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Boletim Olhares
CASA DE SAÚDE Nª Sª DA CONCEIÇÃO Nº 39 JULHO / AGOSTO 2016
ED
ITO
RIA
L D
O O
LH
AR
ES
Caros Leitores…
Nesta 39ª edição do Boletim
Olhares, referente a julho e agosto
de 2016, damos a conhecer algu-
mas das atividades realizadas
durante este período de verão.
Julho e Agosto foram meses de
muito empenho, colaboração, calor
e... boa disposição, tudo ingredien-
tes necessários para planearmos e
realizarmos inúmeras atividades e
satisfazermos todas as expetativas
das pessoas assistidas nos diferen-
tes programas de intervenção des-
te estabelecimento de saúde.
Os passeios de grupo incluíram
destinos como Sete Cidades, Par-
que Terra Nostra (Vale das Furnas),
Jardim António Borges, e centro
histórico da cidade de Ponta Del-
gada. Para além destes, foram inú-
meras as horas passadas nas diver-
sas zonas balneares da ilha de S.
Miguel.
Foi também recentemente que
recebemos informação oficial
sobre a renovação da certificação
EQUASS Assurance.
Relembramos que poderá consul-
tar todas as nossas atividades, pro-
jetos e programas através da nossa
página web:
www.irmashospitaleiras.pt/csnsc
Fundamentando-se no Modelo Hospi-
taleiro, no compromisso de melhoria
contínua na prestação de cuidados de
saúde de qualidade, e numa assistên-
cia integral, diferenciada e de excelên-
cia no âmbito da saúde mental, a Casa
de Saúde Nª Sª da Conceição assumiu
nos últimos anos um percurso de cer-
tificação da qualidade dos seus pro-
gramas e serviços.
Após obtenção da certificação
EQUASS Assurance em 2014, o Insti-
tuto das Irmãs Hospitaleiras - Casa
de Saúde Nª Sª da Conceição, no
seguimento de auditoria externa reali-
zada a junho de 2016 obteve a reno-
vação da certificação da qualidade
EQUASS Assurance, que visa certifi-
car e reconhecer, a nível europeu, a
prestação de cuidados de saúde men-
tal de instituições com um elevado
padrão de conforto, satisfação, segu-
rança e qualidade.
Este é o resultado do esforço de
todos os profissionais, utentes e seus
familiares, voluntários e entidades
parceiras que contribuem para que
diariamente possamos corresponder
às expetativas das nossas partes inte-
ressadas.
Renovação da certificação
EQUASS Assurance
Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saúde Nª Sª da Conceição
obtém renovação no referencial europeu de sistemas de
gestão da qualidade EQUASS Assurance
Olhares... Página 2
ESPAÇO DO UTENTE
Sete Cidades
No dia 2 de Agosto visitamos a freguesia
turística das Sete Cidades que, do ponto
vista físico e humano, constitui um convite
para admirar uma formosíssima cratera,
ornamentada por exuberante vegetação.
Fomos pela estrada da Relva ladeada por
lindíssimas hortênsias. Esta cratera emerge
das entranhas de um vulcão, cujo cone
gigantesco a isola do mar e do mundo,
mantendo características que lhe dão uma
fisionomia própria.
A tradição popular diz-nos que o nome
desta localidade é consequência da existên-
cia de sete lagoas resultantes de erupções
vulcânicas.
Passamos pela vista do rei, lugar que fica a
dever o seu nome ao facto de ali terem
estado o Rei D. Carlos e a Rainha D. Amélia,
a 6 de Julho de 1901, aquando da sua visita
régia à ilha de S. Miguel.
Descemos a estrada de grandes curvas até
ao centro desta freguesia de 800 habitantes.
Visitamos a igreja, cujo edifício é de gran-
des dimensões, enquanto decorria a sua
ornamentação. A população das Sete Cida-
des festeja solenemente o seu orago no
segundo Domingo de Agosto.
Almoçamos num restaurante local e lancha-
mos um gelado à beira das lagoa. Foi um
dia para recordar com saudade e alegria.
Ana Isabel S.
Visita às Furnas
Na visita que realizamos às Furnas satisfaze-
mos a curiosidade despertada pelos postais.
