brasil de fato rj - 067

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11 a 17 de setembro de 2014 • distribuição gratuita entrevista | pág. 4 cultura | pág. 11 A beleza é negra Ano 2 | edição 67 cidades | pág. 6 cidades | pág. 5 Escola de Música Villa Lobos vai ser gerida por entidade privada Seleção de vôlei vence com facilida- de, desta vez jogando para valer Pezão privatiza mais uma escola no RJ esporte | pág. 15 Brasil passeia sobre a Bulgária Pablo Vergara Pablo Vergara Rio recebe o primeiro concurso Miss Black Power do Brasil Integrantes de religiões afro-brasileiras realizaram nesta terça-feira (9) uma roda de afoxé e distribuíram doces de Cosme e Damião em frente à Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, zona norte. Nesse local, um adolescente de 12 anos teria sido impedido pela di- reção da instituição de frequentar a aula por estar usando guias do candomblé. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que avalia se a conduta configura um crime de discriminação. Religiões afro pedem fim da intolerância Samuel Tosta “Reduzir o pré-sal é enfraquecer a Petrobrás” José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Pablo Vergara

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11 a 17 de setembro de 2014 • distribuição gratuita

entrevista | pág. 41 | mundocultura | pág. 11

A belezaé negra

Ano 2 | edição 67

cidades | pág. 6

cidades | pág. 5

Escola de Música Villa Lobos vai ser gerida por entidade privada

Seleção de vôlei vence com facilida-de, desta vez jogando para valer

Pezãoprivatiza maisuma escola no RJ

esporte | pág. 15

Brasil passeiasobre a Bulgária

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Pablo Vergara

Rio recebe o primeiro concursoMiss Black Power do Brasil

Integrantes de religiões afro-brasileiras realizaram nesta terça-feira(9) uma roda de afoxé e distribuíram doces de Cosme e Damião emfrente à Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, zona norte. Nesse local, um adolescente de 12 anos teria sido impedido pela di-

reção da instituição de frequentar a aula por estar usando guias docandomblé. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Públicodo Rio de Janeiro (MP-RJ), que avalia se a conduta configura um crimede discriminação.

Religiões afro pedemfim da intolerância

Sam

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“Reduzir o pré-sal é enfraquecer a Petrobrás”José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP)

Pab

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Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 02 | opinião

• Ed

Para anunciar:

[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL : Antonio Neiva, Aurelio Fernandes, Joaquín Piñero, KleybsonAndrade, Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti EDITORA: VivianVirissimo (MTb 13.344) REPÓRTER: André Vieira, Bruno Porpetta e Fania Rodrigues REVISÃO:Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINIS-TRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano FigaloTIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

Desde 1º de maio de 2013

(21) 4062 7105

editorial |

PREVISÃO DO TEMPO

Rio de Janeiro, Brasilquinta-feira, 11 de setembroSol

31 ºC | F

as urnas estão sendoapuradas e ainda não é pos-sível saber o total de votosobtidos. de qualquer forma,os percentuais já apuradospermitem afirmar a estron-dosa vitória dos que defen-dem a constituinte exclusiva.e, uma informação é certa,a mobilização surpreendeuaté os mais otimistas.

o plebiscito popular pro-duziu uma unidade entre asforças sociais e popularesque não se via desde a cam-panha contra a área de livreComércio das américas(alca), comprovando a forçada proposta no atual mo-mento histórico.

Foram mais de 100 mil mi-litantes e ativistas voluntáriosem todo o país, a imensamaioria de jovens. o primei-ro plebiscito popular da eradas redes sociais produziuuma infinidade de imagens,

gerando a bem-humoradamodalidade que foi apeli-dada de #plebiselfie, envol-vendo artistas, intelectuaise lideranças populares.

mais uma vez, a força dasredes sociais driblou a pro-posital omissão da grande

mídia. a grande mídia limi-tou-se a coberturas locais eartigos críticos, mas nadaimpediu que a mobilizaçãoganhasse a proporção quetomou. uma enorme quan-tidade de urnas em fábricase empresas marcou o en-

volvimento do movimentosindical. Centenas de esco-las e universidades realiza-ram debates e o tema daConstituinte ganhou forçana juventude.

a primeira batalha foi vi-toriosa. porém, a conquistade uma Constituinte não serátarefa fácil. será necessárioconquistar um plebiscito ofi-cial, com valor legal. e o

Congresso nacional detéma prerrogativa de convocarum plebiscito legal.

essa tarefa somente serápossível se os mais de 1.800comitês populares que seconformaram ao longo dapreparação do plebiscito po-pular forem capazes de semanter atuantes, conservan-do a preciosa unidade entreas diversas forças políticas.

mas o maior resultadodesse plebiscito popular,que não será medido emnúmeros, é ter conquistadocorações e mentes da ju-ventude. essa é a garantiade que a bandeira da “Cons-tituinte já” seguirá ganhandoforça. e todos os que traba-lharam incansavelmentenessa campanha levarãopara o resto da vida o orgu-lho de terem deflagrado omovimento que mudará ocurso de nossa história.

“Foram mais de

100 mil militantes

e ativistas voluntá-rios em todo o

país, a imensa maioria

de jovens________________

O vitorioso Plebiscito Popularda Constituinte!

o ex-deputado federal eengenheiro rubens paiva,assassinado pela ditaduramilitar em 1971, terá seubusto inaugurado na sexta-feira (12), às 13 horas, napraça lamartine Babo, na

rua Barão de mesquita. oato público é uma homena-gem do sindicato dos enge-nheiros no estado do rio dejaneiro e da Federação in-terestadual de sindicato deengenheiros.

Apoiadores do candidatoà reeleição Luiz FernandoPezão (PMDB) intimida-ram uma equipe de jorna-listas de tv que cobria umaagenda de campanha. oincidente aconteceu na Fa-vela tavares Bastos, nazona sul.

mandou

malJosé Cruz/ABr

mandou

bemEvandro Teixeira

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 geral | 3

“A quem interessaesse processo de des-construção da Petro-brás?”, com essa per-gunta o Sindipetro-RJvai realizar uma ple-nária nesta quinta-fei-ra (11). A atividadeserá no auditório dosindicato, localizadona Avenida Passos, 34.

Samuel Tosta

­­­

Correios: campanha salarial estána rua

os trabalhadores dosCorreios estão em cam-panha salarial e podementrar em greve no dia 17de setembro caso a em-presa não atenda às suasreivindicações. a eCtpropõe reajuste de 6,5%nos salários, que repre-senta para a maioria dacategoria apenas r$70,00de aumento salarial. asassembleias estão deba-tendo a proposta e tam-bém as cláusulas sociais.

Terceirizadosganhammenos e traba-lham mais

um estudo da Cut edo departamento inter-sindical de estatísticas eestudos socioeconômi-cos (dieese) informa queo trabalhador terceirizadofica 2,6 anos a menos noemprego, tem uma jor-nada de três horas a maissemanalmente e ganha27% a menos. a cada dezacidentes de trabalho,oito ocorrem entre tercei-rizados. a denúncia é dosindicato dos Químicosdo rio de janeiro.

