante da

economia brasileira nos últimos anos, com prognósticos de mais expansão futura, e a estabilidade nas

regras para negócios no país”.

Segundo o Banco Central do Brasil, os principais países investidores, em 2009, foram a Holanda

(20,6%), os EUA (15.5%), a Espanha (10,8%) e a Alemanha (7,8%). Existem algumas alterações face

aos principais investidores em 2008: EUA (15,9%), Luxemburgo (13,4%), Holanda (10,4%) e Espanha

(8,7%). Conclui-se que, em 2009, o Luxemburgo baixou repentinamente os seus investimentos (1,7%) e

a Alemanha aumentou-os, de forma a estar entre os quatro principais investidores. As áreas de

actividade mais relevantes na aplicação do capital estrangeiro em 2009 foram os serviços (43%), que

estão equiparados à indústria (42,5%) e a agricultura, pecuária e extracção mineral (14,5%), com

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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destaque para a metalurgia, para os serviços financeiros, para a extracção de petróleo e de gás natural e

o comércio, excepto veículos.

O investimento directo do Brasil no estrangeiro revela uma evolução muito irregular ao longo dos últimos

anos, sendo de realçar os valores atingidos em 2006 e em 2008 – 28,2 e 20,5 mil milhões de USD,

respectivamente – sendo 2006 o primeiro ano em que o investimento do Brasil no estrangeiro superou o

montante do investimento directo estrangeiro no país. Tal facto ficou a dever-se, essencialmente, à

compra da empresa canadiana Inco (uma das maiores empresas, a nível mundial, na produção de níquel

e de outros metais), pela empresa brasileira Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).

Os dados relativos a 2009 indicam que os principais países onde o Brasil investiu foram as Ilhas Caimão

(28,4%), os EUA (22,7%), as Ilhas Virgens Britânicas (5,6%), a Holanda (5,5%) e a Espanha (4,8%);

refere-se o caso de Espanha onde o investimento brasileiro em 2008 foi de 0,5%, enquanto nos EUA foi

de 27,6%. Nos restantes países indicados ligeiras alterações se assinalaram. O sector mais relevante de

aplicação do capital foi o sector terciário (cerca de 60% do total do investimento directo), destacando-se

os serviços financeiros e actividades auxiliares e os serviços financeiros holdings não-financeiras.

2.4. Turismo

O turismo é uma actividade de importância fundamental para a economia do país, devido não só à sua

contribuição para o crescimento do PIB, como também pelo potencial que oferece na criação de

emprego e consequente acréscimo de rendimento, com impactos muito positivos na melhoria da

qualidade de vida da população.

Os dados mais recentes da Embratur indicam que, após algum retrocesso no número de turistas de

2005-2006, tem-se assistido a uma lenta recuperação, registando-se um acréscimo de 0,7% até 2008.

Pelo contrário, em termos de receitas, regista-se uma tendência de crescimento ao longo destes últimos

5 anos, tendo totalizado perto de 5,8 mil milhões de USD em 2008, ou seja, um aumento de 16,8%

relativamente ao ano anterior.

Indicadores do Turismo

2004 2005 2006 2007 2008

Turistas (103) 4.794 5.358 5.017 5.026 5.050

Receitas (106 USD) 3.222 3.861 4.316 4.953 5.785

Fontes: World Tourism Organisation; DFP; EMBRATUR; Ministério do Turismo; Banco Central do Brasil

Quanto aos principais mercados emissores, a Argentina continua a liderar o ranking, com 20,2% do total

dos turistas em 2008, seguindo-se os EUA (12,4%), a Itália (5,3%), a Alemanha (5,0%), o Chile (4,7%) e

Portugal (4,4%).

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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O Plano Nacional de Turismo (PNT), 2007-2010, cujo sentido profundo é a inclusão social, destaca a

perspectiva do Brasil se converter num dos principais destinos turísticos mundiais e o Programa de

Regionalização do Turismo mapeou 200 regiões turísticas no país e seleccionou os roteiros e regiões

que apresentam condições de serem trabalhados, para adquirirem um padrão de qualidade

internacional, retribuindo em empregos, desenvolvimento e inclusão social.

O Ministério do Turismo pretende captar 7,9 milhões de turistas em 2010 e colocar o Brasil entre os

primeiros vinte destinos turísticos até 2020. Neste sentido, está a ser desenvolvido um processo de

reestruturação do sector, com destaque para o crescimento da hotelaria, com importantes entradas de

capital estrangeiro1, e a melhoria das infraestruturas, serviços básicos e gestão ambiental.

Trata-se pois de um sector em fase de grande desenvolvimento estrutural, permitindo elevadas

expectativas de crescimento. A este propósito merece destaque o facto do Brasil, além de organizar o

Campeonato Mundial de Futebol em 2014 (evento que proporciona no país onde se realiza, em média,

um crescimento do PIB entre 2%-2,5%), também acolher os Jogos Olímpicos em 2016, ocasiões que

muito contribuirão para o crescimento do turismo no país. Relativamente ao Campeonato Mundial de

Futebol, já se encontra em desenvolvimento o projecto “Olá! Turista”, com o objectivo de proporcionar

formação profissional em várias áreas do sector do turismo, para que possa existir um bom acolhimento

aos estrangeiros que, nestas ocasiões, deslocar-se-ão ao Brasil.

Analisando os fluxos contrários, desde logo se percebe que o Brasil, face às suas características, é mais

importante enquanto receptor do que como emissor de turistas. Todavia, as saídas de turistas brasileiros

para o estrangeiro têm vindo a aumentar significativamente nos últimos anos. Em 2006, os gastos feitos

por turistas brasileiros no exterior superaram, pela primeira vez, os níveis observados antes da grande

desvalorização do Real, em 1999.

A Europa é o destino mais procurado pelos brasileiros, seguida dos EUA. Dos destinos europeus,

destacam-se Portugal, França, Espanha e Itália.

3. Relações Económicas com Portugal

3.1. Comércio

As relações comerciais entre Portugal e o Brasil têm registado algumas flutuações, essencialmente no

que se refere à posição do Brasil como cliente de Portugal, sendo que o ano de 2009 apresenta uma

melhoria de 5 pontos no respectivo ranking (11ª posição), quando comparado com 2005 (16ª). O Brasil

como fornecedor de Portugal assume quotas de mercado mais elevadas, bem como os respectivos

rankings. 1 Dos 130 países analisados no Relatório de Competitividade de Viagens e Turismo 2008, divulgado pelo Fórum Económico

Mundial, o Brasil é considerado o 49º país mais atractivo do mundo para investimentos no sector do turismo.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Importância do Brasil nos Fluxos Comerciais de Portugal

2005 2006 2007 2008 2009

Posição 16ª 14ª 17ª 13ª 11ª Como cliente

% 0,57 0,71 0,67 0,82 0,93

Posição 10ª 8ª 8ª 9ª 10ª Como fornecedor

% 1,92 2,19 2,30 2,12 1,73

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Dado que também já existe disponível este tipo de informação, para o período entre Janeiro e Setembro

de 2010, verifica-se a subida de 1 ponto no posicionamento do Brasil como cliente de Portugal,

assumindo o 10º lugar, com uma quota de 1,15%. Outrossim, na posição de fornecedor e durante o

mesmo período, manteve o mesmo lugar (10ª), com uma quota de 1,85%.

Nas exportações nacionais, o Brasil ocupava o 10º lugar, em 2009, com 1,73% do total exportado.

Os valores relativos às trocas comerciais entre Portugal e o Brasil, publicados pelo INE, referentes ao

período 2005-2009, mostram uma taxa média de crescimento anual das exportações e das importações,

da ordem dos 15,1% e 0,3%, respectivamente (muito embora os números base das importações sejam

bastante superiores aos das exportações). Portugal mantém uma balança comercial tradicionalmente

deficitária, que registou sucessivos agravamentos até 2007, verificando-se um défice mais baixo em

2009, ano em que o coeficiente de cobertura atingiu o seu pico, 33, 2% (o comportamento do ano de

2009 esteve de acordo com a realidade internacional, tendo-se registado quebras em ambos os fluxos).

Evolução da Balança Comercial Bilateral

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Varia a 2009 Jan/Set

2010 Jan/Set Varia b

Exportações 178.131 254.642 258.186 319.807 294.500 15,1% 183.843 309.338 68,3%

Importações 984.355 1.232.969 1.381.192 1.363.316 887.528 0,3% 730.396 768.754 5,3%

Saldo -806.224 -978.327 -1.123.006 -1.043.509 -593.028 -- -546.553 -459.415 --

Coeficiente de cobertura 18,1% 20,7% 18,7% 23,5% 33,2% -- 25,2% 40,2% --

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

(b) Taxa de variação homóloga

Já os primeiros nove meses de 2010, quando comparados com os homólogos de 2009, apresentam um

acréscimo de 68,3% nas exportações e de 5,3% nas importações, o que pode querer transmitir uma

evolução positiva do comércio bilateral com o Brasil, no ano presente. O saldo permanece negativo e

quando comparamos os coeficientes de cobertura, o ano de 2010 regista um coeficiente na casa dos

40,2%, superiores aos do último quinquénio.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Em 2009 e por região GeoEconómica, o Brasil foi o 1º país destino das exportações nacionais, no âmbito

da América Central e do Sul. Se considerarmos a faixa dos países extra comunitários, também em 2009,

o Brasil classificou-se como nosso 3º cliente.

