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Consultório Bíblico O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 53 nº 689 – Abril de 2012 B rasil Presbiteriano Capelania Evangélica Hospitalar é alvo de ataques por meio de mentiras, intenções questionáveis e egoístas. Onde a Bíblia proíbe fazer jogos de azar? Comissão Executiva do Supremo Concílio Em viagem ao Nepal, APMT visita iniciativas ministeriais e solidifica parcerias institucionais Página 15 Página 12 Página 19 CE realizada entre os dias 26 e 30 de março recebeu delegações de igrejas estrangeiras do Japão, Austrália, Índia, África do Sul, Estados Unidos, Paraguai e México, visando uma cooperação de trabalho Página 6

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abril de 2012

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Consultório Bíblico

O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 53 nº 689 – Abril de 2012BrasilPresbiteriano

Capelania Evangélica Hospitalaré alvo de ataques por meio de mentiras, intenções questionáveis e egoístas.

Onde a Bíblia proíbe fazer jogos de azar?

Comissão Executiva do Supremo Concílio

Em viagem ao Nepal, APMTvisita iniciativas ministeriais e

solidifi ca parcerias institucionais

Página 15

Página 12Página 19

CE realizada entre os dias 26 e 30 de março recebeu delegações de igrejas estrangeiras do Japão, Austrália, Índia, África do Sul, Estados Unidos, Paraguai e México, visando uma cooperação de trabalho

Página 6

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Abril de 20122BrasilPresbiteriano

EDITORIAL

Conselho de Educação Cristãe Publicações:

Clodoaldo Waldemar Furlan - PresidenteDomingos Dias - Vice-presidenteGecy Soares de Macedo - SecretárioAlexandre Henrique Moraes de AlmeidaAndré Luiz RamosAnízio Alves BorgesMarco SerjoMauro Fernando Meister

Conselho Editorial da CEP:

Ageu Cirilo de Magalhães Jr.Cláudio Marra - PresidenteFabiano de Almeida OliveiraFrancisco Solano Portela NetoHeber Carlos de Campos Jr.Mauro Fernando MeisterTarcízio José de Freitas CarvalhoValdeci da Silva Santos

Conselho Editorial do BP:

Alexandre Henrique Moraes de AlmeidaAnízio Alves BorgesClodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Pereira Maia Costa Leandro Antônio de Lima

Edição e textos:

Camila CrepaldiSP 51.929

E-mail: [email protected]

Diagramação:

Aristides Neto

Impressão

Folhagráfica

Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e

Publicações

Ano 53, nº 689Abril de 2012

Rua Miguel Teles Junior, 394Cambuci, São Paulo – SP

CEP: 01540-040

Telefone:(11) 3207-7099

E-mail: [email protected]

[email protected]

BrasilPresbiteriano

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Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da

IPB, apresenta nesta edição um inspirador relato sobre a família Eller, “antiga e nu-merosa família presbiteria-na” que “descende, em sua maior parte, do imigrante luterano alemão Heinrich Eller (1775-1840)”. Um neto e um bisneto de Hein-rich Eller, respectivamente Henrique Eller e Francisco de Paula Eller, foram usa-dos pelo Senhor para ativar a herança evangélica rece-bida e para levar o presbi-terianismo para a região de Alto Jequitibá, no leste de Minas.

Ocorreram nessa região, como em outras partes do país, vários episódios em

que a ação da providência divina foi palpável e em que a coragem e dedicação dos pioneiros presbiteria-nos estiveram à altura dos desafios.

Certa vez, o Rev. Mata-tias Gomes dos Santos se preparava para, na manhã seguinte, sair e pregar em uma fazenda próxima ao Arraial do Caparaó quan-do foi avisado que deveria desistir da viagem porque haveria tocaia na Serra dos Tavares. Citando O Purita-no de 10 de julho de 1940, o Rev. Júlio Andrade Ferreira nos conta esse episódio em sua História da Igreja Pres-biteriana do Brasil, que a Cultura Cristã relançará em breve.

Desistir? Nem pensar. O Rev. Matatias e seu grupo partiram de madrugada, passaram pela Serra dos Ta-vares antes das quatro, mas, logo adiante, numa cerca e diante da porteira, um gru-po armado lhes bloqueava a passagem. Matatias, previa-mente informado, dirigiu-se ao líder do bando chaman-do-o pelo nome, identifican-do sua família e sua fazen-da, deixando-o constrangi-do, embaraçado, bem como aos outros que, confusos, deixaram o grupo passar.

A volta foi bem planeja-da, mas ainda assim trouxe novas surpresas. A certa al-tura o grupo avistou vindo em sua direção um grupo bem grande. Não havia al-

ternativa, senão continuar, mas desta vez eram pessoas de bem, acompanhadas de alguns crentes, que haviam sido informados dos planos dos criminosos e saíram para dar proteção ao Rev. Matatias e seu grupo: “... homens de responsabilida-de, católicos romanos ami-gos nossos e, então, toda a casta de gente, trabalhado-res de fazendas, tropeiros, tocadores de burros e, no meio dessa tropa hetero-gênea, crentes evangélicos – todos bem montados e ar-mados”.

Esta é a história que mui-tos presbiterianos ajudaram a escrever na dependência do Senhor, que esteve ao seu lado sempre.

Ah, se não fosse o Senhor

O

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Abril de 2012 3BrasilPresbiteriano

FAMÍLIAS PRESBITERIANAS DO BRASIL

ssa antiga e numerosa família presbiteriana

descende, em sua maior parte, do imigrante lute-rano alemão Heinrich Eller (1775-1840), que chegou a Nova Friburgo em 1824. Era casado com Anna Maria Margarethe e teve seis filhos. O pri-mogênito Guilherme Eller (1806-1872), casado com Charlotte Klein, mudou-se nos últimos anos de sua vida, em 1868, para Alto Jequitibá, município de Manhuaçu, no leste de Minas. Seu filho mais velho, Henrique Eller, nas-cido em 1831, insistiu em preservar a herança evan-gélica que estava sendo abandonada pela maioria dos colonos e começou a buscar um pastor para lhes dar assistência.

Em 1897, ao visi-tar parentes na região de Nova Friburgo, seu filho Francisco de Paula Eller (1877-1973) conheceu o missionário presbiteriano local, Rev. John Merrill Kyle, e o convidou para ir a Jequitibá, o que ocor-reu poucos meses depois. No final daquele ano, Henrique Eller construiu uma pequena casa de ora-ção para sediar os cultos. Por iniciativa do Rev. Kyle, em 1901 chegou à locali-dade o licenciado Matatias Gomes dos Santos, primei-ro obreiro presbiteriano a

residir no leste de Minas. No dia 9 de março de 1902, foi organizada a IP de Alto Jequitibá. Entre os primeiros oficiais estavam Manoel Jorge Eller (diáco-no) e Henrique Pedro Eller (presbítero).

Francisco Eller (“Chico Eller”) foi casado em primeiras núpcias com Guilhermina Sathler e em segundas núpcias com Eufrásia Maria César. Residiu em muitos locais, nos quais contribuiu para o surgimento de diversas congregações e igrejas, tais como Tarumirim, Ipaúna, Tumiritinga e Conselheiro Pena. Foi presbítero das igrejas de Inhapim e Conselheiro Pena e pas-sou seus últimos anos em Governador Valadares, tendo falecido aos 96 anos de idade. Muitos de seus filhos e netos foram pres-bíteros e diáconos.

Eduardo José Eller (1866-1942), um de seus irmãos,

foi avô do Rev. Denoel Nicodemos Eller, o pastor mais conhecido dessa famí-lia, nascido em 1931. Após estudar no Seminário de Campinas, o Rev. Denoel foi ordenado em 1960. Inicialmente, pastoreou muitas igrejas no leste de Minas (Santa Margarida, Caputira, Ipanema, Pocrane, Vermelho Velho, Caratinga, Boa Vista, Vai-Volta, Novo Horizonte, Itajutiba, Tarumirim e São Pedro do Havaí). Nos cinco anos seguintes, tra-balhou em Barroso, São João Del Rei, Desterro de Entre Rios e Prados. Em 1970, assumiu o pastorado da 1ª IP de Belo Horizonte. Por fim, pastoreou por oito anos a IP Unida de São Paulo e foi o primeiro presidente do Presbitério Unido (1978), vindo a fale-cer no dia 8 de março de 1986. Seu nome foi dado ao Seminário Presbiteriano de Belo Horizonte, insta-

lado em setembro daquele ano, do qual foi um dos fundadores.

Outro neto de Eduardo José Eller, e primo do Rev. Denoel, é o Rev. Eldman Francklin Eller, nascido em 1942 e ordenado em 1971. Inicialmente, pastoreou a IP de Casa Branca, cujo campo incluía São José do Rio Pardo, Mococa, Poços de Caldas, Bairro do Óleo e Santo Antônio do Jardim. A seguir, esteve à frente da 2ª Igreja de São João da Boa Vista (1988-1992) e então assumiu a capelania do Seminário de Campinas. Desde o ano 2000, é capelão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, residindo atu-almente em Campinas. Sua esposa, Sônia Maria Martho de Moura Eller, também pertence a uma tradicional família presbi-teriana do sul de São Paulo.

Outros pastores atuais da família são os Revs. Edvar

Gonzaga Eler (Mathias Lobato-MG), Eliobergues Eler Guimarães (Nova Venécia-ES), Erodice Afonso Eler Gonzaga (Governador Valadares-MG), Esdras Carlos Eller (Serra-ES), Fabrício Eler Batista (Ipatinga-MG), Joemar Adalberto Teixeira (Franca-SP), Manoel Henrique Eller (Betim-MG), Max Wenzel Eler Louzada (Serra-ES), Sérgio Paulo Eler (Várzea Paulista-SP), Silton Eller de Mello (Ribeirão Preto-SP) e Weslei Damaris Eller (Itapeva-SP). Há 115 anos a família Eller vem tendo uma presença frutí-fera e abençoada na Igreja Presbiteriana do Brasil, especialmente nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e por isso somos gratos a Deus.

