brasil de fato rj - 092

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especial | pág. 9 Ator participou do ato pela paz no Alemão Betti: “Governador deveria ter mais sensibilidade” 9 a 15 de abril de de 2015 • distribuição gratuita entrevista | pág. 5 esporte | pág. 16 Fogão leva a Taça GB, Fluzão segue vivo Ano 2 | edição 92 Vitor Silva/SS-Press Empate do Fla com o Nova Iguaçu dá o título ao alvinegro Pablo Vergara “Precisamos nos mobilizar contra a terceirização” Ator Benvindo Sequeira fala sobre os direitos que o Congresso quer retirar dos trabalhadores Pezão aposta em mais violência no Alemão especial | págs. 8 e 9 Em dois dias, quatro mortes. Essa foi a realidade vivida na semana passada pelos moradores do Complexo do Ale- mão, na zona norte do Rio. Entre as vítimas está Eduardo de Jesus, uma criança de 10 anos, morto por um policial da Unidade de Polícia Pacificadora. Como resposta, o go- vernador Luiz Fernando Pezão (PMDB) quer resolver a crise no Alemão com mais armas. Moradores criticam a proposta pedindo serviços públicos. Tomaz Silva/ABr Sacco e Vanzetti reestreia no Armazém Utopia Peça retrata perseguição a operários que ficou conhecida como o “Julgamento do Século” Walmir Cultura cultura | pág. 11

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Page 1: Brasil de Fato RJ - 092

especial | pág. 9

Ator participou do ato pela paz no Alemão

Betti: “Governadordeveria ter maissensibilidade”

9 a 15 de abril de de 2015 • distribuição gratuita

entrevista | pág. 5esporte | pág. 16

Fogão leva a Taça GB, Fluzão segue vivo

Ano 2 | edição 92

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Empate do Fla com o Nova Iguaçu dá o título ao alvinegro

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“Precisamos nos mobilizarcontra a terceirização”Ator Benvindo Sequeira fala sobre os direitos que o Congresso querretirar dos trabalhadores

Pezão aposta em mais violência no Alemão

especial | págs. 8 e 9

Em dois dias, quatro mortes. Essa foi a realidade vivida nasemana passada pelos moradores do Complexo do Ale-mão, na zona norte do Rio. Entre as vítimas está Eduardode Jesus, uma criança de 10 anos, morto por um policial

da Unidade de Polícia Pacificadora. Como resposta, o go-vernador Luiz Fernando Pezão (PMDB) quer resolver a criseno Alemão com mais armas. Moradores criticam a propostapedindo serviços públicos.

Tomaz Silva/ABr

Sacco e Vanzettireestreia no Armazém Utopia Peça retrata perseguiçãoa operários que ficou conhecida como o “Julgamento do Século”

Walmir Cultura

cultura | pág. 11

Page 2: Brasil de Fato RJ - 092

Lutamos o tempo todo.Começamos de manhã, lu-tando para ir trabalhar, parapegar a condução e para con-seguir um lugar para sentar.Lutamos para pagar as con-tas, para esticar o salário atéo final do mês, para mantero emprego e para melhorarde vida. Entre essas lutas dodia a dia, algumas dizem res-peito à sobrevivência.

VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE

O Congresso Nacionalquer enfiar mais jovens po-bres, pretos e moradores dasperiferias na cadeia, mesmonão assegurando a eles oacesso a direitos mínimos.Liderados pelo deputadoEduardo Cunha, os parla-mentares querem diminuira idade em que se pode jogaros jovens nos presídios. Atéaonde isso vai? Qual será olimite da redução? Por acasoserá o útero das mulherespobres, que já foram cha-madas pelo ex-governador,

Sérgio Cabral Filho, de “fá-bricas de marginais”?

A outra face dessa violên-cia estatal contra a juventudeé o caso do menino de ape-nas 10 anos, assassinado en-quanto brincava na porta dacasa, no Complexo do Ale-mão. Essa morte é a expres-são de como as autoridadespouco se importam com avida dos moradores das pe-riferias. O governador Pezãoreagiu ao fato dizendo que

não voltará atrás na repres-são. E não voltou mesmo.As manifestações contra aviolência no Complexo fo-ram duramente reprimidaspela Polícia Militar.

A AMEÇA DA TERCEIRIZAÇÃO

Está na pauta da Câmarados Deputados o Projeto deLei 4330 que dará direito àsempresas de terceirizar semlimites a força de trabalho.

Essa é outra luta pela nossasobrevivência, pois os tra-balhadores terceirizados sãoos que têm menos direitos,menores salários e os quetêm as piores condições detrabalho. Na prática, os par-lamentares, novamente li-derados por Cunha, e osgrandes capitalistas queremtransformar todo mundo emterceirizado. Querem am-pliar os lucros, retirando di-reitos dos trabalhadores.

ORGANIZAÇÃO ELUTAS: CHAVE PARA SOBREVIVERMOS

Há movimentos sociais,organizações populares, sin-dicatos e partidos organizan-do pessoas para lutar nessasbatalhas. Procure-os! Essassão Lutas que dizem respeitoa nossa sobrevivência e a denossos filhos.

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 02 | opinião

• Ed

Para anunciar:

[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL: Antonio Neiva, Aurelio Fernandes, Joaquín Piñero, Kleybson Andrade,Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti EDITORA: Vivian Virissimo (MTb13.344) REPÓRTER: André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael Vilela REVISÃO:Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRA-ÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano Figalo TIRAGEMMENSAL: 200 mil exemplares

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

Desde 1º de maio de 2013

(21) 4062 7105

EDITORIAL

PREVISÃO DO TEMPO

Rio de Janeiro, Brasilquinta-feira, 9 abril

Parcialmente nublado

27 ºC | F

Lutas com L maiúsculo•

“Há movimentos sociais, organi-zações popula-res, sindicatos e partidos orga-nizando pessoas para lutar nessas batalhas. Procure-os!_______________

Page 3: Brasil de Fato RJ - 092

Beatificação de dom Hélder Câmara: Vaticano dará parecer

­­­

Plano de Saúde dos funcionáriosda Prefeitura

O PREVIRIO está comproblemas financeiros e,por isso, a Prefeituraapresentou aos servido-res duas propostas: per-manecer com planos desaúde pagos parcialmen-te pelo poder público, eter uma cobertura menordo que a quem têm hoje,ou migrar para um novoplano e pagar a faturaintegralmente. A denún-cia é do Sepe.

Processamento de Dados

Os empregados doSerpro, Dataprev e daDatamec estão em cam-panha salarial. Cerca de200 representantes dosetor definiram comoprioridade a luta contraa terceirização.

Servidores federais

Cerca de 2.500 servi-dores federais estão emBrasília para reivindicarreajuste, concurso e li-berdade de organizaçãonos locais de trabalho.Eles também protestamcontra o corte de verbasde R$ 22,7 bilhões dosserviços públicos.

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 geral | 3

Faleceu nesta terça-feira (7), no Rio de Janeiro, MariaAugusta Tibiriçá Miranda, 97 anos, veterana das causasda democracia, daigualdade de gêneroe da soberania nacional. A médicaMaria Augusta participou da histórica campanha “O Petróleo é nosso”.

