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FACULDADE ZACARIAS DE GÓES UNIDADE PEDAGÓGICA DE VALENÇA CURSO DE PEDAGOGIA GILVANDA DA SILVA JESUS A LUDICIDADE MUSICAL NO ENSINO INFANTIL 5

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FACULDADE ZACARIAS DE GESUNIDADE PEDAGGICA DE VALENACURSO DE PEDAGOGIA

GILVANDA DA SILVA JESUS

A LUDICIDADE MUSICAL NO ENSINO INFANTIL

VALENA-BA2015

GILVANDA DA SILVA JESUS

A LUDICIDADE MUSICAL NO ENSINO INFANTIL

Artigo apresentado Faculdade Zacarias de Ges- FAZAG, como requisito parcial obrigatrio para obteno do Grau de Licenciatura em Pedagogia.

Orientador: Pof. Especialista Linsmar Cavalcante Silva

VALENA-BA2015

DEDICATRIAAos meus familiares e amigos que confiaram em meus esforos e dedicao.

RESUMO

Este artigo tem por finalidade discutir como a msica pode ser utilizada como mtodo pedaggico na Educao infantil e tem como principal problemtica como entender os aspectos que o ensino da msica pode auxiliar nas atividades pedaggicas durante a educao infantil. Desta maneira, a pesquisa tem por objetivo analisar quais as contribuies que o ensino da msica proporciona no desenvolvimento da Educao infantil, e como usada pelos educadores que atuam nesta faixa etria, e tambm verificar como acontece a dinmica deste mtodo de ensino nas escolas e assim perceber quais as possveis interaes deste com os demais eixos de trabalho durante a escolarizao, alm de analisar as contribuies que o ensino da msica pode proporcionar no desenvolvimento das crianas.

Palavras-chave: Ludicidade musical; Educao Infantil.

ABSTRACT

This article has for purpose discuss how music can be used as a pedagogical method in Children's Education and aims to understand the aspects that music education can assist in educational activities during children's education. Thus, the research aims to analyze which the contributions to music education provides in the development of children's education, and how it is used by educators who work in this age group, and also verify how the dynamics of this method of teaching happen in schools and so understand what the possible interactions of this with other areas of work during schooling, and analyze the contributions that music education can provide in the development of children.

Keywords: Music playfulness; Schools; Early Childhood Education.

Sumrio

INTRODUO9BREVE HISTRIA DA MSICA NO MUNDO E NO BRASIL11A INSERO DA MSICA NA EDUCAO INFANTIL14O ENSINO DA MSICA NA ESCOLA DO PERODO INFANTIL18A PESQUISA DE CAMPO20CONSIDERAES FINAIS25REFERENCIAS26

INTRODUO:

