brasil de luz e trevas

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Page 1: Brasil de Luz e Trevas

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Versão 1.0

Page 2: Brasil de Luz e Trevas

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O Projeto BLT

O projeto Brasil da Luz e Trevas completa exatamente doisanos, com a publicação da primeira versão do BLT no formatoPDF, com 78 páginas e mais de trinta cidades.

Decidimos que, como um projeto profundamente dinâmico,a melhor maneira de apresentá-lo a nossos jogadores é atravésda Internet, na forma de um netbook gratuito.

Agradecemos a todos os Mestres e Jogadores que colabo-raram conosco durante todo este tempo, com debates e discus-sões na internet e agora através de nosso Fórum.

(http://www.daemon.com.br)

Muitas cidades já estão com a descrição bem completa en-quanto outras ainda estão apenas começando. Algumas cida-des nem estão nesse projeto ainda!

Por esta razão, não se preocupe. É claro que este projetoainda não está nem de longe completo e a SUA cidade pode serincluída na próxima edição!

As cidades que já existem também poderão ser modifica-das, com mais locais, Ordens de Magia e NPCs. Basta entrar emcontato com a gente e enviar suas idéias.

Um grande abraço

Daemon

v1.0

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Por volta do século XIX os paulistas só tinham notícia deque depois de Botucatu e além da serra de Agudos haviam asterras de Bauru, assim chamadas pelos índios Caingangues, queas defendiam bravamente.

A política do governo imperial de incentivar a ocupação dointerior do território brasileiro, dando posse a quem requeresseem terras devolutas para desenvolver a produção, estimulouaventureiros e colonos a se embrenharem pelos sertões abrin-do fazendas de gado e, no interior da província de São Paulo,para plantar café.

Os primeiros a enfrentar a resistência dos Caingangues, pe-netrando na região de Bauru, seguindo pelo rio Batalha, foramSebastião Pereira e Pedro Francisco Pinto, e mais tarde MarianoJosé da Costa e João Batista Monteiro.

O processo de ocupação começa a tomar força por volta de1856, com a chegada de Felicíssimo Antonio de Souza Pereira eAntonio Teixeira Espírito Santo.

Este último faz em 1884 doação de parte de suas terraspara obras em honra ao Espírito Santo e a São Sebastião deBauru. Em torno de uma pequena igreja, construída em 1888,começa a criar corpo o povoado, já então chamado oficial-mente Bairro de Bauru.

Dez anos depois o Patrimônio de Bauru crescia mais queo de Espírito Santo de Fortaleza, sede do município. Em 1895,a vila de Bauru consegue eleger maior número de vereado-res, dando início a uma polêmica, que constitui hoje um dosepisódios mais destacados na historiografia da cidade. Aotomarem posse em janeiro do ano seguinte os vereadoresbauruenses anunciam de imediato a intenção de mudar a sededo município para Bauru.

E apesar dos protestos e da reação de Fortaleza, a mu-dança na prática começa a ser feita, embora só seja reco-nhecida oficialmente pelo governo estadual em 1 de agostode 1896. O município de Espírito Santo de Fortaleza passaentão a se chamar Bauru.

Os anos vinte são marcados pela instalação das casas ban-cárias, dos grandes atacadistas, e pelo início dos trabalhos depavimentação das principais ruas da cidade. Na década de 30começam a se desenvolver os setores de saúde e educação,enquanto a população cresce vertiginosamente.

No final dos anos 30 Bauru já se destaca como uma das maisimportantes cidades do interior paulista. Em 1938 a cidade rece-be a visita do presidente Getúlio Vargas. E em 1939 é inaugura-da a Estação Ferroviária da NOB, que servindo também às fer-rovias Sorocabana e Paulista, tornou-se símbolo da ligação his-tórica da cidade com o período glorioso da expansão do trans-porte ferroviário no Brasil.

Nos anos 40, em razão da vigorosa economia, Bauru come-ça a despontar também entre as cidades paulistas por sua in-tensa vida social voltada para o lazer, estimulada por animadasfeiras e exposições, chics bares e bórdeis, clubes recreativos,esportivos e culturais. Em 1947, nas primeiras eleições munici-pais após a queda da ditadura Vargas, a prefeitura de Bauru édisputada por nada menos que sete candidatos.

Os anos 50 começam com o desenvolvimento de um novosetor, que acabou se tornando uma das características maismarcantes da cidade: o ensino superior. Em 1951 surge a futura

Faculdade de Odontologia; em 1952 a Faculdade de Direito; eem 1953 a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do SagradoCoração de Jesus.

Nos anos 60 e 70 a cidade consolida sua posição entre osprincipais polos comerciais não só do interior paulista, como detodo o Brasil. Nos anos 80 a economia da cidade é revigoradapor forte expansão do setor industrial, enquanto a paisagem ur-bana muda rapidamente com a proliferação dos arranha-céus.

Nos anos 90 grandes melhorias são implementadas nos se-tores urbanísticos, inclusive para enfrentar os problemas do trân-sito saturado pela circulação de uma média de um carro paracada 3 habitantes, um dos mais altos índices do País.

No ano 2000 a cidade ingressa definitivamente no mundodas novas tecnologias, acelerando a transferência de seus ne-gócios para a Internet, apontada pelos estudiosos como o ca-minho para a “nova economia”.

Bauru - SPPor Michel WAR

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Belém - PA

“Vampiros não existem. Anjos e Demônios não vagam en-tre nós. A mágia é irreal. E as mentiras são verdades ... ”

Os Seres SobrenaturaisA existência de seres sobrenaturais na Amazônia já foi do-

cumentada há muito tempo. Logo que os exploradores começa-ram a se aventurar pelos rios da Amazônia, descobriram a exis-tência de seres encantados, ou seja metamorfos. Essesmetamorfos se apresentavam de diversas espécies, eram Ho-mens – Cobra, Homens – Onça ou Homens – Jaguar, Homens –Gaviões, Homens – Javali e Homens – Aranha. Além dosmetamorfos que viviam em harmonia com a floresta e com osoutros animais, existiam também seres mágicos traiçoeiros, eramespécies de fadas e espíritos da floresta, esses defendiam qual-quer forma de vida da mata.

Após a fundação da cidade de Belém, em 1616, surgiram seresmais perigosos e influentes, foi o caso dos Vampiros. Os Vampirosqueriam uma parte do território que estava sendo descoberto. Defato conseguiram parte do que almejavam, com o passar de dezanos da chegada de Vampiros à Amazônia( o ano oficial da chega-da de Vampiros em terras amazônicas é de 1620 ) os Caçadores deVampiros começaram a surgir, seja na forma de valentes guerreirosindígenas ou seja na forma de padres visitadores representantesda Inquisição nas colônias européias.

Caçadores europeus também ousaram a se aventurar peloque eles chamavam de “Inferno Verde”. Muitos metamorfosencontraram seu fim por meio dos caçadores, além das fadas eoutros seres mágicos que se refugiaram para as partes mais pro-fundas da Amazônia, onde até hoje permanecem.

Durante a época da exploração da borracha, a Belle Époque,a cidade crescia sem parar com os lucros que a borracha ofere-cia, Belém chegou a ser considerada Paris dos trópicos. Nessaépoca também ocorreram grandes acontecimentos obscuros, umdeles foi a grande chegada das Sociedades Secretas à Cidadedas Mangueiras ...

Chasseurs d’Énigmes :Ao decorrer da Belle Époque os portos de Belém viviam

cheios de embarcações dos mais variados países, e um delesera a França. O nome de Belém vem de um veleiro francês quehavia chegado a cidade.

A influência francesa foi tão grande que por muito pouco nãochegamos a ter o idioma francês introduzido em nosso cotidiano.Junto com os poderosos de outras nações que chegavam, haviachegado a Belém um grupo de estudiosos do sobrenatural inte-ressados nos mistérios que aqui existiam, e precisavam ser docu-mentados, eles se chamavam Chasseursd’Énigmes, vinham deParis financiados por ricos burgueses maçons da época, que che-gavam a relatar sobre um famoso conflito que sacudiu as Socieda-des Secretas da Europa, a “Guerra das Rosas”.

Atualmente os “Caçadores de Enigmas”( como são chama-dos por eles mesmos ) são um grupo de investigadores conhe-cidos pelos Magos como mais um clube de “Caça Vampiros”,no entanto caçar Vampiros é algo totalmente descartado paraessa ordem, vampiros são seres muito raros na Amazônia.

Por Ingo Chaves eArcano Muinhos

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Os Magos, Nodes e Mecas :Os primeiros Magos que aqui surgiram, tiveram suas primei-

ras aparições por volta da Belle Époque, com a chegada de umfeiticeiro conhecido como “O Barão”, ele e seu grupo pertenci-am a Escola de Tenebras, e chegavam em terras amazônicas como objetivo de estudar sua área em busca de um Node suficienteforte para se construir um templo, e encontraram ...

Em Belém pode si considerar que a presença de Nodes émuito precária, e na maioria das vezes esses lugares não ofere-cem grande vantagem ao Mago, no entanto as Mecas são mui-to freqüentes em lugares como Igrejas e Capelas, mas essas nãochegam a ter níveis superiores a 3 ou 4, entretanto isso nãoquer dizer que não exista Magos em Belém.

A Escola de Magia aqui presente é apenas uma, a Escola deTenebras. A Maioria dos Magos de Belém são independentesou atuam em pequenos grupos de no máximo doze.

Os VampirosEstes seres na sua totalidade( em Belém ) pertencem a raça

Asimani, e tiveram suas primeiras aparições no interior do esta-do, mais exatamente nos territórios dos Quilombos existentes.A quantidade deles não ultrapassa 3 indivíduos, que se encon-tram em dois territórios : os ancestrais ( dois, se encontram emOriximiná ) e o mais novo (se encontra em Belém ).

Os Ancestrais( como são conhecidos pelos conhecedoresdo mundo sobrenatural ) administram rios de dinheiro conse-guidos com o lucro do Alumínio e da Bauxita( minérios muitoencontrados em regiões como o município de Oriximiná ) e pos-suem uma imensa mansão em Belém, onde se reúnem quandocertos improvisos acontecem na cidade( tipo surgimento de ca-çadores, anjos, etc. ). Seus domínios em Oriximiná são poucoconhecidos pelo Vampiro existente em Belém, mas este contaboatos sobre uma torre guardadas por Demônios ...

O Asimani de Belém possui um refúgio em um antigo barque servia para o encontro de maçons( o lugar se chamava e sechama Le Serpent Noir ), este estabelecimento se localiza nobairro da Cidade Velha. O lugar é totalmente escuro e sombriodurante o dia, e funciona de noite como danceteria. Quandoseu dono precisa se alimentar funciona desde as dezoito horasaté altas horas da madrugada.

LOCAIS DE INTERESSEA busca pelos pontos-chave do ritual do Misericordioso

Destino calca-se em determinados lugares da cidade, mas nemtodo lugar de destaque é necessariamente místico.

O MERCADO DO VER-O-PESOLocal onde outrora parava-se para a pesagem de mercadori-

as e produtos provenientes do porto ( “vamos ver o peso des-tes peixes” ), hoje é um mercado onde encontra-se praticamentetudo, de produtos tradicionais como coco, tucupi e açaí, bemcomo rezas e simpatias.

O PLANETÁRIORecém-construído, denota o atual interesse científico que

alastra-se pela cidade. Seriam indícios da aproximação dos mem-bros da casa de Chronos?

O PALACETE BOLONHAO palacete ( bem como a vila ) foram concluídos por Fran-

cisco Bolonha em 1905, possuem bela arquitetura, preservadagraças a uma recente recuperação. São um Node nível 1 para ocaminho da luz.

CAMO Centro Arquitetônico de Nazaré é uma grande praça de

fronte para a Basílica, é o ponto culminante do círio; Tambémuma Meca nível 3 ( 5 durante os festejos ). Debaixo da Basílicatambém jaz a cauda de Kadioth e o portal.

A IGREJA DE SANTO ALEXANDREAnteriormente igreja de São Francisco Xavier, foi a terceira

igreja construída pelos jesuítas, inaugurada entre 1718 e 1719 .Foi restaurada no início do século sem que alterassem seus tra-ços originais, passou também por restauração recente de modoa abrigar um museu de arte sacra.

FORTE DO CASTELOBerço da cidade, ponto turístico obrigatório. Infelizmente,

perdeu muito de seu traçado original. É utilizado como ponto deencontro pelos Iluminados.

PRAÇA FREI CAETANO BRANDÃOLugar onde residiam os tupinambás, são diversos os rela-

tos de visagens e assombrações, devido a crença do cemitérioindígena. Conta-se que um homúnculo vive em seus subterrâ-neos, bem como a cabeça da serpente debaixo de sua catedral.

CEMITÉRIO DE SANTA IZABELCemitério onde estão enterradas personalidades como o Dr.

Camilo Salgado, Joaquim Cardoso de Magalhães Barata. É umnode nível 2 no caminho de Spiritum.

CEMITÉRIO DA SOLEDADEO cemitério da soledade surgiu em 1850 quando o gov. pro-

vincial resolveu acabar com os enterramentos em igrejas e ou-tros locais particulares. Tinha uma destinação geral, embora in-ternamente era dedicado a 4 irmandades, o que era, em suma,maneira de separar enterros entre patrões e empregados. Foifechado em 1880 posto que um relatório técnico revelou ser osolo incompatível para a absorção dos cadáveres, entretanto, éfato consumado que o cemitério foi desativado por ser localiza-do no centro da cidade. Lá foram sepultados General Gurjão,mas existem também a falsa memória na medida em que nele háuma sepultura da escrava Anastácia, cuja existência é duvido-sa, mas por certo não morreu em Belém. Todas as segundas, ocemitério é aberto , e além de seu cruzeiro são procuradas duassepulturas de crianças que acreditam-se ser milagrosas.

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BoituvaPor Tadeu Witchking

INTRODUÇÃOSinto algo no ar.É algo quase indefinível, algo parecido com um cheiro, mas

não é um cheiro. É algo como um calafrio percorrendo minhaespinha. Mas também não é isso. É apenas algo no ar.

Mas também, quem dera? Todo o ar dessa cidade parece algo,não sei, místico. O clima que ele tem, o fato dessa cidade ser tãofamosa pelo pára-quedismo.Não sei. Simplesmente não sei.

Só posso afirmar alguma coisa com certeza:Sinto algo no ar.

GEOGRAFIALocalizada em uma região privilegiada às margens da rodo-

via Castelo Branco (SP 280), Boituva está há 116Km da capitalSão Paulo. Com uma área de 248 Km² e estando a 638 metrosacima do nível do mar, Boituva possui clima tropical de altitudee uma topografia plana. A maior parte do ano os dias sãoensolarados com temperatura bastante agradáveis.

Especialistas comparam o clima de Boituva ao de Orlando,na Flórida (EUA), sendo, por isso, ideal para a implantação deempreendimentos voltados ao turismo e ao lazer.

POLÌTICA E ECONOMIAO Centro Nacional de Pára-Quedismo, conhecido como área

de salto de Boituva, inaugurado em 1971, fez com que Boituvase tornasse uma referência nacional e internacional do pára-quedismo, conhecida como a CAPITAL DO PÁRA-QUEDISMO.

Conta com 7 escolas homologadas para o ensino do espor-te. “Faça o curso hoje e salte amanhã”, com instrutores técni-cos e capazes, possibilitando ao aluno uma ascensão, desde oprimeiro salto enganchado até o estilo livre do Skysurf.  Casoqueira, poderá saltar duplo. Aviões estão sempre disponíveisna área, todos os dias, do nascer ao pôr do sol.

Boituva oferece completa infra-estrutura de hospedagem egastronomia, além de possuir na própria área de salto espaçopara camping, com capacidade de até 50 barracas, restaurante elojas de artigos para uso no esporte do pára-quedismo.

O evento marcante anual é o “Boogie do Carnaval”, ondeacontece o grande encontro de pára-quedistas do Brasil e doexterior, nas disputas das melhores posições e quebras de re-cordes em todos os níveis e categorias.  O recorde em Boituvafoi a formação de 40 atletas, realizada no carnaval de 1997.

O município de Boituva mantém um programa para atrairnovos investimentos no segmento industrial, com doações deáreas, ajuda nos serviços de terraplanagem, isenção de impos-tos municipais, etc.

Além das vantagens de sua localização, às margens da ro-dovia Castelo Branco, via de acesso aos países do Mercosul eàs regiões mais prósperas do país, o município tem também con-dições de oferecer trabalhadores com formação técnica, atra-vés da Escola Profissionalizante do Senai.

Para usufruir dos benefícios de se instalar no distrito Indus-trial de BOITUVA , as condições básicas são as seguintes:

· Iniciar a construção dentro de três meses, contando apartir da entrega da escritura da doação;

· Iniciar suas atividades 18 meses após a outorga da escritura;

· Manutenção mensal de número máximo de funcionários,pelo prazo de cinco anos, a ser definido entre os interessados.

Caracteriza-se pelo grande cultivo de cana-de-açúcar e milho. Cer-ca de 5.900 alqueires são de plantação de cana e 1.500 de milho.

As maiores indústrias do município que utilizam essas culturascomo matéria-prima de seus produtos são: Usina Santa Rosa (açúcar eálcool) e Rosa S/A (produtora de aguardente e farináceos).

HISTÓRIABoituva é uma palavra de origem indígena da língua tupi-

guarani, que significa “muitas cobras”. Os primeiros habitantesque formaram o povoado chamado na época de Campo de Boituva,instalaram-se aqui no final de 1700, segundo a história oficial.

Alguns estudiosos afirmam que os pioneiros de Boituvachegaram pela ferrovia, antiga Sorocabana. Outros, ainda ga-rantem que os primeiros habitantes eram ex-trabalhadores daextinta usina de ferro da fazenda Ipanema que, fechada, obri-gou-os a adquirir terras vizinhas.

Na segunda ou terceira década Boituva ganhou notorieda-de como TERRA DO ABACAXI, pois foi de abacaxi a primeiracultura em grande escala. A qualidade do fruto era tanta quemereceu a medalha de ouro em exposição a nível nacional, reali-zada na ua população é hoje de aproximadamente 40 mil habi-tantes e recebe nos finais de semana uma população em tornode 3 mil pessoas que vêm usufruir do conforto de suas exube-rantes chácaras, ou mesmo para praticar o arrojado esporte quefez de Boituva a Capital Nacional do Pára-quedismo Civil.

A emancipação político-administrativa, de Boituva, da cidadede Porto Feliz aconteceu em 6 de setembro de 1937, data que atéhoje é comemorada com os festejos conhecidos como Boituvana.

Boituva é uma cidade moderna, dinâmica e arrojada, tanto quejá faz parte da comunidade global através da rede mundial Internet.

HISTÓRIA SOBRENATURALBoituva foi criada quando alguns Bandeirantes “empurra-

ram” pessoas para morar lá com o intuito de caçar a vampiraAnnikel. Nunca conseguiram. Exceto por ocasionais ataques deAnguará, Boituva sempre foi uma cidade calma, inclusive sob oponto de vista sobrenatural.

Com a criação do CNP, foi criado o Selo de Boituva, coman-dado pela Ordem Kuft.

Recentemente, Boituva corre o risco de ter a paz perturbadapela Irmandade de Tenebras, representada por Zarok.

LOCAIS DE INTERESSECemitério MunicipalMesmo sendo uma cidade pequena, Boituva tem um dos mai-

ores cemitérios do interior paulista. O verdadeiro motivo disso é ofato do mago Zarok utilizar o cemitério para realizar seus experi-mentos, criando um número cada vez maior de sepulturas.

CNPCentro Nacional de Pára-quedismo.É um Nodo de Ar, base da Ordem Luft.Biblioteca MunicipalSede da Loja boituvense dos Iluminados.É onde o Arcanorum se reúne.

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PEOPLEDanceteria de Inácio. Funciona como restaurante durante o

dia e é ponto de encontro amigável entre as Sociedades Secre-tas e Seres Sobrenaturais.

CavernaEsconderijo de Annikel, está localizada próxima de um Nodo,

no qual vive Anguará.

NPCsAnnikelVampira Lamiai que veio para o Brasil, fugida de algumas

das bruxas da Ordem de Luvithy, logo após o descobrimento.Se refugiou numa caverna na área que mais tarde seria Boituva,onde vive até hoje. Além do Amuleto de Salomão, é tambémDiácono Norte de Boituva.

HectorVampiro Vrikolaka, veio para cá com o intuito de preservar

os poucos lobos-guará que ainda existem na região.Foi instruí-do por Annikel à ingressar na Casa de Chronos e atualmenteocupa o posto de Diácono Oeste.

Jean-Pierre DeLucDiácono Sul. Pertence aos Iluminados e é dono da Biblioteca

Municipal, que começou com sua coleção particular, herdada deseus antepassados franceses. Tem sabedoria e cultura invejáveis.

Inácio VieriaMembro dos Rosacruzes, é o Diácono Leste de Boituva. É

dono de uma rede de restaurantes.Andrew MeingottMembro da Ordem Lugt, é o Diácono Superior de Boituva.

Seu pai foi o responsável pela implantação do campo de pára-quedismo e ele gerencia o campo hoje em dia.

Stephanie MeingottIrmã de Andrew, também é da Ordem Luft. É guardiã do Nodo exis-

tente no campo de pára-quedismo. Ocupa o posto de Diácono Inferior.AnguaráEspírito indígena ancestral, é personificado como um lobo-

guará. Vive num Nodo próxima à caverna de Annikel. Ataca ani-mais dos sítios da região periodicamente.

ZarokMembro da Irmandade de Tenebras, esse feiticeiro se refugia

no cemitério da cidade. Ressuscitou um antigo guerreiro indígenae o encantou com diversos rituais, e o utiliza como segurança.

ARKANUN ARCANORUM

Irmandade da Luz EternaFundação: 2002, em Sorocaba, Brasil.Base: Campus da UNISO e Mansão, em Sorocaba.Atuação: Sorocaba e região.Personalidades: Alfred Smithers, Betuel.Background: formada como um apanhado de outras Socieda-

des, possui influência direta e indireta dos Iluminados, da Rozacruz,da Escola de Yamesh, da Casa de Chronos e da Ordem de Salomão.Seus reais objetivos são eliminar a ameaça da Irmandade deTenebras, assim como qualquer criatura sobrenatural maligna. Temtambém como objetivo preservar o planeta e a natureza, seguindoo princípio de que amar a Terra é amar a Deus. Não possui nenhu-ma fachada entre a sociedade normal, devido ao fato de que seusmembros geralmente são observados.

Características: apresenta estruturas cristãs e militaristas,seguindo, em partes, a tradição Templária. No fator religião, a Ir-mandade tem liberdade de culto, embora pregue a doutrina cristã,para que seus membros interpretem do jeito que acharem melhor.

A partir do momento em que o membro atinge o grau de iniciado,recebe um glifo no peito que faz com que os membros da Irmanda-de de Tenebras sintam que o indivíduo está “sob as asas” deBetuel. Conforme o membro vai subindo de graus e se mostrandovaloroso e confiável, podem receber mais poderes no glifo. O glifosó aparece quando alguém tenta detectar magia.

Graus: inicialmente, a irmandade possui o grau denomina-do Observado, no qual o futuro membro é constantemente tes-tado. Após ter demonstrado valor e ganhado confiança, ele efe-tivamente entra para a Irmandade que possui os seguintes graus,seguindo a Cabala: 1=10 (Aprendiz ou Keter); 2=9 (Iniciado ouHochma); 3=8 (Estudioso ou Binah); 4=7 (Zelador ou Hesed);5=6 (Cavalheiro ou Giburah); 6=5 (Irmão ou Tiferet); 7=4 (Lordeou Netzach); 8=3 (Tutor ou Hode); 9=2 (Sábio ou Yesode); 10=1(Mestre ou Malkuth). Possui um círculo interno composto pe-los 6 Mestres eleitos pela Irmandade, chamados de MestresSupremos. A passagem de um grau para outro não tem tempofixo, devido ao fato de que os membros somente sobem de Grauquando demonstram ter adquirido uma pureza espiritual maiorou quando demonstram seu valor perante a ordem.

IRMANDADE DA LUZ ETERNACusto: 300 pontos de perícia e 4 pontos de aprimoramento.Perícias: Ciências - Herbalismo 20%, Teologia 30%; Ciências

Proibidas - Ocultismo 40%, Demônios 20%, Teoria da Magia 20%,Rituais 40%, Viagem Astral 50%; Furtividade 30%; Idiomas - Latim30%, Hebraico 20%; Manipulação - Lábia 30%, Liderança 20%,Impressionar 20%; Etiqueta 40%; Pesquisa/ Investigação 40%.

Aprimoramentos: Poderes Angelicais 1; Pontos Heróicos 1;Pontos de Fé 1; Poderes Mágicos 1; Contatos 2.

Caminhos Preferidos: Luz e Humanos.Pontos de Fé: 1 + 1 a cada 2 níveis.Pontos de Magia: 1 + 1 por nível.Pontos Heróicos: 1 por nível.

Secto das TrevasFundação: 2002, em Sorocaba, Brasil.Base: Pavilhão da Cianê e casa no Granja Olga, em Sorocaba.Atuação: Sorocaba e região.Personalidades: Ruth Usch, Nélson.Background: formada devido à ameaça crescente da Irmanda-

de de Tenebras, tem como objetivo primário descobrir seuscultis tas, inclusive os que se suspeitam que participem de outras so-ciedades. Surgiu depois do desmanche da Casa Lúmina, sociedadecriada por Ruth Usch com o objetivo de desmascarar os planos dosIluminados e de esconder uma criança importante para os rituais daIrmandade de Tenebras. Apresenta pouca influência e apoio.

Características: tem formação similar a dos Magos das Som-bras, devido à influência desta sociedade no Secto. Seus mem-bros são escolhidos após rigorosos testes de confiança, e so-mente são aceitos após interromper pelo menos um plano daIrmandade de Tenebras, direta ou indiretamente. Nos graus maiselevados, podem ganhar pactos com Nélson.

Graus : possui apenas 5 graus: Aprendiz, Iniciado,Guardião, Sábio e Mestre. A passagem de grau é dada quan-do o membro interrompe um plano da Irmandade e os mem-bros do grau superior o aceitam como um deles. São treina-dos pessoalmente por Ruth Usch.

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O MUNICIPIOCom aproximadamente 140 quilômetros quadrados e popu-

lação em torno de 3.500 habitantes, o Município de Catas Altasda Noruega encontra-se na região administrativa Central II doEstado de Minas Gerais e a 135 quilômetros de Belo Horizontecom acesso totalmente pavimentado. A altitude de sua sede é764 metros e atingindo 1.447 metros no Alto do Barbeiro; esta-belecendo limites com os municípios de Lamim, Piranga, OuroPreto e Itaverava.

Catas Altas da Noruega possui clima agradável - Tropicalde Altitude - com estiagem no inverno. Em seu subsolo regis-tram-se minerais como o alumínio, caulim, esteatita, ouro emanganês.

Protegidos pela Mata Atlântica, que representa 80% do Mu-nicípio, estão os mananciais formados pelo Rio Piranga, Ribei-rões Água Suja e Pirapetinga e o Córrego Tereré, dentre outros.Em sua economia predomina a pecuária, cultura de milho, feijão,arroz, café e cana-de-açúcar, artesanato em pedra-sabão, tapetearraiolo, produção artesanal de aguardente, indústria moveleirae de beneficiamento de alimentos e comércio de sustentação.

SUA HISTORIAMinas Gerais é o estado brasileiro onde floresceram as pri-

meiras cidades, através da riqueza de nossa terra (o ouro), queoriginou o enriquecimento cultural e os traços de nossa gente.Catas Altas da Noruega é também uma dessas primeiras civili-zações urbanas. Começou a ser povoada entre 1680 a 1690 porgarimpeiros descontentes do garimpo da Noruega (hoje, umalocalidade rural do município).

Como a cata do ouro era fácil, encontrando o precioso mine-ral até nas raízes das plantas, o povoado cresceu e assim nas-ceu as “Catas Altas”, seu primeiro nome. Pelos idos de 1750surgiram os primeiros sinais de decadência da mineração doouro, ocasionada pelo progressivo esgotamento das minas su-perficiais, e ainda pelo elevado montante fixado para a cobran-ça dos quintos do Rei, que não era somente estendido aos ex-ploradores de ouro, mas também a pessoas que se dedicavam aoutras profissões. Muitos ficaram reduzidos à miséria.Diante dessa situação e incentivados pelo Conde de Bobadella,o Governador da Capitania das Minas Gerais, que procuravanovas descobertas, os garimpos de Catas Altas e o da Noruegaforam reativados e se uniram, originando o nome atual da cida-de: Catas Altas da Noruega.

Até 1718 o povoado pertencia à Vila Rica (hoje, Ouro Preto),quando aos 7 dias de março, o então Governador da Capitania,o Conde de Assumar, subordinou o distrito à jurisdição da re-cém-criada VilIa de Sam Joseph del Rey (hoje, Tiradentes).No ano de 1840, em 3 de abril foi criada a freguesia de CattasAltas da Noruega, pela Lei nº 184, subordinada ao Municípiode Conselheiro Lafaiete.

Catas Altas da Noruega, emancipou-se pela Lei nº 2.764 de30 de dezembro de 1962 e foi instalado como município em 10 demarço de 1963.

Catas Altas da Noruega - MGPor Henrique Cintra

NPCs

Pe. Luiz Gonzaga Pinheiro*23/07/1920 +29/09/1995Padre Luiz Gonzaga Pinheiro nasceu em Angoritaba, distri-

to de Barbacena, atual cidade Senhora dos Remédios, aos 23 dejulho de 1920, filho dos professores José Raimundo Pinheiro eCarmélia Santana Pinheiro.

Entrou para o Seminário Menor de Mariana, em 1 de marçode 1934, onde concluiu seus estudos aos 6 de dezembro de 1946.Sua ordenação sacerdotal foi realizada na Capela do Bom Pas-tor em Barbacena, presidida pelo então Arcebispo de Mariana,Dom Helvécio Gomes, em 6 de janeiro de 1947.

Após estágio de dois anos como padre cooperador na Pa-róquia de Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete,tomou posse na Paróquia de São Gonçalo do Amarante, em Ca-tas Altas da Noruega, a 20 de março de 1949.

Durante 48 anos de vida religiosa, dos quais 46 foram pas-sados em Catas Altas da Noruega, Pe. Luiz Gonzaga Pinheirodemonstrou sua fé inabalável em Deus, sua confiança na Vir-gem das Graças e dedicado zelo sacerdotal, que fizeram de suaexistência terrena uma vida de humildade e santidade.Além dos deveres de Sacerdote, onde construiu com bondadee mansidão a formação espiritual dos seus paroquianos, o Pe.Luiz Gonzaga Pinheiro procurou solucionar os problemas dapequena Catas Altas da Noruega e foi através de suas mãosque o Município recebeu a primeira água potável (Fonte de SãoFrancisco); o serviço de energia elétrica (Companhia de Força eLuz São Gonçalo Amarante); a criação do Ginásio Comercial SãoGonçalo do Amarante; o Salão Paroquial que hoje leva o seunome; a Casa Paroquial; a abertura da Avenida Nossa Senhoradas Graças e estradas na zona rural; construção de pontes;manutenção e reforma das Igrejas, bem com construção de Ca-pelas e do Salão dos Milagres; criação da Banda de Música,dentre outros benefícios.

Pe. Luiz Gonzaga Pinheiro Faleceu aos 75 anos, no dia 29 desetembro de 1995, na Santa Casa de Misericórdia, em Barbacena,e foi sepultado em sua terra natal, Senhora dos Remédios.

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Contagem - MGPor Luiz Fernando Assis Lagee Joao Paulo de Oliveira Santos

INTRODUÇÃOSeja Bem vindo a minha cidade,espero que tenha feito uma

boa viagem...Que tal um passeio pela cidade enquanto conversamos?

Que tal comerçamos por nossas defesas? Ou melhor dizendonossos investimentos! Nem precisaremos ir muito longe paraconhecer uma das nossas principais defesas... vê essa chamineque cospe essa fumaça negra dia e noite, sem duvida e umadas defesas mais inteligentes já criada por nosso ordem... cla-ro que tem alguns pequenos probleminhas, principalmente nahora de alimentar o forno que mantem nossas nossas enormeschamine em atividade constante, esse odor que essa fumaçapossui lhe parece familiar meu caro?! Sim, isso mesmo o bome velho odor de carne humana carbonizada... esse odor real-mente e inconfudivel, isso me lembra a boa e velha Alemanhano seu tempos de gloria

Como nos conseguimos materia prima para os nossas fa-mintas chamines?

Isso e simples... sabe como e uma cidade grande... Orfana-tos, criancas de rua ali mendigos lá e por ai vai sabe comoesse tipo de gente ninguem nunca sente falta, essa fumaça es-cura que você vê funciona como um tipo de proteção contravarios tipos de inimigos... graça a esssa fumaça muitos dosnossos inimigos alados nem imaginam que por baixo dessadensa fumaça exista uma bela cidade, e graças as cinzas libe-radas da fumaça que protege o céu quando tocam o solo, for-mam uma especie de escudo contra as criaturas do andar debaixo, se e que você me entende...

Sendo assim, eles nem suspeitam da nossa presença e paramelhorar as coisas, se você tem problemas com alguns seresde arcadia pode ficar tranquilo, afinal a nossa cidade é cer-cada por montanhas que se destacam graças a sua grandeconcentraçao de ferro, sendo assim, barreiras naturais e so-brenaturais e o que não faltam em minha ciadade.

Agora vamos nos divertir um pouco.

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Curitiba - PR

O Ciclo do OuroA história de Curitiba começou em Paranaguá, cidade litorâ-

nea do Paraná, onde os portugueses encontraram, em 1587, oprimeiro ouro do Brasil. Imaginando haver mais ouro serra aci-ma, aproveitaram as trilhas indígenas para atingir os campos deCuritiba, no primeiro planalto do Estado. Nestes campos, esta-beleceram um arraial de mineração às margens do Rio Atuba eali ergueram um amontoado de casebres, a que deram o nomede Vilinha. A principal atividade era o garimpo do ouro de alu-vião, que encontravam misturado à areia, no fundo do rio. Quan-do esse ouro começou a se tornar escasso, seguindo o conse-lho do cacique dos índios Tinguí, deixaram a Vilinha e muda-ram-se para onde é, hoje, o centro da cidade.

A Origem do Nome e a Fundação da CidadeCuritiba deve seu nome aos pinheirais sem fim que cobriam o

território onde hoje ela se encontra. Ao se referirem à região, osíndios usavam a expressão core (pinhão ) etuba ( muito ) que, como tempo se transformou em “Curitiba”. E foi com o nome de Vila deNossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba que a cidade foifundada, em 29 de março de 1693. Tinha, então, 540 moradores.

O Ciclo dos TropeirosEm 1721, ainda era uma pequena vila que somava algumas de-

zenas de casas miseráveis, feitas de madeira, barro, taquara e pe-dra. Em torno dela, as fazendas de criação de gado, onde morava amaioria dos seus 1.400 habitantes. Nesta época, Curitiba era a pou-sada dos gaúchos que conduziam tropas de mulas e cavalos, doRio Grande do Sul para a Feira de Sorocaba. Na Feira, as tropaseram vendidas para transportar o ouro das Minas Gerais, principalcentro econômico do país. O pouco ouro que havia nos rioscuritibanos já havia acabado há muito tempo. E os fazendeiros dacidade logo perceberam no comércio dos gaúchos uma boa opor-tunidade de fazer fortuna. Assim, viraram tropeiros.

O Ciclo da Erva-MateViajando para o sul com grande freqüência, para buscar tro-

pas, descobriram um novo mercado - a Argentina e o Uruguai -para onde passaram a exportar erva-mate, planta nativa doParaná. Graças a estas duas atividades - o tropeirismo e a pro-dução de erva-mate - Curitiba começou a crescer. Em 1812, tor-nou-se cabeça de Comarca. Em 1842, foi elevada à categoria deCidade. E em 1853 emancipou-se de São Paulo e passou a ser acapital da nova Província do Paraná.

A ImigraçãoDe 1829 a 1929, cerca de 130 mil imigrantes fixaram-se no

Paraná. Eram poloneses, alemães, italianos, suíços franceses,galicianos, franceses argelinos, ucranianos etc. Inicialmenteestabeleceram-se em empreendimentos que fracassaram porestarem muito distantes dos centros de consumo. Depois de1869, em colônias agrícolas situadas nos arredores de Curitiba.Muitas delas deram origem a bairros importantes da Cidade. Osimigrantes europeus introduziram novas técnicas agrícolas,novas ferramentas, novos produtos, novos hábitos alimenta-res, novas religiões. Destacaram-se em várias artes e ofícios.

Influíram no estilo arquitetônico das moradias e das casas decomércio. Trouxeram a carroça para as ruas da cidade. Criaramclubes recreativos e entidades culturais. E legaram seus nomesà grande maioria da população curitibana.

O Ciclo da MadeiraLogo após o desastre da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, os

engenhos de mate de Curitiba começaram a emudecer. E ficaramquase totalmente calados quando, logo em seguida, os argenti-nos começaram a colher a erva-mate cultivada em suas própriasterras, deixando de importar a nossa. A sorte viria a socorrer Curitibapelas linhas tortas da Guerra: a proibição das exportações de ma-deiras brancas do Báltico, subitamente abriu as portas do Mundopara as madeiras do Paraná. A ex-cidade dos tropeiros e ervateirostornou-se, da noite para o dia, a cidade das serrarias.

Uma cidade à espera de transformaçõesA cidade cresceu, começou a industrializar-se. E chegou aos

anos 60 com pouco mais de 300 mil habitantes e muitos proble-mas. A população disputava com o automóvel as ruas do cen-tro da cidade. Servia-se de um sistema de transporte coletivoultrapassado. Quase não dispunha de espaço para o encontro,o esporte, o lazer e a cultura. Uma cidade que perguntava o queseria do seu futuro.

Curitiba hojeNas últimas décadas, a população de Curitiba cresceu a uma

taxa média anual de 5%, bem acima da média nacional, chegandohoje a cerca de um milhão e quinhentos mil habitantes. Entretanto,apesar de extraordinário, este crescimento não comprometeu aqualidade de vida dos cidadãos. Isto porque, desde o final dosanos 60, o desenvolvimento da cidade tem sido orientado pelaPrefeitura, através de um enfoque inovador de planejamento ur-bano. Contrariando a tendência dos urbanistas de então, emCuritiba, o homem - e não o automóvel - passou a ser a medida detodas as coisas. E toda a ação pública passou a ter como objetivopromover o bem-estar de cada cidadão. Este enfoque, associadoà visão global dos problemas urbanos, permitiu o surgimento deuma cidade singular, onde as funções básicas - moradia, transpor-te, lazer e trabalho - coexistem harmoniosamente, em todos os bair-ros . E onde as mais arrojadas e criativas propostas urbanísticasestão sempre em sintonia com a preservação do meio ambiente eda identidade cultural da cidade.

Por Carlyle Santim

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Feira de Santana - BA

Histórico da cidadeNos idos do século XVII, em meio à prática da lavoura

açucareira nas colônias portuguesas na América, em diferentespontos do território nacional estabeleciam-se núcleos de ativi-dades produtores de gêneros básicos para o consumo local.Um exemplo disso é a pecuária no nordeste do atual Estado daBahia. No entanto, os centros urbanos localizavam-se em áreaslitorâneas, sendo a de maior destaque, salvador, obrigando osviajantes à longos percursos para condução de gado. Tais via-gens, por vezes, estendiam-se por cerca de um mês à dois, issolevava os viajantes a realizar, por vezes, paradas de alguns diasna viagem num longo cortejo, a fim de propiciar o devido des-canso para o gado e os condutores em fazendas no intermédiodo caminho. Uma dessas fazendas pertencia ao casal BasílioAraújo Cruz e sua esposa Ana Luzia Bragança e Cruz, tendosido adquirida no início do século XVIII. Anteriormente, no iní-cio do século XVII, toda a região que hoje é ocupada pela cida-de de Feira de Santana e todos os seus distritos pertencia à ofamoso latifundiário Fernão Guedes dos Santos. Em meados doséculo XVII, tal área se encontrava na mão de Lídio Peixoto Ver-ga, cuja misteriosa morte assinalou a divisão da área em muitasfazendas, sendo uma delas a que pertenceu ao casal já citado: AFazenda Sant’anna dos Olhos D’água. Com o crescer do fluxode viajantes, tornou-se interessante a formação de umainsipiente atividade comercial de gêneros básicos entre os tran-seuntes e os moradores da região. Tal fato fez com que algumaspessoas fizassem moradia na região e criassem um povoadoentão batizado de Sant’ana da Feira. A feira livre que dera nomeao povoado e futuramente à cidade passou a dividir espaço comum promissor comércio de gado que em pouco tempo pôde serconsiderado entre os maiores do Brasil. Em 1832, o povoado deSant’ana da Feira foi elevado à vila de Feira de Santana. Em1855, a comarca de Feira de Santana foi criada e no mesmo ano,enfrentou uma das piores epidemias da região: A cólera-morbodeixou um rastro de centenas, talvez milhares de mortos. Em1859, O Imperador D. Pedro II visita a comarca. Em 1864 funda-se a Santa Casa de Misericórdia, pelas irmãs sacramentinas. Umano depois surge o Hospital da Santa casa, então doação doImperador. Em 1873, Feira de Santana recebeu a sua denomina-ção final e o status de cidade.

Os pingos nos is.Fernão Guedes dos Santos saiu de Salvador por volta de

1584, depois de ter aproveitado bem os ataques de corsáriosaos portos sateropolitanos. Na época, um dos soldados de con-fiança de Fabrício Baía chaves, Fernão abandonou a luta diretacontra os atlantes prevendo uma grande oportunidade de enri-quecer. E conseguiu. Com a venda de informações aos corsári-os estrangeiros e a venda de informações sobre os corsáriospara as armadas espanholas, juntou dinheiro o suficiente e, semque ninguém desconfiasse de nada, nem mesmo o Frabrício, quejurava a fidelidade de seu soldado e capacho pessoal, ele com-prou terras e mais terras, tornando-se um dos mais famosos la-tifundiários do Brasil. Afundado em sua avareza e arrogância,Fernão morreu sozinho em uma de suas enormes fazendas, víti-

ma de uma queda de cavalo fatídica, à qual sua velhice não po-deria suportar. Sua fortuna foi confiscada pela comarca maispróxima, e recentemente transformada em vila, Cachoeira. Suasterras foram a leilão em meados do século XVII.

Quem as comprou era um Atlantis do círculo afetivo de Ál-varo Afonso de Assunção, pois foi considerada uma terra deimportância estratégica, devido três nodos de magia existentese pelo fato de ser um meio caminho entre cidades do interior ecidades litorâneas. No entanto, depois de trinta anos do arre-mate das terras, Lídio (o Atlantis citado) foi encontradoesquartejado, com pedaços faltando e a cabeça, espetada numgalho de pau-de-rato e com os olhos caídos no chão. As terrasforam divididas e vendidas separadamente, pois ninguém que-ria ficar com o pedaço de terra em que fora cometida tal atroci-dade. Isso tudo ocorreu mais ou menos na época em que Mau-rício de Nassau tentava, sem êxito, invadir Salvador.

No início do Século XVIII aquelas terras ganhavam, final-mente, um dono: Basílio, então consorte e escravo da recémaceita na ordem de Luvithy, Ana Luzia Bragança e Cruz, queesperava a escolha de suas outras duas companheiras pelassua superiora para então jantar o seu companheiro.

Foram escolhidas Roberta Argones (Prostitua que veio numdos navios da armada Luso-espanhola à salvador e profundaconhecedora dos mistérios do Tarô e das poções) e AndréiaGonçalves (Uma garota morena, filha de uma mulata de pele cla-ra e seu senhor. A escolha desta última foi feita não só pela suaaura, como pelo imenso poder inato que guardara de seus an-cestrais Yorubás). Juntas, eram consideradas intocáveis pelaslendas da região. Criaram templos nos três nodos de magia quehaviam e moravam no centro do triângulo por esses pontos for-mados, em uma cabana feita de barro resistente como granito eenfeitada com restos de animais e crânios de transeuntes quepor ali passavam. Viveram, então, felizes para sempre... mas opra sempre sempre acaba. E pra elas acabou quando um grupode homens vestidos de marrom invadiram suas terras, levaramseus livros, seus amuletos, derrubaram sua casa, incendiaramsuas vestes e as “mataram”. No lugar dos três templos profa-nos foram erguidas três capelas. A Capela da Santana dos OlhosD’água (hoje a igreja da Matriz), A Capela Nossa Senhora deLourdes (Hoje sob cuidados das Irmãs sacramentinas) e a Ca-pela de Nossa Senhora Santa Ana da Feira (Hoje a igreja dosremédios). Eram viajantes que se auto-denominavam descen-dentes dos marranos. Mas de magia não entendiam grande coi-sa. Mas trabalhavam em conjunto com três anjos.

O crescimento da população (entre romeiros para visitar ascapelas e viajantes entre as outras cidades) transformou a cida-de no tão já citado centro comercial e entroncamento de cami-nhos para transporte de gêneros, primários ou não. Esse en-troncamento formou, coincidentemente ou não, o que chama-se na arquitetura de feira de Anel de Contorno. Trata-se de umenorme círculo de estrada com ramificações para as demais ci-dades. O anel circundava toda a cidade. Tempos depois, a cida-de foi crescendo para fora do Anel de Contorno. No extremonorte do Anel de Contorno existe um outro círculo menor. Essecírculo (coincidentemente ou não) circunda, de longe, o localonde o Atlantis Lídio foi morto e esquartejado da maneira tãohorrenda que foi citada. Hoje esse círculo é um jardim.

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Locais importantes

O triângulo das igrejas. No centro do triângulo está o CUCA(Centro Universitário de Cultura e Arte), Mais especificamente naoficina de criações artísticas, onde existe um pequeno ponto deenergia, não se sabe de onde ela emana. O vértice que aponta parao Leste é o ponto mais poderoso e é protegida pela Igreja da Ma-triz. Os dois outros pontos são um pouco mais fracos, mas aindapoderosos. São a igreja dos Remédios e a Capela Nossa Senhorade Lourdes. Ao lado da capela existe um colégio dirigido pelasirmãs sacramentinas. Em cada um desses vértices existe um anjoprotegendo-a, nem que seja de longe. O CUCA é dirigido pelocapacho pessoal da Reitora: Arnoldo Alencar, que, apesar de nãoser nenhum mago, estuda à fundo o assunto e conhece QUASEtoda a verdade sobre o Arkanum Arkanorum (não possuindo sedeem Feira, mas obedecendo Ordens da de Salvador). E, às vezes,recebe um prensa de um ou dois anjos para dizer o que sabe sobreos recentes acontecimentos. Em cada um dos vértices existe umportal multi-dimensional que, a depender do ritual para abrí-lo, podelevar à Arkanum, Spiritum ou à Infernum. Os Anjos tentam manteresses portais fechados.

A UEFS. A Universidade Estadual de Feira de Santana nãofica no centro Urbano como o CUCA , mas ainda na cidade deFeira. A universidade é a produtora e colecionadora de conhe-cimentos da região. O acervo de sua biblioteca é de dar invejaem muita instituição federal. Mas o mais importante é um anexoda Universidade chamado Museu Casa do Sertão, onde encon-tram-se registros antigos da cidade, documentos e LIVROS DAÉPOCA DA FUNDAÇÃO DA CIDADE. O responsável pela ca-pela, dizem, é o neto de uma das três bruxas que aterrorizavamo sertão. Mas na verdade é apenas um de seus escravos... é...elas estão bem vivas em algum lugar.

O pequeno círculo ao norte do Anel de Contorno. Ninguémdá muito por ele... mas ali mora aprisionado por um forte encan-to o espírito do Atlantis Lídio, esperando que o seu assassinopasse por ali ou um de seus descendentes. O problema, é que apessoa que matou Lídio era a senhora das três bruxas de Luvithy.E esta senhora jamais teve filhos e está morta, na ESPANHA.Quem passa por dentro daquele círculo sai com uma tristezaimensa no coração e sente seus pés pesados e seus olhos can-sados como se quisesse dormir.

NPCsAna Luzia. A mais velha das três bruxas. Depois que os

“marranos” invadiram, Ela lançou um feitiço que fez com que trêsdos invasores (foram 13 invasores) ficassem na forma exata dastrês bruxas e as três bruxas assumiram a forma dos três coitados.As recém transformadas em senhoras bruxas foram mortas no lu-gar das verdadeiras. Ela é a mais poderosa do grupo, mas aindatem muito o que estudar. Ela foi escolhida em Portugal por já terafinidades com a magia portuguesa (Strigeria) e por ter facilidadeem atrair os homens pela magia. Sua especialidade é em ControlarHumanos, Criar/Controlar Luz e Criar/Controlar Trevas.

Roberta Argones. A mais forte do grupo, a mais impulsiva ea mais cruel. Foi escolhida pela sua obstinação e sua facilidadecom as artes ocultas da clarividência. Suas especialidades sãoem Enteder Spiritum e em Entender Humanos. Suas habilidadesem atrair homens são naturais, devido à sua natureza prostíbula.

Andréia Gonçalves. O nome verdadeiro é Nana Zuzubawe.O nome utilizado foi dado por seu senhor, pai e amante, antesda sua libertação. Foi o seu grande amor e o seu grande ódio aomesmo tempo. Era um espanhol lindo e cruel, que estuprou asua mãe e a fez filha, pela tez clara. Sua mãe já era filha de umarelação entre um negro e uma branca, e por isso já tinha a pelebem clara, mas não deixou de ser escrava. Quando foi escolhi-da, Andréia tinha acabado de matar seu pai/senhor/amante comum poderoso ritual Yorubá eu sua mãe havia lhe ensinado. Ain-da não é mais poderosa do grupo, mas seu potencial é infinita-mente maior que o das outras duas. É a mais reservada e a maisobediente... mas ninguém sabe até quando. Suas habilidadessão em Criar/Entender/ Controlar Trevas/Ar/Spiritum/Arkanum

Arnoldo Alencar. Mais um idiota que acha que pode se me-ter na vida dos magos. Sua sorte é estar em uma cidade desliga-da do Arkanum Arkanorum e onde Bruxos e Bruxas se reunemapenas exporadicamente... e em sua maioria não se importammuito com simples mortais como ele. Porém, ele tem uma sedepelo obscuro que poucos tem... mesmo magos. E ele ainda podemorrer por isso. É um cara pentelho, mas inteligente pra caramba.Tem uma pequena biblioteca mística em casa. Não é das melho-res, mas pra quem não é iniciado em PN... ele sabe até demais.Formado em Pedagogia, Teologia e Filosofia, tem mestrado emreligiões nórdicas e doutorado em história social moderna. Éum homem de palavras e não de ações... a não ser no que serefere à conhecer o desconhecido. Ele geralmente sabe tudo doque acontece no mundo sobrenatural atual ... mas sempre comointerpretação de boatos.

Denis Daniel. Inspetor da Polícia Militar e possuidor do graumais alto da maçonaria a nível municipal. Recebedor de váriashonrarias como as da Ilustríssima ordem de Kadosch, como se-guidor fiel do Grande Arquiteto e diversas condecorações daOrdem da Águia Branca e Negra. Ele é um recém iniciado nasartes mágicas cabalísticas pela Casa de Chronos. O único daRegião, presume-se... mas não deve se aprofundar muito nis-so... apenas quer viver sua vida em paz e cuidar de suas trêsfilhas e de sua esposa.

Danielle, Tathille e Tathianna. As três filhas do InspetorDenis. Três garotas lindas, com diferença de dois anos entrecada uma delas. Possivelmente as próximas bruxas da cidade,assim que as outras três acharem necessária a mudança. Denisnão tem idéia do potencial inato das filhas e nem as filhas sa-bem do envolvimento do pai com a casa de Chronos. Elas de-senvolveram, de maneira inata, métodos de percepção dos es-píritos equivalente à entender/controlar Spiritum 2. As três bru-xas de Luvithy estão de olho nelas há algum tempo, instigando-as de longe (já que sempre andam nas altas rodas da sociedade,sempre como mulheres lindas e acompanhando homens ricos)à estudarem sempre um pouco mais sobre o obscuro.

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INTRODUÇÃOFlorianópolis é famosa por suas belezas naturais, mas estas

escondem muitos segredos. Por trás de paisagens paradisíacasestão adormecidas antigas culturas que há muito, estranhamentedesapareceram; deixando apenas traços confusos e teorias obs-curas sobre seus hábitos e costumes.

Florianópolis, chamada de “Ilha da Magia” por alguns estu-diosos, é na verdade chamada de “A Ilha das Bruxas” para to-dos aqueles que conhecem a verdade por trás do véu da reali-dade. E isso não é apenas um rótulo... Enquanto sociedades“secretas” articulam suas marionetes no governo, linhagens defeiticeiras dançam sob a luz da lua em locais desertos e especí-ficos da Ilha de Santa Catarina.

Como se isso já não bastasse, mitos e lendas de criaturasfantásticas são facilmente encontradas nas vilas e bairros maisafastados do centro da cidade. Histórias obscuras sobre lobi-somens, fadas, navios fantasmas e monstros marinhos podemser ouvidas dos pescadores e moradores nativos.

Considerada um grande polo turístico, a Ilha de SantaCatarina exerce sobre todos que por aqui passam um fascíniounânime. O por quê desse fascínio ninguém sabe explicar aocerto, alguns afirmam ser a paisagem e o clima, outros aindaapontam para a questão social - como a alta qualidade de vida ea baixa criminalidade (para uma capital do Estado). Seja qual foro motivo, o resultado é que muitos turistas acabam se fixandoem Florianópolis, alguns por temporadas e outros permanente-mente. Aqueles que chamam esta terra de “Ilha da Magia” con-sideram esta “migração” uma escolha pessoal e espiritual. Masaqueles que a chamam de “A Ilha das Bruxas” possuem teoriasmais místicas e, muitas vezes, macabras...