SINDICAL

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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Arq

uivo

Desembargadores deci-diram que lei da anistianão abrange crimes con-tra a humanidade. essa é aprimeira vez que um tri-bunal brasileiro entendeque crimes que envolvemagentes públicos não per-dem a validade.

frase da semana

Busto eterniza RubensPaiva na Rua Barão deMesquita

EBC

Mem

oria

"Eu não conheço as propostasda Marina, até porque elasmudam a todo tempo", disse Aécio Neves (PSDB) sobre as oscilações nas opiniões da candidata do PSB.

“D

ivul

gaçã

o

liderança sindical da Ba-cia de Campos, josé mariarangel foi eleito o novo coor-denador da Federação Únicados petroleiros (Fup) noCongresso nacional da en-tidade, que também apro-vou o apoio à reeleição dedilma rousseff. nesta en-trevista, ele fala sobre os ris-cos de retrocesso que sig-nificam os projetos de ma-rina silva e aécio neves parao Brasil e a petrobrás.

Como os petroleiros ava-liam a proposta de MarinaSilva de reduzir os investi-mentos do pré-sal?

marina está cercada deneoliberais. na sua equipeeconômica, tem até genteque idealizou o confisco dapoupança no governo Collor.

portanto, os programas demarina e aécio convergempara o mesmo modelo: o es-tado mínimo e a privatizaçãodo petróleo. reduzir o pré-sal é enfraquecer a petrobráse, consequentemente, inter-romper os investimentosque têm alavancado a eco-nomia e o desenvolvimentodo país nos últimos 12 anos.marina terá que explicar àpopulação como vai financiara saúde e a educação sem odinheiro do pré-sal.

A Petrobrás é sempre alvode disputas nas eleições.Por quê?

sendo a maior empresado país, aquela que gera ri-quezas, desenvolvimento,conhecimento e soberania,os adversários do governosempre tentam colocar emxeque a gestão pública dapetrobrás, com denúnciasde todos os tipos. o que que-

rem é paralisar a petrobráse entregar a empresa para ocapital internacional. a pe-trobrás é o Brasil que dácerto e isso incomoda os en-treguistas de sempre.

Por que a FUP e seus sindi-catos apoiam a reeleição dapresidente Dilma Rousseff?

o Brasil hoje é um país demais oportunidades para a

classe trabalhadora, existe asensibilidade social. os go-vernos lula e dilma retira-ram mais de 40 milhões depessoas da linha da pobreza,criaram uma política de rea-juste para o salário mínimo,geraram mais de 20 milhõesde empregos, concederamganhos reais aos trabalha-dores em todos os anos deseus mandatos, fortalecerama petrobrás, criaram mais de340 escolas técnicas pelopaís, mais de 14 universida-des federais, possibilitam aofilho do pobre estudar nas

melhores universidades domundo através do programaCiência sem Fronteiras. Foiesse projeto desenvolvimen-tista e de inclusão social quegarantiu a descoberta do pré-sal e fez da petrobrás a ope-radora única dessa riqueza.além disso, diferente de go-vernos anteriores, estamosenfrentando crises econô-micas sem desempregar tra-balhadores e ainda com con-quistas salariais e ganhosreais. isso era impensávelaté a chegada de lula e dil-ma no governo.

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 20144 | Entrevista

Samuel Tosta

“Marina e Aécio querem privatizar o petróleo”

“o Que Querem

é paralisar a

petroBrás e

entreGar a empresa

para o Capital

internaCional. a petroBrás é o Brasil

Que dá Certo________________

Alessandra Murteirado rio de janeiro (rj)

De Collor à FHC: o projeto era privatizar a Petrobrás 1 9 9 0 1 9 9 5 1 9 9 7 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2Collor inicia umprograma de de-sestatização queresulta na extinçãode diversas subsi-diárias da petro-brás e na privatiza-ção do setor petro-químico

Fernando HenriqueCardoso (psdB)manda o exércitoinvadir as refinariase demite mais de 80 petroleiros du-rante uma greve da categoria

Governo do psdB consegueaprovar a lei9478, permitindoque as empresasprivadas se apro-priem das nossasreservas de petróleo e gás

Genro de FHCcomanda o primeiro leilão de concessão do petróleo brasileiro às multinacionais

p-36, maior plata-forma da petro-brás, afunda emata 11 trabalha-dores. processo dedesmonte se inten-sifica e refinariascomeçam a ser ne-gociadas

após mais de dezanos sem concur-sos públicos,quadro de traba-lhadores é redu-zido de 60 milpara 32 mil. vá-rias atividadessão terceirizadas

32% das ações da petrobrássão leiloadas naBolsa de valoresde nova iorque eo psdB tentamudar o nomeda empresa parapetrobrax

Para sindicalista, reduzir o pré-sal significa enfraquecer a Petrobrás

integrantes de religiõesafro-brasileiras realizaramnesta terça-feira (9) umaroda de afoxé e distribuíramdoces de Cosme e damiãoem frente à escola municipalFrancisco Campos, na zonanorte. neste local, um ado-lescente de 12 anos teria sidoimpedido pela direção dainstituição de frequentar aaula por estar usando guiasdo candomblé. apoiadoresda diretora da escola afir-mam que o estudante foibarrado por estar com um

boné. o caso está sendoacompanhado pelo minis-tério público do rio de ja-neiro (mp-rj), que avalia sea conduta configura um cri-me de discriminação.

raphael de aguiar, pai desanto do aluno, acompa-nhou a atividade e criticouo tratamento que o jovemrecebeu. “eles estão alegan-do que foi por conta de umboné [utilizado na religião].eu sei que existe lei, porisso eu já mandei ele tirar oboné antes que entrasse naescola. mas na porta ela [adiretora] já disse que elenão ia entrar. ela poderiamuito bem ter chamado amãe do aluno para conversarlá dentro, mas não”, afirmouo pai de santo. “nossa lutaé pela religião, mas é tam-bém contra o constrangi-mento que uma criança de

12 anos passou”, completou.o ato reuniu ainda fiéis

de outras doutrinas. rolf desouza, antropólogo e mem-bro da igreja metodista, re-cordou que a prática de dis-criminar outras religiões, aintolerância, não pode fazerparte do cotidiano dos cris-tãos. “pegando o que jesusdisse, não há espaço para aintolerância. o primeiromandamento é amar. amar

aos outros como se ama asi mesmo. Quem dá umademonstração de intolerân-cia, de racismo, de homo-fobia, ou seja, quem pregao ódio, não está realmenteseguindo a jesus Cristo”.

para Celina França, tam-bém mãe de um aluno daescola, são grandes as dife-renças entre sua religião eo candomblé, mas tambémcriticou o ocorrido. “eu sou

evangélica, não gosto, mastambém não sou contra.Cada um no seu cada um,mas não era pra ter barradoa criança não. é um órgãopúblico, todo mundo temque entrar. não está certo.seria o caso de ter chamadoa criança lá dentro, ter con-versado. isso foi uma hu-milhação”, defendeu.

em nota distribuída du-rante o ato, apoiadores dadireção da escola afirmamque “o aluno não foi barra-do por usar guias” e que “aretirada do boné ao entrarna escola foi a única solici-tação exigida”.

na semana passada o pre-feito eduardo paes recebeuo estudante e sua mãe e pe-diu desculpas pelo incidente.o ato desta terça-feira co-brou também a implemen-tação da lei 10.639, que tornaobrigatório o ensino da his-tória e da cultura africana eafro-Brasileira nas escolas.