SINDICALClaudia Santiago

mandoumal

mandoubem

Dezenove Ministros doTribunal Superior do Tra-balho mandaram muitobem. Eles condenaram, du-ramente, o projeto de lei4330 que acaba com qual-quer limite às terceiriza-ções. Para os ministros, oprojeto piora as condiçõesde trabalho, emprego e sa-lário dos trabalhadores.

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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FRASE DA SEMANA

AEPET

Ascom-TST

A Cúria Romana analisa opedido feito pela Arquidiocesede Olinda e Recife para iniciaro processo de beatificação dedom Hélder Câmara. Entreoutras atividades exercidaspor dom Hélder, destacam-sea passagem pelo arcebispadodo Rio de Janeiro, onde foibispo auxiliar na década de40, com forte ação social, epela Conferência Nacional dos

Bispos do Brasil (CNBB), daqual foi secretário durante 12anos (1952-1964).

Durante a ditadura, dom Hél-der passou a sofrer várias re-presálias. Teve a casa metralha -da, assessores seus foram pre-sos e sua indicação para o Prê-mio Nobel da Paz foi boicotadapelo governo militar, já que eledenunciava a tortura praticadacontra presos políticos.

Div

ulga

cao

Tomaz Silva/ABr

Pezão mandou mal, quan-do vetou a lei que impediaa revista íntima em unida-des prisionais. Na prática,parentes dos detentos con-tinuarão sendo submetidosàs humilhantes revistaspara ver seus familiares de-tidos, sem que isso melhoreem nada a segurança daspenitenciárias. E agora?

Luiz Fernando Pezão (PMDB). Diante da crise daUPP no Alemão, Pezão propôs aumentar ainda mais a militarização. Mandou mal duas vezes.

“Não serão em dez anosque vamos levar a paz parao Alemão”, afirmou o governador

Tom

az S

ilva/

ABr

Page 4: Brasil de Fato RJ - 092

O juiz Flávio Roberto deSouza, titular afastado da 3ªVara Federal Criminal do Riode Janeiro, foi denunciadoà Justiça pela ProcuradoriaRegional da República da 2ªRegião. De acordo com asinvestigações do MinistérioPúblico Federal (MPF), o juizcometeu os crimes de pe-culato, falsidade ideológicae extravio e inutilização dedocumentos da OperaçãoMonte Perdido.

A denúncia foi apresentadano último dia 31 e divulgadanesta segunda-feira (6). Cabeao Tribunal Regional Federalda 2ª Região a decisão deabrir o processo penal.

Flávio Roberto de Souza

foi investigado em dois in-quéritos: judicial e policial.Com base neles, os procu-radores regionais Flávio Pai-xão e José Augusto Vagos re-latam que o magistrado pro-feriu “decisões que lhe per-mitiram desviar recursos pú-blicos” nos valores de R$ 290,5mil, US$ 105,6 mil e EUR 108,1mil. O juiz é acusado de ter

usado esses recursos paracomprar um veículo LandRover Discovery e um apar-tamento na Barra da Tijuca.

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 4 | geral

Quem vai pagar a conta? | Darlan Montenegro

Os ricos brasileiros recla-mam dos impostos que pa-gam. E reclamam muito. Naverdade, pagam pouco. Acarga tributária brasileirapesa muito mais para osmais pobres.

Em primeiro lugar, porquea maior parte dessa carga(50%, seguindo o Dieese) écobrada sobre o consumo enão sobre a renda e a pro-priedade. Um trabalhadorque recebe um salário mí-nimo por mês, quando com-pra um litro de leite, pagaem imposto exatamente omesmo valor que um grandebanqueiro paga. Os impostoscontribuem para a distribui-ção de renda quando os maisricos contribuem com per-centuais maiores do que osmais pobres. O imposto so-bre o que se consome é exa-tamente o oposto disso.

IMPOSTO SOBREPROPRIEDADE

Em segundo lugar, por-que o imposto sobre a renda(que corresponde a 23% dacarga total) concentra-se,principalmente, sobre aclasse média. Os impostossobre a propriedade, queatingiriam principalmenteos mais ricos, representamapenas 3% do total.

Em países como a França,a Holanda ou a Suécia, osricos arcam com uma fatiamuito maior dos recursosdo Estado. No Brasil, quantomais rica a família, menoré o percentual da renda total

que é pago em impostos.O Imposto Sobre Grandes

Fortunas poderia contribuirpara reverter parcialmenteesse quadro. O imposto foiaprovado na elaboração daConstituição de 1988, masainda precisa ser regula-

mentado. Dois projetos nes-se sentido se encontram pa-rados no Congresso Nacio-nal e somente a pressão po-pular pode fazer com queesse tema avance.

DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZAS

A aprovação desse im-posto significaria que as eli-tes brasileiras arcariam comuma parcela maior dos cus-tos da crise. Permitiria, ain-da, mais adiante, que os re-cursos arrecadados contri-buam para melhorar a qua-lidade dos serviços presta-dos ao público. E isso sig-nifica uma melhor distri-buição da riqueza que, emúltima instância, é produ-zida pelos trabalhadores.

“No Brasil, quanto mais ricaa família, menor é o percentualda renda totalque é pago emimpostos_________________

Pezão veta pro-jeto que proibiarevista íntimaem presídios

O governador do Riode Janeiro, Luiz FernandoPezão, vetou integralmen-te o projeto de lei apro-vado no mês passado pelaAssembleia Legislativa(Alerj) que previa o fimda revista íntima de visi-tantes no sistema peni-tenciário do estado.

Segundo levantamentoda campanha “Pelo fimda revista vexatória”, ape-nas 0,03% das revistas ín-timas nos presídios levaà apreensão de algum ma-terial proibido, como dro-gas, armas e celulares.

Presidente da Alerj, Jor-ge Picciani (PMDB) lem-brou que o projeto foi apro-vado por 47 votos a favor eapenas 2 contra. “O Rio vaiavançar com o fim da re-vista vexatória. Submetereirapidamente ao plenárioo exame do veto.” (ABr)

Ex-juiz do caso Eike é denunciado pela Procuradoria do Rio

Akemi Nitahara da Agência Brasil

Juiz é acusado de crimes de peculato e falsidade ideológica

Divulgaca o

Divulgação

Carga tributária brasileira pesa muito mais para os mais pobres

Ricos pagam pouco imposto

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Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 entrevista | 5

Ator consagrado nos pal-cos e na TV, Bemvindo Se-queira quase foi batizadocomo Alegria, não fosse opai mudar de ideia na últimahora. Ainda assim nasceucom dom de fazer graça. Seuhumor, seu senso crítico apu-rado e, claro, o talento deator lhe renderam papeiscomo o "Seu Brasilino", daEscolinha do Professor Rai-mundo, e os personagens"Zebedeu", na novela Man-dacaru, e "Bafo de Bode", nanovela Tieta. Desde 2006 oartista trabalha na Record.

Mas Bemvindo Sequeiratambém é conhecido por seuengajamento político e suadefesa aos direitos dos tra-balhadores. Participou daelaboração da lei que reguloua profissão de artista e téc-nico de espetáculos, em 2010,e foi o primeiro profissionala ter seu registro na DelegaciaRegional do Trabalho do es-tado da Bahia, há 40 anos. Épara falar sobre a lei da ter-ceirização que o ator concedeuentrevista ao Brasil de Fato.