Os fluxos comerciais bilaterais, além de envolverem valores relativamente baixos (sobretudo no caso das

exportações nacionais), apresentam duas características muito importantes: são bastante concentrados

numa gama reduzida de produtos e apresentam um baixo índice de coincidência entre si. Em 2009

contaram-se 1.089 empresas a exportar para o Brasil, enquanto em 2005 foram 1.032.

A estrutura das exportações portuguesas para o Brasil, por grupos de produtos, não sofreu alterações

significativas no período 2005-2009. Por ordem de valor, os 5 principais grupos de produtos exportados

por Portugal para o Brasil em 2009, foram, os produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, minerais e

minérios, produtos alimentares e metais comuns, os quais no seu conjunto representaram 78,2% das

nossas vendas para este mercado. Tendo como base 2005, todos estes grupos de produtos registaram

acréscimos de valor em 2009: os produtos agrícolas (80%), as máquinas e aparelhos (115,5%), os

minerais e minérios (50,3%), os produtos alimentares (45,2%) e os plásticos e borracha (64,8%). Outros

grupos de produtos também registam evoluções positivas, mas o baixo valor, interfere com a importância

que lhe destacamos.

Exportações por Grupos de Produtos

(103 euros) 2005 % 2008 % 2009 %

Produtos agrícolas 71.246 40,0 132.486 41,4 127.920 43,4

Máquinas e aparelhos 18.222 10,2 39.281 12,3 42.601 14,5

Minerais e minérios 18.461 10,4 34.954 10,9 27.724 9,4

Produtos alimentares 14.589 8,2 21.429 6,7 21.128 7,2

Plásticos e borracha 6.858 3,8 12.143 3,8 11.222 3,8

Veículos e outro mat. transporte 4.199 2,4 8.212 2,6 9.872 3,4

Produtos químicos 4.014 2,3 15.647 4,9 9.675 3,3

Metais comuns 4.678 2,6 7.728 2,4 7.739 2,6

Matérias têxteis 12.622 7,1 16.240 5,1 7.093 2,4

Pastas celulósicas e papel 4.442 2,5 6.152 1,9 6.239 2,1

Vestuário 1.667 0,9 3.838 1,2 5.748 2,0

Madeira e cortiça 2.876 1,6 3.751 1,2 3.935 1,3

Combustíveis minerais 11.648 6,5 9.732 3,0 3.669 1,2

Instrumentos de óptica e precisão 612 0,3 1.776 0,6 2.074 0,7

Calçado 234 0,1 96 0,0 423 0,1

Peles e couros 603 0,3 480 0,2 116 0,0

Outros produtos 887 0,5 3.537 1,1 3.204 1,1

Valores confidenciais 276 0,2 2.328 0,7 4.116 1,4

Total 178.131 100,0 319.807 100,0 294.500 100,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Outros há que apresentam decréscimos, como as matérias têxteis (- 44%) e os combustíveis minerais

(-68,5%).

Numa análise a 4 dígitos e tendo em consideração os valores de 2008 e de 2009, registaram-se algumas

evoluções a destacar:

• Azeite oliveira e suas fracções, mesmo refinado mas n/ quimicamente modificado (+26,2%);

• Minérios de cobre e seus concentrados (+7,5%);

• Peixes secos, salgados ou em salmoura; farinhas, pó e “pellets” de peixe (+7,0%);

• Vinhos de uvas frescas (+ 6,0%);

Se atendermos ao grau de intensidade tecnológica das nossas exportações para o Brasil (fonte GEE),

em 2009 podemos dizer que houve uma concentração em dois graus diferentes: 20,1% em média-alta e

62,4% em baixa; na alta houve 7,7% e na média-baixa 9,8%. Se compararmos com 2005, não se

registam grandes diferenças: 23,9% em média-alta e 65,1% em baixa, ao que se lhe junta, 2,7% em alta

e 8,3% em média-baixa. Por outro lado, o quociente entre as exportações de produtos industriais

transformados e as exportações totais, em 2009 foi de 85,4% e em 2005 foi de 79,6%, o que demonstra

uma evolução positiva no grau de transformação das exportações.

O aumento das importações portuguesas provenientes do Brasil nos últimos anos está relacionado, em

termos gerais, com dois factores fundamentais: a desvalorização da moeda, que veio tornar os produtos

brasileiros mais competitivos a nível internacional e a estratégia de reforço das exportações levada a

cabo pelas empresas brasileiras. Acresce a estes dois factores, o aumento significativo da parcela

correspondente aos combustíveis minerais na factura das compras portuguesas a este mercado, o que

reduz a diversificação de produtos brasileiros exportados para Portugal. Mas este comportamento

ascensional foi interrompido em 2009, ano em que as importações, na sua totalidade, decresceram cerca

de 35%, facto que tem a ver com os constrangimentos económicos e financeiros vividos neste ano e que

se fizeram sentir na maior parte dos países e no comércio externo em particular.

Nestas circunstâncias, em 2009 houve uma maior concentração de grupos de produtos nas importações,

do que nas exportações; três grupos constituídos pelos combustíveis minerais, pelos produtos agrícolas

e pelos metais comuns, representaram no seu conjunto 75,2% das nossas importações, embora

apresentando comportamentos diferentes, face aos valores de 2005. Se os combustíveis minerais não

sofreram grande alteração, já os produtos agrícolas cresceram 26,8% e os metais comuns baixaram (-

24,9%).

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Importações por Grupos de Produtos

(103 euros) 2005 % 2008 % 2009 %

Combustíveis minerais 307.702 31,3 503.377 36,9 302.420 34,1

Produtos agrícolas 216.463 22,0 488.022 35,8 274.389 30,9

Metais comuns 120.356 12,2 82.976 6,1 90.446 10,2

Máquinas e aparelhos 43.846 4,5 58.353 4,3 37.071 4,2

Produtos alimentares 30.537 3,1 33.161 2,4 35.463 4,0

Plásticos e borracha 24.306 2,5 34.373 2,5 31.788 3,6

Madeira e cortiça 57.934 5,9 47.354 3,5 23.908 2,7

Produtos químicos 25.090 2,5 24.717 1,8 21.219 2,4

Calçado 17.171 1,7 20.862 1,5 15.650 1,8

Pastas celulósicas e papel 13.725 1,4 11.825 0,9 10.988 1,2

Peles e couros 25.223 2,6 10.355 0,8 9.778 1,1

Matérias têxteis 18.689 1,9 6.670 0,5 6.916 0,8

Vestuário 8.691 0,9 5.935 0,4 5.697 0,6

Instrumentos de óptica e precisão 2.922 0,3 5.222 0,4 4.517 0,5

Minerais e minérios 4.989 0,5 5.547 0,4 3.000 0,3

Veículos e outro mat. transporte 45.243 4,6 3.876 0,3 2.550 0,3

Outros produtos 15.811 1,6 6.784 0,5 4.261 0,5

Valores confidenciais 5.660 0,6 13.909 1,0 7.468 0,8

Total 984.355 100,0 1.363.316 100,0 887.528 100,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Analisando a evolução dos produtos considerados a 4 dígitos da NC, em 2008-2009, tivemos:

• Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos (- 39,4%);

• Soja, mesmo triturada ( - 36,8%);

• Madeira serrada longitudinalmente, de espessura superior a 6 mm (- 50,9%);

• Partes reconhecíveis c/o exclusiva/principalmente p/ motores das pp 8407/08 (- 36,1%);

• Polímeros de etileno, em formas primárias (- 19,3%);

• Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias (+ 61,2%);

• Prod laminados planos de ferro/aço n/ ligado, largura >=600mm. laminados etc (+ 28,6%);

• Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose quimicam. pura, no estado sólido (+ 11,0%).

situação que no seu conjunto ajuda a compreender o decréscimo global registado no ano de 2009.

Verificando agora as importações por grau de intensidade tecnológica, temos para 2009, os graus baixa,

média-baixa e média-alta que registaram 40,0%, 30,2% e 40,0%, respectivamente, enquanto a alta teve

2,7%; já em 2005, foram respectivamente, 40,8%, 28,4%, 21,7% e 9,1% para a alta. Pode notar-se uma

Page 21: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

21

evolução favorável, tendo em conta uma menor representatividade das importações de inferior

intensidade tecnológica. O quociente entre a importação de produtos industriais transformados e a

importação global de produtos foi de 36,2% em 2009 e de 46,0% em 2005, identificando alterações nos

produtos objecto das trocas.

