boletim informativo mpi n.º 30

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  • 8/13/2019 Boletim Informativo MPI n. 30

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    Nesta edio:

    Fevereiro de 2014

    Ano 10, N. 30

    www.mpica.info

    BOLETIMINFORMATIVO

    Este ano iremos implementar um formato diferente para aassembleia-geral em que fizemos um pequeno programa para umdia inteiro aproveitando assim este momento que muitas vezes onico em que alguns de ns se podem reencontrar, por outro ladoprocuramos criar uma dinmica de partilha gratuita entre os associ-ados. Abrirei a minha prpria casa para vos acolher!Se este formato for bem acolhido podermos repeti-lo nos anos fu-

    turos diversificando as partilhas e as temticas abordadas.A presidente da direcoAlexandra Azevedo

    Editorial

    CONVOCATRIADe acordo com os estatutos do MPI MovimentoPr-Informao para a Cidadania e Ambiente, convoco a Assembleia Geral Ordinria desta Associao, que serealizar domingo, dia 16 de Maro, pelas 14:30 horas,na rua Bairro Novo, n. 16, sito no Vilar, freguesia do Vilar, concelho de Cadaval,com a seguinte ordem de trabalhos:1 - Votao do Relatrio e Contas do ano 20132 - Discusso e votao do Plano de Actividades e Oramento para 2014.3 - Outros assuntos de interesse para a associaoNo havendo nmero legal de associados para a Assembleia funcionar, fica desde j marcada uma segunda con-vocao para meia hora depois, funcionando com qualquer nmero de associados.Vilar, 25 de Janeiro de 2014O Presidente da Assembleia-GeralHumberto Pereira Germano

    FORMAO e CONVVIO DE SCIOS E AMIGOSTROCA DE SEMENTESDomingo, 16 de Maro - 10.00 h - Vilar (Cadaval)Programa:10.00 - Visita guiada.O que podem ver:Horta, Compostagem elevada para recuperao de fertilizantelquido, miniviveiro florestal, energias renovveis (sistema solartrmico por termossifo de fabrico caseiro, gerador elico e painisfotovoltaicos e fogo de lenha.11.30 - Oficina de preparao de sementes13.00 Almoo/convvio partilhado14.30 - Assembleia-geral

    Traz algo para comer e beber para partilhar.Traz as tuas sementes para trocaBalanos 2

    Declarao de Viena 3

    Novas Tecnologias 4

    Gesto de Resduos 5

    Secado Solar 6

    Troca de Sementes 6

    Eco Receita 7

    Espao Jovem Atento 8

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    OFICINADOSFRUTOSSILVESTRESCOMESTVEIS

    A tarde de domingo, 1 de Dezembro, estava solarenga e convidava a um passeio pelo bosque e assimcomeou a actividade na zona Luneta dos Quarteis do belssimo parque florestal de Monsanto, onde se pde

    observar frondosos medronheiros, pilriteiros e ainda abrunheiros e pereira brava, espcies encontradascom interesse para esta actividade, ou seja, que produzem frutos comestveis.

    Noutra zona do parque prximo da sede da Quercus, o parque urbano do Calhau, apresentando um cobertovegetal que se aproxima do montado, foi possvel observar vrias espcies de Quercus, concretamente sobreiros,azinheira e carvalho cerquinho, assim como recolher os seus frutos, ou seja, bolotas.

    Seguiu-se uma parte terica para abordar as vrias espcies da nossa flora autctone que produzem frutoscomestveis e finalizou-se com a ansiada degustao de vrias iguarias confeccionadas no total com 10 diferentesfrutos silvestres (abrunho, amora, baga de roseira brava, baga de sabugueiro, bolota, camarinha, medronho,murtinho, pilrito e sorva).

    Cada participante pode votar em 3 dos pratos que mais gostou na categoria dos bolos/tartes/bolachas

    e biscoitos sendo os mais votados o Cheesecake de medronho, a Bolacha de bolota de sobreiro e a Bolacha decamarinha. Na categoria de pes o mais votado foi o po de bolota de azinheira.

    Ao pedido de comentrios sobre a actividade, todos foram elogiosos e transcrevemos os seguintes:

    - "Muito interessante toda a actividade e muito espantosos os "sabores". Aprendi e descobri muitas coisas.Parabns!"