Casos de discriminação acrenças estão sendo acom-panhados de perto pela Co-missão Contra a intolerânciareligiosa (CCir). “nos últi-mos seis anos aumentaramos casos que vieram a pú-blico justamente pela nossacaminhada em defesa da li-berdade religiosa e pela cria-ção da CCir. existe uma

sensação de ter aumentado,mas na verdade o que temaumentado é a organizaçãoe a pressão dos religiososde matriz africana aliadoscom pessoas de outras reli-giões”, relata o babalawo iva-nir dos santos, interlocutorda comissão. na próxima sex-ta-feira (12), membros daCCir devem se reunir como chefe da polícia Civil paradebater os casos de intole-rância religiosa no estado.

para dialogar com a so-ciedade no combate a estetipo de discriminação, a Co-missão realizará ainda nopróximo dia 21 de setembro,

na orla de Copacabana, asétima edição da Caminha-da em defesa da liberdadereligiosa. “a gente faz essaatividade para mobilizar re-ligiosos e não religiosos emdefesa da liberdade. é umato em defesa das vítimasda intolerância religiosa”, fi-nalizou ivanir. (AV)

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 cidades | 5

Protesto pede ofim da intolerânciareligiosa

Rio contra a intolerância religiosa

André vieirado rio de janeiro (rj)

Ato aconteceu noGrajaú, em frente àescola que barrouestudante que usavaguias do candomblé

Protesto recebeu apoio de fiéis de outras religiões

do rio de janeiro (rj)

Comissão Contra aIntolerância Religiosaprepara ato para estemês em Copacabana

SeRviço7ª Caminhada em Defesada Liberdade Religiosa:caminhando a gente seentende. eu tenho fé.

Dia 21 de setembro, às 11horla de Copacabana

Pablo Vergara

depois da escola de artesvisuais do parque lage e daCasa França-Brasil, que pas-saram a ser geridas por umaorganização social (os) emjulho, chegou a vez da escolade música villa-lobos ter suagestão repassada a uma enti-dade privada sem fins lucra-tivos. a secretaria de estadode Cultura anunciou que vaiabrir edital para a escolha deuma os para gerir a institui-ção. localizada no centro dorio, a escola de música villa-lobos foi fundada em 1952.

josé maria Braga, ex-di-

retor da escola, contaque foi exonerado docargo por ter discorda-do da decisão. ele temeque a adoção dessemodelo signifique a eli-tização da escola. Bragadiz que não era con-trário a os inicialmen-te, mas afirma que suaopinião mudou quan-do adriana rattes, se-cretária de cultura doestado, durante reu-nião na Fundação Ge-túlio vargas (FGv) paradiscussão sobre a via-bilidade da proposta,afirmou que a ideia eraacabar com o curso técnicoe com o curso de formaçãoinicial da escola.

“esse é o diferencial daescola, se acabarem ela vaipassar a ser uma escolacomo qualquer outra”, alerta.

segundo ele, isso fere osprincípios democráticos quea escola procurou adotarnos processos de ingressodos alunos, que no caso docurso técnico se dá por meiode concurso público e no de

formação inicial se dá viasorteio público.

“a villa-lobos é a únicaescola pública no estado dorio de janeiro a oferecer en-sino técnico de nível médioem música. nossos alunos

vêm da Baixada, de são Gon-çalo, de niterói e também dazona sul, é uma escola plural,democrática”, defende. Bragarevela ainda que, durante areunião na FGv, foi informa-do que os cursos básicos, osúnicos pagos, terão seus va-lores ampliados. “Hoje cus-tam em torno de r$ 620, eeles querem que vá para r$1500. esse preço é absurdo.músicos geralmente vêm daclasse trabalhadora”, reclama.

segundo o ex-diretor, oúltimo concurso para pro-vimento de professores naescola foi feito há 35 anos, ea instituição sofria com afalta de profissionais e dedinheiro. “a escola passoutoda minha gestão, 15 anos,sem receber recursos da Fu-narj e da secretaria de Cul-tura, só para coisas pontuais.todo o dinheiro vinha daamavilla [associação de mú-sicos, docentes e amigosda escola de música villa-lobos], que administra oscursos pagos”, afirma.

ele conta que ajudou nacriação do cargo de professorna Funarj, em 2006, e desde

então vinha pedindo que fos-se feito concurso para preen-cher os cargos. “a respostaque me deram na secretariafoi: ‘nem me fala em concurso,a escola vai virar os e pontofinal”, relata. de acordo comBraga, na reunião realizadana FGv também foi anun-ciado que a verba orçamen-tária anual para a os gerir aescola gira em torno de r$ 5milhões. “por que não pegaesse dinheiro e coloca numarubrica como dotação orça-mentária para a escola, por-que tem que dar para umaentidade privada? Que inte-resses vamos atender? nãosão os da escola”, opina.

O OUTRO LADOprocurada, a secretaria

de estado de Cultura, pormeio de assessoria, respon-deu apenas que a lei esta-dual n° 5.498/09 autorizaa gestão dos equipamentosda estrutura da secretariade estado da Cultura atra-vés de contratos com enti-dades privadas sem fins lu-crativos qualificadas comoos. a assessoria informouainda que a escola “es tá aper-feiçoando seu programa pe-dagógico”, que os coorde-nadores dos cursos “estãotrabalhando de forma a es-tabelecer um programa uni-ficado e complementar”,e que após o término dessetrabalho, “a proposta se -rá avaliada por uma Comis-são composta por profis-sionais da área”. (AD)

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 20146 | cidades

André Dantasdo rio de janeiro (rj)

do rio de janeiro (rj)

Com empresa privada, cursos básicos passarão de R$ 650 para R$ 1.500

Estado vai repassar 5 milhõespara entidade privada

Pezão privatiza mais uma escola no Rio de Janeiro

“nossos alunos vêm

da Baixada, de são

Gonçalo, de niterói

e tamBém da zona

sul, é uma esCola

plural, demoCrátiCa_________________

Escola de Música Villa Lobos vai ser gerida por entidadeprivada

Anuncie!(21) 4062 7105

Pablo Vergara

as candidatas à presidên-cia da república dilma rous-seff (pt) e marina silva (psB)estão travando o duelo maisdireto quando o assunto éeconomia. essa semana, porexemplo, as duas concorrentesse acusaram de defenderemos interesses dos banqueiros.marina tem sido bombardea-da pela proposta de dar “in-dependência” ao Banco Cen-tral. a medida pode dar aindamais poder aos bancos pri-vados na definição da políticade câmbio e de juros.

“Fala-se que essa é umaquestão técnica, mas o BancoCentral é o órgão mais polí-tico de todos. é a instituiçãoque define taxa de juros epolítica de crédito. Quantomais juros altos, mais de-semprego, menos crescimen-to econômico. são questõesque vão ter impacto na vidada classe trabalhadora”, afir-ma miguel pereira, secretárioda Confederação nacionaldos trabalhadores no ramoFinanceiro (Contraf).

miguel explica que a cada0,5% a mais de aumento nataxa básica de juros (selic),mais de r$ 3 bilhões arre-cadados em impostos vãopara o bolso do mercado fi-nanceiro, controlado pelosbancos, na forma de jurosda dívida pública.

o governador do Ceará,

Cid Gomes (pros), que foifiliado ao psB, partido demarina silva, também con-denou a proposta de inde-pendência do Banco Central.“sabe o que significa? en-tregar aos bancos o poderde arbitrar os juros. dizerquanto o capital financeiroquer ganhar”, criticou.