Nas importações do Brasil, em 2009 foram envolvidas 1.533 empresas nacionais, enquanto em 2005

foram 3.503 empresas.

3.2. Serviços

No período relativo a 2005-2009, podemos constatar que as exportações de serviços para o Brasil

registam um crescimento contínuo (crescimento médio de 12,8%), enquanto as importações tiveram uma

evolução mais irregular, com um crescimento médio de -5,4%.

Já para no período entre Janeiro e Setembro de 2010 registou-se um crescimento de 50,8% nas

exportações, quando comparadas com o período homólogo de 2009; no caso das importações o

crescimento foi de 27,8%.

Os serviços exportados dizem respeito, essencialmente, a transportes e a viagens e turismo,

representando no seu conjunto, 89,0% da totalidade dos serviços exportados em 2009.

Balança de Serviços com o Brasil

(103 euros) 2005 2006 2007 2008 2009 Var %a

2009 Jan/Set

2010 Jan/Set

Var %b

Exportações 366.562 459.703 560.761 604.470 581.151 12,8 417.307 629.207 50,8

Importações 364.079 342.847 357.085 331.261 289.647 -5,4 212.957 272.114 27,8

Saldo 2.483 116.856 203.676 273.209 291.504 -- 204.305 357.093 --

Coef. Cob. 100,7% 134,1% 157,0% 182,5% 200,6% -- 196,0% 231,2% --

Fonte: Banco de Portugal

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

(b) Taxa de variação homóloga

Pelo lado das importações, verifica-se que as viagens e turismo apresentam valores muito superiores

aos restantes serviços (53,4% do total exportado), o que revela que existe um forte fluxo turístico de

Portugal para o Brasil. Seguem-se os transportes, com 27,0% do valor total, constituindo estas duas

rubricas 80,0% do conjunto dos serviços importados. Resta informar que estas duas rubricas se têm

mantido como principais, ao longo de vários anos.

Page 22: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

22

3.3. Investimento

O Brasil continua a ser um importante destino do investimento directo de Portugal no estrangeiro (IDPE).

De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, o Brasil, depois de ter sido o primeiro

mercado de destino do investimento português em fins da década de 90 e início de 2000, apresentou

períodos com ligeiras oscilações, tal como se pode verificar pelo quadro abaixo representado; muito

embora, entre 2005-2009, o Brasil nunca tenha descido abaixo da 5ª posição (só registada em 2005)

como país receptor do IDPE, evoluiu para o 3º mercado nos anos de 2006 e 2007 e para 4º mercado nos

anos de 2008 e de 2009. Entre Janeiro e Setembro de 2010, os valores atingidos permitem classificar o

Brasil, de novo, como 4º mercado receptor. Em termos de percentagem sobre o investimento bruto, o

indicador é crescente, destacando-se a taxa registada no período referido de 2010 (10,62%), superior às

do quinquénio anterior e à do período homólogo de 2009 (8,36%).

Já o investimento do Brasil em Portugal tem uma expressão mais reduzida, embora com oscilações,

tanto nos rankings, como nas respectivas quotas. Destes 5 anos em análise, foi o ano de 2009 aquele

que melhores resultados apresentou. Contudo, realça-se que, entre Janeiro e Setembro de 2010,

registou-se um aumento significativo na respectiva quota, quando comparada com a do período

homólogo de 2009 (sobe de 0,81% para 7,19%).

Importância do Brasil nos Fluxos de Investimento para Portugal

2005 2006 2007 2008 2009 2009 Jan/Set

2010 Jan/Set

Posiçãoa 17ª 16ª 17ª 16ª 14ª n.d. 7ª Portugal como receptor (IDE)

%b 0,25 0,28 0,35 0,23 0,69 0,81 7,19

Posiçãoa 5ª 3ª 3ª 4ª 4ª n.d. 4ª Portugal como emissor (IDPE) %b 3,59 4,34 4,49 4,74 6,87 8,36 10,62

Fonte: Banco de Portugal

Nota: (a) Posição do mercado enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total. num conjunto de 55 mercados

(b) Com base no investimento bruto n.d. – não disponível

De acordo com o atrás referido e tendo presente os valores em causa, o investimento directo brasileiro

em Portugal registou uma evolução positiva entre 2005-2009 com excepção do ano de 2008, que

apresentou uma quebra de 30%, para logo em 2009 ter uma subida brusca, de cerca de 170%.

Page 23: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Investimento Directo do Brasil em Portugal

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var %a 2009 Jan/Set

2010 Jan/Set Var %b

Investimento bruto 69.120 92.256 114.340 81.075 218.889 49,6 188.386 1.853.927 884,1

Desinvestimento 3.731 12.221 80.464 49.701 35.185 179,6 7.509 1.098.357 §

Investimento líquido 65.389 80.035 33.876 31.374 183.704 -- 180.877 755.570 --

Fonte: Banco de Portugal

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

(b) Taxa de variação homóloga

§ - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior

Contudo, o investimento líquido é sempre positivo, com os valores a oscilarem, tendo atingido o seu

máximo em 2009 (aumento de 485,5% face a 2008).

Não se pode deixar de destacar, no investimento do Brasil em Portugal, o recente investimento da

Embraer, o qual está a impulsionar o desenvolvimento de um cluster aeronáutico no nosso país. Outros

investimentos devem ser relevados, tais como a CSN-Companhia Siderúrgica Nacional, a Weg Motores,

a Marcopolo, e um anterior investimento da Embraer, adquirindo 65% das Ogma. Para além destes,

também já se encontram em Portugal o Banco do Brasil, o Banco Itaú Europa, a Odebrecht e a Andrade

Gutierrez (construção civil e obras públicas) e a Haco (etiquetas).

Podemos destacar algumas grandes áreas de interesse para o investimento do Brasil em Portugal:

biotecnologia, centros de serviços partilhados, TIC, aeronáutica e as energias renováveis, não deixando

de referir também a possibilidade do estabelecimento de unidades de distribuição ou mesmo industriais,

cujo objectivo final seja atingir outros mercados europeus.

Investimento Directo de Portugal no Brasil

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var %a 2009 Jan/Set

2010 Jan/Set Var %b

Investimento bruto 350.985 426.596 665.733 539.194 547.118 15,0 429.866 488.239 13,6

Desinvestimento 788.671 413.609 326.848 271.107 172.405 -30,5 133.908 467.241 248,9

Investimento líquido -437.686 12.987 338.885 268.087 374.713 -- 295.958 20.998 --

Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

(b) Taxa de variação homóloga

Por outro lado, o Brasil é um importante destino de IDPE, sendo esta área aquela em que o

relacionamento bilateral mais se tem evidenciado, mais propriamente, desde finais dos anos 90.

De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, no período 2005-2009 o investimento bruto

teve um crescimento médio anual de 15,0%, enquanto o desinvestimento caiu (-30,5%).

Page 24: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

24

Apesar das incertezas no mercado internacional, a estabilidade macroeconómica no Brasil tem sido

fundamental para garantir a continuidade na entrada de investimento directo estrangeiro (IDE) no país.

Já entre Janeiro e Setembro de 2010, se compararmos com o período homólogo de 2009, deu-se um

crescimento de 13,6% no investimento bruto e um aumento de 248,9% no desinvestimento, contudo o

investimento líquido mantém-se positivo.

No que se refere às aplicações e depois do movimento inicial ter sido feito por alguns grandes grupos

portugueses, em resultado das privatizações brasileiras nos sectores da energia e telecomunicações,

seguiram-se inúmeros investimentos2, cuja característica principal é a sua diversificação e a intervenção

de grandes e médias empresas.

Concretamente, em 2009, as actividades imobiliárias, alugueres e serviços às empresas, foram a

principal aplicação dos fluxos portugueses (62,0%), seguindo-se o comércio por grosso e a retalho

(25,8%), os quais no seu conjunto representaram perto de 87,8% do IDP no Brasil. No período em

análise, ressalta que o comércio por grosso e a retalho começou a ter uma representatividade de maior

vulto no ano de 2007 e seguintes; por sua vez as actividades imobiliárias, alugueres e serviços às

empresas estiveram sempre no topo destas aplicações.

O pipeline de investimentos turísticos portugueses no Brasil está em franca expansão: investidores

portugueses como o Grupo Vila Galé, Grupo Espírito Santo, Grupo Pestana, Dorisol, Oásis Atlântico,

João Vaz Guedes, o Aquiraz Golf & Beach Villas no Ceará como sendo “o maior empreendimento

turístico português”, englobando oito hotéis, o Grupo Dom Pedro e Solverde.

