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Boletim Olhares
CASA DE SAÚDE Nª Sª DA CONCEIÇÃO Nº 37 MARÇO / ABRIL 2016
ED
ITO
RIA
L D
O O
LH
AR
ES
Caros Leitores…
Os meses de março e abril foram
de grande celebração para as
Irmãs Hospitaleiras - Casa de Saú-
de Nª Sª da Conceição, pois não só
trouxeram a chegada da Primavera,
como também proporcionaram
muitos momentos de celebração.,
incluindo o dia 24 de abril, Dia de
S. Bento Menni.
Este foi também um período de
reflexão sobre a HOSPITALIDADE
enquanto valor nuclear para a
atuação de todos os profissionais
deste estabelecimento de saúde.
A capa desta edição nº 37 do Bole-
tim Olhares pretende dar destaque
ao Fundador da Congregação das
Irmãs Hospitaleiras e aos valores
hospitaleiros: Sensibilidade perante
os Excluídos; Serviço aos Doentes e
Necessitados; Acolhimento Liberta-
dor, Saúde Integral; Qualidade Pro-
fissional; Humanidade na Atenção;
Ética em Toda a Atuação; e Cons-
ciência Histórica.
Relembramos que poderá consul-
tar todas as nossas atividades, pro-
jetos e programas através da nossa
página web:
www.irmashospitaleiras.pt/csnsc
S. Bento Menni nasceu em Milão, Itália, a 11 de março de 1841. Em 1881
fundou a Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus
com a ajuda de duas jovens granadinas Maria Josefa Récio e Maria Angustias.
Morreu em Dinan (França) a 24 de abril de 1914. A 21 de Novembro 1999, o
Papa João Paulo II proclamou-o solenemente santo. Presentemente a Obra
Hospitaleira está presente em 26 países (4 continentes) com 137 hospitais
gerais, centros psicopedagógicos, clínicas e outros estabelecimentos especiali-
zados em saúde e em saúde mental.
Olhares... Página 2
ESPAÇO DO UTENTE
Adoro-te pai
O Pe. Fernando Teixeira celebrou a missa do dia
de S. José e do pai. Neste dia especial, dei um
beijo na fotografia do meu pai, pois já faleceu.
Esta data deve de assinalada com carinho, ter-
nura e amor. Ele é o meu ídolo, minha fonte de
inspiração.
Quando ainda era vivo, para mostrar os meus
sentimentos dava-lhe um perfume ou uma flor.
Ele adorava a natureza, a energia das árvores e
o poder do vento.
Anónima
A Primavera
A Primavera chegou e o tempo está mais quen-
tinho pois ficamos expostos ao sol. Nesta esta-
ção gosto do barulho das ondas, do movimento
do mar, da frescura, assim como da miragem
das areias.
Chegaram também as férias da Páscoa! Sonha-
mos com o bronzeado do sol. Os jardins da
nossa “Casa” estão lindos com o colorido e per-
fume das flores. Os colaboradores da instituição
tratam com muita delicadeza os nossos espaços
verdes.
Ana Isabel S.
Igreja, Mãe de Todas as Vocações
A família hospitaleira assinalou no 13 de Abril, o
Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Para o
Papa Francisco, «a vocação cristã, bem como as
vocações particulares, nascem no meio do povo
de Deus e são dons de misericórdia divina».
Na mensagem para o Dia Mundial da Oração
pelas Vocações, o Santo Padre diz que «a Igreja
é a casa da misericórdia e também a "terra"
onde a vocação germina, cresce e dá fruto».
Francisco assinala que a vocação nasce, cresce e
é sustentada pela Igreja.
Neste sentido, o Papa exorta «todos os fiéis a
assumirem as suas responsabilidades no cuida-
do e discernimento vocacionais» e lembra aos
sacerdotes que «uma parte fundamental do seu
ministério» é o «cuidado pastoral das voca-
ções».
Ana Isabel S.
Uma Santa Páscoa
Neste ano Jubilar da Misericórdia, a Páscoa
assumiu-se como um convite mais intenso
a conhecermos profundamente o centro da
nossa fé. É na celebração do mistério pascal
de Jesus, a sua morte e ressurreição, que experi-
mentamos o que significa “levar até ao extremo
o seu amor pelos discípulos”.