BANCO ITAÚapesar de defender uma

proposta favorável ao setorbancário, foi marina silvaque acusou dilma de ter cria-do a “bolsa-banqueiro” e a“bolsa juros altos”, sobre aoaumento da taxa de juros eaos lucros obtidos pelos ban-cos nos últimos anos. a pre-sidenta dilma reagiu: “nãotem banqueiro, você entende,me sustentando”.

Foi uma referência ao fato de marina silva ter a herdeirado banco itaú, maria alice(neca) setúbal, como suaprincipal coordenadora decampanha. na semana pas-sada, o próprio presidente do

itaú, roberto setúbal, afirmou,em evento de comemoraçãodos 90 anos do banco, quemarina silva, na sua visão, re-presentaria “um avanço”.

“se o BC passa a ter inde-pendência, haverá uma po-lítica especulativa sem con-trole. numa situação de va-lorização do dólar frente aoreal, o governo não terá comocontrolar a sanha do mercadoe nossa indústria, que já estáfragilizada, será completa-mente destruída”, analisa oprofessor de economia in-ternacional da universidadeestadual da paraíba (uepB),josé Carlos de assis.

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 brasil | 7

mesmo possuindo maisde 150 bancos em operação,o Brasil vive um oligopóliodominado por seis empresas,sendo quatro delas privadas:itaú unibanco, Bradesco,santander e HsBC. a essegrupo se somam os públicosBanco do Brasil e Caixa eco-nômica Federal. o setor pri-vado tem muita simpatia pe-

las ideias de marina silva eaécio neves (psdB) porque,mesmo tendo lucrado muitonos últimos três anos, comfaturamento de mais de r$179 bilhões, a política de au-mento de juros enriquecemuito mais as instituiçõesfinanceiras.

além disso, dilma rous-seff utilizou os bancos pú-blicos para baratear o custodo crédito, o que obrigou osbancos privados diminuir amargem de lucro nessas ope-rações. por causa disso, ape-nas o Banco do Brasil é res-ponsável, sozinho, por maisde 25% do crédito produtivo

no país, que é o dinheiroaplicado no desenvolvimentoreal da economia, comoconstrução civil, compra demaquinários e abertura denovos negócios.

“a proposta da marinatambém fala em acabar como crédito direcionado, queforam dados para a comprada casa própria, a agriculturafamiliar e o financiamentoestudantil. isso vai diminuiro papel dos bancos públicosna economia, que tem ga-rantido ao país um processode estabilidade e geração deemprego”, acrescenta miguelpereira, na Contraf.

Pedro Rafael vilelade Brasília (dF)

Brasil vive um oligopóliono setor bancário

Marina quer aumentar poderdos bancosPrograma de governode candidata prevê“independência” doBanco Central

de Brasília (dF)

Bancos faturarammais de R$ 179bilhões nos últimostrês anos

“Quanto mais juros

altos, mais desem-preGo, menos CresCi-mento eConômiCo. são

Questões Que vão ter

impaCto na vida da

Classe traBalHadora_________________

Medida pode gerar aumento de juros e até inibir criação de empregos

Itaú, Bradesco, Santander e Hsbc compõem oligopólio dos bancos

Div

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ção

EBC Memorias

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 mundo | 9

a Bolívia comemora nes-ta semana, o dia internacio-nal da alfabetização. Graçasà implementação de progra-mas populares para ensinara ler e escrever, o país al-cançou a taxa mais baixa deiletrados: 3,5%.segundo o instituto nacionalde estatística (ine), essa por-centagem corresponde apessoas maiores de 65 anosde idade que vivem em re-giões isoladas. a entidadeindicou, em seu mais recenterelatório, que na Bolívia96,2% dos habitantes estáalfabetizado, ou seja, um au-mento de 1,3 pontos comrespeito à cifra de 2012.

o vice-ministro de educa-ção alternativa e especial,noel aguirre, destacou quea cooperação com Cuba,desde 2006, implementouo programa Yo sí puedo (eusim posso) para ensinar apopulação urbana e rural aler e escrever. o projeto foiconcluído em 20 de dezem-bro de 2008 com a declara-ção da Bolívia como terri-tório livre de analfabetismo.a organização das naçõesunidas para a educação(unesco) concede essa ca-tegoria a um país quandosua taxa de analfabetos estáabaixo de 4%. (Prensa Latina)

­­­

Crise de emprego emescala global

o Banco mundial ad-vertiu nesta terça-feira(9) que o mundo en-frenta uma crise de em-prego generalizada queameaça as perspectivasde uma retomada docrescimento econômico.

o banco defende serpreciso criar 600 milhõesde novos postos de tra-balho em todo o mundoaté 2030 apenas paraacompanhar o aumentoda população.

Gases deefeito estufabatem recorde

a concentração de ga-ses de efeito estufa na at-mosfera atingiu novo re-corde em 2013,anunciou nesta terça-feira (9), a organizaçãometeorológica mundial(omm).

a agência das naçõesunidas indica que a taxade crescimento dos ní-veis de dióxido de car-bono na atmosfera, entre2012 e 2013 representa omaior aumento anualem 30 anos.

"nunca é tarde demaispara novo capítulo na vida".Com esse lema, vivianBoyack, de 91 anos, e alicedubes, 90, se casaram emuma cerimônia realizada noúltimo sábado (6), no estadode iowa, estados unidos.

“esta é uma celebração dealgo que deveria ter aconte-cido muito tempo atrás”, dissea reverenda linda Hunsakera um pequeno grupo de ami-

gos próximos e familiares.as duas mulheres se co-

nheceram na cidade de Yale,iowa, quando eram adoles-centes. em 1947, elas se mu-daram para davenport, ondeBoyack dava aulas em umaescola e dubes trabalhavacomo contadora. paraBoyack, é preciso muitoamor e trabalho para manterum relacionamento por 72anos. (Opera Mundi)

Após 72 anos, mulheresse casam nosEstados Unidos

Bolívia comemorabaixa taxa deanalfabetos

Bolivia Punto Cero

Divulgação

EM FOCO

Casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido em Iowa desde 2009

as ministras italianas dasaúde, Beatrice lorenzin,e da defesa, roberta pinot-ti, deram seu aval para aprodução de maconha parafins terapêuticos no insti-tuto Químico, Farmacêuticoe militar de Florença. o cul-tivo da erva ficará a cargo

do exército e a medida deveser oficializada até o fimde setembro. o local queterá as plantações já fabricamedicamentos para as For-ças armadas.

para usar medicamentosà base de maconha, as pes-soas eram obrigadas a im-

portá-los, em um processobastante caro e demorado.a expectativa é que essesremédios estejam disponí-veis nas farmácias no anoque vem. a utilização dessesfármacos é permitida nonosso país desde 2007. (Opera Mundi)