Para além dos investimentos já referidos para a área do turismo, apontamos outros grandes

investimentos realizados por empresas portuguesas, que pela sua importância merece destaque: a

hidroeléctrica de Peixe Angical (no Estado do Tocantins) cuja construção foi da responsabilidade da EDP

Energias do Brasil em parceria com a estatal Furnas, constituindo uma grande obra de infra-estrutura no

Brasil. Mais recentemente, novos investimentos da EDP e da GALP avolumam esta área de

internacionalização, enquanto outras grandes parcerias estão em perspectiva. Contudo, depois do

movimento inicial ter sido feito por alguns grandes grupos portugueses em resultado das privatizações

brasileiras nos sectores da energia e telecomunicações, seguiram-se e seguem-se vários investimentos,

cuja característica principal é a sua diversificação, realizados por pequenas e médias empresas.

3.4. Turismo

O Brasil integra a “carteira” dos principais mercados emissores para Portugal (top ten). Os cerca de 275

mil turistas brasileiros que escolheram Portugal como destino das suas férias ao estrangeiro em 2009,

permitiram colocar o Brasil na 7ª posição do ranking das entradas de turistas com uma quota de 4,2% do

total.

2 PT Telecom, EDP, Galp, Cimpor, Brisa, Martifer, Logoplaste, Pestana, Vila Galé, Grupo Espírito Santo, Dão Sul, entre outros;

Page 25: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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As estatísticas de 2009 relativas às dormidas na hotelaria global e às receitas turísticas, colocam o Brasil

no 8º lugar no ranking das “dormidas”, com uma quota de 2,6% e no 8º lugar com uma quota de 2,8% no

conjunto dos países incluídos nas “receitas” geradas pelos mercados internacionais. Salienta-se uma

evolução crescente no período 2005-2009, nas suas três vertentes.

Para 2010, os dados disponíveis do mesmo período (Jan-Set) sobre as receitas, quando comparadas

com o período homólogo de 2009, registam um aumento de 57,9%.

O Norte de Portugal é a região na qual os visitantes brasileiros têm maior peso, tendo sido o Brasil, em

2009, o 3º país emissor para aquela região. Em oposição, a Madeira é a região em que o Brasil foi o 19º

país emissor em 2009.

Relativamente à evolução entre 2008-2009, existiu um decréscimo a nível global (-10.5%), destacando-

se só duas regiões onde se registou uma subida de turistas brasileiros: Alentejo e Açores. O maior

decréscimo deu-se no Centro (-16.7%).

Turismo do Brasil em Portugal

2005 2006 2007 2008 2009 Var %a 2009 Jan/Set

2010 Jan/Set

Var %b

Receitasc 115.884 148.783 176.907 233.216 196.090 15,8 150.577 237.779 57,9

% Totald 1,9 2,2 2,4 3,1 2,8 -- 2,8 4,1 --

Posiçãoe 11ª 10ª 10ª 7ª 8ª -- n.d. 6ª --

Hóspedesc 177.275 203.132 253.142 312.062 274.558 12,6 202.025 286.371 41,8

% Totald 3,0 3,1 3,6 4,4 4,2 -- 3,9 5,2 --

Posiçãof 8ª 8ª 8ª 7ª 7ª -- 7ª 7ª --

Dormidasc 411.175 461.807 558.749 672.970 595.511 10,6 434.365 633.886 45,9

% Totald 1,7 1,8 2,1 2,6 2,6 -- 2,3 3,3 --

Posiçãof 12ª 12ª 10ª 8ª 8ª -- 8ª 7ª --

Fontes: INE - Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal

Unidades: Receitas (Milhares de euros); Hóspedes e Dormidas (Unidades)

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009

(b) Taxa de variação homóloga

(c) Inclui apenas a hotelaria global

(d) Refere-se ao total de estrangeiros

(e) Posição enquanto mercado emissor. num conjunto de 55 mercados

(f) Posição enquanto mercado emissor. num conjunto de 22 mercados

n.d. - não disponível

No que se refere à emissão de turistas portugueses para o Brasil e segundo o Ministério do Turismo

deste país, Portugal posicionou-se como mercado emissor em 6º lugar, em 2008, (depois da Argentina,

EUA, Itália, Alemanha e Chile), com 222.558 turistas (4,4%), contra o 3º lugar que ocupou em 2007, ano

em que foi responsável por 280.438 turistas (5,6%), embora o número total de turistas que visitaram o

Brasil em 2008, ao contrário do registado a nível geral, tenha subido cerca de 0,5%, face a 2007.

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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4. Relações Internacionais e Regionais

A República Federativa do Brasil é membro do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) e da

Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destaca o

Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Integra a Organização Mundial de

Comércio (OMC), desde 1 de Janeiro de 1995.

A nível regional, este país faz parte do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), da Associação Latino-

Americana de Integração (ALADI), do Sistema Económico Latino-Americano e do Caribe (SELA), da

Organização dos Estados Americanos (OEA), da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

e é membro associado da Comunidade Andina (CAN).

O MERCOSUL (http://www.mercosur.int/), cujos membros fundadores são o Brasil, Argentina, Paraguai e

Uruguai (a Venezuela assinou tratado de adesão em 2006 e aguarda apenas pela ratificação do

parlamento do Paraguai para se tornar no quinto membro pleno deste bloco sul-americano) foi criado em

26 de Março de 1991, pelo Tratado de Assunção, e traduz-se, em termos gerais, num projecto de

integração sub regional, que visa promover o progresso económico e social entre os seus membros,

através da constituição gradual de um Mercado Comum.

Actualmente, o MERCOSUL encontra-se, ainda, numa etapa do processo de integração definida como

União Aduaneira, cujo objectivo final é evoluir à condição de Mercado Comum, compreendendo não só o

livre comércio entre os países membros e a aplicação da Tarifa Externa Comum (TEC) face a países

terceiros, mas, também, a livre circulação dos factores de produção – capital e trabalho.

Estabelecida pelo Tratado de Montevideu, em 1980, a ALADI (organismo intergovernamental) visa

fortalecer as relações entre os seus membros, por intermédio da celebração de acordos bilaterais,

modernização da estrutura produtiva dos países signatários, harmonização das respectivas políticas

macroeconómicas e promoção de uma participação mais activa dos diferentes grupos sociais no

processo de integração.

Como objectivo final, pretende-se o estabelecimento, de forma gradual e progressiva, de um mercado

latino-americano, através da aplicação de uma Preferência Tarifária Regional (PTR), ou seja, redução de

direitos aduaneiros entre as partes. Integram a ALADI (http://www.aladi.org/) os seguintes países:

Argentina; Bolívia; Brasil; Chile; Colômbia; Cuba; Equador; México; Paraguai; Peru; Uruguai; e

Venezuela.

O SELA (http://www.sela.org/view/index.asp), formado por 27 países latino-americanos, foi criado em

1975, com o fito de acelerar o desenvolvimento económico e social dos seus membros, através da

cooperação intra-regional e do estabelecimento de um sistema permanente de consulta e coordenação

em assuntos de natureza económica e social.

Page 27: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

27

Por sua vez, a OEA/OAS (http://www.oas.org/pt/), instituída em 1948 por 21 nações, alargada

posteriormente a outras 14 (sendo que Cuba suspendeu a sua ligação desde 1962 a 2009, ano em que

optou por não a retomar, e as Honduras suspenderam também em 2009 a sua ligação), tem como

objectivos promover práticas de boa gestão governamental, fortalecer os direitos humanos, incentivar a

paz e a segurança, expandir o comércio, e encontrar soluções para os problemas provenientes da

pobreza, drogas e corrupção entre os “povos das Américas”.

Finalmente, a CPLP, criada em 17 de Julho de 1996, apresenta como objectivos gerais a concertação

político-diplomática em matéria de relações internacionais, nomeadamente na defesa e promoção de

interesses comuns ou questões específicas, a cooperação, particularmente nos domínios económico,

social, cultural, jurídico, técnico-científico, e a materialização de projectos de promoção e difusão da

língua portuguesa. Aderiram a esta Comunidade os seguintes países: Angola; Brasil; Cabo Verde;

Guiné-Bissau; Moçambique; Portugal; São Tomé e Príncipe; e Timor-Leste.

No que respeita ao relacionamento com a União Europeia, o quadro legal está vertido,

fundamentalmente, no Acordo-Quadro de Cooperação Brasil/UE, assinado em Junho de 1992 e em vigor

desde Novembro de 1995 e no Acordo-Quadro Inter-Regional de Cooperação Mercosul/UE, assinado em

Dezembro de 1995 e em vigor desde Julho de 1999.

Os principais objectivos que presidiram ao estabelecimento do Acordo-Quadro de Cooperação Brasil/UE

(de natureza não preferencial) foram o aumento e a diversificação das trocas comerciais entre as partes,

bem como a intensificação da cooperação económica, industrial, científica, tecnológica e financeira.

Com o Acordo-Quadro de Cooperação Mercosul/UE pretende-se o aprofundamento das relações entre

as partes e a preparação das condições para a criação de um Acordo de Associação Inter-Regional que

incluirá a liberalização do comércio de bens e serviços, de acordo com as regras da OMC, entre outras

matérias no domínio económico, técnico, político, institucional e cultural.

