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1 Semana da Leitura 2013 “O MAR” Boletim Bibliográfico Título/Autor Sinopse Histórias da Terra e do Mar/Sophia de Mello Breyner O Mundo da infância foi assim, para Sophia, além do Porto e da Granja, das tradições nórdicas e da língua portuguesa, o caminho para um encontro aos doze anos com Homero e a luz mediterrânica, a nostalgia do «divino como convém ao real», tornando-a «uma mistura de Norte e Sul». (Miguel Serras Pereira In Jornal de Letras) A Menina do Mar/Sophia de Mello Breyner A Menina do Mar é o primeiro conto de Sophia para a infância e foi editado, pela primeira vez, em 1958. Tendo a praia como cenário, este conto revela-nos uma história de amizade entre um rapaz e a Menina do Mar. Cada um vive no seu mundo, o rapaz na terra e a menina no mar, mas a curiosidade de ambos leva-os a querer partilhar essas diferenças: a menina fica a saber o que é o amor, a saudade e a alegria; o rapaz aceita viver com ela no fundo do mar. Coral/Sophia de Mello Breyner Navegações/Sophia de Mello Breyner Um belíssimo livro de poemas, em 2.ª edição. Navegações, foi galardoado com o Prémio do Centro Português da Associação Portuguesa de Críticos Literários, de 1993. Esta edição é acompanhada do texto do discurso proferido pela autora na entrega do prémio. Um pequeno, mas intenso volume com poesias de Sophia. “Navegações”, cujo tema era um dos seus preferidos: o mar com todas as suas metáforas; também fala sobre Lisboa, nem sempre tão doce e amigável. Nota- se nos seus versos a vasta leitura, com muitas referências históricas e literárias. Destaco um poema, dos meus

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Semana da Leitura 2013 “O MAR”

Boletim Bibliográfico

Título/Autor Sinopse

Histórias da Terra e do Mar/Sophia de Mello

Breyner

O Mundo da infância foi assim, para Sophia, além do Porto e da Granja, das

tradições nórdicas e da língua portuguesa, o caminho para um encontro aos doze

anos com Homero e a luz mediterrânica, a nostalgia do «divino como convém ao

real», tornando-a «uma mistura de Norte e Sul».

(Miguel Serras Pereira In Jornal de Letras)

A Menina do Mar/Sophia de Mello

Breyner

A Menina do Mar é o primeiro conto de Sophia para a infância e foi editado, pela

primeira vez, em 1958.

Tendo a praia como cenário, este conto revela-nos uma história de amizade entre

um rapaz e a Menina do Mar. Cada um vive no seu mundo, o rapaz na terra e a

menina no mar, mas a curiosidade de ambos leva-os a querer partilhar essas

diferenças: a menina fica a saber o que é o amor, a saudade e a alegria; o rapaz

aceita viver com ela no fundo do mar.

Coral/Sophia de Mello Breyner

Navegações/Sophia de Mello Breyner

Um belíssimo livro de poemas, em 2.ª edição. Navegações, foi galardoado com o

Prémio do Centro Português da Associação Portuguesa de Críticos Literários, de

1993. Esta edição é acompanhada do texto do discurso proferido pela autora na

entrega do prémio.

Um pequeno, mas intenso volume com poesias de Sophia. “Navegações”, cujo tema

era um dos seus preferidos: o mar com todas as suas metáforas; também fala sobre

Lisboa, nem sempre tão doce e amigável. Nota- se nos seus versos a vasta leitura,

com muitas referências históricas e literárias. Destaco um poema, dos meus

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preferidos:

XIV

Através do teu coração passou um barco

Que não pára de seguir sem ti o seu caminho

1982

Esse poema é uma referência ao poeta e político Jorge de Sena, que lutou pela liberdade numa época de ditadura em Portugal.