    - "Biolgico, saudvel, econmico... e retorno s origens!"

    - "Um passeio, uma oficina e um convvio gastronmico a repetir!"

    Alexandra Azevedo

    DOISDEDOSDECINCIAOFICINADECOZINHASUSTENTVEL

    A convite do ATV Acadmico de Torres Vedrasintegrado na rubrica Dois Dedos de Cinciarealizou-se no dia 30 de Novembro uma oficinade Cozinha Sustentvel, e foi mais um momento emque se transmitiram vrias informaes sobre os actuaisimpactos do regime alimentar dominante, ou seja,da dieta ocidental, e fez-se a demonstrao e degustaode uma ementa alternativa, saudvel e saborosa!Esta actividade atraiu bastante pblico que se mantevesempre bastante participativo e com interesse.

    Alexandra Azevedo

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    Vrias associaes LPN, Quercus, GEOTA, FAPAS, Oikos, Gaia, A Rocha, Flamingo e SPEA apelaram,em comunicado de 23/7/2013, a todos os deputados da Assembleia da Repblica para que exijam umaApreciao Parlamentar do Decreto-Lei 96/2013, de 19 de Julho, relativo s aces de arborizaoe rearborizao. O deferimento tcito de aces de arborizao e rearborizao para reas inferiores a 2 hectares,o que nas pequenas propriedades aumenta ainda mais o potencial impacto negativo deste diploma.

    Esta e outras alteraes, so inaceitveis para o ambiente, paisagem e floresta no pas, reforando o desorde-namento territorial e agroflorestal pela desregulamentao da plantao de espcies exticas, o que particular-mente grave no nosso pas, em que estas espcies predominam avassaladoramente a paisagem florestal,com o eucalipto cabea.

    Esta maior permissividade plantao destas espcies exticas entra em conflito com vrios planos estratgi-cos, como o Programa de Aco Nacional de Combate Desertificao, a Estratgia Nacional de Adaptao sAlteraes Climticas, entre outros.

    O impacto desta lei incalculvel sobre a paisagem, a qualidade dos solos e das guas, com um potencial dedestruio comparvel a poucas iniciativas na histria recente do pas, como a campanha do trigo nos anos 40!

    Por outro lado, pode-se apoiar esta indstria, apesar da tendncia de reduo do mercado mundialda celulose, aumentando a densidade de algumas reas, melhorando a gesto, em vez de se aumentara rea global plantada.

    NOVOREGIMEDEARBORIZAO NECESSRIO TRAVAR A DESREGULAMENTAO RADICAL

    DAS PLANTAES INTENSIVAS NA FLORESTA!

    DECLARAODEVIENA: DEFENDERANOSSAHERANANATURAL,BIODIVERSIDADEESEGURANAESOBERANIAALIMENTARES

    Foi publicada em todas as capitais europeias em 26 de Novembro de 2013, dia em esteve reunidaem Bruxelas a comisso parlamentar AGRI (assuntos rurais), a Declarao de Viena que um apelo urgente aospolticos que esto a negociar a nova lei das sementes, para dar prioridade defesa da nossa herana natural,biodiversidade e segurana e soberania alimentares, sobre os interesses comerciais da indstria da semente.

    Se a proposta da Comisso Europeia j prometia normas pesadas para todas as pessoas e entidadesque pretendem fornecer sementes e plantas, mesmo que gratuitamente, as emendas sugeridas pelo relator dacomisso parlamentar AGRI, Sergio Silvestris, eliminaro as poucas isenes includas na proposta, submetendoas sementes tradicionais e sementes dos agricultores s normas das sementes industriais, obrigandoos agicultores a comprar em vez de produzir as sementes de que necessitam.

    O regulamento proposto aplicar-se- a todas as plantas cultivadas, cerca de 300.000 espcies (as directivas

    anteriores regulavam apenas 150 espcies) e incluir todas as plantas que hoje so do domnio pblico!Resumidamente, exige-se que:

    - As pessoas, sejam elas agricultores ou horticultores, no devem ser obrigadas a comprar "Materialpara Reproduo Vegetal" de fornecedores comerciais.

    - As normas industriais no devem determinar as normas adoptadas para o mercado de sementes e plantas.