Família EllerAlderi Souza de Matos

E

O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador

oficial da [email protected]

Rev. Denoel Nicodemos Eller Rev. Eldman Francklin Eler e esposa Sonia Maria Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá

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Abril de 20124BrasilPresbiteriano

ARTIGO

ressurreição de Cristo é o coroamento

do seu ministério terreno. Ela é repleta de significado para o ministério de Cristo e, consequentemente para a vida da Igreja, que é o seu Corpo. Sem a ressurrei-ção a obra de Cristo seria nula, a Igreja não existi-ria, não haveria salvação, estaríamos todos perdidos para sempre!. “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos....” (1Co 15.20); essa é a fé da Igreja; é nossa certeza.

A ressurreição de Cristo tem – como já se depreende – rico significado redentor. Isso é o que analisaremos agora.

1) A nossa regenera-ção: Pela regeneração Deus infunde em nós uma nova disposição que nos con-duz, sob a influência do Espírito, em direção à von-tade de Deus, em uma santa e prazerosa obediência. A ressurreição de Cristo é o fundamento de nossa rege-neração (1Pe 1.3). Na res-surreição o Senhor adquiriu para nós uma nova vida que nos é comunicada em nosso novo nascimento.

2) A nossa justificação: A morte de Cristo foi para expiar os nossos pecados; e a ressurreição assegura de forma eterna e efetiva a nossa justificação (Rm 4.25; 8.33-34/1Co 15.17). A morte e a ressurreição se

completam num ato salva-dor (Rm 5.9-10). A morte de Cristo só teria valor remidor se ele ressuscitasse – como de fato ressusci-tou – visto que a sua morte sem ressurreição indicaria apenas a sua condenação. Como poderia um condena-do justificar alguém? A res-surreição de Cristo é sinal da nossa justificação; nela temos a declaração de nossa absolvição (Rm 4.25).

A Confissão de Westminster (1647), discor-rendo sobre a justificação, fala sobre o que chamo de fases da mesma: “Deus, desde toda a eternidade, decretou justificar todos os eleitos; e Cristo, no cum-primento do tempo, mor-reu pelos pecados deles e ressuscitou para a justifi-cação deles; contudo, eles não são justificados até que o Espírito Santo, no tempo próprio e de fato, comuni-ca-lhes Cristo” (XI.4).

3) O perdão de nos-sos pecados: Este ponto é decorrente do anterior, visto que a justificação consiste em Deus perdoar os nos-sos pecados considerando e aceitando-nos como justos pelos méritos de Cristo (Cf. Confissão de Westminster, XI.1). Sem a ressurreição, não haveria perdão; por isso, Paulo diz que: “Se Cristo não ressuscitou (...) ainda permaneceis nos vos-sos pecados” (1Co 15.17). A ressurreição assinala que há perdão para todos os que

pela graça creem em Cristo.4) O sentido da nossa

fé: A ressurreição de Cristo dá sentido à nossa fé. Se Cristo não tivesse ressus-citado, a nossa fé, por mais intensa que fosse, estaria fundamentada numa men-tira. Neste caso, a fé teria apenas valor como fé; seria fé na fé, não no fato históri-co da ressurreição. Todavia, conforme nos ensinam as Escrituras, o Senhor res-suscitou, sendo este fato o cerne da nossa fé (1Co 15.14,17,20; Rm 10.9,10). A fé bíblica adquire signi-ficado a partir de seu alvo. A fé por si só não se auto-referenda.

VIDA, PROCLAMAÇÃO E

ESPERANÇA

A ressurreição de Cristo dá sentido à pregação fiel da Igreja (1Co 15.14). A pregação da Igreja não se baseia em fábulas e mitos inventados (2Tm 4.3,4), mas sim, naquilo que Deus disse e realizou, conforme registrado nas Escrituras.

Na evangelização a Igreja declara a sua fé na ressur-reição de Cristo, anuncian-do a remissão de pecados para todos os que crerem no Senhor que morreu e res-suscitou. E mais: foi após a ressurreição que o Senhor Jesus ordenou a Grande Comissão. A ressurreição atesta e sustenta a missão da Igreja.

A ressurreição de Cristo é associada por Paulo à nossa responsabilidade de viver diariamente na presença do Cristo vivo, frutificando para Deus. O nosso velho homem morreu com Cristo e, por meio da sua ressurrei-ção surgiu um novo homem que se consagra inteiramen-te ao seu Senhor. Assim, a santificação encontra a sua real possibilidade na ressur-reição de Cristo, sendo este fato um estímulo constan-te a vivermos dignamente para Deus (Rm 6.4-14; 7.4).

O fato de morrermos e ressuscitarmos com Cristo traz, portanto, como impli-cação fundamental a res-ponsabilidade de viver-mos a ética do reino nesta vida. A nossa ressurreição com Cristo implica valores novos, celestiais, os quais devem ser sempre conside-rados em nossos pensamen-tos, decisões e atitudes (Cl 3.1-4; Rm 6.11-14). Após argumentar acerca da vera-cidade da morte e ressurrei-ção de Cristo, Paulo exorta: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, ina-baláveis, e sempre abun-dantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58).

A ressurreição de Cristo é o fundamento da esperança futura da nossa ressurreição (1Co 15.19). Biblicamente nós não podemos separar a ressurreição de Cristo da nossa; ou aceitamos as

duas ou as negamos; não podemos dissociá-las. Parece que era esse o pro-blema de alguns membros da Igreja de Corinto. Pelo que Paulo escreve, deixa entender que alguns irmãos aceitavam a ressurreição de Cristo; porém, negavam a ressurreição dos crentes. Paulo argumenta que negar a ressurreição futura dos crentes, equivale a negar a historicidade da res-surreição de Cristo (1Co 15.12-19). O fato é que a ressurreição de Cristo dá sentido à nossa esperança; a história da ressurreição de Cristo é o fundamento e prenúncio da nossa res-surreição futura (Rm 6.5; 8.11; 1Co 6.14; 15.20; 2Co 4.14). Cristo é as primícias daqueles que virão poste-riormente por meio dele; em Cristo temos o penhor do Espírito, a garantia da nossa ressurreição. Esta é a nossa esperança; e, para ela fomos regenerados pela ressurreição de Jesus Cristo (Cf. 1Pe 1.3).

O corpo de Cristo ressur-reto é o modelo do corpo glorioso que teremos na eternidade (Cf. Fp 3.21; 1Jo 3.2; 1Co 15.42-44, 50-56). Assim como o Senhor, res-suscitaremos com o mesmo corpo que temos, porém, glorificado, adequado à eternidade com o nosso Senhor. Aleluia!

A Ressurreição de Cristo e nossa eterna RedençãoHermisten Maia

A

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da IP São Bernardo do Campo, SP.

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Abril de 2012 5BrasilPresbiteriano

EDITORIA

omo acontece anual-mente, irmãos e irmãs

de várias igrejas da Grande São Paulo (Cidade Dutra, Diadema, Santo André e outras) e mesmo do inte-rior (Caçapava) visitaram a sede da Cultura Cristã no mês de março para comemorar com a Editora a passagem de mais um aniversário. Vários outros crentes enviaram cartas, e-mails, ou telefonaram, parabenizando nossa edi-tora pela data.

A Casa Editora Presbi-

teriana (Editora Cultura Cristã é o nome fantasia) é a editora oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. Organizada a 25 de feve-

reiro de 1948 com o nome de Casa Publicadora, a CEP publica as revistas das sociedades internas da denominação, bem como

um currículo completo para a Escola Dominical e uma linha bem diversifica-da de livros cristãos.

Damos graças a Deus

pelo bom trabalho que a nossa editora tem realiza-do nesses anos. A IPB tem sido muito abençoada pelo Senhor.

Casa Editora Presbiteriana

C

PlanejamentoARTIGO

em gente que pensa e defende que planejar é

falta de fé e que tudo deve ser feito no impulso. Esse versículo retrata uma fala de Jesus de Nazaré ensi-nando algo a este respeito. É evidente que devemos ter fé e crer em ir além, mas isso não justifica, por exemplo, comprar um carro com uma prestação 200 reais a mais do que o salário, dizendo que por fé vai poder pagar. Vai ter de arrumar mais um emprego ou vai atrasar o pagamento, como tantos têm feito.

Planejamento é algo que precisa estar presente na vida prática de todas as pessoas. É preciso olhar mais a frente e preparar-se para o futuro, sem com isso ficar angustiado com o dia de amanhã, pois basta a cada dia seu mal. É uma questão de equilíbrio e de ter controle sobre seus gas-tos. Há fases de minha vida em que é mais difícil acu-mular ou guardar algum valor, mas sempre me preocupo em poupar. Eu sempre recomendo guardar pelo menos 10% do que

se ganha, mas sei que nem sempre é fácil fazer as con-tas. Fato: eu faço as contas, você deve fazer as contas.

Aprendi com este versí-culo que não apenas uma torre de tijolos deve ter seus cálculos previamen-te feitos, mas também outras edificações. Seja num relacionamento, num ministério, num discipu-lado, até para escrever um livro, é indispensável sempre estar disposto e preparado, mas é igual-mente indispensável cal-cular primeiro como vai terminar. Às vezes, sem perceber, assumo mais compromissos e tarefas do que deveria e com isso me

sobrecarrego. É uma falha.Deus fez os seus cálculos

quando criou o homem e como ser Onisciente, sabia do prejuízo emocional que o homem daria, pecando e se afastando dele. Ainda assim, teve como pagar a dívida, por cara que fosse, e aceitou o projeto.

Planejar é preciso.“Pai, ensina-me a prepa-

rar minha caminhada em teus caminhos sabendo por onde passar e tam-bém a não desequilibrar fé com planejamento, sem um sufocar o outro.”

T

“... qual de vós, pretendendo

construir uma torre, não se assenta primeiro para

calcular a despesa e verificar se tem os meios para a

concluir” (Lc 14.28).

Há 64 anos reformando a igreja no Brasil por meio da literatura

Um dos grupos visitantes, a Federação de SAFs de Santo André Os funcionários da CEP após o culto de gratidão

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Abril de 20126BrasilPresbiteriano

PARCERIA

CE-SC/IPB recebe De legações Estrangeiras

Comissão Execu-tiva do Supremo

Concílio da IPB convo-cada para se reunir nos dias 26 a 30 de março de 2012, recebeu delegações de igrejas estrangeiras de vários países, visando uma cooperação de trabalho.

Estiveram presentes delegações de Igrejas Presbiterianas instituí-das no Japão, Austrália, Índia, África do Sul, Estados Unidos, Paraguai e México. Todas as delega-ções tiveram a oportunida-de de se dirigir ao plenário

para compartilhar sobre a obra de Deus em seus res-pectivos países.