Florianópolis - SC

GEOGRAFIAO município de Florianópolis está situado no extremo leste

do Estado, abrangendo toda a região da Ilha de Santa Catarinae a parte do continente mais próxima desta. A cidade é formadapelo centro oeste da ilha e uma pequena parte do continente.A Ilha de Santa Catarina possui uma superfície de 431 Km², dis-postos em forma alongada e no sentido Norte-Sul, paralelamen-te ao continente; com 54Km de comprimento e 18Km de largura.Sua orla mede 172Km, compondo um contorno bastante recor-tado, pleno de baías e enseadas, pontas e promontórios, alémde várias ilhotas adjacentes.

Florianópolis possui um relevo acidentado, principalmente noque diz respeito à sua altimetria. A ilha é composta por duas cadei-as de montanhas dispostas longitudinalmente, formando uma es-pécie de “coluna vertebral”, contendo dois pontos culminantes:O Morro do Ribeirão, ao Sul, e o Morro da Lagoa, ao Norte, com540 e 490m de altitude, respectivamente. Duas Lagoas coexistemna Ilha de Santa Catarina. A Lagoa da Conceição, de água salgadae com 19,71Km² de superfície; e a Lagoa do Perí, de água doce ecom 5,12Km² de superfície. Compondo mais uma face da imensavariedade de acidentes geográficos, onde despontam morros, rios,pontas, costões, praias, enseadas, dunas, mangues, pântanos ecavernas. A vegetação da Ilha é basicamente de Mata Atlântica,que apesar de estar sendo destruída, ainda conserva grandes hec-tares verdes - principalmente na região sul e nos morros distantesdo centro da cidade. O clima na área de da cidade de Florianópolis,como em todo o litoral catarinense, é do tipo subtropical com chu-vas bem distribuídas por todo o ano. A temperatura média é de20.3 graus centígrados, com o mês mais frio em julho, com 16.4 graus- apesar de já terem sido catalogadas temperaturas máxima e mínima

Por Robson Dias Scoz

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de 38 e zero graus respectivamente. Florianópolis tinha no últimolevantamento oficial uma população de 271.281 habitantes, confor-me o censo do IBGE de 1996. Os dados estatísticos projetam para2000 uma população de quase 300 mil habitantes para a cidade. Alémde Florianópolis, na região metropolitana se destacam algumas ci-dades, por número de habitantes: São José (151 mil) Palhoça (81 mil)e Biguaçú (40 mil). Devido a isso, a “população flutuante” da re-gião da Grande Florianópolis beira à marca de 600.000 pessoas,num fluxo contínuo durante o passar do dia e da noite.

POLITICA E ECONOMIAFlorianópolis é a capital do Estado de Santa Catarina. Como

tal, polariza - política e economicamente - as cidades e municípi-os vizinhos, tendo uma grande importância - para todo o Esta-do de Santa Catarina - no que diz respeito à situação adminis-trativa. Diversas são as instituições governamentais, militaresou civis que possuem sedes administrativas em Florianópolis.

O que gera um número enorme de empregos e serviços liga-dos a estas instituições. O setor terciário de Florianópolis é omais expressivo no Estado, pois além de ser integrado pelassedes do governo estadual e das representações de órgãos eentidades federais, engloba um centro comercial e de serviçosbastante desenvolvido e diversificado; especialmente nas ati-vidades bancárias, educacionais e de saúde, não deixando deenfatizar o segmento do turismo, pois o mesmo representa umagrande movimentação na economia local, determinando direta-mente o aumento da renda per capita. O setor secundário vem,nos últimos anos apresentando grande desenvolvimento, prin-cipalmente na industria do vestuário, alimentos, móveis e bebi-das. Mas seu maior crescimento é devido à indústria nãopoluente da informática. Quanto ao setor primário a sua magni-tude é de pequena relevância, entretanto algumas culturas ain-da se destacam como a cana da açúcar, mandioca, banana e mi-lho. As atividades pesqueiras também são fontes de geração deriqueza através da pesca artesanal de algumas comunidades(Barra da Lagoa, Lagoa, Ingleses, Pântano do Sul) entre outras.Atualmente a criação de mariscos também constituí-se comoum novo incremento na renda do setor. Finalizando deve-se lem-brar que Florianópolis, é o maior Município da recém criada“Região Metropolitana da Grande Florianópolis” que é compostapor 22 municípios - Criada pela Lei Complementar n° 162, emjaneiro de 1998. Este aglomerado urbano (Florianópolis, Biguaçú,Palhoça e São José) totaliza uma população estimada pelo IBGEem 1999 de 607.383 habitantes. Florianópolis é considerada aúnica capital do país que não é a maior cidade do seu Estado,possuindo uma população inferior a de Joinville, que já atingiu346.095 habitantes.

HISTORIAPor volta de 4000 a.C., iniciou-se o povoamento da região

por grupos humanos que eram ou se tornaram pescadores ecoletores de moluscos, além de, secundariamente, praticarem acaça. Mais ou menos no ano 1000 d.C., tais grupos foram brus-camente substituídos por populações que conheciam a cerâmi-ca e eram, possivelmente, praticantes de certas técnicas agríco-las. Em torno de 1400, a Ilha é ocupada pelos Tupi-Guarani, ha-vendo indicações de que, durante certo tempo, tenha havido acoexistência destes com as populações que os precederam -estranhamente sobrevivendo apenas os Tupi-Guarani.

Diversos sítios arqueológicos espalhados pela Ilha de San-ta Catarina, comprovam e existência de populações primitivasmuito anteriores à cultura indígena encontrada pelos portugue-ses no território brasileiro e principalmente no litoral catarinense.

Alguns destes sítios arqueológicos datam de 4800 anos antesde Cristo e muitos deles (120 oficialmente catalogados até 1989)ainda não são completamente compreendidos ou suas inscri-ções totalmente decifradas. Alguns sítios arqueológicos da Ilhade Santa Catarina podem ser encontrados nas regiões de: Pân-tano do Sul, Tapera e Ponta das Almas - este último uma peque-na região na Lagoa da Conceição.

Pouco sabe-se sobre a cultura desses povos primitivos, masespecula-se que sua sobrevivência estava baseada no consu-mo de peixes, ostras, mariscos e berbigões, cujas conchas seacumularam por muito tempo nas praias e nas proximidades delagoas, formando montes chamados “Sambaquis”, onde tam-bém eram enterrados seus mortos.

Parte do material arqueológico encontrado nestes lugares, estãoexpostos no Museu do Homem do Sambaqui, e no Museu de Antro-pologia da Universidade Federal de Santa Catarina, com a finalidadede preservar a História e fornecer dados sobre estes povos.

Os indígenas da região de Florianópolis foram os índios daTradição Tupi-Guarani. Na região da ilha viviam os indígenasconhecidos como “Carijós” - que chamavam a Ilha de“Meiembipe”. Eram em grande número possuindo de 30 até 80habitações em cada aldeia. Eram pacíficos e ajudavam os portu-gueses que atracavam na Ilha de Santa Catarina para reparosou coleta de suprimentos.

No início do século XVI, embarcações que dirigiam-se à Baciado Prata aportavam na Ilha de Santa Catarina para abastecerem-sede água e víveres. Nessa época, a atual Florianópolis possuiumuitos nomes, como: “A Ilha dos Patos” ou “Baía de Los Perdi-dos”. Mas o nome “Ilha de Santa Catarina” foi dado em 1526 porSebastião Caboto, em homenagem à sua mulher Catarina - algunsacreditam que na verdade foi à Santa Catarina de Alexandria (atualpadroeira do Estado), mas não sabe-se o por quê.

Em 1534, Dom João III, distribuiu o Brasil para doze capitãeshereditários. A Capitania de São Vicente (atual São Paulo) foi entre-gue a Martin Afonso de Souza. As Terras de Santa Catarina, com onome de “Terras de Sant’ana”, foi entregue ao irmão, Pero Lopes deSousa, que morreu antes de tomar posse. Com o decorrer dos anos,os herdeiros da família de Martin Afonso de Sousa iniciam umabriga pelas terras que vai durar por mais de dois séculos.

Quando a expedição de Juan Dias Sollis - navegador Espa-nhol - retornava do Rio da Prata para a Espanha, suas embarca-ções depararam-se com uma terrível tempestade e toda a tripu-lação naufragou próximo à Ilha de Santa Catarina. Onze sobre-viventes foram acolhidos pelos índios Carijós e com eles pas-saram a viver. Deste dia em diante, a Ilha de Santa Catarina pas-saria a ser conhecida como “Desterro” ou “A Ilha dos Desterra-dos”. Alguns estudiosos afirmam que fugitivos da lei - comoescravos e bandidos - desertores e piratas também utilizavam aIlha como moradia temporária ou permanente.

Entretanto, somente por volta de 1675 é que Francisco DiasVelho, junto com sua família e agregados, dá início a povoaçãoda ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro (atualFlorianópolis) - segundo núcleo de povoamento mais antigodo Estado, ainda fazendo parte da vila de Laguna - desempe-nhando importante papel político na colonização da região. Apartir desta data intensifica-se o fluxo de paulistas e vicentistasque ocupam vários outros pontos do litoral.

Em 1687, um navio pirata que vinha do Peru foi surpreendi-do por uma tempestade próxima a “Desterro”, sofrendo gran-des estragos. Este navio era comandado pelo corsário inglêsRobert Lewis, e transportava um grande tesouro em prata e ouro.Lewis não sabia que a ilha era habitada - o povoamento de DiasVelho ainda era uma pequena vila - e fundeou seu navio na re-

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gião norte de Desterro para reparos. Avisado da presença docorsário, Dias Velho temeu que a tripulação atacasse a vila, edecidiu agir antes, atacando os piratas de surpresa. Robert Lewise outros poucos piratas conseguiram fugir mas não esquece-ram a humilhação - e o tesouro perdido...

Dois anos depois, retornaram para a mesma praia, e segui-ram em pequenos barcos para a vila. Tarde da noite, os piratascaíram sobre o vilarejo adormecido, aprisionaram a maioria dosmoradores e mataram o resto - inclusive Dias Velho. Para que afamília de Dias Velho não fosse assassinada junto, os padresentregaram todo o tesouro e mais mantimentos, móveis e escra-vos. Meses depois a família decidiu retornar para São Paulo.Mas um dos filhos, José, ficou - numa ilha quase deserta...

O povoamento da Ilha foi lento depois da morte de Dias Velhopelos piratas. Lá por volta de 1700, começaram a chegar algumasfamílias vindas de São Francisco do Sul, Paranaguá, Cananéia,Santos e São Vicente. Essas famílias construíram modestas casase sítios na proximidades da vila.

Em 23 de março de 1726 Nossa Senhora do Desterro é elevadaà categoria de vila, desmembrando-se de Laguna. Essa data é tidacomo marco do aniversário da cidade. A ilha de Santa Catarina,por sua invejável posição estratégica como vanguarda dos domí-nios portugueses no Brasil meridional, passa a ser ocupada mili-tarmente a partir de 1737, quando começam a ser erigidas as forta-lezas necessárias à defesa do seu território. Desterro era conside-rada pelos navegadores da época como o melhor porto do LitoralSul do Brasil, por isso precisava de uma melhor estrutura - princi-palmente um porto melhor e fortalezas que o defendesse. Essefato resultou num importante passo na ocupação da ilha.

Para melhor defender o território, o rei de Portugal, Dom JoãoV, criou um governo independente para a região - a Capitania daIlha de Santa Catarina. Isto foi em 1738. Mas o primeiro gover-nador nomeado só chegou um ano depois, no dia 7 de março de1739. Era o brigadeiro José da Silva Paes, que veio do Rio deJaneiro. Em sua esquadra vieram trabalhadores e soldados.Ao chegar, Silva Paes inicia a construção da Fortaleza de SantaCruz, na Ilha de Anhatomirim, que seria concluída em 1744, cum-prindo assim, a decisão Real. Após isso, inicia-se a construçãode mais duas fortificações: São José da Ponta Grossa, em Des-terro; e Santo Antônio, na ilha de Ratones Grande. Desse modo,as três fortalezas formariam um triângulo na entrada da baía norte.Em seguida, no ano de 1742, Silva Paes dá início à Fortaleza deNossa Senhora da Conceição, na Barra do Sul, que completariao que ele julgava um sistema defensivo adequado para a Vila deDesterro. Este sistema defensivo ainda seria incrementado nasdécadas seguintes. Entre 1761 e 1765 é instalada a Bateria deSão Caetano, quase ao lado do Forte de São José da Ponta Gros-sa, e em 1771, começado o Forte de São Luiz, no final da Praia deFora. Em data incerta, é levantada também a Fortaleza de NossaSenhora da Conceição da Lagoa, fronteira à freguesia do mes-mo nome - suas ruínas já não existem mais... Mesmo com tantasfortificações, em 1793 é iniciada a construção de mais dois for-te: o de São João, no continente - que cruzaria seus tiros com oForte Sant’ana, do outro lado; e o de Santa Bárbara, dentro daVila de Desterro. Após a fortificação da ilha, iniciou a vinda decolonos do arquipélago de Açores - a mando de Portugal. Em06 de Janeiro de 1748, desembarcaram na Ilha de Santa Catarina461 pessoas. Foram os primeiros dos cerca de 6.000 açorianos emadeirenses que emigraram para Desterro ente esta data e 1756.Com a ocupação, tiveram prosperidade a agricultura e a indús-tria manufatureira de algodão e linho, permanecendo, ainda hoje,resquícios desse passado no que se refere à confecção artesanalda farinha de mandioca e das rendas de bilro. Nesta época, me-

ados do século XVIII, verifica-se a implantação das “armações”para pesca da baleia, em Armação da Piedade (Governador Cel-so Ramos) e Armação do Pântano do Sul (Florianópolis), cujoóleo era comercializado pela Coroa.

No século XIX, Desterro foi elevada à categoria de cidade;tornou-se Capital da Província de Santa Catarina em 1823 e inau-gurou um período de prosperidade, com o investimento de re-cursos federais. Projetou-se a melhoria do porto e a construçãode edifícios públicos, entre outras obras urbanas. A moderniza-ção política e a organização de atividades culturais também sedestacaram, marcando inclusive os preparativos para a recep-ção ao Imperador D. Pedro II (1845).

A Espanha, que vivia em constantes disputas com Portu-gal, não aceitou perder a ilha de Desterro - o interesse espanholpela posse da Ilha já era antigo, remontando no mínimo há doisséculos, em função das sua posições platinas.Um grande número de soldados - comandados por Pedro deZeballos - foi enviado pela Espanha para tomar a Ilha de SantaCatarina. Apesar de terem sido construídos muitos fortes para adefesa da ilha, nem todos os pontos estavam protegidos. Tam-bém não havia soldados suficientes para combater os espanhóis,que dispunham de uma esquadra composta de 6 Naus, 7 Fraga-tas, 7 navios e 100 embarcações com tropas para desembarque,que atracaram no norte da ilha e invadiram os Fortes por terra,dominando facilmente a milícia local.

Em 1777, a Ilha de Santa Catarina foi tomada pelos espa-nhóis que aqui permaneceram por um ano, até que um novoacordo (Tratado de Santo Ildefonso) entre Portugal e Espanhadeterminou a volta da posse de Desterro à coroa portuguesa. AIlha foi evacuada em Julho de 1778.

Com o advento da República (1889), as resistências locaisao novo governo provocaram um distanciamento do governocentral. Sendo que, em 17 de Abril de 1894, uma esquadralegalista, comandada pelo Almirante Jerônimo Gonçalves entrano porto de Desterro com um contingente de 100 homens e ocu-pa a cidade. Logo após, 500 homens comandados pelo coronelAntônio Moreira César chegam em Desterro. Moreira Césarentão assume o governo do Estado por determinação de FlorianoPeixoto, para que elimine a os revoltosos contra seu governo -episódios da “Revolução Federalista”.

Estabeleceu-se então uma perseguição generalizada e terro-rista na capital e no interior do Estado, condenando sumaria-mente os inimigos do regime de Floriano Peixoto. A Fortaleza deAnhatomirim transformou-se numa prisão para os condenadosrevolucionários - e inimigos políticos que não eram revoltosos.Em seu pátio foram fuzilados 185 pessoas (oficialmente) semqualquer julgamento. Durante esse período o município deBlumenau funcionou como capital do Estado.

A economia do Estado ficou arrasada, as finanças desorga-nizadas e a sociedade abalada com os horrores do fuzilamento.Ao final desse episódio, a Assembléia Legislativa “homenageia”(?) Floriano Peixoto, substituindo o nome da cidade de Dester-ro para “Florianópolis - Cidade de Floriano”.

A cidade, ao entrar no século XX, passou por profundastransformações, sendo que a construção civil foi um dos seusprincipais suportes econômicos. A implantação das redes bási-cas de energia elétrica e do sistema de fornecimento de água ecaptação de esgotos somaram-se à construção da Ponte Go-vernador Hercílio Luz, como marcos do processo de desenvol-vimento urbano.

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Localização: Região NordestePopulação: Cerca de dois milhões de habitantesQuem manda: O prefeito Juraci MagalhãesQuem realmente manda: Os Atlantes, infiltrados nos

Rosacruzes e nos IluminadosArkanun Arcanorum: As principais Ordens são: Iluminados,

Rosacruzes, Atlantes, Ordem das Sombras

IntroduçãoCapital do Ceará e uma das cinco maiores metrópoles do país,

Fortaleza desponta como o destino turístico mais procurado pe-los brasileiros hoje em dia. Assim, o Aeroporto Internacional Pin-to Martins e o novo Porto do Pecém, apenas a 55km de distância,colocam a “Terra da Luz” na rota do comércio internacional.

Levando em conta sua localização privilegiada e seus atrati-vos naturais, a “Princesinha do Norte” tem tudo para crescer ain-da mais, mostrando seu valor na economia e na cultura brasileira.

Área: 313,80 km²Altitude: 16mClima: 30°C (Máxima) e 24°C (Mínima)

História – Real e SobrenaturalCom o descobrimento do novo continente no século XV,

membros de algumas Ordens Secretas se juntaram às expedi-ções para investigar as novas terras. Entre as ordens que vie-ram para o Brasil, destacaram-se a Ordem de Tenebras e os ma-gos Atlantes, ambas em buscas das linhas de Ley e de Nodes.Os Atlantes, em sua busca pela Atlântida, e a Ordem de Tenebras

em busca de poder e condições de conjurar seus demônios.Durante os dois primeiros séculos, os Atlantes foram acompa-nhando o avanço pelo litoral, se estabelecendo na região próxi-ma a um poderoso Node encontrado por eles. Ao contrário demuitos expedicionários, os Atlantes ganharam a confiança dosnativos, com os quais se aliaram. Entre os membros da ordem,destacava-se um líder, um espírito da antiga Atlântida, quereencarna através das eras para guiar seu povo.

Enquanto isso, na Europa, superiores da Ordem das Som-bras – inimigos da Ordem de Tenebras – se reuniram para arqui-tetar uma maneira de atacar seus inimigos, que eles sabiam es-tar em terras desconhecidas e portanto julgaram-nosdesprotegidos. A grande chance veio para uma facção holan-desa da ordem que, em 1620 aproveitou o ataque holandês àscolônias portuguesas. Em 1630, após um ataque bem-sucedidoà Pernambuco, um dos líderes da Ordem, Walter vanShoonenborch, ordenou que se iniciasse uma varredura totalpela região em busca de pontos estratégicos para utilizar noataque ao inimigo. Mathias Beck encontrou então o NodeAtlante, travando uma batalha contra os nativos, que mesmoauxiliados pelos Atlantes, foram expulsos do lugar, pois o líderreencarnado da ordem era ainda uma criança na época. Sobre oNode foi erguido o Forte de Shoonenborch. O forte foi usadopela Ordem das Sombras por quase 30 anos, tanto nas batalhasentre portugal e holanda, como contra as Ordens rivais. Nesseperíodo, desenvolveu-se um povoado ao redor do forte. OsAtlantes, guiados por seu líder já adulto, elaboraram então ocontra-ataque: com o auxílio de uma tribo guerreira que viviamais no interior, além de uma avançada estratégia de combate,retomaram a fortificação. Conseguiram ainda o auxílio indireto

Fortaleza - CEPor Fábio Nunes e Arytyanne Maia

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da coroa portuguesa, que estava em processo de expulsão dosholandeses em todo o Brasil, com o apoio da Inglaterra.

Os holandeses foram expulsos, mas uma pequena parte daOrdem das Sombras se manteve escondida na cidade, lideradospelos irmãos Marcelus e James Schilesingert, que fundaram a Ir-mandade da Escuridão do Corpo e da Alma, com o objetivo deretomar o forte. Após a expulsão, o portugueses tomaram contada região e do forte, rebatizando-o de Forte de Nossa Senhora deAssunção e instalando nele uma pequena igreja. Foi nesse perío-do que o Conselho da Cidade de Prata enviou para a região a Prin-cipado Arytyanne, para que ficasse responsável pelo povoado,que já se desenvolvia a olhos vistos.

Vindos da Inglaterra durante o combate com os holandeses, oOrdem dos Rosacruzes instalou-se na região e resolveu investirnela, fazendo com que nas décadas seguintes, Fortaleza se trans-formasse numa vila de grande bagagem cultural. E com o tempo,os Atlantes foram se inserindo na Ordem dos Rosacruzes, utili-zando seus recursos e influência em suas pesquisas.

Em 1823, o Imperador D. Pedro I decretou que todas as vilasexistentes no país passariam à condição de cidade. Assim, Fortalezafoi elevada à condição de cidade, com o nome de Fortaleza de NovaBragança. E todos passaram a chamá-la de Cidade de Fortaleza doCeará, depois de Cidade da Fortaleza e finalmente, Fortaleza.

Por décadas, Fortaleza foi uma cidade tranqüila. OsRosacruzes e os Iluminados foram responsáveis por obras comoo Theatro José de Alencar e a Universidade Federal. Os Atlantescuidaram do litoral e do habitat, criando recentemente oLABOMAR, um laboratório para pesquisa da vida marinha. E aúnica pedra no sapato, a Irmandade da Escuridão do Corpo eda Alma, vivia escondida, tramando seus planos de vingança.Tudo sob o olhar sereno da Principado e seu conselho, agorasediados em uma grande catedral no centro da cidade.

Porém, esse quadro mudou. A discrição da Irmandade daEscuridão desviou a atenção de todos para assuntos mais im-portantes. Um grande erro. Aproveitando a oportunidade per-feita, o atual líder da ordem, David Shilesingert, forjou uma ali-ança com uma poderosa Succubus: Alexandra. Ela vem, há 13anos, auxiliando a Ordem das Sombras de Fortaleza, pesquisandotodos os pontos fracos da estrutura da cidade. Entre seus fei-tos, ela conseguiu desviar os Atlantes de seu líder reencarnadoe implantar o tráfico de drogas, de armas e a prostituição infan-til. O resultado: em menos de duas décadas, Fortaleza se tornoua cidade mais violenta do Nordeste. Com suas defesas cada vezmais enfraquecidas, tornou-se um alvo fácil para o contra-ata-que da Irmandade da Escuridão, que planeja retomar o Forte eutilizá-lo contra a Irmandade de Tenebras.

Locais de InteresseFortaleza de Nossa Senhora de AssunçãoFundado sobre um poderoso node, serviu de base militar da

Ordem das Sombras, até sua expulsão pelos Atlantes aliadosaos nativos, juntamente com os ingleses. Passou então para ocontrole dos portugueses, mas dessa vez, administrado pelosAtlantes. Hoje, após um acordo entre as ordens locais, é consi-derado um node de propriedade da cidade, não pertencendo anenhuma ordem, mas utilizado por elas em reuniões de grandeimportância. Sedia a 10ª Região Militar e está aberta à visitaçãopública diariamente.

Teatro José de AlencarObra que recebeu investimentos do Rosacruzes, localiza-se

na Praça José de Alencar. Tombado pelo IPHAN – Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional – em 10.08.1964.

Quando se pensou em construí-lo, o Ceará passava por umafase próspera em sua economia devido ao cultivo do algodão.Também foi nessa época que surgiu a Padaria Espiritual (orga-nização literária formada por Rosacruzes, Iluminados e Atlantes,com os mesmos princípios contestatórios da Semana de ArteModerna que ocorreu cerca de trinta anos depois), criou-se oInstituto do Ceará (objetivava estudar História, Geografia eAntropologia ) e fundou-se a Academia Cearense de Letras (aprimeira do país). Como se vê, o Ceará afogava-se naintelectualidade e foi assim que a idéia de se construir um teatroveio a tona. A construção do teatro foi autorizada em 1904 massomente em 1908 é que as obras começaram.

O primeiro espetáculo realizou-se no dia 23.09.1910 sob ad-ministração da Companhia Dramática Lucíle Perez e a peça apre-sentada foi “O Dote” de Artur Azevedo, cujo sucesso foi tãogrande que a fez permanecer por mais dois meses. Desde então,o TJA firmou o sucesso dos espetáculos teatrais em Fortaleza.

Museu do CearáFoi montado no Palacete Senador Alencar, prédio da antiga

Assembléia Provincial. Este mesmo prédio já abrigou antes aFaculdade de Direito, a Biblioteca Pública e a Academia Cearensede Letras, sempre servindo como base para os Iluminados deFortaleza. Seu acervo conta a história dos cearenses e constade 3000 peças, peças históricas e peças antropológicas. Suainauguração foi em 1871

Ponte dos InglesesEm 1923, na falta de um porto próximo à Fortaleza, este an-

coradouro foi construído para o embarque e desembarque depassageiros e mercadorias até que fosse construído o Porto doMucuripe (na década de 60). Também é conhecida por PonteMetálica e foi doada pelos ingleses. Foi um ponto de encontroda boemia e ainda hoje, atrai dezenas de pessoas para assistirdaí o mais bonito pôr do sol da cidade e pela manhã pode-se vergolfinhos no mar. Nesse local, há uma pequena base de estu-dos do LABOMAR – laboratório para pesquisas de vida mari-nha, administrado pelos Atlantes.

Catedral Metropolitana de FortalezaPrimeiramente em Fortaleza, a Capela localizada dentro da For-

taleza de Nossa Senhora da Assunção, era a única igreja da re-gião. Uma Ordem Régia, “influenciada” pela Principado Arytyannedeterminou que fosse construída uma igreja na cidade, e esta seriaa Igreja Matriz. Porém, somente em 1795 é que a obra seria termi-nada. Em 1820, foi feita uma vistoria nesta igreja e ela acabou sen-do demolida por estar completamente deteriorada. Imediatamente,foi iniciada a construção de uma outra igreja. Esta seria a Igreja deSão José, cuja construção terminara em 1854. Quando Dom LuisAntonio dos Santos foi nomeado Bispo do Ceará, em 1861, a Igre-ja de São José passou a ser a nossa Catedral

Eis que chega em Fortaleza, um baiano que se tornará uma dasfiguras mais importantes do Estado no âmbito religioso e social:Manoel da Silva Gomes. Foi o terceiro Bispo do Ceará e o primeiroArcebispo de Fortaleza, e era uma pessoa muito admirada e esti-mada na cidade por causa de seu posicionamento caridoso. Foiresponsável por muitas obras de caridade, como o Circulo Operá-rio Cristão, e fundou ainda o jornal “O Nordeste”.

Em 1938, foi feita nova vistoria na Catedral e foi detectadode novo o seu completo deterioramento. Dom Manoel decidiuque a Igreja deveria ser demolida para que uma outra fosseconstruída em substituição. Esta decisão causou uma grandepolêmica na cidade, pois toda a população estava contra a de-

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molição da Igreja. Dom Manoel alegou que a qualquer momen-to o teto poderia desabar na hora da missa. Então, ele não tevemais dúvidas, resolveu que a demolição da Igreja seria a únicasolução segura e correta. Todo material da Igreja fora transferi-do para a Igreja do Rosário, que foi a nossa Catedral provisóriaenquanto a construção da outra Igreja não acabava.

Só em 1964, quando foi organizada uma nova Comissão deConstrução da Catedral é que os serviços se adiantaram. Quan-do o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider assumiu o Arcebispadode Fortaleza as obras se aceleraram mais ainda. Até que, em 1978,a construção acabou e finalmente a Igreja pôde ser inaugurada.Foram quase quarenta anos. A nova Catedral foi inaugurada nodia 22 de Dezembro de 1978 e ela continua a ser a Catedral deFortaleza até os dias de Hoje.

Localizada na Praça da Sé, a atual Catedral herdou da antiga oconjunto de sinos que ainda hoje estão badalando no alto de suastorres de 75 metros de altura. A igreja tem capacidade para umtotal de 5.000 pessoas. O estilo tem influências do românico e dogótico. Com seus 90 metros de comprimento e 45 metros na partemais larga, na Igreja ainda existem a Capela do Ressuscitado e ado Santíssimo Sacramento, ambas encontram-se na Cripta da Igreja.

Uma das muitas curiosidades deste lugar é que no altar es-tão enterrados os restos mortais de algumas pessoas, tais comoDom Manoel da Silva Gomes e Dom Antônio de AlmeidaLustosa. No teto, vemos uma grande Cruz pendendo sobre oaltar que segundo as autoridades religiosas do lugar servempara mostrar ao povo a tamanha grandeza do poder de Deus.

Centro Dragão do Mar de Arte e CulturaMais recente obra financiada pelos Rosacruzes, é uma infra-

estrutura completa para o exercício do lazer e da arte, que temcomo objetivo democratizar o acesso à cultura, gerar novosempregos e movimentar o mercado turístico cearense. São 30mil metros quadrados de área para vivenciar a arte e a culturacearenses, em atrações como: Memorial da Cultura Cearense,Museu de Arte Contemporânea, Teatro Dragão do Mar, 2 Salasde cinema do Espaço Unibanco Dragão do Mar, Anfiteatro,Auditório, Oficinas de Arte e o Planetário. Entre seus adminis-tradores, destaca-se Waldemyr Andrade, um Ekimmu que vivena cidade a mais de 200 anos.

O Centro Dragão do Mar foi concebido dentro de um pa-drão de qualidade internacioal, com orientação dos melhoresprofissionais de cada área: arquitetura, museologia, curadoriade arte, astronomia e light design. A administarção do edifício éinteligente, com sistemas de segurança e climatização controla-dos por computador, que reduzem gastos de manutenção. Tudoplanejado para transformar Fortaleza num dos mais importantespólos de difusão e produção cultural do país.

Seres Sobrenaturais

AnjosOs anjos de Fortaleza são criaturas muito engajadas na pro-

teção da cidade, todos sob a supervisão da PrincipadoArytyanne. Atualmente, estão em estado de alerta, devido àsatuais condições de criminalidade e violência na cidade. As pri-meiras investigações angelicais já trouxeram algumas pistassobre a Succubus Alexandra e, em breve, poderá haver uma ca-çada na cidade como jamais houve.

DemôniosDurante muitas décadas, a presença de demônios em Forta-

leza foi quase insignificante, sendo a cidade dominada pelos

“Exércitos de Deus”, dada a identidade cristã marcante da cida-de. Porém, nos últimos anos, após a aliança feita entre David eAlexandra, alguns demônios – principalmente Caídos e Succubi– estão ganhado poder e influência no submundo, como partedos planos de Alexandra, resultando nos altos índices decriminalidade da cidade. O feito mais importante de Alexandra,porém, foi o de enfraquecer a Ordem dos Atlantes, desviando oseu líder que reencarnaria nesta geração. Sem a liderança dele, aordem dá a Alexandra e David a chance perfeita de tomar a For-taleza de Nossa Senhora novamente.

VampirosOs vampiros de Fortaleza, em sua maioria Ekimmu, são conhe-

cidos por serem boêmios e festivos, ao contrário do estereótipodos vampiros melancólicos e tristes. De modo direto ou indireto,sempre auxiliaram no aumento da cultura local, sendo a maioriaartistas, como pintores, escultores ou cantores noturnos. O maisvelho da cidade é o Ekimmu Waldemyr Andrade, descendente deAllison Oliveira. Figura conhecida no meio cultural, é respeitadoentre os vampiros da cidade por suas festas particulares.

Arkanun Arcanorum

AtlantesPrincipal ordem, presente na cidade desde sua fundação, hoje

está infiltrada nos Rosacruzes e nos Iluminados, aproveitando seusrecursos em sua pesquisas: encontrar o antigo lar, proteger o meioambiente e, mais recentemente encontrar a atual reencarnação dolíder da Ordem, que já deve estar com cerca de 20 anos, de acordocom os magos da Ordem. A cada geração, os Atlantes são guia-dos pela encarnação de um antigo líder, que sempre se recorda deseu passado e seu dever. Mas, através das maquinações de Davide Alexandra, ele está perdido. O líder provisório da Ordem é Leo-nardo Ferreira, que viajou para o sul do Brasil em busca de pistas,deixando no cargo Gabrielle Freicheiras.

Rosacruzes / IluminadosResponsáveis pelos aspectos culturais e econômicos da ci-

dade, estão sempre em busca de expandir a imagem da cidadepara o Brasil e o mundo. Nesse sentido os líderes das ordens,Davi Lima e Erasmo Nascimento fazem questão de manter a uniãopelo bem comum da cidade. Mas há séculos os Atlantes estãoinseridos nas ordens, como os principais conselheiros e sãoquem realmente puxam as cordas. A meta atual das ordens éacabar com a situação de crise que se instalou na cidade. E aprincipal suspeita recai sobre David Schilesingert, líder da Or-dem das Sombras da cidade.

Ordem das Sombras(Irmandade da Escuridão do Corpo e da Alma)Esta pequena cabala foi criada pelos irmãos James e Marcellus

Schilesingert, que se esconderam na cidade, após a expulsão dosholandeses, no século XVII. Desde então, tem como missão reto-mar a Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção, que é na realida-de, um poderoso node. Com este poder, a ordem seria capaz delutar contra seu principal inimigo: a Irmandade de Tenebras. O atuallíder da cabala, David Schilesingert, fez um pacto com a SucubbusAlexandra e juntos vêem enfraquecendo a cidade há anos, fican-do cada vez mais próximos de seu objetivo.

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Principais Personalidades

Waldemyr AndradeVampiro Ekimmu227 anos (nascimento: 1773 – dom das trevas: 1799)

Desde a sua juventude mortal, sempre foi um boêmio. Nas-cido e criado numa família de músicos (seu pai tocava violão esua mãe era cantora), adorava festas. Aos 20 anos, tocava jun-to com seus pais, se apresentando na noite fortalezense. Seutalento logo chamou a atenção de um Ekimmu chamado AlissonOliveira, que havia saído de Portugal e se instalado em Fortale-za. Em sua atual condição há 200 anos, continua engajado nomeio cultural da cidade, sendo um dos responsáveis pelo Cen-tro Dragão do Mar e pode ser sempre visto em rodas de poesiae em casas de show, prestigiando as novas bandas que surgemna cidade. Porém algo o preocupa há algum tempo: a antes pa-cífica Fortaleza tem se tornado extremamente violenta e perigo-sa nos últimos anos e entre os sussuros ouvidos à noite,Waldemyr procura por um nome: Alexandra.

Gabrielle “Gabi” FreicheirasEstudante, 23 anosDuas são as grandes paixões de Gabi: a capoeira, que prati-

ca desde criança, e o mar. Uma garota de espírito livre, sonha-dora e lutadora, descobriu a poucos anos que fazia parte dealgo maior, algo que guiaria seus sonhos: Gabi é descendentedos Atlantes. Procurada por Leonardo Ferreira, um dos líderesda ordem, recebeu a mensagem, bem como os ensinamentos deseu povo e aceitou muito contente. Hoje, é responsável pelabase do LABOMAR na Ponte Metálica, na Praia de Iracema e éconhecida e querida pelos freqüentadores do local. Assim comoos demais membros da Ordem, está na busca pelo líder perdido.

David SchilesingertMago, 47 anosDescendente de Marcelus Schilesingert, é o atual líder da

facção fortalezense da Ordem das Sombras, a Irmandade da Es-curidão do Corpo e da Alma. Foi ele que, há 13 anos entrou emacordo com a Sucubbus Alexandra, para a retomada do Forte.Por isso, nesses anos a violência e corrupção têm tomado con-ta de Fortaleza. Com o peso da responsabilidade sobre as cos-tas, este homem obstinado e incompreendido se sente cada vezmais perto de realizar um sonho de várias gerações e muito or-gulhoso por poder dar à sua Ordem uma chance de derrotar oeterno rival: a Irmandade de Tenebras.

Jan de GleyNephalin, 19 anosNuma noite em que caía uma chuva torrencial sobre Fortale-

za, uma pobre mendiga batia desesperadamente à porta da Ca-tedral da Sé. Quando os padres abriram as grandes portas daigreja, encontraram a mulher numa poça de sangue, prestes adar à luz. Levada ao interior da igreja, os padres cuidaram doparto, sob a supervisão da Principado Arytyanne. Veio ao mun-do um menino de pele morena como a da mãe. Mas ela não su-portou a dor e pereceu. O garoto, batizado de Jan, recebeu osobrenome de Paulo de Gley, o padre que o trouxe ao mundo.Por influência da Principado, o garoto foi criado pelos padres,vindo a se tornar um noviço. Há alguns meses, porém, algo es-pantoso tem tomado conta das noites de Jan. Imagens da praia,do fundo do mar, pescadores. Cada vez mais confuso com ossonhos recentes, vem alterando seu comportamento, antes con-formista e obediente, agora mais livre e com questionamentossobre sua religião. Em vista disso, foi transferido para o sul dopaís. Mas os sonhos continuam, cada vez mais nítidos e cons-tantes. E sua perguntas não querem calar...

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Erasmo Nascimento Jr.Iluminado / Rosa Cruz, 36 anosMembro de uma das famílias mais ricas e influentes de Fortale-

za, hoje em dia dá continuidade aos negócios do pai, um visioná-rio que trouxe à Fortaleza tecnologia na área de comunicação eque faleceu há 7 anos. Os negócios da família compreendem umarede de TV, uma emissora de rádio dois jornais locais, além de ou-tras pequenas empresas filiadas em outras áreas, como educação,esporte e lazer. Como o pai, é um homem de sonhos e planos, tan-to para si, como para o bem da cidade. Porém, com o império desua família, lhe veio também um legado: há gerações os Ilumina-dos fortalezenses lutam contra a Ordem das Sombras que se ins-talou aqui, considerando-os satanistas, portanto maléficos à re-gião. Seu grande rival é David Schilesingert, de quem tem grandessuspeitas sobre a morte de seu pai.

ArytyanneAnjo Principado, 481 anosEm 1649, a então jovem Principado Arytyanne, recebeu do

Conselho uma missão: administrar um povoado recém-formadono litoral brasileiro. Sua base seria uma igreja no interior de umforte, que antes pertencera a uma ordem satanista holandesa.Estas foram as únicas informações que lhe passaram. Por 50anos, viu o povoado crescer e se tornar uma cidade e nesseperíodo ficou sabendo sobre toda a história de luta entre a Or-dem das Sombras e os Atlantes na região. Após a retomada, osAtlantes ficaram utilizando o forte para suas reuniões. Foi quan-do Arytyanne conheceu Davi Lima, o então líder dos Atlantes.Em 1699, iniciou a construção de uma catedral, tendo em vista ocrescimento da cidade, para onde se mudou. Até hoje, Arytyannetoma conta da “Terra do Sol” e tem feito bem seu trabalho... atéos últimos anos, quando viu a violência tomar conta da cidade.Como todo Principado, tem o espírito livre e como característicamarcante a sua obstinação: quando coloca uma idéia na cabe-ça, nem mil falanges de Captares podem retirar. Adora sair pelacidade, aproveitando suas praias – com quem divide o pôr-do-sol com os Corpore. Adora festas, em especial o Fortal, um car-naval fora de época. De grande imaginação e energia, é umavisionária e faz de tudo por sua cidade.

AlexandraDemônio Succubus, idade desconhecidaA Irmandade de Tenebras e a Ordem das Sombras são inimi-

gas há muitas gerações. Alexandra e Sílvia também. Tão ferre-nha quanto a disputa das ordens é a destas demônios, outroraaliadas e amantes, hoje inimigas mortais. A razão da disputa seperdeu no tempo para muitos, estando cravada apenas na men-te das duas. Quando Sílvia se aliou à Irmandade de Tenebras dePernambuco, foi a chance perfeita para David, da Ordem dasSombras de Fortaleza, fazer a proposta de uma aliança à Alexan-dra: seus poderes para auxiliar a Ordem, em troca da demônio.Alexandra não hesitou. Há 13 anos, vem auxiliando a Ordemdas Sombras de Fortaleza, pesquisando todos os pontos fra-cos da estrutura da cidade. Entre seus feitos, ela conseguiudesviar os Atlantes de seu líder, criar o Fortal, entre outras coi-sas. O resultado: em menos de duas décadas, Fortaleza se tor-nou a cidade mais violenta do Nordeste. Alexandra comanda otráfico de drogas, de armas e a prostituição infantil. Mantêmdiversos aliados em Fortaleza e em outras capitais do Nordeste.Com suas defesas cada vez mais enfraquecidas, Fortaleza se

tornou um alvo fácil para o contra-ataque da Ordem das Som-bras, que planeja retomar o Forte e utilizá-lo contra a Irmandadede Tenebras. Sob vários aspectos, Alexandra tem Fortaleza sobcontrole, bastando mover as peças certas em seu tabuleiro. E acada dia, ela está mais próxima do cheque-mate.

Rumores· Erasmo Nascimento estaria apaixonado por uma linda

jovem, conhecida apenas como Taciana. Esta jovem seria, naverdade, uma vampira Ekimmu, que não teria coragem de reve-lar sua natureza a Erasmo, estando apaixonada por ele também.

· Alexandra estaria numa aliança, mas não com DavidSchilesingert, e sim com... Sílvia! Elas estariam planejando tudo,para tomar o controle de Fortaleza e Recife, onde Silvia está.Alexandra estaria, portanto, enganando David e o mataria tãologo alcançasse seu objetivo.

· Arytyanne está pedindo junto ao Conselho da Cidadede Prata a ajuda de um grupo de Captares, para iniciar uma ver-dadeira caçada na cidade, em busca de Alexandra.

· O líder perdido dos Atlantes estaria no sul do Brasil,e Leonardo Ferreira foi para lá em busca de mais pistas so-bre seu paradeiro.

· Waldemyr e os outros Ekimmu de Fortaleza não es-tão nada contentes com os índices de criminalidade nas noi-tes da cidade, organizando um tipo de “Grupo de Extermí-nio” aos criminosos, utilizando seus poderes de modo agres-sivo pela primeira vez.

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HistoriaA idéia da mudança da capital do Estado surgiu da necessida-

de de localizá-la, de acordo com os interesses econômicos goianos.A primeira capital goiana - Vila Boa, hoje denominada Cidade deGoiás - tinha sido escolhida, quando a província era aurífera. Pos-teriormente, ficou demonstrado que a criação do gado e a agricul-tura passaram a ser fatores preponderantes no desenvolvimento.

Legisladores sustentaram por algum tempo, a idéia da mu-dança. A 1º de junho de 1891, os constituintes oficializaram aidéia da transferência da capital, no texto constitucional, ratifi-cando-a na reforma de 1898, como na de 1918.

A primeira constituição republicana, em seu texto definitivo, pre-via em seu artigo 5º: “A Cidade de Goiás continuará a ser a capitaldo estado, enquanto outra causa não deliberar o congresso”.

Vagamente abordada até 1930, a idéia mudancista só se fir-mou no governo de Pedro Ludovico, que tomou a decisão defazer a transferência para local mais apropriado. Em 1932, foiassinado o decreto nº 2.737, de 20 de dezembro, nomeando umacomissão que, sob a presidência de D. Emanuel Gomes de Oli-veira, então Bispo de Goiás, escolhesse o local onde seriaedificada a nova capital do estado.

O Coronel Antônio Pirineus de Souza, sugeriu a escolha detrês técnicos: João Argenta e Jerônimo Fleury Curado, enge-nheiros, e de Laudelino Gomes de Almeida, médico, para reali-zarem estudos das condições topográficas, hidrológicas e cli-máticas das localidades de Bonfim, hoje Silvânia; Pires do Rio;Ubatan, atualmente, Egerineu Teixeira; e Campinas, hoje bairrogoianiense, a fim de que, baseada no relatório dos técnicos, acomissão se manifestasse. Reunida em 4 de março de 1933, acomissão concluiu pela escolha da região de Campinas. A 24 deoutubro do mesmo ano, houve o lançamento da pedra funda-mental, no local onde está a sede do governo estadual.

Inicialmente a capital abrigou um grupo de casas de funcioná-rios do governo à rua 20, próximo ao Córrego Botafogo, e nãotardou a sair do papel através de um traçado urbanístico do tiporadial concêntrico - ruas em forma de raio, tendo como centro aPraça Cívica, onde estão as sedes dos governos estadual e muni-cipal - Palácio das Esmeraldas e Palácio das Campinas. O plano éde autoria do urbanista Atílio Correia Lima, cabendo a sua execu-ção aos engenheiros Jerônimo e Abelardo Coimbra Bueno.

Finalmente, a 23 de março de 1937, foi assinado o decreto nº1816, transferindo definitivamente a capital estadual da Cidade deGoiás para a atual. O Batismo Cultural só ocorreu a 5 de julho de1942, em solenidade oficial realizada no recinto do Cine-TeatroGoiânia, com a presença de representantes do Presidente da Re-pública, governadores e ministros, além de outras autoridades.

O Outro lado da historiaGoiânia era uma luta interminável. A antiga capital do esta-

do Vila Boa era o ponto de estudo do Dr. Juliano de Souza dacasa de Chronos, que estava na cidade desde 1880. Por diver-sos anos Dr. Juliano e seu grande amigo Frei Miguel Coimbrade Sá um Mago das Sombras conversavam sobre a mudança dacapital. Juliano a favor e Miguel contra. Foram diversas noites edias de intermináveis conversas. Por anos a mudança da capitalnão saiu do papel, ate que ele chegou.

Pedro Ludovico Teixeira, um membro dos Iluminados, vindodo Rio de Janeiro onde tinha se formado em medicina. Inicial-mente ele fixou-se na cidade de Rio Verde, mas depois entroupara a vida política e seus sonhos da mudança da capital come-çaram a se tornar realidade. Pedro e Juliano se tornaram gran-des amigos e juntos começaram a lutar por uma nova capital.

Tudo seria muito bonito e grandioso, se por trás disso tudonão estivesse a mão da temível Irmandade de Tenebras represen-tada pelo recém chegado Mario Felipe Castro Caiado. Ele mais doque ninguém queria a mudança da capital, especialmente para aregião próxima a Campinas, pois ali próximo existia um grande por-tal que viria a ser no futuro o responsável pela Guerra das Som-bras. Desde o inicio Mario esteve por trás de interesses escusos euniu-se a Juliano e Pedro, sem que estes soubessem de suas reaisintenções. Mario manipulou Pedro e Juliano para que Goiânia exis-tisse justamente onde ele queria. A Ordem das Sombras e osYamesh (diz-se os Anjos da cidade) não concordavam principal-mente porque o local era domínio dos metamorfos conhecidoscomo Guarás. Uma guerra seria inútil, mas mesmo contra, eles aca-baram como voto vencido e Goiânia foi construída.

No inicio ocorreu uma grande guerra entre os Guará e osidealizadores de Goiânia, mas os Iluminados e a Casa de Chronosconseguiram expulsar os Guará para o sul e desde aquele dianunca mais foram vistos, ate 1992.

Goiânia foi construída sob a tutela dos Iluminados, a gran-de maioria na nova capital, mas ainda influenciados pela Irman-dade de Tenebras que já prepara seus planos.

Mas um novo fato viria a trazer o ódio a capital. Os Anjos queviviam em Vila Boa, acabaram por aceitar Goiânia e logo um delesveio para a cidade juntamente com um membro da Ordem deYamesh, responsável pela Catedral. A Ordem de Petros também sefazia presente com o recém chegado Nabil Sebba e seu pupiloMustapha Salim. Mas a grande surpresa aconteceu depois. OAnhangüera um antigo demônio responsável pelo desbravamentodo interior goiano. Ele voltou para recuperar aquilo que ele diziaser seu por direito. O Anhanguera chegou a Goiânia e o primeiroconflito entre os sobrenaturais da cidade aconteceu. Este conflitoficou conhecido como o Cisma do Cerrado.

A cidade foi dividida em duas regiões distintas chamadasde Pólos Centrais. O Pólo Central Sul estava sob o poder deAnhanguera e seus aliados (Ordem de Petros e Irmandade deTenebras que trabalhava secretamente) era composto de trêspontos de poder, formando a base da pirâmide negativa. O PóloCentral Norte sob o poder de Anna (O anjo que assumia a iden-tidade de Cora Coralina em Vila Boa) e seus aliados (Casa deChronos, Iluminados e Ordem de Yamesh) era composto de ou-tros três pontos de poder, formando a base da pirâmide positi-va. O cume das duas pirâmides apontava para um único lugar aPraça Cívica. Foi nesta praça que se sucedeu uma poderosabatalha mágica entre ambas as partes. Esta batalha entre Anjose Demônios culminaram com o aprisionamento de Anhangueraem uma estatua em sua homenagem e Anna em uma imagem deNossa Senhora Auxiliadora, hoje exilada na cidade satélite deGoiânia, conhecida como Trindade.

Com o fim do conflito Goiânia voltou de certa forma a sua vidanormal, mas a guerra entre Anjos e Demônios continuava.Anhanguera através de seus vastos poderes lançou um feitiço

Goiânia - GOpor: Jalzer Loopzig

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sobre Goiânia impedindo a entrada de qualquer Anjo em seu terri-tório. Finalmente ele estava um passo a frente de seus inimigos.

As manipulações de Tenebras continuavam e eles estavambem próximos de seu objetivo. Para auxiliá-los três vampiros Strigoisão trazidos em segredo para Goiânia. Na década de 50 chega aGoiânia Ravena Garadish representando a AGNI. Inicialmente vie-ram por causa de proveitosos acordos comerciais com a Ordem dePetros. Logo eles se fixaram na região Oeste da cidade, onde hojetem uma praça conhecida como: A Praça dos Ciganos.

Após vários anos de trabalho a Irmandade de Tenebras es-tava muito próximo de seu objetivo se não fosse um pequenoescorregão, que chamou a atenção de Dr. Juliano. Este investi-gando mais a fundo, acabou por descobrir que Mario Felipe erana verdade um membro da Irmandade de Tenebras e que todoesse tempo estava manipulando ele e Pedro Ludovico para con-seguir concluir seus planos. A fim de conseguir apoio, Dr. Julianoviaja ate Vila Boa (Agora chamada Goiás) e solicita ajuda aosMagos das Sombras. No prazo de uma semana chega à cidadeCarlos Siqueira representando-os.

Com o apoio de quase todos os magos da cidade iniciou-seuma guerra não só no meio mágico, mas também no mundano. Foiuma época turbulenta no Brasil (1964) e também em Goiás e aindamais devido à batalha que corria por trás das cortinas. Neste mes-mo ano o portal no alto do Morro do Mendanha foi descoberto,um especialista nestes casos dos Magos das Sombras, LazarusDell Vecchio chega à cidade a fim de ajudar na batalha. Finalmenteno fim de agosto de 64 a Irmandade de Tenebras é expulsa da cida-de e os três vampiros são destruídos.

Quatro anos depois o Arkanorum e instituído oficialmente(nos moldes Europeus) em Goiânia seguindo a seguinte hierar-quia: Diácono Superior Dr. Juliano de Souza (Ordem de Chronos),Diácono do Leste Lazarus Del Vecchio (Magos das Sombras),

Diácono do Oeste Ravena Garadish (AGNI), Diácono do SulVenerando de Freitas Borges (Iluminados), Diácono do NortePadre Cláudio Pompeu (Escola de Yamesh) e Diácono das Som-bras Mustapha Salim (Ordem de Petros)

Seguiram-se anos de relativa paz, com cada um conquistandosuas próprias influencias, mas sem perceberem que de longe eramcontrolados pelos dois grandes seres da região: Anhanguera eAnna. Cada um tentando tomar mais influencia na cidade.

Pelo inicio dos anos 80, houve em Goiânia uma grande safrade novos magos, o Arkanorum já tinha novos membros e elesforam os protagonistas de uma das maiores conspirações quejá houve na capital. Lazarus que sempre posou como herói fren-te aos outros magos, por ter sido peça chave na queda deTenebras, na verdade era um traidor. Ele estava interessado emter total acesso ao portal e durante todo esse tempo foi con-quistando aliados e novos meios de conseguir fazer aquilo queTenebras não conseguiu. Mas havia um grande problema osGuará que voltavam à cidade e sabiam das tramas de Lazaruspor conhecerem o portal do Morro do Mendanha.

Imediatamente Lazarus preparou seu plano. Em um velhohospital radiológico que estava abandonado no centro deGoiânia, havia uma grande cápsula de material altamente radio-ativo. Lazarus sabia disso e esperava a hora certa de poder usarseu trunfo contra os Guará. Os metamorfos tinha uma grandeinfluencia em meio à população mais pobre da cidade, entre elescatadores de lixo, metal e mendigos, e foi exatamente um doscatadores de lixo mais ligados aos Guará que Lazarus usou paraliberar em Goiânia a sua pior maldição.

Em 1986, este catador de papel, entrou na construção abando-nada do antigo hospital radiológico e lá encontrou a cápsuladesprotegida, a ganância logo veio aos olhos do homem que ima-ginando que aquilo poderia lhe render algum dinheiro levou-a para

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seu ferro velho, onde foi aberta. A maldição de Tenebras estavalivre. A radiação contaminou centenas de pessoas e o Césio 137(um dos mais perigosos produtos radioativos existentes) fez suasvitimas. O acidente radiológico do Césio 137 foi o pior que já acon-teceu em toda a historia. Os Guará que tinham ligações com o pes-soal do ferro velho, morreu pela contaminação radioativa e nova-mente desapareceram. Era caminho livre para Lazarus.

Toda a farsa de Lazarus começou a cair em 1990. Juliano,retirou-se do cargo de Diácono superior e isolou-se em sua casa,após nova votação Henrique Rizzo foi feito Diácono Superior,mas era manipulado por Lazarus, aja visto que Henrique era seupupilo. Inicialmente tudo correu bem, mas as burradas deHenrique deixou que algumas brechas nos planos de Lazarusficasse visível. A primeira baixa aconteceu em sua própria casa.Gabriel o seu mais novo pupilo retirou-se dos Magos das Som-bras, unindo-se a um Iluminado chamado Raven Kloss que ti-nha deixado os Iluminados pois descobrira ser capaz de mani-pular a magia (coisa incomum dentre os Iluminados). Juntos elesfundaram a Ordem de Luna.