Estado italiano produzirá maconhapara fins terapêuticos

Cooperação entre Bolívia e Cuba ensina a população urbana e rural

Divulgação

• Teatro

encontrarteo que? 13° encontro deartes Cênicas na BaixadaFluminense traz 23 espetá-culos ao sesC de novaiguaçuQuando? de 8 a 27/9onde? r. dom adrianoHipólito, 10, nova iguaçuQue horas? das 9h às 20hQuanto? Grátis

Assédio Moral

o que? Comédia será exi-bida gratuitamente no au-ditório do sindicato dospetroleirosQuando? 17/9onde? sindipetro/rj,av. passos, 34 – CentroQue horas? 19h30Quanto? Grátis

• ExposiçãoStreet Art - UmPanorama Urbanoo que? exposição trazobras de “artistas urbanos”nacionais e estrangeiros,como o britânico Banksy

Quando? até 5/10onde? Caixa Cultural rio,av. almirante Barroso, 25,CentroQue horas? das 10h às 21hQuanto? Grátis

• MúsicaFanfarrada e Leandro Joaquimo que? apresentações dabanda de metais Fanfar-rada e do trompetistaleandro joaquim, com es-tilos musicais que vão dofunk ao jazz, passandopelo reggae e rock

Quando? sábado, 13/9onde? praça agripinoGrieco, s/n, méierQue horas? 18hQuanto? Grátis

Mohandas on the Rocks

o que? além de apresen-tação gratuita da banda in-dependente cariocamohandas, evento traz in-tervenções, exposição eperformances de tecidos.Quando? sábado, 14/9onde? pedra do leme,avenida atlântica, lemeQue horas? 18hQuanto? Grátis

• TeatroBentoo que? peça é adaptaçãodo livro “dom Casmurro”de machado de assisQuando? até 14/9onde? teatro armandoGonzaga, avenida Generalosvaldo Cordeiro de Fa-rias, 511, marechal HermesQue horas? sextas e sába-dos, às 20h e domingos às19h. Quanto? r$10

sempre vi novela, faleide novela, mudei meuscompromissos por causade novela, li revista de no-vela. aliás, eu sempre brin-quei de novela. Criava osroteiros, os personagens,inventava nome. essa foiuma fase muito boa daminha vida, eu me divertianos “diálogos monólogos”.e tinha cenas de tudo: rai-va, emoção, amor, sexo...

eu me lembro, já ado-lescente, de uma vez emque estava na formaturados colegas de escola e afesta era a última cenade uma de minhas nove-las. na festa, acontecia acena em que o casal deprotagonistas (eu era oprotagonista) finalmentese acertava, se perdoava.sem dizer uma só pala-vra, enquanto a músicatema dos dois tocava, elesse procuravam pelo salão,certos de que se amavam.no último verso da can-ção ("ana júlia", de losHermanos) os dois se en-contravam, paravamfrente a frente, abriamum sorriso, a cena con-gelava e subia o letreiro“fim”. eu realmente fizisso na festa. meu deus,que garoto mais louco!Brincar de encenar compersonagens imaginários,sozinho, falando, gritan-do e chorando, sorrindopelos cantos!

eu penso diferente. a

novela sempre foi um ins-trumento que desperta aminha curiosidade pelasdiferentes possibilidadesde viver. de poder expe-rimentar sensações e his-

tórias que na vida real nãodá. Claro que isso temmais a ver com o teatroou literatura do que coma novela. mas eram elasque eu tinha todos os diasna tv e brincando comelas eu me divertia e exer-citava minha curiosidadee imaginação. Hoje me di-virto e me exercito inven-tando tramas, “cupidando”casais, dramatizando ascenas da vida. a novelanão saiu de mim.

por isso, há um ano des-pertou joaquim vela. elesempre esteve dentro demim como o autor e atorde novelas. Há um ano eleresolveu sair do armárioe escrever. e com ele medivirto ao refletir sobre va-lores, ideologias, mudan-ças de comportamentoque as novelas suscitam.ainda mais em um jornalque tem uma visão tãoparticular da sociedade edo mundo.

Joaquim vela de Belo Horizonte (mG)

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 201410 | cultura

NOVELA | [email protected] SE DIVERTIR DE GRAÇA?

Sempre vi novela

Div

ulga

ção

NEM TUDO É DE GRAÇA

Joaquin Vela completa 1 ano como colunista do Brasil de Fato

“Hoje me divirto e me

exerCito inventando

tramas, “Cupidando”Casais, dramatizando

as Cenas da vida________________

toda a beleza da mulhernegra, tantas vezes cantada epoetizada, agora será home-nageada nas passarelas. poiso rio de janeiro receberá oprimeiro Miss Black PowerdoBrasil. o concurso é parte doevento “mercado di preta”,realizado entre os dias 7 e 9de novembro, no Centro deteatro do oprimido, na lapa.no entanto, paula azeviche eisabel Freitas, as idealizado-ras do projeto, avisam que

esse não é como os concur-sos de miss habituais.

“não serão exigidos os pa-drões de estatura, pesos enem idade máxima. nossoobjetivo é não criar umacompetição, mas sim exaltara beleza das negras queusam cabelos ao natural,que rompem com o padrãoeuropeu de beleza o qualnão valoriza seus traços na-turais e as obriga a mudar ocabelo em troca de aceitaçãoda sociedade”, destaca abaiana paula azeviche.

as inscrições para o con-curso Miss Black Power es-tão abertas e vão até o dia30 de setembro e a partici-pação é gratuita. para a or-ganizadora o concurso debeleza “será é um espaço de

afirmação de identidades ereforço das nossas diversi-dades étnico-raciais”.

a iniciativa também éuma forma de protesto di-ferente, contra os abusosdiários e o racismo em re-lação às mulheres negras,por assumirem seu verda-deiro cabelo.

recentemente, no rio, aatriz e promoter mônica as-sis, precisou de três tentati-vas para tirar a foto do seupassaporte por causa do seucabelo Black Power. mas dolado bom da história está amiss minas Gerais, Karenporfíro, que é a primeira can-didata ao miss Brasil com ca-belo crespo natural, e justa-mente por isso ela tambémé fonte de inspiração.

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 cultura | 11

Miss Black Power não é como os concursos de miss habituais

A beleza é negra

Fania Rodriguesdo rio de janeiro (rj)

Rio recebe o primeiro concursoMiss Black Power do Brasil

o “mercado di preta” tambémpromove rodas de debate para dis-cutir o racismo e seus desdobra-mentos. a cada edição um tema élançado à discussão, dessa vez seráa Banalização do corpo da mulhernegra. “sempre convidamos estu-diosas, especialistas no tema, assimcomo pessoas que foram vítimas doracismo”, explica paula. ainda serãoorganizados cursos de dança afro ecuidados com os cabelos naturais,além de apresentação teatral.

o evento, que está em sua terceiraedição, foi realizado pela primeiravez no recife (pe), em janeiro desseano, e a segunda em julho, igual-mente no rio. entre as principaisatividades do “mercado di preta”está a feira moda e estética, ondemicro e pequenas empreendedorasnegras expõe produtos de beleza na-

turais, produzido por elas mesmas,assim como roupas, tecidos, aces-sórios da moda e artes relacionadasa cabelo. (FR)

Evento também discute o racismo

do rio de janeiro (rj)

Espaço vai incentivar empreendedorismo dasmulheres negras

Pablo Vergara

MERCADO DI PETRA

outra vertente do “mercadodi preta” é estimular o empreen-dedorismo das mulheres ne-gras, que ainda ocupam a baseda pirâmide social brasileira.“Criamos uma rede de empre-sárias de cinco estados, onde es-tamos fortalecendo a economiasolidária. este evento tambémé forma de dar visibilidade a es-sas mulheres que ousaram em-preender”, diz paula azeviche.