Grande destaque obti-veram as representações dos países que requerem a presença de nossos mis-sionários como Índia, Japão e Austrália. O Rev. Hiralal Solanki, da Igreja Reformada da Índia expli-cou as necessidade da igreja, nos dizendo: “A igreja na Índia é peque-na, recebemos a Palavra de Deus através de esfor-ços independentes de mis-sionários americanos, há muito tempo atrás. Porém, os mesmos, tiveram que

deixar o pais. Sem a pre-sença dos missionários estrangeiros, nós cristãos nos juntamos sob o lema ‘vamos molhar os pés;

Deus vai abrir as águas’”, concluiu o Rev. Solanki pedindo à igreja Brasileira que ore pala Índia e que mais missionários sejam enviados para lá. Diante disso, o Rev. Roberto Brasileiro dedicou um tempo de oração a favor daquele país, rogando a Deus que os missionários enviados para lá, também, possam “molhar os pés”.

Para o Rev. Dr. Takanori Kobayashi, Secretário de Relações Inter-Eclesiásticas do Japão (PCJ), o momento foi opor-tuno para agradecer à igre-ja Brasileira pelas orações e o apoio que seu país, tem recebido desde que fora atingido pelos terremotos e pelo Tsunami. “Estamos plantando uma nova igre-

ja no mesmo lugar onde aconteceu o desastre natu-ral. Nossas igrejas são pequenas. As maiores con-tam com 30 membros, o que para vocês é muito pequena, mas para nós é motivo de grande alegria ver a frequência destas 30 pessoas na igreja”, desta-cou o Rev. Kobayashi.

Um momento muito especial no plenário foi a apresentação da delegação da Igreja Presbiteriana no Paraguai (IPP), filha da IPB. O Presidente, Rev. Eulógio Giménez López manifestou sua gratidão por tudo o que a IPB já rea-lizou no Paraguai e o que ainda está realizando para a continuidade daquela obra. O Rev. Buenaventura Gimenez López entre-

Emma Castro

A

Delegação da IP Paraguai

Delegados da Índia, Japão e Austrália visitando a ECC

Visando uma parceria no trabalho missionário no exterior, delegações de igrejas estrangeiras marcaram presença na Comissão Executiva do Supremo Concílio, visitaram o Seminário JMC e a Editora Cultura Cristã

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Abril de 2012 7BrasilPresbiteriano

gou ao Rev. Roberto Brasileiro o Estatuto da IPP. O Rev. Roberto Brasileiro destacou sua alegria de ver a indepen-dência da IPP e lembrou dos primeiros dias do Rev. Eulógio Giménez López e Buenaventura Gimenez López no Instituto Bíblico Eduardo Lane – (IBEL) por onde os dois pasto-res paraguaios passaram para aprender o português, antes de seguirem para o Seminário Presbiteriano do Sul em Campinas, SP.

Visita ao Seminário JMC

No dia 20 de março a

visita até o Seminário Rev. José Manuel da Conceição (JMC), em São Paulo, foi

feita pelo Rev. Simon Van Bruchem e pelo Presb. Donald Frederic Harmen de Vries, representantes da Westminster Presbiterian

Church of Australia. O objetivo da visita foi dar um panorama geral sobre o continente australiano e mostrar os desafios mis-

sionários da região. A Westminster Presbite-

rian Church of Australia iniciou seus trabalhos em 1970 e “é uma igre-ja bem próxima da IPB em sua declaração de fé e em seu sistema de gover-no”, conforme relatou o Presb. Donald. Atualmente a denominação conta com oito igrejas.

O contato com essa igre-ja aconteceu a partir do tra-balho missionário realiza-do pelo Rev. Júlio Marcelo Ferreira dos Santos, que atua no país desde 1997, e do convite da APMT, feito através do seu Executivo, Rev. Marcos Agripino, para participarem da reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB desse ano.

O Rev. Simon ressaltou

a pluralidade cultural de algumas igrejas, já que o país recebe muitos imi-grantes e conta com uma comunidade de brasileiros cada vez maior.

Para o Rev. Ageu Magalhães, diretor do Seminário, a visita foi muito importante para que os seminaristas conhe-çam como é a igreja na Austrália e, também, para que conheçam outra cultu-ra, outros desafios e perce-bam que como seminaris-tas, futuros pastores, eles não precisam ficar limi-tados apenas aos campos dentro do Brasil.

Conhecendo a Editora Cultura Cristã

A delegação convidada pela APMT teve a oportu-nidade de conhecer as ins-talações da Editora Cultura Cristã (ECC). O Editor, Rev. Cláudio Marra, apre-sentou a livraria, o depósi-to da editora e o escritório de trabalho, além de dedi-car tempo para explicar aos visitantes o trabalho que é feito na editora. “Foi muito bom conhecer o trabalho da ECC e apresentar aos nossos visitantes” disse o missionário da APMT Rev. Julio Marcelo que atua na Austrália e que acompanha a delegação.

CE-SC/IPB recebe De legações Estrangeiras

Emma Castro é missionária e faz parte da equipe de comunicação da

APMT

IP do México, a maior delegação de visitantes

Rev. Gildasio dos Reis, Rev. Marcos Agripino, Rev. Simon Van Bruchem, Rev. Júlio Marcelo Ferreira dos Santos, Rev. Ageu Magalhaes, Presb. Donald Frederic Harmen de Vries e o Rev. Daniel Santos

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Abril de 20128BrasilPresbiteriano

Congressos Regionais de Educação Cristã

CAPACITAÇÃO

oi realizado em Santo André no dia 25 de

fevereiro passado o 1º Congresso Regional de Educação Cristã. A iniciati-va foi da Igreja Presbiteriana Maranata, pastoreada pelo Rev. Altamiro de Almeida. Uma dinâmica equipe liderada pelo presbítero Ronaldo Brito, superinten-dente da ED, organizou o evento, que contou com a participação da equipe da CEP.

A programação constou de várias oficinas práticas ministradas pelo grupo: “A preparação do currículo e o plano de aula para crianças” (Profa. Márcia Barbutti) “A aula para jovens e adoles-centes” (Prof. Alexandre Almeida) “Objetivos do ensino” (Rev. Cláudio Marra); “Como preparar aulas para adultos” (Profa. Sandra Marra); “Dinamismo e excelência nas aulas para

crianças” (Profa. Márcia Barbutti); “Como preparar aplicações” (Rev. Eduardo Assis); “O professor dis-cipulador” (Rev. Cláudio Marra) e “Como otimizar o uso de multimídia” (Rev. Daniel Santos).

O alcance do evento foi significativo. Das 150 pes-soas presentes, a maioria era de igrejas do Presbitério de Santo André, mas havia também participantes da Zona Oeste (Jaraguá) e

da Zona Sul da Capital (Jabaquara), além de irmãos da Assembleia de Deus local. Os frutos para a Maranata foram significa-tivos. Para a CEP, foi mais uma oportunidade de man-ter contato com as igrejas locais, como tem sido feito regularmente pela mencio-nada equipe de treinamento em todo o país, a convite de igrejas, presbitérios ou sínodos.

F

Treinamento de professores para a Escola Dominical em Santo André

No BRASIL E NO MUNDO

Sarah Ribeiro

Cientistas revelam que jejuar faz bem à saúde

A prática de jejuar, além de trazer bene-fícios espirituais, como maior comunhão com Deus, também pode trazer benefí-cios à saúde. De acordo com Mark Mat-tson, professor de neurociências na John Hopkins University School em Baltimore, do ponto de vista psicológico o melhor sistema é o jejum completo por um dia ou dois por semana e comer tudo o que quiser nos outros cinco dias. Contudo, de acordo com Mattson a simples redução do consumo diário para 500 calorias, ou seja, alguns vegetais e chá duas vezes por sema-na seria o bastante para sentir os benefícios, aumentando o crescimento de neurônios no cérebro o que age como proteção contra

doenças como Alzheimer e Parkinson.Cientistas basearam suas conclusões em

estudo com ratos de laboratório. Quando alguns ratos receberam o mínimo de calo-rias em dias alternados, eles viveram quase duas vezes mais do que os que se alimen-taram normalmente. Além disso, o jejum também beneficia pessoas que sofrem com asma ou diabete. Outro resultado positivo do jejum foi a apresentação do desenvolvi-mento de novas células cerebrais que mos-tram mais resistência ao estresse. A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando resso-nância magnética e outras técnicas.

Fonte: The Christian Post

Cerca de 152 objetos relacionados ao texto que compõe a Bíblia estão reunidos na exposição “Verbum Domini”, que reúne no Vaticano a Green Collection, maior coleção particular do mundo de textos bíblicos e documentos raros, além de obje-tos emprestados por colecionadores parti-culares católicos, ortodoxos, muçulmanos, judeus e ateus.

A mostra inclui reproduções das caver-nas de Qumran (onde foram encontrados os “Rolos do Mar Morto”), o scriptorium de um monastério, uma réplica da primei-ra prensa de Gutemberg e também um sítio arqueológico de uma cidade romana. Segundo Scott Carroll, curador da expo-sição, os destaques da coleção incluem quatro mil torás judaicas, raros manus-critos com iluminuras, folhetos antigos, Bíblias que pertenceram a Martinho Lutero e a maior coleção Ocidental de tabuinhas cuneiformes, uma forma primitiva de escri-ta. “Algumas pessoas, quando pensam na

Bíblia, pensam em um livro que produz divisões. Mas, na verdade ela é como uma base que pode unificar judeus, católicos, ortodoxos e protestantes em um terreno comum”, disse Carroll. “Parece-me que ter uma exposição que celebra esses elementos que eles têm em comum, ao invés do que os dividem, seria extremamente positivo.”

O objetivo é oferecer aos visitantes uma compreensão maior da história do livro mais lido do mundo. É possível admirar o Codex Climaci Rescriptus, um dos mais antigos manuscritos contendo longos tex-tos na língua materna de Jesus, o aramaico palestino. Há também uma laje de pedra, com cerca de três metros, descoberta na Jordânia, que contém 87 linhas de texto em hebraico datada do primeiro século.

A coleção está atualmente no Vaticano e ainda este ano será levada para outros lugares do mundo para ser exposta em diferentes museus da Bíblia.