Gabriel passou a outros magos da cidade o que andava acon-tecendo com os Magos das Sombras. Não tardou muito paraque Christian da AGNI juntasse a eles nas investigações.Lazarus prevendo que eles poderiam trazer problemas, mandouAugustus um mago de sua confiança para unir-se a eles, assimele poderia saber de tudo o que estava acontecendo. Não de-morou muito para que uma guerra secreta começasse. O CalifaSalim, mandou assassinar Henrique e uniu-se a Lazarus paraassim conseguir se tornar o Diácono Superior. Depois que elechegou ao posto, ele traiu Lazarus dizendo que ele era o res-ponsável por uma suposta tentativa de assassinato a sua pes-soa. Todos então foram levados ate a Praça do Cruzeiro parauma reunião de julgamento. O Califa não se fez presente man-dando um homem com sua aparência.

Lazarus já esperava que ia ser traído e iniciou seu plano dedestruição de todos os magos da cidade. Na Praça do Cruzeiro elepreparou o campo, instalando explosivos em toda a região. Noadvento da reunião houve um confronto entre os dois lados. Noperigo de uma explosão terrível que pudesse a vir destruir a regiãoe matar a população próxima. Anna usando de seus poderes sefez presente na região sob a forma espectral. O Anhanguera alia-do de Lazarus fez o mesmo. Os magos se dividiram. Mas Christianque na verdade há muito estava caçando o Demônio Anhangueraestava com uma das bombas de C4 e foi em direção ao demônio.Assim que se aproximou, o demônio o atingiu com seu sabre edetonou o explosivo escondido por baixo da roupa do homem.Todos que estavam ao lado de Anhanguera morreram, entre elesAugustus, Lazarus e alguns outros.

Anna havia vencido uma batalha mas não a guerra e cadaum deles voltaram a suas prisões. Os Iluminados e a Casa deChronos cuidaram para abafar os acontecimentos. Sem a inter-venção de Tenebras, a cidade continuou seu caminho e em 1995um novo Arkanorum foi composto, com o reconhecimento daCasa de Luna. Em 1996 chega a cidade um representante doTemplo de Isis e Osíris: Professor Samuel Vila-Verde. Finalmen-te a cidade esta em paz, mas Goiânia continua como um grandetabuleiro de xadrez, onde Anna e Anhanguera guerreiam usan-do os magos e outros seres como suas peças em seu eternojogo de manipulação.

PONTOS DE INTERESSE

Bairro Conjunto Vera Cruz IIHoje um dos bairros mais afastados de Goiânia, o Conjunto

Vera Cruz localiza-se na região Oeste da capital. O Bairro foi cri-ado pelo então governador Íris Rezende Machado. O local naépoca era uma grande fazenda de gado, que foi desapropriadapara a construção de um conjunto habitacional.

Mas conta uma lenda de antigos moradores das redonde-zas que antes de Goiânia existir ali se encontrava uma tribo indí-gena e que naquele local (hoje a parte da 7º Etapa do Conjunto)era um grande cemitério. Nunca fora encontrada nenhum evi-dencia que pudesse comprovar tal fato, mas as historias de fan-tasmas e seres sobrenaturais e sempre constante.

Morro do MendanhaUm dos pontos mais altos da capital, o Morro do Mendanha

localiza-se na região Oeste da capital. O Morro e conhecido pelapopulação da cidade, por causa de suas grandes torres de trans-missão das redes de TV e radio locais. Mas algo muito maior seesconde por trás da hoje escassa vegetação. Neste mesmo ponto,em algum lugar da parte mais ao norte do morro encontra-se umgrande portal que foi descoberto pela Irmandade de Tenebras. Esteportal de acordo com eles leva diretamente a orbe de tenebra.

Este mesmo portal foi o motivo da guerra e destruição daIrmandade de Tenebras que estava na Capital. Hoje o local ebem guardado e protegido pelos Iluminados.

Praça do CruzeiroA Praça do Cruzeiro, localiza-se na região sul da capital, no

setor conhecido como Setor Sul. E uma praça grande com umaCruz de pedra incrustada na parte mais ao norte dela.

Não se sabe ao certo o que aconteceu naquele pequenopedaço de terra, mas o que todos os magos e outros seres dacidade sabem e que uma vez dentro dos limites da praça, ne-nhum poder sobrenatural, seja ela de tipo for, e capaz de se ma-nifestar. Muitos magos divergem sobre qual seria o motivo masnenhum conseguiu chegar a uma conclusão. O certo e que aPraça do Cruzeiro e um campo neutro para qualquer um, poreste motivo e local mais comum para as reuniões do Arkanorum.

Cemitério SantanaO Cemitério Santana localiza-se na região de Campinas e é com

certeza o cemitério mais velho da capital, existindo antes mesmode sua fundação. Ali foram enterrados grandes personalidades dacidade e do Estado, como por exemplo o Dr. Pedro Ludovico.

Uma vez a cada 30 anos uma onda impressionante de espíri-tos surge de dentro do Cemitério, é como se eles fizesse umagrande festa para reencontrar os antigos amigos. Durante estas“festividades” toda a cidade de Goiânia e infestada de espíritos(assim dizem alguns médiuns). Não se sabe ao certo, mas comcerteza ali existe um portal para Spiritum.

O Manto de Nossa SenhoraE conhecido por esse nome o desenho arquitetônico inicial

de Goiânia. Inicia-se da Praça Cívica de onde convergem as trêsprincipais avenidas da cidade (Tocantins, Goiás e Araguaia)chegando ate a Avenida Paranaíba que forma a barra do manto.

Não se sabe o porque desse desenho, mas falam as más lín-guas que o urbanista Atílio Correia Lima, tinha ligações intimascom os Anjos da Cidade de Prata. Nunca se saberá ao certo.

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A AmpulhetaAmpulheta, assim e conhecida à conversão de dois gran-

des triângulos com seus topos virados para si, formando jun-tos, literalmente a imagem de uma ampulheta. Essa foi à demar-cação usada por anjos e demônios para seus territórios. A pirâ-mide do sul, conhecida como Pólo positivo e de posse dos an-jos e é formada por três pontos chaves (A Igreja do ImaculadoCoração de Maria, Centro de Cultura e Convenções e tendo aPraça Cívica como seu pico). Do outro lado, o chamado Pólonegativo, regido pelos aliados de Anhanguera tem outros trêspontos chaves que são desconhecidos, sabendo-se apenas queo pico também termina na Praça Cívica.

Não se sabe ao certo o porque dessa divisão tão extrava-gante, mas sabe-se que dois pontos de extrema importância es-tão localizados nestes locais, a Praça do Cruzeiro no Pólo Nega-tivo e o Manto de Nossa Senhora no Pólo Positivo.

TrindadeTrindade não faz parte da capital, mas e uma de suas cidade

satélites, estando ah apenas 18 quilômetros dela. Esta pequenacidade e conhecida no Brasil todo como o Santuário do DivinoPai Eterno, e conhecido por sua famosa romaria do mês de julhoque trás romeiros de todas as partes do Brasil para agradecer asgraças concedidas. Logo na entrada da cidade existe uma pe-quena imagem da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito San-to) e por isso mesmo a cidade protegida e nenhuma criaturasobrenatural maligna consegue entrar na cidade.

Trindade e o Quartel General dos Anjos. E ali que esta guarda-da a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, onde Anna foi aprisi-onada por Anhanguera, e também e dali que eles preparam seusespiões para que entrem e Goiânia e lhes traga informações sobreo que acontece lá dentro, uma vez que a Capital também e protegi-da pela Estatua do Anhanguera. E lá na Catedral do Divino queeles preparam sua tomada a Goiânia e a destruição do demônio.

A Estatua do AnhangueraA estatua de Bartolomeu Bueno da Silva esta localizada na

Praça do Bandeirante, no centro da capital goiana. Esta estatuafoi doada a cidade como presente do Centro Acadêmico ?? deAgosto da Faculdade de Direito de São Paulo.

Mas o que chama a atenção não e a estatua em sim, mas oque esta preso dentro dela. Foi nesta estatua que o demônioAnhanguera foi aprisionado ah anos atrás e é dali que ele lan-çou o feitiço que protege toda a cidade contra a entrada dosanjos em seu território. Ate hoje ninguém conseguiu retirar ofeitiço, mas isso pode vir a mudar.

NPCs

Dr. Juliano de SouzaImportante membro da Casa de Chronos, o Dr. Juliano de

Souza e um estudante compenetrado. Juliano foi o primeiro magoa chegar em Goiás, ainda na pequena Vila Boa. Foi trazido pelacuriosa manifestação dos Guarás na região. Não demorou mui-to para que ele descobrisse uma poderosa fonte de energiasmísticas no cerrado goiano. O seu interesse em mudar a capitalda província foi exatamente por isso. Hoje Dr. Juliano vivi emsua Academia localizada nos subsolos do Campus II da Univer-sidade Federal de Goiás, raramente saindo. Seus estudos estãocentralizados na região de Alto Paraíso o local da grande ema-nação de poder místico.

Estranhamente, o Dr. Juliano não envelhece e permanece coma mesma aparência de 68 anos atrás.

Bartolomeu Bueno da Silva – O AnhangueraO desbravador do cerrado goiano, não era apenas um ho-

mem de extrema coragem e ousadia, mais do que isso,Anhanguera é um demônio um Cavaleiro Negro, que vagavasolitário depois de quebrar seu código de honra. Nascido há milanos atrás o Anhanguera veio para Goiás por algum motivo

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obscuro, jamais descoberto, para depois ir embora e só voltardepois de muito tempo, para reclamar a jovem capital do estadocomo seu território. Imediatamente ele entrou em conflito comos anjos de Trindade, principalmente Anna a guardiã daSantíssima Trindade. Uma guerra se iniciou e ambos acabaramaprisionados. Mas antes de ser aprisionado pela eternidadedentro da estatua com seu nome, ele lançou um poderoso feiti-ço em Goiânia, feitiço esse que impedia a entrada de qualqueranjo na cidade. O que o Anhanguera protege aqui em Goiânia,ninguém sabe, mas muitos querem descobrir.

AnnaA bela e atenciosa Anna e um anjo protetore que veio para

Goiás, assim que a cidade de Trindade foi fundada. A região deTrindade e santa por si só e por isso precisa de um guardião depeso. Muitos foram chamados, mas poucos escolhidos e no fi-nal só restou Anna. Ela e a guardiã da Santíssima Trindade edetentora de grandes poderes. Com ela veio seu fiel escudeiroHarakadiel, que hoje protege sua mentora e amiga.

Anna tem no Anhanguera o seu maior inimigo e através deHarakadiel, ela planeja a destruição do demônio que impede aentrada de qualquer anjo na capital goiana. Por muito tempoAnna foi conhecida em Goiás como a poetisa Cora Coralina.

AlanO já velho Alan e um dos herdeiros das tradições dos Guará.

Ah muito tempo eram donos dessas terras e senhores do cerra-do, mas os interesses escusos dos magos da cidade de Goiásfizeram com que toda a tribo fosse dizimada, restando hoje nãomais de 10 Guarás espalhados por todo o território goiano. Alane o líder da matilha de Goiânia, ainda tentando proteger aquiloque restou do cerrado. Cansado de guerrear Alan resolveu in-vestir em outro modo de ganhar terreno: manipulando. Foi atra-vés dele que o estado ganhou varias regiões de proteção eco-logia, inclusive o seu atual refugio hoje o Parque EcológicoUlisses Guimarães as margens da BR-153.

A Bruxa da MatinhaNinguém sabe e ninguém nunca viu, mas as lendas vem desde

a criação da capital. A chamada Matinha e uma região isolada e jáfora dos limites da capital, estando mais próximo a Senador Canedo(uma das cidades satélites) do que de Goiânia. A lenda da Bruxaconta que ah muito tempo uma mulher de vendas nos olhos e ca-belos cumpridos, caminha durante as noites pela região. Algunsdizem que ela tem o poder de ver o futuro e que protege os maishumildes, mas isso não passa de lenda, ou será que não ?

Dizem que apenas Dr. Juliano já teve contato com ela, massempre que interrogado sobre o assunto ele desconversa.

JoanaJoana e uma bela mulher, morena com cabelos negros como a

noite. No alto de seus 1,87 ela impõe respeito só com sua presen-ça. Mas por trás dessa beleza toda se esconde segredos terríveis.Poucos sabem mas Joana e um anjo caído uma Obscuri Captare ebraço direito do temível Anhanguera. Ela esta em Goiânia desdemuito antes de seu senhor ser aprisionado na estatua. Depois queele saiu de circulação ela ainda continuou seu trabalho na cidadeservindo a ele como seu General. Por isso mesmo ela comandapraticamente toda a Policia Militar do Estado, fazendo da própriaacademia de policia sua base se comando. Joana esta a procura dealguma coisa em Goiânia, vários de seus asseclas procuram dia enoite por seu objeto de desejo, mas ninguém ainda desconfiou denada e nem imaginam o que possa vir a ser.

Ordem de LunaTambém chamados de Renegados.Fundação:1992 dC.Base: Goiás especificamente em Goiânia no setor Pedro

Ludovico.Atuação: Todo o Estado de Goiás, principalmente Goiânia e

Aparecida de Goiânia.Personalidades: Raven Kloss (fundador da Ordem, um ex-

iluminado, Magus), Gabriel xxxxxx (primeiro acolito, Magus),Limitha (uma fada, Arcadian), Clecyo César (mortal, Sapiens) eCássio Magalhães (primeiro aprendiz, Magus).

Background: A Ordem de Luna teve sua origem com a vin-da de Raven Kloss para o Brasil em especifico o estado de Goiáspara uma de suas exposições de arte gótica, a viagem estavamarcada, mas algo de terrível aconteceu com sua esposa à mu-lher que tirou o pobre artista das ruas, ela foi assassinada epara o desespero de Raven ele teve que viajar para o Brasil masnão apenas para sua exposição mas para fixar residência na ter-ra que ele próprio dizia ser terra de ninguém, mas sua opiniãomudou afinal é melhor viver. Então começou a descobrir a ma-gia coisa muito útil em uma cidade conturbada, mas a grandeafinidade com a magia fazia de Raven quase que “um ponto tu-rístico” para as criaturas de Arcádia, foi com essas criaturas queele especializou-se no caminho da Meta-magia. Graças a suaarrogância, e coragem de desafiar os poderosos da cidade elefoi ganhando status e a “confiança” de quase todos, fez amiza-de com Gabriel um mago das Sombras, muito honrado e des-contente com o tratamento que sofria em sua casa. Então desa-fiando de tudo e a todos Raven começou a dizer que pertencia auma Ordem (sem nome ate o momento), depois de ter ajudado arecuperar um item importante para cidade queria ser reconheci-do mas ouviu da boca de Lazarus Dell Vecchio Diácono do Les-te da cidade, que ele próprio iria levar a gloria. Convenceu en-tão Gabriel a se rebelar contra Lazarus seu mentor e vir fazerparte da rebelião para tirar o poder das mãos dos corruptos emedrosos da cidade. O tempo foi passando e logo ele recebeu agrande chance de apresentar-se como o representante da suaOrdem na cidade. Então surgiu da arrogância e insistência deum jovem e poderoso mago a respeitada por sua grande ajuda esabedoria a Ordem de Luna.

Características: A maior parte de seus membros são idea-listas, parte são mortais com algum talento artístico e ou apti-dão com seres de Arcádia, já que na Ordem alguns de seus mem-bros são deste reino. Se vestem com roupas especialmente con-feccionadas por fadas com pontos extras de magia que sãorecarregados uma vez por mês pelo próprio fundador da Ordem.Tem como símbolos sagrados a Lua e a Borboleta Imperial Azul.Ao serem iniciados são marcados por seu fundador com a Lua(se homem) e com a Borboleta (se mulher) para serem supervisi-onados pelo mesmo e também recebem um anel de ligação comos outros membros que em sinal de perigo avisa aos outros aexata localização do membro.

Graus: São divididos em três os Magi, os Sapiens e osArcadians, que são subdivididos em outros quatro (Ravenios),depois por sete (Gabrielitas) e finalmente ate chegar nos apren-dizes que tem que passar por dez círculos. São concedidas ele-vações por aprendizado e ganho de poder para a Ordem. O ritu-al de passagem de passagem é feito em Arcádia e o ritualista fazuma marca mística que sempre será reconhecida por seus mem-bros dando assim status e respeito para o consagrado.

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Guarulhos - SP

HISTÓRIAGuarulhos teve sua origem como elemento de defesa do

povoado de São Paulo. Com a denominação de Nossa Senhorada Conceição é fundado em 8 de dezembro de 1560 o aldeamentodos índios Guarus da tribo dos Guaianases, integrantes da na-ção Tupi, pelo Padre Jesuíta Manuel de Paiva.

Seu crescimento econômico deu-se inicialmente em funçãoda mineração de ouro. As minas foram descobertas em 1590 porAfonso Sardinha, localizada na atual região do Bairro dos La-vras, cujas antigas denominações eram Serra de Jaguamimbaba,Mantiqueira e Lavras-Velhas-do-Geraldo.

”Assim, pois, na altura de 1750, existiam mineiros extraindoouro nas ‘Lavras Velhas do Geraldo’. É possível que este tenhasido o período de maior atividade, tendo-se esgotado com elaas referidas lavras (...).

Aquelas ‘Lavras Velhas do Geraldo’, hoje podem ser vistas namargem direita da estrada que se dirige de Cumbica para Nazaré. Aparte mais lavrada do terreno acha-se no ângulo formado pela es-trada que ali se bifurca, um rumo em direção a Nazaré, e outro paraBom Sucesso”.(Ferreira, 1958)

”Houve pelo menos seis lavras em território guarulhense quese localizam em pontos diferentes de uma vasta área, compreen-dendo algumas dezenas de quilômetros quadrados, onde se achamos bairros de Lavras, Catas Velhas, Monjolo de Ferro (esta deveter sido a chamada ‘Lavras Velhas do Geraldo’), Campo dos Ou-ros, Bananal e Tanque Grande”. (Noronha & Romão, 1980)

Entre os séculos XVII e XVIII notamos momentos de gran-de interesse por Guarulhos haja vista a quantidade de númerode ordens estabelecendo as sesmarias (responsáveis pela ocu-pação e assentamentos na época do Brasil Colônia) expedidaspara a região. Os sesmeiros se dedicaram à agricultura e à mine-ração e, como atividade de apoio, criavam gado vacum e cava-lar. Ressaltamos que os engenhos de açúcar que se iniciaramnos anos seiscentistas estenderam-se até o início do século XX,com a produção de álcool e aguardente. A agricultura da regiãopossivelmente sofreu com o clima úmido e frio que acarretouferrugem ao trigo, mosaico a cana e curuquerê ao algodão.Em 02 de outubro de 1845, chega a Conceição dos Guarulhos,memorando expedido pelo Palácio do Governo, ordenando ocumprimento da circular de 02 de outubro de 1845 que estipula-va o contrato de locação dos serviços prestados pelos índios.O trabalho escravo negro (de origem sudanesa, denominadosGegês) foi utilizado em larga escala. Com o advento da paralisa-ção da mineração do ouro, muitos negros acompanharam seussenhores na debanda que marcou a decadência do povoado -fim do ciclo do ouro. Segundo o tombamento das propriedadesrurais da Capitania de São Paulo de 1817, registraram-se 183escravos na Freguesia da Conceição dos Guarulhos, pertencen-tes a 28 lavradores das seguintes áreas: Bom Jesus, Bom Su-cesso, Guavirotuba, Itaverava, Lavras, Pirucaia, São Gonçalo,São Miguel (Pimentas) e Varados.

Após a Lei Áurea (1888) escasseou-se a mão-de-obra e tor-nou-se mais difícil o processo de retalhamento das antigassesmarias que, apesar das dificuldades, se manteve ininterruptosurgindo os “cercamentos” como linha divisória. Em 03 de fe-vereiro de 1883 chegou via correio um quilo de sementes de

trigo arroz destinadas aos lavradores do Município, oriundasda Província. Em 30 de maio de 1901 foi publicada a súmula daprodução do Município, onde encontramos registrado a pro-dução de aguardente (30 engenhos), de arroz (12 propriedades),de café (4 propriedades), de feijão (200 propriedades), de milho(200 propriedades), de tabaco (1 propriedade), de carvão (10 pro-priedades), de vinho (2 propriedades), além da criação de gado:cavalar (300 cabeças), caprinos (20 cabeças), suínos (100 cabe-ças), vacum (300 cabeças) e 5 produtores na área de apicultura.No final do século XIX, discutiu-se na Câmara Municipal a ne-cessidade da região ser servida pela estrada de ferro. A justifi-cativa recaia às riquezas dos recursos naturais da região, maisespecificamente à produção de madeira e pedra, além da produ-ção de tijolos, dado o grande número de olarias em funciona-mento, sendo que toda a produção estava direcionada às cres-centes edificações da capital, justificando então a implantaçãodo ramal ferroviário que se efetivou somente em 1915, com ainauguração do Ramal Guapyra - Guarulhos, o trem da Cantareira.Foram cinco as estações em território guarulhense: Vila Galvão,Torres Tibagy, Gopoúva, Vila Augusta e Guarulhos, além do pro-longamento até a Base Aérea.

O início do século XX foi marcado pela chegada: da Estradade Ferro, da energia elétrica (Light & Power), dos pedidos parainstalação da rede telefônica, licenças para implantação de in-dústrias de atividades comerciais e dos serviços de transportede passageiros.

Nota-se através dos atos da Câmara Municipal a preocupa-ção com o desmatamento, poluição das águas, caça de pássa-ros, implantação de esgoto, abastecimento de água potável e aimplantação de leis estipulando a construção de muros (proi-bindo cercas de arame) nas ruas que a Câmara definia para re-gularizar e assentar guias.

Os anos 30 foram marcados pelos atos de Intervenção Fe-deral, Constituição da Junta Governativa de Guarulhos e peloMovimento Constitucionalista. (Reflexos da Revolução de 30 -fim da República). Em 1940 foi inaugurada a Biblioteca PúblicaMunicipal em 1941 o primeiro Centro de Saúde da cidade e dezanos após inaugurou-se a Santa Casa de Misericórdia deGuarulhos. Na década de 40 chegaram ao Município indústriasdo setor elétrico, metalúrgico, plástico, alimentício, borracha,calçados, peças para automóveis, relógios e couros. Vários fo-ram os planos de loteamento e arruamento aprovados pela Câ-mara Municipal no decorrer dessa década, o setor de obras daPrefeitura adquiriu máquinas, ampliou-se o Paço Municipal e ailuminação das vias públicas.

HISTORIA SOBRENATURALBreve

LOCAIS DE INTERESSEBreve

NPCsBreve

Por Leonardo Matheus

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INTRODUÇÃOItu, uma pequena cidade do interior de São Paulo, uma

cidade turística, ameaçadora, conhecida como a cidade ondetudo é grande, conhecida como a Roma brasileira, devido aonúmero de igrejas espalhadas pela cidade, mas há uma partenegra, obscura e amedrontadora, a 100 km de São Paulo essacidade aprisiona mistérios que nem mesmo os cultos padresque nela residem sabem explicar...

Sejam bem vindo a essa simples e humilde Cidade, foi as-sim que aquele guia turístico me apresentou essa maldita ci-dade conhecida como Itu, essa cidade linda, mas macabra, epor trás de uma cidade turística havia uma maldição, não seio q aconteceu, avistei aquela cruz de pedra, perto do centroda cidade, o guia me disse que era um dos primeiros monu-mentos a ser erguida na pequena cidade, não sei se terei mui-to mais tempo de vida, meu fim deve estar próximo, aquele cru-zeiro roubou meus poderes e minha alma, espero que meusnetos leiam essa carta.”

Itu, 25 de Dezembro de 1975

HISTORIABreve

LOCAIS DE INTERESSEBreve

NPCs

Sebastian de MarcoNasceu em 1915, no Brasil, filho de espanhois. Fez sua pri-

meira viagem à Espanha em 1934, com 19 anos, onde ficou até1955, retornando ao Brasil nesse mesmo ano.

Sebastian sempre foi muito curioso, adorava mitos e lendasque seu avô sempre contava, Sebastian não se considera brasilei-ro e sim espanhol. Quando retornou ao Brasil em 55, já era padree..., bom, como era muito curioso, adorava fazer perguntas e coi-sas do tipo ele também aprendeu algo muito raro, que praticamen-te ninguém sabe fazer como ele: O ritual do exorcismo.

Por esse motivo, hoje ele é um dos únicos exorcistas do Brasile, com a cruz de prata que herdou de seu avô Sebastian estásempre pronto para fazer o que for preciso para retirar um espí-rito maligno do corpo de alguém. Seu ultimo caso foi há 2 anosem 1998 em Porto Feliz, mas existem poucos detalhes, pois elenão gosta de tocar no assunto. Hoje Sebastian vive em Itu umapequena cidade do estado de SP, na Igreja Matriz N. S. daCandelaria, uma das mais belas igrejas do país. Apesar de suaidade elevada, sempre que pode reza sua missa e espera pelapróxima vez que seja chamado...

Itú - SPPor Álvaro Bastida

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Relatos afirmam que Jundiaí existe desde 1600. De acordocom historiadores locais, dois bandeirantes ( Manoel Preto Jor-ge e Francisco Gaia ) já haviam estado na região onde no futuroviria a ser Jundiaí. Mas os fatos mais importantes datam a partirde 1615, quando Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes che-gam de São Paulo, fugindo, por se apaixonarem e terem assassi-nado o esposo de Petronilha.

No caminho para Jundiaí, Rafael de Oliveira é morto por umataque indígena, e o anjo Eziel entra em contato com Petronilhae lhe explica sobre a guerra celestial e seus motivos nela, e diz aela que quer tomar o lugar de Rafael e proteger Jundiaí. Petronilhaaceita e se alia a Eziel.

Rafael de Oliveira teria tido um filho ( Alberto ) que lutariacontra os holandeses na Bahia em 1646 pela coroa. Não se sabese Alberto seria filho de Rafael ou do próprio Eziel. Nesse casoele provavelmente ainda estaria vivo, sendo um Nephalin. Deacordo com os relatos dos membros mais antigos do ArkanunArcanorum de Jundiaí, um anjo caído chamado Darghot teriachegado em Jundiaí por volta de 1655 para utilizar o poderosoNodo da região, no qual abriria um portal para Dite e começaruma “colonização demoníaca”. Então Rafael de Oliveira ( Eziel )entra em contato com seus superiores para que alguma ajudaseja dada contra Darghot, que por sinal possuía uma enormereputação ( Afinal os anjos do Estado ofereciam uma recom-pensa alta para qualquer um que consegui-se capturá-lo ). As-sim chega a Jundiaí uma tropa de elite da Ordem de Aviz, lidera-da pelo capitão-mor Miguel de Quevedo Vasconcelos, que eramna verdade templários enviados para destruir Darghot.Em 1657, Darghot consegue o controle da câmara da vila se pas-sando por um rico e influente bandeirante e também senhor deengenho. Depois de muita procura Darghot descobre o Nodo,que apesar de estar no centro da vila estava muito bem camu-flado magicamente por alguma espécie de “trava” mística pos-sivelmente imposta li por anjos que teriam passado pela regiãohá muito tempo ( Manoel Preto Jorge e Francisco Gaia ). Osmembros da Ordem de Aviz por sua vez , tentaram deter Darghot,mas parte deles foram mortos ritualísticamente para abrir o por-tal para Dite, no Nodo. Os últimos templários lutaram ao máxi-mo, até que todos morreram, enfrentando os demônios lidera-dos por Darghot. Esse evento ficou conhecido como a “FúriaInfernal”. Em 63 anos Darghot domina Jundiaí, enquanto Eziel(Rafael de Oliveira ) espera o momento certo de agir.

Jundiaí - SPwww.jundiaifromhell.hpg.com.br

A quem diga que os Asima estariam se escondendo entreos escravos na época, mas quando estudiosos da Casa deChronus chegaram na região sob a liderança do Duque EmanuelTorres, Nekuma, o líder Asima , se apresenta e revela a dimen-são dos problemas da vila, e junto com ele está o espírito daPetronilha Antunes, agora seu guia espiritual, auxiliando as duassociedades. Enquanto isso, os Iluminados mandam seus pri-meiros membros para Jundiaí, e seu líder, ao chegar, coloca emrisco a influência de Darghot na câmara, pois Juan de Lavega éum burocrata e político admirável. Essa é a oportunidade queEziel esperou durante anos, e ao se revelar as sociedades secre-tas Iluminados, Asima e Casa de Chronus, começou asinvestidas contra Darghot e seus demônios. Os Asima e os an-jos que chegaram a pedido de Eziel, destruíram e expulsaramvários demônios de Jundiaí, enquanto a Casa de Chronus fe-chava o portal para Dite, o que fez com que o poder do Nododiminui-se ainda mais. Os experimentos da Casa de Chronusdemoraram 5 anos para se concluir, tempo suficiente para a mortede vários Asima na guerra contra os demônios de Darghot. Maso conflito que durou mais tempo foi entre Juan de Lavega eDarghot, regado de intrigas e infindáveis jogos políticos. Ven-do que ambos estavam equiparados, Juan de Lavega como últi-mo esforço revelou a Darghot que venderia sua alma e em trocaele deveria partir e só voltaria a Jundiaí 147 anos depois quepartisse com sua alma. Darghot aceitou, já que seus demôniostinham sido quase totalmente destruídos por Eziel e os Asima.Ainda haviam demônios remanescentes e estes tiraram a vidade vários Asima, que clamavam pela ajuda dos Iluminados, masesses já tinham tido sua maior perda e se tornaram mais “indivi-dualistas” quanto a guerra. Mas o apoio da Casa de Chronus eEziel fez com que a guerra termina-se.

Em 1800 Nekuma e Emanuel Torres permanecem vivos atravésde elixires mágicos. E no dia 30 de março, 65 anos depois , os Ilu-minados trazem Dom Pedro II a vila de Jundiaí e essa é elevada acategoria de cidade ( em 1865 ). Dois anos mais tarde, as Brujas eos Agni chegam a Jundiaí, enquanto os Iluminados inauguram aestrada de ferro de Santos a Jundiaí. 1873 a 1890 - as estradas deferro ligam Jundiaí, Itu, Campo Limpo, Bragança, Louveira e Itatiba.Alguns anos depois, em 1892, Darghot retorna de seu “exílio”,tomando o controle dos maiores centros industriais da região.Emanuel Torres, da Casa de Chronus, descobre Darghot e conta aNekuma, para depois ser morto pelo anjo caído, que agora já é

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caçado em todo Estado de São Paulo, assim como contratado pordiversas criaturas sobrenaturais. Nekuma avisa Eziel, agora anjoprincipado de Jundiaí, mas o mesmo é ameaçado pelo poder deDarghot, que ameaça a cidade caso o segredo de sua volta sejarevelado para as outras sociedades. Mais 8 anos se passam, e aOrdem de Salomão chega a Jundiaí e pune com a morte váriasBrujas, que estariam utilizando sacrifícios humanos em seus ritu-ais. Enquanto isso o segredo de Darghot é mantido.

De 1950 a 1960 os Iluminados constróem a Via Anhanguerae o Distrito Industrial ( esse último totalmente influenciado porDarghot, o “proprietário” secretos dessas terras ). Em 1974 aCasa de Chronus funda a Biblioteca Municipal ( Academia daCasa de Chronus ). Durante os 26 anos que passaram, o segre-do de Darghot foi mantido até que o “traidor” da Irmandade deTenebras chegou a Jundiaí. Zarathos Lavender, um alquimista edemonologista renomado chega para fundar o ArkanunArcanorum sob a tutela dos Magos das Sombras. Nessa mes-ma época o espírito de Petronilha Antunes avisa Nekuma sobreo “Cataclisma Espiritual”, uma manifestação da essência lúgu-bre daqueles que morreram na “Fúria Infernal” despertariam e“rasgariam” a película de Spiritum em Jundiaí. Em um blackoutque atingiu todo estado e partes de outros estados, essa mani-festação aconteceu. Para detê-la, Zarathos e Nekuma se unirame fecharam a “fenda”. O Arkanun Arcanorum foi fundado, maspor algum motivo Eziel quebrou o contato com Nekuma, e aoque parece esse motivo é o próprio Zarathos.

Enquanto isso Darghot reve-la a Eziel que o acordo foi que-brado pois ele acredita que o Arkanun Arcanorun lhe trará pro-blemas. Eziel quer a morte de Zarathos, e Nekuma não sabe oporque. Mas Darghot sabe, e se delicia com a tempestade queestá se formando por sua causa.

NPCs

Darghot Reliel ( Armando de Souza Cruz )Obscuri Captare e representante de Dite na região de Jundiaí.

Sua reputação alcançou várias regiões, principalmente o esta-do de São Paulo, pelo fato de que existe uma recompensa ines-timável pela sua cabeça, os Anjos da CdP pagariam a qualquermortal ou criatura sobrenatural pela sua captura. Darghot Relielé um assassino ancestral. Suas ações datam missões para cria-turas sobrenaturais e mortais desde que vaga na Terra. Boatosrelatam que Darghot esteve envolvido diretamente em missõesque incluem atentados no fim da guerra dos 100 anos em 1455, eassassinatos na Inglaterra em 1456 ( guerra das duas rosas ), enessa época ele já era uma criatura antiga. Darghot tem conta-tos na Irmandade de Tenebras. Essa criatura legendária, é o maisprocurado ser sobrenatural caçado pela justiça celestial em todoo Estado de São Paulo. No passado , ele liderou uma invasãodemoníaca conhecida como a “fúria infernal”

Zarathos LavenderDiácono superior da cidade de Jundiaí, alquimista renomado,

o “traidor” da Irmandade de Tenebras e Mestre invisível do 7ºcírculo dos Magos das Sombras. É extremamente vil com criatu-ras sobrenaturais e bem tradicionalista quanto as leis doArkanum Arcanorum. Com “mão de ferro” e frieza inexpugná-vel, Zarathos se mantém líder do conselho de Diáconos emJundiaí. Tanto demônios quanto anjos vêem Zarathos como uminimigo perigoso. Dizem que ele porta uma espada de hadjar,para medidas extremas.

NekumaMestre do Candomblé , Amuleto de Salomão em Jundiaí, é

um grande sacerdote Azima. Feiticeiro que tem vivido os últi-mos 280 anos com apoio de elixires mágicos, para protegerJundiaí da “Fúria Infernal”. Está grande parte do tempo vigian-do Spiritum, ou apoiando o conselho dos Diáconos .

Eziel ( Rafael de Oliveira )Anjo Principado de Jundiaí. Foi o anjo que libertou Jundiaí

do controle do inferno em 1745 com a ajuda do feiticeiro Nekuma. Foi enviado pelo conselho da CdP nas tropas expedicionáriaspara ampliar a influência dos anjos no novo continente. Nessaépoca se disfarçou como mortal onde viria a fundar a vila deJundiaí, e encontrar seu maior inimigo, o bandeirante Armandode Souza Cruz ( Darghot Reliel ), o líder do movimento conheci-do como a “ Fúria Infernal “. Com a ajuda das sociedades secre-tas e Nekuma, Eziel venceu Darghot e selou um portal do infer-no. Mas Darght voltou, e Eziel está se preparando para o pior.

LOCAIS DE INTERESSESerra do Japi: É uma extensa área de preservação ecológica

da cidade. É um local onde já serviu para contrabando e esconde-rijo para traficantes e fugitivos da polícia. A serra é uma pequena“porção” da grande Serra dos Cristais, que é mata fechada. Liga-da a mata Atlântica, isso explica algumas “luzes”, que somenteobservadores com percepção sobrenatural vêem, que na verdadesão as influencias feéricas que atuam a anos incontáveis na serra.Acredita-se que no topo da serra entre uma pedra enorme conhe-cida como Boca da Baleia exista um portal para Arcádia.

Prefeitura, Paço Municipal: Essa incrível construção foifeita em 1988. O fato mais interessante do local é que em termosde órgão público esse terreno foi “dado” a prefeitura, e tudoleva a crer que isso foi uma estratégia dos Iluminados, tornan-do não só o local físico que serve como base de operações, mascomo uma armadilha mágica, o conselho dos Diáconos notouque a magia aqui praticamente não desperta com facilidade esomente magos poderosos conseguem efeitos mínimos dentrodas dependências da prefeitura. Parece que o terreno doado aprefeitura é um Meca e os Iluminados se aproveitaram total-mente do caso.

Catedral Nossa Senhora do Desterro: a data de fundaçãodessa capela ( hoje é a maior igreja da cidade, conhecida como aigreja da matriz) ainda é um mistério. E dito que a catedral foierguida assim que os colonos fugitivos chegaram na região, em1615. Assim mesmo a catedral é bem velha e tradicional. Acredi-ta-se que seja a construção mais antiga da região. Durante anosesse lugar já serve como refúgio para os anjos locais, que sem-pre se reúnem nos sábados, ao amanhecer, para orar.

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Manaus - AM

Cerca de 22 expedições foram realizadas sob a proteção daCoroa Espanhola entre os anos de 1500 a 1570, tentando entrar naAmazônia seja pelo Atlântico ou pelos Andes. Os portuguesestentaram oficialmente três vezes, sendo a última em 1616, quandofoi fundado o Forte do Presépio, que deu origem a cidade de Belém.

Os franceses tentaram sete vezes, os ingleses oito e os ho-landeses cinco. De todas as expedições do Século XVI, apenasduas conseguiram descer todo o rio Amazonas: 1º expedição“descobridora” de Francisco Orellana (1541-1542); 2º expediçãode Ursua-Aguirre (1560-1561). Por volta do ano 3.000 a.C. osTupi se encontravam na região entre os rios Jiparaná e Aripuanã,afluentes da margem direita do Madeira, na região atual frontei-ra do Estado do Amazonas com Rondônia e de lá começaram amigrar. Na mesma época, os Karib se concentravam na regiãodo norte das Guianas, os Aruak estavam concentrados na cos-ta nordeste da América do Sul, fora da Amazônia e no sudesteda Amazônia, e os Pano na área do vale do rio Ucayali.

A cidade de Manaus, capital do Amazonas, representa um mar-co no processo civilizatório da vasta região amazônica, particular-mente de sua parte ocidental. Há referências históricas, não con-firmadas, de que o sítio onde se localiza a cidade teria sido primei-ramente visitado por Vicente Yañez Pinzón, navegador espanhol,companheiro de Colombo na descoberta da América, já por voltade 1509. O fato histórico, porém, é que Manaus teve origem naconstrução, pela Coroa Portuguesa, já no século XVII, de um for-te (São José do Rio Negro), para servir de sentinela e posto maisavançados da sua fronteira política ocidental em terras do Brasil emarco de sua soberania sobre o Vale do Alto Amazonas.

Por Rafael Soares

Hoje, Manaus é um centro urbano que já conta com quase ummilhão e meio de habitantes, e vem assumindo não só a funçãopolítica para a qual o antigo forte português fora idealizado, mastambém, se convertendo em pólo difusor de modernidade para todaa vasta região sob sua influência. Nada mais justo, portanto, que,ao completar 150 anos já quase neste final de século XX, a cidadetenha sua evolução estudada e considerada no marco históricomais amplo das comemorações do descobrimento do Brasil.

POPULAÇÃOA população do Estado (Amazonense), amável e acolhedo-

ra, está estimada em 2.389 mil habitantes, sendo 48 % vivendoem Manaus, e uma densidade demográfica de 1,51 hab./km². Pos-sui hoje duas expectativas de economia, a Zona Franca criadaem 1967 e o turismo ecológico em franco desenvolvimento.

OS RIOSOs rios importantes que passam pela cidade são: O rio Negro

e o Solimões, sendo que estes dois quando se encontram não semisturam. (imagine um rio parte negro parte marrom).

LOCAIS DE INTERESSE

Catedral MetropolitanaConhecida também como Igreja de Nossa Senhora da Con-

ceição (padroeira do Amazonas). Foi fundada em 1856. Possuisinos de fundição portuguesa, conserva à direita de sua entra-da principal um mausoléu com restos mortais de Dom LourençoCosta Aguiar (bispo de Manaus da época de sua fundação).

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Igreja N. S. dos RemédiosConstruída em 1873 em local que existia um cemitério indígena.

Teatro AmazonasÉ a maior casa de espetáculos do Amazonas, um dos mais

luxuosos da América Latina admirado mundialmente. Com ca-pacidade para 685 expectadores, o teatro foi inaugurado em 1896,mas durou dezessete anos sua construção e mais três anos detrabalho de decoração. Sua estrutura é toda metálica de ferrofundido, o pano de boca da sala de espetáculos, foi criado epintado em Paris, pelo artista Crispim Amaral. A rosácea do tetocentral é composta por singular lustre de bronze, circundadapor alegorias à música, ao drama e a tragédia, além de uma ho-menagem a Carlos Gomes.

Palácio do Rio NegroEsta era uma das edificações mais famosa da antiga Manaus.

Construída para servir de residência ao comerciante alemãoWaldemar Scholz possui o estilo neobarroco e está situado naAvenida Sete de Setembro, 1546 bem no centro de Manaus.Comprado pelo Governo do Estado em 1918, serviu de sede doExecutivo até 1985, quando foi transformado no Centro PalácioRio Negro. Abriga museu e exposições de artistas locais.

INPA(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)

O INPA foi criado em 1952 para produzir informações sobre ouniverso desconhecido da Amazônia em todas as áreas, desdeciência pura até aplicações industriais dos produtos da flores-ta. Mantém um centro de exposições para visitação pública, ondesão mostrados o peixe-boi, a ariranha e o boto, animais que sóse pode conhecer ao vivo, em aquários próprios.

Mercado MunicipalSituado ä margem do Rio Negro, também chamado de

“Mercadão” sua arquitetura (art Neveau) exibe belas armaçõesde ferro importado da Europa conserva ainda hoje, fielmente, oestilo e o aspecto do já extinto mercado Le Halle de Paris.

Edifício da alfândegaInaugurado em 1906, é o primeiro prédio pré-fabricado do

Brasil. Foi trazido da Europa (Inglaterra) em blocos inteiramenteprontos e montados no lugar onde se encontra até hoje.

Museu NumismáticoUm dos mais belos museus de numismática do país, sua co-

leção de cédulas e moedas está entre os três maiores do Brasil.Encontra-se instalado no prédio do quartel da Polícia Militar,na praça Heliodoro Balbi, anexo do Museu Tiradentes.

Museu de Ciências NaturaisAdministrado pela Sociedade Naturalista do Amazonas, man-

têm exibição permanente de animais encontrados na região, comoborboletas, insetos, peixes raros, etc. Possui também aquáriosgigantes com peixes vivos, como pirarucu, piranhas, surubins,peixes elétricos, peixes ornamentais, etc.

Relógio MunicipalConsiderado um monumento, o antigo relógio público da

cidade foi originalmente fabricado pela famosa relojoaria suíça,ainda hoje funcionando desde sua instalação.

NPCs

Jpâo Carlos de MacedoNascido na Região Amazônica foi um dos professores de

Geografia e Historia do Amazonas.Durante uma pesquisa na floresta sobre as diversas tribos

indígenas, João se perdeu do grupo e acidentalmente desco-briu o Caern dos Druidas. Sua vida foi poupada, pois alem deser um homem de bem João possuía conhecimentos como nin-guém da região. Falava muitas línguas indígenas e conheciamuito sobre o relevo Amazônico.

João foi dado como morto na comunidade cientifica, e tor-nou-se um adepto dos Druidas, apenas há um ano assumiu aliderança da ordem, quando misteriosamente o antigo líder foiencontrado morto com cortes profundos no peito.

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A ordem esta muito preocupada com o portal, não se sabe se oque matou o ex-lider foi um ser de Arcádia ou talvez outra criaturasobrenatural. Hoje João suspeita que outros também estejam inte-ressados na Região, alguns pretendem chegar ao local onde oportal de Arcádia se encontra, mas corre um rumor que existe umtemplo escondido na floresta que seria dos antigos Astecas, queteriam fugido antes dos espanhóis fugirem e construído um tem-plo com o portal para a cidade Dourada.Ele também sabe que magos e alquimistas estão interessados nospoderosos poderes indígenas, rituais e poções jamais imaginadaspela mente humana, fruto da convivência com demônios que osindígenas possuíam. E fará o que estiver ao seu alcance para detê-los, pois isso geraria grande desequilíbrio na natureza.

Mais também esta empenhado na captura de criaturas bizar-ras e perigosas que atravessaram o portal.

GargusNascido na África é um dos membros da seita dos Asimani.

Ocupa uma posição inferior ao (ex) membro Tumoru. Mesmocom a saída de Tumoru, sua posição só poderá ser ocupadacom sua morte.

Gargus está interessado na posição que Tumoru possuía naseita, passou os últimos 25 anos dedicando-se apenas a seita, eagora reivindica o lugar do ex-membro.

Atualmente esta caçando Tumoru, tomou conhecimento emsua participação no HellFire Club, o que aumentou ainda maisseu ódio por ele. Ele também esta interessado em Robert, filhodo grande mestre que eles mataram. Já que este junto a Tumorupode vir a ser uma grande ameaça a seita.

Chegou a Manaus recentemente, sofreu um pouco sendo ca-çado pelos templários, o que acabou retardando um pouco suasinvestigações. Sua situação é bastante comprometedora, poisPaulo, um Strigoi, não gostou de sua vinda para Manaus e está aespera de um pretexto para começar uma briga com o Asimani.

Felizmente, Gargus conseguiu a ajuda de alguns “macumbei-ros”, e montou seu refugio num dos principais cemitérios de Manaus.

Paulo de AquinoVampiro Strigoi.Paulo foi criado em São Paulo, mais um membro da Ordem

do Dragão. Foi mandado para Manaus para Cuidar dos interes-ses da ordem na cidade. Chegou na cidade a cerca de 100 anos,foi autorizado a criar um novo vampiro do qual ele seria respon-sável, para ajudar na segurança da cidade.Nos últimos cinco anos ele vem fazendo incursões a floresta embusca de dados que são repassados para a Base. Suspeita-seque um portal de Arcádia existe no meio da Amazônia, o qual éresponsável por seres bizarros que mataram o antigo enviadoda ordem para a cidade, e prejudicando a atividade extrativistada madeira. Paulo controla uma das filias de uma empresa ma-deireira, que atua de maneira ilegal na Amazônia.Atualmente Paulo está preocupado com a chegada de umAsimani a cidade, pois sabe que isso significa encrencas...

Henrique BarbosaVampiro StrigoiHenrique foi criado com o intuito de atuar na linha de frente

dos conflitos que possivelmente viessem a surgir.Henrique era um ex-tenente do exercito que se aposentou aos50 anos por motivos de saúde.

O ex-tenente conheceu Paulo no festival folclórico deParintins. Após o festival os dois se tornaram amigos, e Paulo

viu uma ótima oportunidade para ficar a salvo dos templários,transformou Henrique em uma criança da noite.

Na verdade Henrique gostou do fato, pois morreria em bre-ve por motivos do coração. E como ex-tenente, possui muitoscontatos dentro do quartel do CIGS, o que facilita muito suavida e a de Paulo em relação aos templários.

É dono de uma empresa de mineração, que possui acesso aminas de metais preciosos, dentro de reservas indígenas, fatoque é proibido pela FUNAI, mas que Henrique sobe contornar.

Robert LeviRobert é filho de um grande mestre cabalístico. Nascido em

1940, em Londres, Robert teve a melhor educação e instrução quese poderia ter na época, talvez tenha sido este o único erro de seuo pai em vida. Foi iniciado nas artes mágicas por seu pai, mas estenão podia dedicar muito de seu tempo para ele, Robert aprendeutudo que seu pai tinha a ensinar, mas resolveu tomar outro cami-nho da força. Sempre se interessou por feitiços e rituais do Sabbat.Durante alguns anos tentou entrar para a ordem dos Magos dasSombras, sem sucesso. Foi então que conseguiu entrar para oHellfire Club, em Londres, devido aos seus conhecimentos ocul-tos sobre demonologia e sobre as religiões opostas. Na verdadeRobert tinha como passatempo estudar as religiões e seus Dogmasem busca de uma verdade universal.

Dentro da Seita Robert conheceu Tumoru, um mago antigo,não se sabe de onde vem a vitalidade de Tumoru, mas sabe-seque ele e capaz de conjurar demônios e fazer pactos e aliançascom eles. Robert certa vez procurou Tumoru para que este invo-casse as entidades poderosas de Arkanum para que ele pudesseconversar com elas. Tumoru reconheceu Robert, ele conhecia seupai, o qual quase o matou em um combate que ambos tiveram.

Antes que Tumoru pudesse fazer o tal ritual, Derek desco-briu os planos de Robert e tentou prende-lo, porque e proibidoque membros de círculos menores conversem com entidadespoderosas. Robert fugiu para o Brasil e veio acompanhado deTumoru, que deixou a seita aparentemente sem motivo. Ambosestão sendo procurados por membros da seita.

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INTRODUÇÃONo princípio deste século, nenhum homem civilizado habi-

tava a imensa área coberta de matas virgens, situada a Oeste doEstado de São Paulo, delimitada pelos rios Feio e Peixe.

HISTORIAAs terras de excepcional qualidade atraíram pioneiros vindos

de várias regiões do Estado, ávidos por riquezas e colheitas.Ospioneiros foram Antônio Pereira da Silva e seu filho José Pereirada Silva, que em 1923 adquiriram 53 alqueires de terra , os quaisvieram a constituir o Patrimônio “Alto Cafezal” , primeiro nomedado a Marília.Em 1926, Bento de Abreu Sampaio Vidal adquiriuuma extensa faixa de terra, no espigão Peixe-Feio e tratou imedia-tamente de proceder ao loteamento de seu Patrimônio.

Nesta época, a então Companhia Paulista de Estradas de Fer-ro, vinha avançando seus trilhos de Piratininga para o espigão,chegando a Lácio; e, de acordo com o esquema dessa Compa-nhia, as estações que iam sendo inauguradas nesse ramal, eramdenominadas por ordem alfabética. Marília então, deveria ter seunome começando com a letra “M”, e o Dr. Adolfo Pinto propôs“Marathona”, “Macau”,ou “Mogúncio”.Bento de Abreu não fi-cou satisfeito com nenhum deles e numa viagem de navio à Euro-pa, leu o livro “Marília de Dirceu”, poema de Thomaz AntonioGonzaga e dele extraiu o nome para a estação: “Marília”.

GEOGRAFIAMarília situa-se na região Oeste do Estado de São Paulo,

mais precisamente, na Alta Paulista. Limites: Ao sul com Cam-pos Novos Paulista e Ocauçu, à leste com Vera Cruz, ao nortecom Júlio Mesquita e a oeste com Oriente. O relevo do Municí-pio de Marília caracteriza-se pela ocorrência de partes altas, osespigões e de vales por onde caminham os rios e córregos, as“baixadas”, separando as duas partes, paredões íngremes depedra, o itambé. Nos espigões o relevo vai de plano a acidenta-do. O solo é arenoso, muito suscetível à erosão. Os pontos al-tos estão situados a uma altitude que varia de 600 a 650 m, en-quanto que as baixadas estão a 550m. O clima de Marília carac-teriza-se pela ocorrência de duas estações bem definidas. Umverão que vai de outubro a março, marcado por altas temperatu-ras e chuvas; e um inverno, de abril a setembro, seco e frio. Astemperaturas médias são 21 a 22º C no período no verão e de 17a 18º C no período de inverno.A média das precipitaçõespluviométricas da região de Marília situa-se por volta de 1.100 a1.200 mm por ano, sendo que 75% dessa precipitação aconteceno verão. A área total do Município de Marília é de 1.194 Km2 ,sendo 42 Km2 de área urbana e 1.152 Km2 de área rural. A popu-lação é de 200.000 habitantes. Marília possui 1.227 proprieda-des rurais , num total de 110.430 hectares de terra.A produçãoagropecuária do município é bastante diversificada, com pre-dominância do café, milho, pecuária de leite e corte.

LOCAIS DE INTERESSEBreve

NPCsBreve

Marília - SPPor Augusto, Gabriel & Vinicius

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A história de Monte Verde começou em 1940, quando VernerGrinberg, um imigrante da Letônia, chegou a região viajandoem companhia de seu pai para tomar posse da Fazenda Pico doSelado, então situada na área hoje conhecida como Campos doJaguari. Grinberg, nome que significa “verdes montanhas”, fi-cou encantado com a beleza do lugar. E assim Monte Verde aca-bou surgindo no mapa do Brasil.

Desta época, praticamente sobraram apenas as paisagensda Serra da Mantiqueira e o clima de montanha, já que muitacoisa mudou na antiga vila. A colonização européia teve real-mente grande influência no estilo das construções e na culiná-ria, basicamente de característica alemã. Mas a cidade tem hojeuma vida própria. Entre os meses de abril a setembro, a estima-tiva é de receber cem mil visitantes. Nem mesmo uma sinuosaestrada de acesso, repleta de buracos e mal sinalizada, conse-gue afastar os turistas que chegam de todo o país.

A região tem temperaturas de 28 graus, no verão, e de até 12graus negativos nos invernos mais rígidos. Repleta de adorá-veis hotéis e pousadas, para quem está acostumado com altastemperaturas, não existe nada mais diferente ou romântico.

Os segredosNão há quem não pare para refletir o motivo de tanta gente

visitar esta pequena cidade mineira, afinal Monte Verde é habi-tada por não mais que cinco mil almas fora da temporada deturismo. Apesar de distar apenas 166 quilômetros de São Paulo,o difícil acesso deveria por si só manter os curiosos afastados...

Deveria, a não ser que alguma força misteriosa estivesse tra-balhando para que a cidade seja tão freqüentada por gente doBrasil todo, e muitas vezes fora dele. A história da cidade é re-cente mas um tanto incerta, envolta em sombras que não que-rem ser dissipadas.

Verner Grinberg foi na verdade um mago do Sexto Círculoda ordem dos Magos das Sombras. Essa ordem deriva da malé-fica Irmandade de Tenebras, sendo formada em sua maioria porrenegados que desejam impedir os terríveis planos de sua anti-ga casa a todo custo. Com o advento das Guerras Mundiais naEuropa, Grinberg se viu cada vez mais fragilizado e cansado detantas disputas infrutíferas. Então decidiu se desligar da ordemdas Sombras (não sem ganhar alguns poderosos inimigos quenão exatamente concordaram) e fugir da Europa sitiada, migran-do com seu velho pai para as distantes terras do Brasil.