    - Plantas livremente reproduzveis no devem ser sujeitas ao registo obrigatrio. A biodiversidadedeve ter precedncia sobre o interesse comercial, j que um bem pblico, tal como a gua.

    - Todas as propostas que tm impacto sobre a biodiversidade devem ser objecto de consultas pblicas.

    - Os controlos oficiais que regem as sementes e plantas devem permanecer um servio pblico, fornecido

    gratuitamente aos pequenos operadores (micro-empresas).

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    ALGUNSFACTOSEPREOCUPAESSOBREASNOVASTECNOLOGIAS

    Ainda sobre o Relatrio da Agncia Europeia de Ambiente que alerta para potenciais riscos ambientais dasnovas tecnologias desenvolvemos este assunto de que apenas demos uma breve nota no anterior boletim.

    Quando os produtos so colocados no mercado sem provas de que representam perigo, no significa que nohaja perigo, at porque a cincia no consegue acompanhar, avaliar o risco mesma velocidade da inovaotecnolgica, at porque o investimento avassaladoramente discrepante.

    A responsvel pela Agncia revelou que enquanto que na dcada passada foram gastos na Europa70 mil milhes de euros no desenvolvimento da biotecnologia, nanotecnologia e tecnologias de informaoe comunicao, mas s um por cento na avaliao dos seus riscos! Portanto inevitavelmente o nossoconhecimento sobre os perigos mnimo.

    Aos que criticam o alegado exagero de muitos alertas ambientais, o relatrio da Agncia Europeia do Ambien-te responde com uma anlise de 88 potenciais falsos alarmes, concluindo que apenas quatro, de facto, o foram.

    Os casos contrrios de preocupaes fundadas, mas ignorados revelam uma srie de mazelas estruturais,como falta de transparncia, interesses particulares e falhas de governao e da democracia.

    TransgnicosO desenvolvimento e a difuso dos organismos geneticamente modificados tm sido orientados de cima para

    baixo, a partir sobretudo dos interesses comerciais, em detrimento de uma lgica de baixo para cima,que envolveria mais o conhecimento local e as necessidades dos agricultores e das comunidades.

    A agncia chama ainda que as culturas geneticamente modificadas so tidas como seguras sempre que no hprovas de perigo, o que comparvel ao que aconteceu com o amianto, o benzeno e a doena das vacas loucas.

    TelemveisEm 2011, a Agncia Internacional de Investigao sobre o Cancro (IARC, na sigla em ingls) classificouas radiaes dos telemveis como um possvel cancergeno, o que significa que as provas de que provocam

    cancro no ser humano so limitadas, no entanto a Agncia Europeia do Ambiente considera suficiente paraque se tomem atitudes preventivas. Mas a indstria viu ali uma confirmao de que os telemveis norepresentam perigo.

    NanotecnologiaA nanotecnologia est a desenvolver-se rapidamente, colocando no mercado materiais elaborados em

    laboratrio a partir da combinao individual de tomos e molculas. Em 2011, havia 1317 produtos registados,com aplicaes diversas, como em cosmticos,computadores, artigos de desporto, embalagens,tintas ou produtos de limpeza. Mas, seja por setratar de materiais novos, seja pela sua minsculadimenso, os nanomateriais podem representarriscos para o ser humano e para o ambiente, queainda no esto completamente avaliados, pelaausncia de normas claras. Segundo o relatrio, preciso fazer mais para aproveitar os benefciosdos nanomateriais, sem deixar um legado deprejuzos, e evitando que a nanotecnologia setransforme numa lio para as futuras geraessobre o que no se deve fazer.