No inicio observamos a lagoa rodeada pela
estrada a separar a ladeira com algumas
casas que parecem debruçar-se sobre ela.
Seguiu-se a descida ao Vale das Furnas com
uma paisagem muito verde e o casario
branco lá em baixo. Passamos a manhã no
Parque Terra Nostra, anexo ao hotel que lhe
deu o nome. Algumas de nós tomaram
banho na piscina de água férrea vulcânica.
Outras banharam-se nas pequenas piscinas
termais com as suas próprias nascentes.
Depois passeamos pelo jardim botânico
apreciando uma flora lindíssima.
Destacam-se a flora endémica e nativa dos
Açores, a coleção de fetos, e as lindíssimas
camélias.
Foi uma manhã muito agradável. Ficamos
maravilhadas com a beleza ímpar deste
recanto ajardinado da ilha de S. Miguel.
De seguida fomos almoçar num restaurante
local. Fizeram parte da ementa o Bacalhau
de Natas e também, como não podia deixar
de ser, o tradicional Cozido das Furnas. À
tarde compramos os típicos bolos lêvedos e
as maçarocas de milho cozido que fez parte
do nosso lanche no Miradouro de Santa Iria
no regresso a “casa”. Regressamos à Casa
de Saúde Nª Sª da Conceição muito felizes,
com a alma cheia de bons sentimentos e
encantadas com tanta beleza.
Ana Isabel S.
Olhares... Página 3
Existem duas definições de autonomia, a física
e a mental, ambas referindo-se às capacidades
de cada pessoa de fazer ou pensar as coisas
sozinha ou com o mínimo de ajuda possível.
Ser-se autónomo fisicamente inclui as compe-
tências psicomotoras, como por exemplo, con-
seguir cuidar de si e do seu corpo ou conseguir
andar/ deslocar-se sem o apoio de outras pes-
soas (ou equipamentos). Por outro lado, ser-se
mentalmente autónomo refere-se a conseguir
tomar decisões e a pensar sem a ajuda dos
outros.
Ser-se uma pessoa autónoma implica sempre
ser-se responsável nas decisões, ações e na
busca dos seus objetivos, sonhos e expetativas,
desde que respeitando os seus direitos e deve-
res. Por isso a autodeterminação e o empower-
ment em saúde mental são outros conceitos
muito ligados à autonomia.
A própria doença é a principal limitação à
autonomia no contexto de uma psicopatologia
grave, pois quando a pessoa está descompen-
sada depende muito dos outros para conseguir
o melhor para si. Por outro lado a medicação
também pode ter um impacto temporário na
capacidade de autonomia devido aos efeitos
que por vezes provoca. As limitações físicas e
cognitivas (associadas ou não à doença men-
tal) são outros fatores que influenciam a capa-
cidade da pessoa de ser autónoma ou inde-
pendente.
Participar em atividades de grupo integrando-
se em ocupações e atividades de reabilitação
física, social e mental são estratégias que con-
tribuem para a promoção da autonomia.
Também pertencer ao Grupo de Autorrepre-
sentantes da CSNSC (GAR-CSNSC) ajudou-nos
muito em conseguir expressar aquilo que que-
remos e em comunicar com outras pessoas.
Pertencer ao GAR também nos ajuda a “abrir
horizontes“ e em estarmos mais consciente dos
nossos direitos e deveres como utentes e
como cidadãs da comunidade local e do mun-
do. Pertencer ao GAR possibilita com que
tenhamos contato com outras pessoas (dentro
e fora da CSNSC) e ao que partilharem as suas
dificuldades fazem-nos perceber melhor o que
é, para cada pessoa, autonomia em saúde
mental.
¹Lurdes Q., Manuela G., Antónia B., Olga M. e Fátima
R., (Reflexão do Grupo de Autorrepresentantes da
Ser-se uma pessoa autónoma
implica sempre ser-se
responsável (…) e respeitar os
seus direitos e deveres.