Brasil de Fato – Como vocêavalia essa lei da terceiri-zação da força de trabalho?

Bemvindo Sequeira - Aterceirização é ruim para otrabalhador, ele perde direitose, muitas vezes, o vínculo como sindicado e sua categoria.

Por exemplo, eu trabalho paraa Record há quase 10 anos eestou filiado ao sindicato dosartistas. Se a emissora resolvercontratar uma empresa daindústria do cinema e fazeruma novela com atores ter-ceirizados vamos ter que re-correr ao sindicado da indús-

tria cinematográfica. Isso vaidesarticular a luta sindicalpor melhores salários. E esseé apenas um dos problemas.

Brasil de Fato – Que impactoisso pode gerar para o tra-balhador e a economia?

Essa medida vai resultar

no aumento do desemprego,da rotatividade nos postos detrabalho, porque a empresaperde esse vínculo direto como empregado, queda nos sa-lários, e até modificação nalei trabalhista e perda de con-quistas acumuladas desde opresidente Getúlio Vargas.

Brasil de Fato – Existe porparte dos empresários umapressão muito grande para

ampliar ainda mais os se-tores onde podem atuar com mão de obra terceiri-zada. Quais são as razõesdessa pressão?

O empresário quer lucro.O único objetivo do capitalé aumentar as taxas de lu-cratividade, ele não tem ne-nhuma função social. Se nãofosse a luta dos trabalhado-res a gente ainda estariamorando em cavernas e tra-balhando 14 horas por dia.

Brasil de Fato – Os empre-sários reclamam dos autosimpostos trabalhistas, queacaba afetando o pequenoe médio empregador tam-bém. Qual sua opinião so-bre o tema?

É claro que a gente precisamodernizar as relações decontratação. Não é possívelque os tributos continuemtão altos. Mas o que está acon-tecendo é que o empresárioquer aliviar suas costas à custado trabalhador. Isso é o quenão pode acontecer. Se a Fe-deração das Indústrias é a fa-vor dessa lei da terceirização,se os patrões são a favor, nós,os trabalhadores, temos queser contra, pois está na con-tramão dos nossos direitos.

Brasil de Fato – Qual a so-lução então?

Chegamos ao esgotamen-to de um modelo. Como re-solve isso? Com reformas.Se não houver reforma agrá-ria, tributária e política nãovamos avançar. E se a bur-guesia e a elite conservadoratêm a hegemonia no Con-gresso, então nós precisamosnos mobilizar.

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

O ator Bemvindo Sequeira fala sobre a polêmica lei da terceirização

Benvindo: “A terceirização vai desarticular a luta sindical por melhores salários”

“Se não fosse a luta dos trabalhadores a gente ainda estaria morandoem cavernas e trabalhando 14 horas por dia_________________

“Terceirização é ruim parao trabalhador”

Pablo Vergara

Nesta quarta-feira (8) a Câmara aprovou projeto que flexibiliza terceirização.Proposta ainda será votadano Senado.

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Após 1 ano 2 meses, Fidel volta a aparecer em público

Divulgação

Na Espanha, 4,3 milhões de trabalhadores ainda estão desempregados

Fidel reapareceem públicoapós 14 meses•O ex-presidente de CubaFidel Castro, 88 anos, fez noúltimo sábado (4), sua pri-meira aparição pública nosúltimos 14 meses. Na segun-da-feira (30), ele se encontroucom um grupo de 33 vene-zuelanos em uma escola deHavana. O grupo visitava aescola a convite do InstitutoCubano de Amizade com osPovos (Icap).

De acordo com o jornal

Granma, órgão oficial do Par-tido Comunista de Cuba, oencontro durou uma hora emeia. “É preciso trabalhar ra-pidamente, reunir muitas as-sinaturas destinadas ao pre-sidente [Barack] Obama, demodo que a Venezuela deixede ser considerada uma amea-ça para a segurança dos Es-tados Unidos”, declarou Fidelaos visitantes, segundo in-formações do Granma. (ABr)

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 6 | mundo

O desemprego na Espa-nha registrou queda em mar-ço de 60.214 pessoas em re-lação a fevereiro e agora afetacerca de 4,45 milhões de tra-balhadores, anunciou nestasegunda-feira (6) o Ministériodo Emprego e da PrevidênciaSocial. Trata-se da maior que-da neste mês desde 2002.

Além disso, se comparadoa março de 2014, 343.927 pes-soas saíram da situação dedesemprego, a maior baixade toda a série histórica. Esse

fenômeno se refletiu em todosos setores, mas principalmen-te nos serviços (49.024 pes-soas), seguidos da construção(8.847), da indústria (6.893)e da agricultura (4.061).

Entre os homens, o núme-ro caiu em 37.196 pessoas,para pouco mais de 2 milhõesde desempregados; já entreas mulheres, diminuiu em23.018, o que significa queainda há mais de 2,3 milhõesde trabalhadoras sem em-prego. (Opera Mundi)

­­­

Estratégiacontra BokoHaram

Os dirigentes daÁfrica Ocidental e daÁfrica Central se reuni-ram na quarta-feira (8)em uma cúpula em Ma-labo, capital da GuinéEquatorial, para decidiruma “estratégia comumde luta” contra o gruporadical islâmico nige-riano Boko Haram.

A Nigéria lançou, noinício de fevereiro,uma ofensiva militarde grande envergaduracontra o Boko Haram,com a ajuda dos vizi-nhos Chade, Níger eCamarões. A insurrei-ção do Boko Haram,iniciada em 2009, jácausou mais de 15 milmortes, segundo os úl-timos dados da Orga-nização das NaçõesUnidas (ONU).

Espanha: Desempregoregistra maior quedadesde 2002

EM FOCO

Divulgação

Militares no Haiti serãoreduzidos à metade em2015, diz ONU

A ONU (Organização dasNações Unidas) anunciounesta segunda-feira (6) queo efetivo de tropas que inte-gram a Minustah (Missãopara a Estabilização do Hai-ti), os capacetes azuis, seráreduzido para menos da me-tade ainda este ano.

Apesar do anúncio, aindanão há data para a saída efe-

tiva e total das tropas dopaís, o que é uma reivindi-cação de movimentos so-ciais haitianos e de outrospaíses latino-americanos.O número de militares bra-sileiros, no entanto, se man-terá praticamente igual apósa ordem da diminuição dastropas no país.(Opera Mundi)

Susana Vera

CAMPO DE REFUGIADOS

Foto registra campo de refugiadospalestinos de Yarmouk, na Síria, localizado a poucosquilômetros da capi-tal Damasco. Territó-rio foi tomado pelo Estado Islâmico (EI)na semana passada.

UNRWA

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Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 brasil | 7

O Conselho Superior doMinistério Público Federalautorizou nesta terça-feira(7) a criação de uma força-tarefa para intensificar asinvestigações da OperaçãoZelotes, da Polícia Federal,que apura fraudes em pro-cessos julgados pelo Con-selho Administrativo de Re-cursos Fiscais (Carf ).

Segundo o procurador daRepública Frederico Paiva,a participação de mais pro-curadores é necessária dian-te do volume de provas quedevem ser analisadas, como

horas de interceptações te-lefônicas, milhares de e-mails trocados entre os acu-sados, além de dados ban-cários e fiscais.