A msica est presente na vida do homem, e isso incontestvel. E ao se fazer presente na histria da humanidade, se torna uma forma de expresso artstica nos mais diversos campos. Ou seja, ela se faz presente tanto no campo erudito, quanto no popular. No Brasil, a msica est presente nas diversas classes sociais e tambm nos credos religiosos que se espalham por todo o pas. Embora seja um linguagem diversificada, a msica acompanha a inter-relaes e interdisciplinaridade nas cidades, comunidades e bairros.Vrias, so as contribuies da msica para a formao e desenvolvimento da criana, visto que ela se faz presente antes mesmo da alfabetizao das crianas. Para se ter uma ideia, a relao da ludicidade musical com as crianas se faz desde o ventre materno e isso segue at a maioridade. Durante a infncia, a msica se torna uma forma de expresso, estabelecem regras, interao social, diverso/alegria e por fim, aprendizagem. Tais exemplos se torna um breve panorama da importncia da msica como mtodo da educao infantil: seja na sala de aula, seja no lar familiar. Logo, a pesquisa A ludicidade musical no ensino infantil tem por finalidade entender as diversas experincias que tive como educador em projetos relacionados a msica, neles, foi possvel presenciar as diversas situaes em que o uso da msica se dava apenas para reproduzir as prticas de ensino, mas, sem entender o seu significado. Loureo (2008), afirma que quando se aplica a msica como mtodo de ensino, a msica se torna um ato de desprendimento e ao mesmo tempo prazeroso que comunga com as diversas experincias da criana sem ser imposta ou que busque que o aluno domine um instrumento musical, o que pode minar a sua criatividade e ao mesmo tempo a sua sensibilidade. Diante disso, pode-se dizer que o grande desafio no que se refere ao ensino da msica na escola que o mtodo no se torne apenas uma prtica descontextualizada, mas um complemento. Ou seja: um meio para melhorar o entendimento e trabalho das diversas atividades aplicadas durante a educao infantil que alm de auxiliar no desenvolvimento da sensibilidade musical, tambm contribui para outras potencialidades do educando.Assim sendo, as dificuldades percebidas no que se refere ao ensino da msica norteia a idealizao deste trabalho: Como a educao musical pode ajudar no desenvolvimento de outras potencialidades da criana? Ou seja: como a msica pode contribuir para a criana se tornar um educando multifacetado? Para descobrir a(s) resposta(s) foi necessrio delinear os seguintes objetivos: Compreender as contribuies do ensino de msica no desenvolvimento das crianas do ensino infantil e a maneira de como tal mtodo vem sendo usada pelos educadores da educao infantil. Sendo a metodologia o mtodo quantitativo, J que segundo Chizzotti (1991. p.79), o mtodo permite uma compreenso mais ampla e clara sobre o objeto investigado. Ou seja, os pesquisadores dedicam anlise dos significados que os indivduos do s suas pesquisas e aes bibliogrficas Chizzotti (1991. p.79;80).Desta maneira, este trabalho foi organizado de maneira a apresentar as possibilidades da msica como meio pedaggico passando pelos cenrios mundial e nacional. Logo em seguida, ser discutido sobre a importncia do ensino e aprendizagem da msica. Ou seja: a importncia da msica no desenvolvimento das crianas e a compreenso dos educadores no que se refere a aplicao da msica como mtodo de ensino.Por fim, ser apresentado como os professores podem trabalhar a msica como pratica pedaggica na educao infantil e quanto esta prtica pode ajudar no desenvolvimento do educando.