Em Maio de 2007, a UE recomendou o lançamento de uma Parceria Estratégica com o Brasil, com vista

a reforçar as relações bilaterais entre as partes numa variedade de sectores e actividades de interesse

comum.

A primeira Cimeira teve lugar a 4 de Julho de 2007 (Lisboa), a segunda realizou-se em 22 de Dezembro

de 2008 (Rio de Janeiro), a terceira em 6 de Outubro de 2009 (Estocolmo), e a quarta em 14 de Julho de

2010 (Brasília), onde se debateram os seguintes temas: conclusão do Acordo UE/Mercosul; pobreza e

desigualdade; ambiente; energia; estabilidade e crescimento na América Latina; e a cooperação na

integração regional com o Mercosul.

De referir, também, o instrumento de financiamento da cooperação para o desenvolvimento,

estabelecido pelo Regulamento (CE) n.º 1905/2006, de 18 de Dezembro, que visa eliminar a pobreza

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aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

28

nos países, territórios e regiões em desenvolvimento (o Brasil é país elegível). A assistência financeira

comunitária à América Latina presta especial atenção aos seguintes domínios de cooperação:

• Promoção da coesão social, apoiando as políticas fiscais, o investimento produtivo para mais e

melhores empregos, as políticas de luta contra a discriminação e a produção, consumo e tráfico de

drogas, e a melhoria dos serviços sociais básicos, em especial a saúde e a educação;

• Promoção de uma maior integração regional, nomeadamente no apoio a diferentes processos de

integração regional;

• Apoio ao reforço da boa governação e das instituições públicas, bem como da protecção dos direitos

do Homem;

• Apoio à criação de um espaço comum UE – América Latina do ensino superior;

• Promoção do desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões, prestando especial

atenção à protecção das florestas e à diversidade biológica.

Para informação mais pormenorizada sobre o relacionamento bilateral entre a União Europeia e o Brasil

os interessados podem consultar, o Site da União Europeia, no tema “Relações Externas” –

http://ec.europa.eu/external_relations/brazil/index_pt.htm

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado

5.1. Regime Geral de Importação

O mercado brasileiro caracterizou-se, até ao início dos anos 90, por um forte proteccionismo e

intervenção estatal. O programa de reformas de 1990 consagrou uma progressiva liberalização das

trocas comerciais e a integração da economia brasileira a nível internacional. No entanto, este país

continua a apresentar uma forte (e complexa) carga fiscal incidente sobre a importação da maioria dos

produtos.

A exportação da generalidade das mercadorias para o mercado brasileiro não está sujeita, como regra, a

restrições (licenciamento). Existem, no entanto, algumas excepções para as quais é necessária a

observância de determinados requisitos e a autorização prévia das autoridades competentes.

A lista de produtos sujeitos a autorização abrange as importações de bens alimentares, de bebidas, de

produtos farmacêuticos e veterinários, de cosméticos e de produtos agrícolas, incluindo sementes e

fertilizantes.

Page 29: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

29

A entrada de determinado tipo de bens, como armas, drogas e produtos agro-químicos está dependente

de autorizações especiais por razões de segurança, saúde pública ou de protecção da indústria nacional.

Os procedimentos de importação estão informatizados através do Sistema Integrado de Comércio

Externo, denominado SISCOMEX que, por via do estabelecimento de um fluxo único das várias

informações, promove a integração das actividades de registo, acompanhamento e controlo das

operações de importação/exportação. O SISCOMEX surge, assim, como um instrumento que visa

agilizar e facilitar a tramitação administrativa na área do comércio externo.

Todas as mercadorias importadas no mercado brasileiro estão sujeitas a Despacho Aduaneiro,

processado pelas entidades alfandegárias com base nas informações constantes na Declaração de

Importação.

O licenciamento dos bens pode ser automático (para produtos que não carecem de licença de

importação ou autorizações especiais, nomeadamente as operações efectuadas ao abrigo do regime

aduaneiro de drawback) ou não automático (abrange todas as mercadorias para as quais é obrigatória a

emissão de uma Licença Prévia de Importação - LI, como sejam, certos produtos alimentares, agro-

pecuários, brinquedos, equipamentos electrónicos e têxteis, entre outros).

A exportação de géneros alimentícios (ex.: produtos da pesca; carnes de suíno; leites e seus produtos)

para o Brasil está sujeita ao cumprimento dos seguintes procedimentos:

• O estabelecimento português deverá entrar em contacto com os Serviços Veterinários da respectiva

Região (DSVR) da Direcção Geral de Veterinária (DGV);

• As DSVR efectuam um controlo ao estabelecimento para verificação do cumprimento dos requisitos

legais. A legislação brasileira pode ser consultada no seguinte Site:

http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=abreLegislacaoFederal&chav

e=50674&tipoLegis=A;

• Se o operador observar as regras, a DGV solicita à autoridade brasileira a inclusão do

estabelecimento na lista de estabelecimentos aprovados a exportar para o Brasil. Esta lista pode ser

consultada no portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA) –

Sistemas de Informação – SIGSIF – Sistema de Informações Gerências do Serviço de Inspecção

Federal – Listas de Estabelecimentos Estrangeiros Habilitados à Exportação para o Brasil

(http://www.agricultura.gov.br/);

• O operador pode iniciar o processo de registo de rótulos, ou seja, para cada tipo produto que

pretende exportar para o Brasil, necessita de preencher um formulário. Este formulário tem de ser

visto e assinado pela respectiva DSVR antes do operador o submeter à apreciação da autoridade

brasileira (MAPA);

Page 30: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

30

• Quando concluído o processo do registo do rótulo e inclusão do estabelecimento na lista de

estabelecimentos habilitados a exportar para o Brasil, o operador poderá começar a exportar,

solicitando o certificado de salubridade à DSVR.

No que respeita aos vinhos, importa referir que os exportadores já não necessitam de se cadastrar,

previamente, junto do MAPA, nem de proceder ao registo das respectivas marcas desde Novembro de

2009 (Instrução Normativa n.º 54, de 18.11.2009). De qualquer modo, mantém-se a premissa de que a

autorização para a importação de vinhos só é permitida se os mesmos respeitarem o previsto na Lei n.º

7.678/88, de 8 de Novembro (dispõe sobre a produção, circulação do vinho e derivados da uva e do

vinho) e no Decreto n.º 99.066/90, de 8 de Março (regulamenta a Lei n.º 7.678).

O Brasil adoptou, em 1 de Janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), baseada no

Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH). Com a entrada em vigor da

Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, o Brasil passou a aplicar, na maioria dos produtos importados

de países terceiros, o mesmo nível de direitos alfandegários que os restantes parceiros.

As mercadorias comunitárias estão sujeitas aos impostos constantes na TEC. Os dois blocos estão em

negociações (após anos de suspensão do diálogo as partes voltaram às conversações no final de

2009/início de 2010) com vista à eliminação das barreiras tarifárias, no âmbito do Acordo Inter-Regional

de Cooperação entre a UE e o Mercosul, assinado em Dezembro de 1995, sem que no entanto haja data

certa (a previsão aponta para 2011) para a conclusão das mesmas.

O Imposto de Importação (II) é calculado numa base ad valorem sobre o valor CIF das mercadorias e

pode ser consultado no Site Market Access Database, da responsabilidade da União Europeia –

http://mkaccdb.eu.int (clicar em Applied Tariffs Database).

Para além das imposições alfandegárias, há, também, lugar ao pagamento dos seguintes encargos:

• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – em geral, é calculado numa base ad valorem,

embora para certos produtos (por exemplo, da indústria vitivinícola e cervejeira) seja calculado por

um valor fixo por unidade;

• Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – as taxas deste tributo, similar ao

IVA, variam consoante o Estado de destino das mercadorias (em São Paulo, por exemplo, a taxa

normal é de 18%, com excepção de alguns produtos previstos em lei própria);

• Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Património do Servidor

Público (PIS/PASEP) – taxa de 1,65%;

• Contribuição para o Financiamento da Segurança Social (COFINS) – taxa de 7,60%.

Page 31: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

31

A aplicação destes impostos é feita em cascata, ou seja, de forma cumulativa:

• Valor CIF x II (Imposto de Importação) = A

• A x IPI (Imposto sobre Produtos Industriais) = B

• B + PIS + COFINS (determinados pela tabela oficial da Receita Federal) = C

• C + taxa do SISCOMEX (sistema informático de comércio exterior, que é de R$ 40, mais $ 10 por

cada adição, ou seja, por cada produto com classificação pautal diferente) = D

• D / ICMS (Imposto sobre a Circulação de Bens e Serviços, calculado por dentro, i. e. no caso do

ICMS ser 18% - taxa normal, em vez de multiplicar por 18%, divide por 0,82; já se o ICMS for 12%,

divide por 0,88) = Resultado dos principais impostos aduaneiros.