Deflagrada no dia 26 demarço, a Operação Zelotesdescobriu um esquema defraude no Carf, por meio doqual uma quadrilha fazia um“levantamento” dos grandesprocessos no conselho, pro-curava empresas com altosdébitos com o Fisco e oferecia"facilidades", como a anula-ção de multas. O prejuízopode chegar a R$ 19 bilhões.

Pesquisa divulgada nestaterça-feira (7) pelo Serviçode Proteção ao Crédito(SPC) mostra que 57% daspessoas não fazem plane-jamento de aposentadoria.662 pessoas foram ouvidasnas 26 capitais do país maiso Distrito Federal.

Entre os 43% dos traba-lhadores que se preocupamcom o tema, o planejamentoé mais presente nas classesde maior poder aquisitivo emaior escolaridade. Já entre

as opções para assegurar umfuturo mais tranquilo, 25%citam a poupança e 14%, aprevidência privada. Mas,segundo o SPC, é importantedar importância à previdên-cia oficial, pelo INSS. Deve-se “recolher o INSS mesmoquando resolver dar umtempo para estudo, lazer,etc. O não recolhimento vaiprejudicar o futuro já que oimposto é cumulativo”, diza nota do SPC divulgadacom a pesquisa.

Ministério PúblicoFederal cria força-ta-refa para OperaçãoZelotes

57% não planejamaposentadoria, dizpesquisa

Manifestações em todo o país defenderam direitos trabalhistas

Dia Nacional de Lutasmobiliza país contraterceirizações

Lucio Bernardo Jr./Ca mara dos Deputados.

CONFRONTO

Manifestantes da CUTentraram em confron-to com policiais militares e integran-tes da Polícia Legisla-tiva em frente ao Con-gresso Nacional. Osmilitares reagiramcom spray de pimen-ta e cassetetes. Ummanifestante ficou fe-rido e outro foi detido.

Zeca Ribeiro/Ca mara dos Deputados

EBC

Pesquisa escutou trabalhadores em 26 capitais e no Distrito Federal

Organizado por centraissindicais e movimentos so-ciais da cidade e do cam-po, o Dia Nacional de Lutaem Defesa dos Trabalha-dores levou centenas depessoas às ruas contra a apro-vação do Projeto de Lei n°4330/04, que libera as ter-ceirizações em qualquer ati-vidade de empresas.

A pauta de reivindicaçõestambém incluiu a defesa dademocracia, da Petrobrás, docombate à corrupção, alémdas reformas política, agráriae na comunicação. Em SãoPaulo, a mobilização juntou-se à Marcha do Dia Mundialda Saúde, que reivindicoumaiores investimentos no Sis-tema Único de Saúde (SUS).

VOTAÇÃO EMBRASÍLIA

Em Brasília (DF), a mo-bilização teve como objetivoimpedir a votação do PL4330 prevista para esta ter-ça-feira. A votação está sen-do articulada pelo presi-dente da Câmara dos Depu-tados, Eduardo Cunha, quedefende o PL.

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Em dois dias, quatro mor-tes. Essa foi a realidade vividana semana passada pelosmoradores do Complexo doAlemão, na zona norte do Rio.Entre as vítimas está Eduardode Jesus, uma criança de 10anos, morto por um policialda Unidade de Polícia Pacifi-cadora. Como resposta, o go-vernador Luiz Fernando Pezãoanunciou que a favela, quepossui uma UPP desde 2012,será “reocupada” e que a po-lícia entrará “com mais força”.

Declaração criticada pormoradores e organizações dedireitos humanos. “Comomoradora é uma tristeza veressa declaração. Isso mostraque o poder público não está

aberto ao diálogo e não estáouvindo a gente. Com a si-tuação que vivemos aqui, eledeveria falar que vai trazermais escola, verba pra cul-tura, para os jovens”, pontouamyra âmara, residentedo Complexo do Alemão emestra em Cultura e Terri-

torialidade pela UniversidadeFederal Fluminense.

A professora Adriana Fa-cina, da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ),também classificou a decla-ração como “assustadora”.Para ela, que pesquisa o con-trole militar nas favelas ca-riocas, isso significa insistir

num modelo que “gera mor-tes, tensão, controle socialestreito e afeta o direito à

cultura da população”. E com-pletou que o modelo de “se-gurança pública nos governos

de Sérgio Cabral e Luiz Pezãose resume ao processo demilitarização”.

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 8 | especial

Governador anuncia maismilitarização para Complexo

“Pezão deveriafalar que vai trazer mais escola, verba pra cultura, para os jovens_______________

Declarações do go-vernador estão sendocriticadas por mora-dores e organizaçõesde direitos humanos

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Sempre envolvido com adefesa dos direitos huma-nos, o ator Paulo Betti foium dos muitos que se ma-nifestaram na semana pas-sada junto aos moradoresdo Complexo do Alemão,no Rio de Janeiro, para de-nunciar a violência vividanaquela favela. Em entre-vista ao Brasil de Fato, ele

avalia o momento que passao Alemão. Confira.

Brasil de Fato - Você parti-cipou do protesto no Ale-mão na semana passada.Como você vê a situaçãoque os moradores vivemnessa favela?

Paulo Betti - Conheçopouco a situação do Alemão,mas sei que projetos sociaise culturais, como, por exem-plo, o da Kibon que atuavalá, foram embora e deixaramas comunidade depois da es-calada da violência. Isso épéssimo. Acho que o gover-

nador deveria ter mais sen-sibilidade para a questão.Não adianta atirar no meiodas pessoas. A polícia cariocaé a que mais mata criançasno Brasil. Isso não deve sermotivo de orgulho para ele.

Brasil de Fato - Como solu-ção para as recentes mortes,o governador Luiz Pezãoanunciou que vai reforçara militarização no Alemão.Em sua opinião, é o que apopulação necessita?

Mais militarização e menosprojetos culturais e educa-cionais? Isso não dá certo.

Ator Paulo Betti falasobre a violência noComplexo do Alemão

do Rio de Janeiro (RJ)

Moradores do Alemão fizeram manifestação para criticar política de segurança público do Rio

“A polícia carioca é a qu mata crianças no Brasil

Tomaz Silva/ABr

Page 9: Brasil de Fato RJ - 092

No dia 30 de março de 2014,a Favela da Maré foi ocupadapela polícia do Rio, que emseguida passou o controlepara as forças armadas. Umano depois, no dia 31 de mar-ço de 2015, o Batalhão deChoque da PM iniciou a re-tomada do controle da favela.Em comum, ambos os epi-sódios ocorreram próximosao 1 de abril, que além do diada mentira, foi também a dataque marcou o início da dita-dura civil-militar brasileira.

Para a jornalista e mora-dora do Complexo da Maré,Renata Souza, a cobertura

dos grandes veículos de co-municação vê como naturalque “moradores vivam sob oregime de garantia da lei daordem, que é da época maispesada da ditadura militar”.A alternativa encontrada poreles foi criar seus próprioscanais de comunicação.