Divulgação

a questão da represen-tatividade política no Brasilé debatida há muitos anos.“vocês não nos represen-tam” é uma frase muitousada e que ficou mais emfoco a partir das manifes-tações de junho de 2013,mas o sentimento de queo sistema político/eleitoralbrasileiro precisa ser ur-gentemente modificado émais antigo.

nosso sistema, criadocom a Constituição de 88,está flagrantemente ultra-passado em relação às as-pirações da maioria da so-ciedade. ultrapassado deforma perigosa, inclusive,pois depois da entrada dedezenas de milhões de “no-vos” brasileiros no mercadode consumo, nos últimos12 anos, podemos afirmarque a Constituição não estápreparada para esta evolu-ção da nossa sociedade,com todas as suas expecta-tivas sociais e econômicas.

o engessamento da leieleitoral é visível e é sim-bolizado principalmentecom a total liberdade de fi-nanciamento privado dascampanhas eleitorais, o quefavorece o grande capital.é como eu sempre digo: ofinanciamento privado é o

pai e a mãe da corrupção.modificar isso, criando o fi-nanciamento público e for-talecendo os partidos, sig-nifica uma revolução. masesta é a grande dificuldade:quem se beneficia não quermudanças na lei eleitoral.

por isso a importânciada realização do plebiscitopopular por uma Consti-tuinte exclusiva para dis-cutir a reforma política. émotivo de orgulho para to-dos nós o número de 1.700comitês em todo o país, di-vulgando e realizando oplebiscito em centenas demunicípios.

segundo pesquisas, amaioria dos parlamentaresnão quer a reforma e muitomenos uma Constituinteexclusiva, mas temos quecontinuar pressionando oCongresso e o próprio go-verno. é preciso, principal-mente, envolver a socieda-de no debate da reformapolítica, fundamental paraque o país atinja uma novaera de transformação de-mocrática e social.

pesquisas também apon-tam que a maioria dos bra-sileiros é favorável à reformacom o objetivo de tornaras eleições mais transpa-rentes e democráticas, valedizer, mais justas. váriasmudanças precisam ser fei-tas. o primeiro passo é aelaboração de um novo tex-to constitucional, de novasregras debatidas profunda-mente por toda a sociedade.vamos continuar lutandopara criar instrumentos decontrole nas eleições e departicipação popular. é as-sim que o Brasil fortaleceráa sua democracia.

Robson Leiteé funcionário da Petrobras,

escritor e candidato a depu-tado estadual pelo PT/RJ

Quando se aproxima a datado primeiro turno, aumentaa expectativa de analistas eeleitores em relação às pes-quisas. Historicamente, quan-to mais distante a data dopleito mais os números apre-sentados podem estar distan-tes da realidade. e o contrárioacontece quanto mais próxi-ma a data da eleição.

este ano, em função da tra-gédia que vitimou eduardoCampos, os números das pes-quisas têm surpreendido. ma-rina silva, que era candidata avice numa chapa que tinha 9%de preferência, em pouco maisde uma semana pulou para34%. na verdade um recorde.

mas nos últimos dias, já seaproximando a data de 5 deoutubro, os institutos apresen-tam novas projeções, até mes-mo para um provável segundoturno, como que preparandoo terreno para se aproximar

do resultado que será conhe-cido poucas horas depois doencerramento da votação.

não é à toa que alguns ana-listas dos meios de comuni-

cação hegemônicos de linhaconservadora começaram atentar justificar que a candi-data marina silva já teria che-gado ao seu limite. Fica pare-cendo até que o espetacular

crescimento percentual dacandidata pode ter sido atémesmo inflado para induziro eleitor a optar por quemestá na frente das pesquisas.

de qualquer forma, os pró-ximos dias servirão para con-firmar ou não essa hipótese,até porque, por uma questãode credibilidade futura, os ins-titutos de pesquisas tentarãoapresentar os números maispróximos da realidade.

nesse vai e vem das pes-quisas é necessário analisaraté que ponto a dependênciacriada com as pesquisas serveao aprimoramento da demo-cracia. ou não passa de umjogo midiático que no fundocoloca em segundo plano al-gumas questões políticas eeconômicas relevantes.

Mário Augusto Jakobskind

é jornalista

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 201412 | opinião

Robson LeiteEneko

A crise da representação política

“o enGessamento

da lei eleitoral é

visível e é simBoli-zado prinCipalmente

Com a total liBer-dade de FinanCia-mento privado das

CampanHas eleitorais_________________

“é neCessário

analisar até Que

ponto a dependênCia

Criada Com as

pesQuisas serve ao

aprimoramento da

demoCraCia_________________

Mário Augusto Jakobskind

Números das pesquisas podemter sido inflados

a Constituição assegu-ra o benefício assistencialàs pessoas idosas ou comdeficiência, desde quecomprovem não possuirrecursos para o seu sus-tento nem de sua família.

o benefício assistencialdifere do previdenciário,pois, o pagamento de con-tribuições não é necessá-rio para sua obtenção.Basta preencher esses re-quisitos para recebê-lo:a) ser idoso ou possuirdeficiência; e b) compro-var não possuir recursos.

a loas (lei orgânicada assistência social - nº8.742 de 1993) estabele-ceu os parâmetros paraa garantia desse direito.a lei considerava que apessoa não possui recur-sos quando a renda decada membro de sua fa-mília corresponde a, nomáximo, um quarto dosalário mínimo.

o critério da lei foisempre muito criticado,pois restringia o númerode beneficiários, excluin-do muitas pessoas pobresque deveriam ter o di-reito garantido. os tribu-nais passaram então aadmitir a concessão dobenefício quando a renda

de cada membro da fa-mília alcançasse metadedo salário mínimo, e nãoum quarto. outra medidafoi desconsiderar, paraaferir o parâmetro de umquarto do salário, gastoscom itens essenciais,como remédios.

em 2013, o stF sepul-tou de vez essa restriçãoda lei. reconhecendo ocaráter fundamental dodireito à assistência sociale a mudança da realidadeeconômica do país, con-cluiu que os critérios de

miserabilidade previstosna loas ofendem a Cons-tituição. Benefício assis-tencial não é favor, é di-reito, e deve ser concre-tizado segundo critériosminimamente adequa-dos, não podendo a leiesvaziá-lo ou limitá-lo.