    (Fonte: Ricardo Garcia, Jornal Pblico, 23/01/2013,

    http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/agencia-europeia-alerta-para-potenciais-riscos-das-novas-tecnologias-1581754)

    Alexandra Azevedo

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    Est em preparao o Plano Estratgico dos Resduos Slidos Urbanos (PERSU) 2013-2020, tendo comoprincipal condicionante a meta comunitria de 50% de reciclagem em 2020.Mas na sesso pblica de apresentao de proposta para o novo PERSU o Ministrio do Ambienteapresentou as metas a que cada sistema ter de cumprir para supostamente o pas cumpra esta meta comunitria

    que revelam por um lado que as associaes de defesa do ambiente sempre tiveram razo ao contestar a incine-rao por condicionar a reciclagem e por outro, que o governo est pouco preocupado com uma regulao eficazdo sector. Vejamos:

    Na proposta permite-se que os sistemas com incineradoras (Valorsul e Lipor) possam ter uma meta dereciclagem de apenas 35% a 40%, a qual inferior meta comunitria estabelecida para o Pas (50%) e muitoinferior meta de 80% que poder vir a ser estabelecida para os sistemas tenham apostado em processosde reciclagem, como a Valnor, que possui um moderno sistema de Tratamento Mecnico e Biolgico (TMB),e que foi muitas vezes referenciado a quando do processo de contestao ao modelo de fusoResioeste Valorsul, por ser uma alternativa real para aumentar a reciclagem e diminuir os impactos

    com operao de gesto, como a incinerao e a deposio em aterro. A ttulo de exemplo na Valnor s em 2012foram reciclados 33,3 kg por habitante de plstico, enquanto a mdia nacional foi inferior a 5 kg por habitante.Os sistemas da Valorsul e da Lipor argumentam precisamente que necessitam de resduos reciclveis

    para alimentarem os seus incineradores! pois o prprio governo que com estas metas vem afirmar que a opo pela incinerao condiciona

    negativamente a reciclagem, e que os sistemas com TMB podem efectivamente contribuir de formasignificativa e socialmente comportvel aumentar as taxas de reciclagem e apresentarem assim bom desempe-nho ambiental e o cumprimento das metas de reciclagem! urgente alargar o sistema de recolha porta-a-porta

    Para alm do alargamento e reforo do Tratamento Mecnico e Biolgico essencial alargar o sistema derecolha porta-a-porta em substituio dos ecopontos, os quais tm vindo a estagnar, enquanto que nos sistemas

    com porta-a-porta, como so os casos de Lisboa e da Maia, a taxa de recolha de reciclveis apresenta valoresmuito superiores aos ecopontos. A recolha porta-a-porta o sistema generalizado nos pases europeus com maiselevadas taxas de reciclagem e tem tido sucesso porque de fcil utilizao pelos cidados que no tm assim dese deslocar distncias, por vezes significativas, at ao local de deposio dos reciclveis. Devido maiorquantidade de reciclveis recolhidos, as autarquias tm uma maior receita. Como na recolha porta-a-porta huma substituio dos circuitos de recolha de indiferenciados pelos da recolha seletiva, verifica-se tambm umadiminuio dos custos da recolha.

    O caminho que privilegiasse a reciclagem poderia h muito ter sido seguido e inaceitvel queos sistemas com incinerao possam vir a ser isentos de cumprir as metas comunitrias de reciclagem. No podem as grandes metrpoles de Lisboa e do Porto transferir o esforo para os objetivos nacionais de reci-clagem para os sistemas perifricos ou do interior, os quais possuem mais dificuldades em obter grandesquantidades de materiais reciclveis, e estando a receber desde a sua criao um subsdio injusto atravsda venda de energia dita renovvel rede eltrica nacional, quando grande parte dessa energia obtida

    a partir da incinerao de plsticos que libertam carbono fssil e que so materiais que deveriam ser reciclados.Grande parte deste subsdio obtido custa dos consumidores de eletricidade de outras regies do Pas(nomeadamente do interior) que assim esto a suportar os custos do tratamento dos resduos urbanosdas metrpoles de Lisboa e do Porto.

    No mbito da Plataforma pela Reciclagem na Valorsul (constituda pelo MPI, Quercus e ADAL Associao de Defesa do Ambiente de Loures) estaremos atentos ao processo formal de consulta pblica a queeste novo plano est obrigado, esperando que entretanto possa ter havido alguma correo proposta inicial dogoverno e em todo apresentaremos vigorosa participao por uma questo de justia e legalidade na gesto deresduos.

    Fontes: Comunicado, Quercus- ANCN, 28/6/2013; Sistemas com incinerao podero vir a ser isentos de cumprir as metas

    comunitrias de reciclagem Comunicado de Quercus ANCN, 17/10/2013.