O Grande Continente Azul/José Jorge Letria

“Eu sou a água do mar, a água de todos os mares, a água azul, verde ou cinzenta que liga os continentes, as ilhas, as línguas de terra onde o trigo cresce, onde os pássaros fazem ninho, onde as cidades despertam, onde as mãos amassam o pão, onde as plantas e as pedras se casam em manhãs de sol quando chega a Primavera. (…)

Um Fio de Fumo nos Confins do Mar/Alice

Vieira

Um bairro de Lisboa, um estúdio de televisão e a memória de um sítio em Trás-os-Montes. Uma adolescente que, do pai, só sabia que era um anjo… Mina frequentava o nono ano e não morria de amores nem pela escola nem pelas professoras. Resolveu ir a um programa televisivo daqueles que promovem encontros e desencontros entre familiares perdidos, vizinhos com dívidas por saldar… para encontrar alguém… Acreditava que a felicidade ia surgir na sua vida, cheia de música e de cinema, como “um fio de fumo nos confins do mar”.

As Naus de Verde Pinho/Manuel Alegre

Um belo poema sobre os Descobrimentos, no primeiro livro para a infância de Manuel

Alegre, que mereceu o Prémio António Botto 1998. Ilustração de Afonso Alegre Duarte.

“Esta é a história da viagem de Bartolomeu Dias que dobrou o Cabo das tormentas ou da

Boa Esperança e que é aqui contada pelo poeta Manuel Alegre à filha Joana e, por isso,

a todos os filhos de todos os pais que não querem que as suas raízes antigas se percam.

Este é um livro para ler em voz alta, como toda a poesia. Para que se ponha bem em

relevo a toada inconfundível do poeta tão cheia da bela música da língua portuguesa

quando ela é bem usada.”

Doze Naus/Manuel

Alegre

Desde a beleza leve da capa à música de certos poemas, com rima tocante muito

solta, rimas interiores, anáforas, aliterações, todo este livro é um exemplo de

cultura, de requinte, de perfeição.

Melodicamente e não só, um dos poemas meus preferidos é o que se intitula Surf e

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canta a euforia, a bravura, o ritmo deste desporto tão belo e arrojado e a relação

do homem com o mar:

«De pé na frágil tábua / onda a onda ele escrevia / poesia sobre a água // Era uma

escrita tão una / de tão perfeita harmonia / que o que ficava na espuma // não se

podia apagar: / era a própria grafia /

do poema do mar.»

Evocações, histórias ou relatos mitológicos-filosóficos («As Doze Naus Pintadas de

Vermelho») contracenam neste texto do eu com os «Poemas do Caçador», que,

mais do que o amor à caça e aos rios, as planícies, aos montados, estabelecem um

diálogo com o transcendente. O livro é muito variado: inclui saudades (a perda dos

familiares mais próximos), estados de alma, flashs líricos de uma perfeição que

ainda nos surpreende.

Manuel Alegre em estado de encanto. E uma oficina de invulgar mestria.

A Nau Catrineta que

tem muito que

contar/António Torrado

A aventura da Nau Catrineta contada em verso por António Torrado, numa edição

enriquecida com um guião de leitura da pedagoga Maria José Costa que explora os

conteúdos e a interpretação do texto.

«A Nau Catrineta é um poema romanceado por um anónimo, relativo às viagens para o Brasil

ou para o Oriente. Segundo Almeida Garrett, o romance popular A Nau Catrineta terá sido

baseado no episódio sobre o Naufrágio que passou Jorge de Albuquerque Coelho, vindo do

Brasil, no ano de 1565, que integra a História Trágico-Marítima. Este poema, que Garrett

incluiu no seu Romanceiro (1843-1851), foi bastante difundido pelos países setentrionais. Diz a lenda que decorria o ano de 1565 quando saiu de Pernambuco a nau “Santo António”

com destino a Lisboa, levando a bordo Jorge de Albuquerque Coelho, filho do fundador

daquela cidade. Pouco depois de deixarem terra, avistaram uma embarcação que vinha na

sua direção e que identificaram como um navio corsário francês, que pilhava os barcos

naquelas paragens. Dado o alerta, pouco adiantou desfraldarem todas as velas, pois o “Santo