Fonte: Gospel Prime

Exposição reúne documentos e objetos bíblicos raros

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Abril de 2012 9BrasilPresbiteriano

240 aniversário da Federação de UPHs de São Bernardo do Campo

“Conta as muitas bênçãos...” 90 anos de evangelização

CELEBRAÇÃO

o dia 17 de março de 2012, na 1ª IP de

São Bernardo do Campo, os irmãos exaltaram a Deus por sua misericórdia e o louvaram pelas incontá-veis bênçãos derramadas sobre essa federação. No culto participou o conjunto Unidos por Cristo, louvan-do a Deus com hinos edi-ficantes.

Pregou a Palavra o Secretário Presbiterial, Rev. Ademir Ribeiro, encorajan-do e exortando a sociedade masculina, enfatizando três pontos característicos que devem assinalar e eviden-ciar o trabalho do Senhor: a alegria, o amor e a priori-dade, que devem fazer parte dos trabalhos nas socieda-des locais resultando em pontos positivos para o tra-balho federativo, sinodal e nacional.

Após o culto de celebra-

ção pelos 24 anos os pre-sentes se reuniram no salão social para uma breve con-fraternização.

HISTÓRICO

A Federação de UPHs do Presbitério de São Bernardo do Campo foi organizada no dia 26 de março de 1988, com o nome de Federação Planalto Paulista. O pri-meiro presidente foi Jovino Antunes Gonçalves Neto (1988), seguido por Cláudio Socolovithe (1989); Joel B. Albuquerque (1990); Geremias P. da Rocha (1991); José Madureira Souza (1992) e Antônio Martins (1993). Em 1995, a Federação recebeu nova denominação, Federação de São Bernardo do Campo, e seu primeiro presidente foi Hélio Trindade, seguido por Cosme Costa Nogueira (1996 a 2004); Domingos Oliveira Santos (2005);

Ricardo Alves de Souza (2006 e 2007); Daniel Heleno de Gouveia (2008 e 2009) e Elivan Nogueira de Queiroz, desde 2010.

São 13 UPHs federadas, contando com a represen-tatividade de 145 sócios em suas sociedades locais: 1ª IP de São Bernardo do Campo, com 23 membros; IV IP de São Bernardo do Campo, com 22; IP de Vila Paulicéia, com 14; IP do Parque Estoril, com 7; IP Terra Nova, com 6; IP de Diadema, com 14; IP de Eldorado, com 9; Congregação do Jardim Vera Cruz, com 12, Congregação Parque Seleta, com 5; Congregação do Serraria, com 4; Congregação Jardim Alvarenga, com 10; IP Jardim Marilene, com 5 e IP Jardim Ipê com 7 sócios.

IP de Manhumirim foi organizada em 26

de março de 1922, regis-trando um fato relevante na história da evangelização no município.

No Brasil, esta época foi efervescente com a emi-nente modernização da literatura brasileira e con-solidação dos movimen-tos nativistas; com a cria-ção nos dias 25, 26 e 2 de março de 1922 – pouco mais de um mês, depois

da realização da Semana de Arte Moderna – quan-do aconteceu o congresso da fundação do Partido Comunista Brasileiro, ainda sob o impacto da Revolução Russa ocorrida em 1917.

Neste contexto, e após anos de luta contra os opo-sitores na evangelização do município, os presbiteria-nos conseguiram organizar sua primeira igreja. E o que favoreceu essa conquista em tempos difíceis foi a chega-da da estrada de ferro, que elevou a população local à condição de civilidade até

então não evidenciada, ou seja, aberta à novas pers-pectivas, com isso a oposi-ção ao evangelho diminuiu e concomitantemente “com a vinda do sr. Alfredo J. F. Breder e tendo este edifi-cado um prédio que cedeu para o funcionamento de um colégio, a IP de Alto Jequitibá resolveu aprovei-tar o salão da escola para a organização de uma congre-gação, uma vez que dentro do povoamento, e nos arre-dores, já encontravam-se várias famílias crentes.”

A igreja faz parte da histó-ria e da vida social na cida-de, pois de certa forma, atin-ge todas as classes na socie-dade, construindo parte da história deste município. Com seu início em 1922, época em que enfrentou muitos obstáculos e grande oposição, mas consolidou-se, instituiu-se e se faz pre-sente completando 90 anos com a graça de Deus que ó o motivo desta existência.

Edson Garcia de Deus Marcos Alexandre de Faria Moreira

N A

Presidente da Federação Presb. Elivan Nogueira de Queiroz e representantes da UPHs

Edson Garcia é Presbítero da IP de Eldorado e Tesoureiro da Federação

de UPHs do Presbitério de São Bernardo do Campo.

Marcos Alexandre de Faria Moreira é Sec. de Comunicação da

IP de Manhumirim

“Senhor, Tu tens sidoo nosso refúgio, de geração em geração.”(Salmo 90. 1)

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Dezembro de 201110BrasilPresbiteriano Abril de 201210BrasilPresbiteriano

ABIEE protocola manifesto em favor das liberdades de pensamento, consciência, expressão e crença no STJ

EM PAUTA

Associação Brasileira de Instituições Educacionais

Evangélicas (ABIEE), reiterou no dia 15 de fevereiro, em Brasília, o seu empenho em favor das liber-dades de pensamento, consciência, expressão e crença. Com a partici-pação de membros da entidade, de organizações não-governamentais, representantes de instituições edu-cacionais católicas e evangélicas e de integrantes da sociedade civil, a ABIEE discutiu em encontro na Câmara dos Deputados, a preva-lência da Constituição Federal e a preocupação em relação a questões que ferem os valores individuais e a liberdade cristã. O resultado gerou a conclusão da “Carta de Brasília”, manifesto encaminha-do ao presidente do Superior de Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler.

O manifesto foi protocolado no STJ pela ABIEE, onde represen-tantes da entidade estiveram em audiência com o ministro Marco Buzzi. “O Superior Tribunal de Justiça é o guardião de questões infraconstitucionais, da estrutura legal. Por isso o encaminhamento do nosso documento. A “Carta de Brasília” é uma manifestação legí-tima que observa a importância das garantias constitucionais”, obser-vou o presidente da ABIEE, Carlos Hassel Mendes.

Duas horas antes, após a reu-nião no Plenário 08 da Câmara dos Deputados, o presidente da ABIEE, o primeiro vice-presidente

da entidade Rev. Dídimo de Freitas, capelão do Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré (SP), e mem-bros da associação brasileira que integram o Grupo de Trabalho res-ponsável por redigir a “Carta de Brasília” tiveram outro importante encontro. Eles se reuniram com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica e coordenador da ban-cada evangélica no Congresso deputado federal João Campos (PSDB-GO), um dos articulado-res para a realização na Câmara Federal da reunião de trabalho para a conclusão do manifesto.

A “Carta de Brasília” é um alerta da ABIEE para o PLC 122/2006 (nº 5.003/2001) que tramita na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal e tem como relato-ra a senadora Marta Suplicy. O pro-jeto de lei originário da Câmara dos Deputados criminaliza a “homofo-bia” no País e prevê cadeia de até cinco anos para quem criticar publicamente a homossexualidade, seja qual for a razão.

“Expressar-se é um direito de todos e o artigo 5º da Constituição não pode ser descartado. É pre-ciso lembrar que Deus está no preâmbulo de nossa Constituição”, observou o Rev. Dídimo de Freitas, “A conceituação cristã é funda-mental, mas o mais importante para todos nós que estamos aqui hoje é a defesa da Constituição”, con-cluiu Lourenço Stelio Rega, diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

Carta de BrasíliaManifesto em favor das liber-dades de pensamento, consciência, expressão e crença

Não concordo com uma só pala-vra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lo! [Voltaire]

Tendo em vista o crescimento das alternativas e opções das escolhas humanas no campo individual e coletivo e que a sua consequente complexidade pode gerar conflitos e ameaças ao pleno exercício da cidadania,

Entendemos que:• vivendo numa sociedade multicultural e plural em que a liberdade é um dos princi-pais pilares de sustentação, a convivência só é possível se houver a concretização da liberdade de consciência e de expressão; • a liberdade de consciência tem a ver com o que cada indivíduo crê interiormente, enquanto que a liberdade de expressão é a manifestação externa dessas crenças; • o Artigo 5º da Constituição, em seu caput, afirma que

todos são iguais perante a lei, sem distinção de quaisquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a invio-labilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade; • nesse mesmo artigo, ao tratar dos direitos e garan-tias fundamentais, a mesma Constituição afirma que (IV) é livre a manifestação do pensa-mento, sendo vedado o anoni-mato; e que (VI) é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos reli-giosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias; • a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu Artigo 20, Inciso III assegu-ra a possibilidade do caráter confessional da educação: Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes categorias: (...) III – confessionais, assim entendi-das as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurí-dicas que atendem a orienta-ção confessional e ideologia específicas e ao disposto no

A

Documento intitulado “Carta de Brasília” foi fi nalizado nesta quar-ta-feira, dia 15/02, durante encontro na Câmara dos Deputados Íntegra do manifesto:

ABIEE protocola manifesto em favor das liberdades de pensamento, consciência, expressão e crença no STJ

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Dezembro de 2011 11BrasilPresbiterianoAbril de 2012 11BrasilPresbiteriano

ABIEE protocola manifesto em favor das liberdades de pensamento, consciência, expressão e crença no STJ

inciso anterior; • a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 expressa em seu Artigo 18 que todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião ... e no Artigo 19 que toda pes-soa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opini-ões e de procurar receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fron-teiras; • se todos são iguais, todos, sem distinção, podem expres-sar privada e publicamente suas ideias, pensamentos e crenças, declarando o que acreditam e os motivos pelos quais acreditam de determi-nada forma e não de outra, desde que os direitos dos outros sejam respeitados; • não deve haver discrimina-ção contra qualquer pessoa e suas escolhas individuais;

o próprio texto do projeto ori-ginal do PLC 122/2006 (nº 5.003/2001) que no momento tra-mita no Senado Federal salienta que a orientação sexual é direito personalíssimo, atributo inerente

e inegável à pessoa humana (...) Trata-se de respeitar as diferen-ças e assegurar a todos o direito de cidadania (...) Nossa princi-pal função como parlamentares é assegurar direitos, independente de

• nossas escolhas ou valores pessoais. Temos que discutir e assegurar direitos humanos sem hierarquizá-los. [grifo nosso]

Neste sentido, declaramos que:

• na democracia a liberdade que se expressa por intermé-dio dos valores individuais e mesmo de segmentos da sociedade não pode privile-giar o direito de liberdade de consciência e de expressão de uns em detrimento ao direito de outros;

• não é possível concordar com qualquer lei que maxi-mize direitos a um determi-nado grupo de cidadãos e, ao mesmo tempo, minimi-ze, atrofie e faleça direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna da Nação e pela Declaração Universal de Direitos Humanos.