BREVE HISTRIA DA MSICA NO MUNDO E NO BRASIL

Sempre presente em vrios momentos de diversos povos, como gregos, rabes e egpcios. A palavra apareceu pela primeira vez na mitologia grega e significa a arte das musas. Na poca, a musas eram seres celestiais/divindades que inspiravam as artes e tambm as diversas cincias existentes. Sendo representado pelo deus Orfeu, filho de Apolo. Logo, Orfeu significa o mesmo que msica.Em Roma, a msica no era to abrangente quanto na Grcia, como cita Ellmerich (1973, p. 26-27) no livro Histria da Msica: os romanos no alcanam grande desenvolvimento nas artes em virtude de sua tendncia guerreira e de constantes preocupaes nas lutas de conquistas. Assim, o florescimento artstico romano comea com subjugados da Grcia em 146 a. C.Ainda em Histria da Msica, Luiz Ellmerich (1973), afirma que o cenrio de fanatismo religioso extremo levou aquele pas a uma estagnao cultural. Assim, a msica ganha a pauta de quatro linhas(atualmente usa-se a pauta de cinco linhas oriundo da msica clssica convencional, criado pelo monge italiano Guido DArezzo e atualmente estas cinco pautas nos cantos gregorianos e onde foi atribudo o sistema silbico que nomeia cada nota musical).O canto gregoriano surge como homenagem ao Bispo Gregrio Magno. Na poca, a Igreja sentia a necessidade de sistematizar esse rito religioso, para que assim, no houvesse uma degradao do estilo musical, mesmo em locais mais distantes de Roma. Era simblica e os fiis, conhecia apenas uma melodia ou seja: a msica era unssona (aguda e muito alto o que significava um encontro com o Altssimo e a sua unidade da Igreja).Protestantes tambm utilizava a msica em seus cultos. Assim, nos momentos de disputas por fiis entre Catolicismo e Protestantismo, a reforma protestantes como tambm foi entendida a diviso da igreja catlica romana e que originou a igreja luterana fundada por Matinho Lutero.Ainda segundo Ellmerich (1973), essas mudanas religiosas levaram a Igreja Romanacontra-reforma, o que transformou o dogma da Igreja e que refletiu de forma definitiva na msica da poca. J que a Igreja passou a admitir os cantos no gregorianos em seus encontros e cultos/missas. Como afirma: ... no clebre Conclio de Trento, ficou decidido, ainda, que o canto no gregoriano tambm faria parte das atividades da Igreja, contanto que sua msica fosse simples e compreensvel (Ellmerich 1973, p.32). O autor ainda afirma que a msica barroca substituiu o estilo renascentistas. O Romantismo surge substituindo o refinamento que faltava em suas obras. Da que muitos compositores importantes surgiram neste momento histrico podendo ser citado como exemplo Beethoven, que apesar de ser um mestre da msica clssica, afasta-se dela, deixando-a mais popular. Nesse perodo, a Europa sofre grandes mudanas sociais, pois esse momento histrico acontece aps a Revoluo Francesa. Ellmerich (1973) afirma que o romantismo significa o abandono s regras e a disciplina do classicismo, que expressa por sua arte, nesse caso, na msica a emoo que sente o compositor. Durante esse perodo, ainda no tinha sido direcionada ao ensino escolar para crianas. Pois ainda estava ligada a igreja tanto Catlica Romana como protestante de Martinho Lutero.No Brasil, a msica se formou a partir da cultura europeia atravs das prticas e ensinamentos realizados pelos jesutas, africana atravs dos escravos que traziam consigo a cultura de sua tribo/nao e por fim dos indgenas que j mantinham a msica como uma das maneiras de cultuar as suas divindades. Mas, as primeiras manifestaes musicais j registradas aqui no Pas, foram realizadas pelos padres jesutas que durante aquele pas, almejavam conquistar novos fiis, Assim, presume-se que a Educao proposta pelos jesutas tinha mais como objetivo catequisar atravs das manifestaes musicais do que pelo fato de educar.O coral Gregoriano mgico instrumento de converso de que se utilizou o jesuta Jos de Anchieta, aquela magnfica figura de evangelizador. E com ele os jesutas Aspicuelta Navarro e Manuel de Nbrega. Este dizia que: com a msica e a harmonia, atrevo-me a atrair para mim todos os indgenas da Amrica.(FRANA, 1953, p.7).Assim, sendo, a relao entre ndios e jesutas se estreitou apenas por meio da msica que os padres usavam para catequiz-los. Logo aps a sua chegada, os jesutas construram aldeias que chamavam de Misses/Redues. Segundo Devidoff (1994, p.42) definia as Misses/Redues como: o armazm geral, a casa de hspede e a casa das moas eram mais pobres e os alojamentos indgenas consistiam de longos edifcios de pau-a-pique ou adobe, abertos para uma varanda coberta.No sculo XVII a msica popular ganha fora em todo o territrio brasileiro, principalmente o lundo/landu que era uma dana africana como descrevia Mario de Andrade (1980). Durante o perodo colonial, chegavam ao pas as valsas, polcas, tangos e outras manifestaes musicais de categoria estrangeira. No que se refere a isso, Renato Almeida, autor de A histria da Msica Brasileira, afirma que:Queremos dizer que na nossa msica popular, fcil distinguir as origens rtmicas, embora no se consagrem exatas e essenciais. Um mundo de influncias e interferncias, o clima, o caldeamento do sangue, o cultivo e as condies de visa de lugar a lugar, tudo isso, intenses que a arte popular reflete, refrangendo no prisma de seus intenses fez com que os cantares fossem variando dia por dia, contornando-se, as modificando-se, mas sem perder o carter bsico e definitivo do ritmo. (ALMEIDA 1926, p.126)Vale ressaltar que deve-se aos africanos trazido como escravo ao Brasil, boa parte da nossa formao da msica popular. E isso se deveu ao contato com o povo africano que enriqueceu a parte rtmica feita no pas e que nos levou a nossa riqueza musical.Findando o sculo XIX e como o fim da escravido em 1988, foram abertas novas fronteiras para a vinda de novos imigrantes para que assim pudessem sustentar a lavoura de algodo e de forma especial, na lavoura de caf. Devido a essa diversidade cultural, pde ser inserido no Brasil diversos ritmos estrangeiros provindos de suas terras natais. Mas, a msica popular brasileira s se formaria mesmo com o carnaval carioca e a chegada do gramofone ao Brasil no ano de 1930. Assim, aparecia o samba, ritmo mais famoso no Brasil. E depois disso, o rdio, a TV, e a indstria fonogrfica popularizaria ainda mais o ritmo por todo o pas.