Dizem que Grinberg tinha um conselheiro espiritual, provavel-mente um anjo Querubin, que lhe guiou desde seu embarque emSão Paulo até a Fazenda Pico do Selado, a qual haviam compradona metrópole brasileira. Dessa fazenda Grinberg colonizou todaMonte Verde, muitas vezes chamando outros poderosos magosbrasileiros, aos quais conhecera em incursões ao Spiritum.

Monte Verde é hoje plena de energias positivas erevigorantes, cercada por diversos círculos de proteção contraas energias negativas vindas de Arkanum Arcanorum ou mes-mo de Tenebras. Grinberg ensinou a seus amigos iniciados tudoo que aprendeu ao lidar com as energias de Arkanum, de modoque esses magos são mesmo especialistas em manter afastadaessas forças destrutivas. Provavelmente por isso tantos turis-tas se sintam tão bem na cidade, já que com a constante atua-ção desses magos secretos, cada um sofre uma radical mudan-

ça e de um dia para o outro se vê livre de todos os “problemasdo cotidiano”. Mesmo os portais de entrada da cidade são naverdade poderosas barreiras místicas que filtram toda a energiainferior que ousa adentrar esse recanto de luz.

Talvez por ter lidado tanto tampo com a escuridão, Grinberg esua cidade sejam tão voltados para a luz. Ninguém sabe se o mes-tre da Letônia ainda vive, mas são muitos os habitantes que co-nhecem, ou ouviram falar, dos magos das montanhas, já que sãonas montanhas que cercam a cidade os locais mais usados para aprática dos rituais de proteção e iluminação de Monte Verde.

Pontos de interesse:

Os PortaisSituados na entrada da cidade, foram construídos sobre dois

imensos cristais trazidos por anjos da Cidade de Prata. Enterradosno fundo da estrada, eles energizam os feitiços de proteção lança-dos no local dos portais, de modo que eles se estendem por me-ses, ou mesmo anos, sem perder sua força. Esse local é semprevigiado por um mago, já que esses cristais são verdadeiras relíqui-as, além de serem uma pedra no sapato de qualquer demônio oumago das Sombras que queira se aventurar na cidade.

A IgrejaMonte Verde possui, como qualquer outra vila nacional, uma

pequena igreja católica. Porém, após o pacto que Grinberg reali-zou com os magos católicos que vieram em seu encalço, essaigreja passou a ser um ponto de encontro entre magos de ou-tras regiões e os magos da cidade, sendo sempre bem protegi-do nos raros momentos em que essas reuniões ocorrem.

Pedra Partida: Nos arredores da cidade há uma trilha paraessa pedra situada a 2.050 metros de altura. É apenas uma dasquatro pedras mais visitadas, mas provavelmente os turistasnão conhecem sua verdadeira história... Já que ela nem semprefoi partida, e isso se deveu a um combate travado entre VernerGrinberg e uma equipe de magos da Irmandade de Tenebras queo seguiu desde sua saída da Europa. Esses magos queriam apro-veitar a rara oportunidade de pegar um rival do Sexto Círculosozinho e o enviar para o inferno.

Eles talvez o tivessem conseguido, se Grinberg já não con-tasse com seus amigos brasileiros que se juntaram a batalhapara o defender. Quando magos tão poderosos se degladiam,nem mesmo as montanhas escapam ilesas. Dizem que um raioconjurado por Grinberg foi o responsável pelo fim da batalha, eque as almas dos magos de Tenebras até hoje se lamentam pre-sas no corte da Pedra Partida...

NPCs

Verner GrinbergAntes um respeitado membro do Sexto Círculo da ordem dos

Magos das Sombras, Grinberg desistiu de uma luta sem sentidopara fundar a cidade de Monte Verde a milhas e milhas de suaterra natal. Ninguém pode dizer ao certo se ele ainda está entrenós, mas de qualquer modo sempre foi recatado e misterioso,deixando as tarefas menores para os iniciados em seusensinamentos. Em Monte Verde hoje vigora seu sonho de um

Monte Verde - MGPor Rafael Arrais

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recanto de paz protegido contra toda a ignorância da guerra,seja ela mundana ou espiritual, e a Ordem de Grinberg se encar-rega de manter esse sonho real.

O GalanteTalvez o único anjo que resida na cidade, o Galante é assim

chamado por sua incorrigível atração por mulheres. Trata-se deum Principado que diz estar sempre “de férias do Museu de Pra-ta”, e que a cada temporada aparece com um nome, e muitasvezes um corpo, diferente. Com seus poderes e carisma sobrehumano, consegue sempre conquistar as mais belas mulheres...O único motivo de não Ter sido expulso ainda da cidade porseus verdadeiros senhores é que aparentemente ele nunca seatreva a seduzir mulheres comprometidas e casadas. Pelo me-nos é isso que o Galante jura por seu Pai.

Madame ToledoViúva de um rico empresário espanhol, madame Toledo re-

solveu visitar o Brasil e quase que intuitivamente se dirigiu atéMonte Verde e ali ficou. Trata-se de uma Iniciada da ordem dasBrujas, que provavelmente matou seu marido por ter sido des-coberta. Apesar de não ser necessariamente uma má pessoa,madame Toledo não tolera visitantes em sua cabana encrustadano sopé do Pico do Selado, e muitas são as histórias de curio-sos que nunca mais voltaram se suas visitas a essa bruxa. Al-guns se perguntam porque ela é tolerada pela Ordem de Grinberg,sem obter respostas...

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INTRODUÇÃONo início as matas da região sudeste de Minas Gerais eram

habitadas somente por animais e pássaros selvagens. Só erapossível percorrê-la através dos rios Pomba, Paraíba do Sul eMuriaé. Com a chegada dos índios Puris e Coroados, atacadose massacrados na bacia fluminense começavam a nascer algunsnúcleos populacionais.

Mais tarde, o indianista Guido Marlière, nomeado diretorgeral dos índios da Província de Minas Gerais, veio para estaregião. Nesta época havia uma grande penetração de tropeirosna região, para o comércio de poaia (planta medicinal) com osíndios. Atento aos conflitos gerados entre tropeiros e índios,Guido Marlière ordenou a posse dessas terras para iniciar oaldeamento dos índios e sua catequese. Em 1817, ConstantinoPinto, nomeado por Marlière como civilizador dos selvagens émandado para esta região para iniciar povoamentos. Às mar-gens do rio Muriaé (que em dialeto Puri significa “o que lamen-ta”) foram construídas as primeiras casas. Nesta época foiconstruída a primeira igreja ( a capela do Rosário) e seu primeirocapelão foi o padre Joaquim Teixeira de Siqueira. Assim em 1819nascia a Aldeia de São Paulo do Manoel Burgos.

Com o tempo o povoado foi crescendo. Uma única rua se de-senvolvia, sempre seguindo as margens do rio Muiraé, onde, cadahabitante branco que ali desembarcava, ia tomando posse de pe-quenas áreas para extrair ipecas e madeiras de lei para construir asua casa, fazer a sua horta e constituir a sua família. Surge assim o“Porto”, logo depois a “Armação” e finalmente a “Barra”.

Em 7 de abril de 1841 a Aldeia foi elevada a distrito do municí-pio do Presídio, hoje, Visconde do Rio Branco, com a denomina-ção de São Paulo do Muriahé. Já se destacando como um dosmaiores núcleos populacionais da Zona da Mata, devido as suasriquezas e ao comércio de plantas medicinais dos índios Purís, opovoado não demorou a ser elevado à Vila de São Paulo do Muriaéem 1855. O primeiro Governo Municipal e o primeiro Tribunal doJuri são instalados na Vila em 1861 com a construção de um gran-de prédio (atual biblioteca municipal).

GEOGRAFIALocalização: Zona da Mata Mineira, próximo às divisas com

os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.Altitude: Variando de 198m (sede) à 1580m (Pico do Itajuru).Clima: Tropical de altitude - temperatura média 23º

Recursos Hídricos: presença dos rios Muriaé, Glória, Preto, Fu-maça. Pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

População: 84.580 habitantes (IBGE 1996).Rodovias de Acesso: Muriaé está situada no entroncamen-

to das: BR 116, BR 356 e BR 482.

HISTÓRIAFinalmente em 25 de novembro de 1865 foi sancionada a Lei

n. 1257 elevando à categoria de cidade com o nome de São Pau-lo do Muriahé.

A cidade prosperava vertiginosamente ganhando fôros decabeça de Comarca e tornou-se centro intelectual e político devasta região. Com o esgotamento das minas de ouro da regiãocentral de Minas, deu início ao ciclo econômico na Zona da Mata

com a expansão agro-pastoril de suas terras, de preferência nasterras apropriadas à cafeicultura. A região, pela grande fertilida-de de seu solo, fartamente irrigado por seus vários cursosd’água, estava na situação de constituir um dos centros maispromissores de expansão agrícola, mineira. Com a cultura docafé surgia uma acentuada melhoria de condições de vida.Em 1876 com a inauguração da estrada de ferro Leopoldina, pe-los ingleses, escoadouro rápido para a produção agrícola, a ci-dade consolidou as bases de sua economia. No “rush” do caféera o município que mais exportava para o País e Exterior.Em 1911 a cidade passa a se chamar apenas Muriaé, nome quepossui até hoje. A inauguração da rodovia Rio-Bahia (BR-116),em 1939, colocou o município em plano destacado no quadroeconômico da Zona da Mata, pondo-o em comunicação cons-tante com importantes cidades como a capital federal (Rio deJaneiro). Na década de 50, já com 20 mil habitantes e com maisde 4 mil prédios construídos, redes bancárias, Muriaé passoupor uma transformação na sua vida econômica. Com a crise docafé o município entra. em colapso. Com o êxodo da populaçãorural para a cidade e o grande fluxo de viajantes de todo o paísque cruzavam diariamente as BRs, acontece um surto no cresci-mento populacional e a partir de então a cidade forma a suavocação para o comércio. Hoje Muriaé possui cem mil habitan-tes, é forte o seu comércio e projeta o seu futuro numa das regi-ões mais avançadas do país. Possui escolas de primeiro e se-gundo graus, cursos técnicos, faculdade de filosofia ciências eletras, indústrias de alimentos, de confecções, de carroceria decaminhões. É um importante centro de venda de veículos auto-motores da região com representantes de todas as montadorasbrasileiras e algumas estrangeiras.

LOCAIS DE INTERESSE

Igreja do RosárioLocalizada na Praça do Rosário, onde surgiu a cidade de

Muriaé. Local onde são feitas reuniões de templários einquisidores, a comando do padre Tiago.

Cachoeira da FumaçaRepresa de captação de água da Usina Cel. Domiciano. Es-

pelho d’água de aproximadamente 2.000m². Rio Fumaça com lon-go trecho encachoeirado, pedras negras, águas límpidas,margeado por vegetação nativa. Ideal para banhos e caminha-das. Divisa dos distritos Itamuri/Pirapanema. 16 km de Muriaé.A boatos que nesse local se reunam magos da escola aqua, quedetém nesse mesmo local uma torre de estudos.

Pontão da Água LimpaMarco geográfico com 1067m de altitude. Próximo à Pedra

Santa .Destaca-se pelo interesse místico-religioso com desen-volvimento da medicina alternativa e cultivo de plantas medici-nais. Distrito de Itamuri, comunidade Patrimônio dos Carneiros.

Pedra SantaGruta com 900m2 de área formada por escavações pluviais.

Templo religioso sacramentado. Missa todo 5º domingo do mês.Próximo ao Pontão e Represa do Glória.

Muriaé - MGPor Sandro Januzi Souza

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Pico do ItajuruRelíquia da Mata Atlântica ideal para caminhadas, ba-

nhos e trecking pelos l580m de altitude do Pico do Itajuru.Distrito de Belisário.

Parque Monteiro LobatoÁrea de lazer e esporte, playground, pista de bicicross,

campo de futebol, pistas de bocha, skate, quiosques, anexoao Parque Marlière. Ideal para crianças. Área urbana. De 4ªa domingo das 07h às 17h.

Grande Hotel MuriaheObra construída em fins do século XIX e inaugurada em

1904, com a data impressa na fachada, para servir de hotel àregião. Fruto da riqueza oriunda do ciclo econômico do café,este prédio apresenta detalhes arquitetônicos de grandebeleza e importância.

BelvedereÁrea de lazer à margem da BR 116, manancial de água potá-

vel com preservação da flora e da fauna . Visual de amplo hori-zonte. 10km do centro.

Antiga RodoviáriaEstação Rodoviária traduzirá o crescimento econômico da

cidade, onde o fluxo de ônibus e automóveis favorecerá ainterligação com regiões inter-municipais, estaduais e federais.

Avenida EudoxioEsta edificação é um exemplar raro de vila operária com uma

arquitetura residencial típica, composta de residências térreas,das primeiras décadas do século.

Prefeitura MunicipalO prédio com sua arquitetura marcante, apresenta estilo

Eclético com influências Coloniais e Neoclássicas. No frontão,rodeado de volutas, vemos o brasão do Brasil, em auto-relevo.A praça em frente representa a expansão da cidade

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HistóriaNa época do governo geral de D. Francisco de Sousa, o

capitão-mor de Pernambuco, Mascarenhas Homem, foi incum-bido da construção de uma fortaleza e uma cidade na capitaniado Rio Grande, uma das maiores capitanias hereditárias, famosapor ataques de corsários e a resistência indígena. Nas margensda foz, do Rio Grande (atual Potengi) em 8 de Janeiro de 1598teve-se início a construção da Fortaleza dos Reis, popularmen-te conhecida como Forte dos Reis Magos. A cidade de Natal foifundada no dia 25 de dezembro de 1599, próxima à Fortaleza, naregião onde viviam os índios Potiguares.

Em 1633 a cidade de Natal é invadida por tropas holan-desas, apoiadas pelos índios tapuias, liderados por Janduí, queestavam insatisfeitos com a escravidão imposta a eles. A domi-nação holandesa durou 21 anos, sendo chamada a cidade deNova Amsterdã e a Fortaleza de Castelo de Keulen. Os holan-deses e os tapuias foram responsáveis por grandes ataques ematanças na capitania, como o Massacre de Cunhaú e Uruaçu.

Com a expulsão dos holandeses o governo, já portugu-ês, decidiu pelo extermínio dos índios rebeldes, episódio co-nhecido como “Guerra dos Emboabas”. Tal episódio teve dura-ção de mais de meio século e foi responsável pelo extermínio detodos os indígenas existentes na região (por isso o estado, jun-tamente com o Piauí, não possui reservas indígenas).

A vida política da cidade, na primeira metade do séculoXX é marcada pela eclosão da Intetona Comunista de 1935, masa grande revolução sócio-econômica de Natal só ocorre no pe-ríodo da II Guerra Mundial. O Brasil cede uma área, próxima aNatal, para a construção de uma base aérea localizada na Áfri-ca. A presença norte-americana resultou numa grande mudançanos hábitos e cultura dos natalenses.

Atualmente a cidade passa por um grande crescimentourbanizado e reformas que visa tornar a estrutura da cidadevoltada ao turismo, setor econômico bastante explorado na re-gião devido às suas praias. Natal é tida como uma cidade pací-fica, sendo tida como uma das menos violentas capitais do Bra-sil. Natal possui um ar interiorano, sendo seus habitantes ami-gáveis e hospitaleiros. Conhecida por suas praias, Natal é co-nhecida como “A Cidade do Sol” e por possuir o ar mais purode uma capital da América Latina.

História SobrenaturalPotiguakan, um nativo de Arkanun, chegou à foz do hoje rio

Potengi no ano 1.000 d.C.. Potiguakan começou a atuar como umaespécie de patrono para os nativos da região, que em sua homena-gem passaram a se chamar Potiguares. A região possuía grandesportais para o plano de Arcádia, sendo comum encontrar-se seresnativos desse plano na região. Principalmente da Nova Arcádia.

Durante a colonização, Potiguakan foi descoberto pelosagentes da Cidade de Prata e considerado uma entidade pode-rosa devido ao seu grande poder. Junto com a expedição deMascarenhas Homem havia um grupo de anjos captares e pro-tetores, juntamente com um principado, com a missão de des-truir Potiguakan. Os anjos não conseguiram faze-lo, terminan-do o confronto com a fuga do demônio para o interior da capita-nia, ajudado pelos índios potiguares devido ao seu grande nú-mero de ferimentos. Devido ao grande poder demonstrado porPotiguakan, decidiu-se construir o Forte dos Reis Magos namais poderosa Meca da região, localizada junto à foz do rioPotengi. Uma igreja foi construída no maior node descobertonaquela região e ao redor dela foi fundada a vila de Natal, sob acoordenação de Ariniel, o anjo principado que fazia parte dacomitiva organizada para a destruição de Potiguakan.

Natal - RNPor Cristiano “Leishmaniose” DeLira,Pablo Sebastian e Marcus Henrique

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No interior da capitania, Potiguakan entrou em contatocom um grupo de corsários holandeses que estavam na regiãocombatendo os portugueses, conseguindo assim o apoio ho-landês para retomada de sua região. Potiguakan invocou doscírculos infernais, graças a um ritual raríssimo, um grupo dequinze espectros, que tomaram os corpos dos mais influentesíndios tapuias. Com a ajuda dos holandeses e dos índios tapuiasinfluenciados pelos Espectros, Potiguakan realizou um contra-ataque à recém-fundada cidade e em toda a região dominadapelos portugueses, resultando em massacres como o de Cunhaúe Uruaçu, nos engenhos de mesmo nome. Potiguakan conse-guiu retomar a posse da região, capturando e sugando todo opoder de Ariniel, o principado, até a sua morte.

Quando as notícias do ocorrido chegaram aos ouvidos daCidade de Prata, foi organizado um contra-ataque. O contra-ata-que resultou na Guerra dos Emboabas, a caça e extermínio dosnativos, criaturas de Arcádia e outras entidades que houvesse naregião. A maioria dos portais para Arcádia foi fechada, restandosomente os desconhecidos pelos habitantes da Velha e da NovaArcádia. Potiguakan foi encurralado pelos protetores e captaresda Cidade de Prata, próximo à vila de Natal, onde ocorreu a maiorbatalha histórica do ponto de vista sobrenatural da região. Dis-posto a não se entregar, Potiguakan invocou um ritual antiqüíssimo,conhecido somente pelos demônios existentes na civilizaçãoAzteca. Um dos captares atingiu Potiguakan quando este finaliza-va o ritual. O ritual não foi anulado, mas ocorreu de forma drástica.A alma de Potiguakan, juntamente com sua essência e poder, foiabsorvida pela terra. Nascia um novo node na região. Um novoanjo principado assume a cidade de nome Nathaniel.

Por ser uma região em que predominava a criação de gadoe não os engenhos de cana-de-açúcar, havia poucos escravosna região. Os primeiros magos Asima só chegaram à região noano de 1675. Devido ao extermínio causado pela Guerra dosEmboabas e ataques dos anjos a alguns membros de seu gru-po, os magos africanos fugiram para quilombos mais ao sul oupara um local mais “tranqüilo”.

Em 1750 os Iluminados chegam à cidade e envolve-se na política da cidade, preparando o terreno para a funda-ção de uma loja maçônica. Em 1845 chega à cidade um vam-piro strigoi de nome Dimitri. Ele fixa residência na cidadedevido ao isolamento da mesma e dificuldade da Inquisiçãoou os Templários chegarem ao local. Em 1890 começam aocorrer na cidade alguns acontecimentos sobrenaturais,como ilusões mostrando a batalha entre Potiguakan e osanjos. Boatos de aparecimento de pequenos demônios, comoImps e Sernezz, próximo à cidade torna-se comuns. Os Ilu-minados abafam tais relatos para impedir que outra ordemse oponha à sua dominação na cidade. Alguns poucos rela-tos chegam aos ouvidos de alguns Magos Atlantes, queacreditam que tais acontecimentos possam vir a ter algo emcomum com a presença de cristais de Atlântida na região.Em 1910, três magos Atlantes chegam à cidade. A chegadados Atlantes à cidade de Natal aguçou a curiosidade da Casade Chronos, que enviou um agente para investigar a cidade.

Augusto Ferdinando, o mago da Casa de Chronos envia-do para investigar a cidade, descobre após alguns meses a origemdos fenômenos: o node amaldiçoado criado pela absorção do po-der de Potiguakan pela terra. O node apresentava uma certa insta-bilidade, chegando a realizar alguns fracos rituais de forma instan-tânea: os fenômenos sobrenaturais. O node estava crescendo deforma lenta tanto em área quanto em poder, apresentando podermítico maior para o caminho de Arkanun. Durante as investiga-ções de Augusto Ferdinando, entra em contato com ele um anjo

virtude de nome Gomriellus. Segundo Nathaniel, Gomriellus viviana região desde que Potiguakam foi destruído, não intervindo emnada, apenas habitando em seu castelo localizado em uma nuvemque paira ao redor da cidade, próxima ao mar. Graças a informa-ções de Gomriellus, Augusto Ferdinando chega à conclusão queo node tinha uma peculiar personalidade devido ao ódio presenteem Potiguakam. O node estava tentando abrir um portal para oplano de Arkanun. Para impedir o pior, a Casa de Chronos envia àcidade uma coluna romana, a Coluna Capitolina, que é colocadano centro do node. A Coluna diminui o poder do node e anula suaexpansão e sua personalidade.

Em 1935, os primeiros magos da Casa de Chronos che-gam à cidade para estudar a região e possivelmente instalar oArcanorun. Com a entrada dos Estados Unidos na SegundaGuerra Mundial a cidade cede uma área próxima á cidade paraque seja construída uma base aérea. Os anjos e as ordens místi-cas perdem o controle da região, sendo os Iluminados os quemantêm maior estabilidade na época. Mas, mesmo com o con-trole dos Iluminados, chega à cidade a Sagrada Ordem dosMagos. Os Thules que chegam à cidade são espiões e infiltram-se na sociedade e ordens da cidade, sem revelar sua identidade.Eles são responsáveis por um tráfico de itens mágicos na re-gião, além de informações e planos dos americanos. Investigan-do a possível existência de espiões da Thule, um grupo deTemplários da Ordem de Aviz chega à cidade. Para disfarçar suasatividades, eles fundam um colégio, o amplitude D’Aviz. Foiconstruído sobre uma Meca, em um terreno com a forma de umpentágono, adquirindo o colégio a forma de um “X”, com cadaextremidade em uma das pontas do terreno e na ponta superiorfoi colocado um pedestal, com um busto do fundador.

No ano de 1945, alguns meses antes do fim da guerra,Dimitri concede o dom das trevas a uma violinista, de nome DaianneLisboa. Fugindo do caos instalado na Europa devido à guerra,chegam à cidade Reinaldo e Alexandre, dois vampiros Ekimmu.Eles fundam um restaurante na praia de Ponta Negra, o Etton. Como fim da Segunda Guerra, a Sagrada Ordem dos Magos, graças àsinformações adquiridas nas outras Ordens e manipulações políti-cas, consegue se firmar secretamente na cidade. Sua primeira me-dida é impedir a implantação do Arcanorun na cidade, através deseus agentes infiltrados nas outras Ordens. Isso permitiria umaliberdade maior de movimentos e ações. A Sagrada Ordem dosMagos continua com seu tráfico de itens mágicos. Juntamentecom os itens, também são traficadas muitas obras de artes e rique-zas saqueadas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.Os magos da Thule devem trazer os itens de outros continentes etrafica-los até o sul do Brasil, de onde seguirão para a Argentina.Tais recursos ajudam a Thule a fortalecer-se na região.

Devido à tamanha oposição presente na instalação doArcanorun, a Casa de Chronos não consegue instalá-lo na ci-dade. A idéia de deixar a cidade sem um Arkanun Arcanoruncomeça a ser discutida entre os líderes locais da Casa de Chronose dos Iluminados, até a descoberta de um membro da Thuleinfiltrado na Casa de Chronos. O espião foi forçado a contarsobre a existência da Thule na cidade, embora antes que pudes-se contar os segredos da organização foi morto por um outroespião, que se suicidou logo após mata-lo. Os magos da Sagra-da Ordem dos Magos resolveram revelar um pouco de sua exis-tência, para impedir que os principais espiões e membrosinfiltrados fossem descobertos. Tal revelação acelerou mais ain-da o processo de decisão da instalação do Arkanun Arcanorun.Os Templários começaram sua campanha contra a Sagrada Or-dem dos Magos, que mantinha desconhecida os seus princi-pais membros e localização de sua sede central.

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Em 1950, Gomriellus volta a aparecer na cidade. Traz con-sigo um jovem daiphir de nome Setter, recém-desperto em suacondição com apenas 18 anos reais. Setter, juntamente com osTemplários, tornou-se o principal adversário da Sagrada Ordemdos Magos, impedindo muitos de seus planos, principalmenteaqueles que envolvem a abertura de portais para o quinto círcu-lo, a fim de resgatar Hitler e os nazistas. Algumas das facetassecretas da Sagrada Ordem dos Magos é descoberta, graçasaos Templários e Setter. Uma delas revelou a influência políticae social que eles estavam construindo na cidade. Os Ilumina-dos começaram a ter os magos nazistas como uma séria ameaça,entrando em uma guerra política com eles. Os Iluminados desdeentão vêm mantendo uma predominância no ambiente político,mas por muito pouco.

Em 1960, Killenor um daemon chega à cidade através deum portal para Arcádia. Ocultamente mescla-se à sociedadenatalense, adquirindo influência política. Quando toma conheci-mento da situação mística da cidade, ele faz um acordo com a Or-dem Sagrada dos Magos visando proteção e contribuindo comrituais para chegar ao Quinto Círculo. Um Amazona, Aisha, chegaà cidade com a missão de encontrar Killenor e destruí-lo. Ele eracaçado na Velha Arcádia por ter assassinado toda uma tribo ama-zona. Em 1973, Michael Hugges, um investigador da Talamaskachega à cidade secretamente para investigar o tráfico de itensmágicos. Samu, um vampiro de origem judaica, estabelece-se nacidade, passando a habitar os túneis subterrâneos da cidade.

O Arkanun Arcanorun é implantado pela Casa deChronos em 1975, mas devido às manipulações da Sagrada Or-dem dos Magos, ela não apresenta uma influência política, sen-do vista apenas como uma organização decorativa. Só há umdiácono na cidade, Augusto Ferdinando, que tenta estabelecera ordem com a ajuda de alguns poucos membros dos Ilumina-dos e da Casa de Chronos. Os Magos Atlantes preferem man-ter-se neutros. E a Ordem Sagrada dos Magos não deseja deforma alguma o Arcanorun, pois isso limitaria grande parte deseus planos e traria problemas. Em 1980, Ërwen Nicollas, umasuccubu, estabelece-se na cidade como presidente de uma gran-de empresa. Ocultamente, Ërwen é responsável por uma rede deprostituição, cada vez maior, na cidade. Ërwen está na cidadepara impedir que os magos da Thule tenham acesso ao portalnatural para o Inferno, localizado na Barreira do Inferno. Se oassunto for esse é bem provável uma temporária união entreËrwen e Gomriellus. Para ajuda-la, ela conta com dois hellspawnscomo guarda-costas.

Em 1982, Michael Hughes é morto por um neonazistaenquanto estava investigando uma pista do tráfico.Pouquíssimas pessoas na cidade, entre elas Nathaniel eGomriellus, sabiam que Hughes era um investigador daTalamaska e por isso não deram devida atenção à situação. Mastal assassinato trouxe os olhos da Talamaska para a cidade. Cincomeses depois, três membros da Talamaska chegam à cidade.Kelly Meybel, uma bibliotecária, Khalil Worms, um investiga-dor, além de Raíssa Lane, uma tomb raider. Em 1990, uma magacelta recém-chegada da Inglaterra forma um pequeno grupo demagas Wiccas na cidade, composta por quatro adolescentescom a faixa etária de 18-23 anos. As Wiccas preferem não seenvolver diretamente com o Arcanorun, embora os apóie.

Atualmente, o Principado atua juntamente com oArcanorun, visando uma melhor administração da sociedadesobrenatural da cidade. Eles não possuem bastante influênciapara impor regras rígidas como as que existem em outras cida-des e demonstram certa tolerância. Sua maior antagonista é aSagrada Ordem dos Magos que tenta acabar com a existência

do Arcanorun e ampliar sua rede de influências na cidade. OArcanorun e o Principado contam com a ajuda de Gomriellus,Setter, os Templários, e às vezes, a Talamaska , embora cada umdeles atue visando interesses próprios e não os do Arcanorun.Os Iluminados atuam contra a Sagrada Ordem dos Magos nocampo político.

AnjosOs anjos existentes na cidade são predominantemente Pro-

tetores. Eles costumam reunir-se junto à praia de Ponta Negra nonascer e no pôr-do-sol. Não costumam, em sua maioria, envolver-se em assuntos políticos da cidade, deixando isso para o Principa-do e os seus asseclas. Os principais anjos da cidade são:

Nathaniel – Anjo Principado da cidade. Tem 450 anos.Nathaniel nasceu durante a Baixa Idade Média, destacando-secomo um Templário. Foi morto em combate contra uma horda naRenascença e recrutado pela Cidade de Prata. Após a morte deAriniel, ele se voluntariou para ser o principado temporário (jáque seu poder era baixo, na época) da cidade de Natal. Apósalguns anos nela, quando foi lhe dada a alternativa de deixar oprincipado da cidade, ele recusou. Costuma ser bastante calmoe ponderante, decidindo o que for melhor para a cidade. Ele apa-renta ser um empresário de meia-idade com um aspecto calmo etranqüilo, trajando sempre ternos completos.

Gomriellus – Anjo Virtude. Gomriellus nasceu durante a Ida-de Média, sendo morto por um demônio daemon. Recrutado pelaCidade de Prata Gomriellus demonstrou bastante eficácia, o queagradou a muitos superiores. Gomriellus tornou-se um anjomuito poderoso, versado nas artes arcanas. Em 1600, ele rece-beu a missão de guardar ao portal do Inferno localizado no Nor-te do Novo Continente, na Barreira do Inferno. Gomriellus pos-sui uma comprida barba e anda com um robe cinzento e um caja-do, como um mago antigo. Gomriellus possui uma grande redede informações, principalmente com os magos Photos, e costu-ma convocar algumas pessoas para missões, principalmenteSetter, a quem criou desde criança. Ele habita em um castelosobre uma nuvem que paira acima do mar, próximo à cidade deNatal, propriedade de seu mentor.

DemôniosEmbora haja um portal natural na cidade que leve ao In-

ferno, muitos poucos demônios habitam a cidade. Isso se deveà extrema vigilância existente no local por causa do portal. Osprincipais demônios da cidade são:

Killenor – Daemon. Nativo de Arkanun, Killenor conseguiuchegar a Velha Arcádia através de um portal. Chacinou uma tri-bo de amazonas, o que acabou resultando em uma caçada a essedemônio. Sem saída, Killenor aventurou-se em um dos poucosportais ainda existentes, vindo parar na cidade de Natal. Killenortornou-se influente e associou-se aos magos da Sagrada Or-dem dos Magos oferecendo encontrar uma forma de chegaremao quinto Círculo em troca de proteção. Killenor sempre apare-ce como um jovem de cabelos compridos e que costuma usarroupas de classe alta. Possui um toque de arrogância na voz eem seus gestos. Ele é completamente egoísta e cruel, muitasvezes subestimando os humanos. Killenor possui uma paixãoobsessiva por Wendy Organe, uma das jovens aprendizes Wiccade Natal, o que leva a vários conflitos com o daiphir Setter.

Ërwen – Succubus. Nasceu durante a Revolução Industrial,filha de um Inccubus e uma humana. Recebeu do pai, algunsanos depois, a missão de monitorar o portal localizado na Bar-

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reira do Inferno, já que a Sagrada Ordem dos Magos era umpotencial perigo ao Inferno. Ao chegar à cidade, ela tornou-sepresidente de uma empresa local, levando-a ao sucesso.Secretamente, grande parte do dinheiro da empresa vem da redede prostituição na cidade, controlada por Ërwen. Ërwen possuios cabelos compridos e um corpo torneado. Costuma andar comvestidos e blazers sociais. Não se importa com a sociedade hu-mana, nem com os magos, apenas é devotada a sua missão. Ecumpri-la-á, independente do preço.

VampirosOs vampiros da cidade são tão poucos quanto os demô-

nios e preferem não se envolver na política da cidade. As úni-cas raças existentes na cidade são os Strigoi e os Ekimmu, re-presentados principalmente por:

Reinaldo – Não se sabe qual a origem desse Ekimmu. Foitransformado no início do século XX. Reinaldo aparenta ser umjovem recém-saído da adolescência, em seus 25 anos. Costumaestar sempre sorrindo e ser extrovertido. Transformou Alexan-dre em um Ekimmu durante a Primeira Guerra Mundial na Fran-ça. Mudou-se para Natal tentando fugir da Segunda GuerraMundial e montou o restaurante Ettos, onde trabalha e reside.

Alexandre – Alexandre era filho de um médico famoso naFrança. Fadado a um grande destino como médico, ele viu tudomudar quando Reinaldo o transformou. Alexandre costuma sercomedido e lacônico. Aparenta ser mais velho que Reinaldo, oque acaba levando muitos a achar que ele seja o irmão maisvelho. Alexandre costuma ser mais violento e impulsivo que seusenhor. Ninguém sabe o motivo deles andarem juntos.

Dimitri – Vampiro considerado o Senhor da cidade de Na-tal, já que foi o primeiro a chegar nela. Dimitri estava buscandofugir de jogos políticos quando mudou-se para a cidade de Na-tal. Embora não goste de jogos políticos, nem seja ambicioso,Dimitri zela pelo que é seu e considera a cidade seu lar, já que aviu crescer. Dimitri transformou em vampira Daianne Lisboa, umajovem artista a quem ele muito admirava. Ele vive atualmente emuma mansão no bairro da Candelária e mantém uma grande redede informações na cidade. Dimitri é muito sério e ponderado,agindo de formas extremas apenas em último caso.

Samu – Esse vampiro Ekimmu surgiu misteriosamente nosanos 70, infiltrando-se na rede de túneis subterrâneos existen-tes na cidade. Ele mantém uma rede de informações para sabersobre os acontecimentos na cidade. Possui contato comGomriellus e Dimitri. Não gosta da Sagrada Ordem dos Magos,pois conseguiu escapar de uma câmara de gás por pouco, ten-do até mesmo um número tatuado em seu pulso. Costuma serjusto em suas ações.

Arkanun ArcanorunA situação do Arcanorum não é uma das melhores, já

que não possui muito mérito na sociedade sobrenatural da ci-dade, já que a maioria das ordens mística prefere resolver seusassuntos de forma “pessoal”. Com exceção da Sagrada Ordemdos Magos, qualquer membro de uma das ordens místicas (co-nhecidas) da cidade pode participar de uma reunião doArcanorun. As principais ordens são:

Casa de Chronos – Principal responsável pelo Arcanorun,tenta atualmente fortalecer o Arcanorun na cidade. Sua sedefica na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde al-guns de seus membros costumam lecionar. Costumam procurarnovos aprendizes entre os estudantes da universidade, os que

mais se destacam. Possui cerca de 25 membros, sendo o líderdo templo Augusto Ferdinando. Augusto Ferdinando é um ho-mem em seus 55 anos. Possui uma barba aparada e usa óculos.É ponderado e estudioso, embora introvertido.

Iluminados – A mais poderosa Sociedade da cidade no campopolítico. Os Iluminados têm sua principal sede em Cidade Alta emuitos políticos da cidade ou pessoas importantes fazem parte detal Sociedade. É a sociedade mais numerosa da cidade. Os Ilumi-nados mantêm-se neutros com o Arcanorum, exceto quando oassunto envolve a Sagrada Ordem dos Magos... Os Iluminadospossuem como líder local Hubert Pereira, um homem de meia-ida-de com os cabelos volumosos, embora brancos. É um homem am-bicioso e estratégico. É lacônico e pouco fala da vida própria. Ten-de a escolher as decisões que mais favoreçam a Ordem.

Magos Atlantes – Apenas três desses magos residem na ci-dade, procurando alguns sinais de cristais de Atlântida. Elesvivem no farol localizado em Mãe Luíza, sendo os responsáveispela manutenção do lugar. São neutros em relação ao Arcanorune raramente costumam dirigir-se a ele. O líder dos Atlantes éDennis Francis, um homem de cabelos compridos que tem comohobby o surfe. Dennis age como um surfista, tentando fazercom que seus adversários o subestimem e o ignorem, o que re-almente acontece. Possui contatos com Gomriellus e talvez sejao mago humano mais poderoso da cidade.

Wiccas – Ordem de formação mais recente na cidade. Tem suasede na Cidade satélite e tem tido problemas com a Sagrada Or-dem dos Magos devido a paixão obsessiva de Killenor por , umadas magas da Ordem. Essa ordem possui apenas cinco membros,incluindo sua fundadora: Samantha Organe. Samantha é uma se-nhora já com seus 75 anos. Ela é a avó de Wendy, e por isso lan-çou um feitiço na neta para impedir que Killenor pudesse fazeralgo antes de Wendy conseguir plenos domínios de sua habilida-de mágica. Samantha é muito materna, tratando suas aprendizescomo filhas. Costuma ser bondosa em suas ações.

Sagrada Ordem dos Magos – De longe a mais poderosa dasOrdens místicas, mas devido a ter tantos antagonistas, ela costu-ma manter-se “na linha”. É responsável pelo tráfico de artefatos,místicos ou não, para a Argentina para a matriz da Sagrada Ordemdos Magos. Pretende reabrir um portal para o Inferno para resga-tar os nazistas e seu líder Hitler. Comanda o mercado negro dacidade. Seu líder não costuma aparecer publicamente, agindo sem-pre nas sombras. Essa é a maior limitação dos adversários da Sa-grada Ordem dos Magos. Somente um subordinado é conhecido:Andy Schubert, um homem frio, orgulhoso, arrogante e calculista.Oculto nas sombras está o verdadeiro líder da Ordem: SiguthPalptine, o filho de um nazista. Ele age na sociedade como umgrande empresário e está infiltrado nos Iluminados. Siguth é total-mente estrategista, tendo Maquiavel como tutor de suas ações eatitudes. Pretende trazer o pai de volta do Inferno, nem que seja acusto de toda a vida na face da Terra.

TempláriosOs Templários existentes na cidade derivam da Ordem de

Aviz. Eles estabeleceram-se na cidade para enfrentar a SagradaOrdem dos Magos, pois sabem quais são os seus planos de abrirum portal para o Inferno. Possuem sua sede no Colégio Amplitu-de, onde há uma pequena sede subterrânea. Os Templários sãoum dos principais aliados do Arcanorun, sendo convocados quan-do a situação engrossa. Devido a isso possuem cartão verde paramuitas coisas na cidade. Os principais membros são:

Miguel Fonseca Rocha – Líder dos Templários e diretor doAmplitude D’Aviz. Miguel é um homem de meia-idade, lacônico

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e calmo, costuma tentar ver todas as situações por diferentespontos de vista. Ele é um homem alto e robusto, sendo peritonos uso de armas brancas. Miguel possui uma espada místicasagrada, bastante eficiente contra demônios e vampiros. Dese-ja acabar com a Sagrada Ordem dos Magos devido aos planosdeles de trazerem o exército nazista de volta do Inferno. Estátreinando seu filho Collie Fonseca para ser o seu sucessor naOrdem Templária.

ÁrcadesDevido á Guerra dos Emboabas, que resultou no extermínio de

muitos seres sobrenaturais, poucas fadas e habitantes naturaisde Arcádia ainda habitam a região. A única árcade conhecida é:

Aisha – Amazona. Aisha nasceu na velha Arcádia. Possui50 anos de idade, embora aparentes somente 18. Aisha é bas-tante orgulhosa e impulsiva, sendo enfurecida muito facilmen-te. Sua primeira missão foi a de encontrar e exterminar ao demô-nio responsável pela destruição de uma tribo amazona (Killenor).Tal perseguição a trouxe a Terra. Aisha decidiu não retornarenquanto não cumprisse sua missão, já que acredita que issoseria um ato de desonra. Atualmente ela trabalha disfarçada emum jornal. É perita em armas brancas (todas de mithril) e odeiaarmas de fogo. Possui uma espada e uma lança, além de umcorselete de couro batido. Atua contra a Sagrada ordem dosmagos por causa de Killenor. É apaixonada por Collie. Nega essefato e disfarça através de mal-humor para o jovem, embora nãoconsiga disfarçar os ciúmes.

OutrosHá algumas manifestações de Spiritum na cidade, mas

nenhuma envolve uma concentração ou fenômeno sobrenatu-ral, como o ocorrido com a Coluna Capitolina. Entre os seresenvolvidos com o sobrenatural na cidade, destacam-se:

Talamaska – Uma pequena célula encontra-se na cidade,com uma sede em Ponta Negra sob o disfarce de uma empresade consultoria jurídica. Três pessoas atuam na célula de Natal.A bibliotecária Kelly Meybel pode ser encontrada nas bibliote-cas da cidade. É uma pessoa calma e estudiosa, geralmente quemelabora os planos e estratégias do grupo. Kalil Worms, investi-gador, é o mais jovem do grupo, por isso demonstra certaimpulsividade. Raíssa Lane é a mais ativa do grupo. É ela quemcostuma agir quando as missões envolvem encontrar ou recu-perar um artefato no tráfico Thule. Costuma agir em missões decampo, principalmente usando de charme e sensualidade paraconseguir informações. É quem mais entra em contato com Setter,Aisha e os Templários.

Setter – Esse daiphir foi criado por Gomriellus em sua nu-vem mágica. Filho de um Rakshasa europeu, ele foi salvo antesque seu pai o matasse por uma maga da rara Escola de Photos.Essa maga deu a tutela dele a Gomriellus, que o treinou para setornar um caçador bastante parecido com um Templário. Setteré calado, sisudo e lacônico. Costuma usar roupas escuras, paraconfundir-se com a noite. Não costuma demonstrar sentimen-tos e coloca sua missão acima dele mesmo. Usa uma espadamística dada por Gomriellus. Setter está diretamente ligado aWendy por um ritual lançado por Samantha Organe. Killenor sóconseguiria usar seus poderes em Wendy, quando Wendy ti-vesse alcançado maturidade mágica ou Setter estivesse morto.Setter não admite, mas gosta de ter Wendy por perto. Ela lhe fazsentir paz. Setter não possui morada fixa. O único local que elechama de lar é o castelo de Gomriellus.

Pontos de InteresseColuna Capitolina – Coluna sob efeito do ritual que visa anu-

lar a personalidade do node amaldiçoado, antes que ele alcanças-se poder suficiente para chegar à Barreira do Inferno. Poucos sa-bem do segredo da Coluna Capitolina, principalmente em relaçãoà Sagrada Ordem dos Magos. Augusto Ferdinando teme o queaconteceria se tal informação caísse nas mãos da Thule.

Barreira do Inferno – Portal de entrada para o Inferno. Guar-dado por Gomriellus e Ërwen, embora de maneiras diferentes. ABarreira do Inferno é localizada em área militar, o que coloca-a so-bre o controle dos Iluminados. A Thule já sabe da existência deum portal na cidade, embora desconheça a localização, mas temeque ele leve somente à selva citada por Dante na Divina Comédia.

Biblioteca Central Zila-Mamede – Biblioteca da Universida-de Federal do Rio Grande do Norte. Possui entre seus livros, mui-tos tomos e pergaminhos antigos doados pela família de um fale-cido mago. A Casa de Chronos restringe o acesso a tais livros.

Cemitério de Alecrim – o ponto de mais natural manifestaçãode entidades de Spiritum na cidade. Foi o primeiro cemitério dacidade e o local foi escolhido justamente por causa dessa caracte-rística. Assim afastaria as pessoas dos contatos com espíritos. Háboatos entre os espíritos que lá habitam de que um dos túmulospossui uma grande quantidade de tesouros e armas místicas.

Túneis Subterrâneos – Desconhecidos por grande parte dapopulação natalense, os túneis escavados durante a SegundaGuerra Mundial para transmissão de informações e abrigo paraataques aéreos são interligados entre si. Alguns corredores ti-veram sua passagem desmoronada, outros estão inativos. AThule usa uma parte desses túneis para o tráfico de itens, em-bora só use um único caminho. Os outros têm demonstrado nãoestar tão desabitado assim... sabe-se que um vampiro Ekimmu,de nome Samu esconde-se em outra parte dos túneis, com umpequeno grupo de Ekimmu. Ele possui uma rede de informa-ções na cidade. Mas até mesmo esse vampiro e seu grupo sen-te outras presenças nos túneis...

Parque das Dunas – Uma vez por ano, próximo ao fim domês de Fevereiro, um portal para Arcádia se abre no Parque dasDunas. O local exato é desconhecido por muitos. Sabe-se deaparições de fadas e duendes serem mais comuns nessa épocado ano e um fenômeno incomum acontece: todas as borboletaspresentes na cidade iniciam uma jornada até o Parque das Du-nas. Durante dois os mais perceptivos podem notar a movimen-tação das borboletas na direção do Parque, próximo ao campomilitar e à Universidade Federal.

Rumores e Boatos- Devido ao céu limpo, o ritual do alfabeto celestial pode

ser utilizado na cidade.- Um grupo de magos Asimas tem tentado se estabelecer

na zona norte da cidade.- O fantasma de Câmara Cascudo, um antigo membro da

Casa de Chronos, têm feitos aparecimentos na Biblioteca Cen-tral Zila-Mamede.

- A ordem do Graal enviou um paladino para verificar osrelatos sobre a Sagrada Ordem dos Magos na cidade.

- Relatos de licantropos têm surgido no bairro das Quintas.- A real intenção do node amaldiçoado é chegar ao portal

localizado na Barreira do Inferno. O motivo é desconhecido.Gomriellus ocultou tal fato para omitir a existência do portal naBarreira do Inferno.

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Osasco - SPPor Jefferson M. Saraiva e Bruno R. R. Tiburcio

HISTÓRIAAntônio Agú, era um imigrante italiano. Ele compra em

1887 uma parte de um sitio, meses depois compra o restantedo sitio, contendo diversas casas, ranchos, engenho movi-do a água, vinhedo e a casa de fabricação de farinha. Antô-nio Agú construiu uma olaria que foi transformada em umafabrica de tubos e cerâmica. Ele também constrói uma esta-ção de alvenaria no Km 16 da ferrovia.

Para drenar as terras próximas a estação, que eram alagadas,eucaliptos são plantados. As áreas secas são loteadas aos imi-grantes. O lugar era uma vila operaria, onde havia uma fabricade papelão e outra de tecidos.

A mão-de-obra, fez que vários imigrantes viessem pela ter-ra, tornando o lugar urbano, esta realidade atraia capital. A vilacrescia. Antônio Agú morreu em 1909.

A industrialização de Osasco, atraiu novos moradores parao bairro e conseqüentemente haviam as necessidades básicasque não eram atendidas pela Prefeitura de São Paulo. Vários ór-gãos se juntaram pela Emancipação. Mas também havia outracomunidade contra isso, alegando que Osasco sairia perden-do. A Emancipação só ocorreu em 1962.

Osasco é uma cidade grande, não existe uma área rural, en-tão Osasco parece mais com uma metrópole. A população deOsasco é estimada em 652.593 habitantes (fonte IBGE).

HISTORIA SOBRENATURALPor volta de 1915 chega ao Brasil o vampiro conhecido como

Julius, com propósitos desconhecidos, ele se estabeleceu na áreaonde seria Osasco. Usando seus poderes ele construiu uma bibli-oteca subterrânea onde pode se esconder, nos próximos anos elejuntou um grande acervo de livros. Mantendo-se neutro nos con-flitos que ocorriam entre as ordens, ele permaneceu relativamenteesquecido. Em junho de 2000 um grupo de anjos chegava a Osasco,ninguém deu muita atenção a eles, pois eram jovens, e não repre-sentavam tanto perigo assim... Agora dois anos depois, eles reu-niram uma grande quantidade de anjos, alem disso o grupo veminfluenciando o movimento punk em Osasco. Também aprovei-tam a vida como os jovens fazem.

AnjosOs Anjos de Osasco não seguem o “padrão” que normalmen-

te os outros anjos seguem. São jovens e se relacionam com oshumanos com grande facilidade, vivendo completamente entre eles,estudando em escolas e faculdades de mortais. Aprenderam comos adolescentes da Terra as novas “modas”, andam de skate, sãofãs de mangá e anime, jogam rpg... Um ponto importante é que sejuntaram ao movimento punk, doutrina do que é o oposto de seusmaiores inimigos... O conformismo sem resistência, a falta de liber-dade, o preconceito, e principalmente, o nazismo. Já enfrentaramalguns membros da Sagrada Ordem dos Magos, tendo sucessoem todas suas ações. São grandes amigos, que possuem poucopoder individual, mas um grande poder em grupo. Não se sabe

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quantos anjos punks vivem em Osasco, mas sabe-se que não sãopoucos, o grupo principal é composto por:

Bruno: nascido em 1927 em Roma, Itália. Descendente demafiosos, foi treinado para se tornar um assassino, mas desa-provava as ações de sua família. Destinado a se tornar o patronoda família, enfrentou dificuldades com seu pai. Com 18 anos foimorto por uma família rival. Encaminhado para o distrito deJúpiter, foi convocado pelas Dominações. Apresentado aosoutros, se tornou um grande amigo destes. Também é especia-lista em magias relacionadas a gelo. É o líder dos anjos.

Vinícius e Daniel: dois irmãos alemães, descendentes de umabrasileira e um alemão, nascidos em 1926 e 1925 respectivamente.Obrigados a se esconderem com a chegada de Hitler, pois nãotinham o maldito padrão da “raça pura” nazista. Acabaram captu-rados e presos em um campo de concentração. Após agredir umcomandante foram fuzilados e esquartejados. Anos depois, na ci-dade de prata se tornaram grandes amigos de Bruno. Vinícius jun-tamente com Leandro é o braço-direito de Bruno.

Leandro, Marcelo e Robinson: Nascidos em Hiroxima, Ja-pão, em 1928, 1927 e 1927 respectivamente. São grandes amigosdesde de criança. Leandro é o mais rebelde, Marcelo é o maisestudioso e esforçado, enquanto Robinson representa o meiotermo. Quando o Japão se integrou ao Eixo na Segunda GuerraMundial, não foram convocados e continuaram suas vidas nor-malmente. Morreram com a explosão da Bomba Atômica. Na ci-dade de Prata se juntaram a Bruno.

VampirosEm Osasco existe apenas um vampiro, o misterioso Lamiai

Julius. Influencia a cidade diretamente e possui muitos conta-tos. Também impede a entrada de outras criaturas sobrenatu-rais que podem ameaçá-lo, destruindo aqueles invadem a cida-de... Ele cometeu um erro ao ignorar os anjos, mas ainda nãopercebeu o poder que os anjos reuniram... E poderá tomar umaatitude violenta... Ou não. Julius é conhecido por sua neutrali-dade nos conflitos, ele tem se mantido assim desde que chegouao Brasil. Ele também guarda uma grande biblioteca subterrâ-nea... Muitos magos vieram atrás dela e sofreram estranhos aci-dentes ou morreram em ataques dos anjos (como a Sagrada Or-dem dos Magos que foi praticamente eliminada na cidade). Pou-co tempo atrás, uma noticia se espalhou rapidamente na cida-de... Julius estava escondendo magos que fugiam do conflitoem São Paulo e exigia como pagamento o conhecimento arcano.Muitos suspeitam que isso o tornou um mago poderoso e queele sabe as fraquezas de seus inimigos e que logo ele agira...

LOCAIS DE INTERESSEBiblioteca de Julius: Localizada no centro da cidade, a biblio-

teca de Julius é subterrânea e sua entrada é magicamente fechada.Trata-se de uma serie de túneis com estantes por todos os ladoscom os mais variados livros de vários locais do mundo. Aindaninguém conseguiu descobrir a localização exata do local.

Nemesis: um prédio de cinco andares localizado na área no-bre de Osasco abriga um local muito frequëntado por jovens.Em seus dois primeiros andares ele funciona como uma casa deshows especializada em Hardcore/punk rock/ska/grunge, noterceiro andar existe um estúdio, onde bandas podem ensaiarou gravar, no quarto andar existe uma grande área com muitasmesas e um telão, que são utilizados tanto para jogos (princi-palmente RPG) quanto para a exibição de filmes ou capítulos dealgumas séries.No quinto andar estão os escritórios dos do-

nos, 6 anjos muito jovens e um enorme altar cristão.Uma barrei-ra mística impede que qualquer um dos 10 mandamentos sejaquebrado no local, por qualquer pessoa. Os anjos podem serencontrados lá a noite.

RUMORES E BOATOS:-Os anjos punks foram convocados pelo conselho de Júpiter

para realizarem uma grande invasão que teria como objetivo dedestruir a Barreira Mística de São Paulo, se isso realmente aconte-cer culminará numa guerra sobrenatural de proporções bíblicas!

-Julius estaria atrás dos Símbolos, e este seria o motivo paraqual viria para Osasco.

-O conselho de Júpiter esta dando todo tipo de apoio aosanjos e isso fez com que ganhasse muitos anjos rivais, repre-sentando mais um perigo a eles.

-Julius estaria interessado em aprender as magias do geloque Bruno aprendeu durante seu treinamento, por isso estariadando tanto espaço para eles agirem em Osasco.

-Os membros da Ordem Sagrada, derrotados recentementepelos anjos, pretendem se vingar... E estarão acompanhados dedemônios. Os anjos estão preparados. Julius promete agir.

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INTRODUÇÃO”Certa vez um pequeno grupo de drogados reuniram-se nas

proximidades da cachoeira e após utilizarem as drogas juravamterem visto as águas se movimentando em formas inacreditáveise por fim juntando e formando uma bela mulher, após o aconte-cimento foram para a cidade contar a população, porém nin-guém acreditou pois só tratavam de um bando de drogados...

No outro dia todos foram vistos pela última vez por um pes-cador que jurava tê-los visto ser engolido pelas águas.”