Nunca estamos sós nos nossos sofrimentos, por
maiores que sejam. Temos um Deus que vai até
aos nossos lugares mais escuros, para que não
fiquemos aí, mas para que sejamos ressuscita-
dos, trazidos para a sua vida.
Celebrar a Páscoa neste ano da Misericórdia é
também um compromisso a não nos deixar-
mos ficar fechados nos túmulos do ressenti-
mento e do egoísmo. Não é permanecer
na morte, porque não deixamos que o amor se
expresse. Mas é o caminho da vida! Se o pró-
prio Deus não o evitou, não seremos nós capa-
zes, com a sua graça, de seguir o seu exemplo,
amando como Ele ama?
Ana Isabel S.
Olhares... Página 3
VII Aniversário do Núcleo de Leigos Hospitaleiros
No passado dia 26 de abril comemorou-se o Dia de S. Bento Menni nas Irmãs Hospitaleiras -
Casa de Saúde Nª Sª da Conceição. Integrados nestas comemorações, os elementos do Núcleo
de Leigos Hospitaleiros (NLH) tiveram o seu momento mais significativo quando subiram ao altar
e perante a assembleia renovaram o compromisso por mais um ano.
No dia 29 de abril, dia do aniversário do Núcleo de Leigos Hospitaleiros da CSNSC os elementos
que não puderam comparecer na eucaristia renovaram o seu compromisso. Este momento foi
seguido de um pequeno lanche convívio, onde tivemos a honra da presença das Irmãs da nossa
comunidade e a Diretora da instituição, que connosco, festejaram esta data tão importante para
todos nós.
Núcleo de Leigos Hospitaleiros
Olhares... Página 6
Com a abertura do Ano Santo da Misericórdia,
no dia 8 de Dezembro de 2015, o Papa Francis-
co veio dar ao mundo e em particular à igreja a
oportunidade de fazer a experiencia da Miseri-
córdia a partir da situação concreta em que
cada pessoa se encontra. O sofrimento e a pre-
cariedade presentes no mundo atual têm de
suscitar nos cristãos e em particular em nós que
professamos a hospitalidade (colaboradores e
irmãs) um desejo profundo de sair ao encontro
das pessoas que estão sujeitas a situações de
limite.
Na Bula de proclamação do Ano Santo, o Papa
inicia precisamente com esta frase “Jesus Cristo
é o rosto da misericórdia do Pai”. No Carisma
Hospitaleiro proclamamos a Misericórdia como
o rosto da Hospitalidade, quereremos com isto
afirmar que “A Misericórdia designa o com-
portamento de Deus perante a humanidade”.
Um Deus que está continuamente centrado, de
modo especial na pessoa que sofre no corpo ou
no espírito. É este o comportamento que deve-
mos ter quando nos aproximamos para cuidar
da pessoa “viva imagem de Jesus”, estarmos
centrados naqueles e naquelas cujo rosto desfi-
gurado nos revela um Deus Louco de Amor. Ao
agirmos com misericórdia, somos sinal de con-
tradição e dizemos ao mundo que a pessoa é
digna de respeito. Não basta ser solidário, é
necessário contrariar a ousadia de uns terem
tudo e outros não terem nada. É necessário
evocar a justiça, de modo a garantir a satisfação
das necessidades humanas e espirituais dos
mais vulneráveis.
S. Bento Menni ensina-nos a viver a prioridade
da misericórdia na nossa vida e missão. Trata-se
de uma missão encarnada que se faz “coração”
derramando a ternura e a misericórdia do Pai
no coração do irmão. É caso para a firmar como
S. Bento Menni “A misericórdia não conhece
limites, não sabe dizer basta” ela constitui o
programa evangélico: Dar de comer a quem
tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir
os nus com a roupagem da dignidade, acolher
os peregrinos, prestar cuidados integrais aos
enfermos, visitar os presos e enterrar os mortos,
vem afirmar a primazia de pessoa amada por
Deus.
Mas não se fica por aí, a misericórdia tem como
destinatário o Homem integral na sua inviolabi-
lidade e vulnerabilidade. É necessário aconse-
lhar, corrigir, ensinar, consolar, perdoar, sofrer
com paciência não só as limitações do próximo
mas também rezar para que todos gozem da
plenitude de Deus nesta vida e na futura.