António” tinha os porões demasiado carregados. A abordagem dos corsários foi rápida e

eficaz: a nau foi saqueada com todos os seus haveres e deixada à deriva no mar sob o sol

escaldante. Os tripulantes mais fracos ou feridos em combate foram morrendo de sede e de

escorbuto e os que iam sobrevivendo não esperavam melhor sorte. O desespero apoderou-se

dos marinheiros e um deles cheio de fome tentou arrancar pedaços de carne de um

companheiro moribundo. Alertados pelos gemidos do homem, acercaram-se dele todos os

sobreviventes, uns, para evitarem a ação desesperada, e outros, para nela participarem. Os

ânimos estavam já muito exaltados, quando a voz de Jorge de Albuquerque Coelho se

levantou, aconselhando-lhes calma e apelando para a sua dignidade de homens. Os

marinheiros serenaram, enquanto a nau continuava à deriva. Por fim, foi avistada terra

portuguesa, onde todos foram acolhidos e tratados. Conta-se que, muitos anos depois, Jorge

de Albuquerque Coelho, já de idade avançada, se sentava em frente ao mar rodeado de

amigos para contar a sua história que começava assim: “Lá vem a nau Catrineta, que tem

muito que contar. Ouvi, agora, senhores, uma história de pasmar…”.»

Lendas do Mar/José Jorge Letria

Recomendo este livro por várias razões:

1ª porque as lendas estão separadas e vão-se sempre completando até fazer uma

história inteira;

2ª, é pela qualidade das ilustrações que de uma forma abstracta são simples e

bonitas;

3ª, é porque o vocabulário é muito bom e muito explorado pelo escritor José Jorge

Letria, como por exemplo, na minha frase preferida: “a minha liberdade começa

onde acaba a dos outros”, na lenda “O Castigo de Sal”;

4ª razão é porque este livro não é só para crianças, pode ser lido por pessoas de

todas as idades que gostem de histórias com muita imaginação e criatividade;

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Por último, a lenda que eu aconselho a ler é o “Castigo de Sal”, pois de uma forma

divertida e imaginativa mostra como a água do mar ficou salgada!

(Ricardo Manuel Catarino)

Uma Aventura na Praia/Ana Maria

Magalhães e Isabel Alçada

Mergulhadores, navios afundados, tesouros no fundo do mar, um acampamento

agitado, um casal estrambólico com dois filhos infernais que dão pelo nome de

Bruninho e Bruninha, mais o perigosíssimo ladrão sul-americano que se desloca de

helicóptero e que ninguém no mundo conseguiu capturar, são os ingredientes desta

aventura numa praia cheia de rochas e grutas onde as emoções vão muito para

além de namoros e banhos de mar.

Uma Aventura na Falésia/ Ana Maria Magalhães e Isabel

Alçada

A escola teve que fechar uns dias para obras. Conforme seria de esperar, toda a gente ficou delirante. O grupo das gémeas, Pedro, Chico e João e seus cães Faial e Caracoll aproveitaram as "férias-surpresa" e foi para uma casinha simpática à beira-mar. Queriam apenas mudar de ambiente e divertir-se, mas um grito na noite alterou-lhes os planos. Que se passaria naquela zona descampada? Quem estaria na praia deserta a fazer sinais de luzes? A curiosidade foi mais forte do que o medo e arrastou-os para as grutas, onde corriam o risco de ficar presos na maré. Quando se preparavam para recuar deram de caras com um rapaz inglês em pânico. Como teria ido ali parar? E porquê?

Os Amigos da Menina

do Mar/Raquel Gaspar

Nesta história, a Menina do Mar conta-nos porque é que a carapaça do caranguejo

é dura, para que serve a tinta do polvo e como se protegem os peixes sem escamas.

As soluções estão todas no livro “Os amigos da Menina do Mar, que convida os

leitores a explorarem os mistérios do fundo do mar, obrigando-os em algumas

situações a recorrer a uns óculos de mergulhador, disponibilizados com o livro.

A obra, financiada pela Crioestaminal, surgiu na sequência de oficinas de Arte e

Ciência, desenvolvidas pelos autores do livro, com crianças no IPO de Lisboa. Alguns

desenhos dessas crianças ilustram a capa e textos contidos no livro. As ilustrações

do resto do livro ficaram a cargo de Ângelo Encarnação (Ar.Co) e Raquel Gaspar

(que deu forma à Menina do Mar).