A INSERO DA MSICA NA EDUCAO INFANTIL

Na histria da Educao brasileira, cuidar das crianas aparece como algo de pouca relevncia para a sociedade. E assim permaneceu por muito tempo, at que as mudanas comearam a aparecer de forma gradual. Segundo Loureno (2003), o que realmente importava era usar o canto como forma de controle e integrao dos alunos. Assim sendo, a msica servia apenas para manter a ordem na sala de aula e no possua nfase na perspectiva pedaggica.Vrias so as Leis e Normas que regulavam a Educao infantil em nosso pas. Estas leis mostravam de forma clara como as crianas deveriam ser tratadas durante toda a infncia. Apenas com a chegada danova LDBEN instituda atravs da Lei 9.394 que se poderia comtemplar e implantar de forma lenta o ensino de artes, como explicitado no artigo 26 e este teria que obedecer o componente curricular obrigatrio nos diversos nveis da educao bsica de forma que promova o desenvolvimento cultural do aluno. S a partir da que a msica passa a ser uma linguagem possvel na educao infantil, j que a mesma faz parte da educao bsica. Deste modo,surge a a possibilidade de criar uma metodologia para trabalhar a msica na educao infantil. Ou seja: A msica na educao infantil est legalmente aberta.No ano de 1998, o MEC Ministrio da Educao, publicou o Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil, ou como muitos preferem, o RCNEI. Tal documento tornou-se um documento de orientao metodolgico para o ensino infantil de todo o pas. E nele, o ensino da msica est centrado em vises novas como a experimentao, que tem como fins musicais a interpretao, improvisao e a composio, ainda atinge a percepo tanto do silncio quanto dos sons, e estruturas da organizao musical. O RCNEI surge dando nfase presena da msica na Educao infantil, orientando os professores que objetivassem inserir tal contedo em sua metodologia.Chiarelli (2005), considera a msica importante para o desenvolvimento da inteligncia e a interao social da criana e a harmonia pessoal, deste modo, a msica facilita a integrao e a incluso das crianas na sociedade onde est inserida. Assim, ao pensarmos no ensino da msica durante a Educao infantil, leva-nos ao cotidiano e a as prticas adotadas pelos professores e deus alunos de como a metodologia musical aparece. Porm, ainda necessrio refletir a respeito de novas possibilidades da msica na educao infantil.Vale ressaltar que a msica possibilita a criana a interao com mundo adulto dos pais e demais familiares. E isso acontece a partir da interao com as tecnologias como televiso, rdio, cinema e internet. Tecnologias estas que possibilita a criana a formar seu prprio repertrio inicial no que se refere ao seu universo sonoro. Porm, no se devem esquecer as cantigas de rodas que podem ser aprendidas. Segundo a RCNEI (1998):O ambiente sonoro, assim como presena da msica em diferentes e variadas situaes d cotidiano fazem com que os bebs, e crianas iniciem seu processo de musicalizao de forma intuitiva. Adultos cantam melodias curtas, cantigas de ninar, fazem brincadeiras cantadas, com rimas parlendas, reconhecendo o fascnio que tais jogos exercem. (Brasil, 1998, p.51)