Julio José Araújo Jr.,Procurador da República

An

un

cie

Todas as semanasnas ruasdo Rio

(21) 4062 7105

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 variedades | 13

CONHEÇA SEUS DIREITOS

O benefício assistencial é um direito fundamental

Dúvidas sobre direitos? Encaminhe e-mail para [email protected]

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

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BOA E BARATA www.tudogostoso.com.br

Modo de preparo

Ingredientesmargarina para untar12 fatias de pão de forma(sem a casca)1/2 lata de molho de tomate pronto6 fatias de presunto(ou a gosto)4 colheres de sopa de requeijão12 fatias de mussarela(ou a gosto)1/2 caixa de creme de leite1 tomate grande cortado emrodelasorégano a gosto

Misto quente de forno

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gaçã

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unte um refratário commargarina. Forre o fundocom 6 fatias de pão de for-ma. Colocar metade do mo-lho de tomate temperado,presunto, camada de requei-jão, metade da mussarela,

restante do pão de forma,molho de tomate, creme deleite, mussarela, tomate emrodelas, orégano

leve o refratário ao for-no até a mussarela derreter(fiz no micro-ondas)

AMIGA DA SAÚDE

Meu irmão tem 16 anos e está usando cocaína. Nasemana passada ficou agressivo e quebrou váriascoisas em casa.  Queremos internar ele, mas nãotemos dinheiro.

Poliana, 34 anos, professora.

Querida poliana, a de-pendência química, sejapor álcool, cigarro ou ou-tras drogas é doença, eprecisa ser tratada. aban-donar um vício pode sermuito difícil e o caminhotende a ser longo. para tersucesso num tratamentodesses, é fundamental quehaja vontade da pessoaem se tratar. a internaçãonem sempre é o melhorcaminho, pois a pessoa seafasta muito do seu am-biente social e quando elaretorna à vida normal, se

depara novamente comtodos os elementos que alevaram a usar drogas.pode surtir mais efeito apessoa aprender a convi-ver no seu ambiente na-tural sem a droga.

“BeneFíCio

assistenCial não é

Favor, é direito, e deve

ser ConCretizado________________

Tempo de preparo30 min

Rendimento6 porções

AGOSTO E SETEMBRO

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 201414 | variedades

O período lhe proporciona algumas di-ficuldades nos relacionamentos e dis-putas territoriais. Porém, você estámuito atraente, o que ameniza esseclima bélico e pode ajudá-lo a manter apaz e harmonia com os outros.

Há muita expansividade, comunicação etroca de experiências neste período! Maspode ser que nos deparemos com dificuldadesem conseguir expressar bem o que pensamos e sentimos. É mo-mento de exercitarmos a paciência e a capacidade de nos colo-carmos no lugar do outro.

Energia amorosa e de proteção o ro-deiam, há muito afeto e boa vontadeao lidar com os outros. Porém, poderáperder todo seu tempo cuidando dobem estar do próximo e esquecer doseu. Equilibre as coisas.

Poderá se comportar como se a satisfa-ção de seus desejos e caprichos fos-sem seus únicos objetivos,esquecendo-se dos outros. É provávelque não note, pois está focado em suaindividualidade acima de tudo.

Você pode querer impor a sua visãodo mundo às pessoas, o que oca-siona conflitos e frustrações. Muitodo que você fala vale muito a penalevar a sério, mas a forma com queisso é colocado, faz toda a diferença.

Sente vontade de mudar alguns pon-tos, é possível que esteja passando pordificuldades sociais, impedindo-o deapreciar o conforto material. Não se ar-risque, pois pode ter prejuízos aindamais graves nessa área.

Seu desafio é conseguir verbalizar asemoções. Você acha difícil compreen-der os sentimentos dos outros e tam-bém se atrapalha ao expressar os seus.Pode estar muito falante, direto e sin-cero nesta fase, saiba dosar.

Sorte no âmbito social, pode ser umperíodo em que conhecerá muitagente nova, que lhe proporcionará de-safios, aprendizados e evolução pes-soal. Essa expansão também atinge seufísico, há tendência a engordar.

Há boa sorte no lado material, apro-veite para investir ou aplicar seu di-nheiro. Há independência, iniciativa emagnetismo pessoal. Mas cuidadocom discussões com o sexo oposto ouem parcerias de trabalho.

Cuidado com o pessimismo e críticaem excesso, há a tendência em trataros outros de forma extremamente rí-gida. Comece desde já a trabalharesses hábitos para não se desgastar emagoar quem lhe quer bem.

Sede de conhecimento esta semana.Aproveite para se aprofundar emalgum estudo interessante ou novo.Sua mente estará mais apta paraaprender e gravar as coisas e há tam-bém muita energia e vitalidade!

Seus sentimentos caminham harmo-niosamente. Estará otimista, com von-tade de se socializar, produzir, setransformar, sempre atrás da evoluçãopessoal. Não tem medo de inovar e tiramuito proveito disso.

A mente estará mais capaz de com-preender o lado oculto das pessoas,isso pode ser útil ao fazer novos conta-tos. A carreira ganha destaque, utilizesua determinação e intensidade paraconquistas metas!

HORÓSCOPO

Keka Campos, astróloga• [email protected]

Minguantedia 15, 23h05

Novadia 24, 03h14

Crescemtedia 2, 08h11

Cheiadia 8, 22h38

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FASES DA LUA

Um museu degrandes novidades

o futebol brasileiro, ca-rente de uma profunda re-novação de conceitos e denovos personagens, preci-sou levar sete gols da ale-manha para que, ao menos,essas necessidades se tor-nassem visíveis.

mas de que adianta ter vi-sibilidade se nossos dirigen-tes são praticamente cegos?a pouca visão por parte dequem comanda o nosso fu-tebol acaba provocando re-volta em vários torcedores,mas não só isso. algumascoisas são dignas de risos.

a grande “novidade” novasco é a contratação dejoel santana para o co-mando técnico do time. nãobasta caminhar na contra-mão do que se espera nonosso futebol, tem que seruma anedota.

o futebol do rio, hámuito tempo, recorre ao pa-pai joel para salvar times emcrise. Como joel é um bommalandro, querido por to-das as torcidas, acaba des-cendo pela goela. mas o quejustifica o retorno de joel aofutebol carioca, do ponto devista tático, ou dos métodosde treinamento?

os problemas do vasco

não se resolvem com frasesde efeito ou expressões eminglês. o clube precisa de-finir quem responde pelofutebol. não pode ser atri-buição do rodrigo Caetano,que deve ir ao mercadopara cumprir as diretrizesdo comando do clube, quenão existe.

sem isso, até o Guardiolaestaria fadado a ser demi-tido em algum momento.

é impressionante comoainda dão ouvidos ao ro-berto dinamite, responsá-vel direto pela bagunça quetomou conta do clube. nãoà toa, sua reeleição foi des-cartada.

esse tipo de dirigente in-festa o futebol brasileiro. sãodo tipo que só enxergam atéa próxima rodada e tomamdecisões baseadas no ventoda opinião pública.

por essas e outras, casoscomo o de maicon na sele-ção são tratados dessaforma esdrúxula. ninguémfala nada, nem deixa nin-guém falar.

o futebol brasileiro con-tinua com uma mentali-dade tacanha. enquantovocê lia este artigo, mais umgol da alemanha.

Brasil passeiasobre a Bulgária

Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014 esporte | 15

Joel Santana chega pela quinta vez ao Vasco

Flicrk Vasco

opinião | Bruno Porpetta

o Brasil, que já havia der-rotado a sérvia na primeirafase, não foi nem sombrado desempenho que garan-tiu uma classificação histó-rica diante dos argentinosnas oitavas de final domundial de basquete mas-culino, na espanha.

a sérvia virou o primeirotempo com apenas cinco

pontos de vantagem (37 a32), mas a volta do intervalofoi desastrosa. os sérvios,com a grande atuação deteodosic, marcaram 29 pon-tos só no terceiro quarto, en-quanto o Brasil fez apenas 12.