O Papa Francisco refere que a Misericórdia é “o
ato supremo pelo qual Deus vem ao nosso
encontro, é a lei fundamental que mora no
coração do homem, quando vê com olhos sin-
ceros o irmão que encontra no caminho”. O
irmão ou a irmã que reclama de nós esse ato
último de o reconhecer como ser único e irrepe-
tível.
Seremos felizes se tomarmos a “louca resolu-
ção” de assumir as obras de misericórdia como
único caminho que nos capacita para a Hospi-
talidade. O fogo que levamos dentro, há de
aquecer a vida dos irmãos até ás entranhas e
converter-se assim em Compaixão. É este o
comportamento de Deus para com a humanida-
de, foi este o comportamento do Bom Samari-
tano ao descer da sua montada para socorrer o
Homem ferido que encontrou no seu caminho,
é este o comportamento que nos identificará
como hospitaleiros e hospitaleiras do Coração
de Jesus.
Obras de Misericórdia e Valores Hospitaleiros
não são programas estanques, querem refletir a
mesma realidade. Não é possível ser misericor-
dioso e compassivo, ser hospitaleiros e hospita-
MISERICÓRDIA E HOSPITALIDADE
leiras a tempo inteiro, sem uma sensibilidade
que nos leve a preferir os pobres, sem um aco-
lhimento integral e libertador revelador de saú-
de integral e de qualidade profissional, se não
formos verdadeiramente humanizadores, se não
tivermos uma atuação ética e deontológica na
defesa da vida e dos direitos das pessoas mais
vulneráveis. Então, a Misericórdia, é a base basi-
lar dos valores hospitaleiros e constitui de facto
a carta magna da nossa identidade.
Se não expressamos na nossa prática diária a
misericórdia e a compaixão não estamos a ser
fiéis ao mandato do Senhor que continuamente
nos diz “Vai e faz tu também do mesmo modo”.
S. Bento Menni, Maria Josefa e Maria Angustias
reclamam de nós fidelidade ao compromisso de
continuar hoje a servir e a amar o Homem total.
Um amor sem limites de espaço e de tempo,
num contínuo dar-se até dar a vida. Jesus Cristo
que é sempre o mesmo, ontem hoje e sempre.
Formados na sua escola, somos chamados/as a
ser profetas da Misericórdia encarnando a vida
de Deus no quotidiano da Hospitalidade.
A partir da realidade concreta de cada um e de
cada uma, somos mensagem de misericórdia e
fidelidade ao mesmo tempo que também nós
necessitamos de ser “reparados” na Misericór-
dia do Pai. Refere ainda o Papa, “É meu vivo
desejo que o povo cristão reflita, durante o
Jubileu, sobre as obras de misericórdia (…), Será
uma maneira de acordar a nossa consciência,
muitas vezes adormecida perante dramas de
pobreza e de entrar cada vez mais no coração
do Evangelho, onde os pobres são os privilegia-
dos da misericórdia divina”. Perante este convite
do Papa Francisco, é nosso dever perguntarmo-
nos:
1. Como expressamos no nosso dia a dia o testemu-
nho de cumprir com o mandato de Jesus: “vai e faz tu
do mesmo modo”?
2. Vivemos numa sociedade promíscua de poder e de
alheamento dos mais pobres. Como podemos garantir
aos pobres do nosso tempo um lugar próspero de res-
peito e dignidade ao qual todos têm direito?
3. O serviço hospitaleiro há de ser alegre, gratuito e
desinteressado a todas as pessoas que dele necessi-
tam: Como promovemos no nosso quotidiano a aten-
ção personalizada às pessoas garantindo-lhe uma
maior visibilidade na qualidade assistencial?
4. Os Valores estão assumidos por todos de modo a
refletir uma maior concordância no nosso modo de
ser e agir?
5. O Modelo Assistencial Hospitaleiro baseia-se no
respeito pela dignidade da pessoa considerada na sua
unicidade e globalidade: Como expressamos
(colaboradores e irmãs) as obras de misericórdia no
nosso modo de cuidar? Dar de comer, dar de beber
etc. garante de todo o respeito, a dignidade (…) das
pessoas?
Pelo nosso carisma somos chamadas/os, a tes-
temunhar que o Cristo Compassivo e Misericor-
dioso está presente entre os homens. Sim,
somos mensagem de misericórdia e compaixão,
de liberdade e fidelidade, de gratuidade e de
alegria. Somos a carta escrita não com tinta mas
com o espírito de Deus que nos habita, que
reclama ao mundo o lugar privilegiado dos
pobres.