Sendo assim,

MANIFESTAMOS nossa posição de fortalecer a natureza confessio-nal para a construção da cidada-nia, da paz e da solidariedade.

MANIFESTAMOS nossa posição contrária a qualquer forma de violência e discriminação contra o ser humano, afirmando, por um lado, o respeito devido a todas as pessoas – independente-mente de seus posicionamentos orientados de acordo com seus valores e às suas escolhas – e, por outro, afirmando o direito da livre consciência e expressão de cada pessoa;

MANIFESTAMOS nossa posição contrária a qualquer forma de manifestação que incite à dis-criminação ao promover a cen-sura da consciência e da expres-são, promovendo a violência defendendo a liberdade para uns e suprimindo a liberdade para outros, desprezando o que é conhecido no Direito como “princípio do contraditório e da ampla defesa” [audiatur et alte-ra pars – “ouça-se também a outra parte”] que é a liberda-de de análise e posicionamento contrário às expressões ou mani-

festações de outras pessoas em qualquer área da vida;

CONCLAMAMOS os representantes do povo no Poder Legislativo que se posicionem a favor da ampla liberdade de consciência e expressão de todos, sem distin-ção e discriminação, rejeitando qualquer dispositivo que promo-va a censura e amordace a liber-dade e o direito individual de consciência e livre expressão; e,CONCLAMAMOS as demais ins-tâncias da República, cidadãos e líderes de instituições jurídi-cas e sociais, que se unam em defender o respeito a pessoa e a garantia dos direitos individuais, preservando a liberdade de cons-ciência e de expressão de cada um e de todos, sem o privilegia-mento de qualquer segmento de nossa sociedade em detrimento da democracia de todos.

Associação Brasileira de Instituições Educacionais EvangélicasDr. Carlos Hassel Mendes, Presidente

ABIEE protocola manifesto em favor das liberdades de pensamento, consciência, expressão e crença no STJ

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Abril de 201212BrasilPresbiteriano

MISSÕES

Rev. Obedes Ferreira da Cunha Júnior e

Rev. Marcos Agripino de Mesquita, respectivamen-te, os atuais presidente e executivo da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais – APMT, visitaram o Nepal, mais especificamente a cidade de Surkhet, onde atua a missionária Celinda Castro, para solidificar parcerias institucionais da APMT e conhecer de perto as ini-ciativas ministeriais desen-volvidas no país. A seguir, confira mais detalhes sobre esse campo transcultural.

Necessidades doTopo do Mundo

Em uma região bastan-te conhecida pela cadeia montanhosa do Himalaia, que hospeda o Monte Everest – mais alto do mundo – o Nepal conti-nua sendo uma nação que padece por não conhecer o evangelho de Cristo. Segundo informações publicadas pelo “Projeto Josué (Joshua Project)”, no Nepal, há aproximadamen-te 30,5 milhões de habi-tantes, sendo que, desses, há em torno de 375 etnias, dentre as quais, aproxima-damente 350 continuam não-alcançadas pelo evan-gelho, ou seja, sem cristãos

e sem obreiros entre elas.Além do perfil não-

alcançado, o Nepal, segun-do publicação do Index Mundi, é uma nação que ocupa a 144ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), possui um índice de mortalidade infantil de aproximadamente 45 mor-tes a cada 1.000 nascidos vivos, dispõe de um índice de alfabetização de cerca de 48,6% da população total, sendo que apenas 34,9% das mulheres sabem ler. Além disso, o Nepal é um país em que aproximada-mente 4.700 pessoas mor-rem anualmente por causa do vírus HIV. Porém, é uma nação com mais de 11.000 km de área irrigada e com expectativa real de 4,6% de crescimento econômico ao ano, mesmo sem fortes investimentos estrangeiros diretos.

Por outro lado, segundo a classificação de países por perseguição divulga-da em 2012 pela Missão Portas Abertas, por exem-plo, ao contrário da Coreia do Norte, Afeganistão, Arábia Saudita, Somália e Irã, que aparecem nas pri-meiras posições, o Nepal, nem sequer aparece na lista das 50 nações mais resistentes ao evangelho atualmente. Isso nos leva ao possível entendimen-to de que, realmente, no

Nepal, há liberdade religio-sa, revelada pela presença de algumas denominações cristãs no país, dentre elas a Igreja Presbiteriana. Para o Rev. Agripino, o Nepal não é apenas um desafio não-alcançado, mas tam-bém, um desafio para os já alcançados, visto que a Igreja Nepalesa tem estado frágil em termos de forma-ção teológica, doutrinária e, ainda, de capacitação e revitalização de suas lide-ranças e carente de mate-riais teológicos disponíveis em sua própria língua.

Ciente desse grande desafio, a APMT, desde 2011, tem estado presente no Nepal a partir do traba-lho de Celinda Castro, uma Terapeuta Ocupacional que tem servido ao Senhor

através de sua profissão, compartilhando o evange-lho e cuidando da saúde de nepaleses da região de Surkhet, distrito da região meio-oeste (ou Madhya Pashchimanchal), na zona de Bheri, no Nepal.

Nessa área em que há, dentre outros destaques, uma cooperativa de mulhe-res quebradeiras de pedras – conforme ilustra a figu-ra 04 – a organização não governamental cristã nepa-lesa INF Nepal conta com um hospital que é modelo de atendimento em saúde para toda a região. Nessa unidade, a INF disponibi-liza 36 leitos voltados ao atendimento de pessoas com hanseníase e outras com severos traumas moto-res provocados por lesões

na coluna vertebral.Além disso, também

há uma clínica de reabili-tação, com uma unidade ortopédica que provê cui-dados intensivos em nível de fisioterapia e terapia ocupacional, para pesso-as que perderam um dos membros, ou têm alguma má formação, etc. Somadas a essas iniciativas inten-sivas de cuidado, a INF Nepal também tem reali-zado ações de promoção da saúde a partir da área de Saúde Comunitária e Desenvolvimento, a partir da qual busca estimular o desenvolvimento comuni-tário local, e ainda, somar forças aos serviços locais de saúde.

O trabalho de Celinda de Castro, segundo o Rev.

Saulo Xavier

O

Pastoreio e parceria

A INF disponibiliza 36 leitos voltados ao com severos traumas motores provocados por lesões na coluna vertebral, entre outros tratamentos.

Em viagem ao Nepal, APMT visita iniciativas ministeriais e solidifi ca parcerias institucionais

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Abril de 2012 13BrasilPresbiteriano 13

Agripino, tem sido muito bem recebido pela comu-nidade local, a ponto de, ainda segundo ele, ela ser tratada como verdadeira amiga do povo nepalês, e não como uma estrangei-ra visitante apenas servin-do na área de saúde. Ela tem utilizado sua formação profissional no campo para servir o povo nepalês.

Em meio às várias necessidades que ecoam pelo mundo atualmente, a APMT tem estado sensível à Igreja no Nepal e, ao enviar Celinda, tem par-ticipado da evangelização e transformação social do País. Atualmente, as maio-

res necessidades da Igreja Nepalesa são mais volta-das às áreas de: formação teológica, revitalização e capacitação intensiva de lideranças, discipulado, bem como, capelania hos-pitalar, serviços básicos e intensivos de saúde (enfer-magem, odontologia, medi-cina, terapia ocupacional, fisioterapia, próteses). Há campo ainda para educa-dores, administradores de empresas, especialistas em secretariado, entre outros.

Então, se você tem vonta-de de ofertar sua formação profissional para missões, sendo instrumento de Deus na obra de transformação social e evangelização inte-gral de povos ainda caren-tes do evangelho, entre em contato com a APMT e informe-se sobre os requi-sitos necessários para fazer parte dessa equipe que tem levado a Verdade do Senhor até os confins da Terra.

http://www.apmt.org.br

Rev. Obedes Jr., Presidente da APMT, Narayan P. Rai, Programme Manager INF, Surkhet – Nepal e o Rev. Marcos Agripino, Executivo da APMT

Saulo Xavier é jornalista, candidato da APMT e voluntário da equipe de

comunicação.

“A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6.8)

MISSÕES

er missionário requer boa dose de sonho, disposição, coragem e acima

de tudo a visão de Deus para com o povo que se deseja alcançar.

O casal José Dílson e Marli partiu para o continente africano com as malas cheias de sonhos e o coração alegre por poderem levar a salvação eterna em Cristo Jesus. Já se passaram 21 anos dessa partida, em que deixaram o Brasil. O ministério do casal foi muito marcado pelo tempo em que estiveram em Guiné Bissau. Foram treze anos de muitas expe-riências, muitos livramentos e acima de tudo, muitas vitórias.

Desde 2005, o pastor e missionário Rev. José Dílson, sua esposa Marli e os filhos Jônatas, Deborah e Júnior, estão desenvolvendo seu ministério no Senegal. Logo na chegada, o coração deles ficou quebrantado ao ver tantas crianças nas ruas, mendigando, sem direito à educação, saúde, lazer e muito mais. “O número oficial declarado pelo governo é em torno de cem mil, mas sites e organizações afirmam que esse número é muito maior, chegando a quatrocentas mil crianças vivendo nas ruas do Senegal. Essas crianças são Talibês (discípulos do alcorão) e meninos de rua que fugiram de suas casas e dos maus tratos dos líde-res religiosos. São meninos provenientes de aldeias pobres do interior do país e de países vizinhos, como Guiné Bissau, Mali, Gâmbia, Guiné Conacry, entre outros, de famílias grandes, com cinco a dez filhos e sem condições financeiras para sustentá-los”, explica José Dílson.

Buscando a direção de Deus em oração, os missionários entenderam o direcio-namento para a criação de um orfanato. Assim nasceu o “Projeto Obadias”.

“De uma forma milagrosa Deus proveu o dinheiro para adquirirmos uma proprie-dade, que foi doada à APMTS (Agência Presbiteriana de Missões Transculturais do Senegal) para desenvolvimento desse projeto”, conta a missionária Marli. A

propriedade adquirida tem 4,8 hectares, onde serão construídas várias casas para o abrigo de grande parte desses meninos e meninas.