A este resultado há ainda que adicionar taxas aduaneiras (que em média oscilam até 6%), tais como:

• FRMM – Frete para Renovação da Marinha Mercante, que é 25% do valor do frete internacional;

• Taxa de capatazia;

• Taxa de armazenagem;

• Desconsolidação;

• Desembaraço;

• Serviços do despachante;

• Liberação do bill of lading.

Os interessados podem aceder ao Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações

(Receita Federal) para identificar o exacto valor das taxas de importação e eventuais exigências

administrativas na entrada de produtos – http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/ .

5.2. Regime de Investimento Estrangeiro

No Brasil, o investimento externo é regulado pelas Lei n.º 4.131, de 3 de Setembro de 1962, alterada

pela Lei n.º 4.390, de 29 de Agosto de 1964, ambas regulamentadas pelo Decreto n.º 55.762, de 17 de

Fevereiro de 1965 (objecto de modificações posteriores).

Com as alterações introduzidas na Constituição em 1995 foi eliminada a distinção entre capital nacional

e estrangeiro. Os investidores apenas necessitam de registar a transacção no Banco Central do Brasil

(BCB), o qual emite um certificado reflectindo o investimento em moeda estrangeira e o correspondente

em Reais.

A maioria das áreas de actividade está aberta à iniciativa privada, com excepção dos seguintes sectores

que apresentam restrições: serviços de saúde; indústria pesqueira; de produção de álcool enquanto

combustível alternativo; indústria de energia atómica; serviços de correios e telégrafos e de transporte

aéreo e na administração (participação maioritária) de meios de comunicação social (jornais, revistas e

outras publicações, televisão e rádio).

Page 32: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

32

A participação de capital estrangeiro em instituições financeiras e de seguros encontra-se limitada a

posições minoritárias, restrição legal que pode ser objecto de alteração casuística, se o interesse

nacional assim o justificar.

Todos os investimentos estrangeiros estão sujeitos a registo no Banco Central do Brasil e toda a

informação prestada integra o Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN), Desde Setembro

de 2000 o BCB apenas admite registos efectuados on-line, no endereço – http://www.bcb.gov.br/. O

capital estrangeiro deve, assim, ser registado no BCB, através do Sistema de Registo Declaratório

Electrónico de Investimento Externo Directo (Módulo RDE-IED).

O registo do investimento será efectuado em declarações prestadas pelo representante da empresa

brasileira receptora e/ou pelo representante do investidor externo, através do Módulo RDE-IED, no prazo

de 30 dias após o evento que lhe deu origem.

O retorno do capital investido pode concretizar-se a qualquer momento, sem necessidade de autorização

prévia, sendo que os montantes superiores ao registado são considerados ganhos de capital em

benefício do investidor estrangeiro e, portanto, sujeitos a uma taxa de 15% de Imposto de Renda retido

na fonte e à aprovação do Banco Central.

Os incentivos do Governo Federal abrangem o investimento nas zonas menos desenvolvidas das

regiões Norte e Nordeste e nas actividades orientadas para a exportação e outros projectos

enquadrados nos programas especiais de desenvolvimento sectorial. As atribuições são efectuadas,

geralmente, sob a forma de isenções fiscais ou de benefícios ao nível das condições de financiamento.

A nível estadual e local existem, também, programas e instrumentos de apoio vocacionados para atrair e

incentivar o investimento estrangeiro, como por exemplo: isenções fiscais no pagamento de impostos

indirectos; concessão de financiamento às novas empresas; participação do Estado no capital da

empresa promotora do investimento; doação de terrenos; etc.

Por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países,

foi assinado entre Portugal e o Brasil o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíproca de

Investimentos, que aguarda a troca de instrumentos de ratificação para a respectiva entrada em vigor.

Finalmente, foi celebrada entre ambos os países a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir

a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, em vigor desde 5 de Outubro de 2001.

Page 33: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

33

5.3. Quadro Legal

Regime de Importação

• Portaria n.º 35, de 24 de Novembro de 2006 – Consolida as Portarias SECEX (Secretaria de

Comércio Externo) – Importações.

• Decreto n.º 660, de 25 de Setembro de 1992 – Cria o Sistema Integrado de Comércio Externo

(SISCOMEX) – Registo, acompanhamento e controlo das diferentes etapas das operações de

comércio externo.

• Lei n.º 8 078, de 12 de Setembro de 1990 – Dispõe sobre a protecção do consumidor.

• Lei n.º 4.886, de 9 de Dezembro de 1965 (alterada pela Lei n.º 8.420, de Maio de 1992) – Regula a

actividade de representação ou agência comercial.

Regime de Investimento Estrangeiro

• Resolução Normativa n.º 84, de 10 de Fevereiro de 2009 – Disciplina a concessão de autorização

para fins de obtenção de visto permanente para o investidor estrangeiro.

• Lei n.º 11.079, de 30 de Dezembro de 2004 (com alterações posteriores) – Institui normas gerais

para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública.

• Circular n.º 2.997, de 15 de Agosto de 2000 – Estabelece o Registo Declaratório Electrónico

obrigatório para as operações de investimento estrangeiro.

• Lei n.º 8.955, de 15 de Dezembro de 1994 – Regula a actividade de Franchising.

• Decreto n.º 365, de 16 de Dezembro de 1991 – Dispõe sobre o registo dos reinvestimentos de lucros

decorrentes de investimentos de capitais estrangeiros, efectuados na forma da Lei n.º 4.131, de 3 de

Setembro, de 1962.

• Lei n.º 6.404, de 15 de Dezembro de 1976 (com alterações posteriores) – Regulamenta as

Sociedades Anónimas.

• Decreto n.º 55.762, de 17 de Fevereiro de 1965 (com alterações posteriores) – Regulamenta a Lei

n.º 4.131, de 3 de Setembro de 1962, que disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas

de valores para o exterior.

Page 34: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

34

• Lei n.º 4.131, de 3 de Setembro de 1962 (alterada pela Lei n.º 4.390, de 29 de Agosto de 1964) –

Disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas de valores para o exterior.

• Lei n.º 556, de 25 de Junho de 1850 – Aprova o Código Comercial Brasileiro, cuja primeira parte foi

revogada pelo novo Código Civil aprovado pela Lei n.º 10.406, de 11 de Janeiro de 2002.

A legislação brasileira pode ser consultada nas páginas web do Senado Federal (SICON – Sistema de informação do Congresso

Nacional) – http://legis.senado.gov.br/sicon/index.jsp e da Presidência da República Federativa do Brasil –

http://www.presidencia.gov.br/legislacao.

Acordos Relevantes

• Decreto n.º 18/2006, de 21 de Junho – Aprova o Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo

entre Portugal e o Brasil (em vigor desde 1 de Novembro de 2008).

• Resolução da Assembleia da República n.º 33/2001, de 27 de Abril – Aprova a Convenção para

Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento

entre Portugal e o Brasil.

• Decreto n.º 24/94, de 10 de Agosto – Aprova o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíprocas

de Investimentos entre Portugal e o Brasil.

Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria

Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

6. Informações Úteis

Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro

A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de

cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos

de natureza política, monetária e catastrófica.

No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice

individual, a cobertura para o mercado brasileiro (prioritário) é a seguinte (Setembro 2010):

Curto prazo – Aberta sem condições restritivas;

Médio/Longo prazo – Clientes soberanos: Aberta sem condições restritivas. Outros clientes públicos e

privados: Aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária.

Indicações pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da

Direcção Internacional da COSEC.

Page 35: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

35

7. Endereços Diversos

Em Portugal

Embaixada do Brasil

Estrada das Laranjeiras. 144

1649-021 Lisboa

Tel.: (+351) 217 248 510 I Fax: (+351) 217 267 623

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadobrasil.pt

Consulado Geral do Brasil em Lisboa

Praça Luís de Camões. 22 – 1º Esq

1249-190 Lisboa

Fax: (+351) 21 3473926

E-mail: [email protected] | http://www.consulado-brasil.pt

Consulado Geral do Brasil no Porto

Avenida de França. 20 – 1º

4050-275 Porto

Tel.: (+351) 226 084 070 | Fax: (+351) 226 084 089

E-mail: [email protected] | http://www.consulado-brasilporto.com

aicep Portugal Global

O’ Porto Bessa Leite Complex

Rua António Bessa Leite. 1430. 2.º

4150-074 Porto

Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

aicep Portugal Global

Av. 5 de Outubro. 101

1050-051 Lisboa

Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira

Taguspark – Núcleo Central. 374

2740-122 Oeiras

Tel.: (+351) 213 477 475 I Fax: (+351) 213 424 388

E-mail: [email protected] | http://www.ccilb.net

Page 36: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

36

Turismo de Portugal. I.P.