Nogueira (2003) vai alm ao afirmar que:

[...] acompanha os seres humanos em praticamente todos os momentos de sua trajetria neste planeta. E, particularmente nos tempos atuais, deve ser vista como umas das mais importantes formas de comunicao [...]. A experincia musical no pode ser ignorada, mas, sim, compreendida, analisada e transformadas criticamente. (NOGUEIRA 2003, p.1)Em Msica, Cotidiano e Educao Jussara Sousa apoia o ensino da msica ao afirmar que:Ao incluir objetivos, justificativas, experincias e condies de ensino aprendizagem resultantes de uma reflexo profunda, num dilogo permanente com a realidade sociocultural, os relatos apontam elementos importantes relacionados s prticas pedaggicas de sala de aula, como, por exemplo: a sua transformao numa ao pedaggica significativa. (SOUSA 2000, p. 164)Desta maneira, o que deve ser esclarecido no que se refere ao assunto em questo, no a msica. Mas, a maneira de se aplicar e repetir as canes previamente selecionadas e tambm a maneira como a(s) mesma(s) so/sero repetidas e como que acontecer as explicaes sobre o contexto e os ensinamentos que o intenso do autor presente na cano pode ser passado ao alunado. Ou seja, quais os significados da msica para o cotidiano do aluno. Vale destacar que de forma alguma, o aluno deve ser forado a participar do novo mtodo tirando dos mesmo a oportunidade de se expressar e de manter a sua identidade cultural. Tudo deve ser oferecido e ao mesmo tempo construdo para que o alunado possa se expressar e participar do processo de forma espontnea, ativa e deste modo reproduzindo o que fora solicitado/exposto pelo educador. Estas noes/conselhos ou mtodos como muitos preferem, tem relao com a percepo e sensibilidade est diretamente ligado ao planejamento do professor. Ou seja: Ele prope as atividades musicais e as coordenara-la. Porm, preciso que os estudantes participem das escolhas das canes e deste modo se sintam motivados participarem das atividades musicais.Outro ponto a ser destacado que este mtodo tem por propsito favorecer, ou seja, colaborar no desenvolvimento do alunado de maneira que todos os envolvidos na atividade sejam privilegiados. Sobre a importncia de no privilegiar um ou outro aluno, como afirma Loureiro em O ensino da msica no ensino fundamental:A ateno especial dever ser dispensada ao ensino de msica no nvel da educao bsica. Principalmente na educao bsica entendida aqui como ensino infantil e fundamental. [...] Pois nessas etapas que cada indivduo estabelece e poder ser assegurada sua relao com o conhecimento, operando-o no nvel cognitivo, de sensibilidade e de formao da personalidade de cada um. (LOUREIRO 2003, p.141).J em Msica na educao Infantil:Ensinar msica, a partir dessa ptica, significa ensinar a reproduzir e a interpretar msicas, desconsiderando as possibilidades de experimentar, improvisar, inventar como ferramenta pedaggica de fundamental importncia no processo de construo do conhecimento musical (BRITO 2003, p.52).