GEOGRAFIAÁrea do município - 582 Km²População (1996) 28.307

POLITICA E ECONOMIAOuro Fino integra o Circuito das Malhas. Produz artigos que

abastecem os principais centros consumidores do País: SãoPaulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e outras grandes cidades.Produzidas de forma artesanal ou mesmo de forma industrial, asmalhas de Ouro Fino ocupam lugar de destaque nas vitrinesmais famosas. A antiga estação ferroviária, transformada noPavilhão das Malhas, tem como objetivo reunir os fabricantes.A cidade tem um comércio amplo. O custo de vida é baixo secomparado a outras cidades. Desenvolvimento social e econô-mico com qualidade de vida são metas prioritárias da atual ad-ministração. O município investe nas áreas de saúde, educa-ção, ação comunitária, cultura, esporte, lazer, turismo, desen-volvimento rural, meio ambiente, indústria e comércio.As indústrias instaladas atuam nos setores de confecções, cal-çados, metalurgia, artefatos de cimento, autopeças, cerâmicas,papéis, bebidas, laticínios, carne(charque), avícola, torrefaçãoe exportação de café, material elétrico, entre outras.

HISTORIA

A Corrida do OuroCorria a metade do século XVIII a colônia de maior fonte de

riquezas do império dentro do vasto território brasileiro, era umaregião pouco conhecida que chamava a atenção dos exploradores ,o Vale do Sapucaí (sul de Minas Gerais e o leste de São Paulo).

No ano de 1746, os bandeirantes aportaram na região à bus-ca de ouro, pois as jazidas supunham-se abundantes. Um des-tes bandeirantes, o sertanista Ângelo Batista, descobriu ouronos ribeirões de Ouro Fino. Começa uma disputa entre as capi-tanias de Minas e São Paulo pela posse da região. O Guarda-Mor (regente do Sapucaí), Francisco Martins Lustosa, portu-guês de origem, fundou o arraial de Ouro Fino e edificou a ca-pela de São Francisco de Paula por iniciativa do governador doBispado de São Paulo, D. Luís de Mascarenhas.

Ouro Fino atualmente é formado, além do perímetro urbano,pelo distrito de Crisólia e mais 57 bairros espalhados pela exten-sa área do município. Se o impulso inicial que deu origem à ci-dade foi a busca do ouro em meados do século XVIII.

Ouro Fino constitui uma das mais antigas sociedades italia-nas do sul de Minas Gerais ,com o nome de “Societá ItalianaPrincipe de Pientamonte”, com cerca de 312 famílias registradas.

Houve ocasiões, porém, em que esses italianos voltaram à terranatal: a eclosão, em 1914, da 1º Guerra Mundial.Ouro Fino possui uma das paróquias mais antigas de Minas Ge-rais, construída no local onde se deu início ao município. A rústicacapela, edificada em homenagem a São Francisco de Paula no anode 1746. Elevada condição de paróquia, em 08 de março de 1749 etambém possui o Museu de Arte Sacra da Paróquia de São Fran-cisco de Paula, localizado no segundo andar da Igreja Matriz.

HISTORIA SOBRENATURALConsta em alguns registros escondidos na capela desta mes-

ma cidade, uma história não tão convencional porém vista de umoutro modo e de uma visão bem diferente que poucos sabem:

”Que Francisco Martins Lustosa, estaria interessado nãosomente no ouro, mas sim um suposto artefato que poderia es-tar enterrado naquele solo que teria sido escondido lá por umanjo caído após a estadia de Cristo na terra e ali escondido, euma desculpa plausível para começar as escavações seria a mi-neração e que este mesmo senhor regente na verdade era ummembro da escola dos magos da água que fundou sua seita lá.E que na verdade Mateu um refugiado da guerra escolhe aque-les cantos para estabelecer seu domínio sombrio. E finalmenteque a pequena Igreja foi promovida para matriz com a chegadados pergaminhos de papiro sobre exorcismo e dizem as lendasque as águas teriam o Dom da cura por sendo um dos principaisatrativos de magos e outras entidades.”

LOCAIS DE INTERESSE

Cachoeira do TaboãoSituada aos pés da Serra do Cervo, passando pelo distrito

de Crisólia, É principal de encontro dos Magos Aquos, onde acada solsticio se reúnem para realizar seus ritos.

Pedra do ItaguaçuA 15 Km da cidade, O lugar onde estas duas sociedades se

reúnem para tréguas e acordos políticos.

Serra da VentaniaA 1600 metros de altitude, Principal local de encontro dos

anjo Recípere que se reúnem com padre José de Freitas paraconcluírem pactos e vendas.

Velha RodoviáriaAo anoitecer a velha ferroviária se transforma no local de

encontro entre vampiros (raça: strigoi) que tem por finalidadedesenvolvimentos de novos rituais.

NPCs

Mateus D´MaltacPrimeiro strigoi a pisar no solo ouro-finense, Mateu veio da

Itália para instituir seu clã que foi nomeado para a sociedademortal como Societá Italiana Principe de Pientamonte. Acredita-se que Mateu tenha sido criado no século XVI e refugiado daprimeira guerra mundial.

Ouro Fino - MGPor Guilherme Terra dos Santose Carlos Henrique Flauzino

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INTRODUÇÃONo eixo do mais intenso desenvolvimento sócio-econômico

do Estado São Paulo a Ribeirão Preto distante 207 quilômetrosda capital, está Pirassununga, cidade onde a qualidade de vidaé prioridade e onde as potencialidades econômicas são explo-radas com adequação.

O município detém a trigésima colocação em termos de índi-ce de desenvolvimento humano, entre os cerca de cinco mil mu-nicípios brasileiros. A informação consta de relatório da Orga-nização das Nações Unidas, divulgado em setembro de 1998,como resultado de estudo em que se consideraram as variáveissaúde, educação e renda como indicativos de condições ideaispara um morador médio viver com dignidade.

A superação da demanda de vagas em escolas de primeiro graue uma estrutura de saúde que engloba, entre outros aspectos, onzeunidades básicas de saúde índice raramente observado em outraslocalidades brasileiras proporcionalmente à população e que aten-de com eficiência a totalidade da população, são fatores que con-tribuem para Pirassununga ocupar aquela posição.

A estes fatores podem ser acrescentados numerosos ou-tros, como, por exemplo, o de a cidade não possuir favelas, de-monstrando o acerto da política habitacional, e o de apresentaríndices absolutos quanto a itens como saneamento básico, ilu-minação pública, pavimentação e coleta de lixo.A disponibilidade de área verde, fator de contribuição para amelhoria da qualidade de vida avaliado pela Organização Mun-dial de Saúde, supera os 52 metros quadrados por habitante,revelando-se mais de quatro vezes superior aos 12 metros qua-drados indicados como área mínima pela entidade.Em realidade, ao mesmo tempo em que mantém as característi-cas próprias de cidades interioranas, Pirassununga adequa-seao presente evidenciando marcantes índices de desenvolvimen-to, demonstrativos de uma sociedade em constante evolução, eplaneja o futuro com respeito ao ser humano.

GEOGRAFIAGeologicamente o vale do Mogi se formou a cerca de 190

milhões de anos, durante o período Triássico da Era Mesozóica,e o rio começou a correr muito depois, durante o períodoMioceno da Era Cenozóica, a cerca de 35 milhões de anos.A região de Pirassununga antes de sua fundação era habitadapelos índios tupi-guarani que viviam nas margens do rios Mogi-Guaçú e Jaguarí, estes índios foram os responsáveis pelo nomede nossa cidade. Pira = peixe, csu = lugar, nunga = ronca, “lugaronde o peixe ronca” ou Pirassununga. Este nome foi devido aobarulho que os peixes, Curimbatas principalmente, fazem du-rante a dança da reprodução.

A cidade de Pirassununga, nasceu nas margens do Ribeirãodo Ouro, onde hoje se localiza as ruas dos Lemes, D. Pedro II eVisconde do Rio Branco, antiga região da biquinha.

LOCAIS DE INTERESSEBreve

NPCsBreve

Pirassununga - SPPor Emanuel Mello

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Poços de Caldas

6 de novembro de 1872: a partir desta data, o então vilarejode Nossa Senhora da Saúde das Águas de Caldas dava início àsua própria história de prosperidade econômica e turística, ealgumas décadas depois, seria considerada a “menina dosolhos” da região do Sul de Minas, qualidade que ostenta até osdias atuais. 128 anos depois, Poços de Caldas consolida-se, hoje,como uma das estâncias turísticas mais imponentes e importan-tes de Minas Gerais, do Brasil, e, sem exagero, do mundo.

Uma cronologia sucinta do processo histórico do municípiotem início cerca de duzentos anos atrás, com os primeiros habi-tantes da região, as tribos dos índios Cataguazes, que, vence-doras do bandeirante Lourenço Castanho, foram as primeiras ase beneficiar do uso das águas santas do lugar, só muito maistarde descobertas pelos brancos, que, em meados do séculoXVII, foram os responsáveis pelo desbravamento e exploraçãodas águas para fins medicinais.

Expulsos durante a Febre do Ouro pelos bandeirantespaulistas, que, determinados na sua marcha para o Oeste, nãoderam maior importância a uma tranqueira ali construída, em 1776,para impedir o contrabando do ouro, os nativos indígenas dari-am lugar aos primeiros colonos, entre eles, o Major JoaquimBernardes da Costa Junqueira, que no ano de 1819 requereualguns hectares de terra junto ao Governador da então Capita-nia de Minas Gerais.

Nas décadas seguintes, outros colonos aportariam por es-tas bandas, dando início ao tímido processo de colonização.Por volta de 1870, já com um agrupamento habitacional razoá-vel, e conhecida por suas fontes de águas sulfurosas, que che-gam a superfície com temperatura de 45,5º C, passaria a recebera atenção dos governantes no sentido de desapropriações deterrenos com vistas à fundação da cidade.

Localizada na serra da Mantiqueira, teve suas terras doadasem 1872, pelo sesmeiro Major Joaquim Bernardes da CostaJunqueira. Em 14 de outubro de 1872, o então Governador deMinas Gerais, Joaquim Floriano de Godoy decretaria, para finsde utilidade pública, a desapropriação de terrenos junto aospoços sulfurosos, antecipada pela doação, por parte do sesmeiroJoaquim Bernardes da Costa Junqueira, de 96 hectares de terra“para a fundação de uma grande cidade”. Menos de um mêsdepois, em 6 de novembro de 1872, seria assinado o ato de fun-dação da cidade. Em 1888, época da instalação da comarca, Po-ços de Caldas, emancipou-se politicamente, desmembrando-sedo município de Caldas em 1889.

Hoje, pólo turístico e estância hidromineral, com seu subsolorico em fontes de águas dos tipos hipertermal e termal de natu-reza radioativa e ferruginosa, é também importante produtor decafé batata, bauxita, ferro e fosfato.

Dona de um parque turístico invejável e diversificado, sen-do o sexto parque hoteleiro do país e o segundo maior do Esta-do, e a primeira estância balneária a ser instalada na AméricaLatina, a cidade atrai o turismo por todo ano e oferece a seusvisitantes parques públicos, entre eles o Municipal e o Central(José Afonso Junqueira), além de pontos de visitação singula-res como o Recanto Japonês, a Fonte dos Amores, a Cascatadas Antas, o Véu das Noivas, a Represa Bortolan, o RelógioFloral, as Termas Antônio Carlos, dentre muitos outros.

A estátua do Cristo Redentor (semelhante à do Rio de Ja-neiro, mas três vezes menor) abre seus braços sobre a cidade auma altura de 1696m do topo da Serra de São Domingos, cora-ção e razão de ser da cidade. Conta ainda com o teleférico (queleva os turistas, sobre a mata, até restaurante panorâmico noalto da serra); com o recém-inaugurado Monotrilho (que faz opercurso do novo Terminal Rodoviário ao Terminal de LinhasUrbanas, no Centro) e o Parque Temático Walter World.

Conhecida internacionalmente como “Cidade das Rosas”,Poços de Caldas acaba de escrever seu nome na rota do turis-mo religioso, com a inauguração do Santuário de Schoenstatt(Mãe Rainha) em moldes germânicos e localizado na zona ruralda cidade, em lugar agradabilíssimo, que tem recebido milharesde fiéis de várias cidades do país, semanalmente.

Poços de Caldas é hoje considerada por todos como a” ter-ra da saúde e da beleza”.

Alguns Pontos Turísticos:

Cristo RedentorCom 30 metros e 500 toneladas, foi Inaugurado em maio de

1958. Cada mão da imagem pesa 400 quilos.Recanto Japonês – Réplica de um jardim nipônico, com cons-

truções e vegetações típicas, uma casa de chá, um quiosque,um lago artificial com carpas coloridas, trilhas para caminhadasecológicas e ainda a “Fonte dos Três Desejos: Amor, Saúde eInteligência”, cativante e original.

Thermas Antônio CarlosInaugurada em 1931, em estilo neo-romano, trouxe para a

cidade o apogeu das águas termais. Abriga o Instituto Culturaldo Termalismo, muito procurado por estudantes de medicina efisioterapia de todo o país. Em seu salão da mecanoterapia há33 aparelhos para atendimento fisioterápico (relíquias de fabri-cação alemã da década de 20); no andar térreo há 134 banheirasde porcelana refratária.

Fonte dos AmoresCriada em 1929, traz um filete de água (outrora mais abun-

dante) que cai de altura de cinco metros da pedra em meio a umbosque. Destaque para a estátua de mármore de dois jovensabraçados, retratando o amor.

Pedra BalãoResultante geológica criada por erosões aeólicas e pluviais,

a Pedra Balão é um curioso monumento esculpido pela naturezahá cerca de 60 milhões de anos. Situado no alto da Serra de SãoDomingos, o ponto turístico é visualmente singular, e chega a10 metros de altura.

Por Luis Henrique Paiva

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INTRODUÇÃOPorto Feliz é uma pequena cidade do interior à 112km de São

Paulo e perto de Itu (a cidade onde tudo é grande) que tem algunsdetalhes importantes do ponto de vista histórico e místico.

GEOGRAFIABreve

HISTORIA

O PassadoA cidade era chamada pelos índios guaianazes de

Araritaguaba (arara+ita+guaba = arara-pedra-comer pois as ara-ras comiam areia em num paredão) e beira a margem esquerdado Tietê. Foi neste local que os bandeirantes construiram umporto onde saiam à procura de ouro e alargavam o solo da Pá-tria com suas expedições fluviais(chamadas de Monções).

Em média, as expedições levavam cinco meses para chegarao seu destino, navegando cerca de 3500 quilômetros de rotasfluviais, em águas dos rios Tietê, Paraná, Paraguai e de seusafluentes. O Porto de Araritaguaba sempre foi para os viajantesque voltavam das expedições o fim de perigos e fadigas, pas-sou a ser naturalmente qualificado de FELIZ.

Por volta de 1700 foi construída uma capela dedicada à Nos-sa Senhora da Penha de Araritaguaba. Com o desenvolvimentodo lugarejo, em 1745 iniciou-se a construção da nova IgrejaMatriz, na praça central da cidade, que substituiu a capela. Aigreja foi inaugurada em 1750 e é considerada UM DOS PRI-MEIROS E MAIS IMPONENTES TEMPLOS do interior do es-tado São-Paulo. Tem dimensões enormes, medindo 80m de com-primento por 25m de largura com torres e relíquias inestimáveis.

Porto Feliz 2002Atualmente Porto Feliz conta com uma importante atração

turística: O Parque das Monções.Inaugurado em 1920 e instala-do no local exato de onde saíam os batelões rumo às minas deouro de Mato Grosso. Ali é possível contemplar as margens dorio Tietê (se você ignorar a sujeira) e o final do passeio reservauma surpresa curiosa: Foi construída na gruta do parque uma

réplica da capela de N.S. de Lourdes da França.Fora isso a cidade ainda tem o museu das monções(um ca-

sarão que sediou reuniões de políticos que participaram doMovimento Republicano, que pôs fim ao governo imperial em1873). E uma biblioteca municipal.

HISTORIA SOBRENATURALFoi fundado nessa cidade a PRIMEIRA loja Iluminada do

interior da província de São Paulo. Filiou-se ao "Grande Orientedo Brasil", tornando-se capitular em 1838.

LOCAIS DE INTERESSE

Parque das MonçõesInaugurado em 1920 e instalado no local exato onde saiam

os batelões rumo às minas de ouro de Mato Grosso, o Parquedas Monções é uma atração turística importante da cidade. Ali

é possível contemplar arvores, o rio Tietê e um paredão. O finaldo passeio reserva uma surpresa curiosa : Foi construída nagruta do parque uma réplica da capela de N.S. de Lourdes daFrança. É usado como ponto de encontros de Templários

Colégio EstadualO Colégio Estadual da cidade foi edificada no terreno doa-

do pelo Monsenhor Seckler, patrono da escola que leva seunome. A diretoria é composta pelos mais eruditos membros daordem que escolhem a cada ano os melhores alunos para setornarem iniciados. Boa parte da nova geração de Templáriosda cidade vieram deste colégio que também é usado para a mai-oria das reuniões da ordem.

Santa Casa de MisericórdiaHospital que havia sido construído em 1907 sobre um terre-

no também doado pelo Monsenhor Seckler mas foi construídoum prédio novo em 1940. A Santa Casa também é administradapelos templários que além de prestar serviços obvios como abri-gar templários feridos também realiza no subsolo experienciassecretas com seres sobrenaturais capturados vivos. Qualquercriatura que sofrer um acidente perto da cidade vai ser enviadoao hospital onde irá certamnete acordar no subsolo ou morrerde "causas naturais". Existem muitos boatos sobre o subsolomas apenas Mebahia sabe o que realmente acontece lá.

Igreja MatrizA Igreja Matriz começoua ser construída em 1745, na praça

central da cidade, substituindo uma capela que ficava no mes-mo local. Foi inaugurada em 1750 e é considerada um dos PRI-MEIROS E MAIS IMPONENTES TEMPLOS do interior de SãoPaulo. Tem dimensões enormes, medindo 80m de comprimentopor 25m de largura com torres e relíquias inestimáveis. É tam-bém a prisão mística de Mebahia e o lugar mais bem protegidopelos templários. Os templários mais graduados se reunem fre-quentemente ali para informar Mebahia dos acontecimentos eorganizar planos da ordem Inteligencia.

NPCsBreve.

Porto Feliz - SPPor Jean Frederic Pluvinage

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Recife - PEPor Fábio Nunes e Arytyanne Maia

Diáconos:Superior: Elias Nunes (Ordem de Salomão)Leste: Franklin Seabra (Templário)Sul: Márcio Marques (Ordem de Salomão)Oeste: Cleilson Nobre (Ordem de Salomão)Norte: Atualmente vagoSombras: Jean-Pierre (Ordem de Tenebras)Conselheiro: Nitael (Nimbus)

IntroduçãoCom verão o ano inteiro, céu azul e temperatura média de 28

graus, Recife é um paraíso. De paisagens coloridas belíssimas.A cidade nasceu e cresceu numa baixada aluvial composta deilhas, penínsulas, alagados e mangues. Os rios Cabibaribe,Beberibe e Tejipió retalham a cidade, cujas as 39 pontes, justifi-cam o apelido de “Veneza Brasileira”. Terra das danças Frevo eMaracatu, realiza um dos maiores carnavais do mundo. Suasriquezas naturais, seu patrimônio arquitetônico e o calor da suagente fazem-na uma das mais belas cidades brasileiras.

A cidade deve seu nome a uma muralha natural de pedras decoral e arenito, “arrecifes”, que protege todo o litoral da cidadecontra o ímpeto das ondas. Esta muralha, talhada com certa regu-laridade, forma um porto natural que foi usado desde o início dacolonização portuguesa para exportação do açúcar dos engenhos.

História – Real e SobrenaturalRibeira do Mar dos Arrecifes. Era assim que se chamava a

pequena vila de pescadores que deu origem ao Recife, nos idosde 1537. Tinha uma posição portuária privilegiada, na foz dosrios Beberibe e Capibaribe, protegida por um grupo deTemplários da Ordem de Aviz.

Nessa época, foi enviado de Portugal um pequeno gru-po da Irmandade de Tenebras, com a missão de encontrarNodes poderosos, para que pudessem realizar seus rituais.Derrotaram os templários que ali se encontravam e com otempo, a ordem foi ganhando poder e influência na região,mas sem sucesso em sua missão. Os líderes da Irmandade jáarquitetavam planos para expandir sua busca por outras re-giões do nordeste, quando, em 1630, os holandeses desem-barcaram em Pernambuco. Com eles, magos de outras ordenschegaram na região, alterando os planos da Irmandade.

A Ordem das Sombras, inimigos da Irmandade, foram paraFortaleza mas deixaram uma base em Recife; Magos da Ordem deSalomão instalaram-se em Recife, destacando-se entre eles o Con-de Maurício de Nassau. Com a presença do Conde, Recife passapor grandes transformações, com a elaboração de um plano urba-nístico para a cidade Maurícia, a Mauritztadt, quando foram cons-truídos palácios, pontes, jardins e até um observatório astronômi-co. A presença holandesa no Nordeste durou 24 anos, principal-mente no Recife, sede do domínio. Durante este período, os mem-bros da Irmandade de Tenebras tiveram que recuar, devido à dife-rença de contingente e à situação delicada com a Ordem das Som-bras, que estava perto demais e ganhando poder em Fortaleza.

Para piorar ainda mais a situação da Irmandade de Tenebras,Mauricio de Nassau elaborou um plano de construção de várias

pontes na região, e o que parecia ser apenas um projeto para me-lhorar a cidade, era na verdade um gigantesco símbolo místico,formado pelas pontes, em locais estratégicos. Este símbolo redu-zia os poderes de seres sobrenaturais poderosos e afastava osmais fracos. Para vencer o inimigo, porém, a Irmandade não seutilizou do sobrenatural e sim de influência política: após a elabo-ração de uma conspiração que culminou com a queda dos preçosdo açúcar no mercado internacional, toda a região nordeste come-çou a entrar em decadência. Os holandeses, por sua vez, não abri-ram mão de todo o investimento feito até então e passaram a co-brar cada vez mais e maiores impostos. O povo recifense não acei-tou a exploração e, assim, começaram as batalhas que duraramanos e que culminaram com a expulsão dos holandeses em 1654.

A Irmandade ordenou a destruição de algumas pontes e con-seguiu de volta seu poder e influência nos 200 anos seguintes.Em 1716 a capitania de Pernambuco foi anexada à Coroa e no de-correr do século XVIII experimentou grande progresso sob o go-verno de diferentes homens. Em 1823, no dia 08 de março, Recife éelevado a cidade por carta imperial. Em 1825, retorna a Ordem deSalomão e com eles, um grupo de Templários, que desafiou a Ir-mandade, reiniciando a construção das pontes. Em 1827, o Recifetornou-se a Capital da Província através da resolução do Conse-lho Geral da Província de 15 de fevereiro. O desenvolvimento deRecife teve o auxílio das duas ordens – Salomão e Tenebras - queestabilizaram seu poder e influência. Com o tempo, outras ordenssurgiram, com destaque para os Atlantes, com alguns membrosimportantes vindos de sua sede em Fortaleza.

Hoje, é uma grande metrópole da região, moderna, com via-dutos, longas avenidas, forte comércio e prédios arrojados. Masos problemas parecem estar longe de acabar. Recentemente, aIrmandade de Tenebras conseguiu um soldado poderoso emsuas fileiras: uma sucubbus chamada Silvia. Através de chanta-gens feitas pela ordem, ela agora trabalha para a Irmandade emuitos acham que ela faz parte de um plano maior, para a derro-ta da Ordem de Salomão e dos Templários.

Locais de InteresseBasílica e Convento N. S. do Carmo - (1767)Tem seis altares e duas capelas, nas quais são notáveis os

trabalhos de talha. As disposições arquitetônicas e decorati-vas destas são de estilo diferente. A Capela-Mor tem um belís-simo trabalho de talhas em jacarandá; a torre da igreja é consi-derada “uma das mais expressivas composições plásticas dobarroco existente no Brasil”. A Igreja e o Convento têm passa-do por reformas sucessivas, as principais delas em 1857 e 1898.Desde 1938, são Monumentos Nacionais Tombados.

Santo Antônio dos FranciscanosConstruído em 1612, foi ocupado pelos holandeses em 1630 e

incorporado ao Forte Ernesto. No átrio, em frente à igreja, cruzeiroem pedra, leões chineses e placa: “Henrique Dias enterrado emlocal não assinalado - Faleceu em 1662”. A fachada apresenta 5arcos romanos em pedra lavrada, óculos, e inscrição: “Anno1770”(data da fachada barroca). No frontão, volutas, conchas,emblema, tochas e cruz, tudo em pedra. A torre é recuada, revestidaem azulejos e tem um relógio alemão na face Norte. O interior apre-senta detalhes clássicos e barrocos: lindas pinturas no teto do

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coro, azulejos com 11 cenas da vida de Santo Antônio, púlpito emtalha de Francisco Berenguer. Na abóbada do altar-mor azulejosem relevo. Tombada pelo IPHAN em 20.07.1938. O convento, ane-xo à igreja, possui no seu pátio interno, acima das arcadas,raríssimos azulejos holandeses com figuras de animais, cavalei-ros, flores, veleiros, soldados, etc. O convento de Santo Antônioé talvez a construção mais antiga da ilha de Santo Antônio. Atual-mente é a base do Principado Keobah.

Forte do BrumMatias de Albuquerque, governador da capital, deu início à

construção de um forte em 1629. No mesmo local dessa obra re-cém-iniciada, os holandeses começaram, em 25 de maio de 1630, aconstrução de outro forte, com projeto de autoria do Eng. TobiasCommersteiln, servindo para defender a principal entrada do Por-to de Recife. Foi chamado de Johan de Bruyne, advogado holan-dês a serviço da Companhia das Índias Ocidentais. Desde de en-tão, adaptada para Brum pelos portugueses e permanece até hoje.Em 1670, Antonio Coreia Pinto, engenheiro português, fez um novoprojeto para o Brum, que ficou concluído em 1690, com uma cape-la dedicada a São João Batista. Pode ser considerado como maisimportante das edificações para a defesa do Recife. O Brum éMonumento Nacional Tombado. Pç. Luso- Brasileiro.

Torre MalakoffTem estilo tunisiano, quadrangular, janelas estreitas, reló-

gio, ameias e uma pequena cúpula; a torre, construída em 1855,tomou o nome emprestado da fortificação russa que, no mesmoano, foi o centro de defesa de Sebastopol, na Guerra da Criméia:parecia-se muito com ela. No início, era sede do Artesanal daMarinha e, mais tarde, sediou a Capitania dos Portos. Em plenoBairro do Recife Antigo, a torre recentemente passou a hospe-dar uma escola de crianças carentes. À noite, quando as aulasse encerram, vira palco de eventos culturais diversos.

Memorial Joaquim NabucoAlém de exposições permanentes como a Sala de Brasilei-

ros Ilustres, apresenta parte da história da FUNDAJ e de seupatrono, Joaquim Nabuco. A sua divisão de microfilmagem pos-sui mais de cem títulos de periódicos, como Diário dePernambuco (1825-1933), Alagoas Livre (1817-1901), A Provín-cia (1825-1991), além de vários documentos de vários arquivoshistóricos, como Torre do Tombo, Arquivo HistóricoUltramarinho, Biblioteca da Ajuda, entre outros. A Sala MauroMota, dedica-se a preservar a memória do poeta pernambucanoque lhe empresta o nome e da produção literária regional. É umaexposição permanente de fotografias, quadros, manuscritos,obras literárias e objetos pessoais.

Pontes RecifensesEstas pontes formam um símbolo que percorre toda a cida-

de, fazendo com que os poderes de magos e criaturas sobrena-turais maléficas fiquem reduzidos. Antes das pontes atuais,construídas em sua maioria no início do século XX, existiamoutras, de madeira e feitas nos séculos anteriores. É abaixo de-las que vive a “Fera das Pontes”, o único Asimani da cidade.

Ponte da Boa Vista: é considerada por historiadores como aponte mais típica e original do Recife. Lembra uma ponte ferro-viária, assemelhando-se à ponte nova, de paris. Por conta dosestragos provocados pelas cheias de 1965 e 1966, foi integral-mente reestruturada em 1967.

Ponte Giratória( 12 de março ): idealizada em função da re-forma no Porto do recife, em 1920. De estilo rodoferroviário e devão central giratório, foi inaugurada em 1923. Com o desapare-cimento do fluxo de embarcações, sua função giratória caiu emdesuso e a ponte foi substituída, em março de 1971, pela atualponte 12 de setembro.

Ponte Buarque de Macedo: o nome homenageia o minis-tro pernambucano Buarque de Macedo que ordenou suaconstrução no ano de 1880. Uma década se passou até quea ponte fosse finalmente inaugurada. Das pontes no centro,é considerada a mais extensa.

Ponte Duarte Coelho: construída em 1943, foi edificada ondeanteriormente existia uma outra, metálica e plana. Sobreviveuaté 1915, quando foi vendida como ferro velho. Vinte anos de-pois foi erguida a atual.

Ponte Maurício de Nassau: primeira ponte construída sobreo rio Capibaribe, ainda sob a administração do Conde Mauríciode Nassau. Inicialmente feita em madeira, a ponte foi inaugura-da em 1644. Sofreu reformas em 1683 e 1742. Após mudar denome duas vezes, voltou ao seu nome original em 1917,reinaugurada em concreto armado.

Ponte Santa Isabel: Inaugurada a 2 de dezembro de 1863, foi aprimeira ponte de ferro do Recife. Reconstruída em 1913, duranteo governo de Dantas Barreto, foi novamente reestruturada e 1967.

Seres Sobrenaturais

AnjosAssim como em Salvador e Rio de Janeiro, os anjos que se

instalaram na região disputaram espaço com Shang e outros deu-ses do Panteão Yoruba, mas devido ao temperamento receptivo ecomplacente dos Corpores responsáveis pelas novas vilas, hou-ve um sincretismo pacifico nestas regiões. Desde a fundação sesua primeira igreja até hoje, Recife teve três Principados – Cadiel,Dayel, e Keobah, o atual. Porém, o anjo mais importante da cidadeé o misterioso Nimbus Nitael, que tem influência nos meios políti-

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cos e industriais da cidade, onde encontrou recentemente umarival em termos de influência: uma jovem chamada Silvia, que elenão sabe ainda tratar-se de uma Sucubbus e com quem pretendeter uma “conversinha” o mais breve possível.

DemôniosDevido à proteção do Símbolo das Pontes, a presença de-

moníaca na cidade é pequena. O demônio mais importante dacidade, certamente á a Sucubbus Silvia, aliada da Irmandade deTenebras. Ela age principalmente nos altos escalões políticos eindustriais da cidade. Descobriu a pouco tempo que este pare-cia ser um território dominado por um poderoso Nimbus, masela tem certeza de que, com seu “charme natural”, vai derrotar oanjo em seu próprio território.

VampirosJá houve na cidade um grupo de magos Asima e alguns vam-

piros Asimani, mas eles foram caçados e destruídos pelosTemplários na década de 80. Apenas um Asimani permanece nacidade e é conhecido como Fera das Pontes. Há também algunsStrigoi e Ekimmu na alta sociedade recifense. O poder de todoseles, no entanto, é bastante prejudicado pelo Símbolo das Pontes.

TempláriosAliados da Ordem de Salomão, os Templários são os res-

ponsáveis pela relativa ordem no campo místico em Recife, prin-cipalmente com a ajuda do Símbolo das Pontes, projeto originalde Maurício da Nassau, hoje mantido e protegido pelosTemplários. Muitos deles estão entre os soldados do exército eda policia local. Seu líder regional é Franklin Seabra, que se gabade ter em seu “currículo” a destruição dos Asimani de Recife.

Arkanun Arcanorum

AtlantesCom sede em Fortaleza, mantêm uma base e alguns membros

importantes em Recife, onde continuam suas pesquisas sobre asLinhas de Ley, os cristais no fundo do mar e a proteção da vidamarinha. Em Recife, estão infiltrados na Ordem de Salomão.

Ordem de SalomãoJunto com a Irmandade de Tenebras, equilibra a balança de

poder místico de Recife, desde o retorno da Ordem de Salomãoe um tipo de “trégua forçada” entre as ordens. Atualmente, é aordem responsável pelo desenvolvimento da cidade, com mem-bros inseridos em todos níveis dentro da política, indústria eimprensa. No entanto, uma peça pode desequilibrar a balançapara o lado da Irmandade de Tenebras: Silvia. O destaque daOrdem em Recife pertence a Márcio e Cleilson, dois membrosque viajam pelas capitais do Norte e Nordeste, como embaixa-dores da Ordem, colhendo informações sobre as cidades e fun-cionando como conselheiros em algumas delas.

Irmandade de TenebrasO lado escuro da balança mística. Os membros desta ordem

não estão nada contentes com a atual situação, imposta déca-das atrás a seus ancestrais. Os novos membros decidiram viraro jogo, recrutando alguém para ajudá-los. Desde então, Silviaage como espiã e informante para a ordem, dentro dos altos es-calões de poder na cidade. Assim, eles chegam cada vez mais

perto de conseguir seu objetivo. Um detalhe importante é o deque Jean-Pierre, líder da Irmandade em Recife, acha que a Or-dem das Sombras de Fortaleza foi eliminada ou está muito frágile, por isso, deixaram de se importar com ela nos últimos anos. Oque eles não sabem é que estão cometendo um grande erro,pois a Ordem das Sombras também tem uma carta na manga...

Principais Personalidades

SilviaDemônio Succubus, Idade desconhecidaDescrição: A Irmandade de Tenebras e a Ordem das Som-

bras são inimigas há muitas gerações. Sílvia e Alexandra tam-bém. Tão ferrenha quanto a disputa das ordens é a destas de-mônios, outrora aliadas e amantes, hoje inimigas mortais. A ra-zão da disputa se perdeu no tempo para muitos, estando crava-da apenas na mente das duas. Após sua separação, não se sabeao certo os caminhos que elas trilharam. Só o que se sabe é queSilvia acabou por se aliar à Irmandade de Tenebras de Recife –mesmo que tenha sido à base de chantagens. Hoje, ela atua comoespiã para a Irmandade, infiltrada nos altos escalões político-sociais da cidade. muitos julgam que ela faz parte de um grandeplano da Irmandade, mas nada é certo sobre isso. É extrema-mente orgulhosa e sedutora, e adora fazer dos homens suas“marionetes”. Recentemente, Silvia soube que sua inimiga mor-tal, Alexandra, se aliou à Ordem das Sombras de Fortaleza e esteparece ser apenas mais um motivo para odiá-la.

Aparência: Silvia usa de sua beleza e seu “charme” paraconseguir o que quer: tem a aparência de uma mulher de 25 anos,alta, de cabelos loiros e olhos azuis, capazes de penetrar namente dos homens para que eles façam o que ela deseja. Gostade se vestir com classe, sempre vista nas festas com vestidosde marcas famosas e com decotes e cortes estratégicos, queatraem a atenção dos homens do lugar.

CON 13, FR 12, DEX 16, AGI 14,INT 17, WILL 15, CAR 21 PER 16#Ataques [ 1 ], IP 0, PVs 13+nívelPerícias Principais: Armas de Fogo (Pistola 40%), Ciênci-

as Proibidas (Ocultismo 60%), Idiomas (Inglês 60%), Mani-pulação (Lábia 70%, Sedução 80%), Pesquisa/Investigação50%, Etiqueta 60%, Negociação (Avaliação 45%, Barganha40%)

Aprimoramentos: Contatos e Aliados (4 pt), Direito e Ju-risprudência (3 pt), Poderes Mágicos (5 pt), Recursos e Di-nheiro (3 pt)

Poderes Principais: A Forma Humana, Controle Mental,Paixão, Maldições

Magia: 07 pts de magia, Entender 3, Controlar 2, Huma-nos 2, Trevas 1, Fogo 1

Fera das PontesVampiro Asimani, idade desconhecida -criado no início da década de 80 (39ª Geração)Descrição: Durante um certo tempo, houve em Recife uma

facção dos Asima, pertencentes a um grupo maior de Salvador.Na década de 80, enquanto a seita realizava um ritual de criaçãode um novo vampiro Asimani, foram atacados pelos Templários,que destruíram o local e mataram ou prenderam os membros daseita. Exceto um. O próprio vampiro que estava sendo criadoescapou, porém, algo de errado aconteceu: o trauma da trans-

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formação, mais a interrupção causada pelo ataque dosTemplários, ocasionaram no vampiro um grave desvio mental,fazendo-o esquecer de seu passado como feiticeiro, da seita eda transformação. O choque fez ainda com que perdesse partede sua coordenação motora e sensorial, transformando-o numaverdadeira fera, que passou a agir apenas por instinto e foi per-dendo cada vez mais seu lado humano com o passar dos anos.Utiliza como refúgio um sistema de cavernas sob as pontes deRecife, que ele próprio criou e que se interligam aos esgotos dacidade. é o responsável por uma série de assassinatos que ocor-rem nas regiões, ficando conhecido como a “Fera das Pontes”,pois muitos acham tratar-se de um animal selvagem.

Aparência: Como ele não consegue controlar seu poder detransformação em humano, ocorre com ele um estranho fenô-meno: passa a maior parte do tempo como um mendigo, vestin-do trapos, vivendo sob as pontes, mas em situações de tensão,fome ou raiva, assume sua forma monstruosa de 2,5m, com gar-ras enormes e dentes de aço.

CON 15, FR 15, DEX 12, AGI 17,INT 07, WILL 10, CAR 06 PER 19#Ataques [ 1 ], IP 0, PVs 15+nívelPerícias Principais: Camuflagem 50%, Escutar 70%, Nata-

ção 60%, Furtividade 50%, Manipulação (Intimidação 55%),Sobrevivência 50% (esgotos da cidade)

Poderes Principais: Aumento de Atributos (Força, Resis-tência, Velocidade), Garras, Transformação (Humanos), Dre-nar Energia

NitaelAnjo Nimbus, 379 anosPersonagem em desenvolvimento

Franklin SeabraTemplário, 43 anosPersonagem em desenvolvimento

Jean-PierreMago da Irmandade de Tenebras, 48 anosPersonagem em desenvolvimento

Márcio Marques e Cleilson NobreMagos da Ordem de Salomão, 32 e 27 anos, respectivamentePersonagens em desenvolvimento

Rumores

Em desenvolvimento

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A cidade de Ribeirão Preto começou a ser contada a partir dadata de doação de uma área à Igreja católica por algu-mas famílias,para a construção da primeira capela, exatamente onde hoje seencontra a fonte luminosa. Foi em 19 de junho de 1856. Mas, antesdisso, outra doação fora feita, em 1845, para a construção da cape-la na Fazenda das Palmeiras, atual bairro das Palmeiras. Os mora-dores do povoado, que vieram da região da Serra da Mantiqueira,em Minas Gerais, escolheram como padroeiro São Sebastião, osanto mártir, protetor contra as pestes e as intempéries. Sob suainvocação, a construção da capela andou rápido.

Começou e terminou em 1868 e foi abençoada pelo padreMiguel Martins da Silva, vigário de São Simão, que tinha jurisdi-ção sobre Ribeirão Preto. São Simão, portanto, é mais antiga queRibeirão. Em 1870, por lei provincial, deu-se a criação da freguesiade Ribeirão Preto. A paróquia, tinha então seu próprio vigário: PadrePhildory Torre. Passou a ser vila um ano depois, desmembrando-se de São Simão. Na prática, já era município, mas oficialmente, sópassou a selo a partir de 1889, com a Proclamação da República.Em 1856, na data oficial de fundação, o povoado recebeu o nomede Vila da Capela do Ribeirão Preto.

Um nome impróprio, pois ainda não era vila. O motivo dadenominação foi a capela construída na atual Praça XV e Ribei-rão Preto era o nome do curso d’água, por onde hoje passa aAvenida Jerônimo Gonçalves. Ribeirão Preto era também o nomeda Fazenda onde se construiu o patrimônio da Igreja. O nomeVila de São Sebastião do Ribeirão Preto passou a existir a partirde 1870, quando houve o desmembramento de São Simão. Alientão já havia a invoca-ção oficial ao santo padroeiro. Por de-corrência de uma lei provincial, o nome passou a ser Vila Entre-Rios em 1879, uma referência ao entroncamento dos córregosdo Retiro e Ribeirão Preto.

A população protestou, conseguindo a volta do nome anti-go. Ribeirão Preto, já sem referência a São Sebastião, foi o nomeque passou a vigorar em 1889, com a Proclamação da Repúblicae oficialmente, ostentando a condição de município. Uma plan-

ta de 1874 mostra a existência de um pequeno aglomerado urba-no, sinal de que o processo de urbanização, em Ribeirão Pretocomeçou naquela década. Em 1884, a área urbana começa a ex-pandir-se e tomar diretrizes sólidas.

Por volta de 1903, já com a plena produção cafeeira, a áreacentral de Ribeirão Preto já estava quase estabelecida e até de-nunciava um início de ocupação além das barreiras físicas natu-rais, que eram os córregos Retiro Saudoso e Ribeirão Preto. Esselevantamento do processo de urbanização foi feito pelo arqui-teto Joel Aparecido Pereira, cons-tando que a delimitação doatual centro entre as avenidas Jerônimo Gonçalves, FranciscoJunqueira, Independência e 9 de Julho, já se delineara no iníciodeste século. Com a crise provocada em 1929 pelo crack da Bol-sa de Nova Iorque, nota-se uma migração maciça, do campopara a cidade, determinando, com outros fatores, uma desenfre-ada ocupação urbana. Pelo estudo das plantas urbanas, JoelAparecido Pereira nota que o traçado de Ribeirão Preto, já nasua origem, teve uma visão de planejamento. O desenho damalha urbana apoia-se numa rede octogonal, constituindo umtabuleiro de xadrez. O primeiro trabalho importante sobre Ribei-rão Preto, ao longo da história sobre Ribeirão Preto, ao longoda história, foi a série de artigos “A Terra Roxa”, de autoria domédico e cientista Luiz Pereira Barreto, publicado no matutinopaulistano “A Província de S. Paulo” (atual “O Estado de S.Paulo”). Já na abertura do primeiro artigo ele fala do desconhe-cimento da população local sobre a sua terra: “Os paulistas doOeste de São Paulo, em geral não suspeitam o quanto sua terraestá na tela da discussão corrente nas outras províncias”.Falava-se na época, “Oeste de São Paulo”, numa referência àposição geográfica da região em relação a capital do Estado.Luiz Pereira Barreto tomou conhecimento da região possivel-mente por informações de seu irmão, Rodrigo Pereira Barreto,que aqui se encontrava, vindo do Vale do Paraíba. A expressão“terra roxa” já havia se originado da chega-da dos primeirosimigrantes italianos (antes mesmo da abolição da escravatura).

Ribeirão Preto - SPPor Eric de Sales

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Impressionado com a cor do solo, um italiano exclamou “terrarosa”! o que na verdade seria terra vermelha, mas devido aosotaque, acabou soando como terra roxa. E assim ficou. LuizPereira Barreto entusiasmou-se com a fertilidade do solo e aca-bou ele mesmo vindo plantar café na região.

Mais do que isso, foi o introdutor de café “Bourbon”, quefaria a riqueza de toda a região. Além dele, Martinico PradoJunior, o Martiníco Prado, também teve o mérito de propagar ariqueza da região. Em artigo que publicou em “A Província de S.Paulo”, em 1877, ele prevê um grande futuro para a região, pois“tem as melhores terras de café do Brasil e do mundo”. MartinicoPrado Junior só faz uma ressalva: a grande distância em relaçãoà capital paulista. Período do apogeu do café em Ribeirão Pretovai de 1876 à 1930.

Nesse período, Ribeirão Preto teve três reis do café. HenriqueDumont (1863-1891). Filho de franceses, nasceu em Diamantina(MG). Chega a Ribeirão Preto em 1879, adquirindo terras que naépoca custavam pouco. Centraliza suas atividades em fazendaDumont, já possuindo, em 1881, cinco milhões de cafeeiros euma estrada de ferro particular de sua fazenda a Ribeirão Preto.

Por motivo de doença vende a fazenda Dumont para umaCompanhia inglesa, em 1891. Francisco Schimidt (1891-1924).Alemão de nascimento, chegou ao Brasil ainda menino, em 1858.Residiu inicialmente no município de Descalvado, onde tenta asorte no comércio de secos e mo-lhados, trabalhando tambémcomo colono de café. Foi empregado de uma fazenda do coro-nel João Franco de Morais Otávio, em Descalvado, e dele viriaadquirir posteriormente a Fazenda Monte Alegre (em cuja sedeinstalou-se o Museu Histórico de Ribeirão Preto).

Chegou a possuir mais de 60 fazendas, onde moravam cercade 15 mil pessoas. Morreu em 1924, em São Paulo. GeremiaLunardeli (1924-1930). Filho de imigrantes italianos, foi o maiorprodutor depois do coronel Francisco Schimidt. Continua sim-bolizando a força econômica do café até o “crack” da bolsa deNova Iorque. O café garantiu muitas conquistas para RibeirãoPreto: em 1892, a instalação da Comarca; em 1897, primeiro Gru-po Escolar; 1907, instalação do Gynásio do Estado; 1908, cria-ção do Bispado; 1924, instalação da Faculdade de Farmácia eOdontolo-gia; 1928, instalação da PRA-7, primeira emissora derádio do interior e a sétima do país.

Ribeirão Preto tinha muita força política no período áureodo café. Os grandes líderes políticos da época foram o coronelFrancisco Schimidt, vereador e presidente da Câmara Munici-pal e o coronel Joaquim da Cunha Diniz Jun-queira, o Quinzinhoda Cunha, presidente do Diretório Municipal do poderoso Par-tido Republicano Paulista. Era a época do coronelismo. Ribei-rão Preto praticamente ditava a sorte do país. Por sua influên-cia, em 1919, Altino Arantes era o presidente do Estado eRodrigues Alves, presidente da República.

Por essa influência, também Washington Luiz se tornou pre-sidente e Júlio Prestes seria o seu sucessor, não fosse a Revo-lução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, começandoaí uma nova era e o fim da força política dos coronéis civis. Ri-beirão Preto tem muitos títulos de capital, ao longo de sua his-tória: do café, da região da Alta Mo-giana, da cultura, do chopp,do setor sucroalcooleiro...E tudo isso sem prejuízo de recente-mente ter sido chamado de Califórnia Brasileira. O título quemais justifica é o de capital do café, no período que vai do finaldo século passado até 1930, quando Ribeirão Preto foi o maiorcentro produtor de café do Brasil e do mundo.Capital da cultura foi o título dado a cidade no final da décadade 60, por já existir o Teatro Municipal e o Teatro de Arena e umintenso movimento cultural. O Pedro II torna-se, então, um ci-

nema de segunda categoria. No início dos anos 70, Ribeirão Pretochegou a ter vinte grupos de teatro amador. O título de capitaldo chopp se deve a fama des-sa bebida. Visitar Ribeirão Pretosem passar pelo Pingüim é o mesmo que visitar Roma e não vero Papa, costumam dizer os turistas.

LOCAIS DE INTERESSE

A Casa da Cultura“Juscelino Kubitschek”, construída em 1976 conforme proje-

to do arquiteto Ariovaldo Durval Soave, foi inaugurada em 26 dejaneiro de 1977. Integrante do Complexo Cultural Alto do São Bento,abriga a Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto, Biblioteca Muni-cipal, Sala de Exposições “Leonello Berti”, Escola de Belas Artes“Cândido Portinari”. Atualmente cede espaço para a Oficina Cul-tural “Cândido Portinari”, da Secretaria Estadual da Cultura.

O Teatro MunicipalFoi construído em 1968 com arquitetura moderna para a época.

Com capacidade para 569 pessoas, tem acústica e refrigeração con-sideradas de primeira qualidade. O palco tem largura de 30 metros,profundidade de 15 metros e proscênio de 3 metros de avanço. Som,luzes, cenários, camarins e sistema técnicos completam o teatro, quefaz parte do Complexo Cultural Alto do São Bento.

Parque Municipal Morro de São BentoOu Bosque Municipal de Ribeirão Preto foi adquirido pelo

Poder Público em 1907. Abrangia uma área muito superior ao exis-tente hoje. Vários trechos foram desmembrados e destinados aoutras finalidades, entre as quais uma área cultural - teatros, e ou-tra para atividades esportivas - Cava do Bosque. O Bosque Muni-cipal “Fábio Barreto” foi criado por decreto de reserva do prefeitoFábio Barreto no ano de 1948. O Zoológico Municipal foiconstruído dentro do Bosque e inaugurado em 1951. Estas altera-ções provocaram a segregação da área natural. A Lei Complemen-tar n.º 476/95 retomou a unidade do ecossistema, criando o Par-que Municipal do Morro de São Bento.

O Bosque Municipal “Dr. Fábio Barreto” faz parte do ParqueMunicipal do Morro de São Bento, a maior área verde urbana e omaior espaço público de lazer da cidade. Tão grande que, sozinho,o Parque garante meio metro quadrado de área verde para cadahabitante de Ribeirão Preto. Cada um dos seus 250.880 metrosquadrados constitui uma amostra de como a natureza é grandio-sa, e de como ela foi generosa conosco. Quando o coronel Fran-cisco Schimdt emprestou 30 contos de réis para que a Prefeituracomprasse a chácara Olympia e criasse aqui o Bosque Municipalas árvores gigantescas já estavam lá. É por isso que a Prefeiturade Ribeirão Preto reformou toda a área do Bosque.

O Bosque tem dois tipos de mata nativa: uma floresta deárvores frondosas, com copas bem abertas e altas, que dão abri-go a uma infinita variedade de plantas menores - Trilha doJequitibá. O trecho é remanescente da Mata Atlântica, um dospoucos que ainda restam no interior de São Paulo, e um dosraros em áreas urbanas. Além do jequitibá, outras árvores nati-vas fazem parte da mata, como o pau-d’alho, o jatobá e a peroba,que é uma madeira de lei e quase foi extinta por causa dodesmatamento. A peroba é uma árvore muito resistente, e podedurar séculos. A mais antiga do Bosque, logo na entrada, temquase 300 anos.

A outra mata é formada por angico e aroeiras, que perdem quasetodas as folhas na época da seca. A natureza, sábia, faz as folhasdessas árvores secarem e caírem no chão, para economizar água

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enquanto as chuvas não chegam. É uma vegetação típica de en-costas de morros, onde o solo é mais pedregoso, como pode-sever na Trilha do Angico - que também é nova e será aberta aopúblico. As duas trilhas se encontram em um dos pontos maisaltos do Bosque, já dentro do Jardim Japonês, onde há um mirantea partir do qual se pode ver grande parte da cidade.

O CristoCom 518 metros de altitude, fica no ponto mais alto da cida-

de - o centro da praça do Complexo Cultural Alto do São Bento,com face voltada para a região central de Ribeirão Preto.

Sete CapelasO Santuário das SETE CAPELAS foi idealizado pelos monges

beneditinos, cada uma dedicada a um padroeiro. A construção seprolongou por quase dez anos. A primeira capela, de Nossa Se-nhora das Graças, foi construída em 1948. A de São Judas Tadeuem 1951. As capelas de Nossa Senhora Aparecida e Santa Terezinhaforam construídas em 1954. A capela de São Jorge em 1955 e, en-cerrando o santuário, as capelas de Nossa Senhora do PerpétuoSocorro e da escadaria - a Capela da Penitência. Cada uma mantémsua individualidade no que se refere ao conjunto arquitetônico,mas formam um interessante conjunto. Dispostas em semi-círcu-lo, as capelas são voltadas para o centro.

É importante notar que as capelas foram edificadas em umaescavação de pedreira, ficando assim o santuário guarnecidoem todo o seu perímetro por rocha. O Santuário das Sete Cape-las situa-se no Morro do São Bento, ao lado do Mosteiro quedeu nome ao morro, e é base do Complexo Cultural, que é for-mado pela Casa da Cultura, Teatro de Arena, Teatro Municipal,Cristo Redentor e Santuário das Sete Capelas. O Complexo Cul-tural abriga também ruas passarelas, praças, fonte luminosa, mi-rante, Casa do Rádio Amador, Serviço de Comunicação da Via-ção São Bento, Mosteiro São Bento e Parque Botânico.

Catedral MetropolitanaTendo como padroeiro São Sebastião, teve a pedra funda-

mental lançada em 3 de março de 1904. A benção e o término daconstrução foram em 1920. Em estilo romântico e linhas góticas,destacam-se os vitrais coloridos no seu interior, os afrescos pin-tados por Benedito Calixto que datam de 1917. A Catedral Me-tropolitana de São Sebastião de Ribeirão Preto está localizadana Praça das Bandeiras, região central da cidade.

Praça XV de NovembroMarco de referência histórica e geográfica, localiza-se na re-

gião central da cidade. A praça foi tombada pelo Condephaat (Con-selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológicoe Turístico do Estado de São Paulo) em 13 de março de 1985, juntocom o “Quarteirão Paulista”. Restaurada recentemente, foi mantidaa estrutura da última reforma da praça, na década de 30, quandofoi construída a fonte luminosa. Desde sua inauguração, em 1890,a Praça XV sofreu várias modificações.

Em 1900 foram construídos um coreto e um chafariz. A cape-la que ficava onde está a fonte luminosa, edificada em 1868, foidemolida em 1905. Em 1919 a Praça XV passou por reforma com-pleta que incluiu a construção de um bar da Companhia Cerve-jaria Paulista (Antarctica). O bar foi demolido em 1928, dandolugar ao “Trianon da Praça XV”, que tinha funções de bar tér-reo e de mirante na cobertura. O Trianon foi inaugurado entre1929 e 1930 e demolido em 1938.

Entre 1937 e 1944 a praça sofreu sua transformação mais sig-nificativa e adquiriu detalhes que formam sua imagem atual. A

maior mudança aconteceu no dia 20 de janeiro de 1939, quandofoi inaugurada a fonte luminosa com luzes azuis, vermelhas eamarelas. O traçado dos canteiros foi completamente alterado eo coreto substituído pelo Monumento do SoldadoConstitucionalista da Revolução de 1932.A Praça XV tem 104 postes de iluminação em ferro fundido, 168bancos de madeira, com pés em ferro fundido, como os mode-los existentes nas décadas de 30 e 40.