Mar Azul Profundo/Richard

Ferguson

Com golfinhos saltadores, polvos escorregadios e peixes tropicais que pululam os

recifes de coral, irás ficar surpreendido com a vida no mar. Com imagens pop-up e

surpresas para descobrires em todas as páginas, é como mergulhar nos oceanos

sem sair de casa!

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O Clube das Chaves Mergulha nos

Oceanos/Mª Teresa Maia Gonzalez

Desta feita, os membros do clube viverão uma espetacular aventura ao sabor das

ondas. Ao mesmo tempo que a cidade de Lisboa se prepara para a Expo’98, os

quatros sócios terão a oportunidade de mergulhar em águas profundas e conviver

com espécies dos quatro cantos do mundo.

Porém, nem tudo será um mar de rosas: um marinheiro mais afoito saberá como

nunca remar contra a maré…

O Velho e o Mar/ Ernest Hemingway

O Velho e o Mar foi escrito em Cuba. Aí residia Hemingway à época, depois da sua

vida aventurosa entre a América e a Europa. Este livro extraordinário é uma

alegoria sobre a capacidade do homem de se superar a si próprio e vencer a

natureza em busca da sobrevivência. Conta a história de Santiago, um velho

pescador cubano, a quem a safra não sorria há longo tempo. Decidiu então

aventurar-se mais longe no mar com o seu pequeno barco. Aí luta

desesperadamente contra um espadarte gigante, conseguindo-o vencer. Mas como

tem de o puxar agarrado ao barco, quando chega à praia o espadarte fora

completamente comido por tubarões.

O Segredo Guardado no Fundo do Mar/

Fernando Bento Gomes

Diz quem sabe e muito viu que, à primeira vista, todas as ruas são parecidas. Com

pequenas diferenças, aqui e acolá,

História Trágico-Marítima/Adaptação de

António Sérgio

Adaptação de António Sérgio, seleciona cinco histórias de naufrágios de naus na

carreira da Índia. Mais do que histórias de tragédia marítima, salta à vista o lado

impiedoso dos homens que se faziam ao mar. Após a tormenta do naufrágio

seguiam-se maiores tormentas, onde a acreditar nos relatos coligidos os

sobreviventes não hesitavam em abandonar companheiros de infortúnio em alto

mar ou em baixios desolados, deixando-os para a morte à força de armas. As

desventuras sucedem-se…

O Mar-Universo Fantástico / Valérie Le

Du

Plano Nacional de Leitura

Livro recomendado para apoio a projetos relacionados com Natureza/Defesa do

Ambiente para os 7º, 8º e 9º anos de escolaridade.

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Descobrir a Praia / Mike Weber, Ana Ferreira e

Assunção Santos

Este livro pretende estimular a curiosidade sobre a praia e as dunas, que fazem

parte desse grande espaço a que se chama litoral. «Descobrir a Praia» fala dos

animais que rastejam e saltam pela praia fora, que correm e nadam, que furam a

areia e se escondem nela e debaixo das algas que se juntam na linha da maré alta.

Fala ainda das aves que voam, correm e lutam pelo alimento que o mar vai

trazendo e que fazem os ninhos nas dunas

Descobrir as Poças de Maré / Mike Weber e

Ana Ferreira

«O povo, na sua sabedoria, diz que é mau meter o pé na poça, isto é, fazer asneira.

Há, porém, umas poças especiais, as chamadas poças de maré, e aí é que não dá

mesmo jeito nenhum meter o pé! Sabes porquê? Porque são as casinhas de muitos

animais e plantas, que ali ficam quase esquecidas antes que a maré suba e as leve

ao convívio mais alargado com os seus vizinhos...»

Expedição ao Fundo do Mar / Kate Needham

Neste livro vais descobrir muitas coisas que acontecem no mar e aprender sobre os

animais e as plantas que lá vivem.