O Maré Vive é um dessesexemplos. “Logo no dia dainvasão militar na Maré [em2014] houve um processo decontrainformação. Enquantoa Globo mostrava a inter-venção da Maré ao vivo, osmoradores criaram uma pá-gina para relatar as várias

coisas que estavam ocorren-do aqui e que a Globo nãomostrou. Enquanto transmi-tiam o hasteamento da ban-deira, uma criança foi morta.Os moradores denunciaramna hora e só muito mais tardea grande mídia noticiou”,lembrou Renata.

Quer saber pelos morado-res o que acontece na Maré eno Alemão? Indicamos duaspáginas!Maré Vive (Favela da Maré) -facebook.com/mareviveColetivo Papo Reto (Com-plexo do Alemão) – facebook.com/coletivopaporeto

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 especial | 9

Moradores criam veículospara dar voz à favelaMaré Vive e ColetivoPapo Reto mostram o que acontece na Maré e no Alemão

do Rio de Janeiro (RJ)

Brasil de Fato - Qual a im-portância do envolvimen-to de artistas na denúnciade violação de direitoshumanos?

Não tenho ilusões, masnão sou cínico. Preciso fazeralguma coisa senão não con-sigo dormir. Não supervalo-rizo a importância de parti-cipar, mas acho que algumaforça tem, pois os moradoresdo Alemão não cansaram deagradecer minha presençalá. Estar junto leva algumconforto, leva alguma luz,diverte. Gosto de ir no Ale-mão para andar de teleférico.

Levo meus filhos, meus pa-rentes. Por que não iria nummomento de dor?

Brasil de Fato - Oito poli-ciais que participaram da

ação que resultou na mortedo menino Eduardo foramafastados e serão investi-gados. Você acredita que apunição dos agentes é o su-ficiente ou existe um pro-blema institucional na se-gurança pública?

O problema é amplo. Ossoldados que vi na passeatasão do mesmo extrato socialque os moradores. Porqueestão de lados opostos? Seráque estão mesmo? Quem éque manda eles saírem ati-rando? Alguém dá essa or-dem. O que precisa é de maisprojeto social, mais luz, maissaneamento básico. Nãoadianta ter teleférico e nãoter água e esgoto. Fica legalpara turista, como eu, levaros parentes. Não adianta co-locar mais polícia atirando.

Reunião do Coletivo Papo Reto no Alemão

60% das criançasmortas por poli-ciais são do Rio

De acordo com dadosdo Sistema de Informa-ção de Mortalidade(SIM) do Ministério daJustiça, em dez anos 82crianças e adolescentesde até 14 anos foram as-sassinados por policiaisbrasileiros. Desses, 50foram mortos pela balada polícia carioca, o querepresenta 60% do total.Os números são em re-lação ao período de2003 a 2012.

Construção debases da UPPsem licença

O governador do Rio deJaneiro, Luiz Fernando Pe-zão, anunciou na últimasegunda-feira (6), no Diá-rio Oficial que vai cons-truir as bases das UPPs emcaráter de urgência. Aação será feita sem licençaambiental ou título depropriedades dos terre-nos. “Se precisar respon-der a processo, responde-rei. As obras da Maré jácomeçaram”, declarou Pe-zão à (Agência Brasil).

Você Sabia?

ue mais l”

Jornal Voz da Comunidade

Betti: "Não adianta colocar mais polícia atirando"

Joao Lima

Page 10: Brasil de Fato RJ - 092

Você Praça Eu Acho Graça!O que? “Manifesta OcupaTijuca” fará ocupação cul-tural com as festas “Retro-picália”, “Cadê Tereza?” e“Disritmia”.Onde? Praça da BandeiraQuando? Sábado (11), das17h às 22h.Quanto? 0800

Jazz do OuvidorO que? O evento é coman-dado por Guga Pellicciottique a cada semana rece-berá diferentes músicosconvidados.

Onde? Rua do Ouvidor – CentroQuando? Segunda-feira(13), às 18h.Quanto? 0800

Três Marias

O que? É um musical lúdi-co e poético que utiliza alinguagem da farsa pararetratar a saga de uma tru-pe de contadores de histó-rias. ‘Três Marias’ encantao público infanto-juvenil. Quando? Quinta-feira (9),às 15h e às 20hOnde? Arena Carioca Di-cró (Praça Panamericana,s/nº - Parque Ary Barroso)Quanto? 0800

Samba de Lei O que? Roda de samba receberá a sambista mineira Fernanda Pessoanesta edição.Onde? Arco do Teles, naPraça XVQuando? Quinta-feira (9), às 19h.Quanto? 0800

Exposição ‘A Roda’ O que? Mostra reúne maisde 20 experimentos e apa-ratos, ligados à física e àrobótica, sobre o inventoque transformou o mundo

Quando? Até 30 de abril.Terça a sexta, das 9h às20h. Sábados e domingos,das 9h às 17h.Onde? Sesc Madureira (RuaEwbanck da Câmara, 90)Quanto? 0800

CineMorrãoO que? Apresentaçãodos filmes “Brasil 8.069” e“O juízo” tem como objeti-vo promover o debate so-bre a redução da maiori-dade penal.

Quando? Sáb. (11), às 18h.Onde? Cerro Corá (RuaJoão Delery, 68, fundos)Quanto? 0800

A NOVELA COMO ELA É | Joaquim Vela

Tramas contra o conservadorismo

TV Globo

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 10 | cultura

AGENDA DA SEMANA

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Eu vou falar de novo deBabilônia porque há temposnão me lembro de uma no-vela que tenha causado tan-to incômodo nas primeirassemanas. Os sites e revistasdo ramo dizem que desdeo segundo capítulo a histó-ria de Gilberto Braga, Ri-cardo Linhares e João Xi-

menes Braga vem amargan-do baixos índices de au-diência. Andei sondandocom noveleiros de plantão:minha tia disse que “estádemais” e uma colega detrabalho escreveu na redeque “ver Babilônia está piorque ver o jornal, novela épara me divertir não parame fazer desistir”.   

Por que nem o elenco depeso vem dando conta desegurar a trama? Resta mes-mo à emissora alterar a ideia

original da história, comovem ventilando na mídia estasemana? Não tenho respos-tas para essas perguntas.

Mas a rejeição por Babi-lônia não se relaciona como gosto do público ou coma vontade de espairecer de-pois do trabalho. A históriaprovoca um choque de rea-lidade em um tipo de pú-blico. Numa conjuntura emque o pensamento conser-vador ganha força no país,a rejeição se fortalece.

CORRUPÇÃOEsse público não reconhe-

ce as mazelas que conduzemà ambição não admite queo amor tenha inúmeras for-mas, não enxerga a fundoque o nosso sistema políticocontribui para a corrupção.Atitudes de “tudo por di-nheiro” como as de Beatriz,o amor de Teresa e Estela ea bandidagem do políticoAderbal são sim realidadesde nossa sociedade. A novelanão pode ser punida por mos-trar um pouco da vida comoela é. A dramaturgia não po -de perder para o conservado -rismo de pessoas alienadas.

Eu respondi minha colega:“desistir do mundo ou delutar por sua melhora?  Épreciso encarar a realidadepara que mudanças se con-solidem, mesmo que elaprovoque náuseas”.