Museu HistóricoInstalado na antiga sede da fazenda Monte Alegre, foi

construído em 1870, sendo um dos poucos edifícios da época.A planta tem forma de “L”. O Parque Botânico tem plantas rarascomo árvores do Amazonas e palmeiras imperiais. O Museu foioficialmente fundado em 28 de março de 1950. Possui acervovariado, distribuído entre sala da República, numismática,etnografia, mineralogia, etnologia indígena, sala de artes, peçashistóricas de Ribeirão Preto e Região, botânica, zoologia, foto-grafias, pavilhão Duque de Caxias e história do café.

Museu do CaféSitua-se dentro do parque botânico do Museu Histórico.

Inaugurado em 20 de janeiro de 1955, o museu mostra coleçõesde objetos relativos à saga do café, mostra a ascensão e quedados “senhores e reis do café”. Por se tratar de coleção de pe-ças, fotos e documentos narrativos de uma época, é considera-do o único do gênero em todo o mundo.

Campus da USPUm complexo situado em área da antiga fazenda Monte

Alegre, formado pelas faculdades de Odontologia, Farmá-cia, Enfermagem, Administração, Ciências Contábeis, Filo-sofia, Biologia, Psicologia, Química e de Medicina, que sedestaca mundialmente pelas pesquisas.

O Campus acomoda também o Hospital das Clínicas, um doscentros de pesquisa mais avançados da América Latina. UmHemocentro, um lago, conjunto de residências para professores,alojamento para estudantes, agência bancária, pista de atletismo,biblioteca, assessoria cultural, restaurantes, ginásio de esportes,piscina olímpica, agência de correio, editora e parque botânico in-tegram o Campus, além da preservação da colônia de imigrantesitalianos do início do século, que integrava a fazenda.

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A FundaçãoFundada em 1549 por Thomé de Souza (Cavaleiro da Ordem

de Aviz) nomeado pelo rei de Portugal D.João III para ser o gover-nador-geral do Brasil, solicitou ao rei a vinda da armada para Sal-vador afim de aumentar o caráter defensivo. Apenas de fachadapois seu plano era ajudar seus aliados Magos Atlantes, que esta-vam desenvolvendo rituais que envolviam tempo e espaço (quemais tarde seria chamado de Metamagia) com o intuito de encon-trar Atlântida. Pois na Europa a situação estava complicada ainquisição fazia de tudo para destruir com as pesquisas e pesqui-sadores. E a Ordem de Tenebras que atacava as bases dos atlantese roubavam as informações afim de abrir portais de Infernum paraa terra. Junto com a armada chegarão a cidade de Salvador váriosMagos Atlantes liderados pelo Pontífice Magister Álvaro Alfon-so de Assunção e muitos Cavaleiros de Aviz liderados pelo gene-ral-mor Fabrício Baía Chaves.

Expulsarão os indígenas e as criaturas mágicas que habita-vam aquelas terras, obtiveram varias informações sobre os se-res desta terra e conseguirão acumular uma quantidade incrívelde itens das aldeias destruídas.

Mas nada dura para sempre Thomé de Souza ficou no car-go até julho de 1553, e um mês depois foi mandado de volta aLisboa, devido as ameaças que a Igreja fizera contra o rei D.JoãoIII após saber da situação que se passava em Salvador.

Thomé de Souza foi julgado e excomungado, e foi enviadopara a África para passar o resto de seus dias lá.

O governador-geral escolhido pela própria igreja foiD.Duarte da Costa que veio com a verdadeira intenção de aca-bar com os Magos Atlantes e os Cavaleiros da Ordem de Aviz.

Outrora amigos agora inimigos Fabrício Baía Chaves para nãoser esmagado pelos soldados de D.Duarte da Costa se uniu a elepara esmagar os magos atlantes na condição de possuir todos osbens dos atlantes. Os atlantes foram esmagados apenas restandoalguns deles que se refugiarão com Álvaro Alfonso de Assunçãoesperando o momento certo para investir contra os cavaleiros quetinham apoio de Portugal e eram em numero muito maior.

A ChegadaCom a chegada dos escravos africanos no final do século

XVI a cidade prosperou por influência econômica das ativida-des portuárias e da produção de açúcar no Recôncavo.

Nessa vinda dos escravos um Asimani resolveu se aventu-rar Ibere Aze. Era um grande feiticeiro de Ghana, quando deci-diu vir ao novo mundo com ele vieram vários servos a maioriaescravizada, mais apesar disso ele nunca se preocupou com aescravidão sua intenção era apenas, ramificar seu poder por todoo novo mundo. Nessa época os magos atlantes, começarão umtrabalho de vingança, realizando rituais de conjuração de seresda antiga atlântida, aprofundavam seu conhecimento e espera-vam apenas o momento certo para atacar.

Já os Cavaleiros da Ordem de Aviz lucrarão muito com os es-cravos, o que aumentou e muito seu poder na cidade de Salvador.

Mais nessa época muitos cavaleiros começarão a ser assassi-nados tudo indicava que eram os atlantes começando sua vin-gança, O general-mor Fabrício Baía Chaves sem perder tempo co-meçou uma guerra contra os magos atlantes (que de nada eramculpados) o momento de revidar não era aquele mais ou era agoraou nunca. E Ibere Aze deliciava-se com a matança e com seu pla-no perfeito abalara toda a estrutura das duas Ordens.

Salvador - BAPor André Sento Sé Barreto

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Os AtaquesEm 1583 a riqueza da Capital atraiu a atenção de estrangei-

ros, que promoveram expedições para conquistá-la. Saques ebombardeios de corsários ao porto de Salvador eram freqüen-tes no final do século XVI e o início do século XVII.

O governador-geral D.Duarte da Costa se via em apurostentando se defender dos ataques enquanto seu ajudantede maior peso desperdiçava seus lucros e soldados numaguerra contra os atlantes.

Sem a ajuda esperada o governador-geral precisou informara Portugal que Salvador seria perdida se nada fosse feito dianteda situação o rei de Portugal fez uma aliança com a Espanhacom a união das coroas portuguesa e espanhola em 1580 osexércitos dos invasores foram destruídos a guerra entre osatlantes e os cavaleiros perduraram, mais D.Duarte da Costacortou relações com Fabrício Baía Chaves, os interesses docomércio marítimo estrangeiro foram contrariados e, ao se expi-rar o tratado de paz entre a Espanha e os Países Baixos, a Com-panhia das Índias Ocidentais (formada por capitais de comerci-antes judeus e europeus) atacou Salvador em maio de 1624, ondepermaneceu até abril de 1625, quando seus soldados foram ex-pulsos pela armada de 40 navios mandada pela Espanha e a aju-da discreta liderando os escravos de Ibere Aze.

ImpérioEm 1638, mais uma tentativa de invasão (desta vez coman-

dada por Maurício de Nassau), não obteve êxito devido a maisuma ajuda de Ibere Aze que cada vez tornava-se mais influentee poderoso. Salvador permaneceu na condição de Capital daAmérica Portuguesa até 1763, quando a sede do Vice-Reino foitransferida para a cidade do Rio de Janeiro. Porém, como capitalda Província da Bahia, a cidade manteve sua importância políti-ca e econômica e, em 1808, recebeu a família real portuguesa(em fuga das tropas de Napoleão). Na ocasião, o príncipe re-gente D. João VI abriu os portos às nações amigas. Nessa épo-ca os magos atlantes ainda guerreavam firmes se prepararãomuito bem, mais os cavaleiros começarão a apontar seus traçosde derrota afinal o capital estava acabando.

O próprio D.João VI foi manipulado por Ibere Aze a fim deajudar o pais e Salvador.

Época do CaféNa época do café, a guerra entre os magos e os cavaleiros

ainda perdurava, apesar dos cavaleiros começarem a decair maispara tombar ainda demoraria muito ou talvez não.

Quando os escravos foram libertos, sobre pressão da Ingla-terra por ter ajudado a corte portuguesa a fugir de Napoleão eum pouca da ajuda de Ibere Aze tudo culminou para a quedados cavaleiros, isso já contido nos planos de Ibere Aze.

O investimento deles estava voltado na escravidão com ofim desta e começo da utilização da mão de obra dos imigrantesos cavaleiros perderão muito de seu capital, os magos atlantesde outros paises começarão a chegar no país se dirigido a Sal-vador para ajudar na guerra dos irmãos. Fabrício Baía Chavesse viu encurralado e com uma única saída o suicídio.

Após o fim deles ai realmente o Arcanun Arcanorum começouefetivamente a migrar para a cidade isso não estava nos planos deIbere Aze, alguns demônios chegarão a cidade uns vampiros che-garam a cidade a situação foi se tornando cada vez mais critica areligião que predominava era a Ubanda tendo como maior símbo-lo pai Jubiaba, o Pai de Santo mas forte da Bahia.

DitaduraBem Ibere Aze não estava nada satisfeito com a situação,

tentou estabelecer relação com pai Jubiaba que não quis lheajudar e além disso tornou-se seu pior inimigo, convertendo seusaliados pro seu lado e destruindo os persistentes como escapardaquela situação? A igreja católica a muito queria se apoderarde Salvador mais não via essa possibilidade pronto Ibere Azeajudou a igreja a vir para Salvador através de contatos e ajudoua incitar o governo a usar a ditadura como meio de repreender opovo, mais junto a igreja comandou a ditadura para fins própri-os, acabando com a maioria dos seres da cidade e com os aju-dantes de pai Jubiaba, pai Jubiaba fugiu para outra cidade (achomelhor ficar a seu cargo Marcelo pois vc tem as cidades ondetalvez ele possa se encaixar) afim de se proteguer, assim IbereAze conseguio o poder que desejava.

ATUALAtualmente Ibere Aze realmente comanda a cidade de sal-

vador possui muitos contatos fora da cidade, mais não para porai seus planos novos contam os boatos são de continuar a am-pliar seus domínios em outras áreas buscando sempre amigos,aliados ou servos que ocupem boas possições de controle.

Pai Jubiaba já voltou a cidade de Salvador vive escondido,tentando sempre frustar os planos de Ibere Aze, e tem amigosmuito importantes fora de salvador que o ajuda a destruir osplanos de Ibere Aze fora de Salvador.

O Arcanun Arcanorum acha que controla a cidade de Salva-dor estão totalmente por fora do que acontece, nem se quer sa-bem que Ibere Aze existe, e também não fazem a mínima noçãoda existência de pai jubiaba.

Os cavaleiros existentes, organizarão o crime e são os res-ponsáveis pelas atrocidades criminais acontecidas na Bahia, sãoliderados por Fabrício Baía Chaves que voltou do inferno comoDead Knight e espera o momento certo para se vingar.

Álvaro Afonso de Assunção continua a viver sobre o efei-to de encantos e rituais tem aproximadamente seus 420 anos, édiácono sul de Salvador e Magister Maximo dos magos atlantes,ainda nada sabe sobre a volta de Fabrício Baía Chaves.

A igreja e a presença de anjos é muito pouca na cidade, aclasse mais rica em geral são católicos já as mais pobres maioriaesmagadora são da religião ubanda.

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HISTÓRIASanto André é uma das sete cidades que compõe a região do

ABC paulista. Sua origem histórica data de 1550, fundada por JoãoRamalho, e foi fundada com o nome de Santo André da Borda doCampo, mas esta pequena vila foi abandonada dez anos depois,com os jesuítas, que levaram seus habitantes para São Paulo.

Em 1860, com a criação da estrada de ferro Santos - Jundiaí,algumas pessoas começaram a migrar para a região, e algunsanos depois seria construída a estação de Santo André. Juntocom essas pessoas, fugindo da perseguição dos templários,estava a Naná, uma asimani. Ela se estabeleceu em uma peque-na cabana ao sul do povoado.

Toda a região foi sendo habitada, e por volta de 1930 quatrojovens strigois (Daniel, Richard D, Paulo e Aline) chegaram acidade. Os quatro tinham grandes riquezas, e abriram algumasindústrias na região, que logo se tornou uma das maiores regi-ões industriais de São Paulo.

Esta época foi muito conturbada, e Dom Fernando, um ca-valeiro de Aviz, chegou na cidade, devido a um boato sobre umanjo caído que estaria na cidade. Ele começou a recrutar jovenspara fazer uma pequena ordem templário. Foi quando descobri-ram sobre os vampiros da cidade.

Alguns seres sobrenaturais de outras regiões acabaram aju-dando na separação do ABC. A perseguição chegou a tal pontoem que até mesmo pessoas comuns estavam desconfiadas daatitude de Dom Fernando. Um de seus mais dedicados discípu-los, Augusto, resolveu em uma reunião com outros templáriosque a obsessão de Fernando poderia acabar com a ordem, en-tão resolveram expulsa-lo da ordem. Sem ninguém com ele,Fernando tentou um ataque suicida a Daniel, e acabou mortopela polícia da cidade.

A ordem de Aviz estava extinta. Seus guerreiros seriam co-nhecidos a partir de agora como os cavaleiros celestes.Em 1944 a região começou a se fragmentar, com a separação deSanto André e São Bernardo do Campo. Alguns anos depois,iriam se separar São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires eRio Grande da Serra.

A ordem começou a aumentar, e a recrutar jovens fortes edeterminados. Em 1958, a ordem passou a se aliar com membrosda ordem de Yamesh, e as duas começaram a crescer em poder einfluência dentro da cidade. Alguns anos depois, a ordem deYamesh e de Asima (liderados por Naná), começariam a Ter assuas rivalidades, que duram até hoje.

Em 1991 entraram para a ordem os jovens Duarte e Rafael. Osdois são, talvez, os melhores templários que a ordem celeste játeve. Alguns anos depois, em uma investida ousada, eles encon-traram e destruíram o vampiro Paulo, que comandava a fábrica daBlack&Decker. Percebendo que eram alvos fáceis, os três strigoismais antigos da cidade resolveram largar as suas fábricas, e aospoucos Santo André está deixando de ser uma cidade industrial.

Hoje a cidade possui cerca de seiscentos mil habitantes.

LOCAIS DE INTERESSEBiblioteca MunicipalA maior biblioteca da cidade. Possui

muitos livros, relacionados a vários assuntos. Sua entrada é li-vre para qualquer pessoa. Na biblioteca existem livros sobrena-turais, incluindo alguns grimorios de magos já mortos, mas épraticamente impossível encontrá-los. Apenas Bianca, uma dasbibliotecárias, sabe como encontrar tais livros. Esses livros nãoestão escondidos, pelo menos, não no sentido exato da pala-vra. Eles estão na prateleira, mas os olhos simplesmente nãoconseguem vê-los. Apenas através de alguns rituais demetamagia é possível a percepção de tais livros, ou então seBianca permitir que se veja-os.

Parque Duque de CaxiasUm dos maiores parques da cidade,localizado em um dos mais nobres bairros. Até alguns anos, eramorada de vampiros que eventualmente passavam pela cidadeem busca de refúgio temporário. Mas atualmente, devido a atu-ação da ordem celeste, o parque foi reformado, possui muitailuminação e a presença da guarda minicipal é constante (e éclaro, dos cavaleiros celestes).

Igreja do CarmoUma igreja enorme, localizada no centro da ci-dade. Este ponto é a única meca conhecida da cidade, dificultan-do a atuação das ordens cabalísticas. Dizem que esconde um anjocaído, mas nunca foram encontradas evidências concretas.

Estação Santo AndréA maior estação, e a mais antiga. Apesarde mal cuidada, ela ainda é uma das maiores “entradas” da cidade.Sua localização não foi escolhida por acaso: o terreno abaixo já foium cemitério indígena, e hoje ele é um terreno sagrado. Com isso,criaturas sobrenaturais “fracas” não conseguem entrar na esta-ção. As mais poderosas não encontram problemas.

Shopping ABC PlazaJá foi o local das indústrias General Elé-trica e Black&Decker, esta última comandada por Paulo. Apóssua morte pelos cavaleiros celestes, o terreno foi vendido e hojese localiza o shopping ABC Plaza e o mercado do Extra. OShopping, por se localizar ao lado da Estação Santo André, émuito freqüentado, e por todo o tipo de pessoas.

Shopping ABCO maior e mais antigo da cidade. Originalmenteera uma grande loja Mappin, mas após a falência desta, foi vendi-do e se tornou um grande shopping. Um de seus gerentes é ostrigoi Richard D. O shopping é um grande ponto de encontro, edizem que em algumas lojas é possível se encontrar materiais dealquimia. Colégio SingularUm dos melhores da cidade, juntamen-te com Arbos, Gradual, Stoco e muitos outros que estão na cida-de. Mas o colégio Singular, nos últimos anos, está com a gerênciaadministrada pelos cavaleiros celestes, e ele é um ponto de recru-tamento de jovens cavaleiros. Daí o enorme potencial esportivodo colégio (que ganha praticamente todos os torneios regionais).

Américo BrasilienseUm enorme colégio público, localizadono centro da cidade. É um local utilizado para a realização devestibulares e concursos públicos. Possui uma arquitetura clás-sica, e é um dos pontos de encontros da ordem de Yamesh.

DreamsConsiderado o melhor prostíbulo da cidade. A cercade dez anos foi comprado por Aline, que o administrasecretamente. Muitas de suas “garotas” sabem da condição desua patroa, mas através de pactos e rituais ficam impossibilita-das de revelar seu conhecimento. O local também é visitado,apesar de raramente, por Richard D e Daniel.

Santo André - SPPor Ranger

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SOCIEDADES SECRETASEm Santo André temos, basicamente, três ordens que têm al-

guma influência na cidade: Asima, Yamesh e os cavaleiros celes-tes. Asima é liderada até hoje por Naná, uma vampira asimani. Aordem possui quinze membros, entre aprendizes e iniciados. A sededa ordem está localizada em um pequeno galpão, ao sul da cidade,em uma pequena favela na divisa com São Bernardo. Lá a polícianão tem muita força, então ninguém ainda percebeu que Naná éum pouco mais que uma mãe de santo...Esta ordem é a mais antigada cidade, uma vez que Naná é a vampira mais antiga da cidade,chegando nela na sua fundação (em 1860).

A ordem de Yamesh começou com dois irmãos, Leandro e Diegode Castro, em 1949. Os dois irmãos eram profetas da ordem, e vie-ram do Rio de Janeiro. Começaram a juntar membros, e cerca dedez anos depois de aliaram aos cavaleiros celestes. Alguns anosdepois os irmãos foram mortos por antigos inimigos, e hoje a or-dem não tem tanta força como outrora. Ela é comandada hoje portrês apóstolos, Samuel, Sabrina e Silvio (conhecidos ironicamentecomo “os três esses”). A ordem possui vinte e oito membros, esua sede é uma casa localizada no bairro jardim (um dos mais no-bres da cidade). Os cavaleiros celestes são um grupo formado apartir da ordem de Aviz. São um pequeno grupo, e influenciamapenas a cidade de Santo André (apesar de alguns ataques ocasi-onais em cidades próximas). Possuem atualmente dezoitotemplários, a maioria jovens recrutados recentemente e ainda emtreinamento. Apesar de pequena, a ordem é muito bem treinada, eseus templários são guerreiros fanáticos. Atualmente é lideradapor Duarte, sobrinho do antigo líder (assassinado por Richard D).

NPCs

Daniel BargaziniDe descendência italiana, Daniel nasceu em 1890, em São

Paulo. Seu pai tinha um bar, onde ele trabalhou até os dezesseteanos, quando namorou uma strigoi, que o transformou em vam-piro. Depois disso, conheceu Aline e Richard D, e os três vie-ram para Santo André, onde conheceram Paulo. Os quatro vam-piros usaram suas influências e se tornaram gerentes e donosde industrias que se formavam. Daniel era o gerente da Pirelli,mas após a morte de Paulo resolveu se retirar. Atualmente nãotrabalha, apenas vive em sua casa, na vila Bastos. Possui umapersonalidade alegre, e gosta de freqüentar festas das classesmais baixas (acha as festas dos ricos muito paradas e chatas,preferindo festas com mais agitação). Apesar desta personali-dade, seu carisma o faz um dos mais amigáveis vampiros da re-gião, e não possui nenhum inimigo declarado. Possui três “cri-as”, todas jovens bonitas, que moram em sua casa. Ele tem amesma aparência de dezessete anos.

Richard D York:Nascido na Inglaterra em 1764, era um membro bastardo na

nobreza, e seu pai (que não o reconhecia como filho) o enviouao Brasil em 1781, com uma pequena fortuna. No Brasil, ele seestabeleceu em São Paulo e ficou algum tempo ganhando di-nheiro como um barão do café. Chegou a ser vereador da cida-de, e foi transformado em vampiro em 1793, por uma amante.Alguns anos depois, receberia sua sobrinha Aline, e a transfor-mou. Os dois moraram juntos por quase um século, quandocomeçaram as perseguições sobre eles, e se estabeleceram emSanto André. Richard D chegou a administrar várias indústrias,mas hoje apenas administra algumas lojas. Possui um grandeapreço por ópera, e é um grande músico. Dizem que o “D” em

seu nome é apenas uma excentricidade, outros afirmam que éseu verdadeiro nome, e quem o descobrir poderia controlar ovampiro. Richard D não fez outras crias além de sua sobrinha.Possui um longo cabelo e barba levemente ruivos.

Aline YorkBela garota ruiva, nascida na Inglaterra em 1780. Fugiu de

casa e veio ao Brasil, onde encontrou seu tio, Richard D. Foitransformada por ele aos vinte e um anos de idade, no dia doseu aniversário (foi o “presente” de seu tio). Aline possui umapersonalidade meio instável, as vezes é muito simpática e amá-vel, outras vezes mata e tortura alguém por pura diversão. Mo-rou grande parte da vida com seu tio, e atualmente é a proprie-tária de um prostíbulo. Já fez algumas “crias”, normalmente du-rante seus períodos de violência.

NanáNinguém sabe o verdadeiro nome de Naná, talvez nem ela

mesma. Ela foi filha de escravos, e fugiu ainda aos nove anosde idade. Isso tudo a mais de trezentos anos. Viveu em um pe-queno quilombo, e lá teve contato com a magia dos Asima. Vin-te anos de dedicação a tornaram uma grande feiticeira, e ela foia escolhida para se tornar uma asimani. Pouco tempo depois oquilombo foi destruído, e ela passou a se esconder em cidades,até finalmente se estabelecer em Santo André, no ano de 1860.Ela gosta de se disfarçar como uma velha gorda e simpática, depele bem escura, mas possui poderes que a permitem ser quemela quiser. Procura não se envolver muito na vida da cidade.

Gabriel D´AvangardieAnjo caído, Gabriel foi um grande soldado durante sua vida,

e foi selecionado para ser um anjo protetore, mas acabou umdia enfrentando um demônio, que mais tarde ele reconheceusendo um grande amigo de infância. Isso o deixou abalado eperturbado, e não demorou muito para ele começar a duvidar detudo o que lutava. Acabou se tornando um anjo caído, possu-indo enormes asas de morcego. Hoje vive escondido da igrejado Carmo. Possui cerca de cem anos.

Padre IvoMandado a Terra pela Cidade de Prata, padre ivo é um anjo

captare, mandado a Santo André para caçar qualquer vestígiode demônios na cidade. Dá abrigo a eventuais anjos aliados.Atua em uma pequena igreja, na divisa com Mauá, e é conheci-do como um padre bondoso e caridoso. Mas sua verdadeiraforma está longe de um “velhinho simpático”... Possui cinqüentae quatro anos como anjo.

Samuel de SouzaUm cara alto e elegante, sempre com ternos finos. Trabalha

como arquiteto em um dos prédios mais altos na cidade. Possuitrinta e dois anos, e quinze anos como membro dos Yamesh.Possui descendência italiana e alemã, e atualmente é um dosapóstolos da ordem.

Sabrina Costa e SilvaCom seus quarenta e dois anos, Sabrina pode ser conside-

rada uma bela mulher. Possui longas pernas e um cabelo loiro,mas sua dedicação está acima de sua beleza. É uma rica mulher,casada com um grande administrador, e faz aulas de pintura. Éconsiderada uma das maiores magas da ordem, e isso a tornouuma das três apóstolas da ordem na cidade.

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A CRISMA DE SÃO BERNARDOPor Fernando Henrique Cardoso“Nas mesmas colinas, sob a mesma bruma dos tempos

imemoriais, São Bernardo, de repente, deixou de ser apenas o meiodo caminho, a pedra larga entre Piratininga e as várzeaslodacentas de São Vicente. Há trinta anos ninguém imaginariaque a geografia caprichosa daquelas terras onduladas, corrigidase deformadas pela mão do homem, seria serpenteada longitudi-nalmente por colares de Volkswagens e carrocerias dinossáuricasnos pátios das fábricas e nas linhas de montagem.

A estrada e o automóvel, mais do que a Borda do Campo e aMatriz, marcam o Batismo de São Bernardo. Empardada entre li-nhas de montagem, forjas e caixas d`água, num lado, e, na outrabanda, o casario nobre dos homens que fazem a riqueza do país, avila quinhentista renasce às margens da via Anchieta, com a mar-ca registrada do progresso. Progresso a moda cabocla: respira-seo futuro entre fábricas, arranha-céus e casebres. Por outro lado,transpira-se trabalho. Do amanhecer ao entardecer esfumaçadoe, avançado pela densa noite clareada aqui e ali pelo fogo quedoura o aço, São Bernardo trabalha. Sob o sol inclemente ou sobo manto de uma garoa que não chega a ser gota de tanta partícu-la suspensa expelida pelas chaminés ou volatizada a duros gol-pes no interior das casamatas dessa guerra sem fim pela sobrevi-vência que são as fábricas, a cidade inteira reflete o estigma bíbli-co: comeras com o suor de teu rosto.

No meio desse horizonte de automóveis, onde o ruído metáli-co e o ritmado da melodia eletrônica do trabalho na fábrica dá otoque de realismo fantástico do mundo moderno, meio soslaio, seesgueira o homem. Que homem é este, meu Deus, que herdou afibra dos velhos povoadores, a tenacidade dos cosmonautas como pé na terra - ferramenteiros, fresadores, forjadores mil - a loqua-cidade nordestina e a maleabilidade do migrante interno? Quemserá este habitante espantado que fez um mundo de aço e têmperae cruza as ruas desta cidade americana ( e bem brasileira ) comoum passante ausente, ávido para chegar à sua vila, à sua longín-qua casa-refúgio?

Quem será o Viking telúrico que deixa as vestes guerreiras, oelmo e a armadura, penduradas no armário da fábrica para va-gar entre o Paço Municipal e o Sindicato, ora perdido nas largasavenidas e viadutos, ora senhor de si nas lojinhas e nos bares iguaisa todos os bares que povoam este Brasil da cachaça, do sanduí-che de Mortadela, do cafezinho ralo?

Aí estão os dados incréus: são o produto e o sustentáculo deum estilo de desenvolvimento que combina desigualdade e pros-peridade com miséria”.

HISTORIAEm 1531, quando Martim Afonso de Souza chegou ao Brasil,

ao ancorar no Tumiaru (hoje São Vicente ), já encontrou um portu-guês de nome João Ramalho vivendo entre os índios à taba docacique Tibiriçá, onde originou uma vila , para a qual João Ramalhosolicitou oficialização, ao então Governador Geral do Brasil, Toméde Souza. Em meados do Século XVI, João Ramalho estabeleceu-se no planalto de Piratininga, à margem direita do RibeirãoGuapituva. Surgia assim por volta de 1531, onde viviam índios,

São Bernardo do Campo - SP

portugueses e mamelucos; o povoado de Borda do Campo, quedaria origem, entre outros, ao município de São Bernardo do Cam-po. Ergueu-se no local uma capela e, em 1549, foi ali celebrada aprimeira missa. Finalmente a 08 de abril de 1553, solenemente, coma presença do Capitão Mor e Ouvidor Antônio de Oliveira, acom-panhado de Brás Cubas, provedor da Fazenda Real, foi levantadoo “Pelourinho”, símbolo dos foros de vila, que , no ato recebeu onome de Vila de Santo André da borda do Campo, Sendo JoãoRamalho nomeado Alcaide-Mor (cargo semelhante ao do prefei-to), o que incentivou a abertura de uma espécie de filial do colégioSão Paulo pelos jesuítas.

Os padres jesuítas já possuiam um colégio na vila de SãoVicente, obtveram autorização para instalar outro na vila de JoãoRamalho, vindo a ser instalado o colégio de São Paulo ( dentrodos Termos da Vila, isto é dentro do raio de três léguas da sede),onde foi realizada a primeira missa a 25 de janeiro de 1554.Em 1560, tem do se formado um bairro em torno do colégio SãoPaulo, e estando a vila ameaçada por constantes ataques dosíndios Carijós, insulflados pelos Franceses instalados naGuanabara, o Governador Geral do Brasil, Mem de Sá, ordenoua transferência do pelourinho resolvendo extinguir o povoado,transferindo sua sede para Piratininga para o pátio do colégio.Novamente, João Ramalho assume o comando das forças dedefesa, com o posto de Capitão-Mor.

Somente em 1631 a região da Borda do Campo voltaria a serocupada pelos beneditinos que ali fundaram a fazenda de SãoBernardo e São Caetano. As terras do planalto continuaram aser habitadas por detentores de sesmarias, por mongesBeneditinos com sua fazenda São Bernardo e muitos outros,até que em 1735, Antônio Pires Santiago, fundou uma capeladedicada a Nossa Senhora Conceição, cuja instalação se deu apedido do padre Salvador Pires Santiago, em 20 de dezembro de1736 e, por situar-se à margem da Estrada do Mar recebeu tam-bém o nome Capela da Boa Viagem, pois os viajantes nela ora-vam invocando proteção para a viajem que realizavam.Por estarsituada entre a principal vila da colônia e o litoral, onde eramdesembarcadas as provisões enviadas pela coroa Portuguesa,a região acabou por se desenvolver; uma capela, a Nossa Se-nhora da Conceição da Boa Viagem ( onde até a alguns anosatrás funcionava a empresa Villares ).

Pela resolução régia de 23 de Setembro de 1812 do alvará doMarquês de Alegrete de 21 de outubro de 1812, São Bernardofoi elevado a Freguesia (Distrito). Em 1764, o Marquês de Pom-bal, cumprindo ordens da corte Portuguesa, expulsou os fradesBeneditinos do local.

Impulsionado pelo desenvolvimento, proporcionado pelaconstrução da Estrada de Ferro São Paulo Railway Company, em1860, de origem inglesa, deu origem a diversos povoados,construídosem grande parte pó imigrantes que se fixavam nospontos de parada do trem. Em 1868 é inaugurada a estrada de fer-ro. No ano de 1877, chegam os imigrantes italianos ao território,dando origem à igreja São Caetano. Somente em 12 de março de1880, a cidade foi reconduzida a categoria de município com seunome oficial que passou a ser São Bernardo do Campo.

A lei provincial nº 38, de 12 de março de 1889, desmembrouSão Bernardo do município de São Paulo, sendo instalado o muni-cípio de São Bernardo apenas em 02 de maio de 1890, com sede na

Por Animal X

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primitiva Vila de Santo André da Borda do Campo.Em 30 de agosto de 1892, foi eleita a primeira câmara (Republicana)do município, empossada em 29 de setembro de 1892. Em 1938,por decreto do então interventor federal, Sr. Adhemar de Barros,São Bernardo foi rebaixado de sede de município a distrito trans-ferindo-se a sede para o Bairro da estação (hoje Santo André).Somente em 1944, pelo decreto estadual nº 14.344, de 30 de no-vembro, São Bernardo recupera a condição de município e sepa-rando-se do Bairro da Estação que tomara o nome de Santo André.

Embora 08 de abril de 1553, seja a data da instalação oficialda Vila de Santo André da Borda do Campo, a data convencio-nal para a comemoração da fundação de São Bernardo do Cam-po é 20 de agosto, por ser o dia dedicado a “São Bernardo”.

SÃO BERNARDO DO CAMPO - HOJELocalizada na região metropolitana de São Paulo, São

Bernardo do Campo possui 407,1 Km2 de área, correspondentea 49% de superfície total da Região do Grande ABC. Mais dametade do território municipal (52%) encontra-se em áreas deproteção aos mananciais hídricos. A represa Billings ocupa 75,82Km2 dentro do território de São Bernardo do Campo, o que re-presenta 18,6% do município.

O marco zero de São Bernardo do Campo dista 16,5Km - emlinha reta - da capital paulista. São Bernardo do Campo faz divi-sa com o município de São Paulo ao norte e a oeste. A cidadetambém faz limite com Santo André (leste), São Caetano (nor-deste), Diadema (noroeste), Cubatão e São Vicente (sul) .

A História Sobrenatural

de São Bernardo do Campo

Muito antes do homem branco aqui chegar, viviam, aqui ascriaturas das florestas e das matas, rios e lagos, e não me refiroa índios, ou animais.

Nestas terras vastas, alguns seres de Arcádia vivem sem mai-ores preocupações. A Europa, por demais exaustivas, onde já fa-dados de suas confinações, migraram muitos de seus habitantes.

Muitos ganharam novas formas, desenvolveram novos po-deres, outros, pouco conhecidos, aqui se manifestaram.

Alguns índios puderam presenciar tais seres, e de geração ageração, transmitiram suas histórias pelas tribos e aldeias, depai para filho.

Nesta terra, onde morreram os “gentios”, índios, outros nemtanto, a vida e a harmonizasse mantinham entre a natureza, ohomem, os “Espíritos da Floresta”, e o grande Panteonato Indí-gena, que variava muitas vezes, de nação para nação.

Com a chegada do homem branco, as coisas começaram a .mu-dar. Mesmo antes do suposto descobrimento, os homens bran-cos (algumas vezes mulheres) eram encontrados perambulando,pálidos, por nossas praias, abandonados à própria sorte e desti-no. A grande maioria não sobreviveu. Causas naturais....Mas comeles também vieram uns cultura de além-mar, que acabaria se tor-nando o maior genocídios da história não-catalogada do univer-so, tanto para o mundo real, como poderíamos chamara vida doshumanos, ;como para todos os seres sobrenaturais.

Muitas manifestações da Cidade de Prata sobre nossos do-mínios foram abordadas, e dissipadas com êxito. Da mesma for-ma com seres infernais, já que aqui já se havia problemas de-mais com nossos próprios Demônios.

Mas a verdadeira guerra começa quando meu amigo Tupãmirimfoi morto por uma cruel investida da Cidade de Prata a nossas

terras, já que oficialmente não existíamos para o homem branco.Terras sem dono, que produzem riquezas a cada passo do

chão, e transborda fartura e alimentando seus filhos.O troco foi rápido. Já que nada podíamos fazer aos podero-

sos da Cidade de Prata, o mesmo não tivemos que temer doshumanos a quem protegiam, e um a um fomos derrotando suagente, ora por doenças hoje chamadas “tropicais”, ora afun-dando suas embarcações.

Mas o que não sabíamos era o tamanho da ganância, tomadaspor eles, as nossas terras, que definitivamente iriam ser ocupadas,após o suposto “Descobrimento”, já que a existência já o sabia

A partir de 1500, a guerra se tornou mais intensa e contínua,mas em 1530 foi que realmente assumi meu papel de guerreiro,já que as brigas já não eram entre as tribos ou entre nossosdemônios e espíritos, mas a nossa própria existência exigia isso.

Muitos membros do Panteonato Indígena se uniram parapoder combater a invasão da Cidade de Prata. Até mesmo Tupã,Deus Inconstante, que chorou a morte de seu filho durante tan-to tempo que inundou florestas, formou rios e queimou serra-dos com seus relâmpagos.

Meu povo clamou aos deuses de suas nações: Sol, Lua,Terra, Fogo, Água, Ar e tantos outros, por uma solução, umsinal de esperança.

Foi assim que eu vim a Terra, alado em asas de chamas comoo sol, portando a beleza da Lua e a força das águas, com a resis-tência da terra, a velocidade e leveza do ar. Meu nome é Uirabaçu.

Contra os anjos da Cidade de Prata eu lutei com meus compa-nheiros, mas muitos não sobreviveram à força de seus ataques...Os índios, capturados, iam perdendo sua identidade, suas cren-ças, para ser catequizado pela fé, em nome de El Rei e da SantaIgreja, levar a palavra aos pagãos, que iam pouco a pouco sucum-bindo ante a veracidade do homem branco e sua cultura.

Perdemos forças e muitas batalhas. Nos retiramos para ou-tras localidades, a fim de buscar abrigo, proteção e força paralutar, já que o homem branco pouco podia, ou conhecia os inte-riores desta terra.

Até que em 1531, com muita força, o homem veio para ficar.As coisas ditas em livros de hoje não retratam o que ocorreu nopassado, porém, resumidamente, descreverei os fatos mais im-portantes, aqui desta cidade.

1o Momento - A Guerra CelestialEntre 1500 a 1531, vários combates ocorreram entre a Cida-

de de Prata e o panteonato indígena, muitos foram destruídos,de ambas as partes, até uma pequena trégua, quando novamen-te, outros vieram, com uma força espetacular de destruição, cha-mada HOMEM BRANCO.

Quando a esquadra de Martin Afonso, aqui chegou, trazen-do consigo os primeiros Templários fugindo da Europa e daInquisição, também trouxe consigo os primeiros Marranos (Cris-tãos Novos) para colonizar esta terra, encontrando aqui JoãoRamalho, um poderoso homem entre os Iluminados, a quempertencia a Ordem, na qual lhe incube a tarefa de descobrir no-vos pontos de energia mística; Meças, Nodos e Teichs.

João Ramalho foi rápido no que consistia a sua missão, já quese casou com uma filha da terra. Os índios lhe ensinaram muitosrituais e este os catalogou muito bem. Em troca de proteção, osíndios forneceram várias várias amostras do poder que a terra pro-vinha, como ervas, jóias, minerais, animais, e escravos.

Apoiado pelos anjos da Cidade de Prata, a luta e aprisiona-mento dos índios de aldeias rivais, se tornavam fácil.

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Onde há Anjos, Há DemôniosEntre as embarcações de colonização e comercio, juntamente

com seus clérigos a bordo, provinham também, conjuradores,excomungados, aberrações, expatriados e várias estirpes nasquais a corja humana, fora forjada durante os anos de sua per-sistência na terra.

Trouxeram consigo rituais macabros e com muita facilidade,abriram grandes portais p/ o Inferno e para Spiritum.

Em busca dos pontos de poderJoão Ramalho, funda uma vila, que oficialmente em 1553,

recebe o seu pelourinho.algumas Ordens, já haviam desembar-cado, porém ainda não se organizando. Os Templários estavamespalhados por Ordens Jesuítas, ou caçadores de índios, o quemais tarde , daria inicio as Entradas e Bandeiras.

Em 1560, apoiados pela Rosa Cruz, os franceses, insuflamos índios Carijós a atacarem a vila de J. Ramalho, a fim de tomaro poder de suas terras místicas.

Aproveitando a oportunidade, a Ordem de Tenebras, conven-ce a Mem De Sá a extinguir a província e expulsar a igreja do local.

Alguns monges beneditinos resistiam, apoiados por seuscavaleiros.

A Batalha no ArcanorumTenebras exerce grande poder na região e faz com que mui-

tas Ordens, migrem para outras localidades.Muitos acabaram por deixar suas ordens secretas em função

ao grande combate dentro do Arkanorun, ver muitas sociedadesse curvarem ante ao poder de Tenebras, fez com que um pequenogrupo fundia-se a Sagrada Ordem Celestial, que se uniria a Ordemdo Cruzeiro do Sul, que mais Tarde se chamaria Ordem Celestialdo Cruzeiro do Sul, comandados por Uirabaçu e seus aliados. Atéque em 1735, os Iluminados, aliados a O.C.C.S. (Ordem Celestialdo Cruzeiro do Sul), vencem a Ordem de Tenebras.

A Igreja, perde o poder local, e o Santo Oficio, caça os infiéis.

2o Momento - Ascensão e QuedaOficialmente, não existiu nenhum documento sobre a ação do

Santo Ofício em terras brasileiras. Porém, a caçada foi cruel e de-sumana. O homem branco, passou a interagir com as nossas “Len-das” locais, como Boitatá, o Pilão de fogo, o Curupira, e outros.

Contudo, à medida que o homem branco se fixava, trazia con-sigo seres da sua Arcádia, que acabavam por fazer contato comnossos seres sobrenaturais. Estes, foram caçados pelo homemexaustivamente, até o ponto de se tornarem realmente lendas. Foiassim que a Tríade Brujas, foi pega e queimadas vivas.

A O.C.C.S., perde poder e membros. Muitos poder e mem-bros. Muitos morrem em meio a emboscadas.

Algumas criaturas sobrenaturais, adentraram ao planalto.Os pontos de poder são fixados, em grande parte pela Igre-

ja. Muitas outras ordens se fixaram em terras brasileiras, muitaspassaram por Santo André da Borda do Campo, mas a maioriaruma para o Planalto e Interior.

Um período de Paz, novamente se estabelece. Inicia-se umagrande pesquisa mística. Alguns locais de poder foram se esta-belecendo construções que mais tarde, se tornariam, locais im-portantes, templos, etc.

Demarcando TerritóriosA posição geológica e geográfica de S.B.C., em relação ao

mar e ao planalto, e foi estratégica, muito embora, alguns cami-nhos alternativos, cruzavam o município em algum ponto, moti-vo este, que fez com que muitas criaturas buscassem refugioem meio à mata densa tropical, buscando por sua sobrevivên-cia e perpetuação da espécie.

Muito embora, a igreja e os ocultistas de plantão, dividissemmuros, essa criaturas, preferiram a não existência, a fim de nãoserem caçados, muitas vezes caçando, bem próximos ao vilarejo.

Muitos negros, aqui viventes, guardaram de sua cultura, cer-tos rituais, que lhes oferecia proteção contra, algumas, espécimesaqui presentes, muitas vezes, pagando um “tributo” ou “Despa-chos” para o “Santo”, de forma que estes não os atormentariam.

O auxílio ao ImpérioApós a construção da Casa da Marquesa de Santos, (a Casa

de Pedra) local onde D. Pedro I, mantinha seus encontros polí-ticos e amoroso; e fazendo parte de uma rota de tropeiros, ovilarejo, também abrigou parte das tropas especiais de D.PedroI, que fundou a Ordem Imperial do Cruzeiro, ordem Irmã daO.C.C.S., que foi composta por ex-membros da O.C.C.S., e servi-am de mensageiros e espiões do Imperador.

Em 07 de setembro de 1822, um mensageiro especial, vindodo Rio de Janeiro, a pedido de D. Leopoldina, fez a sua rendiçãoao alto da serra, no Posto de Tropeiros, e este se dirigiu ao en-contro de D. Pedro I, acompanhado de uma pequena escolta,incumbida de auxiliar na procura de D. Pedro e alertar a sua guar-da de elite (Os Dragões) para a possível necessidade de prote-ção de vida , ao futuro Imperador.

O desfecho todos nós conhecemos, já que a retratação aca-bou por exagerar-se, pois não havia mais do que vinte cavaleirospresentes. Pouco envolvido com a maçonaria local, a vila tornou-se um ponto de auxílio importante, que o Império poderia contar.

O Redescobrimento da RegiãoCom a construção da Estrada da Maioridade em 1846, a re-

gião desfrutou novamente da proximidade das transformaçõese inovações trazidas de fora.

Agora, algumas das ordens aqui já estabelecidas, começa-ram a investir para o progresso da cidade, até que, após algunsacordos, em 1860, iniciaram-se a construção da Estrada de Fer-ro, e com ela, a chegada de novos seres e novas Ordens.

3o e 4o MomentosA partir do ano de 1877, o governo federal desapropriou parte

das terras pertencentes aos Beneditinos, com o intuito de abrigarnestas terras, as famílias de imigrantes que chegavam ao Brasil.Estes imigrantes Instalaram-se na região formando assim o Nú-cleo Colonial de São Bernardo do Campo e deu impulso á produ-ção agrícola e serrarias. Também fez avançar a industria moveleira,uma vez que a região era rica em Madeira de Lei e marcou a cidade,até os dias de hoje, como a Cidade dos Móveis.

Acompanhando os imigrantes, chegam a São Bernardo doCampo outras Ordens e Sociedades Secretas. Estas Ordens che-gam à região para fugir dos conflitos gerados pelo ArkanumArkanorum ou para assumir os poderosos nodos e meças queali se encontRAVAM. As novas Ordens foram recebidas comforte oposição por parte das Ordens Templarias, Rosa Cruz e a

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Ordem Celestial do Cruzeiro do Sul que já haviam feito suasbases na cidade. Teve-se inicio a mais uma longa guerra secretaentre as ordens que se digladiavam pelos mais diferentes méto-dos, seja ela através de influência política, que culminou com aemancipação do município em 1889, a transferência da sede domunicípio para Santo André em 1938 e a emancipação final deSão Bernardo do Campo em 1944; ou seja, através de conflitosarmados, acobertados pelos primeiros movimentos grevistas de1902 a 1915 e o movimento Anarco-socialista, que eclodiu em1917 acompanhando a Revolução Russa e tentou trazer o co-munismo ao país. Até o ano de 1930, foram registradas mais de300 greves envolvendo anarquistas imigrantes. Embora muitostenham conseguindo vitórias em suas causas, a maioria sofreuuma forte repressão por parte do Governo da época.

Com o passar dos anos, as Ordens Secretas foram se enfra-quecendo, em virtude dos constantes conflitos. Muitas acaba-ram sendo derrotadas e expulsas da cidade. Outro fator que tam-bém trouxe o enfraquecimento das Ordens foi à destruição dosnodos pelos ataques ou pelo avanço do progresso: A constru-ção da Represa Billings em 1920, alagou uma imensa área ondeexistia um nodo muito poderoso. Esta área passou a pertenceraos Magos Atlantes os verdadeiros responsáveis pela cons-trução da represa. A construção da Via Anchieta em 1947 e aRodovia dos Imigrantes em 1970, desmatou grandes áreas, le-vando consigo, muitas fontes de poder.

Na década de 50, novas industrias, e em especial as auto-mobilísticas, vêm se instalar se no município e atraiu uma mãode obra migrante de varias partes do país. Mesclados aosmigrantes, antigas Ordens tentam retornar a cidade, porem ha-bilmente , boa parte do fluxo de migrantes foi transferido paraSão Paulo, levando com eles boa parte destas ordens e maisalgumas outras que ainda se encontravam na cidade.

Em 1970, a cidade torna-se novamente palco das atividadestrabalhistas, iniciada com a célebre greve da Saab-Scania. Estagreve foi o estopim de uma quase guerra civil envolvendo ostrabalhadores e a policia, nesta e nas greves subseqüentes queestouraram em todo o Grande ABC e Grande São Paulo. Parale-lamente, as Ordens estavam envolvidas em outra atividade: aprocura dos Despertos. A crise gerada pelo movimento foi res-ponsável pelo desaparecimento das pistas que levariam aosdespertos.Também foi através dela que surge o Sindicato dosMetalúrgicos do ABC e a fundação de um grande partido deEsquerda.Este movimento foi a ultima ação de destaque envol-vendo as Ordens Secretas, o Arkanum Arkanorum e os Seresde Arcádia. Desde então, São Bernardo do Campo vive umaépoca de grande desenvolvimento, embora este seja acobertadopelo crescimento econômico e social da Grande São Paulo. Hou-ve, muitas outras crises e eventos importantes na cidade, masse existiu ou não alguma interferência por partes das OrdensSecretas isto ainda é um mistério.

Atualmente, São Bernardo do Campo não goza de grandeprestigio político e econômico. As empresas estão se retirandopara outros estados e interior do estado, evidenciando o poderdos sindicatos e a não participação do município na guerra fiscal.

Alguns NPCsJessy Crow : Idade 25; Alt. 1,70m; Peso 65Kg; Olhos : Cast.

Escuro; Cabelos: pretos longos; pele: branca.; Ocupação: Advogada.FOR12;CON15;DEX15;AGI11;INT15;WILL12.PER13;CAR12Nível : 5º; PV18; Perícia [425]; Aprim.[7]

Maria Regina S. : Idade 35; Alt. 1,72m; Peso 60Kg; Olhos :Azuis; Cabelos: pretos curtos; pele: branca.

FOR11;CON11;DEX12;AGI12;INT16;WILL14.PER16;CAR15Nível : 7º; PV18; Perícia [280]; Aprim.[10(-3)]Formas: Entender :2; Criar : 2; Controlar: 2 – Caminhos: Hu-

manos3; Luz1; Spirutum1

Felipe Fazanelli (Bispo): Idade 44; Alt. 1,80m; Peso 92Kg;Olhos : verde claro; Cabelos: Ruivos longos; pele: branca.; Ocu-pação: Advogada.

FOR13;CON13;DEX14;AGI12;INT15;WILL14.PER13;CAR13Nível : 7º; PV20; Perícia [665]; Aprim.[10(-3)]

José Jeremihas Di Anjgelus : Idade 200; Alt. 1,90m; Peso87Kg; Olhos : Cinza; Cabelos: Prateados longos; pele: parda.;Ocupação: Engenheiro Mecânico.

FOR13;CON14;DEX15;AGI12;INT14;WILL12.PER13;CAR16Nível : 9º; PV:23; Perícia [2150]; Aprim.[11(-3)]Formas: Entender :2; Criar : 2; Controlar: 2 – Caminhos: Hu-

manos1; Luz4; Fogo2; Metamagia2

Azharrel: Idade 201; Alt. 1,92m; Peso 80Kg; Olhos : Cinza Cla-ro; Cabelos: Cast. Claro longos; pele: parda.; Ocupação: Diácono.

FOR12;CON13;DEX12;AGI13;INT17;WILL18.PER13;CAR11Nível : 9º; PV:22; Perícia [2165]; Aprim.[11(-3)]Formas: Entender :2; Criar : 2; Controlar: 2 – Caminhos: Hu-

manos1; Luz1; Fogo4; Spiritum1; Terra1

Antonio Simões e Silva (Uirabaçu): Idade 831; Alt. 1,92m;Peso 86Kg; Olhos : Verdes; Cabelos: Preto Curto; pele: verme-lha.; Ocupação: Empresário [Proprietário de Livraria].

FOR12;CON18;DEX12;AGI15;INT12;WILL17.PER14;CAR15Nível : 15º; PV:30; Perícia [8510]; Aprim.[13(-3)]Formas: Entender :2; Criar : 2; Controlar: 2 – Caminhos: Huma-

nos2; Luz2; Fogo4; Ar2; Terra2; Plantas2; Animais2; Spiritum2

Dionísio Camilo de Oliveira: Idade 45; Alt. 1,82m; Peso75Kg; Olhos : Castanhos; Cabelos: Preto Curto; pele: branca.

FOR11; CON11;DEX11; AGI10;INT20; WILL14; PER15; CAR15Nível : 7º; PV:18; Perícia [700]; Aprim.[7]

Cláudia Assis: Idade 28; Alt. 1,75m; Peso 70Kg; Olhos : Cas-tanho Claro; Cabelos: Preto Longo; pele: branca.

FOR13; CON14; DEX12; AGI14;INT15; WILL11; PER12; CAR10Nível : 1º; PV:15; Perícia [355]; Aprim.[8(-3)]Formas: Entender :1; Criar : 1; Controlar: 1 – Caminhos: Plan-

tas1; Animais1

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A Ordem Celestial do Cruzeiro do Sul

Fundação: 1571 aproximadamenteÁrea de atuação: América Latina, ParadísiaBase: São Bernardo do CampoPersonalidades: Uirabaçu, Azharrel, D. Pedro IBackground: Com a extinção dos Cavaleiros templários, e a

perseguição imposta pela Inquisição a qualquer coisa que ti-vesse ligação com o sobrenatural, muitos magos pesquisado-res, alquimistas, ex-cavaleiros, se ocultaram em seus estudosmuitas vazes, mudando de reinos, países ou continentes.

Criada a partir da fusão de duas Ordens: A Sagrada OrdemCelestial , uma antiga Ordem de paladinos e cavaleiros de ori-gem Luso-Espânica, e a Ordem do Cruzeiro do Sul, fundada pormagos e religiosos caçados pela inquisição e degredados parao Brasil, deu origem a uma nova ordem : Ordem Celestial doCruzeiro do Sul.

Organizada por Uirabaçu, para combater primeiramente a inva-são do Homem Branco, e posteriormente o mau que com ele veio.

Em sua composição inicial, e a Ordem disponha dos seguinteselementos: Magos Atlantes, A Casa de Chronos, Marranos, a Or-dem de Avis, os Cavaleiros da Soberana Ordem Militar de Malta;Ordem de Paládios, negros e índios, Bardos e Wiccas. Após oconflito com a Ordem de Tenebras, muitos membros foram perdi-dos e a Ordem perde força e homens, e só volta a crescer após acriação da sua Ordem irmã, a Ordem do Cruzeiro, por D. Pedro I.

Característica: O estudo e a convivência do sobrenatural ea natureza são a fonte da Ordem e a convivência pacífica entreas espécies é um elemento de sua essência.

Atualmente seus membros são formados por membros bri-lhantes e pessoas com dons sobrenaturais e ou psíquicos.

Em reuniões comuns, facilmente, pode-se confundir com umafesta, já que estão em volta em cantos , frutas, danças, etc, quefazem parte de rituais apenas de 4 a 6 vezes ao ano (de acordocom as Estações, Solstícios e alinhamentos planetários) elesutilizam suas vestes de acordo com os graus que ocupam.

Graus: São divididos em dez graus e dois hemisférios círculos.

1º Hemisfério Exterior (Círculo de Prata)1ºG. Irmão iniciado ou Irmão pesquisador: usa uma capa bran-

ca com gorro.2°G. Irmão do Círculo: usa uma capa branca com uma faixa

prateada na borda do gorro.3ºG. Irmão de hemisfério: usa uma espécie de túnica branca

com gorro e mangas com bordas prateadas.4ºG. Contra-Mestre de hemisfério: Usa uma túnica azul ce-

leste e uma capa com gorro com borda prateada, o fecho dacapa é um pequeno cruzeiro dentro de um sol.

5ºG. Mestre ou hemisfério exterior ou 1ºguardião deprata:assim como o contra-mestre, veste as mesmas roupas,porém utiliza em sua túnica um símbolo muito parecido com doinfinito em prateado ao peito. Possui também braceletes pratacom inscritos, uma adaga e uma espada bastarda.

2º Hemisfério Interior (Círculo de Ouro)6ºG. Irmão Celeste ou 1º guardião de ouro: usa uma roupa

toda azul celeste, e por cima uma capa branca com gorro, utilizabraceletes dourados , adaga e uma espada bastarda.