Enciclopédia Visual – Conchas / Alex Arthur

A Enciclopédia Visual é uma coleção concebida em moldes originais, de inesperado

vigor gráfico e com valiosa informação sobre o mundo que nos rodeia. A variedade

de assuntos transforma estes livros numa enciclopédia temática complementar dos

estudos.

A Minha Primeira Enciclopédia – O Mar /

Nina Morgan

Livros pequeninos para explorar o mundo…quando se tem a idade dos porquês.

Neste volume, temas como “A água que cobre a Terra”, “A História dos Oceanos”, O

Vento e as Ondas”, “A Costa”, “No Mar Alto”, “As riquezas do Mar” e “Os Homens e

o Mar” são apresentados duma forma atrativa, em textos curtos e com muitas

ilustrações.

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Eu Vem Vi Nascer o Sol-Antologia da poesia popular portuguesa

Estamos perante uma seleta de poemas da tradição oral destinada aos mais

pequenos. Razão por que a escolha privilegia o folclore rimado infantil, não

deixando, porém, de incluir romances tradicionais (como "A Nau Catrineta", "Sola

Sapato", "A Vareira" e "A Nau Catrineta"), canções e outras poesias de origem

popular sem destinatário específico. Seleção ampla que procurou abranger uma

considerável diversidade de géneros e que foi efetuada com base num razoável

número de recolhas de estudiosos da nossa literatura popular, as quais aparecem

referenciadas no final.

Poesia Portuguesa para crianças-

Antologia/Celia Ruiz Ibáñez

Este livro abre as portas do mundo da poesia às crianças mostrando-lhes a beleza

de obras de autores portugueses e ensinando-lhes a gostar desta forma de

literatura. É um tesouro à espera de ser descoberto!

O Capítulo “Imenso Mar Azul” apresenta um conjunto de poemas de consagrados

autores portugueses, com títulos desde logo sugestivos como “Espuma”, “Barca

Bela”, Mar Português”, Cantares dos Búzios”, “Vou sobre o Oceano” entre outros.

Aquela Nuvem e Outras / Eugénio de Andrade

Poema de Eugénio de Andrade: A Rosa e o Mar

Enciclopédia À Descoberta – No Fundo do Mar / Linsay Knight

Porque é azul a cor do mar? Que género de seres vivos habitam o fundo dos oceanos? Como conseguem os peixes sobreviver às temperaturas geladas dos mares polares? Qual é o mais antigo animal marinho vivo?

Enciclopédia da Ciência Os Oceanos

Giusepp Gabbi e Alessandra Somaschini

Os oceanos cobrem mais de dois terços da superfície do nosso planeta. Contudo, apesar dos avanços da Ciência, constituem ainda hoje um mundo grandemente inexplorado, repleto de mistérios e segredos. Que se esconderá nas profundezas dos oceanos? Por que existem correntes e marés? Qual o segredo da extraordinária diversidade biológica das barreiras de coral? Para quando a descida do Homem aos insondáveis abismos, onde hoje apenas alguns engenhos não tripulados conseguem chegar?

Explorando o Mar / Felicia Law

Perto de três quartos da superfície da Terra estão cobertos de água. Agora que

estamos a esgotar muita da alimentação e da energia da Terra, precisamos de nos

virar para as profundezas do mar para descobrir novas reservas.

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A Cidade Transparente Fernando Bento Gomes

Andei embarcado uma vida inteira. Enfrentei tufões, fugi de tubarões, vi passar

baleias maiores que navios, pus o pé em grutas na maré vazia, fugi logo a tempo

com a maré cheia. Vi peixes-voadores cruzarem o céu, como se quisessem brincar

às gaivotas, vi passar cardumes que davam e sobravam para dez pescarias,

O Romance das Ilhas Encantadas / Jaime

Cortesão

Em tempos que já lá vão um nigromante, isto é, um homem que conhecia as artes mágicas, encantou as ilhas do grande mar Oceano. Só as mulheres marinhas (ou, por outro nome, as ondinas), que eram filhas do mar e conheciam todos os seus segredos, sabiam o paradeiro certo. E eram elas que as protegiam dos estranhos, sobretudo dos moiros, desviando navios e espalhando nevoeiros para as ocultar. O porquê desse encanto e a gesta dos marinheiros que o ousaram desfazer constitui o cerne desta história maravilhosa que o grande escritor Jaime Cortesão quis legar aos mais jovens e cuja leitura está hoje aconselhada em todas as escolas do país.