“A rejeição por Babilônianão se relacionacom o gosto do público oucom a vontadede espairecer depois do trabalho______________

Atitudes de “tudo por dinheiro” são realidades da sociedade

Page 11: Brasil de Fato RJ - 092

A Companhia EnsaioAberto reestreia o espetáculoSACCO e VANZETTI, do ar-gentino Maurício Kartun, pri-meira montagem brasileirado texto. A Companhia aindanão havia produzido umacriação tão grande como essae é realizada no Armazém daUtopia, sede da Ensaio Abertono Cais do Porto, Rio.

Sob direção de Luiz Fer-nando Lobo e espaço ceno-gráfico de J.C. Serroni, a en-cenação parte do célebre casode Nicola Sacco e BartolomeuVanzetti, imigrantes italia-nos, acusados injustamente

e mortos na cadeira elétricaem 1927, nos Estados Unidos.

A dramaturgia tem comoponto de partida o texto deMauricio Kartun e da fartadocumentação que existesobre o “julgamento do sécu -lo” que se converteu em sím-bolo de luta por justiça, igual-dade e liberdade.

CLASSE OPERÁRIA“Nos 7 anos que Sacco e

Vanzetti permaneceram pre-sos, a classe operária brasi-leira esteve totalmente soli-dária realizando diversosatos em várias cidades. NoRio de Janeiro não foi dife-rente. Os portuários e osoperários sempre estiveramà frente de mobilizações enão por acaso escolhemosSacco e Vanzetti para sernossa primeira criação nasede no Cais do Porto”, diz o

diretor Luiz Fernando Lobo. A montagem, que teve

uma primeira temporadabem sucedida recebeu indi-cações ao Prêmio Shell (trilhaoriginal) e Prêmio Questãode Crítica (Cenografia).

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 cultura | 11

Peça é dirigida por Luiz Fernando Lobo

Companhia EnsaioAberto apresenta“Sacco e Vanzetti”

Mais sobre a CompanhiaEnsaio AbertoA Companhia Ensaio Aberto é a única doRio dedicada exclusivamente a temas sociaise políticos. Com um teor político marcada-mente épico, a Companhia busca dialogardiretamente com a obra do dramaturgoalemão Bertolt Brecht. O autor alemão éinfluência assumida e inspiração centralpara a companhia carioca. É possível vis-lumbrar sua história no projeto Armazémda Utopia com a qual a companhia ocupao Armazém 6 do Cais do Porto do Rio desde2010.  www.ensaioaberto.com

ServiçoTemporada: De 11 de abril até 31 de maio de2015 //// Horário: sextas 21h, sábados edomingos 19h //// Local: Armazém da Utopia -Tel.: 2253-8726 /2516-4857 //// Endereço: Av.Rodrigues Alves, Armazém 6 – Cais do Porto ////Preço: R$ 40,00 (inteira) R$20,00 (meia) R$ 15,00 (antecipado) //// Classificação: 12anos //// Duração: 1h35 ////Capacidade: 200lugares //// Informações: [email protected] //// 22538726 / 25164893

Conheça a história de Sacco e Vanzetti Nicola Sacco, oriundo da Itália do Sul, e Bar-tolomeo Vanzetti, da região de Turim, imi-graram para os Estados Unidos quando jovens,no início do século XX, separadamente. TendoBoston como nova morada, Sacco passou atrabalhar numa fábrica de calçados, enquantoVanzetti desempenhou várias ocupações,como, por exemplo, a de vendedor de peixe.

JULGAMENTO SEM PROVASEm maio de 1920, detidos em um comício

anarquista por estar de posse de panfletos ede algumas armas, foram acusados de assaltoe assassinato de dois homens. Não haviaqualquer prova contra eles, mas a Justiçamontou um processo que acabou se trans-formando num ato político: um gesto exem-plar para as “classes perigosas”. Nem mesmoa confissão de um detento que assumiu ocrime serviu para evitar a condenação àmorte dos anarquistas. A mobilização emfavor da anulação da sentença também nãoimpediu que a 23 de agosto de 1927 a cadeiraelétrica pusesse fim à vida da dupla.

do Rio de Janeiro (RJ)

O espetáculo reestreiano sábado (11) noArmazém da Utopia, no Cais do Porto

Renato Mangoli

Vitor Vogel

A montagem recebeu indicações ao Prêmio Shell e ao Prêmio Questão de Crítica

Page 12: Brasil de Fato RJ - 092

Temos uma escalada con-servadora em curso na so-ciedade brasileira. E ela estánesse momento propagan-deando, através da Rede Glo-bo e do Congresso, a reduçãoda maioridade penal, o im-pedimento da presidente Dil-ma e a entrega do pré-salpara os estrangeiros.

Temos ainda a própria rea-ção do governo à crise, im-plementando medidas anti-populares em busca de trégua(ou “governabilidade”). Asmedidas provisórias que res-tringem os direitos previden-ciários, os cortes na saúde,moradia e educação revelama opção do Governo, nessemomento de crise, em pre-servar o “andar de cima” emprejuízo da classe trabalha-dora, contrariando seu pró-prio discurso de campanha.

MOMENTO DE CRISEEm comum a essas medi-

das, está o massacre das con-dições de vida da juventude,mulheres e negros (maioriaentre os trabalhadores) parapreservar as altas taxas delucro dos empresários. Nesse

momento de crise para queum lado ganhe, o outro temque perder.

A redução da maioridadepenal só interessa ao andarde cima, que precisa mantero povo controlado. Interessaprincipalmente à “bancadada bala”, que lucra com apolítica do fuzil e do tiro emdetrimento dos direitos fun-damentais da juventude,que nos fazem escolher en-tre estudar ou trabalharpara sobreviver.

FUTURO ESTÁ EM JOGO

Está em jogo o futuro demilhões de brasileiros. E issodiz respeito principalmenteaos jovens. É justamente nessemomento de crise que temosa oportunidade de apresentarum projeto de mudanças parao povo brasileiro. A começarpela necessária transformaçãodesse sistema político quenão permite qualquer me-lhoria para o povo.

Nesse sentido, o II Acam-pamento Estadual do Levan-te Popular da Juventude-RJvem em bom momento.

A ser realizado entre osdias 17–21 de abril na Reservado Tinguá, em Nova Iguaçú,reuniremos 300 jovens dis-postos a batalhar para me-lhorar a vida do povo. Somosuma organização popularque agrega qualquer jovemdisposto a lutar por uma pá-tria livre e soberana!

Se quiser fazer parte dessaluta, vem para o acampa! In-formações e inscrição em:facebook.com/levanteRJ

André Flores é militantedo Levante Popular

da Juventude

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 12 | opinião

A fim de papo | Mc Leonardo

Depois de tantas mortesem favelas onde a políciaocupou, o governo anunciauma reocupação no Com-plexo do Alemão. A mortedo menino de 10 anos(Eduardo de Jesus Ferreira),atingido por um tiro na ca-beça enquanto brincava naporta de casa, fez a popu-lação reagir contra as açõesda polícia na comunidade.

Se Eduardo estivesse lon-ge de casa e fosse uns 3 anosmais velho, com certeza a po-lícia e a mídia trabalhariampara informar que Eduardoera traficante, para assimpoder legitimar o assassina-to. Essa é a maneira que setrabalha dentro das favelas.