Assim, o educador permitir ao aluno experimentar/expressar sensaes e sentimentos humanos diversos (como tristeza, alegria, dentre outros) atravs dos instrumentos musicais que lhes so expostos.Outro ponto que ser citado queo ensino de msica no deve ser entendido como um mtodo paraque a escola forme msicos. J que o mtodo de ensino tambm possui um caminho frtil para tal. Logo, ensino da msica deve apenas contribuir para o aprendizado e automaticamente incentivar a criativamente da criana. E para isso, Segundo Bellochio (2001) no deve ultrapassar o tempo estipulado pelo RCNEI de 1998.[...] bastam 45 minutos de aula de msica semanais, de modo desarticulado dos demais conhecimentos, que esto sendo trabalhados pelos professores, para potencializar a educao musical nas escolas. Uma possibilidade que vejo da articulao mais consciente, crtica e madura entres os professores atuantes nos anos iniciais de escolarizao e os profissionais especialistas no ensino de msica. (Bollochio 2001, p.46).Sobre a viabilidade para o caminho do ensino da msica na escola, Brito (2003), discorre que a educao infantil se d pelo uso de ferramentas reflexivas e prticas que de alguma forma contribua para que o educador possa distinguir o certo do errado e desta forma trabalhar as diversidades e os contextos (j citados anteriormente) a que o aluno est inserido e desta forma explorar a(s) sua(s) potencialidade(s) na msica quanto em qualquer outra rea da arte.Importa, prioritariamente, a criana, o sujeito da experincia, e no a msica, como muitas situaes de ensino musical consideram. A educao musical no deve visar formao de possveis msicos do amanh, mas sim, formao integral das crianas de hoje. (BRITO 2003, p.46).Se seguirmos a pratica escolar convencional, o ensino da msica dever ter uma ateno prioritria. Pois ensinar msica, significa contribuir para a formao do indivduo em todas as suas fases de formao humana. Dando-lhe assim a oportunidade de mergulhar em um grande universo de cultura (cultural) diversificado. Proporcionando-lhe enriquecimento no que se refere ao seu conhecimento de mundo.De acordo com Nogueira (2003), o ensino da msica deve ser percebido como uma das tticas pedaggicas, ou at mesmo como uma das formas mais importantes no que diz respeito s vrias formas de comunicao do tempo atual. Atravs do apud, Nogueira cita Snyders (1997), deixando a sua obra ainda mais precisa, ao afirmar que o processo de formao de uma criana vai alm da formao do fsico e intelectual. Tal processo envolve a percepo do som e vrias outras questes biolgicas. Logo, percebe-se que o ensino e aprendizado da msica auxiliam na construo do sujeito a partir da sua composio musical. Influenciando assim, o seu ser subjetivo.Segundo Snyders:Os mtodos modernos da psicologia musical esto absolutamente corretos ao propor atividades de escrita ativa, no somente para evitar que os alunos, se no tiverem nada de preciso a fazer, conversem ou se evadam da aula atravs de devaneios, mas por que faz parte da natureza da obra musical despertar uma admirao ativa: o objetivo da escuta ativa no chegar a uma espcie de xtase teolgico, mas despertar emoes controladas, que integrem a alegria ao conjunto da pessoa, tanto na sua sensibilidade quanto na sua composio. (SNYDERS 1997, p.27).Assim sendo, percebe-se que os campos onde so desenvolvidos tais mtodos, so aqueles que mais lidam com a afetividade na pratica como a msica que acontece atravs da aprendizagem de um instrumento, ou at mesmo atravs da apreciao de sons. Assim, sendo, segundo o autor, potencializa o aprendizado tanto no emocional da criana, quanto no cognitivo. Ento, podemos afirmar que preciso mostrar e entender a pratica como a msica pode ser usada dentro do ambiente escolar. Em resumo, pode-se dizer que: apresentar atividades com musicais, que de alguma maneira contribua para o desenvolvimento do educando de idade infantil, bem como qualquer outra atividade que de alguma maneira possa contribuir no trabalho com o aluno.O ENSINO DA MSICA NA ESCOLA DO PERODO INFANTIL