A primeira etapa do projeto, que é a construção da primeira casa, foi conclu-ída. “Com a ajuda de Deus, da APMT/IPB, igrejas, de amigos e parceiros, cons-truímos essa primeira casa, para acolhi-mento desses meninos, mas temos o alvo de construir dez casas para retirarmos das ruas 500 meninos e reinseri-los na sociedade. Naturalmente, à medida que alguns forem saindo da casa, outros esta-rão ingressando”, ressalta o missionário e líder do Projeto.

Foram seis anos de muito trabalho, muitas lutas, dificuldades, falta de recur-sos e muitas vezes o desânimo quis tomar conta, mas o Senhor derramou sua graça e o projeto continuou avançando.

Para os missionários, seus parceiros e todas as pessoas envolvidas no projeto, o dia 25 de fevereiro ficará marcado, pois os quatro primeiros meninos que viviam no Projeto em Dakar mudaram-se para o Projeto Obadias em Mbour, Senegal, na propriedade da APMTS. Ao Senhor seja a glória e a honra! O Projeto está apenas começando e mais sete crianças estão esperando uma vaga.

Os missionários José Dílson e Marli têm desenvolvido também outros proje-tos naquele país como a Escola ABC que hoje conta com 190 alunos, um projeto de reciclagem e cursos profissionalizantes para adultos, além de plantar uma igreja.

Se você deseja conhecer mais sobre o trabalho e se envolver no projeto entre em contato conosco:

APMT Agência Presbiteriana de Missões Transculturais

Rua Miguel Teles Jr 39401540-040 CambuciSão Paulo – [email protected](11) 3207-2139 / 3341-833

“Projeto Obadias”não é sonho, é realidade

S

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Abril de 201214BrasilPresbiteriano14

PLANTANDO A PALAVRA

Rev. Alexandre Pevidor é pastor da IPB e analista e perito ambiental.

projeto Com Cristo no Cerrado nasceu no

coração de homens empe-nhados no Reino, como o produtor rural e homem de Deus Alberto Schlatter, o Dr. Walter Jorge (agrô-nomo) e o Rev. Saulo de Melo que trabalharam na implantação da Igreja em Chapadão do Sul a partir de meados da década de 90, além de outros homens que estão diretamente ligados ao agronegócio.

O propósito primordial é a disseminação da mensa-gem do evangelho de Cristo através da distribuição de Bíblias. O público alvo deste projeto são empresá-rios, profissionais e colabo-radores ligados ao agrone-gócio no Cerrado brasileiro. O projeto Com Cristo no Cerrado existe para ajudar a suprir o distanciamento entre essas pessoas e sua fé sem, todavia, agredir qual-quer confissão de fé.

Desta forma, uma Bíblia foi elaborada e produzida pelo projeto, juntamente com a Sociedade Bíblica do Brasil, para atender, de forma objetiva e personali-zada todas as pessoas dis-tantes do evangelho, com a Palavra de Deus. Essas Bíblias são distribuídas gra-tuitamente em visitas técni-cas, dias de campo, encon-tros profissionais, etc.

Trata-se, em suma, de um projeto missionário; toda-

via, um projeto voltado para pessoas que produzem grãos, fibras, carne e leite, dentre outros produtos, baseados no Cerrado. Este projeto é desenvolvido por profissionais evangélicos que estão diariamente em campo com esses homens e mulheres. Essa estraté-gia de evangelizar com a Bíblia, empresários e pro-fissionais do campo, vem ao encontro da necessidade de se ter abertura de rela-cionamentos nas empresas,

nas fazendas, no agrone-gócio em geral. Todavia, como pastor, missionário ou evangélico com propósi-to de evangelizar essas pes-soas do campo, dificilmen-te alguém teria abertura. Como profissionais temos acesso a diversos setores do agronegócio no Cerrado; dessa forma, usamos essa abertura e o respeito que nossa profissão nos promo-ve, para levarmos a palavra da salvação através da dis-tribuição da Bíblia Sagrada

Com Cristo no Cerrado.O Cerrado brasileiro é um

vasto campo missionário. Para se ter ideia, somente em uma fazenda em que é dada assistência, são 1.500 funcionários, sem consi-derar suas famílias, o que passaria de dez mil pessoas em contato direto conosco. Então, como profissionais do agronegócio, temos livre acesso a esses campos, e com sua confiança conquis-tada, fica mais fácil falar com amor de Deus a cada

um deles, sejam empresá-rios, colaboradores e outros profissionais não evangé-licos. Esta é nossa vasta SEARA.

Com Cristo no CerradoAlexandre Pevidor

O

“Que lindo presente, prometo

que vou ler todos os dias. Este trabalho

é maravilhoso”

Sr Lindomar Alves (Secretário de

Meio Ambiente de Rondonópolis)

Depoimentos:

“Parabéns pela iniciativa, muitos

produtores e profi ssionais do campo precisam mesmo de um

grande presente desse. Vamos ler e deixar exposta

em cima de minha mesa”.

Sr Silvestre Arruda (Diretor da SEMA

Regional Sul)

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Abril de 2012 15BrasilPresbiteriano

MINISTÉRIO E PERSEGUIÇÃO FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

s três primeiros sécu-los da era cristã foram

marcados por incontáveis morticínios de cristãos, principalmente nas arenas romanas, mortos por ani-mais ferozes, por fogo e por instrumentos de tor-tura. No quarto século, as perseguições cessaram, mas não o ódio ao cristia-nismo. Sempre que surge oportunidade, o mundo aponta suas armas para a igreja, para as Escrituras e para tudo que esteja ligado ao Deus-homem que morreu na cruz para remissão de pecados.

A “bola da vez” é a Associação de Capelania Evangélica Hospitalar (ACEH). Esse ministé-rio teve início em 1983 e é presidido pela cape-lã Eleny Vassão de Paula Aitken, atuando em mais de 130 hospitais espalha-dos por vários Estados brasileiros e até fora do Brasil, treze países ao todo. Os hospitais que contam com esse minis-tério são mais bem con-ceituados por terem a visão do cuidado integral ao paciente, seus fami-liares e profissionais da saúde. Diante dos leitos, o trabalho desses capelães é dar ouvidos, confortar

e encorajar, ajudando o enfermo a lutar pela vida com esperança em Deus e na medicina. Também é oferecido aconselhamen-to espiritual e apoio emo-cional, tanto ao paciente e seus familiares, como aos profissionais da saúde (www.capelania.com).

Resumindo, é um traba-lho que envolve atividade missionária, misericórdia genuína e amor incondi-cional.

Apesar disso, essa asso-ciação tem recebido ata-ques que nada mais são que uma demonstração cristofóbica e inconstitu-cional do pior tipo. Por meio de mentiras e de intenções bastante ques-tionáveis e egoístas, os nobres e desprendidos capelães têm sido difama-dos e afrontados, não por-que ataquem as escolhas dos pacientes, mas por amá-los, evidenciando que tipo de amor Cristo ensinou aos seus discí-pulos.

Cristo nos advertiu de tal perseguição e ódio por parte do mundo e, mesmo assim, nos ordenou amar. Essa atividade amorosa, com prejuízo próprio, é uma tradição cristã. O historiador Eusébio de Cesareia (263-340) conta de uma praga avassala-

dora que ocorreu em Alexandria, cuja virulên-cia e propagação é descri-ta como “acima de toda a esperança”, a qual aco-meteu mais pagãos que cristãos. Estes, porém, dedicaram-se s ajudar os necessitados com riscos para a sua própria vida.

Desse modo, como crentes em Cristo, nossa tarefa é continuar a amar quem nos odeia (Mt 5.44; Lc 6.35) e brilhar ao mundo a luz de Cristo (Mt 5.16). No tocante à cape-lania evangélica, nossa tarefa é continuar aman-do aqueles que sofrem sem esperança e clamar a Deus que abençoe nossos nobres irmãos capelães e defenda a Associação de Capelania Evangélica Hospitalar. Esses irmãos se afadigam e são difama-dos na posição de repre-sentantes da igreja de Cristo. Nada mais justo e próprio que sejamos seu suporte e fonte de consolo e encorajamento. Afinal, somos um só corpo, um corpo que luta junto, sofre junto e junto chegará ao céu para habitar para sempre ao lado do nosso supremo Capelão.

om grande ale-gria e entusiasmo

a Confederação Sinodal de SAFs Sul-Fluminense realizou o 1º Avanço Missionário de 2012. O trabalho aconteceu no dia 10 de março, no Distrito de Ipiabas, município de Barra do Piraí, com caravanas das três federações: Volta Redonda, Sul-Fluminense (abrangência Barra Mansa a Itatiaia) e Barra do Piraí (abrangência Barra do Piraí a Paraíba do Sul), que for-mam a Sinodal.

Logo pela manhã par-ticiparam de um culto e ouviram a mensagem do Senhor apresentada pelo Rev. Dilécio S. Oliveira. Em seguida aconteceu o treinamento evangelístico sob a direção da missio-nária Selma Heringer e do Rev. Edmilson Fernandes, Secretário Sinodal do Trabalho Feminino. A pro-fessora Gislaine Nogueira, Presidente da Federação Sul, esteve à frente das ofi-

cinas de treinamento para o trabalho. As participan-tes também tiveram oficina de artesanato, extensivo à comunidade para a gera-ção de renda, com as pro-fessoras Catia Cordeiro e Cecília Monteiro.

Parte do trabalho funcio-nou na Congregação e outra parte no espaço cultural de Ipiabas. Após o almoço foi realizada evangelização pelas ruas do bairro com folhetos, literatura cristã e entrega de cestas básicas doadas pelas irmãs presen-tes e pela Junta Diaconal da 1ª IP de Volta Redonda.

A programação foi fina-lizando com um “impac-to evangelístico” na praça principal da cidade. O Projeto Ana aconteceu de forma diferenciada: os presbíteros e diáconos pre-sentes assumiram as ora-ções em favor dos filhos.

Toda honra e toda glória pertence ao Senhor, pois é ele que opera em nós tanto o querer como o realizar.