    GESTODERESDUOSURBANOS

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    GRUPOLOCALDETROCADESEMENTES

    Surgiu a ideia de um secador solar para desidratar fruta como forma de conservao, sem para isso gastar energia.Fiz uma busca na net, e dos vrios sistemas encontrados optei por um que me pareceu ser o mais interessante,alm de ser um modelo que foi optimizado por pessoal de uma universidade norte americana o que dava boasgarantias de funcionamento. O secador funciona por ar quente, e no qual o produto a secar no est directamen-te exposto ao sol, no sendo por isso afectado pelos raios ultra-violetas (UV), e ao mesmo tempo protegido dosinsectos. possvel regular a temperatura atravs de aberturas de correr que permite a passagem de mais oumenos ar consoante a necessidade. Por curiosidade, verifiquei que em dias de sol facilmente atinge os 60C.

    Fontes: HP Improving Solar Food Dryers: www.wot.utwente.nl,www.learningace.com

    O MPI est a dinamizar um Grupo local de Troca de Sementes que passou a ser oficialmente criado com apublicao do catlogo das variedades tradicionais disponvel aqui http://mpica.info/catalogo-de-variedades-

    agricolas-2013/ aproveitando a Quinzena de Aco pelas Sementes Livres, que se comemoroude 2 a 16 Outubro.

    Com este pequeno, por enquanto, catlogo de variedades hortcolas pretende-se iniciar uma sistematizaodas variedades e de quem as preserva facilitando o conhecimento do que existe e, sobretudo, a sua livre troca.No iremos fornecer sementes pelo correio, mas sim atravs do contacto directo de quem pretender participar,

    pelo que funcionar na base da proximidade. Ter assim uma rea geogrfica relativamente restrita contemplan-do os concelhos de Cadaval, Bombarral, Torres Vedras e Alenquer, ou eventualmente outros dependendo dapossibilidade de encontro. VENHAM DA MAIS INTERESSADOS!Caso se venha a justificar, e bom seria que tal acontecesse, podero ser criados mais Grupos Locais de Troca deSementes, sendo total a abertura ao intercmbio entre grupos como de outras associaes ou entidades compro-metidas na preservao do nosso rico patrimnio gentico agrcola.Podem participar scios e no scios, no entanto em caso de pouca disponibilidade de sementes os pedidos descios sero preferencialmente atendidos.As sementes recebidas s podem ser usadas exclusivamente para fins no comerciais.QUE A DIVERSIDADE AGRCOLA PERMANEA VIVA NOS CAMPOS E,POR CONSEGUINTE, NA NOSSA MESA!

    SECADORSOLAR Artur Varges

    http://www.wot.utwente.nl/http://www.wot.utwente.nl/http://www.learningace.com/http://www.learningace.com/http://mpica.info/catalogo-de-variedades-agricolas-2013/http://mpica.info/catalogo-de-variedades-agricolas-2013/http://mpica.info/catalogo-de-variedades-agricolas-2013/http://mpica.info/catalogo-de-variedades-agricolas-2013/http://mpica.info/catalogo-de-variedades-agricolas-2013/http://www.learningace.com/http://www.wot.utwente.nl/
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    Eco-receita - Tarte de labaa (tambm pode ser com acelga)

    Ingredientes: Para a massa: 200g de farinha de trigo no refinada, 1 ovo, 50g de manteiga, uma pitada de sal,2 colheres de sopa de gua. Para o recheio: um molho de labaas, 1 ou 2 dentes de alho, azeite q.b., 2,5 dl de lei-

    te, 1 colher de sopa bem cheia de amido de milho (ou de preferncia farinha de trigo no refinada), 200g dequeijo ralado, temperos: sal, pimenta (moda na hora).Modo de preparao: Massa: Misturar todos os ingredientes amolecendo previamente a manteiga. Deixarrepousar umas horas ou de um dia para o outro. Tender numa forma de tarte. Recheio: Cozer as labaas e escor-rer a gua . Saltear no azeite e alho picadinho. Juntar o leite, engrossar com a farinha. Juntar o queijo ralado etemperar com sal e pimenta. Verter na massa. Vai ao forno a 200C durante 30 minutos.