Não desistimos porque Deus também não
desiste de nós, iremos até aos confins do mun-
do à procura do irmão e da irmã que sofre no
corpo e no espírito as limitações próprias e as
impostas pelo desrespeito dos que se dizem
senhores do mundo. Onde estiver uma pessoa a
sofrer aí estaremos nós com o dom da Hospita-
lidade para ser o bálsamo da ternura, da com-
paixão e da misericórdia.
Ir. Mª Filomena Ferreira, Coord. de Enfermagem
Irmãs Hospitaleiras -
Casa de Saúde Nª Sª da Conceição
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Página 5 Olhares...
FOTORREPORTAGEM
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PRÓXIMOS EVENTOS & ATIVIDADES
MAIO
01 > Domingo do Senhor Santo Cristo dos Milagres
01 > Dia da Mãe, Dia do Trabalhador (exposição dos maios)
11 > Festa do Espírito Santo
13 > Dia de Nª Sª de Fátima (celebração na Unidade A2)
29 > Missa dos Aniversários
31 > Dia de Nª Sª do Sagrado Coração de Jesus
JUNHO
01 > Dia da Criança
03 > Dia do Sagrado Coração de Jesus (celebração na Unidade B3)
10 > Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
13 a 15 > Fim-de-Semana Hospitaleiro com Jovens
24 > Dia de S. João
26 > Missa dos Aniversários
ANIVERSÁRIOS DA FAMÍLIA HOSPITALEIRA
MAIO JUNHO
03 Bernardete S.
07 Mª Jesus R.
08 Conceição F.
10 Rosa A.
10 Hermínia P.
17 Florinda M.
20 Esmeralda P.
25 Marina A.
28 Teresinha S.
28 Paula R.
30 Sónia M.
30 Teresa V.
02 Gilda C.
02 Sandra L.
03 Lurdes V.
06 Fátima M.
10 Mª Graça M.
10 Olinda P.
15 Sandra C.
16 Dinorah R.
17 Delzira P.
17 Zoraida S.
20 Helena S.
20 Júlia C.
21 Amélia T.
24 Mª Espírito S. F.
26 Odília R.
26 Etelvina F.
27 Ana Isabel S.
27 Adriana T.
28 Graça S.
29 Lúcia A.
30 Ascenção B.
31 Gabriela C.
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Equipa Técnica
Nuno Nunes (Psicólogo)
Teresa Vale (Psicóloga)
Tatiana Pereira (Assistente Social)
Colaboradores
Ir. Fernanda Esteves
Ir. Filomena Ferreira
Ana Isabel S.
Hermínia P.
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Contatos
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9500-167 Ponta Delgada
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T D Y A Ç N Q I T R Y E Q
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I W B F N Q U Q R Y V C S
D V É S D O Ç B A H Ã Ó E
A G I I J A G Z E N G R P
D R M A I O S N T G B D Y
E V O Y C Q K B P O S I H
T R A B A L H A D O R A W
A 7 e 8 de abril de 2016 decorreram, em Ponta
Delgada, as V Jornadas de Saúde Mental: De…
Mente - Saúde Mental na População em Enve-
lhecimento organizadas pelo Instituto S. João
de Deus – Casa de Saúde de S. Miguel. Com
um programa que contou com oradores inter-
nacionais e nacionais, as Irmãs Hospitaleiras –
Casa de Saúde Nª Sª da Conceição foram con-
vidadas, pela organização, a realizar uma
comunicação sobre as boas práticas e expe-
riências no âmbito dos cuidados em psicoge-
riatria. A comunicação, intitulada Internamento
em Psicogeriatria: do Acolhimento ao Fim de
Vida, abordou os métodos inovadores, mode-
los de intervenção e boas práticas no acolhi-
mento da pessoa assistida, e sua família, desde
os primeiros momentos de contato com este
estabelecimento de saúde até ao acompanha-
mento em fim de vida, incluindo a avaliação e
intervenção interdisciplinar de pessoas com
síndrome demencial.
SANTO CORAÇÃO MÃE
MISERICÓRDIA MAIOS PRIMAVERA
HOSPITALIDADE JORNADAS TRABALHADOR
Irmãs Hospitaleiras – Casa de Saúde Nª Sª da Conceição
participam nas V Jornadas de Saúde Mental: De…Mente -
Saúde Mental na População em Envelhecimento