Capelania Evangélica Hospitalar:mais um alvo da crescente cristofobia

Avanço Missionário

Thomas Tronco

O

O pastor Thomas Tronco é membro da Associação de Capelania Evangélica

Hospitalar

Rita Moreno Fernandes

C

Rita Moreno Fernandes é Presidente da Confederação Sinodal

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Abril de 201216BrasilPresbiteriano

Crianças têm direitos?

Jubileu de ouro da UPH da IP de Centenário, SP

ORIENTAÇÃO

ANIVERSÁRIO

ssa pergunta seria tola se não fosse a atual

realidade da sociedade brasileira. Infelizmente, o que constatamos no dia a dia e através dos meios de comunicação é uma socie-dade mergulhada numa cruel insensibilidade com respeito às crianças e seus legítimos direitos. É muito fácil constatar a violência (psicológica, física, ver-bal e/ou sexual) contra as crianças, a discriminação, o abandono, o trabalho for-çado, etc. Junta-se a isso a sombria realidade de uma saúde pública deficiente, de uma educação que não consegue atingir todas as camadas da sociedade, de uma estrutura habitacional

insuficiente e miserável, de uma segurança precária e de uma política corrupta e vexatória. De fato, necessi-tamos perguntar: Crianças têm direitos?

Apesar do que foi apre-sentado acima, toda criança tem direitos. Foi na Assembléia Geral das Nações Unidas, no dia 20 de novembro de 1959, que representantes de vários países aprovaram a Declaração dos Direitos da Criança. Ela foi adaptada da Declaração Universal dos Direitos Humanos, só que voltada para a infância. A Declaração dos Direitos da Criança tem dez artigos que devem ser respeitados para que as crianças vivam dignamente, desfrutando de cuidado, atenção e cari-

nho. Quando leio esta

Declaração logo me vem à mente aquilo que o Senhor nos revela na sua Palavra, onde encontramos valio-sos ensinamentos sobre as crianças. No Antigo Testamento, por exemplo, encontramos um texto em que fica claro o grande amor e o valor da crian-ça no contexto familiar: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como fle-chas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocida-de” (Sl 127. 3-4). No Novo Testamento encontramos Jesus dizendo aos seus dis-cípulos que eles deveriam ser como as crianças. O contexto é o da disputa para ver quem seria o maior

entre eles. Jesus, então, os exorta dizendo: “Em ver-dade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3). Outro texto impor-tante sobre as crianças é aquele que mostra os discí-pulos tentando impedir que as crianças fossem tocadas por Jesus. Ele, porém cha-mou-as, dizendo: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele” (Lc 18.16-17).

Diante disso, nós cristãos temos o dever de prote-ger e valorizar as crianças, mesmo que tudo ao nosso

redor nos incentive ao des-caso e à insensibilidade. O desafio então é observar e cumprir aquilo que Deus estabeleceu na sua Palavra, como também, as normas e leis estabelecidas civil-mente como a Declaração dos Direitos da Criança.

Pense: o que pode ser feito para que as crian-ças tenham seus direitos assegurados na família, na igreja, e na escola? Agora reflita, aja e leve outros a se envolverem também. E lembre-se do que disse Jesus: “E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe” (Mt 18.5).

UPH da IP do Centenário Alto de

Vila Maria, em São Paulo, comemora o seu jubileu de ouro neste ano de 2012. A data de organização da sociedade, que na época se chamava Obreiros de Cristo, é 28 de janeiro de 1962.

Na ocasião a primeira

diretoria foi eleita, sendo Azor Mendes o primeiro secretário responsável por redigir a ata de organi-zação da sociedade. Azor ainda é membro da UPH trabalhando ativamen-te nas atividades durante esses cinquenta anos. Os demais membros da pri-meira diretoria formada já foram chamados para junto de Cristo.

Dentre várias programa-ções especiais, o culto ofi-cial em comemoração ao jubileu acontecerá em 23 de junho de 2012, tendo como pregador convida-do, o Rev. Jorge Canelhas. Será um dia de louvor e gratidão a Deus que ao longo dos anos tem aben-çoado a sociedade.

José Roberto Coelho

Aristeu Alves

E

A

O Rev. José Roberto Coelho é Secretário Geral do Trabalho Infantil

da IPB

Aristeu Alves é diácono e tesoureiro da UPH da IP do Centenário Diretoria atual da sociedade

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Abril de 2012 17BrasilPresbiteriano

ANIVERSÁRIO

IP de Vila Mariana completará 70 anos

de organização no mês de maio. Sua trajetória é de trabalho, dedicação, lutas e vitórias pela graça de Deus.

Teve seu início como congregação da IP Unida de São Paulo e funcionava na Rua França Pinto em uma carvoaria, onde enfrentava a intransigência de alguns, inclusive incentivando meninos a atirarem pedras enquanto o povo estava reunido em culto.

As atividades foram se intensificando e o grupo aumentando. Mudou-se para o imóvel situado no atual endereço (Rua Vergueiro 2407) na Vila Mariana, melhor localiza-ção com possibilidade de maior desenvolvimento e visibilidade. Era a estra-da que ligava São Paulo à cidade de Santos.

Como aconteceu em mui-tas outras igrejas, em 1941 (ainda na condição de con-gregação) foi organizada a SAF, sociedade pujante e vigorosa até hoje em seu trabalho de assistência com oficina de costura para con-fecção de enxovais e roupas para bebês e mães caren-tes. Além da oficina, há o celeiro com distribuição de roupas, agasalhos, calçados e cestas básicas a carentes, chegando a distribuir cerca de oito mil peças de roupa e calçados e mais de nove mil

quilos de alimento por ano.A IP de Vila Mariana

foi organizada no dia 31 de maio 1942, sendo a comissão composta pelos Revs. Miguel Rizzo Júnior, Amantino Adorno Vassão e presbs. Warwick Kerr e José de Oliveira. O prega-dor no culto de organização é o Rev. Rizzo que prega o sermão “Horas Decisivas” (Jo 1.39). O primeiro pastor é designado pelo presbité-rio: Rev. Jorge Goulart.

A IPVM inicia sua carrei-ra de vitórias e crescimento, para a glória e honra do Senhor. Cresceu e se desen-volveu, sendo, hoje, uma das maiores igrejas locais da IPB e, a maior em núme-ro de membros na cidade de São Paulo, contando atual-mente com 1255 membros comungantes e 217 mem-bros não comungantes em seus róis.

Sua visão de expansão e missão sempre foi forte. Gerou oito filhas ao longo destes 70 anos, sendo as mais novas Moema (feve-reiro de 2010) e Ipiranga (março de 2011). Auxilia a manutenção de campos missionários estrangeiros (APMT) no Paraguai e Peru. Nos campos nacionais atua em Pernambuco (Caetés, Capoeiras, Queimada da Jurema, Lagoa do Ouro), no Rio Grande do Norte (Patu, Itaú, Severiano Melo), no Ceará (Jaguaribe), no Amazonas (Lago do Carará), no Mato Grosso do

Sul (Aldeia Porto Lindo), em Sergipe (parceria com a Nossa Missão), em Minas Gerais (Serra do Salitre). Mantém as congregações em Itapeva de Minas (MG) e Suarão (litoral sul de São Paulo).

Suas sociedades inter-nas são ativas com UCP, UPA, UMP, SAF, além dos grupos fortes da Geração de Ouro (Terceira Idade) e GEA (solteiros maduros, viúvos e descasados). Sua EBD é muito bem estrutu-rada contando com cerca

de 500 alunos matriculados em seus cursos. Possui um acampamento no municí-pio de Tietê, tendo a pro-priedade dez alqueires com estrutura de excepcional qualidade para atendimen-to a acampamentos retiros, etc. São realizadas duas temporadas por ano (janei-ro e julho) reunindo, em cada uma delas, ao longo de três semanas cerca de 280 crianças e adolescen-tes sob a supervisão de 45 monitores.

Uma das marcas fortes e

distintivas da IPVM é sua vocação musical. Sempre esteve muito atenta para esta área do serviço sagra-do e contou com excelen-tes corais. Atualmente são 04: o coro IPVM (misto), o Maranata (masculino), o Cantares (feminino) e o IPVM Kids (infantil), além do madrigal José Ramos (da SAF). Está com uma orquestra formada com vio-linistas, trompete, flautas, trombone, saxofone, piano e órgão.

Seu conselho é formado por dezoito presbíteros e a Junta Diaconal é integrada por trinta diáconos. Conta, atualmente, com seis pas-tores (sendo o pastor titu-lar o Rev. Paulo Delage e dois jubilados: Revs. Pércio Gomes de Deus e Eudes Coelho) e dois evangelistas, além de um casal de mis-sionários que trabalha com as crianças e adolescentes.

A graça do Senhor tem sido abundante sobre a vida da IPVM ao longo destes setenta anos. Reconhecemos esta verdade e damos gra-ças ao Senhor. Sua loca-lização fácil e privilegia-da (60 metros da estação Ana Rosa do metrô) é um incentivo aos que chegam em São Paulo e procurm uma Igreja ativa, vibrante e de fácil acesso. Somos uma Igreja viva, servindo ao Deus vivo.

IP de Vila Mariana: 70 anos de bênçãosGustavo Bacha

A

O Rev. Gustavo Bacha faz parte da equipe pastoral da IP de Vila Mariana.

Data Dia Horário Prel� or05/05 SÁBADO 19:30h REV. JUAREZ MARCONDES

06/05 DOMINGO 09:15h REV. JUAREZ MARCONDES

06/05 DOMINGO 19:00h REV. JUAREZ MARCONDES

14/05 SEGUNDA 20:00h REV. JEREMIAS PEREIRA

15/05 TERÇA 20:00h REV. HERNANDES DIAS LOPES

16/05 QUARTA 20:00h REV. RICARDO AGRESTE

17/05 QUINTA 20:00h REV. AUGUSTUS NICODEMUS

18/05 SEXTA 20:00h REV. GEORGE CANÊLHAS

19/05 SÁBADO 19:30h REV. ROBERTO BRASILEIRO

20/05 DOMINGO 09:15h REV. ROBERTO BRASILEIRO

20/05 DOMINGO 19:00h REV. ROBERTO BRASILEIRO

26/05 SÁBADO 19:30h REV. MESSIAS ANACLETO

27/05 DOMINGO 09:15h REV. MESSIAS ANACLETO

27/05 DOMINGO 19:00h REV. MESSIAS ANACLETO

Informações:WWW.IPVM.ORG.BR/IPVM70ANOS

Igreja Presbiteriana de Vila Mariana.