Rua Ivone Silva. Lote 6

1050-124 Lisboa

Tel.: (+351) 211 140 200 I Fax: (+351) 211 140 830

E-mail: [email protected] I http://www.turismodeportugal.pt

COSEC – Companhia de Seguros de Créditos

Direcção Internacional

Av. da República. 58

1069-057 Lisboa

Tel.: (+351) 217 913 700 | Fax: (+351) 217 913 720

E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)

Av. Conde Valbom. 98

1069-185 Lisboa

Tel.: (+351) 217 983 600 | Fax: (+351) 217 983 654

E-mail: [email protected] I http://www.asae.pt/

Direcção-Geral de Veterinária (DGV)

Largo da Academia Nacional das Belas Artes. 2

1249-105 Lisboa

Tel.: (+351) 213 239 500 | Fax: (+351) 213 239 694

Linha Azul – 808 202 633

E-mail: veteriná[email protected] | http://www.dgv.min-agricultura.pt

Direcção Geral de Veterinária

Direcção de Serviços de Higiene Pública Veterinária

Dra. Helena Pinto (Médica Veterinária)

Rua Elias Garcia, 30 – Venda Nova

2704-507 Amadora - Portugal

Tel.: 00351 214767503 | Fax: 00351 214767500

E-mail: [email protected]

Serviços Regionais (DSVR) -

http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=216328&cboui=216328

Page 37: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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No Brasil – Entidades Oficiais Portuguesas

Embaixada de Portugal em Brasília

Avenida das Nações. Quadra 801. Lote 2

CEP 70 402-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3032 9600 | Fax: (+55 61) 3032 9642

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br

Blogue: http://www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com/

Secção Consular

Avenida das Nações. Quadra 801. Lote 2

70402-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3032 9600 / 1/ 2 | Fax: (+55 61) 3032 9627

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede.php

aicep Portugal Global

Agência para o Investimento e Comércio Externo

Edif. do Consulado Geral de Portugal

Rua Canadá. 324 - Jardim Europa

01436-000 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3084 1830 / 1832 | Fax: (+55 11) 3061 0595

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

Consulado Geral de Portugal em Belém

Rua dos Mundurucus. 3100 – Sala 1202 e 1203

Edifício Metropolitan Tower

CEP 66040-270

Belém do Pará PA

Tel.: (+55 91) 3241 6666 | Fax: (+55 91) 3241 1181

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/belem.php

Consulado Geral de Portugal em Belo Horizonte

Avenida Álvares Cabral. 1366 – 9.º

30170-001 Belo Horizonte MG

Tel.: (+55 31) 8 3291 8192 | Fax: (+55 31) 3291 8064

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/bh.php

Consulado Geral de Portugal em Curitiba

Rua Visconde do Rio Branco. 1358 – 20.º

CEP 80420-210 Curitiba Centro

Tel.: (+55 41) 3233 4211 | Fax: (+55 41) 3222 1190

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/curitiba.php

Page 38: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

38

Consulado de Portugal no Recife

Avenida Eng.º Domingos Ferreira. 4060 – 6.º

Edifício Blue Tower

Boa Viagem

CEP 51021-040 Recife PE

Tel.: (+55 81) 3327 1514 | Fax: (+55 81) 3327 1514

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/recife.php

Consulado Geral de Portugal no Rio de Janeiro

Avenida Marechal Câmara. 160 – Sala 1809

Edifício Orly

CEP 20020-080 Rio de Janeiro RJ

Tel.: (+55 21) 3231 7250 | Fax: (+55 21) 2544 3226 / 2511.2508

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/rj.php

Consulado de Portugal em Salvador

Avenida Tancredo Neves. 1632 – Edf. Salvador

Trade Center – Torre Norte – Sala 109

CEP 41820-020 Salvador-Bahia

Tel.: (+55 71) 3341 0636/1499 | Fax: (+55 71) 3341 2796

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/salvador.php

Consulado de Portugal em Santos

Rua D.Pedro II. nº. 77 - 2º

CEP 11010-080 Santos SP

Tel.: (+55 13) 3219 4230 / 3882 | Fax: (+55 13) 3219 4197

E-mail: [email protected] | http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/santos.php

Consulado Geral de Portugal em São Paulo

Rua Canadá. 324 – Jardim América

01436-000 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3084 1800 | Fax: (+55 11) 3085 5633

Emails:

Nacionalidade – [email protected]

Vistos – [email protected]

Transcrições – [email protected]

Bilhete de Identidade e Passaporte – [email protected]

Apoio social – [email protected]

Outros assuntos – [email protected]

http://www.embaixadadeportugal.org.br/rede/sp.php

Page 39: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

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Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Instituto Camões

Centro Cultural Português em Brasília

Avenida das Nações. Quadra 801 – Lote 2

70402-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3032 9600 | Fax: (+55 61) 3032 9634

E-mail: [email protected] | http://www.institutocamoes.org.br

No Brasil – Entidades Oficiais Brasileiras

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA

SIA Trecho 5. Área Especial. 57 – lote 200

CEP 71205-050 Brasília DF – Brasil

Tel.: (+55 61) 3462 6000

http://www.anvisa.gov.br

Agência Basileira de Promoção de Exportação e Investimentos – APEX

Setor Bancário Norte – SBN Quadra 2 - Lote 11

Ed. Apex-Brasil

70040-020 Brasília – DF

Tel.: (+55 61) 3426 0202 I Fax.: (+55 61) 3426 0263

http://www.apexbrasil.com.br/

Câmara de Comércio Exterior – CAMEX

Esplanada dos Ministérios. Bloco J – 7º andar sala 700

CEP 70053-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 2109 7050/7090 | Fax: (+55 61) 2109 7049

E-mail: [email protected] I http://www2.desenvolvimento.gov.br/sitio/camex/camex/competencia.php

Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR

SCN – Quadra 2. Bloco G

70712-907 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3429 7777

http://www.braziltour.com

Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI

Praça Mauá. 7 – Centro – Térreo

CEP 20081 240 Rio de Janeiro RJ

Tel.: (+55 21) 2139 3000

E-mail: [email protected] | http://www.inpi.gov.br

Page 40: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

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Ministério da Fazenda

Esplanada dos Ministérios. Bloco P

70048-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3412 2000/ 3000

http://www.fazenda.gov.br/

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)

Esplanada dos Ministérios. Bloco J. 8º andar – 814

70053-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 2027 7000

E-mail: [email protected] | http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE

Rua Vergueiro. 1117 – Paraíso

CEP 01504-001 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 0800 570 08 00

http://www.sebrae.com.br

No Brasil – Associações

Associação Brasileira de Comércio Exterior – ABRACEX

Alameda Joaquim Eugénio de Lima. 1467 – Jardim Paulista

01403-003 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3051 8118/5108

E-mail: [email protected] | http://www.abracex.org.br

Associação de Comércio Exterior do Brasil – AEB

Avenida General Justo. 335 – 4.º

CEP 20021-130 – Centro – Rio de Janeiro RJ

Tel.: (+55 21) 2544 0048 | Fax: (+55 21) 2544 0577

E-mail: [email protected] | http://www.aeb.org.br

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

Rua Minas Gerais. 190 – Higienópolis

01244-010 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3017 3600

E-mail: [email protected] | http://www.abnt.org.br

Page 41: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

41

No Brasil – Bancos

Banco Central do Brasil – BACEN

SBS – Quadra 3. Bloco B – Edf. Sede

Segundo Subsolo

70074-900 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3414 1414 I Fax: (+ 55 61) 3414-2553

http://www.bcb.gov.br

Banco Banif Brasil

Rua Minas de Prata. 30 - 16.º e 17.º

04552-080 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3165 2000 | Fax: (+55 11) 3167 3960

E-mail: [email protected] | http://www.bancobanif.com.br

BES Investimento do Brasil. S.A.

Avenida Brigadeiro Faria Lima. 3729 – 6.º

CEP 04538-950 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3074 7444 | Fax: (+55 11) 3074 7469

E-mail: [email protected] | http://www.besinvestimento.com.br

S. Paulo – E.S. Representações Ltda.

Av. Brigadeiro Faria Lima. 3729 – 6º

CEP 04538-950 São Paulo SP

Tel.: (+ 55 11) 3074 7444 I Fax: (+ 55 11) 3074 7462

E-mail:[email protected] I http://www.bes.pt

BPN Brasil – Banco Português de Negócios

Av. das Nações Unidas. 8501 – 19º

CEP 05425-070 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3094 9000 | Fax: (+55 11) 3094 9009

E-mail: [email protected] | http://www.bpnbrasil.com.br

Banco Caixa Geral de Depósitos

Rua Joaquim Floriano. 960 17º

04534-004 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3509.9300 | Fax: (+55 11) 3078 2720

E-mail: [email protected] | www.bcgbrasil.com.br

Page 42: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

42

Finantia Brasil. Ltd.