    (adaptado por Alexandra Azevedo de: O Livro Completo da Cozinha Vegetariana, Centralivros, Lda, 2005)

    Ficha tcnicaDirectora: Alexandra AzevedoPaginao: Nuno CarvalhoColaboraram nesta edio: Alexandra Azevedo, Artur Varges

    Impresso com o apoio da Junta de Freguesia de Vilar

    Propriedade: MPI -MovimentoPr-Informao para a Cidadania e AmbienteLargo 16 de Dezembro, 2 / Vilar / 2550-069 VILAR CDV

    tel:/fax: +351 262 771 060 email: [email protected]

    2014 - ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR

    Pretende destacar a importncia da agricultura familiar e dos pequenos agricultores, focando o seu papel funda-mental na erradicao da fome e da pobreza, proporcionando segurana alimentar e nutrio, melhorando os mei-os de subsistncia, gesto dos recursos naturais, proteco do meio ambiente e obteno do desenvolvimento sus-tentvel, particularmente nas reas rurais. A agricultura familiar inclui todas as actividades agrcolas de base fami-liar e est ligada a diversas reas do desenvolvimento rural como a florestal, pesqueira, pastoril ou aqucola.

    Agricultores norte Americanos podem parar de cultivar transgnicos

    devido a quebra de rendimento

    Alguns agricultores consideram voltar ao cultivo de variedades convencionais por causa do aumentoda resistncia de pragas e quebra de rendimento dos cultivos transgnicos.

    http://gmwatch.org/index.php?option=com_content&view=article&id=14625

    Labaa Rumex pulcher Acelga Beta vulgaris

    BREVES

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Quem gosta de comer? Toda a gente no ? E precisamos de comer vrias vezes por dia para pu-dermos ter energia para brincar, estudar, ajudar,

    Mas h uma coisa que ento que no pode faltar: COMIDA! E para isso preciso cultivar a terra.Mas precisamos ainda de sementes, gua, estrume e muito cuidado a tratar das plantas e animais pa-ra que a nossa comida seja saudvel e assim o nosso planeta e a nossa sade sejam tambm saudveis.

    A agricultura foi a actividade mais importante para a sobrevivncia de todos os povos, mas actual-mente em pases como o nosso a maioria das pessoas esto a viver nas cidades e a trabalhar noutrasactividades. Essa profunda mudana comeou durante a Revoluo Industrial, no sculo XVIII, e ace-lerou bastante h cerca de 60 anos.

    Tambm a produo dos alimentos sofreu muitas alteraes. Agora h pesticidas, adubos qumicos,variedades transgnicas (no prximo boletim vamos explicar o que so), h exploraes de animaisgrandes em que ficam sempre fechados dentro de pavilhes, muitos sem sequer verem o sol.

    Alterou-se tambm o tipo de alimentos que as pessoas mais comem. Agora come-se muito mais car-ne, alm de outros alimentos que nem existiam antigamente como o caso de alimentos processados,de que exemplo o bolicao, rico em acar e ingredientes refinados.

    Por causa de todas estas alteraes esto a tornar-se mais frequentes doenas que quase no

    existiam, como o cancro e isto devia fazer-nos pensar que se calhar estamos a fazer muitas coisaserradas, no vos parece?Se somos o que comemos ento o tipo de alimentos que comemos e como foram produzidos

    mesmo muito importante!E se tudo isto no bastasse agora h empresas que querem controlar as sementes! AS SEMEN-

    TES! Como isto pode ser possvel? No acham que j esto a exagerar? Afinal sempre se pode guar-dar as sementes e trocar ou dar a quem quisesse como aos nossos vizinhos ou familiares, para que anoaps ano houvesse novas colheitas, e, consequentemente, COMIDA!

    Em 2014 comemora-se o Ano Internacional da Agricultura Familiar porque se quer chamar a aten-o para a importncia da agricultura familiar e dos pequenos agricultores para combater a fome e apobreza e proteger o ambiente.

    O que podemos fazer?

    - Comer menos carne e comer mais alimentos saudveis, como fruta e sopa!- Guardar sementes de variedades tradicionais- Cultivar uma horta, em casa ou na escola.

    espao

    Jovem Atento

    Vamos proteger as sementes e a comida saudvel!

    Desenho de Pedro Santos- Externado"O Cisne" (Amadora) do concurso de desenhoda Quercus sobre o Ano Internacional