MORADORES FORAM ÀS RUAS

Esse trabalho é vendidopara o mundo como se fossea paz, mas paz é algo raroquando se trata de pacifica-ção. No sábado (4) os mora-dores do Alemão foram àsruas com faixas pedindo “ForaUPP”, e o Major Nogueira,que compõe o comando dasUPPs, falou: “Eu queria verfaixas escrito fora traficante”.

A comparação da presen-ça da polícia com a pre-sença do tráfico, feita pelo

próprio policial, já mostrao quanto é necessário o fimdas UPPs. A população nãopode ser refém nem do trá-fico e nem de um desser-viço público vindo da se-gurança pública.

CRISE DAS UPPSReocupar o Alemão é

como se um doente desseentrada em um hospital emum estado grave, fossedado uma medicação queagravasse seu estado e osmédicos decidissem au-mentar a dosagem do mes-mo medicamento. Nãoposso acreditar que todosos poderes do Brasil assis-tam e aceitem calados umareocupação no Complexodo Alemão. Fora UPP!

Reocupação no Alemão

Midia Ninja

Moradores do Alemão foram às ruas criticar as UPPs no sábado (4)

“II AcampamentoEstadual do Levante Popularda Juventude-RJreunirá 300 jovensdispostos a bata-lhar para melho-rar a vida do povo___________________

Redução da maioridade sóinteressa ao andar de cima

“A população não pode serrefém nem dotráfico e nem deum desserviço público vindo da segurança pública_________________

Page 13: Brasil de Fato RJ - 092

Ingredientes3 ovos3 maçãs cortadas em cubinhos1 xícara (chá) de granola com castanhas1 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo½ xícara (chá) de óleo(canola, milho)1 ½ xícaras (chá) de açúcar mascavoCanela em pó½ colher (sopa) de cravo em pó1 colher (sopa) de fermento em pó

Querido João, não é bemassim. Apesar do senso co-mum relacionar manchasno rosto com a presençade verminoses, isso é ummito. As verminoses po-dem provocar dor de bar-riga, diarreia e náuseas, di-ficuldade para ganharpeso, irritabilidade, disten-são abdominal (barriga in-chada), etc. Mas não pro-vocam manchinhas bran-cas na pele, nem ranger

de dentes, outro sintomacomumente relacionadoaos famigerados vermes.As manchas claras no rosto,geralmente são resultadode ressecamento da pele,alergias ou exposição ina-dequada ao sol. Costumamser estáveis e demoram asarar. Use protetor solar eobserve, caso as manchasestejam crescendo ou au-mentando em quantidade,procure avaliação médica.

•Amiga da saúde, meu filho de 10 anos está commanchas brancas no rosto. Todo mundo diz que éverme. É isso mesmo?João Carlos, 38 anos, mecânico.

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 variedades | 13

BOA E BARATA

Todas as semanasnas ruasdo Rio

(21) 4062 7105Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

AMIGA DA SAÚDE

Tempo de preparo35 minutos

Rendimento6 porções

Divulgação

Modo de preparo

1. Misture bem todos os ingredientes em uma bacia.

2. Coloque em uma assadei-ra untada com farinha.

3. Leve ao forno médio, pré-aquecido, por aproxima-damente 25 minutos.

4. Desenforme e coloque porcima açúcar com canela.

Bolo de maçã comgranola

Divulgação

Page 14: Brasil de Fato RJ - 092

ABRIL E MAIOFASES DA LUA

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 14 | variedades

LUA DA SEMANAMINGUANTE

HORÓSCOPO SEMANAL

Para trazer alguma alegria a sua vidaafetiva, deverá analisar as suas ações com serenidade.

A sua intuição dará todas as oportunida-des, nas mais diversas áreas, para poderir mais além.

As propostas de associaçãoprofissional deverão ser bemanalisadas antes de concretizadas.

Viverá dias de luta na busca daorientação certa para atingir osseus objetivos na profissão.

Partilhe as suas alegrias com quemmerece a sua atenção. Alguns conflitospodem surgir.

Uma amizade poderá se converternum grande amor. Aproveite a suamaré de sorte.

Viva os seus dias sob o signo da sabedoria. Terá toda a força e energiapara recomeçar.

Esta semana estará sob a influência de uma conjuntura positiva, emboramuito radical.

Tenderá no seu dia a dia a refugiar-se nasolidão. Faça um esforço para contrariaressa postura.

A manipulação ou traição por parte de familiares ou amigos pode afetar os seus dias.

Poderá retirar um maior prazer da sua profissão se essa estiver ligada ao campo das artes.

Uma relação amorosa do passadopoderá vir a fazer bater de novo ocoração. Muitas emoções.

Minguantedia 12/4, 00h45

Novadia 18/4, 15h59

Crescentedia 25/4, 20h56

Cheiadia 4/5, 00h44

Page 15: Brasil de Fato RJ - 092

Vivemos tempos difíceis.Temos naturalizado algumascondutas que assustam aquem tem um mínimo dehumanidade no coração.Acabamos de perder Eduar-do, de 10 anos, morto porpoliciais que tratam fuziscomo “nenéns”, usados parabotar bandidos para “mimir”.

A mesma sociedade quetolera negros amarrados apostes, como os troncos deséculos atrás, deságua emuma imprensa que não émarrom à toa. Ela se enxergana água do vaso sanitário.

A imprensa esportiva –parte dela, bom que se diga– não se isenta dessa lamaque assola nossos olhos to-dos os dias. A conivênciacom a tal “lei da mordaça”no Carioca, principalmenteda parte de quem o trans-mite, chega a ser ofensiva.

Algumas das propostasda dupla Fla-Flu elitizam

ainda mais nosso futebol.No entanto, a FERJ nãopode ser encarada comouma entidade a serviço dapopularização do esporte.Ao contrário.

ACABAR NÃO! MUDAR SIM!

O povo não merece umCarioca de tão baixa quali-dade. Não merece que opresidente da FERJ entupaa primeira divisão com umaporção de clubes de aluguele arraste a competição pormodorrentos três mesesque terminarão com a ina-tividade de vários dessesclubes pelo resto do ano.Tudo isso para garantir oposto de Rubens Lopes en-quanto lhe restar vida.

Os estaduais como estãonão podem continuar. Masao contrário do que Freddiz, também não devemacabar. Fazem parte da nos-sa cultura, que não podeser tão maltratada.

Porém, o direito de Fla eFlu, além de Luxa e Fred,dizerem qualquer bobagemque lhes venha à cabeça éresultado de uma luta quedurou 20 anos, em que mui-ta gente morreu.

Aceitar passivamenteque essa liberdade seja cas-sada não foge muito a ou-tras barbaridades que nossasociedade vem aceitandoe aplaudindo.

“A FERJ não pode ser enca-rada como uma entidade a serviço da popularização do esporte______________

Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015 esporte | 15

Rubens Lopes, da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

toques curtos | Bruno Porpetta

Ex-ciclista fala sobre doping no esporte

BINÓCULO

CBF diz não àVila Olímpica

Temendo que o alvo-roço causado por figurascomo Neymar descon-centre a equipe que bus-cará a inédita medalhade ouro para o futebolmasculino brasileiro emJogos Olímpicos, a CBFdecidiu não permanecerna Vila Olímpica duranteo Rio 2016.

A entidade preferiuconcentrar a seleção emsuas instalações naGranja Comary, em Tere-sópolis, na região ser-rana do Rio. A equipeserá dirigida por Alexan-dre Gallo.