Rua James Joule. 65. 17º - CJ 1702

04576-080 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 5501 7000 | Fax: (+55 11) 5501 7001

E-mail: [email protected] | http://www.finantia.com

Millennium BCP

Avenida Presidente Juscelino Kubitschek. 1726 – 15.º - Conj. 152

CEP 04543-000 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3191 0700 | Fax: (+55 11) 3707 8195

http://www.millenniumbcp.pt

No Brasil – Câmaras de Comércio Bilaterais

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil

Avenida da Liberdade. 602 – 2.º

01502-001 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3340-3333 | Fax.: (+55 11) 3340-3333

http://www.camaraportuguesa.com.br e http://www.brasilportugal.org.br/sp

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Baía

Rua Fonte do Boi. 216 – Hotel Pestana. Loja F – Rio Vermelho

CEP 41940-360 Salvador - Bahia – Brasil

Tel.: (+55 71) 2103.8073 | Fax: (+55 71) 3334.6047

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/ba

Câmara Brasil-Portugal no Ceará – Comércio. Indústria e Turismo

Avenida Barão de Studart. 1980 – 2.º – Edf. Casa da Indústria – FIEC

CEP 60120-901 Fortaleza – Ceará

Tel.: (+55 85) 3261 7423 | Fax: (+55 85) 3261 7423

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/ce

Câmara de Comércio Luso-Brasileira em Minas Gerais

Rua Timbiras. 1200 – 6.º – Sala 501

CEP 30.140-060 Belo Horizonte MG

Tel.: (+55 31) 3213 1557 | Fax: (+55 31) 3213 1559

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/mg

Page 43: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

43

Câmara Luso-Brasileira de Indústria. Comércio e Serviços do Pará

Travessa Quintino Bocaiúva. 1588 - Bloco A - 2.º - Sala 6

CEP 66035-190 Belém PA

Tel.: (+55 91) 3241 0265 | Fax: (+55 91) 3241 0265

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/pa

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil – Paraná

Rua Dr. Faivre, 123 – Centro

CEP 80.060-140 Curitiba – Paraná – Brasil

Tel.: (+55 41) 3027-3303 I Cel.: (+55 41) 8802 2814 / 9991 4020

E-mail: [email protected] I http://www.brasilportugal.org.br/

Câmara de Comércio. Indústria e Turismo Brasil / Portugal – Pernambuco

Rua da Aurora. 1225 – 1.º – Santo Amaro

50040-090 Recife PE

Tel.: (+55 81) 3223 8802 | Fax: (+55 81) 3223 8802

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/pe

Câmara de Comércio Portuguesa no Brasil – Rio Grande do Sul

Rua Andrade Neves. 155 – Conj. 134

Cep 90010-210 Porto Alegre RS

Tel.: (+55 51) 3211 1274 | Fax: (+55 51) 3211 1274

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/rs/

Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro

Avenida Graça Aranha. 1 – 6 º

CEP 20030-002 Rio de Janeiro RJ

Tel.: (+55 21) 2563 4178 / 2533 4189 | Fax: (+55 21) 2533 4189

E-mail: [email protected] | http://www.brasilportugal.org.br/rj

Câmara Brasil-Portugal – Distrito Federal

Embaixada de Portugal

Av. Das Nações. lote 2 – Qd. 801

CEP 30.120-060 Brasília DF

Tel.: (+55 61) 3225 6630 I Fax.: (+55 61) 3225 6630

E-mail: [email protected] I http://www.brasilportugal.org.br/df/

Câmara Brasil-Portugal do Rio Grande do Norte

Rua Raimundo Chaves. 2182 – Sala 101

CEP 59064-390 Natal RS

Tel.: (55 84) 3206.5362

E-mail: Câ[email protected] I http://www.brasilportugal.org.br/rn/

Page 44: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

44

No Brasil – Outras Entidades

Bolsa de Valores do Estado de São Paulo – BOVESPA

Praça Antonio Prado. 48

Rua XV de Novembro. 275

São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 2565-4000

E-mail: [email protected] | http://www.bmfbovespa.com.br/home.aspx?idioma=pt-br

Centro de Distribuição Electrónico de Produtos Portugueses no Brasil

Operado pela Cisa Trading. S.A.

Dr. António José L. Pargana

Av. Juscelino Kubitschek. 1830 - Torre II – 8.º

04543-900 São Paulo SP

Tel.: (+55 11) 3707 2800

http://www.exportarptbr.com

Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior – FUNCEX

Av. Rio Branco. 120 - Gr. 707

20040-001 Rio de Janeiro RJ

Tel.: (+55 21) 2509 2662 | Fax: (+55 21) 2121 1656

E-mail: [email protected] | http://funcex.com.br

8. Fontes de Informação

8.1. Informação Online aicep Portugal Global

Documentos Específicos sobre o Brasil

• Título: “Brasil – Dossier de Mercado”

Edição: 04/2010

• Título: “Brasil – Condições Legais de Acesso ao Mercado”

Edição: 04/2010

• Título: “Brasil – Sites Seleccionados”

Edição: 04/2010

• Título: “Brasil – Informações e Endereços Úteis”

Edição: 04/2010

Page 45: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

45

• Título: “Brasil – Acordos Bilaterais Portugal/Mercosul”

Edição: 03/2010

• Título: “Brasil – Sector do Mobiliário/Breve Apontamento”

Edição: 01/2010

• Título: “Brasil – Relações Económicas com Portugal”

Edição: 06/2009

• Título: “Brasil – Exportar para o Brasil – Formalidades e Considerações Gerais”

Edição: 06/2008

• Título: “Brasil – Guia de Acesso ao Mercado”

Edição: 05/2008

• Título: “Brasil – Oportunidades e Dificuldades no Mercado”

Edição: 04/2008

• Título: “Brasil – Evolução Recente do Sector das Máquinas e Equipamentos e Componentes Auto”

Edição: 09/2006

• Título: “Brasil – Análise Sectorial dos Vinhos”

Edição: 09/2006

• Título: “Acordo de Promoção e Protecção Recíprocas de Investimentos”

Edição: 06/2005

• Título: “Investir no Brasil – Aspectos Jurídicos”

Edição: 2004

Documentos de Natureza Geral

• Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático”

Edição: 08/2010

• Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal”

Edição: 03/2010

• Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE”

Edição: 04/2009

Page 46: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Novembro 2010)

46

• Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção”

Edição: 02/2009

• Título: “Normalização e Certificação”

Edição: 11/2008

• Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos”

Edição: 08/2008

• Título: “Seguros de Créditos à Exportação”

Edição: 06/2008

• Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro”

Edição: 06/2008

• Título: “Guia do Exportador”

Edição: 02/2008

A Informação On-line pode ser consultada no Site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

8.2. Endereços de Internet

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) –

http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home/!ut/p/c5/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hn

d0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_AwN_Q_1wkA48Kowg8gY4gKOBvp9Hfm6qfkF2dpqjo6IiAJYj_

8M!/dl3/d3/L2dBISEvZ0FBIS9nQSEh/

• Banco Central do Brasil – http://www.bcb.gov.br/

• Centro de Distribuição Electrónico de Produtos Portugueses no Brasil –

http://www.exportarptbr.com/Login.aspx?ReturnUrl=%2fDefault.aspx

• Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX) – http://www.funcex.com.br/

• Fundação Getúlio Vargas – http://www.fgv.br/

• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – http://www.ibge.gov.br/home/

Page 47: Brasil Ficha de Mercado - Exportação e Investimento

aicep Portugal Global

Brasil – Ficha de Mercado (Outubro 2010)

47 Agência para o Investimento e Comércio Externo de P ortugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www. portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) –

http://www.ibama.gov.br/

• Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) –

http://www.inpi.gov.br/principal?navegador=IE&largura=800&altura=600

• Market Access Database (direitos aduaneiros. formalidades. barreiras. etc.) –

http://mkaccdb.eu.int/mkaccdb2/indexPubli.htm

• Ministério da Fazenda – http://www.fazenda.gov.br/

• Ministério da Justiça – Defesa do Consumidor –

http://portal.mj.gov.br/dpdc/data/Pages/MJ5E813CF3PTBRIE.htm

• Ministério das Relações Exteriores – http://www.mre.gov.br/

• Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – http://www.mdic.gov.br/sitio/

• Parcerias Público-Privadas (PPP) – http://www.planejamento.gov.br/hotsites/ppp/index.htm

• Portal Exame (revista digital) – http://portalexame.abril.com.br

• Portal do Governo Federal – http://www.brasil.gov.br/

• Portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – http://www.agricultura.gov.br/

• Presidência da República Federativa (legislação) – http://www.presidencia.gov.br/legislacao/

• Senado Federal (legislação) – http://legis.senado.gov.br/sicon/index.jsp

• Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações –

http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/

• Sistema Alice de Estatísticas – http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br

• Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) –

http:///www.receita.fazenda.gov.br/aduana/siscomex/siscomex.htm