7ºG. Orador celeste ou 2º guardião de ouro: Este círculo é formadopor religiosos, Xamãs, curandeiros e médicos. Muitas vezes é comumque membros pulem do 6ºG para o 8ºG, usam vestes especiais pararituais de oração e cura, ornado com uma tiara ou cocar dourado.

8ºG. Defensor celeste do Cruzeiro ou 3º guardião de ouro:Neste círculo, os humanos recebem um cajado de madeira

de Lei, ornado em uma das pontes um símbolo de infinito comduas setas que convergem ao centro totalmente de ouro e entreo primeiro círculo o Sol com a lua em 4ºminguante prateada ins-crita a ele, e no outro círculo, a cruz de Caravaca em prata. Sus-tentando o símbolo uma lança de pirâmide tripartida com basepedrejada com jóias brasileiras, transando o cajado uma combi-nação de tiras de couro e fitas de cipó ornamentadas compenachos de pássaros e em outra extremidade uma esfera dou-rada de 40mm com um guizo.

Veste roupas azuis celestes, uma mantilha como os templáriosusavam, branca com o símbolo da ordem no peito e uma capavermelha escarlate com bordas douradas com runas inscritas.

9ºG. Mestre do Cruzeiro do Sul:> assim como no 8ºG, a dife-rença em suas vestes é uma cota de malha dourada que vestepor debaixo da mantilha, uma tiara ou cocar e braceletes doura-dos, recebe também um arco longo composto e troca sua espa-da bastarda que deve ser entregue a um mestre do hemisférioexterior e recebe uma espada larga com inscrições.

10ºG. Grão Mestre do Cruzeiro do Sul: utiliza um cocar oucoroa, ornado em couro, pedrarias ou penas. Recebe uma alian-ça que colocará no polegar direito e um anel com o sino da or-dem para ser colocado no dedo mínimo esquerdo.

Assim como no 9ºG., utiliza as mesmas vestes a armas e re-cebe agora em seu cajado no lugar da esfera com guizo, umadragonlance serrilhada, e no lugar do arco, um escudo.

CLUBE DE CAÇAEste clube foi criado recentemente por dois membros e tem

como objetivo a caça de vampiros que venham a existir na re-gião do grande ABC. Também tem o objetivo de criar uma basepara a Ordem de São Leopoldo no Brasil e a formação de umcentro de treinamento para caçadores, além de transformar aregião em uma área livre de vampiros. Por enquanto, a principalárea de atuação do grupo vem sendo as cidades de Santo Andrée São Bernardo do Campo. O clube possui regras bem definidasde conduta, as quais todos os membros terão que respeitar. Oduro treinamento inclui táticas de combate, técnicas de artesmarciais e a especialização em vários tipos de armas de fogo earmas brancas, transformando estes caçadores em verdadeirasmaquinas de guerra na caça aos vampiros.

Atualmente o clube se instalou na cidade de Santo André ondecompraram um antigo bar chamado de CHOPPIRATA e batizadospelos novos freqüentadores de PIRATARIAS BAR CLUB sendousado como uma fachada para esconder as verdadeiras ações dogrupo, dos quais seus lideres são Adriano “JAPONÊS” Sintate eWalter “HAND” Quiny e outro caçador que veio com eles para oBrasil mas ninguém sabe nada sobre esse caçador.

EstruturaSendo ele um grupo bastante novo de caçadores eles possuem

uma estrutura bastante rígida com a questão de liderança sendo elaparecida como a dos templários da Sociedade de São Leopoldo.

· GRÃ MESTRE: ?· TEMPLÁRIO 1, TEMPLÁRIO 2· CAVALEIROS: ATÉ 4· CADETES: ATÉ 7· ESCOLHIDOS: QUANTOS QUISEREM

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E sempre que um novo caçador quiser pertencer ao clubeterá de passar por um teste e vigiado por um certo período detempo até que possa participar das reuniões do clube.

Regras1º Não divulgar o clube de caça a outros humanos que não

saibam da existência de vampiros ou outros seres sobrenaturais.2º Se matar um vampiro ou qualquer outro ser prove.3º Se houver humanos por perto (mortais que não saibam da

existência de vampiros) não lute leve a luta para outro local.4º Se um membro do clube de caça for mordido por um vam-

piro mate os dois.5º Não usar telefones celulares e telefones residenciais para

contatar os membros do clube nem tratar sobre assuntos quedizem respeito sobre os caçadores, todos os telefones podemestar grampeados.

6º Respeito e lealdade aos seus superiores eles podem ser asua salvação.

7º Se um membro do clube for um vampiro informe aos seussuperiores imediatamente

8º Em caso de traição comprovada por parte do membro doclube NEM DEUS TE SALVA.

9º Nunca faça suas caçadas sozinhos e se possível às caça-das devem ser realizadas durante o dia

10º Boa sorte e boa caçada.

Estrutura InternaGRÃ MESTRE: É o posto mais alto do clube, ele é líder do

clube de caça, nenhuma caçada é realizada sem a sua autorização,ele também é responsável pelo julgamento dos infratores do gru-po, e também é responsável por mandar relatórios mensais dasatividades do grupo, raramente o grã mestre aparece ajuda os ca-çadores fisicamente sendo apenas chamado quando o estado dogrupo for critico na qual mais ninguém do clube possa resolver.

TEMPLÁRIOS 1 E 2: Abaixo do grão mestre vem os doiscaçadores mais experientes do grupo, eles servem de porta vo-zes do grão mestre e os segundos em comandos do clube sen-do eles também responsáveis pelos atos dos cavaleiros que sãoescolhidos por eles próprios e cada um é responsável pelas duasprincipais equipes do clube e manter o grupo com equipamen-tos e testar novos equipamentos.

CAVALEIROS: Eles são responsáveis em conduzir e orga-nizar pequenas missões onde não são necessárias, as presen-ças dos templários, e também são responsáveis pelos cadetes efornecerem informações para o resto do clube e são responsá-veis pelo treinamento dos novos escolhidos.

CADETES: Estes são os verdadeiros agentes de campo sãoeles quem conduzem as investigações mantendo sempre os cava-leiros informados para que as melhores medidas sejam tomadas.

ESCOLHIDOS: São os novos recrutas ou que são manda-dos por outros clubes de caça e estão em fazes de testes pelogrupo ou são novos caçadores que possuem pouca experiên-cia e irão passar pelo treinamento dos cavaleiros.

O clube de caça do grande ABC se divide em duas grandesequipes, a equipe Biohazard liderado pelo japonês, e a equipeOmega negro liderado pelo Hand, abaixo iremos explicar cadauma das equipes.

BIOHAZARD: É a equipe responsável pela execução das mis-sões onde envolvam a destruição de vampiros e a segurança dosmembros e a segurança do clube, resumidamente esta equipe é a

tropa de elite responsável pelo trabalho sujo do clube. Eles sãotreinados em varias técnicas de luta e de armamentos de todos ostipos, e entre os membros desta equipe existe um pequeno rankingonde os caçadores podem expor seus feitos e aonde podem con-tar vantagens uns sobre os outros, esta equipe é liderada pelojaponês e a sua participação é a de liderança e a participação devarias nas missões de grande e médio porte.

OMEGA NEGRO: É a equipe responsável pela execução deestratégias, recolhimento de informações, e ocultar provas so-bre a existência do clube e a parte burocrática do clube e ape-nas os membros mais inteligentes e que possuem ótimas afini-dades para a burocracia e que não gosta muito de participar dasmissões com a equipe biohazard integram esta equipe sendoeles treinados em computação, estratégias militares, e espiona-gem, o líder desta equipe é o Hand sendo que esta freqüente emtodas as missões e esta fiscalizando todos os membros de suaequipe. Das duas equipes esta é a mais organizada.

Algumas lendas locais:A Mulher de Branco: – Conta-se a respeito de uma mulher

que morrera queimada, em um incêndio em um imenso casarão nasmargens da represa, hoje bairro do Riacho Grande. Alguns dizem,que seu marido em uma crise de ciúmes, ateou fogo na própriacasa, trancando sua esposa, após ter matado seu amante.

Outros, dizem que uma mulher com problemas mentais viviana casa, e ao ver um sinal de incêndio, correu para casa paratentar retirar sua filha, ainda criança que dormia, acabou fican-do presa e morreu queimada dentro da casa.

Existe uma terceira vertente que supõe que a tal mulher, sur-preenderia o marido e o amante, matando-os friamente, tomadapelo remorso, trancou-se na casa e ateou fogo em tudo.Às vezesem noite de lua cheia, podem-se ouvir canções de lamento, vindoda casa, e outras vezes você pode ser surpreendido por uma figu-ra feminina toda de branco circulando pelos escombros.

A Múmia do Índio da Represa: – Supostamente um xamã foicaçado até que encurralado na represa, acabou por morrer afo-gado por seus algozes. Porem seu corpo foi mumificado, em umprocesso desconhecido, e foi jogado novamente á represa.

Diz-se a respeito que sempre que um jovem rapaz, branco,assim como os antigos algozes, nada nesta região onde se en-contra o corpo mumificado, acabam por morrer afogado, e seucorpo, normalmente, não é encontrado.

A Donzela da SABESP: – uma bela jovem, donzela, branca ede longos cabelos negros, seduzida por um homem, jovem e forte,fora estuprada e morta afogada. Seu corpo só foi encontrado umasemana após sua morte, em uma das turbinas de sucção e filtragemde água da plataforma da sabesp no Riacho Grande.

Não é comum o caso de afogamento de jovens fortes esedios, naquela região...

A mulher da unha: – Um mito infantil, assim como o homemdo saco. Uma mulher de nome Ritta, teria unhas como as do Zédo Caixão. Alguns incrementam a lenda dizendo que tem olhoscomo os gatos, e em noite de lua cheia, lua língua parece com ade uma serpente.

O Homem do Saco: – cuidado crianças, sejam boazinhas, oseste homem estranho vai pegar você na rua, colocar em seu sacogrande, velho e sujo, e te levará embora, e nunca mais vai verseus familiares.

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São Luis - MA

HISTÓRIA:São Luís possui quase 400 anos de existência. Fundada em

8 de setembro de 1612 por Daniel de La Touche, senhor de LaRavardiére, com o objetivo de estabelecer aqui a FrançaEquinocial – um posto avançado de comércio e permutação demanufaturas. Em pouco tempo, uma expedição comandada peloportuguês Jerônimo de Albuquerque chegou a expulsar a frotacomandada pelo francês, e conseguiram se apossar das terrasludovisences para o reino. Logo, Upaon Açu (Ilha Grande), comoera conhecida a ilha de São Luís pelos índios Tupinambás, foicolonizada em nome da coroa de Portugal.

A ilha de São Luís, caracterizada por um porto fluvial e maríti-mo, desempenhou durante o período áureo da produção de algo-dão e arroz, o papel de centro agrário, comercial e exportador degrande importância para a economia do Brasil-colônia e Império.

Algumas concepções urbanas e arquitetônicas que identifi-caram a cidade nessa época: como as ruas estreitas e aladeiradasque desembocam em becos ou praças, calçamentos em pé-de-moleque, sobrados nos quais se destacam aqueles com mirantesdecorados, interna e externamente, com azulejos policromados deorigem européia, ou provenientes da colônia asiáticas do reino dePortugal, como Macal. Estas peculiaridades decorativas tornarama cidade conhecida como Cidade dos Azulejos.

Graças aos portugueses e ao rico acervo arquitetônico queergueram, o maior e mais homogêneo da América Latina, queSão Luís teve seu valor reconhecido mundialmente ao receberda UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educa-ção, Ciência e Cultura, o título de Patrimônio Histórico da Hu-manidade, no fim de 1997.

SOBRENATURAL:Insidioso cultista de Hynaryetotep, uma entidade

extraplanar, Daniel de La Touche tinha como real objetivo, comoele conseguiu atingir, de estabelecer um portal espaço-dimensional para que a Inominável Criatura fosse incorporadaà essência da ilha.

Jerônimo de Albuquerque era um Sagrado Cavaleiro da Or-dem do Templo de Salomão, que logrou êxito em expulsar Danielde La Touche da cidade.

No principal e decisivo confronto entre portugueses e fran-ceses, travado em 19 de novembro de 1614, diante do Forte deSanta Maria de Guaxenduba, já se tornava evidente a derrotados lusitanos, por sua inferioridade numérica em homens, ar-mas e munições. Apesar de lutarem, iam-se arrefecendo os âni-mos dos soldados de Jerônimo de Albuquerque.

Mas eis que surge entre eles uma formosa mulher em aura res-plandecente. Ao contato de suas mãos milagrosas, transforma-sea areia em pólvora e os seixos em projéteis. Revigorados moral-mente e providos das munições que lhes estavam faltando, osportugueses impuseram severa derrota aos invasores, que maisnada puderam fazer a não ser optar pela rendição.Em memória deste feito, foi a Virgem aclamada padroeira da cidadede São Luís do Maranhão, sobre a invocação de Nossa Senhorada Vitória. Entretanto, Jerônimo de Albuquerque era ignorante aosreais objetivos de Daniel de La Touche, visto que ele achou que otinha detido de cometer algo que acabou não se realizando. Porém

a entidade foi invocada, mas se encontrava em estado latente, ador-mecida na forma da ilha. O que era um aviso dos índios (UpaonAçu), foi interpretado por Jerônimo de Albuquerque como sendoapenas uma invencionice dos selvagens.

Esse estágio de latência fez com que as linhas de teiches dailha literalmente enlouquecessem. Há momentos que existe umgrande fluxo de magia em uma certa região, para depois desapa-recer quase que instantaneamente.

Por muito tempo, apenas a Ordem do Templo de Salomão sefazia presente na Ilha de São Luís, com o objetivo puro e sim-ples de extração de matéria prima para ser enviada à coroa por-tuguesa. Com o crescimento da economia no que se referiria àprodução agrícola (algodão e arroz). Outras ordens se interes-saram em ter a suas fontes de rendas ampliadas usando SãoLuís para isso. Logo mais tarde, com o passar do tempo, a Casade Chronos (em 1745) e a Rosa Cruzes (no fim do século XIX)vieram para a ilha, formando assim, juntamente com osTemplários o Arcanum Arcanorum da cidade.

Com o passar dos anos, o A.: A.: notou a presença marcantede espíritos na capital e no interior, uma gama de criaturas so-brenaturais. Os que não foram destruídos pelos paranóicosTemplários (que exerciam muita influência no A.: A.:), foram pre-viamente “convertidos” a seguir as regras da GrandeFraternidade Branca.

Mas isso não impediu que alguns vampiros e demônios sefizessem presentes na formação da cidade. Existem hoje 2 vam-piros e alguns demônios na cidade, mas não estão afiliados aoA.: A.:. Seus métodos dissimulativos e capacidadescamaleônicas fazem com que não sejam encontrados nada alémde seus vestígios de rituais por onde passam.

Há, no entanto, presença marcante de entidades do plano deSpiritum na ilha. É teorizado pelos Rosa Cruzes que, isso é devidoàs linhas randômicas de magia, as quais favorecem um contatomais tênue entre essas realidades, já que a película entre o mundodos mortos e o dos vivos se torna mais fraca na cidade, principal-mente em época de festas juninas e no carnaval.

O ARKANUN ARCANORUM:O A:. A:. de São Luís reúne os magos mais importantes

das três casas de magia de maior influência na cidade: aOrdem de Salomão, a Casa de Chronos e a Ordem Rosa Cruz.A Grande Fraternidade Branca é composta por 80 membrosdistribuídos nessas cabalas.

O Arcanorum instalou-se na cidade pouco após a sua fun-dação, sendo os Templários os primeiros a chegarem, na tenta-tiva de defender esse local de Daniel de La Touche, mas a or-dem mostrou inapetência na defesa do Selo a alguns meses atrás,quando novos cultistas tentaram reativar um ritual para surgirnesse plano o Deus-demônio Hynaryetotep.

O A:. A:., outrora formado por velhos rabugentos e cadu-cos, preocupados em apenas angariar bens materiais por meioda maçonaria e outras sociedades agora despertara para a suareal importância: a proteção de São Luís — uma entidadeextraplanar latente. O A:.A:. agora busca reciclar os seus co-nhecimentos para combater as forças que ameaçam a essa reali-dade usando a cidade e suas linhas de teiches randômicas paraquebrar a ordem da Roda dos Mundos.

Por Christiano Batista Mesquita (Arzzak de Gamorra)e Regina Carneiro (Trix)

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OS DIÁCONOS:Normalmente as reuniões do A:. A:. ocorrem no sábado a

cada fim de mês atualmente. Tem-se o hábito de se escolher oTeatro Arthur Azevedo, a Igreja da Sé (lar da belíssima TronosVitória), ou a sede da OAB como base para as suas reuniões.Costumam-se a usar roupas finas com símbolos das Ordens paraos magos convidados. Os Diáconos usam mantos pesados comcapuzes. Também recebem denominações tal qual o grau de im-portância das peças de um tabuleiro de xadrez, onde negro épara os homens e branco para as mulheres.

São os Diáconos: Diácono Superior (Rei Branco), Diáconodo Leste (Rainha Negra), Diáconos do Sul (Bispo Negro e Bis-po Branco), Diácono do Oeste (Cavalo Negro), Diáconos doNorte (Torre Negra e Torre Branca), Diácono Inferior (Peão Ne-gro). Isso pode confundir no começo mas logo os membrosconseguem identificar os representantes e o selo que cada umrepresenta facilmente.

Os Diáconos são:Diácono Superior(Rei Branco):Marília Lobo Dantas (Ordem da Rosa Cruz);Diácono do Leste(Rainha Negra):Alberto Luís Marques dos Santos (Ordem de Salomão);Diácono do Sul(Bispo Negro e Bispo Branco):Luiz Bresciani de Fontan (Casa de Choros) e Adriana

Fagundes Oliveira (Ordem da Rosa Cruz);Diácono do Oeste(Cavalo Negro):Babalorichá Sebastião Olhos de Santo (Candoblecista);Diácono do Norte(Torre Negra e Torre Branca):Hee Moon Jô (Casa de Chronos) e Inajá Oliveira de Borba

(Ordem de Salomão);Diácono Inferior (Peão Negro):Trengelawgrassistaw (Bicho-Terra);Conselheira (Vitória - Anjo Tronos)

ACÓLITOS:Uma nova maneira de organização do A.: A.: vê-se em São

Luís. Os antigos Templários não se sentem confortáveis a ela,já que se prendem em uma teia de teimosia paranóica, onde é,segundo eles, mais fácil de delegar a um comandado uma tarefae, se houver falha, fica mais fácil também de culpá-lo. No entan-to, com a administração do Selo da cidade pelos Rosacruzes,estipulou-se a função de Acólitos dos Diáconos.

Acólitos são membros em treinamento do A.: A.: para missõesde investigação, espionagem e confronto. Cada Diácono tem sobseu comando cerca de 2 a 6 Círculos de Acólitos, que podem ounão ser da mesma cabala. Essa interatividade, segundo a atuallíder do A.: A.: local, serve para cada novo membro conhecer eidentificar defeitos e qualidades dos outros membros do círculo,podendo assim garantir a hegemonia do Selo. Obviamente, o Tem-plo de Salomão não suportará isso por muito tempo...

Hoje em dia, apenas existem dois grupos de acólitos forma-dos em São luís, pois essa é uma iniciativa muito recente e ain-da em fase de experimentação. Claro que ß PAREI AQUI!!!

São os Acólitos:Acólitos do Superior:Fernando M. Fiquene – representante da OTO. Não possui

poderes místicos. É empresário, mas suspeita-se de seuenvolvimento no narcotráfico.

Maria Magdalena Sousa - da casa de Chronos. É artistamultimídia e Lésbica viciada em crack. É especialista no cami-nho da Luz e dos Humanos.

“Seu” Tico –Soldado militar do tempo da ditadura, hoje nãopassa de um bêbado maltrapilho. Sensitivo quando ébrio e ca-paz de ver auras quando sóbrio.

Thiago João Cruz – pode ser a nova Fechadura. Tem 15 anos epossui um altíssimo desenvolvimento no caminho Spiritum, mes-mo sem treinamento. A Ordem da Rosa-cruz o tomou como pupilo.

Acólitos do Leste:Pe. Aluízio Lima – Padre Exorcista – Responsável pela Igreja

do Pq. Shalon. Perdeu a irmã em um ritual satânico orquestradopor m famoso político local.;

Hiei Nanakase – Mestre do Fogo e único sobrevivente de umaCabala Oriental massacrada. Existem dois demônios que brigampor sua alma digladiando-se nas ruas escuras de São Luís ;

Illa Dantés – jornalista, pesquisadora da Rosa Cruz e caça-dora de vampiros. Linda e sedutora, é capaz de conseguir qual-quer coisa com uma cruzada de pernas;

Melvin Mun Há – Templário atormentado pelos fantasmasde seus pais e com tendências sociopatas. É especialista nocaminho da água;

Dr. Paulo Borges – Agente Especial da Polícia Federal, es-pecialista em casos de assassinatos envolvendo tramas sobre-naturais. Não possui nenhum poder místico.

Os outros postos de acólitos estão sendo assumidos recen-temente, o que não é possível catalogar ainda. Mas existem in-dícios de um circulo de acólitos formados para representar ocavalo negro possui poder o suficiente para mudar a liderançao Arcanum Arcanorum atual.

ANJOS E DEMÔNIOS:A atividade demoníaca é furtiva, enquanto a angelical é pra-

ticamente desapercebida. Devem existir 3 ou 4 anjos Recíperesprotegendo mortais além da Tronos Vitória, mas há uma gamade rituais satânicos que se espalharam pela cidade nos últimos15 anos. Muito que é divulgado acaba tomando ares de fraude,graças às intervenções dos membros do Arcanum Arcanorum.Porém existem muito mais coisas escondidas pelo véu da noite:Espectros e Hordas são os tipos de demônios mais comuns.Mas pode haver até mesmo uma sucubbi nas redondezas...

VAMPIROS:São apenas dois vampiros, de duas raças distintas existindo

em todo o Maranhão. E eles se encontram de residência firmadaem São Luís. São uma Lamiai e um Strigoi em todo o Estado atu-ando nas mais diferentes áreas. A Lamiai Kevônnia age nosubmundo usando sua influência na aquisição e administraçãode pornografia infantil, drogas, prostituição e assassinatos, en-quanto o Strigoi Evannel age no meio místico, preferindo o tráficode mana, troca de influências e aquisição de objetos mágicos.

OUTROS SERES MÍSTICOS:Há a possibilidade de se deparar com outras criaturas sobre-

naturais. anjos e demônios poderiam ser os mais comuns, mas nãosão. As linhas de teiches randômicas impossibilitam o fluxo nor-mal de magia, e conseqüentemente, a conjuração de criaturas des-ses planos nessa realidade. No entanto os seres das lendas brasi-leiras, bem como criaturas da mitologia junina e carnavalesca, po-dem ser encontradas nos becos e arredores da cidade, principal-mente na época dessas festas. Trengelawgrassistaw é evasivoquanto a qualquer comentário que envolva esses seres. Segundoos estudiosos do A.: A.:, essas criaturas são nativas de uma re-gião desconhecida de Arcádia, ou são manifestações da forma-pensamento dos habitantes de São Luís, influenciados pelas li-nhas desconexas de teiches.

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Segue abaixo a descrição das criaturas místicas mais conhe-cidas de São Luís que só aparecem com maior freqüência devi-do às barreiras entre as dimensões ficarem mais fracas nessaépoca do ano:

O Bicho-TerraO bicho-terra tem aparência humanóide, possui um crânio em

formato de triângulo, olhos grandes e angulares, variando a colo-ração destes do preto ao vermelho. Possuem também uma espéciede pelagem seca, parecida com palha, nas extremidades nos ante-braços, pernas e tórax. Vivem em comunidades de 5 a 20 indivídu-os e comunicam-se por meio de gritos e por batidas de percussão.

São alegres e festeiros. Aparecem com freqüência nas ruasescuras e becos mal iluminados da cidade para comemoraremcom os ludovisences e turistas as festas carnavalescas.

Os bichos-terra possuem poderes camaleônicos e são tam-bém capazes de influenciar uma pequena multidão com suasbatidas ritmadas a dançarem sem se cansar.

O Boi:O Boi é uma criatura espiritual que é a representação da for-

ma-pensamento de uma lenda local.Conta-se que quando a negra Catirina estava gestante, esta

pediu a seu marido, o Pai Fransisco, que arrancasse a língua doBoi de seu patrão e servisse para ela.

Mesmo temendo o seu amo, Pai Francisco assim o fez, poisamava a sua consorte. No entanto, o dono do boi descobriu oocorrido e, mandou surrá-lo.

Entretanto o Cazumbá, um espírito indígena, interveio pararessuscitar o boi, já que o ato de pai Francisco foi honroso, e oamo também ansiava de ter seu animal vivo.

Foi a partir dessa lenda que surgiu a brincadeira do Bumba-meu-boi, onde se comemora a ressuceição do animal. os Vaquei-ros, os Cablocos de Fita, os Índios, o Cazumbá e os protagonis-tas da lenda (Catirina e Pai Francisco), são conhecidos como oBatalhão do Boi: entidades também geradas por essência deforma pensamento que figuram na lenda.

Essa lenda é tão forte na cidade que, auxiliadas pelas linhasde teiches randômicas, fez surgir um semiplano onde existemtanto o Boi e seu Batalhão, criaturas típicas dos festejos juninosda capital, bem como os Bicho Terra, sendo Trengelawgrassistawo representante dessas criaturas no Arcanum Arcanorum.

A FECHADURAPor sorte dos habitantes da ilha, o ritual de conjuração de

Hynaryetotep não foi concluído, mas não é apenas isso queimpede a vinda do Insidioso Caos a essa realidade. De vinte emvinte anos nasce alguém na ilha com um poder único, que tam-bém é uma maldição.

Essa pessoa é um nexus entre as realidades. Seu corpo ealma funcionam com o intuito de impedir que Hynaryetotep in-gresse nesse plano. É um fardo pesadíssimo carregar esse es-tigma, pois nem sempre a sanidade do portador desse poder,chamado de Fechadura, é mantida.

Quando o Arcanum Arcanorum tinha sua formação antiga, elesnão tinham conhecimento da existência desse tipo de pessoa. Foi,ironicamente, com o reaparecimento do culto a Hynaryetotep queobtiveram valiosas informações a esse respeito.

Nos dias de hoje, a Casa de Chronos é responsável porrastrear possíveis Fechaduras. A atual Fechadura se encontraenclausurada em uma das casas da Ordem, suspensa entre cor-rentes de realidades e, auxiliada por poderosos rituais, tentan-do resistir ao poder da entidade extraplanar.

OS CULTISTASPerdidos durante anos, os manuscritos de Daniel de La

Touche, bem como as anotações sobre os rituais de conjuraçãoda Besta Infinita foram encontradas em uma escavação ofereci-da pelo Departamento de História da Universidade Federal doMaranhão em um sítio arqueológico em Codó, cidade do interi-or do estado do Maranhão, a quinze anos atrás.

Os objetos foram mantidos em uma exposição no departamen-to de História da Universidade Federal do Maranhão durante al-guns anos. Um dia, quando o médico legista Hélio Lopes dormiadurante seu plantão no Instituto Medico legal, teve um sonho.

Os tentáculos psiônicos de Hynaryetotep conseguiram rom-per por um breve período de tempo a barreira de latência e enviouao médico legista um sonho doentio e perturbador, que custou aconsciência deste. Nele, o Insidioso Caos em pessoa aparecia aHélio Lopes, indicando os seus objetivos, revelando os seus se-gredos arcanos e concedendo a ele o poder do VAJRA.

Não demorou muito para que Hélio arrematasse para si osobjetos encontrados pelas escavações do Departamento deHistória. A reitoria da UFMA abriu uma sindicância, mas nãoconseguiram incriminar ninguém.

Depois de alguns anos utilizados para decifrar o conteúdodos manuscritos de invocação e de conjuração das crias daBesta Infinita, finalmente Hélio consegue, através de um dis-creto clube de leitura que se reunia na biblioteca da universida-de, fechar o seu secto de cultistas que buscam desesperada-mente a invocação do Insidioso Caos nesse plano.

Seduzidos pelas promessas de poder, de vida eterna e darealização de todos os seus desejos mais doentios, os membrosdo secto de cultistas de Hynaryetotep travam hoje uma batalhasecreta com o Arcanum Arcanorum.

Por muito pouco a Grande Fraternidade Branca já esteve bemperto de destruir o culto. No entanto, seus membros são maisfurtivos que o mais experiente demônio que pisa nessas terras.São capazes de, se abordados pelo Arcanorum, negar qualquerenvolvimento com o culto à Besta Infinita, mesmo com a certezade seus inquisidores.

Mas apenas a certeza não é o suficiente. Os cultistas sãocapazes de manipular muitos ramos da sociedade. Possuem con-tatos desde no DETRAN até nas seguradoras de veículos, pas-sando por jornais e em membros de gangues de rua.

Ou seja, se o Arcanorum tentar uma abordagem direta deataque aos cultistas, podem com certeza inflamar os ânimos dapopulação, já que os adoradores restantes incitariam a popula-ção contra as instituições do A.:A.:, como ocorreu quando oTemplo de Salomão tentou uma investida a alguns meses atrás,resultando na explosão de uma residência no bairro do São Fran-cisco (uma loja maçônica).

Os cultistas são divididos em três círculos de conhecimen-to. Hélio Lopes é o mestre do culto, que fica no primeiro círculo,onde continua sua pesquisa de tradução dos manuscritos e dogrimório. Logo após, no segundo círculo, os irmãos Christianoe Christiane Mesquita, um advogado e uma designner, cuidamdo doutrinamento dos membros do circulo mais baixo do secto.

Como líder máximo dos cultistas de Hynaryetotep, Hélio pou-co é visto, apenas em reuniões do secto e sempre auxiliado pelosirmãos Mesquita. O medico aproveita de sua situação como chefedos legistas do Instituto médico legal para angariar órgãos fres-cos e trafica-los, mantendo assim as finanças do secto.

Christiano é especialista nas técnicas de persuasão e mani-pulação mental. Mestre no jogo de palavras, é capaz de fazercom que todos procurem atender às suas necessidades.

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Hedonista e cínico ao extremo, usa principalmente seu sarcas-mo, mesclado com a sua maestria no uso do caminho Humanospara debilitar as intenções do Arcanum Arcanorum em tentarinviabilizar o secto de cultistas pelos meios legais. Possui vári-os clientes que se livraram da prisão por suas intervenções comoadvogado. Hoje, esses marginais fazem a segurança do secto eobedecem ao cultista cegamente.

Christiane é doutrinada em inúmeras artes marciais e temforça muito acima da média, além de ser linda e sedutora.Destarte, ela é os olhos do secto quando há necessidade deações de espionagem. Mestre no caminho dos humanos, elacostuma alterar a sua estrutura óssea, e musculatura quando háa necessidade de combate, bem como consegue influenciar ani-mais para atenderem aos seus comandos.

Devem existir aproximadamente 20 membros desse culto, masessa quantia deve ser com certeza flutuante, pois o ArcanumArcanorum não faz idéia de quantos são os seus membros. Degangues de arruaceiros, passando por funcionários públicos,bancários e membros do clero local, fica praticamente impossí-vel mapear o real tamanho da teia dos cultistas de Hynaryetotep.

Os membros mais recentes do Arcanorum se perguntam comoum grupo mal organizado e relativamente recente pode oferecer tan-to trabalho à Fraternidade de magos. A resposta está no conheci-mento do caminho perdido do VAJRA que os cultistas detém. Umaarma poderosa, capaz de ameaçar toda a Roda dos Mundos.

OS OBSERVADORES DO OCULTOOs Observadores do Oculto são um grupo de universitários

que divulgam um jornal clandestino, recheado de noticiasconspiracionais. São os seus membros: Oziel Marques, estu-dante do curso de História; Marcos Zapatta, do curso de Filo-sofia; Eliana Brandão, do curso de Educação artística; LúciaTelles, do curso de jornalismo.

Os Observadores poderiam passar desapercebidos, se nãofossem as suas atuais investidas .eles conseguiram informaçõespreciosas no que se refere a atividade militar em São Luís doMaranhão e em Alcântara.

Eles possuem vários documentos interceptados, gravaçõestelefônicas e fotos comprometedoras de ações do escalão respon-sável do exercito em atividades que, no mínimo, são condenáveis.

O grupo publica seu periódico semanalmente, as quintasfeiras, onde relatam, dentre outros assuntos, o uso das forçasarmadas e do DOI-Codi, na época do regime militar, de prisio-neiros “reacionários” no uso de pesquisas de desenvolvimen-to e remanejamento genético e biônico; também descrevemdetalhadamente atividades paranormais e o uso de tecnologiaalienígena nas áreas de espionagem e contra espionagem e cons-piram sobre o fato de essas tecnologias não serem usadas emdesenvolvimento das forças bélicas nacionais.

Obviamente, os poucos que levam o manifesto dos Obser-vadores do Oculto a sério, são taxados de loucos, no entanto,Zapatta está desaparecido a mais de um mês, quando foi fazeruma investigação sobre sons estranhos que eram ouvidos pe-los pescadores próximos à base de Alcântara. Ultimamente, osmembros remanescentes dos Observadores tentam expor suasteorias ao publico em geral, mas esbarram em vários entravesburocráticos, além das ameaças sofridas obviamente pelosalgozes de Marco Zapatta.

O RELÂMPAGO ESCARLATE,A BASE DE ALCÂNTARA:Pode soar quadrinesco, quase pueril, mas o Relâmpago Es-

carlate foi o grupo mais atuante de paranormais - pessoas com

poderes paranormais, afiliados à ABIN, que foram perseguidospor uma facção do exército.

O Relâmpago surgiu como uma resposta brasileira aos avan-ços das pesquisas paranormais na época da guerra fria, orques-trada principalmente pelos EUS, Urss, Líbia e China. Seusoperativos eram recrutados mediante vários tipos de testes:desde o mais simples teste vocacional aplicado em escolas pú-blicas, até mesmo captura de prontuários médicos que indica-vam reação alérgica a algum elemento constate na fluoteraçãoda água nos anos 70 e 80.

O CPDP (Centro de Pesquisa e Defesa Paranormal) tinha boaconceituação na época de sua implementação. Entretanto, paramantê-lo operacional no decorrer das décadas deredemocratização do país, foram oferecidos inúmeros cortes naspesquisas das forças armadas, que se direcionavam asnanotecnologias e cyberaprimoramentos.

O fato de o Governo Nacional ter preferido a pesquisa psiônicaa priorização dos intentos cybertrônicos (conhecido como proje-to Adão I), foi devido a várias falhas na segurança, nos meadosdos anos 70, em que grupos de soldados cybertrônicos foram ata-cados por vírus, ou tinham desenvolvido um alto grau de para-nóia nacionalista. Viu-se que os avanços alcançados pelo CPDPeram, apesar de demorados, mais satisfatórios.

Uma conspiração então se formou nos corredores burocrá-ticos frios e distantes do cerrado, pois se tramava sobre a que-da do CPDP e a retomada das pesquisas biônicas por parte dasforças armadas.

Então, membros de facções distintas de cada braço das forçasarmadas escolheram seu alvo nas fileiras do CPDP: Antenor Bogéa.

Antenor Bogéa, comandante-em-chefe do Relâmpago Escar-late, era agente especial da Frente de Comando Tático e Estra-tégico do Centro de Pesquisa e Defesa Paranormal - CPDP (umasubsidiária da ABIN – Agência Brasileira de Inteligência, quefuncionava desde a época do DOI-Codi). Ele respondia sobresuas ações diretamente ao General Edmundo Carvalho de Ara-újo. Recentemente, devido a um problema em uma missão, vári-os agentes do CPDP foram mortos ou dados como desapareci-dos, e todos estavam sob o comando de Antenor. Agora, elebusca desesperadamente por provas da ocorrência do fato,novos agentes de campo e, além disso, precisa lidar com osoutros membros da ABIN que querem o seu cargo. Isso o levouaté Alcântara, pois as pesquisas oferecidas pelo INPE emmicrogravidade só poderiam ter avançado tanto, segundo o queele teoriza, devido ao uso dos conhecimentos cybertrônicos,mesclados com capacidades psiônicas.

Dani “Espoleta” Almeida foi uma das primeiras recrutadaspor Antenor Bogéa para o CPDP. Seu poder PSI apareceu pelaprimeira vez na puberdade, quando estava no enterro de umaprima sua. O Centro de Pesquisa e Defesa Paranormal pegouseu prontuário médico-psicológico da casa de repouso ondeestava internada e, prontamente, a designou para treinamento.

Durante 07 anos, Dani apurou seu poder PSI, bem comoaprendeu a usar o cajado Bo em combates marciais e evoluiu asua já inata capacidade de corrida.

Dani é uma das desaparecidas do Grupo Relâmpago Escar-late, o Comando Tático e Estratégico do Centro de Controle eDefesa Paranormal(uma subsidiária da ABIN – Agência Brasi-leira de Inteligência), sob o comando de Antenor Bogéa. Ela oauxilia na busca dos membros da Primeira Onda do RelâmpagoEscarlate, traçando pistas e pesquisando documentações e pe-riódicos tanto em São Luís quanto em Alcântara

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O Início: A povoação de São Paulo de Piratininga surgiu em 25 de Ja-

neiro de 1554 por treze jesuítas (entre eles Anchieta e sendo o supe-rior o padre Manuel de Paiva) e pelos índios vizinhos. Foi elevada avila em 1557 e em 1560 a população aumenta com a chegada dosmoradores da vila de Santo André (Borda do Campo) que fora extin-ta. Nos anos de 1572 e 1590, a vila sofreu ataques de indígenas.

A verdade, porém, é que 12 de agosto de 1553 umafalange celestial composta por 2 Captares, 1 Nimbus, 2 Prin-cipados e 2 Anjos, encontram no Vale do Anhangabaú umnode das Trevas e de Spiritum com poder 4. Esse node in-fluenciava tanto a região que os índios da região o temiam(para os leigos Anhangabaú = ‘Vale dos maus espíritos’). ONimbus desejando estudar esse node convence o concelhoe o padre Manuel de Paiva a fundar a casa de São Paulo emPiratininga. Dessa Forma eles poderiam vigiar o vale. Forampostos nessa tarefa 7 anjos de alguma experiência sendo elesArekon (Nimbus de 200 anos), Zaniel, Malikiel (Captare de100 anos), Simarah, Lita, Limuriel (Anjos de 100 anos), Degon(Recípere de 150 anos) e Zuriel (Principado de 120 anos).Essa “proteção” toda chamou a atenção da maioria dos de-mônios da região ( o que fazia um Principado em uma cidadede um punhado de habitantes), o que viria a causar muitosproblemas para todos nos anos seguintes....

Século XVI

A União Ibérica em São Paulo Em 1580 iniciou-se na Europa a União Ibérica. Essa União

ocorreu devido ao desaparecimento de Dom Sebastião em umabatalha contra os mouros na África. Sem herdeiros para o tro-no, uma luta pelo poder estourou em Portugal. Isso só acabouquando o rei espanhol assumiu o trono português e com ele ascolônias portuguesas.

Neste período não ocorreu grandes problemas com SãoPaulo. Longe do mar, não havia plantações de cana nemoutro tipo de mercadoria que interessasse à nova coroa.Mesmo durante as invasões holandesas, São Paulo não forainvadido. A União Ibérica só afetou a vida dos paulistanosde uma forma: ela permitiu a expansão para além da linha doTratado de Tordesilhas que futuramente permitiria o avançodos bandeirantes.

A Irmandade de Tenebras e os Sete Símbolos Temida e odiada por quase todas as outras as ordens místi-

cas do mundo, a Ordem de Tenebras foi, logo após os Iluminadose os Templários, a primeira ordem a chegar no Brasil. Fugindo deLisboa devido a caça de inquisidores espanhóis, os adeptos daordem se acomodaram na costa brasileira, nas regiões próximas aSão Vicente. Por quase dois anos eles passaram incógnitos até achegada de Sebastian Di’Lollian. Explorador italiano contratadopela coroa espanhola, a missão dele era buscar ouro e outras ri-

São Paulo - SPPor André Zuppani

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quezas no país. Em suas explorações, Di’Lollian apenas encon-trou um estranho medalhão de ouro com um índio na vila de SãoPaulo e um estranho pergaminho com um mapa tosco da região ealgumas inscrições. Frustrado, ele foi a São Vicente, onde preten-dia pegar um barco de volta para a Espanha e informar ao rei. Umespião da Irmandade de Tenebras ouviu a história do explorador eficou interessado no pergaminho. Di’Lollian nunca mais foi visto.

Estudando o pergaminho, o grupo descobriu sobre umdemônio invocado milênios antes e preso em um node próximode São Paulo. Para libertá-lo, segundo o pergaminho, era neces-sário os 7 símbolos dos magos que o haviam aprisionado. Des-cobriram também que o medalhão do então falecido Di’Lollianera um dos símbolos. Após essa descoberta, a Irmandade mon-tou uma base secreta na vila de São Paulo, longe dos olhos dosjesuítas e dos prováveis anjos ali localizados e começaram abuscar os símbolos e o local da prisão do demônio. Infelizmen-te, o mapa estava muito deteriorado, e levaria muito tempo paraa ordem encontrar o local.

A Chegada de Von BastianKlaus Von Bastian chegou ao Brasil no ano de 1595. Veio

com os primeiros holandeses e após um ano de sua chegadaresolveu mudar-se do Nordeste. Por meses seguiu pelas capita-nias, e por onde ia deixava histórias de um terrível lobo comsede de sangue que atacava apenas nas quintas e sextas-feirasde lua cheia. Na verdade esse era o período que demorava paraprecisar se alimentar de novo e o tempo que demorava para che-gar a uma cidade. Após um longo tempo, Von Bastian chegou aum vilarejo, junto com uma de suas novas crias. Verificando acidade, acreditou que ela não avançaria muito e decidiu que fi-caria lá para entrar em sono. Dessa forma, não correria perigo.

Século XVII

Ascensão e Queda Foi no início do século XVII que Arekon começou a se de-

votar totalmente ao estudo do node do Vale do Anhangabaú.Obcecado em descobrir seus segredos, o nimbus passou horasafio observando, analisando e estudando o node. Ele abando-nou até mesmo sua posição como chefe dos anjos paulistanospassando esse posto à Malikiel. Após um longo período nonode, Arekon começo a ser afetado pelas energias negras dolocal. Ele começou a enlouquecer, vendo inimigos onde não exis-tiam e conversando com o node. Um dia, porem, o node respon-deu. Ele narrou sua história para Arekon, de como fora injusta-mente aprisionado pelos perversos demônios atlantes por ten-tar ajudar ao próximo. Suas palavras começaram a afetar oNimbus de tal forma que ele caiu em desgraça perante Deus. Elepassou a adorar o ser preso no node (que nomeou Senhor daNoite) e iniciou uma busca pelos símbolos. Por dois anos, elevagou escondido dos outros anjos pelo mundo até encontrarem um templo da Ordem de Isis e Osíris um dos símbolos. Ime-diatamente, Arekon voltou para São Paulo, onde testou o sím-bolo. Este não derrubou as barreiras que prendiam o Senhor daNoite mas permitiu que um pouco de seu poder saísse e assu-misse forma física. Essa criatura sem mente foi chamada deIpupiara pelos nativos (pois se assemelhava à criatura da len-da) atacou a vila de São Paulo, mas foi expulsa por uma açãoconjunta dos anjos, índios convertidos e brancos residentes.Seguindo a trilha por onde o monstro havia vindo, os Anjosencontraram Arekon (agora contaminado pelo poder do Senhorda Noite) e o portal do Vale semi aberto. O agora avatar do se-nhor da Noite confrontou os guardiões da vila de São Paulo e

destruiu dois deles (Zaniel e Degon) mas acabou sendo derro-tado. Ele, porém, conseguiu escapar sem o símbolo que ficoucom Malikiel após ele fechar o portal.

As BandeirasAs bandeiras (também conhecidas como entradas) eram ex-

pedições que tinham como objetivo explorar os territórios des-conhecidos pelo homem branco. As pessoas que participavamdestas expedições buscavam riquezas, quase sempre sem su-cesso, como ouro e pedras preciosas. Também caçavam índiose escravos fugitivos, além de destruir quilombos. Era de SãoPaulo que saía grande número de bandeiras. Isso se deve à po-sição paulista em relação interior e também aos rios Pinheiros eTietê. Muitos templários e jesuítas participavam dessas ban-deiras com um objetivo em comum: estabelecer basesinterioranas e acabar com a influência demoníaca na região.Mesmo os anjos mandavam um ou dois dos seus junto à gru-pos quase que compostos por templários ainda fiéis a igreja ejesuítas. Foi graças às bandeiras que muitas tribos e muita cul-tura indígena – assim como muitos daemons- foram destruídos.

Ouro! Foi no final do século XVI que as bandeiras tiveram

resultado. Antônio Rodrigues de Arzão, nascido em São Pau-lo comandando uma bandeira que seguia os passos deFernão Dias encontrou em 1693 ouro em um ribeirão em Mi-nas Gerais. Sua alegria foi pouca pois um grupo de Daemonspróximos, temendo a expansão portuguesa e a corrida doouro que aconteceria assim que essa notícia fosse divulgada,incentivaram uma tribo de índios para atacarem a bandeira.Esse ataque, porem foi em vão pois Arzão conseguiu fugir evoltou a São Paulo. Lá ele comunicou o achado à BartolomeuBueno da Silva que por sua vez falou com o novo guardiãoda cidade, Malikiel. Achando uma maneira rápida de elimi-nar a influência demoníaca do Sertão, Malikiel mandou jun-to com Bartolomeu seis anjos disfarçados de humanos. Em1965, após vários contratempos causados pelos daemonsda região, a Bandeira encontrou ouro em Itaverava.

Século XVIII

A Chegada dos Iluminados Graças a descoberta do ouro pelos paulistanos, São Paulo

começou a receber centenas de pessoas. A corrida pelo ouronão só atraiu os humanos comuns mas também atraiu a atençãodas ordens já residentes no Brasil como, os templários e a Ir-mandade de Tenebras. Mas foi, sem sombra de dúvida, a ordemdos Iluminados (que ainda não usavam esse nome) a que foi emmaior número para São Paulo. Sendo ainda uma ordem compos-ta quase que inteiramente de portugueses aqui no Brasil, elesviram a chance de enriquecimento fácil e contando com a ajudareal acreditaram que não teria problemas. Dessa forma, entre 1700e 1708, o número de portugueses iluminados vindos especial-mente da Bahia (junto com vários escravos e ajuntes livres)aumentaram a população paulistana e a extração de ouro para odescontentamento da população local.

A Guerra dos Emboabas Historicamente falando, esse conflito começou devido

à rivalidade entre os paulistas contra os baianos e portu-gueses que vieram para extrair o ouro. Esse conflito come-çou em 1708 e foi iniciado não somente por motivos con-vencionais. Em 1707, o conselho da cidade de Prata se reu-

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niu para discutir sobre o node do Vale do Anhangabaú e osanjos em São Paulo. Os nimbus do conselho acreditavamque Malikiel estava despreparado para lidar com a situaçãopaulistana enquanto os catares usavam como defesa a trai-ção de Arekon. Nesse fogo cruzado entre anjos, Arekon seaproveitou para começar uma disputa de poder entre os an-jos e os mortais. Utilizando de seus novos poderes conce-didos pelo Senhor da Noite e de seus conhecimentos sobreos Iluminados portugueses, ele começou a fazer com que oódio dos paulistas contra os baianos e portugueses aumen-ta-se. Além disso, utilizando-se de pessoas próximas aosanjos, ele fez com que acreditassem que o Nimbus de Salva-dor iria assumir o posto de Malikiel. A desconfiança dosanjos, a raiva paulista e a caçada por ouro dos iluminadosfez com que em 1708 estourasse a Guerra dos Emboabas,que durou um ano. Nesse período, a Irmandade aproveitou-se para obter o 3º símbolo encontrado com um Iluminado.Arekon também se aproveitou para acabar com quase todosos anjos de São Paulo, com apenas Litah e Malikiel sobrevi-vendo. Em 1709, o conselho interveio perante o rei de Por-tugal que separou as capitanias de Minas Gerais e São Pau-lo. A Vila de São Paulo, que era capital desde 1681, foi eleva-da ao status de Cidade. O conselho também decidiu manterMalikiel como chefe dos anjos paulistanos e recebeu maisanjos para proteger o node do Anhangabaú.

A Chegada de Derek Diacon A paz gerada pela decisão do Conselho fez com que o po-

der de Malikiel fosse incontestável em São Paulo e assim osanjos paulistanos se voltaram para um problema maior: as or-dens secretas em São Paulo. Durante a guerra dos emboabas,eles haviam conseguido se fixar na cidade e isso era inaceitável.Organizando os padres locais de forma discreta (já que nessetempo a Coroa suspeitava das ações da igreja), os anjos come-çaram a caçar as ordens paulistanas. A única ordem que elesconseguiram encontrar foi a Irmandade de Tenebras que havi-am encontrado o local da prisão do Senhor da Noite e tentavamlibertá-lo. O grupo entrou em confronto com os anjos mas qua-se todos foram mortos, com exceção de um que conseguiu es-capar com os símbolos para o interior. Depois disso, por anoshouve um tempo de paz entre as ordens e os anjos até o ano de1750 quando Derek Diacon, um dos membros da Irmandade emPortugal recebeu a missão de recuperar os símbolos e formaruma nova célula da ordem no Brasil. Derek chegou no mesmoano no Brasil, mas não veio sozinho. Caçando-o veio JeremiahGonçalez, membro da Ordem das Sombras. Jeremiah é um dosmaiores inimigos de Derek e quando soube de sua ida à Améri-ca do Sul, tratou de arranjar um motivo para ir também. Sem muitoesforço, ele conseguiu permissão do alto conselho para formaruma célula da Ordem das Sombras em São Paulo sob seu co-mando. A chegada de Derek e Jeremiah causaram um grandedesequilíbrio nos poderes paulistanos. Ambos foram atrás dossímbolos perdidos e ambas as ordens os encontraram ao mes-mo tempo. Derek e Jeremiah se confortaram atraindo a atençãodos anjos e Arekon. Antes, porém, que os anjos chegassem,Derek conseguiu fugir com um dos símbolos enquanto Jeremiahficou com o terceiro. Arekon seguiu Derek, obstinado a tirar-lheo segundo símbolo, mas Derek percebeu a presença do AnjoCaído antes de que ele tentasse. Ao invés de destruí-lo, porém,Derek conseguiu convencê-lo a ajudar a Irmandade. Após esseepisódio, ambas as ordens começaram a lutar uma guerra silen-ciosa, um tentando sabotar os planos dos outro, vivendo to-dos em uma cidade de menos de 20 mil habitantes.

O Node da Luz Foi no final desse século que exploradores angelicais encon-

traram próximo a onde seria o parque do Ibirapuera um novo node.Esse node, diferente do Vale do Anhagabaú, liberava as energiasda Luz. OS anjos ficaram surpresos com a proximidade de doisnodes tão diferentes e mais ainda com o poder do node. Perce-bendo o perigo de deixar esse node desprotegido, o Conselhoenviou mais 5 anjos para a cidade ficando assim com 12 anjosprotegendo São Paulo. Se antes isso era motivo de curiosidade,agora havia passado a ser motivo de preocupação para as ordense criaturas demoníacas. O número de anjos em São Paulo haviapassado 4 vezes o número comum de anjos protegendo uma cida-de. No fim, o plano do conselho de proteger nodes tão poderososfez com que a situação de São Paulo piorasse.

Século XIX

Isís, Osíris e o Terceiro Node A Ordem de Isís e Osíris chegou ao Brasil logo após a aber-

tura dos portos em 1810 às nações amigas. Em grande maioriaeram descendentes de ingleses com egípcios. Eles vieram pri-meiramente em busca do símbolo roubado por Arekon e tam-bém para desvendar o mistério da “cidade tão protegida quantoRoma” como ficou conhecida entre as ordens. A ordem não veiocom mais de 5 magos e se estabeleceram próximos a São Paulo.Junto com eles veio Belaga, uma serva da deusa Bastet e umaanjo dourada. A missão era simples: encontrar o símbolo e des-cobrir porque os anjos cristãos tinham tanto interesse em SãoPaulo. A primeira parte da missão não foi difícil. Apresentando-se como embaixadora da Cidade Dourada de Rá a Malikiel e re-quisitou o símbolo como propriedade de sua religião. Já nesseperíodo, muitos anjos não mostravam rivalidade à outras cultu-ras e Malikiel era um desses. Ele aceitou os pedidos de Belaga eentregou o símbolo, com a condição que apenas ela ficassecom ele. Após isso, a ordem começou a investigar o mistério dacidade. Não demorou muito até que eles tropeçassem no nodeda Luz. Os magos ficaram impressionados, mas ficaram aindamais impressionados quando o símbolo começou a brilhar den-tro do node. Após uma forte explosão de luz, uma linha de Feytotalmente diferente daquelas conhecidas surgiu perante Belaga.Os magos e a anjo seguiram essa linha até um novo node, tãopoderoso quanto os anteriores. Esse node tinha os poderes daágua e dos humanos e era tão poderoso quanto os nodes ante-riores. Além disso possuía o poder de cura inacreditável aospadrões humanos. Eles se fixaram ali e fundaram uma pequenaclinica para as pessoas da cidade.

A Independência do Brasil Foi no ano de 1822 que as margens do Ipiranga, Dom Pedro

IV de Portugal declarou a Independência do Brasil e se tornou oImperador Pedro I do Brasil. Os motivos foram mais políticos doque realmente sobrenaturais. Dom Pedro sabia que sua voltapara Portugal causaria o retorno do Brasil ao estado de Colôniae temendo que o povo declarasse a Independência por elespróprios, ele assumiu o controle do país. Isso foi benéfico paradiversas ordens secretas. Os Iluminados americanos (agora jáagindo como uma grande ordem) e muitos ingleses viram nissouma chance de grande lucro. Além disso as ordens teriam maiorfacilidade de entrar no país sem ter que passar por Portugal.