No contexto da doença mental, o que é autonomia?¹
Olhares... Página 4
O dia 10 de Agosto foi o dia escolhido para
celebrar o dom da Hospitalidade. Um dia sim-
bólico, dia de S. Lourenço. Um homem que se
fez santo procurando ser reflexo da Misericórdia
de Deus ao serviço dos pobres. Uma das suas
frases que me toca muito é esta "(...) estes são o
tesouro da Igreja...". Referia-se aos mais frágeis
e desfavorecidos (pobres, doentes e marginali-
zados). Em linguagem hospitaleira, meniana (S.
Bento Menni), dizemos que estes são "as vivas
imagens de Cristo", por isso me toca tanto a
Hospitalidade.
Neste ambiente, com toda a Comunidade/
Família Hospitaleira, vivi este dia. Com cada um,
com todos os que fazem parte da minha histó-
ria (no passado e na atualidade) entoei o cânti-
co "seduziste-me Senhor e eu me deixei sedu-
zir..." porque hoje como ha 25 anos ouço as
doces palavras de Deus que me diz com ternura
"Eu te escolhi...". Apesar das minhas fragilida-
des, avanços e recuos Ele está lá. Na Sua bonda-
de acolhe-me e sacia a minha sede na Sua fide-
lidade e misericórdia. Como a samaritana junto
ao poço da Hospitalidade suplico-Lhe "dá-me
dessa água...". Tal como Bento Menni, sinto e
experimento a bondade de Deus. Neste dia
especial, agradecida por tanta beleza e maravi-
lha que o Deus Hospitaleiro me faz experimen-
tar, digo-Lhe com muita gratidão "a Tua bon-
dade, ó Senhor fala-me e transforma-me".
Sinto que na minha fraqueza a Sua força acon-
tece...
Foi um dia de muita paz, encanto, festa, cor,
porque tecido de tantos outros dias onde com
pessoas fantásticas temos procurado ser mais
hospitalidade.
É o momento especial para dizer a cada um
OBRIGADA.
Quero dizer a cada Irmã, que passou e passa na
minha vida: Obrigada pelo teu testemunho de
entrega e fraternidade hospitaleira;
A cada Utente: Obrigada pela tua humildade e
confiança;
A cada Colaborador: Obrigada pela amizade e
pelo estimulo de cada na missão hospitaleira;
A cada Voluntário: Obrigada pela tua disponi-
bilidade e gratuidade em hospitalidade;
A cada Jovem: Obrigada pela tua juventude que
colocas ao serviço dos mais pobres e pela tua
persistência na transformação do mundo;
Aos Amigos e Familiares: Obrigada pelo apoio,
pela amizade e carinho de cada dia e cada
momento.
Cada um teve e tem um papel ativo nesta
minha caminhada. Com cada um, disse de novo
o meu Sim ao Deus Hospitaleiro, na certeza de
que mesmo após uma noite sem estrelas nasce
o dia, que após a tempestade vem a bonança,
que depois das lágrimas vem o sorriso, a festa
que tanto carateriza a hospitalidade. Porque a
união abre novos horizontes...
Que dizer mais? Que ao longo destes 25 anos
me tenho sentido em família e este dia foi sem
dúvida passado em família: com os de perto e
com os de longe... Obrigada à Família Hospita-
leira, que me proporcionou um dia diferente
cheio, de cor, sorriso, amizade... foi um dia de
comunhão...
Partilho um segredo, durante o dia, sobretudo
na eucaristia saboreei cada rosto, cada sorriso,
cada lágrima, cada abraço que tenho experi-
mentado ao largo destes 25 anos. É um sonho
com vida...
Deixo um desafio, aqueles que sentem a vonta-
de do coração em Ser ++ Hospitalidade: DÁ-TE
+ e +. Vale a pena ser semente hospitaleira... a
flor é bela e os frutos têm um sabor único.
Percorridos 25 anos de caminho Hospitaleiro...
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Página 6 Olhares...