Com a msica, pode-se realizar dezenas de atividades no cotidiano escolar. Tanto , que o RCNEI de 1998, possui um captulo inteiro dedicado ao ensino da msica. Desta maneira, verifica-se que a importncia que Brasil(1998) d ao assunto, passa o entendimento de que com a vivencia musical, o educador/escola pode proporcionar ao educando a oportunidade de integrao de experincia como por exemplo de atividades que passa pelo aprender, ouvir e cantar uma cao at realizar atividades como brincar de roda e diversos jogos envolvendo todo o corpo humano. Assim sendo, a criana passa a dominar contedos distintos que a permitir transformar e recriar as atividades proposta pelo educador e desta forma evoluir seus conhecimentos de mundo. Segundo Brasil (1998, p. 61), O gesto e o movimento corporal esto ligados e conectados ao trabalho musical [...] implica tanto em gesto como em movimento porque o som , tambm, gesto e movimentao vibratrio. E vai alm:[...]e o corpo traduz em movimento os diferentes sons que percebe. Os movimentos de flexo, balano, toro, estiramento, etc., e os de locomoo como andar, saltar e correr estabelecem relaes diretas com os diferentes gestos sonoros. (BRASIL, p. 61)Segundo Fonterrada (2005), o professor musical Dalcroze conseguiu desenvolver em sua prtica de educao musical um meio para trabalhar com a escuta e a msica de maneira que fossem interligados e ao mesmo tempo interdependentes. Fonterrada tambm afirma que o sistema Dalcroze parte do ser humano e do movimento corporal esttico, ou em deslocamento, para chegar compreenso, fruio conscientizao e expresso musical (Fonterrada 2005, p.120). Ento, seguindo a linha do autor citado acima, podemos considerar que a msica pode ser usada constantemente na sala de aula, possibilitando uma interao muito interessante entre o alunado. J que, alm de promover a socializao, ela (a msica) facilita a compreenso do contedo exposto em sala de aula, alm de oferecer quando bem aplicada, um apoio singular quando a questo for a ludicidade.Delalande (1979), discorre que quando o assunto o som e corpo, a criana pode atravs de toques corporais, desenvolver vrios sons, que vai do grave ao mais agudo. Ele tambm argumenta que quando empregado chocalhos, apitos, pandeiros, dentre outros, a criana passa a desenvolver a noo rtmica naturalmente enquanto que outros tero que realizar outras atividades para o desenvolvimento rtmico. Em Explorando o Universo da Msica Jeandout afirma que possvel (caso necessrio) construir vrios instrumentos musicais com materiais simples e de baixo custo:[...] selecionar chaves velhas, prend-las a uma haste de madeira, pode-se construir um chocalho de sons suaves. [...]enxer latas de refrigerantes e copos de iogurte com arroz possibilita a construo de chocalhos. [...] cascas de coco pode se transformar em instrumento de percusso. [...] tudo de papel higinico coberto com papel de seda, proporciona a produo de timbre de instrumento de sopro e outras diversas possibilidades. (JEANDOUT 1997, p.98;99).Mas, existem outras maneiras de se produzir e fomentar a criatividade da criana atravs do ensino de atividades que proporciona a musicalidade dentro do ambiente escolar, como afirma Rosa (1990):Gravar sons e pedir para que as crianas identifiquem cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos utilizados e pedir para identifiquem, ou descubram de que material feito o objeto ou como o som foi produzido (agitado, rasgado jogado no cho. Assim como so de grande importncia as atividades onde se busca realizar a fonte sonora e estabelecer a distncia em que o som foi produzido. Para isso, o professor pode andar entre os alunos utilizando um instrumento ou um objeto sonoro e as crianas vo acompanhando o movimento do som com as mos. (ROSA 1990, p. 71).