Mercedesprevê duelocom Ferrari

Diferentemente doque a primeira prova,em Melbourne, poderiafazer supor, a vitória deSebastian Vettel na Ma-lásia acendeu a luz ama-rela na Mercedes. O quedeveria ser um ano tran-quilo, de supremacia daequipe alemã, pode setornar um duelo com aFerrari pela supremaciana categoria.

A previsão é do chefeda Mercedes, Toto Wolff,que já admite a necessi-dade de ajustes nos car-ros da equipe. Apesar dapreocupação, a Mercedesainda lidera com folga omundial de construtores.

Após dois meses com ocargo vago, desde a saída doGeneral Fernando Azevedoe Silva, o governo convidoua ex-jogadora da seleção bra-sileira de vôlei, Ana Moser,para assumir a AutoridadePública Olímpica.

O cargo foi criado paracoordenar a participação dastrês esferas do poder público

na organização dos JogosOlímpicos e Paralímpicos doRio 2016. No entanto, até omomento carece de maiorautonomia e capacidade deintervenção nos eventos.

Ana Moser ainda estuda aproposta, pois dedicou seusúltimos anos ao Instituto Es-porte e Educação, onde con-tribuiu para incluir 2,6 mi-lhões de crianças e jovens àprática esportiva. A possibi-lidade de não poder fazertanto pelo esporte pesa emsua decisão, que sai nestasemana. (BP)

Ex-atleta de vôlei foiconvidada a assumir a APO – Autoridade Pública Olímpica

O ex-ciclista Tyler Hamilton,campeão olímpico em Atenas2004, foi convidado a falar desua experiência com dopingque resultou na perda de todasas suas medalhas. Além dosmétodos atuais de controle,muito eficazes no combate aouso de substâncias ilícitas.

O evento foi organizadopela ABCD (Autoridade Bra-

sileira de Controle de Dopa-gem) com o intuito de disse-minar informações sobre osmétodos de controle paraatletas que fazem parte dopúblico-alvo do programamais rigoroso, com aferiçõesconstantes.

Hamilton escreveu o livro“A corrida secreta de LanceArmstrong”, onde relata a ex-periência vivida por ele e Lan-ce no envolvimento com do-ping. Ambos faziam parte damesma equipe de treinamentonos Estados Unidos. (BP)

Evento em São Paulo reuniu cerca de 200 atletas nestaterça-feira (7)

Ana Moser estudaaceitar convite dogoverno

Fernanda Calheiros

Corações amordaçados

Ursula Nery

Ex-atleta Ana Moser divulgará decisão nesta semana

Divulgac ao CBF

Page 16: Brasil de Fato RJ - 092

Nesta sexta-feira (10) oeterno ídolo argentino DiegoArmando Maradona dispu-tará um amistoso em Bogotá(COL) em prol de um acordode paz entre o governo co-lombiano e as FARC (ForçasArmadas Revolucionáriasda Colômbia).

O jogo faz parte dos even-tos da Cúpula Mundial deArte e Cultura pela Paz daColômbia e será disputadono estádio de Techo, no sulda capital colombiana. Oanúncio da participação docraque argentino foi da pre-feitura de Bogotá.

Segundo a TeleSur, onde

Maradona apresenta um pro-grama chamado De Zurda(De Esquerda), outros astrosdo futebol sulamericanotambém estarão presentes,como os colombianos Val-derrama, Higuita e Asprilla,que fizeram parte da maiorgeração da seleção do país,no início dos anos 90. (BP)

A última rodada definiu,de forma emocionante, osquatro classificados paraas semifinais do Campeo-nato Carioca, além de ga-rantir o título da Taça Gua-nabara ao Botafogo. Coma vitória sobre o Macaé por1 a 0, gol de Elvis, o alvinegrosagrou-se campeão.

O título veio após o fim dojogo no Engenhão, com o fimdo jogo do Flamengo em Ma-

caé, contra o Nova Iguaçu. Oempate em 0 a 0, além de

tirar o título do rubro-negro,garantiu a permanência do

time da Baixada naprimeira divisão.

O Vasco assegurousua vaga nas semifi-nais de forma maistranquila, com golea-da sobre o Volta Re-donda por 4 a 1. JhonCley, Luan, Rafael Sil-va e Marcinho fize-ram os gols do cruz-maltino, enquantoHigor Leite marcouo gol do Voltaço, queapesar da derrota ga-rantiu vaga na SérieD do Brasileiro, con-tando com a derrotado Bangu.

No entanto, a par-tida mais eletrizante foi entreMadureira e Fluminense.

Com gol contra do zagueiroMoisés, aos 44 do segundotempo, o Flu acabou ficandocom a vaga nas semifinaisvencendo por 2 a 1. Jeanabriu o placar para o tricolordas Laranjeiras e RodrigoLindoso fez para o tricolorsuburbano.

As semifinais começamno próximo sábado com oFluminense enfrentando oBotafogo, no Maracanã, às18h30. Vasco e Flamengo seenfrentam no domingo, tam-bém no Maraca, às 16h.

Em reunião do ConselhoDeliberativo realizada nestaúltima terça-feira, o Fla-mengo aprovou emendahistórica ao seu estatuto.Daqui por diante, dirigen-tes que cometerem irres-ponsabilidades nas contasdo clube serão punidos epoderão pagar com seuspróprios bens.

O texto aprovado no clu-be segue as diretrizes daMP 671, que foi enviada aoCongresso Nacional na se-mana passada e trata da

responsabilidade fiscal dasentidades ligadas ao futebolbrasileiro. Por unanimida-de, os conselheiros apro-varam o novo texto.

Entre os principais pon-tos aprovados estão: o afas-tamento da vida políticado clube por até 15 anos,em caso de dano ao patri-mônio ou à imagem doFlamengo, podendo even-tuais prejuízos sobre o pa-trimônio particular do di-rigente, mesmo após o fimdo mandato; limitação dedespesas ao total de recei-tas; transparência atravésde balancetes trimestraise comparação ao orçamen-to, entre outros. (BP)

Flamengo sai nafrente e coíbe mausdirigentesClube inclui em seu estatuto cláusulasque se adequam à MP 671

16 | esporte Rio de Janeiro, 9 a 15 de abril de 2015

Maradona joga pelapaz na Colômbia

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Tricolor leva a melhorsobre o Madureira nofinalzinho do jogo

Craque argentino joga amistoso pelapaz entre governo e as FARC

Divulgação

Jean comemora o primeiro gol do Flu na vitória por 2 a 1

Botafogo leva a Taça GB e Flu avança no Carioca

Nelson Perez/NetFlu

CampeonatoCarioca

15º RODADA

BVT FRI

VAS VRE

BAN RES

NIG FLA

BOT MAC

MAD FLU

CAB BON

TIG BMA

1 X 1 Qua. 08/04

22h

4 X 1Qua. 08/04

22h

1 X 3 Qua. 08/04

22h

0 X 0Qua. 08/04

22h

1 X 0Qua. 08/04

22h

1 X 2Qua. 08/04

22h

2 X 1Qua. 08/04

22h

1 X 1Qua. 08/04

22h

Maradona e outros ídolos colom-bianos jogam pela paz no país