Passeio às Sete Cidades
Passeio ao Parque Terra Nostra (jardim botânico)
Passeio ao Jardim António Borges
Lanche no Miradouro de Sta. Iría
Passeio de Tuk Tuk Passeio e lanche nas Portas do Mar
Banho na piscina termal do Parque Terra Nostra
Vista do Miradouro de Sta. Iría Passeio no jardim botânico do Parque Terra Nostra
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PRÓXIMOS EVENTOS & ATIVIDADES
SETEMBRO
21 > 1º dia de Outono
25 > Missa dos Aniversários
OUTUBRO
10 > Dia Mundial da Saúde Mental (V Roteiro de Saúde Mental da RAA)
15 > Jantar de Leigos Hospitaleiros
16 a 23 > Semana Missionária Hospitaleira
23 > Dia Mundial das Missões
30 > Dia de Maria Josefa (convívio na unidade A1 - Mª Josefa)
30 > Missa dos Aniversários
ANIVERSÁRIOS DA FAMÍLIA HOSPITALEIRA
SETEMBRO OUTUBRO
01 Ilda S.
04 Zélia C.
04 Adelaide M.
05 Lúcia A.
06 Lurdes C.
07 Natália F.
07 Tatiana M.
10 Olívia A.
11 Guilhermina M.
11 Alda P.
13 Fátima D.
16 Eduarda A.
17 Vitória A.
17 Lurdes R.
20 Sónia R.
22 Cristina F.
23 Maria José C.
24 Fátima O.
24 Maria Goreti R.
27 Maria de Fátima S.
29 Isabel O.
31 Deodete P.
03 Venilde C.
03 Helena M.
03 Ana Margarida S.
04 Maria de Luz P.
05 Filomena C.
06 Deolinda B.
06 Amélia C.
06 Raquel C.
07 Emanuel R.
08 Tatiana P.
09 Lúcia C.
10 Natividade B.
11 Helena M.
12 Maria Fátima C.
15 Maria Carmo S.
16 Olímpia P.
16 Evelina M.
17 Ana Catarina S.
19 Ângela S.
20 Aida G.
20 Maria José M.
21 Lurdes Q.
22 Maria do Pilar R.
26 Ermelinda P.
26 Joana B.
26 Rosa C.
29 Líria C.
30 Maria do Rosário Q.
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Equipa Técnica
Nuno Nunes (Psicólogo)
Teresa Vale (Psicóloga)
Tatiana Pereira (Assistente Social)
Colaboradores
Ir. Fernanda Esteves
Ana Isabel S.
Lurdes Q.
Fátima R.
Manuel G.
Olga M.
Deseja ser Assinante?
Valor Anual=3.80€ (0.65€ p/ Boletim)
Contatos
Largo do Bom Despacho nº 22
9500-167 Ponta Delgada
Tel. 296306320 | Fax. 296306321
www.irmashospitaleiras.pt/csnsc
SoPa De LeTRaS
R O T E I R O J S F Ç B G
A J D M C G S F B C L M A
N E L C X P Ã N K D V P C
C P A N S O T X L R I S O
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J I O K M U N I Ã O Ç V A
I G K Ç Q T Y F K U H A B
X N Ã D Z O Ã N S T Q M O
L I F R S N G R C O L D R
H D M G Ç O A F T N Z B A
C A O C X M H D J O M J Ç
B D S N Q I Z F M A I N Ã
R E V K P A S S E I O X O
D L Ç P Z I Ç M O Ã K P F
O L H A R E S A F X R H V
S K G J H O R I Z O N T E
No âmbito da comemoração do Dia Mundial da
Saúde Mental, de 10 a 14 de Outubro de 2016,
as Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saúde Nª Sª da
Conceição, em conjunto com outras instituições da
área da saúde mental, organizaram o V Roteiro de
Saúde Mental da Região Autónoma dos Açores.
O programa incluiu a organização, no dia 10 de
Outubro de 2015, do Seminário "Dignidade em
Saúde Mental", a realizar na Biblioteca ´Pública e
Arquivo Regional de Ponta Delgada. Este evento,
conta com a presença de representantes de entida-
des públicas e privadas e de profissionais da saúde
de diversas áreas e encerrará com uma atuação do
Grupo de Cantares da CSNSC.
A 12 de Outubro, a Casa de Saúde Nª Sª da Con-
ceição acolhe entidades parceiras, profissionais de
saúde e comunidade local para o “Dia Aberto”.
Para inscrições deverá contatar:
296 629 295 / 924 092 659
ROTEIRO AUTONOMIA UNIÃO
HORIZONTE PASSEIO DIGNIDADE
COLABORAÇÃO OUTONO OLHARES
V Roteiro de Saúde Mental da RAA