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A oportunidade do Café: Foi por volta de 1850 que se iniciou a expansão da cultura

do café para o Oeste Paulista. Se tornando um dos maiores pro-dutores de café do mundo o Estado deu um grande avanço eco-nômico. A capital começou a se tornar maior, mais rica, com osbarões do café. Com os lucros obtidos, esses barões começa-ram a investir em indústrias na Capital. Os Iluminados, vendoisso como uma chance de aumentar suas riquezas, iniciaram elespróprios seus investimentos na agricultura cafeeira. Foi nesseperíodo que a Ordem do Graal chegou a São Paulo: vindos paraauxiliar na construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, oscavaleiros montaram uma base na cidade de São Paulo e come-çaram a investir, junto com outros ingleses, na cidade de SãoPaulo. Com isso, a cidade passou a ter mordomias dignas daCapital do país como lampiões a gás e bondes puxados a burro.Além disso, foi possível criar através de poderosos rituais umportal até a Inglaterra pelas ferrovias.

A vinda da ordem de HassamAssim como a Ordem de Isis e Osíris, a ordem de Hassam fi-

cou preocupada com o número de Anjos em São Paulo. Temendouma nova investida da Cidade de Prata, os Assassinos enviarambem no final do século um grupo para descobrir o segredo que acidade escondia. Mantendo suas identidades e sua religião sobtotal sigilo, o grupo passou meses investigando mas não desco-briram nada. Foi nesse período também que muitos imigranteschegaram e eles se utilizaram dessa vantagem para criar uma mes-quita na cidade e montar uma base temporária em São Paulo.

Século XX

O Fim do Arkanun Arcanorum O ano de 1929 foi sem sombra de dúvida um dos mais negros

da história. Com a quebra de bolsa de Nova York, uma onda decrises econômicas se espalhou pelo mundo. Quase toda a Europae a América Latina foram atingidos e o Brasil não foi exceção. Oestado de São Paulo em particular foi o mais atingido pois era eleque ainda exportava grandes quantidades de café e era o maisindustrializado do Brasil. Dezenas de falências se seguiram pelosmeses seguintes. Uma grande quantidade pessoas perderam tudoo que tinham e muitos se suicidaram. Foi nesse clima caótico quea Irmandade de Tenebras viu sua chance de ouro. Utilizando-sede poderosos rituais ligados à dor e sofrimento dos paulistanos,eles criaram um meio de localizar os membros das ordenspaulistanas, anjos e demônios para drenar suas energias místicas eassim driblar a necessidade dos símbolos e abrir o portal do Vale doAnhangabaú. Eles também se utilizaram do grande número de cri-mes nesse período para assim passar despercebido. Em pouco maisdo que 2 semanas, quase todos os membros das ordens paulistanasforam exterminados. Apenas alguns poucos das ordens de Isis eOsíris e do Graal sobreviveram à caçada. Em uma rápida ação, osanjos da Cidade de Prata, liderados por Malikiel localizaram e derro-taram vários membros da Irmandade de Tenebras e acabaram com oritual. As energias negras, porém, se espalharam de forma selvagemtornando mais difícil se abrir um portal para os planos superiores.Com isso, se tornou impossível entrar ou sair de São Paulo via por-tais de Paradísia. Na cidade, durante esse período, existia aproxima-damente 126 anjos em São Paulo.

A Revolução Constitucionalista Logo após a crise de 29, o Brasil passou por um golpe de

Estado onde Getúlio Vargas subiu no poder. Isso desagradou a

oligarquia paulista que desde a fundação da República se en-contrava alternando com a aristocracia mineira no poder. Em 9de julho de 1932 rompe a Revolução Constitucionalista, lidera-do pelo General Isidoro Dias Lopes. Essa revolta foi causadapor meios políticos mas a Ordem das Sombras viu nesse perío-do, que durou 70 dias, uma maneira de levar o combate entre aIrmandade de Tenebras e eles para a rua. Acusando alguns mem-bros da Irmandade como contra-revolucionários e mesmo seenfrentando com armas comuns em plena rua, as duas ordensse enfrentaram sem descanso. Isso, porém, não os enfraqueceutanto como se esperava. Ambas as ordens haviam recebido umalto contingente não só de guerreiros como mestres arcanosdesde os acontecimentos de 29. Isso assustava os anjos, quemesmo ainda em maior número, foram forçados a apenas assis-tir e tentar parar a revolta com o menor número de mortes. Aofinal, o número de mortes entre as duas ordens foi grande, masnão abalou o poder delas em São Paulo.

A Chegada dos Dragões das Sombras Alguns anos após o fim da Ditadura, chegou em São Paulo

um braço dos Templários vindo da China conhecidos como Dra-gões das Sombras. Essa ordem, portadora de um grande podermístico, veio em busca de um lendário artefato. Desconhece-se anatureza desse artefato mas se sabe que um dos sete lideres ChenLong, veio junto com o grupo. Ambos os líderes da Irmandade deTenebras e a Ordem das Sombras entraram em uma fúria cega. Piorque o ódio que os dois sentiam um pelo outro era o ódio que am-bos sentiam por Chen Long. Felizmente, porém, esse ódio não erao suficiente para uni-los e devido a isso, todos os ataques contraa ordem chinesa acabaram em um grande fracasso. Meses apósseu estabelecimento em São Paulo, os Dragões da Sombra come-çaram a caçar criaturas místicas, principalmente os anjos. Os an-jos sofreram muitas baixas e foram forçados mesmo a abandonarsua base na Praça da Sé. Quase um ano depois de sua chegada aordem dos Dragões das Sombras havia se estabelecido como umadas três ordens mais forte em São Paulo.

Surge uma Esperança:Neste clima de desespero, Malikiel partiu para uma medida

desesperada. Seguindo os moldes do Arkanun Arkanorum, eleconvocou todos os anjos de todas as religiões para um conselhode guerra. Após quase duas semanas discutindo com os outrosanjos, Malikiel formou A Sociedade da Luz de São Paulo, uma ten-tativa de deter o avanço do inferno sobre São Paulo. Foram cria-das cinco cadeiras neste conselho: além de Malikiel como presi-dente, foram convocados Belaga, serva de Bastet; o herói Ulissesdos Santos, um olimpiano brasileiro; a Valquíria Frin; e Zoroan, umcaçador de Tupã. As outras religiões ou se recusaram ou preferi-ram esperar para ver algum resultado. Mesmo com apenas cinco,as forças celestiais receberam grandes reforços. Além dos anjos,os remanescentes das ordens de Ísis e Osíris assim como os últi-mos cavaleiros do Graal também atenderam o chamado. Manten-do isso em mente, Malikiel utilizou-se descobrir como atacar aTríade Negra (como passaram a ser chamadas as três ordens deSão Paulo) sem, no entanto ser atingido de volta. Litah foi quemsugeriu a criação de uma empresa, utilizando muito da tecnologiaque a Cidade de Prata fora obtida por diversos de seus cientistase formar uma grande fortuna para assim, atacar aonde doía maisnos seres humanos: no bolso. Dessa forma, A Sociedade da Luzadquiriu grandes lucros e ingressou em uma batalha mais furtiva ecom maiores chances de vitória. Desde que esse plano foi coloca-do em ação, a ordem conseguiu causar mais danos contra a TríadeNegra do que nos anos de combate aberto.

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São Paulo Hoje: Quatrocentos e cinqüenta anos após sua fundação, São

Paulo se tornou a maior cidade do país e terceira maior do mun-do. Com aproximadamente 17 milhões em toda a sua área urba-na, esta cidade apresenta tudo que se pode encontrar no restodo planeta. Restaurantes de todo tipo, lojas de grife, tudo o quese deseja. Seu maior orgulho, porém, é também seu maior pro-blema. Devido ao seu rápido crescimento, a periferia ficou sub-desenvolvida gerando áreas de violência. O grande estressecriado na locomotiva do Brasil faz também que as pessoas bei-rem a loucura manhã após noite. A corrupção e o tráfico sãouma das maiores fontes de renda da cidade. Segundo as esta-tísticas, dezenas de pessoas morrem vítimas de assassinato porhora. E isso acontece sem intervenção mística. São Paulo setornou um paraíso para os demônios e o inferno para os anjos.Com os portais para a Cidade de Prata fechados e o fim da basedos anjos na Praça da Sé, os reforços tem demorado cada vezmais. Por outro lado, dois novos portais se abriram nos últimos5 anos para o Inferno. Com uma criminalidade tão alta, os vam-piros caçam livremente. O pior de tudo é que as energias nega-tivas de São Paulo começaram a se canalizar para o Vale doAnhangabaú, onde o verdadeiro mal dorme...

Áreas de Interesse

Catedral da Sé: A Catedral da Sé foi construída entre os períodos de 1913

e 1953. É a maior igreja de são Paulo, construída em estilo góti-co modificado e em sua construção foram usadas 800 toneladasde mármores. A igreja possui capacidade para 8 mil pessoas,uma grande cripta onde se encontra o mausoléu em bronze docacique Tibiriça, chefe dos índios guaianazes, e o maior órgãoda América Latina. Toda essa grandiosidade se deve à um anjo

Nimbus, designado para São Paulo como conselheiro deMalikiel. Ele, junto com sua comitiva de anjos, acreditavam quemereciam um lugar digno de anjos morarem. A idéia, porém, fra-cassou já que em 1929, esse anjo, e sua comitiva, foramdestruídos pelos membros da Irmandade de Tenebras. Suspei-ta-se que o órgão tenha algum poder especial.

O ObeliscoFeito para comemorar a revolução de 32, o obelisco se asse-

melha com os antigos obeliscos do Egito. Ele foi construídoacidentalmente em cima do node de Luz de São Paulo. Tal aci-dente se mostrou benéfico para os membros da Ordem de Isis eOsiris que estabeleceram uma base dentro do Obelisco, apósterem perdido o controle do node da água.

MASPEm frente ao Trianon se encontra o Museu de Artes de São

Paulo Assis Chateaubriand. Foi fundado em 1947 por AssisChateaubriand e Pietro Maria Bardi em quatro andares do edifí-cio dos Diários Associados. Em 7 de novembro de 1968, a novasede do MASP, idealizada por Lina Bo Bardi, foi inaugurada pelaRainha Elizabeth II da Inglaterra. O MASP possui um grandeacervo de artes como obras de pintores renascentistas, arteeuropéia e outras. Devido a qualidade de artes é possível en-contrar todo tipo de pessoas ou seres no MASP, principalmen-te alguns vampiros.

TrianonUm dos últimos lugares da cidade São Paulo com Mata Atlân-

tica original, O Trianon se encontra encravado na selva de con-creto que é a Avenida Paulista. A princípio, uma pessoa poderiapensar que o parque existe por causa de alguma ordem, mas averdade é outra. Ninguém sabe ao certo como, mas é impossí-vel para uma criatura mística agir contra o parque. Esse efeito

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também ocorre nos humanos mas em uma escala muito menor.Criaturas místicas no parque tentaram ir embora calmamente eaté mesmo ficarão no parque se acompanhados por um huma-no, mas fugirão a toda velocidade se sozinhos.

Instituto do CoraçãoO Instituto do Coração foi construído sobre um dos nodes

de São Paulo. Esse node, que possui poderes de cura, original-mente foi descoberto pela Ordem de Isis e Osiris que estabele-ceram sua base ali. Alguns anos mais tarde, a base foi atacadapor um grupo da Irmandade de Tenebras, mas, misteriosamen-te, os magos da Irmandade não conseguiram detectar os pode-res do node. A ordem de Isis e Osiris preferiu evitar o local, paraimpedir que o node fosse localizado. Através de jogadas políti-cas, a ordem providenciou que um hospital fosse construídono local. Esse hospital viria a ser o Instituto do Coração.

Personalidades

Derek DiaconHistórico: Derek Diacon nasceu em 1664, na Irlanda. Filho úni-

co de ricos mercadores, Derek foi muito mimado na infância. Ao12, quando seus pais morreram devido à uma doença, Derek foimorar em Oxford, com um tio bastante idoso. Foi nesse períodoque ele conheceu Jeremiah Gonçalez, de quem ele se tornou umgrande amigo. Ambos estudaram juntos, como irmãos. Em 1680,ambos conheceram uma jovem irlandesa chamada Jeniffer O’Brain.Ela se uniu aos amigos e por meses a vida de Derek parecia final-mente estar entrando nos eixos. Tudo mudou de rumo quandoJeniffer os convidou para uma festa próxima dali, na mata. Curio-sos, Derek e Jeremiah foram. Lá foram apresentados à ordem dosDruidas, Wiccas e Bardos. A jovem explicou o máximo que podia aeles e os convidou, sob a autorização de seu pai, um poderosodruida, a fazerem parte da ordem. Jeremiah, a princípio ficou as-sustado mas de ter poder chamou a atenção de Derek. No final, osdois aceitaram e por anos treinaram junto ao pai de Jeniffer oscaminhos de um druida. Nesse tempo, ambos se apaixonaram pelajovem, o que fez com que eles se separassem. Após quase cincoanos de treino, Jeniffer e Jeremiah se casaram. Isso enfureceu Derek,que achava que ela deveria ser dele. No ano seguinte, Derek co-meçou a mostrar distúrbios que começaram a alterar sua magia. Setornou mais sórdido, cruel e sombrio. Sua magia também sofreuessas alterações. Onde havia luz, agora só existia escuridão. Sualoucura chegou a tanto que ele cometeu o ato de entregar suaordem para os templários. Ele os assistiu matar a todos e viu quan-do um jovem templário de origem asiática perseguiu sua amada eseu inimigo. Ambos lutaram com tudo o que tinha e durante a ba-talha, Derek tentou capturar Jeniffer. Seus planos foram interrom-pidos por uma seta disparada pelo templário. Isso levou ambos àfúria e por pouco o templário não morreu. Após a batalha, Derekfugiu, para evitar ser morto pelos seus ex-colegas. Ele vagou poranos pela Europa até encontrar em Portugal uma célula da Irmanda-de de Tenebras. A crueldade e os poderes de Derek chamaram aatenção dos magos mais velhos da Célula. Ele rapidamente cresceudentro da sociedade, obtendo a imortalidade e no ano de 1750 foidesignado para comandar a célula existente no Brasil já que seulíder havia sido morto por um anjo. No Brasil, Derek fez com que asociedade se espalhasse por todo o território e garantiu a soberaniade poder em são Paulo. Foi ele que forjou uma aliança com Arekon,um nimbus insano que acreditava ser um avatar do Senhor da Noitee foi ele que em 1929 planejou e coordenou a caçada contra todosos magos e seres sobrenaturais em São Paulo. Nem mesmo as notí-

cias de que seus maior inimigos, Jeremiah Gonçalez, agora um altomembro da ordem das Sombras, e Chen Long, o templário quematara sua amada, agora líder de uma seita nova, o abalaram.

Atualmente: Derek tem tentado de todas as formas libertar oSenhor da Noite. Para ele o mundo devia ser limpo dos sereshumanos e novos seres (controlados por ele) deveriam ressur-gir das cinzas dessa civilização. Ele mora em um apartamento naregião Oeste, onde ele junto com Jeniffer-5 coordenam a irman-dade paulistana. Jeniffer-5 é um constructo semelhante à Jenifferoriginal só que mais poderosa e totalmente devotada a servirDerek. Ele também possui um dragão de Komodo como familiar.

Jeremiah Gonçalez:histórico: A história de Jeremiah Gonçalez começa no

ano de 1663 na Espanha. Filho de um rico comerciante espa-nhol e uma ex-aristocrata inglesa, Jeremiah tinha tudo parater uma vida de pompa. Aos 6 anos, porém, o pai morreu deforma misteriosa e todos os bens da família foram tomadospelos sócios de seu pai. A mãe de Jeremiah tentou voltar aInglaterra, mas, como havia fugido para se casar, foi extre-mamente mal recebida. A constante humilhação da família,fez com que Jeremiah crescesse isolado de todos, apenastendo a mãe para conversar. Infelizmente, aos 10 anos, a mãede Jeremiah foi forçada a se casar com um duque local paraaumentar a riqueza da família e não suportando a idéia, sesuicidou. Aterrorizado, Jeremiah fugiu e passou a viver nasruas até que um padre da cidade de Oxford o acolheu. Ele oguiou e lhe deu a chance de ir à escola. Lá, ele conheceuDerek Diacon, um órfão como ele. A tragédia de ambos osaproximaram e eles se tornaram grandes amigos. Em 1680ambos conheceram Jeniffer O’Brain. Ela se tornou amiga dosdois e depois de algum tempo juntos, Jeniffer os convidoupara entrar na ordem ao qual pertencia: a ordem dos Druidas,Bardos e Wiccas. A principio, Jeremiah recusou, mas vendoque seu melhor amigo se interessou e fascinado por Jeniffer,Jeremiah entrou para a ordem. Durante o tempo que treina-ram na ordem, Jeremiah e Jeniffer acabaram se apaixonando,o que despertou a ira de Diacon que também a amava. Issodesencadearia a série de eventos que levariam Jeniffer àmorte. Após conseguir fugir, Jeremiah procurou os druidasmais poderosos da ordem na expectativa de poder ressusci-tar Jeniffer. Estes, porém, recusaram-se pois tal ato iria con-tra as leis que defendiam. Amargurado e enfurecido, Jeremiahviajou pelo mundo em busca de poder e vingança. Assimcomo Derek, sua magia também sofreu distorções. QuandoJeremiah soube que Derek havia se unido à Irmandade deTenebras em Portugal, Jeremiah procurou auxílio no únicogrupo que conhecia que era capaz de enfrentá-los de igualpara igual: a Ordem das Sombras. Jeremiah passou por di-versos testes antes de ser aprovado. Após sua aprovação,se dedicou a tentar erradicar a Irmandade de Portugal juntocom Derek. Quando descobriu sobre a ida de seu arquinimigopara o Brasil, tratou de convencer a ordem à mandá-los atrás.No Brasil, Jeremiah fez de tudo para sabotar os planos deDiacon. Usou todo o tipo de subterfúgio e violência paradetê-los e foi graças às suas estratégias que foi possívelusar a Revolução de 1932 contra a Irmandade.

Atualmente: Jeremiah continua sua cruzada pessoal contraDerek Diacon. A Chegada de Chen Long à São Paulo apenas oalegrou mais ainda, vendo nessa situação uma maneira de sevingar dos dois. Jeremiah mora na região leste de São Paulojunto com Jeniffer-3.

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Chen LongHistórico: Chen Long nasceu em 1670 em Hong Kong. Oita-

vo filho de uma família de pescadores, ele sempre foi o maisviolento e cruel de todos. Causou “acidentalmente” a morte deum dos irmãos e foi acusado por algumas jovens da vila de tê-las violentado. Isso antes de completar 15 anos. Aos 17 anosconheceu o corsário inglês e templário Sir William Johnson queapreciou muito os dotes do garoto. Ele o incluiu em sua tripula-ção e o treinou na arte da espada. Também o ensinou a religiãocatólica e o que sabia sobre a cidade de Prata. Após meses nomar, Chen Long aportou na Inglaterra onde foi nomeadotemplário. Depois disso, participou de algumas caçadas semporém mostrar seu lado doentio. Foi, porém, após um ataque àuma ordem de druidas que ele mostrou sua verdadeira face. Elematou diversos druidas e wiccas, incluindo um jovem ruiva denome Jeniffer, o que despertaria c fúria contra ele de dois ma-gos Derek Diacon e Jeremiah Gonçalez. Foi gravemente ferido,mas foi salvo por um colega. Chen Long demorou dias para serecuperar mas durante esse tempo ele só pensou em caçar osdois magos para se vingar. Seus superiores, porém, o impedi-ram. Insanamente furioso, Chen Long atacou-os mas foi derro-tado e preso. Ele teria sido executado mas, ao invés disso, foimandado em uma missão suicida em territórios além da TerraSanta. Junto com o ex-templário partiram mais seis criminosos edez templários fiéis à ordem. Após meses sendo arrastados, ogrupo chegou ao Himalaia. Lá, eles se depararam com os peri-gos da Cordilheira. Todos os templários morreram na escaladaenquanto os criminosos ficaram perdidos por dias até aciden-talmente esbarrar em uma vila escondida em um vale. Essa vilaera nada mais que Xangrilá. Eles foram bem recebidos e recebe-ram cuidados médicos. Amistosos e pacíficos, os habitantes dovale jamais haviam visto ninguém mal até aquele momento. Ossete homens roubaram vários itens mágicos, incluindo um tomomágico. Foi através desse tomo que meses depois, já na China,eles invocaram o Dragão negro e fundaram os Dragões das Som-bras. O que os outros não sabiam é que Chen Long havia rou-bado outro tomo: um livro de profecias e lendas antigas. Nesselivro contava-se a lenda da criação, de como os Grandes Deu-ses haviam lutado pelo poder e de como um deles, o Deusjudáico-cristão, havia criado uma arma capaz de fazer todos otemerem. O livro tinha a localização da arma através de chara-das e durante anos, Chen Long pesquisou cada charada. Foiapenas neste século que ele conseguiu decifrar a localizaçãodesta arma. Ele então organizou um grupo e veio para o Brasilusando a desculpa de estabelecer uma base em São Paulo.

Atualmente: Mesmo fazendo pouco tempo que chegou nacidade (em relação às outras ordens) Chen Long e seus dra-gões já causaram problemas. Ele viu a chance de se vingar deseus maiores inimigos e de obter uma arma capaz fazer os deu-ses se ajoelharem aos seus pés como um prenúncio de seu des-tino. Ele vive atualmente no bairro da Liberdade.

MalikielHistórico: Quando vivo, o jovem Joaquim Ramirez era um gran-

de fidalgo português. Paladinesco até o fim, Joaquim se entregouàs batalhas contra os mouros por simples amor pela pátria. Esteamor levou-o a morte em um ataque contra Granada no ano de1406. Quando chegou ao céu, Malikiel foi encaminhado para oscaptares onde foi treinado por vários anjos superiores. Após 100anos treinando, ele recebeu sua primeira (e única) missão: prote-

ger o node do vale do Anhangabaú. Após o desastre com Arekon,Malikiel teve que assumir um novo posto: o de líder dos anjospaulistanos. Nessa posição, ele teve de enfrentar desde ataquesdo Senhor da Noite até o plano insano de Derek Diacon para libertá-lo, que lhe custou a base de operações e quase vida. Desde esseocorrido, porém, Malikiel percebeu que não poderia vencer a Ir-mandade sem ajuda. Foi com isso em mente que ele criou a Socie-dade da Luz com os outros anjos morando em São Paulo.

Atualmente: Malikiel primeiramente tem tentado manter emsigilo sua nova base (que por idéia de alguns anjos foi criadanos três últimos andares de um prédio na Paulista). Mais doque isso ele tem tentado manter a frágil (e instável) relação en-tre os anjos. Também tem tentado manter o Conselho da Cidadede Prata calmo com a ajuda de Litah. Até agora, tem dado certo.

LitahHistórico: Litah era uma simples fazendeira que vivia pró-

xima aos Montes Urais junto com seus pais. Sua vida termi-nou quando um grupo de salteadores atacou sua casa embusca de comida. Quando chegou ao céu, Litah foi encami-nhada para os Protetores, onde se tornou um Anjo. Ela foitreinada por Gabriel e por algum motivo, ele gostou dela aponto de se tornarem amigos. Após 100 de sua chegada elafoi designada para um grupo sob o comado de Arekon paraSão Paulo para proteger o node. Logo percebeu quão difícilseria a tarefa e mesmo com seu treinamento teve dificulda-des para sobreviver. Ela, porém, cultivou uma grande amiza-de com Malikiel e por isso conseguiu controlar o espiritoguerreiro dele e ajudou-o a proteger a cidade.

Atualmente: Litah é a segunda em comando na cidade de SãoPaulo e na Sociedade da Luz. De todos, é a que mais está preocu-pada com a vinda da Ordem dos Dragões da Sombra pois, graçasa sua amizade com Gabriel, sabe o que é a “arma suprema”. Tam-bém tem sido essa amizade que tem mantido o Conselho fora dosassuntos paulistanos e de declarar Malikiel um traidor pagão. In-felizmente, não se sabe até quando isso vai ser possível.

Arekon/Senhor da NoiteHistórico: A história do Senhor da Noite começa em

Atlântida, décadas antes de sua destruição. Ele foi liberta-do por um mago atlante em uma base próxima à costa brasi-leira com o intuito de destruir Lemúria. O demôniotenebriano, porém, tinha outros planos. Ele dominou todosos seres vivos da base, na de começar uma conquista mun-dial. Seus planos foram adiados graças à uma intervençãode sete arquimagos lemurianos que temiam as experiênciasnesta ilha. Após uma longa batalha, os setes conseguiramprender a criatura em uma linha de Fey que seguia para ocontinente. Para jamais permiti-lo escapar, os magos usaram7 nodes próximos e sete símbolos mágicos para criar umaprisão mística em um dos nodes, de forma que, quando acriatura se reforma-se, criaria uma prisão eterna. Também cri-aram um mapa para marcar o local da prisão caso fosse ne-cessário aprisionar outro ser de Tenebras. Já a históriaArekon, o Nimbus, teve inicio início em Roma. Padre devo-tado à política, ele fervorosamente lutou pela igreja até mor-rer em 1305. Na Cidade de Prata, foi acolhido e treinado pe-los Nimbus e se tornou um excelente diplomata. Após vári-as missões, ele foi apontado por seu mestre, o Nimbus co-nhecido como Victor, para se líder de um grupo de defesapesquisa de um node na região de onde seria São Paulo.Quando chegaram, ele iniciou seus estudos dos poderes donode. Foram graças a esses estudos que finalmente o Se-nhor da Noite viu uma forma de se libertar. Utilizando-se de

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telepatia, o Demônio começou a influenciar as ações do anjo.Arekon começou a ficar mais tenso e nervoso, mas poucosderam atenção a isso, acreditando ser o tempo que passa-vam longe da Cidade de Prata que o afetava. Depois de al-gum tempo, Arekon se afastou de seus colegas e começou aestudar o node com mais afinco. Isso permitiu que o Senhorda Noite assumisse de forma melhor as ações de seu pupilo.Após algum tempo de extrema manipulação, o Senhor daNoite conseguiu fazer com que Arekon recuperasse um dossímbolos. Isso permitiu a abertura de uma fenda por ondeum pouco do poder do demônio pôde escapar. Esse podercontaminou Arekon que se tornou incrivelmente mais forte.Po sorte, os anjos de São Paulo puderam impedir que o Se-nhor da Noite se libertasse. Arekon fugiu e começou agir deforma sigilosa em São Paulo por anos até encontrar a Irman-dade de Tenebras. Ele então fez um pacto com Derek Diacone desde então tem ajudado a ordem a tingir seus objetivos.

Atualmente: Arekon perdeu completamente a forma de umanjo. Agora ele se assemelha à uma espécie de humanóide ca-reca com estranhas asas completamente alienígenas e olhossemelhante aos de um inseto. Sua base fica em um prédio aban-donado próximo ao Anhagabaú.

Jeniffer (golem)Histórico: A história destes dois golens remonta à antiga

Atlântida. Qual era sua função na cidade é desconhecida masalguns magos acreditam que eram usados como entretenimen-to para alguns magos enquanto outros acreditam que eram bemmais do que isso. Depois que a cidade foi destruída, a grandemaioria perdeu suas propriedades mágicas. Oito golens, porém,se mantiveram funcionando em um estado de transe no qualmudavam sua forma para estátuas. Eles foram encontrados naspraias portuguesas em 1235 e, acreditando-se ser apenas está-tuas da antiga Roma, foram vendidas para nobres por altos pre-ços. As estátuas se espalharam por todo o mundo, mas em umajogada do destino, em 1725 duas dessas estatuas chegaram àsmãos de Derek Diacon. Sentido a poderosa magia emanandodas estátuas, Derek iniciou longos estudos sobre elas. Em 1730,Ele descobriu o ritual para alterar a forma e aprisionar sob suavontade os golens. Enquanto realizava o ritual, Derek foi inter-rompido por um ataque de Jeremiah Gonçalez. Ele impediu queo ritual fosse completado em um dos golens enquanto Derekconseguiu fugir com o outro, já funcional. Posteriormente,Jeremiah também descobriu como realizar o ritual. Desde entãoas duas criaturas tem servido os dois.

Atualmente: Esses golens são bastante diferentes da maio-ria. São totalmente obediente àqueles que o libertam, porémmostram uma gama de sentimentos quase que humanos. Issoas diferencia completamente de uma jovem adorável semelhan-te à Jeniffer real (Jeremiah) à uma psicopata assassina (Derek)Cada uma delas possui um número no braço. A de Derek possuio número 5 enquanto a Jeremiah o número 3.

Belagahistórico: Nascida no Cairo, Belaga teve um vida difícil. Sua

mãe morrera no parto e com seis anos, o pai foi morte acusadode assassinato. Ela passou sua vida roubando até acidental-mente roubar um membro da Ordem de Isis e Osiris. Ela foi pegamas, ao invés de ser entregue às autoridades, foi acolhida pelaordem. Com dezoito anos já apresentava talentos mágicos in-críveis que chamaram a atenção até dos deuses como Bastet

que gostou da garota. Infelizmente, ela também chamou a aten-ção da ordem dos magos Petros que a mataram ao dezenoveanos em 1710. Sua alma, então, foi para a Cidade Dourada ondefoi recebida por Bastet, que a treinou. Cem anos depois, ela foiescolhida para ir junto com os membros da ordem para São Pau-lo em busca do símbolo roubado e desvendar os segredos dacidade. Desde então ela tem vivido na cidade.

Atualmente: Com a criação da Sociedade da luz, Belaga temtido mais contato com os outros anjos e até mesmo fez amizadecom a protetore Litah. Belaga é um jovem linda de pele e cabe-los morenos e olhos verdes com pupilas verticais. Ela mora nonode da Luz, mais precisamente no Obelisco, com um pequenogrupo de servos que Bastet enviou a ela.

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INTRODUÇÃO”Três viajantes subiam com um carro a estrada de terra

que leva à São Tomé das Letras. Era noite chuvosa e escura, eao chegarem a uma encruzilhada ficaram em dúvida. Qualcaminho seguir? E eis que, sob a luz de um relâmpago, surgeum velho todo vestido de branco. Eles não perderam tempo eperguntaram ao ancião qual seria a trilha correta, e este últi-mo a apontou. Meio que surpresos pela aparição súbita dovelho, os viajantes seguiram pela estrada.

Após poucos minutos aquilo já fora esquecido pelos três, eeles já começavam a pensar em que lugar se hospedariam nacidade. Dobraram à direita e entraram na estreita ruazinhade terra e pedra que finalmente os colocaria dentro da cida-de. Seus rostos ficaram pálidos e a conversa cessou quandoavistaram o ancião bem na esquina à frente, tendo chegado àcidade muito antes deles”.

HISTORIANo Século XVII, um escravo de nome João Antão se can-

sou das torturas e obrigações que tinha de se submeter e fugiuda fazenda Barão de Alfenas ( que hoje se encontra na cidadede Alfenas , MG). Desde então passou a viver sozinho em umagruta em uma floresta deserta.. Certo dia, apareceu um senhorque trajava uma roupa marrom com capuz e lhe forneceu umacarta de alforria, a qual João tinha que entregar ao Barão deAlfenas. Após ler a carta, o Barão pediu para João levá-lo na talgruta para conhecer o dono de linhas tão perfeitas, pois, se na-quela época era difícil encontrar alguém que escrevia, encon-trar uma pessoa com letras tão bonitas era quase impossível.Ao chegar na gruta, não encontraram o homem, no entanto avis-taram uma estátua de São Thomé de 3 m de altura esculpida empedra. João Antão ficou impressionado em ver como alguémpoderia fazer tal escultura em tão pouco tempo, pois , a pedraque agora era São Thomé, era a mesma que o escravo haviafeito alguns riscos para marcar os dias que estava foragido nagruta. “Os riscos ainda continuavam na escultura”.

O Barão achando que João havia falsificado ou mesmo amea-çado alguém para que escrevesse tal carta, tratou de fazer justiçacom as próprias mãos e ali mesmo sacou sua garrucha , mas antesde cometer o tal ato , ele se surpreendeu com a fisionomia que aestátua havia tomado, ela agora tinha feições demoníacas e pare-cia furiosa com a atitude do barão que logo se viu na obrigação delargar a arma e fugir da gruta. Bom, nunca mais se ouviu falar doBarão de Alfenas, que foi dado como desaparecido e morto pelosjornais da época, seu corpo nunca foi encontrado e isso aindahoje assusta os moradores dessa cidade. O homem de capuz mar-rom chamado “ Saulo Zifirn” ( mago petro), conseguiu a carta dealforria de João Antão que se dedicou fielmente e passou a morarcom seu novo chefe em uma fazenda abandonada nas proximida-des da gruta. Saulo Zifirn, conseguiu a libertação de mais 8 ( oitoescravos ) que sob voto de juramento ou dívida se puseram adisposição dele por duas semanas para qualquer espécie de tra-balho braçal ou ajuda que ele pudesse precisar.

Então Saulo Zifirm ordenou que se construísse um temploao lado da gruta para encontros e reuniões com outros magospetros (hoje a igreja matriz), e em 1740, formou-se uma vila ao

redor desse templo, virando, mais tarde, a cidade de São Thomédas Letras. Muitos moradores juram escutar gritos e passospelas matas...alguns dizem que é o espírito do Barão de Alfenasprocurando ajuda, outros juram que são duendes...quem seráque está com a verdade?

LOCAIS DE INTERESSEBreve

NPCsBreve

São Thomé das Letras - MGPor Mayke Moraes

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Sorocaba - SPPor Tadeu Witchking

INTRODUÇÃOSorocaba está classificada entre os maiores municípios bra-

sileiros, seja em população ou geração de riquezas (PIB deUS$ 3 bilhões, região US$ 7 bilhões - 1998). Situando-se a 91Km da cidade de São Paulo e 88 Km de Campinas, Sorocaba éuma das pontas deste triângulo que forma uma área de forteatividade econômica e de crescente desenvolvimento sóciocultural, graças, principalmente, ao rápido domínio e absor-ção de novas tecnologias, além do acesso por vias aérea, ter-restre e fluvial que permite um fácil escoamento de produtos.

A cidade atende à regra básica do desenvolvimento ao re-dor da capital do Estado: é perto o bastante para se benefici-ar do mercado consumidor da capital e da Grande São Paulo,longe o suficiente para não pagar o preço da cidade grande.

Com uma população de aproximadamente 460.000 habi-tantes, é a quarta maior cidade do interior paulista fora daGrande São Paulo e é pólo regional de diversos outros muni-cípios emergentes do Estado de São Paulo.

Aproximadamente 1.400 indústrias estão hoje instaladasem Sorocaba, sendo que a maioria delas estão na Zona Indus-trial. São 25 milhões de metros quadrados, servidas de ener-gia elétrica, telefone, transporte coletivo, água e esgoto e ater-ro sanitário para deposição de resíduos industriais.

Sorocaba não é forte apenas no setor industrial, seu co-mércio faz da cidade (renda per capta de US$ 6.500,00) umcentro regional de atração de consumidores, concentrandoum enorme volume de vendas nos Shoppings Centers, Lojas,Supermercados, Conveniências, etc.

O setor de prestação de serviços é intenso e diversificado.A cidade destaca-se pela extensa rede de agências bancárias,hotéis, escolas, hospitais e clínicas especializadas.

Enfim, Sorocaba é uma cidade forte que apresenta um po-tencial enorme de crescimento e desenvolvimento em todas asáreas, está entre os municípios com melhores oportunidadespara profissionais especializados do Brasil. Sua vocação parapólo de desenvolvimento do Mercosul e da Nova Ordem Mun-dial Globalizada, permitem prever um afluxo de investimentose incontáveis oportunidades de negócios em toda sua região.

“PRO UNA LIBERA PATRIA PUGNAVI”– Pugnei pela Pátria Una e Livre

GEOGRAFIASorocaba está localizada no sudeste paulista, apenas 91Km

a oeste de São Paulo (capital), com uma altitude média de 600m,o ponto de maior elevação é a Fazenda do Brigadeiro Tobias a1.028m, a área do município é de 443 Km2, sua localização geo-gráfica é 23º29’57" latitude sul e 47º27’25" longitude oeste (Pra-ça Frei Baraúna).

POLÌTICA E ECONOMIASorocaba tem um perfil industrial bastante diversificado, que

compreende desde componentes aeronáuticos, incluindo em-presas do ramo eletroeletrônico, metal-mecânico, alimentos, etc.Atraídas pelas facilidades em Sorocaba, empresas de nacionali-

dades distintas transformaram o parque industrial sorocabanonuma síntese da economia global.

Pólo da região de mais antiga industrialização de São Paulo, omunicípio se beneficia de um posicionamento privilegiado em re-lação as principais cidades do Estado com fácil acesso por viasaérea, terrestre e fluvial. Tem importantes eixos viários como Cas-telo Branco (que dá acesso a Rod. Anhanguera e Bandeirantes) eRaposo Tavares. É servido pela Ferroban (Ferrovia dos Bandei-rantes S.A.) que dá acesso à capital e ao porto de Santos (167Km), fica a 80 Km do Aeroporto de Viracopos, está apenas 80 Kmde Conchas, onde existe um terminal hidroviário da Hidrovia Tietê-Paraná. Sorocaba é sede da Região Administrativa de maior exten-são territorial, no sudeste do Estado, e rota de passagem para ooeste paulista e os Estados do sul e centro-oeste do país.

O município conta, atualmente, com aproximadamente 1.400indústrias instaladas principalmente em sua zona industrial (im-plantada no final da década de 60), que tem aproximadamente 25milhões de metros quadrados para receber empresas de todos ossetores e tamanhos. Toda essa área é servida de energia elétrica(disponibilidade de 150 mil kva em alta tensão de 23 mil volts);água e esgoto; aterro sanitário para deposição de lixo e resíduosindustriais; serviço telefônico; ruas pavimentadas e de terra; trans-porte coletivo, etc. A zona industrial de Sorocaba é consideradauma das mais completas do País. A estratégia de desenvolvimen-to econômico de Sorocaba baseia-se numa política de incentivar ainstalação de uma indústria e atrair toda a cadeia de fornecedores,reduzindo o custo dos insumos e matérias-primas.

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A cidade possui numerosas indústrias metalúrgicas e é umdos mais importantes centros do Estado na fabricação deimplementos para telecomunicações, desde transistores a ante-nas parabólicas. Todo esse substrato empresarial garante umseguro aporte de recursos e a instalação na cidade de indústri-as complementares e de prestação dos mais diversos tipos deserviço, dinamizando a economia global.

O crescimento industrial de Sorocaba e das cidades vizinhaslevou à decisão de se instalar no município o primeiro “portoseco” do interior do Estado de São Paulo, a Estação Aduaneirado Interior (Eadi), da Receita Federal, por onde deverão passarmercadorias exportadas e importadas, o que deverá dinamizaros negócios na região.

Sorocaba deverá apresentar um crescimento ainda maior nospróximos anos, os fatos que levam a essa análise são a constru-ção do Rodoanel, contornando a Capital e que chegará a 50quilômetros do município e a construção do gasoduto Bolívia-Brasil. Sorocaba será a “citygate” na segunda fase da obra (tre-cho de Guararema/Paulínia a Canoas - RS) sediando um doscanteiros de obras.

HISTÓRIAAntes do findar do século XVI, por volta de 1589, a região

de Sorocaba teve a sua primeira notícia histórica. De uma Histó-ria que, intimamente associada à História de São Paulo e do Bra-sil, legitima o justo orgulho dos sorocabanos.

Por essa época, a busca de ouro no morro Araçoiaba mos-trou-se infrutífera. Em 1599, dom Francisco de Souza, Governa-dor-Geral do Brasil entre 1591 e 1602, ainda acreditando na exis-tência de ouro, esteve na região e lavantou o pelourinho - sím-bolo do poder real - na nova Vila de Nossa Senhora de MontSerrat. Como se confirmasse a inexistência do metal, o governa-dor retomou à Corte. Doze anos mais tarde, o mesmo dom Fran-cisco de Souza mudou o nome da vila para Itapeboçu ou Itavuvu,mas a povoação teve vida breve.

Em 1654, o capitão Baltazar Fernandes mudou-se para a re-gião com a família e escravaria e fundou um povoado, ao qualdeu o nome de Sorocaba. Em tupi-guarani, Sorocaba é uma ex-pressão em que SOROC significa romper, rasgar e, ABA signifi-ca terra. Portanto, Sorocaba significa terra rasgada.

Baltazar Fernandes estimulou o povoamento e desenvolvi-mento da pequena aldeia e, em 1661, requereu a elevação deSorocaba à categoria de Vila, sendo atendido. Com essa mu-dança administrativa, o pelourinho foi transferido de Itavuvupara a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba e o gover-no nomeou os primeiros integrantes do Poder Público Munici-pal: os juízes Baltazar Fernandes e André de Zunéga; os verea-dores Cláudio Furquim e Pascoal Leite Pais; o procurador Do-mingos Garcia; e o escrivão Francisco Sanches.

Como o Capitão Baltazar Fernandes, os primeiros morado-res da Vila de Sorocaba eram bandeirantes, que buscavam ouro,apresavam indígenas e ampliavam as fronteiras do País.

A cidade cresceu durante os séculos XVII e XVIII e a primeiratropa de muares passou por suas ruas no ano de 1733. O condu-tor era o Coronel gaúcho Cristóvão Pereira de Abreu, um dos fun-dadores do Rio Grande do Sul. Sem o saber, Pereira de Abreu esta-va fazendo História e inaugurando um ciclo, o do Tropeirismo.

Com o tempo, Sorocaba tornou-se um marco obrigatório paraos tropeiros, o desaguadouro das mais diversas culturas regio-nais, e o eixo econômico entre o Norte e Nordeste e o Sul. Acidade, com o afluxo de tropeiros, ganhou uma Feira de Mua-res, onde brasileiros de todos os estados reuniam-se para ven-der e comprar animais.

A Feira de Muares aglutinou novos moradores e permitiu oflorescimento do comércio e da indústria caseiras. Facas, facões,redes, doces, peças de ouro para montarias, selas, arreios, estri-bos e cabos de chicotes, feitos por ourives sorocabanos, fica-ram conhecidos em todo o País.

O sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem, em 1818,conseguiu fazer funcionar a Real Fábrica de Ferro São João doIpanema. O pioneirismo de Sorocaba em toda a América Latinano setor metalúrgico é inconteste. A fábrica de Ipanema produ-ziu grande quantidade de ferro, principalmente material bélico,durante a Guerra do Paraguai.

Em 1852, graças à acumulação de capital proporcionada pe-las Feiras de Muares, surgiram as primeiras fábricas de algodãoe de seda. A experiência industrial não foi longe, mas Sorocabatornou-se pioneira no plantio do algodão herbáceo - para subs-tituir o arbóreo - para exportação para a Inglaterra.

As primeiras sementes de algodão foram plantadas de 1856.Os resultados foram tão bons que, em 1870, Luís MatheusMaylasky, o maior comprador de algodão da região, levantou aidéia da construção de uma estrada de ferro para facilitar a ex-portação do produto. Assim, cinco anos depois, era inaugura-da a Estrada de Ferro Sorocabana.

Igual têmpera e pioneirismo Sorocaba também dedicou àpolítica. A Revolução Liberal nasceu em Sorocaba em 1842.O Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar foi aclamado presiden-te da Província de São Paulo para lutar contra o cerceamen-to das liberdades imposto pelo Poder Central. A Revoluçãofoi vencida, mas Sorocaba foi elevada à categoria de cida-de, juntamente com Curitiba, ainda pertencente a São Paulo,e Campinas. A Comarca viria em 1871.

As iniciativas industriais voltaram nos anos 80 do séculoXIX. Em 1882, foi inaugurada a Fábrica de Tecidos Nossa Se-nhora da Ponte e, em 1890, as Fábricas de Santa Rosália eVotorantim. Aos poucos, Sorocaba tornou-se um pólo industri-al de referência internacional. Por isso, ficou conhecida como aManchester Paulista.

Hoje, Sorocaba é um centro comercial e de serviços em cresci-mento constante, convivendo com um parque industrial dos maisexpressivos e sofisticados do Brasil. É, também, uma das maiorescidades do Estado de São Paulo em arrecadação de ICMS. O so-nho de seus fundadores se fez realidade. Uma realidade muito alémdo que bandeirantes e tropeiros ousaram sonhar.

HISTÓRIA SOBRENATURALSorocaba sempre foi uma cidade muito ativa do ponto de

vista sobrenatural. Desde antes do descobrimento, a região,conhecida como Morro do Ipanema, fora palco de rituais indí-genas, devido ao Nodo existente onde hoje se encontra a Fa-zenda Ipanema. Este nodo, relacionado à Spiritum, é talvez umdos mais poderosos do Brasil. O gigantesco cemitério indíge-na, que demarca a área do Nodo, é uma prova disso. Intimamen-te, ao menos no começo, ligada ao Catolicismo, Sorocaba foiuma das primeiras cidades brasileiras para a qual foi designadaum Principado, Betuel, que aqui atua e reside até hoje. Confor-me foi se desenvolvendo, Sorocaba foi cada vez mais dominadapelos Iluminados, graças a quem Sorocaba é o pólo industrialque é hoje. Atualmente, os Rosacruzes vem aumentando seupoder também, mais ainda estão longe de se equipararem aosIluminados. O Nodo é ocupado por um vampiro Asimani e seusseguidores, mas é muito visado por várias outras Sociedades eEntidades, inclusive a nefasta Irmandade de Tenebras, que vemaumentando seu poder nas sombras na região. Especula-se quea Irmandade vem fazendo um complexo Ritual, cuja única peça

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que foi descoberta foi a invocação da Horda Andreis. O espíri-to de Baltazar Fernandes, fundador da cidade, até hoje aqui re-side e é como uma espécie de guardião da cidade, devido aoseu espírito Bandeirante. Sorocaba está também nos planos dosalienígenas, especificadamente nos Greys, que tem algum inte-resse não descoberto no Nodo da Fazenda Ipanema, o que oca-sionalmente atrai grupos que caçam ÓVNIS para cá. O vampiroDamian, único com residência em Sorocaba conhecido, tambémé muito visado, pois possui conhecimento muito variado apren-dido com os espíritos dos índios e com os ensinamentos deZumbi, seu criador. Os Clubes de Caça vem a tempos tentandoachar uma forma de destruir Damian, mais com seu poder au-mentado no Nodo, isso tem se mostrado praticamente impossí-vel. O Cargo de Diácono Norte em Sorocaba está atualmentevago, após a misteriosa morte de Alberto Husch, finado mem-bro dos Magos das Sombras. Além disso, Sorocaba conta comuma facção razoavelmente grande de Templários, descenden-tes dos antigos Bandeirantes, que se reúne no Mosteiro de SãoBento, junto de seu Mentor (um anjo Captare acessor de Betuel)

.

LOCAIS DE INTERESSE

Paço MunicipalLocal do Selo de Salomão sorocabano e é onde o Arcanorum

se reúne. Por ser um lugar totalmente ligado à política, sofreforte influência dos Iluminados.

Fazenda IpanemaNodo fortíssimo relacionado à Spiritum, e talvez o ponto mais

importante da região sorocabana. Era um cemitério indígena gi-gantesco antes do Descobrimento e, atualmente, é uma reservaflorestal do IBAMA e patrimônio histórico, além de ser famosano ramo ufológico por seus constantes avistamentos de ÓVNIS.É o lar de Papa Damian e seus seguidores.

Mosteiro de São BentoUma das mais antigas igrejas sorocabanas, foi fundada pelo

próprio Baltazar Fernandes, e hoje é lar de Betuel, o Principadoresponsável por Sorocaba e seus acessores.

Largo do CanhãoPonto no qual o Arcanorum celebra a independência de

Sorocaba. Foi onde o Iluminado Brigadeiro Tobias montou uma re-sistência contra os Iluminados do resto do país e finalmente (apesarda derrota) conquistou o direito de Sorocaba formar um Concílio.

Casa dos PadresO mais famoso local “assombrado” de Sorocaba. Nó século

passado, foi lar de um monge que pertencia à Inquisição. Desdesua morte, as ruínas da casa são assombradas por aqueles queforam mortos pelo padre, além de ser freqüentada por ganguesde todos os tipos.

Casa de Saúde Mental Teixeira LimaHospício no qual foi aprisionada a Horda Andreis, respon-

sável por várias depredações na região.

Pavilhão da CianêAntiga fábrica de tecidos abandonada, é o refúgio de um

Íncubbus conhecido como Nelson. Está sendo lentamente ocu-pada, através de manobras legais, pelos Iluminados, com o ob-jetivo de expulsar Nelson.

FEPASASede da Ferrovia sorocabana, é o símbolo de poder dos Ilu-

minados, e é onde a Loja sorocabana se reúne.

Pista de CaminhadaLocal de encontro tanto dos Satanistas quanto das Brujas.

Fica no meio do território dos Rosacruzes.

Zona IndustrialCentro de poder dos Iluminados, durante a noite é uma área

deserta, e suspeita-se que ocasionalmente sirva de local de reu-niões da Irmandade de Tenebras e da Ordem de Luvithy.

NPCs

BetuelÉ o extremamente carismático anjo Principado responsável

por Sorocaba e recebe ajuda de 8 outros anjos de diversas Cas-tas. Veio para cá logo após a construção do Mosteiro de SãoBento, onde reside até hoje. Ocupa o posto de Diácono Oeste.

BetuelFR 11, CON 11, DEX 13, AGI 14,INT 16, WILL 25, PER 15, CAR 25PVs 41+31, IP 0, Pontos de Fé 16,Pontos de Magia 31, 342 anosAnjo Principado, membro da Escola de Yamesh (Apóstolo)Diácono Oeste de SorocabaEntender 8, Criar 8, Controlar 8, Água 4, Spiritum 3Desenho e Pintura 73%, Herbalismo 76%, História 96%,

Teologia 96%, alquimia 70%, Encantamentos 70%, Ocultismo90%, Rituais 80%, Tarot 80%, Teoria da Magia 80%, Etiqueta85%, Latim 80%, Linguagem Secreta 80%, Espadas 63/63, Es-cudos 63%, Montaria 64%, Liderança 75%, grego 80%, Inglês80%, Português 80%, Francês 80%, Espanhol 80%, Alemão 80%,Arquitetura 80%, Treinamento de Animais 80%, Lábia 105%,Primeiros Socorros 96%, Canto 105%, Atuação 105%, Escultu-ra 93%, Fotografia 95%, Redação 96%, Crítica de Arte 95%,Anatomia 96%, Filosofia 96%, Antropologia 96%, Arqueolo-gia 96%, Literatura 96%, Literatura 96%, Pedagogia 96%, Psi-cologia 96%, Demônios 80%, Sociologia 96%, Computação50%, Internet 50%, Empatia 95%, Burocracia 86%, Pesquisa 95%

PODERES: Asas Astrais 4, Bênção 4, Energização 5, Glifo6, Disfarce 3, Comunhão 1.

Possui Alma Pura.

NelsonÍncubbus que atua como traficante e contrabandista, refu-

giado no Pavilhão da Cianê. Veio para cá durante a SegundaGuerra Mundial, escapando de experiências realizadas pelasThules. Nada mais se sabe a seu respeito.

Papa DamianAsimani que reside na Fazenda Ipanema, foi transformado

por Zumbi de Palmares e desde então veio para cá. É extrema-mente isolado dos assuntos do Arcanorum, além de muito peri-goso, pois defende totalmente a cultura indígena e africana, oque o faz odiar brancos. Não cruze seu caminho.

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AndreisHorda, atualmente aprisionada pelos Templários (que não a

conseguiram destruir), que já foi responsável por vários “inci-dentes” na região. Suspeita-se que foi invocada pela Irmanda-de de Tenebras, como parte de um Rito maior.

Henrique de AlcântaraReitor da Universidade de Sorocaba, pertence à Golden

Dawn e ao Templo de Ísis e Osíris. Ocupa o cargo de DiáconoLeste no Concílio, representando ambas as sociedades.

HENRIQUE DE ALCÂNTARACON 9, FR 9, DEX 9, AGI 9,INT 18, WILL 18, PER 18, CAR 17PVs 16+14, IP 0, Pontos de Fé 6,Pontos de Magia 8, 41 anosDiácono Leste

RútalezDiácono Inferior sorocabano, pertence aos Satanistas. Veio

da Grécia para cá, mandado para administrar uma Indústria deeletroeletrônicos.

RÚTALEZCON 13, FR 13, DEX 14, AGI 14,INT 15, WILL 17, PER 16, CAR 16PVs 21+8, IP 0, 42 anosSatanista de 8o nível (Pater Magister)Diácono Inferior

Alfred SmithersMilionário e membro mais influente dos Iluminados, é dire-

tor de uma grande indústria de embalagens e Diácono Superior.Vindo dos E.U.A. na década de 70, comanda a cidade desdeentão. Atualmente, analisa o convite de ingressar num dos Clu-bes de Caça.

ALFRED SMITHERSCON 10, FR 10, DEX 15, AGI 10,INT 18, WILL 18, PER 14, CAR 16PVs 21+11, IP 0, 40 anosIluminado de 11o nível (Príncipe da Compaixão)Diácono Superior

LucianoMembro dos Rosacruzes, Luciano é tido como uma espécie

de senescal da Ordem, levando e trazendo informações. Prati-camente TODOS os habitantes de Sorocaba já viram Lucianopelo menos uma vez na vida. Suspeita-se que Luciano foi en-cantado com Rituais relacionados a Metamagia, podendo estarem mais de um lugar ao mesmo tempo.

Milla PatinelliRenomada escultora, é diácono Sul de Sorocaba. Sua linha-

gem italiana pertence aos Rozacruzes desde a criação da socie-dade. Supõe-se que ela tenha feito um pacto em troca de fama.Seu atual amante é Alfred Smithers.

MILLA PATINELLICON 15, FR 9, DEX 16, AGI 10,INT 12, WILL 10, PER 16, CAR 18PVs 18+6, IP 0, 28 anosRosacruz de 6o nível (Seraphim)

Baltazar FernandesEspírito que freqüenta o Largo do Canhão e atua como Con-

selheiro e Amuleto de Salomão do selo sorocabano.

Victor EinherjarEste Eretik siberiano extremamente poderoso e antigo está

em estadia em Sorocaba há pouco tempo. Acredita-se que este-ja em missão e que está missão seja, juntamente com sua ninha-da, atacar o clube de Caça de São Paulo.