O Pescador e o Peixinho La Fontaine

Uma vez um Pescador, depois de passar o dia todo pescando, pegou, somente, um Peixinho. “Por favor, deixa-me ir, mestre”, disse o peixe. “Sou muito pequeno para tu me comeres, agora. Eu crescerei logo, assim tu poderás fazer uma boa refeição de mim”. “Não, não, meu peixinho”, disse o Pescador, “Tenho-te, agora. Talvez, mais tarde, quando tu estiveres grande, não conseguirei pegar-te, novamente”. Moral: Uma pequena coisa nas mãos vale mais a uma possível chance de um dia conseguir algo maior.

Poesia de Luís de Camões Para Todos

Seleção e organização de José António Gomes

Poemas sobre o amor e a vida, alguns contando pequenas histórias, outros de um humor irresistível… Que este seja, para muitas crianças e jovens, o seu primeiro livro de Luís de Camões, pois nele se reúnem poemas líricos de leitura mais acessível, a par de outros que, de tão conhecidos, ficaram guardados na memória de muitos portugueses desde a juventude. “Soneto” O céu, a terra, o vento sossegado... As ondas, que se estendem pela areia… Os peixes, que no mar o sono enfreia… O noturno silêncio repousado…

Poesia De Fernando Pessoa Para Todos

Seleção e organização de José António Gomes

Esta é uma primeira antologia da poesia de Fernando Pessoa que se pretende ao alcance de todos: crianças e adultos. Nela se reúnem não só os poucos e por vezes divertidos poemas que escreveu para crianças, mas também outros cuja leitura é acessível aos mais jovens. “Soneto” Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram!

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Pelo Sonho é Que Vamos/Obras de

Sebastião da Gama

“Nosso é o Mar”

(a Manuel d’Almeida Lima)

Nosso é o Mar. Nosso e renosso.

P’la dor, p’la teimosia, pela esperança.

Nosso até onde a vista o não alcança.

Nosso até onde é nosso o que for nosso.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Os Donos do Mundo”

Cristóvão Colombo era um navegador experiente. Era incapaz de se acomodar, de ficar à espera que alguma coisa acontecesse. Durante o tempo em que viveu em Portugal, aprofundou os seus conhecimentos sobre o mar e sobre a arte de navegar.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Das Tormentas à Esperança”

Naquela época, D. João II não pensava noutra coisa. Tinha de arranjar forma de

descobrir a passagem para o Oceano Índico.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Índia, Terra Das Cores e dos Sabores”

O Mar estava calmo, as ondas iam e vinham sem grande agitação e o vento soprava

de feição.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“ Andando Pela Costa África”

Da Janela do palácio, o Infante D. Henrique contemplava o mar.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Rota da Índia” O reino de Portugal nuca mais fora o mesmo. Desde a chegada de Vasco da Gama à Índia que tudo mudara. Os Portugueses conseguiram conquistar aquele povo e desenvolver o comércio na região. Os nossos marinheiros não paravam desde então pois as viagens à Índia passaram a fazer-se regularmente.

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A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Bojador, o Fim do Mundo” Há já alguns dias que Gil Eanes não descansava como era habitual. Durante o dia, lembrava-se muitas vezes da conversa que o Infante D. Henrique tinha tido com ele semanas antes.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Brasil, a Terra de Vera Cruz” D. Manuel I passava os dias a pensar. Tinha uma ideia em mente e não queria desistir dela. Não era homem para se deixar vencer facilmente. Na verdade, na primeira viagem à Índia, Vasco da Gama não tinha tido uma boa experiência com o príncipe de Calecute, mas D. Manuel I haveria de arranjar maneira de lá voltar para impressionar este Samorim.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Os Portugueses, Macau e a China” Ao longo de muitos anos, os Portugueses viajaram por todo o lado. Cruzaram vários oceanos, conheceram muitos países, lidaram com povos muito diferentes, espalharam-se pelo mundo e até chegaram à China.