Por fim, Silva (2001), expe que as possibilidades a serem usadas para se trabalhar com msica fazer com que a criana expresse o que ouviu atravs de desenhos. Ou seja: Se a msica foi a Aquarela do Brasil pedir que desenhe o que o verso da cano diz e assim por diante... Outra opo que aps ouvir, cantar ou tocar determinada msica/cano, a professora pode pedir que cada aluno fale de algo corriqueiro do dia-a-dia do aluno de acordo com a histria exposta na cano introduzida na aula. O importante que cada aluno consiga expressar o que mais lhe chamou ateno na cano exposta. Ou seja: o que entenderam.A verdade que quando se trata de educao infantil, o professor tem vrias oportunidades de usar a metodologia musical. Bastando ao profissional buscar os recursos e aproveitar os benefcios. J que, os materiais podem ser diversos.A PESQUISA DE CAMPO

A pesquisa de campo escolhida foi a quantitativa. Deste modo, foi aplicado um questionrio entre trs classes de pessoas distintas, sendo: 56 educadores do ensino infantil e fundamental; 56 pais de famlias. Desta forma, os dados colhidos tm por finalidade avaliar como educadores e pais de alunos avaliam a importncia da Ludicidade Musical dentro do ensino escolar da cidade. No que diz respeito aos resultados das pesquisas entre os alunos, o objetivo saber a opinio dos mesmo sobre o mtodo aplicado.Os resultados de cada questionamento feito aos educadores foram:

Analisando cada grfico exposto, possvel perceber que o mtodo da Ludicidade Musical bem avaliado por grande parte dos educadores. Mostrando assim, que o mtodo pode sim ser levado em considerao no que diz respeito a educao escolar.No que diz respeito a opinio dos pais dos alunos sobre o mtodo da ludicidade musical, os resultados foram:

No que diz respeito a opinio dos pais do alunado, percebe-se que por seu um mtodo novo no ensino, grande parte dos pais rejeitam a Ludicidade Musical. O que leva a entender que a Ludicidade Musical em sala de aula, deve e tem um logo caminho para se firmar como relevante para o desenvolvimento educacional, cultural entre os pais de alunos devidamente matriculado nas escolas que usam como uma das metodologias, a Ludicidade Musical.

CONSIDERAES FINAIS

Este trabalho buscou entender os aspectos favorveis que o ensino de msica pode proporcionar s crianas da educao infantil, bem como verificar a importncia dos eu aprendizado e sua contribuio na oficializao das crianas e perceber as formas de interao desta com os demais eixos de trabalho.Apontaram que a msica pode ser trabalhada nas salas de aula da educao infantil e entender o significado da msica enquanto ferramenta pedaggica tambm foram destacadas neste estudo.Com esta pesquisa verificou- se que a msica deve ser trabalhada com brincadeira se canes, aqui compreendidas como atividade de canto liderado pelo educador e acompanhadas pelas crianas de forma criativa.Concluo esta pesquisa destacando que preciso debatera formao do professor em relao ao uso da msica na educao infantil e o caminho deve ser uma formao no perodo da graduao talvez seja importante, porm sem compartimentar essa formao. com base no dia a dia o na msica na sala de aula, com as atividades desenvolvidas pelos professores no cotidiano da educao infantil e das experincias pessoais com a msica, que nascer uma prtica pedaggica que contemple a msica como elemento importante que venha a colaborar com o trabalho e o desenvolvimento da criana.A msica aliada ao ensino entendida por muitos autores pesquisados como importante ferramenta pedaggica. O ensino de msica aqui discutido no o de formao de instrumentistas, concertistas em dominar instrumentos ou cantar almejando uma carreira profissional como msico. O aluno pode sim no futuro almejar uma dessa carreiras, mas o ato do professor cantar, trabalhara msica ou tocar algum instrumento, deve ter como objetivo o desenvolvimento da criana, aliando a msica a elementos pertinentes do currculo da educao infantil.Assim conclui-se que essa pesquisa pode contribuir para que seja repensado o papel da msica na educao infantil, no s criticando os professores, mas revendo sua formao, os recursos que possuem, e tentando res-significar a msica na educao infantil, mostrando que possvel uma prtica consistente da mesma na educao infantil. Acredito, ser importante que os professores tenham essa conscincia, mas ainda so necessrias polticas que envolvam a formao dos professores para atuao com msica e melhores recursos para seu trabalho em sala.

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