Com o Brasil perdido emquadra, ficou fácil para ossérvios ampliarem o marca-dor e fecharem o jogo com 28pontos de diferença. o Brasil,no entanto, teve a pior pon-tuação de sua história nosmundiais. (BP)

Sérvia despacha sonho de medalha para o Brasil

BINÓCULO

Croata faz história nosEUA

o tenista croata ma-rin Cilic, campeão dous open na última se-gunda-feira (8), con-quistou seu primeiro tí-tulo de Grand slam.

no top 10 do rankingmundial pela primeiravez, ocupa a 9ª posição,além de se tornar o se-gundo croata campeãode Grand slam. o pri-meiro foi Goran ivani-sevic que, inclusive, étreinador de Cilic.

Filho de peixe,peixinho é

pedro piquet, de 16 anos, sagrou-secampeão da Fórmula 3Brasil em sua tempo-rada de estreia comoprofissional. Com duasetapas de antecedência,o piloto conquistou o título no autódromovelopark, em novasanta rita (rs), ven-cendo a primeira e fi-cando em quarto na se-gunda bateria.

ele é o filho caçulado tricampeão mundialde Fórmula 1, nelsonpiquet, e correu estatemporada com umcarro com as mesmascores da Brabhamusada pelo pai no pri-meiro título mundial,em 1981.

Div

ulga

ção

Divulgação CBV

Bruninho voltou de lesão e comandou o time na vitória sobre a Bulgária

Brasileiros levam vareiodos sérvios de 84 a 56e voltam para casa

o Brasil venceu comtranquilidade a Bulgária por3 sets a 0 (25/15, 25/21 e25/21) e ficou em boas con-dições para avançar às semi-finais do mundial de vôleimasculino, na polônia.

Contando o jogo inteirocom o levantador Bruninho,que se recuperou de uma le-são no dedo da mão direita,o Brasil voltou a enfrentar oadversário do jogo mais po-lêmico do último mundial.na ocasião, a seleção brasi-

leira enfrentou a Bulgária naprimeira fase e foi acusadade entregar o jogo para fugirdo grupo mais difícil na se-gunda fase. acabou cam-peão, mas com essa “man-cha” no currículo.

desta vez, o Brasil mos-trou um jogo muito consis-tente, pressionando o adver-sário e quebrando os pontosfortes búlgaros, como o sa-que. Com isso, o Brasil nãoteve grandes dificuldades epraticamente encaminhousua classificação. a seleçãovolta à quadra nesta quinta-feira (11), em Katowice, paraenfrentar os chineses. (BP)

Brasil vence comfacilidade, desta vezjogando para valer

o Botafogo recebeu osão paulo no estádio manéGarrincha, em Brasília, e otreinador vágner manciniteve muitos problemas paraescalar a equipe, diante detantos desfalques. de últimahora, ainda perdeu o ata-cante emerson sheik, comamigdalite.

o são paulo vinha emba-lado pela grande campanha,especialmente nos últimos

jogos em que muricy encon-trou uma formação ideal como quarteto formado por pato,Ganso, Kaká e Kardec. Foidesse último o gol que abriuo placar para o tricolor pau-lista, em jogada pela esquerdade michel Bastos.

o gol forçou uma posturamais ofensiva do Botafogo,que não demorou para con-seguir o empate, com zebal-los. pouco tempo depois, emjogada de escanteio, o za-gueiro andré Bahia vira ojogo para o Fogão.

atrás no placar, o são pau-lo procurou avançar e, emlinda jogada de pato, o vo-lante souza acabou empa-tando a partida. não demo-rou muito para o próprio

souza marcar o segundo delee o terceiro do são paulo, vi-rando novamente o jogo.

no segundo tempo, o jogodiminuiu um pouco o ritmo,mas o Botafogo logo sofreu

um revés, com a expulsãojusta e infantil do volanteairton. daí ficou fácil para osão paulo administrar o jogoe até ampliar o placar, comgol de pato.

Bruno Porpettado rio de janeiro (rj)

Diante do São Paulo e com vários desfal-ques, Botafogo perdepor 4 a 2

16 | esporte Rio de Janeiro, 11 a 17 de setembro de 2014

o Flamengo foi à Cuiabáenfrentar o Goiás, na arenapantanal, com eduardo dasilva começando no timetitular. apesar do calor, ojogo foi bastante movimen-tado, mas também mui totruncado.

o domínio da bola erado Flamengo, mas o Goiásera mais eficiente no ata-que, criando mais chancesde gol. no entanto, nin-guém conseguiu abrir oplacar na primeira etapa.

na volta do intervalo, asequipes regressaram aindamais dispostas a abrir oplacar. em uma das chan-

ces criadas pelo Goiás, ogoleiro paulo victor fezumas sequências de mila-gres. o Flamengo respon-deu com alguns bons ata-ques, mas o equilíbrio dojogo era a tônica.

no entanto, foi o Goiásque abriu o placar em umchute de fora da área desamuel, que entrou nocanto esquerdo de paulovictor. o Flamengo tentoupressionar até o fim, masnão conseguiu o gol. alémdisso, reclamou muito umpênalti não marcado nosacréscimos. (BP)

Desfalcado, o Botafogonão resiste diante doSão Paulo

Fla perde do Goiás e tem pênalti não marcado

o Fluminense pegou o Fi-gueirense no estádio orlan-do scarpelli, em Florianó-polis, e conseguiu empatar,mas com a vitória do Grêmiocontra o atlético-pr acaboucaindo na tabela.

o primeiro tempo foi fracoe cheio de passes errados.ainda assim, tanto o Flucomo o Figueira tiveram umachance de abrir o marcador.porém, só o Figueirense foi

feliz na conclusão e abriu oplacar com everaldo.

na volta do intervalo, oFigueira teve leandro silvaexpulso logo aos sete minu-tos. a partir daí, só deu Flu-minense e, mesmo com Bru-no expulso, aos 25, foi re-compensado. no final, apóschute de Kennedy que des-viou na zaga e bateu no tra-vessão, Cícero fez no rebote.(BP)

Brasileirão20º RODADA

Classificação Série A

Zona de classificação para LibertadoresZona de rebaixamento para Série B

FICHA TÉCNICA

2 X 4Botafogo São Paulo

Quarta-feira – 22h – Mané Garrincha

X

PAL CRI

GRE CAP

FIG FLU

SPO SAN

CFC CHA

BOT SAO

VIT INT

GOI FLA

COR CAM

CRU BAH

1 X 0Qua. 10/09

19h30m

XQua. 10/09

19h30m

X Qua. 10/09

19h30m

XQua. 10/09

21h

XQua. 10/09

21h

XQua. 10/09

22h

XQua. 10/09

22h

XQua. 10/09

22h

XQui. 11/0919h30m

Qui. 11/0920h30m

Flu arranca empate,mas cai na tabela

1 0

3 1

3 0

2 4

2 0

1 0

1 1

•Gol de Pato ampliou o placar para o São Paulo em cima do Botafogo

saopaulofc.net