A Aventura dos Descobrimentos/Ana

Oom

“Madeira, Terra à Vista” -Quero que partam e procurem novas terras! Ataquem todos os barcos de mouros que naveguem nestas águas e mostrem-lhes o valor do nosso povo!

As Viagens na Poesia/Graça

Magalhães

“Viajar por mar” (capítulo 03, da página 40 à 48) De Barco à Vela (Caravela) Horizonte Ó mar anterior a nós, teus medos, Tinham coral e praias e arvoredos. Desvendadas a noite e a cerração, As tormentas passadas e o mistério, Abria em flor o Longe, e o Sul sidério ‘Splendia sobre as naus da iniciação.

In – Finitos Sentires Carla Marques

“In-finitos Sentires” assume-se como “um livro marcado por uma escrita muito pessoal, onde os sentimentos se soltam através dos sentidos”. “ O Mar é Fêmea” (pág. 21) Sabe-se que o mar é fêmea Alberga mistérios no seu ventre Solta desejos em ondas de prazer Gritos libertinos dispersos em espuma.

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O Planeta Azul Luísa Ducla Soares

Diversos poemas da autoria de Luísa Ducla Soares testemunham o quanto a Terra é bela e original, diversa e cheia de magia. Mas a par desses poemas outros aparecem em que se chama a atenção para os perigos que a Terra atravessa hoje em dia (poluição, incêndios, falta de água e outros tantos). A responsabilidade de salvar o nosso Planeta é de todos: crianças e adultos. “Estrela-Do-Mar” No mar se veem ao espelho As estrelas a brilhar. Alguma terá caído Quando se estava a mirar?

Era uma vez…ciência e poesia no reino da

fantasia/Regina Gouveia

“Era Uma Vez… O Mar” (págs. 6 a 15) Era uma vez um menino que brincava à beira-mar com conchinhas e areia. Tanto brincou e correu, que por fim adormeceu e começou a sonhar com muitas, muitas histórias que sempre ouvira contar ao seu avô marinheiro. Sonhou com a maré cheia E que iria navegar.

O Azul do Zé/ Chloé Siganos

“Os Açores” A Lua pousou o Zé no mapa da coroa celeste e passearam alegremente entre as terras e os mares. “ Bojador” A tempestade acalmou-se, os marinheiros passaram o Cabo da Boa Esperança e continuaram o seu caminho. No barco, os marinheiros portugueses celebravam as suas aventuras vitoriosas: Estavam tão felizes! “América” Foi então que no meio do oceano se ergueram grandes blocos de gelo com formas arredondadas. Luziam ao sol como gigantescos icebergues. Zé agarrou-se à Lua e voaram por cima das águas.

Portugal História e Lendas

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada

A História de Portugal num volume! Além dos principais acontecimentos históricos apresentados cronologicamente (dos homens de Foz Côa ao 25 de Abril), minibiografias dos maiores escritores, obras de arte antigas e modernas, pormenores da vida de homens e mulheres que por algum motivo se distinguiram. E tudo contado de forma agradável e cativante, com inúmeras ilustrações a cores “A Grande Aventura” … os homens não entendiam muito bem o comportamento das águas , que ora estavam brandas, ora se encrespavam, ora resolviam levantar-se em ondas medonhas capazes de os engolir ou de os atirar com violência de encontro às rochas.

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Dicionário Visual dos Navios e Navegação Dorling Kindersley

Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para apoio a projetos relacionados com Temas Científicos nos 3º, 4º, 5º e 6º anos de escolaridade. Uma série para observar, descobrir e identificar o mundo que nos rodeia, da mais ignorada engrenagem de um mecanismo, à célula mais pequena de um ser vivo, das coisas mais simples às mais complexas.

O Atlas dos Naufrágios e Tesouros

Nigel Pickford

O primeiro guia ilustrado completo dos navios afundados no mar e dos tesouros que carregavam, incluindo a aventura e os riscos da caça aos tesouros. Relatos emocionantes contam a história de 40 dos mais significativos naufrágios de todos os tempos…

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