70 anos fazendo diferença.

Participe da no  a programação � p� ial de aniversário.

Maio 2012

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Abril de 201218BrasilPresbiteriano

Depressão – A tenebrosa noite da alma(Edward T. Welch)

Uma lista de tarefas não atende às perguntas sobre pro-pósito, esperança, nem respon-de às perguntas fundamentais sobre a existência e a fé que inevitavelmente surgem com a depressão. As perguntas do tipo “por quê?” dizem a respei-to de Deus. Se as ignorarmos a fi m de focalizar as perguntas do tipo “como”, talvez até en-contremos um atalho para um alívio mental temporário, mas o coração continuará faminto de respostas. Procure desco-brir neste livro uma parceria entre “por quê” e “como”.

O livro contém 208 páginas e custa R$ 39,00.

Em busca de algo maior (Paul Tripp)

Amistad

Produzido e dirigido por Steven Spielberg, Amistad recebeu quatro indicações para o Oscar nas categorias de Melhor Música, Melhor Indumentária, Melhor Cine-matografi a e Melhor Ator Co-adjuvante (Anthony Hopkins). Baseado numa história real, o fi lme conta a história de um grupo de escravos africanos que se rebela e se apode-ra do controle do navio, La Amistad, que os transporta, tentando retornar à sua terra de origem. Uma boa pergunta para o cristão: quem luta pela justiça e pela liberdade... dos outros?

A escalada

Dois alpinistas radicais precisam forjar uma amizade complicada com o objetivo de escalar o pico dos seus so-nhos. O extravagante Derrick gosta de escalar sozinho. Um resgate audacioso abriu as portas para a maior escalada de sua vida, mas seu sonho inclui um parceiro não mui-to desejado. Cauteloso, Mi-chael não se arrisca, não se apressa para ser o primeiro e raramente leva a vida até o seu limite. O fi lme é intenso, bonito, com momentos bem humorados. Em meio à aven-tura, uma lição de vida cristã.

Ben Hur

Em Jerusalém no início do século primeito vive Judah Ben-Hur (Charlton Heston), um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala (Stephen Boyd), um amigo da juventude que agora é o comandante das legiões ro-manas na cidade, um desen-tendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-Hur a viver como escravo em uma galera romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Ben-Hur terá uma

oportunidade de vingança que ninguém poderia imaginar, mas a mensagem mais forte desse excelente fi lme é a de que o sangue de Jesus cura e purifi ca, o corpo e o coração.

Cartas para Deus

Cartas para Deus: a espe-rança é contagiosa. De um dos produtores de Prova de Fogo e Desafi ando os Gigan-tes. Tyler Doherty é um extra-ordinário menino de 8 anos, armado com grande fé e co-ragem enquanto encara sua batalha diária contra o câncer. Cercado por uma família ama-da e por sua comunidade, as orações de Tyler tomam a for-ma de cartas, que ele escreve e envia diariamente para seu amigo: Deus. Estas cartas vão parar nas mãos do carteiro Brady, que está passando por dilemas e buscando sentido para sua vida. A princípio, Brady não sabe o que fazer, mas por fi m, sua decisão tor-na-se uma evidência do poder da bravura e graça de Tyler. Inspirado por uma história real, Cartas para Deus traz uma mensagem de esperan-ça, fé e coragem que pode ser relacionada às lutas pessoais de cada um de nós.

Sobre esses e outros títulos acessewww.editoraculturacrista.com.br

ou www.facebook.com/editoraculturacristaou ligue 0800-0141963

Boa LeituraEntretenimento e refl exão

Filmes para curtir e pensarO autor descreve: “Neste livro, a discussão sobre viver no reino não terá lugar no corredor do seminário. Vou levá-lo para a rua onde o pneu encontra a estrada da vida cotidiana. Eu quero ajudá-lo a considerar o chamado de Cris-to no nível da rua. E a minha esperança é que, à medida que fazemos isso juntos, primeiro você se sinta desconfortável, mas logo em seguida seja en-corajado, animado e motivado, com esperança.”

O livro contém 208 páginas e custa R$ 37,00.

Doze homens comuns(John MacArthur, Jr.)

Nenhum deles foi um erudi-to ou teólogo. Até mesmo Je-sus comentou que eram lentos para aprender (Lc 24.25). Um deles havia sido zelote – um agitador – outro, um odiado coletor de impostos – pratica-mente um traidor. Os outros podem ter sido pescadores ou artesãos. Gente comum. No entanto, Deus os capacitou. Doze homens comuns – pesso-as como você e eu – tornaram-se instrumentos para que a mensagem de Cristo fosse levada até os confi ns da terra.

O livro contém 192 páginas e custa R$ 33,00.

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Abril de 2012 19BrasilPresbiteriano

Onde a Bíblia proíbe fazer jogos de azar?

Consultório Bíblico

Odayr Olivetti

O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - [email protected]

uanto eu saiba, em lugar nenhum, expli-citamente. Os sorteios de que fala a

Bíblia eram feitos para decidir questões e impasses – para orientar as pessoas ou o povo em situações difíceis. Em Provérbios 18.18 lemos: “Pelo lançar da sorte, cessam os plei-tos, e se decide a causa entre os poderosos”. Mesmo nesses casos, o povo de Deus reco-nhecia que quem deci-de a sorte é Deus. É o que vemos em Atos 1.23-27: na escolha de um diácono, foi pedi-da a bênção de Deus antes de ser lançada a sorte. Vemos tam-bém esta verdade cla-ramente apresentada em Provérbios 16.33, que pontifica: “A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR pro-cede toda decisão”. [No caso das vestes de Jesus, foi lançada sorte, mas por pagãos que participaram da crucificação do Senhor Jesus: Mateus 27.35.]

Indiretamente, a Bíblia condena os “jogos de azar”: (1) Determinando que o homem trabalhe seis dias na semana e descanse um. No Decálogo, o mandamento mais extenso e detalhado é o quarto, sobre o santo repouso semanal, depois de seis dias de trabalho: Êxodo 20.8-11. (2) Condenando o preguiçoso. O livro de Provérbios contém muitas exortações e advertências sobre a preguiça. Exemplos: Provérbio 6.6-11: “Vai ter com a formiga, ó

preguiçoso, considera os seus caminhos [dela] e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. Ó preguiço-so, até quando ficarás deitado?...”. Ver também Provérbios 10.26; 13.4; 19.15, 24 e Eclesiastes 10.18, entre outras passagens. (3) Com exor-tações duras da Palavra de Deus, como estas

do apóstolo Paulo, inspirado: “Aquele que fur-tava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28) e: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Tessalonicenses 3.10) – supondo-se, é claro, que a pessoa tem condições de saúde que lhe permitam trabalhar. (4) Exemplo divino –

Disse Jesus: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.

Na bela descrição das experiências diárias da vida no salmo 104, o versículo 23 começa dizendo: “Sai o homem para o seu trabalho...”.

A Bíblia desestimula, ou, melhor dizen-do, condena todo tipo de ganho fácil – juros extorsivos, por exem-plo. Isso para não entrar nos meandros e sinuosidades das arti-manhas dos homens que, na indústria, no comércio, na política, e até em segmentos da religião, usam mil e um recursos para encontrar maneiras de ganhar mais do que devem pelo que fazem, e até pelo que fingem que fazem.

Quanto ao trabalho na seara do Mestre, tanto no exercício honesto da profissão como nos diferentes ministério e serviços da igreja, é alentado-ra a palavra bíblica de

afirmação da segura vitória que Deus nos dá por meio do Senhor Jesus Cristo, com a qual encerro esta resposta (1Co 15.58):

“...meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra

do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.”

“Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28)

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Abril de 201220BrasilPresbiteriano

Construindo a Rede Presbiteriana de Apoio ao Idoso

TERCEIRA IDADE

sse foi o tema da palestra cen-tral do workshop realizado

na IP de Patrocínio, pastoreada pelo Rev. Cleverson Gilvan, com a coordenação da fisioterapeuta Ana Rabelo.

No município há cinco igre-jas presbiterianas. Participaram do evento irmãos das Igrejas Presbiterianas de Patrocínio, Getsêmani, Esmeril, Estrela do Sul, Patos de Minas, Coromandel, Morada Nova, Central de Vazante e Uberlândia. Dos participantes, 43% tinham entre 20 e 39 anos, 29% entre 40 e 60 anos, 27% entre 60 e 69 e 1% com mais de 80 anos.

Esteve presente no workshop o Rev. Demerval Alves (Secretário Sinodal da Terceira Idade do Sínodo Triângulo Mineiro), o Rev. Antônio Marques (Secretário Presbiterial da Terceira Idade do Presbitério Leste do Alto Paranaíba) e o Rev. Cleverson Gilvan (Secretário Presbiterial da Terceira Idade do Presbitério Alto Paranaíba).

Os trabalhos do Workshop tiveram início às 19h30min do dia 24 de fevereiro com o Rev. Pinho Borges, Secretário Geral da Terceira Idade falando sobre o tema “Construindo a Rede Presbiteriana de Apoio à Pessoa Idosa”.

No dia 25, os trabalhos começa-ram às 9h da manhã com a oficina “A Bíblia e o Envelhecimento” dirigida pelo Rev. Pinho Borges. Uma dinâmica foi realizada pela psicóloga Sandra, com o tema “Construindo um mundo feliz”. No período da tarde aconteceram as oficinas “Relacionamento entre Jovens e Idosos”, “Musicalidade na Terceira Idade” e foram dis-tribuídos exemplares do Estatuto do Idoso, Cartilha REPAPI e CD-Legislação.

No dia 26, o workshop foi encerra-do com a oficina “Envelhecimento: diga não aos mitos e preconcei-tos”, ministrada em classe única no horário da Escola Dominical. No momento final o Secretário Sinodal, Rev. Demerval, falou sobre o evento. “A Secretaria Geral do Trabalho da Terceira Idade foi a criação mais perfeita da IPB no século 20, pois veio fechar uma grande lacuna no desenvolvimento da igreja local, já que os idosos precisam de algo além de ficarem sentados nos bancos.”

A passagem do Secretário Geral por Patrocínio terminou no domingo à noite com pregação no culto vespertino da IP do Bairro Constantino, pastoreada pelo Rev. Roberto Brasileiro.

E

Workshop aconteceu na IP de Patrocínio nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro