cse | boletim informativo n.º 30 | abril 2014
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- Editorial, Edição 30 - ABRIL 2014 pág. 02
- Reunião do Conselho Alargado de Abril de 2014 pág. 04
- “Crónica” Pedagógica do Curso de Formação de Formadores pág. 06
- Prémio Clínica Sagrada Esperança para o Melhor Estudante da Faculdade
de Medicina do ano acadêmico 2013 pág. 08
- Entrevista: Sr. Miguel de Brito Teixeira pág. 10
- Gabinete do Cliente - Elogios e Agradecimentos pág. 11
ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL2014Boletim Informativo
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EDITORIALComo temos vindo a referir, o
primeiro semestre do corrente ano
fica assinalado pela tentativa de
se vencerem diversos desafios e
ultrapassarem algumas dificuldades
que, por uma ou outra razão, se
têm vindo a arrastar ao longo dos
últimos meses.
Não obstante tais situações, ao
longo dos anos foram encontradas
soluções possíveis graças ao
envolvimento e motivação de todos,
sendo, portanto, oportuno voltar
a sumarizar algumas das questões
de princípio e decisões necessárias
que deverão ser tomadas:
1 – Documentação de base
Os documentos estruturantes de
base, como o Estatuto Orgânico, o
Quadro Orgânico, Regulamento
Interno Geral, Relatórios de
Prestação de Contas, Plano de
Desenvolvimento e Investimento
para 2014-2018, e outros, foram
melhorados e aprovados na última
Assembleia de Sócios. Aguarda-se
apenas a recepção da respectiva
acta, devidamente assinada, de
forma a podermos proceder,
de forma legal e estatutária, ao
cumprimento dos nossos deveres
e compromissos. Está em curso,
desde já, o encerramento das
contas de 2013 e, por isso, em
vias de realização da próxima
Assembleia de Sócios, de forma a
podermos pensar e planificar, não
apenas o biénio, 2015 – 2016, como,
atempadamente, o quinquénio,
2015 – 2019.
2 – Inovação e Mudança
A CSE, na sua globalidade, isto é,
em todos os Serviços da empresa mãe,
na Ilha, nas extensões e parcerias,
portanto não apenas da cidade de
Luanda como também nas províncias
do País em que já trabalhamos, irão
ser progressivamente implementadas
mudanças importantes e inovadoras,
designadamente quanto a:
2.1 – Actualização das Chefias
– Lideranças – chamando os mais
experientes e disponíveis e enquadrando
progressivamente a nova geração
que, com tanto empenho e sacrifício,
concluiu, ou está em fase de conclusão,
diversas e distintas acções de formação.
2.2 – Actualização da documentação
base de cada serviço ou área de
responsabilidade – pretendendo-
se que fique bem claro que: (i) é
saudável conhecer a forma como
cada equipa é liderada; (ii) urge
conhecer a identificação da sua actual
Missão, da Visão, dos Alvos a atingir (5
objectivos de cada serviço), das Metas,
das Estratégias de Desenvolvimento,
dos Pontos Fortes, Fracos, Ameaças e
Oportunidades; (iii) é premente analisar
a percepção que os Clientes internos
e externos têm da nossa Instituição (o
que é realmente valorizado por eles).
Por outro lado, devemos: (i) verificar
como estão organizados os processos;
(ii) como se analisam as componentes
dos custos e resultados da produção; (ii)
como funciona a comunicação interna e
externa; (iii) qual o nível de cumprimento
das normas e procedimentos; (iv) como
é feita a avaliação dos resultados e das
acções e actividades desenvolvidas; (v)
quais os contributos efectivos para a
melhoria dos planos de acção para o
presente e o futuro.
2.3 – Formação em Serviço, de Pós
Graduação e outras – sendo espectável e
desejável que deverá continuar a merecer
a nossa grande atenção, uma vez que se
trata de uma estratégia do Conselho de
Gerência, pelas seguintes razões:
2.3.1 – A formação é sempre um bom
investimento, obriga ao envolvimento
e dispêndio de múltiplos recursos
humanos, técnicos e financeiros. Por tal
razão, os direitos, deveres e obrigações
das diferentes partes envolvidas deverão
ser progressivamente formalizados.
Os beneficiários dessas acções,
para além de comparticiparem, de
forma justa, nos custos, deverão
assumir responsabilidades para o
presente e futuro da Instituição.
2.3.2 – As disponibilidades em
quadros médios e licenciados
nas ciências da Saúde são ainda
irrelevantes se tivermos em conta
os indicadores internacionalmente
aceites e as necessidades do País,
pelo que a CSE, em colaboração
com as entidades suas parceirasas,
continuará na busca de modelos de
desenvolvimento que permitam, a
médio e a longo prazo, poder contar
com estruturas que progressivamente
garantam o completamento das
suas necessidades.
2.3.3 – A Pós Graduação, no actual
regime, realizada em parte no País
e em parte no exterior, continuará a
ser instrumento fundamental para
o nosso desenvolvimento, devendo,
contudo, de forma progressiva e à
medida que se efectiva o retorno
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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
dos formandos, ser dada prioridade
à componente de formação interna,
especialmente nas especialidades
mais abrangentes.
3 – A CSE e a sua implantação
nas distintas Províncias do País
Associada a entidades credíveis, a
marca CSE – ENDIAMA tem vindo a
ser progressivamente implantada nas
distintas Províncias do País, situação
que nos irá obrigar a:
3.1 – Desenvolver o núcleo central
de apoio e acompanhamento a essas
estruturas garantindo o cumprimento
das normas de qualidade e segurança
exigidas por nós e pelos nossos clientes.
3.2 – Dotar essas unidades de
lideranças e equipas dinâmicas com
capacidade criativa, autonomia
responsável e desempenho eficiente
que permitam o seu desenvolvimento e
crescimento.
3.3 – Continuar a promover e a
desenvolver parcerias a criar e potenciar
sinergias que tornem os projectos
viáveis.
3.4 – Uniformizar, normalizar,
regulamentar de forma abrangente;
daqui se deduz a necessidade que
as distintas unidades e áreas de
desenvolvimento têm em comunicar,
aprender, evoluir, ganhar experiência e
conhecimento, o que impeliu a realizar
muito em breve o nosso primeiro
encontro Nacional de Serviços e
Instituições da família CSE.
4 – A Qualidade, Segurança e
Confiança
É um outro desafio estratégico
permanente do Conselho de Gerência
que tem vindo a ser gradualmente
assumido pelos trabalhadores
e colaboradores. Continua a ser
imperioso demonstrar o empenho
que a Clínica coloca na resolução dos
problemas que afectam os nossos
Clientes. Muito já foi feito, mas
depara-se ainda um longo caminho a
percorrer que passa pela acreditação
e certificação dos nossos diferentes
serviços e unidades, o que exige:
4.1 – Será prestada particular atenção
ao nosso sistema de informação e das
novas tecnologias de que já dispomos.
Teremos, assim, de:
4.1.1 – Prosseguir a formação a
todos os prestadores de cuidados,
directos e indirectos.
4.1.2 - Ser exigentes no registo
das diferentes tarefas e actividades,
pois o ponto de partida terá de
ser a quantificação, a medição
progressiva de todas as nossas
acções, ocorrências e resultados.
4.1.3 – Realizar auditorias que
garantam fiabilidade e qualidade
dos serviços que prestamos.
4.2 – Será actualizada ou mesmo
criada a documentação, em particular
quanto:
4.2.1 – À elaboração e respectivo
cumprimento dos Códigos de
Conduta do nosso corpo clínico e de
enfermagem, dos diferentes técnicos
de prestação de cuidados, do pessoal
administrativo e dos efectivos de
retaguarda e suporte.
4.2.2 – Às normas e procedimentos
quer de funcionamento dos serviços
quer de prestação de cuidados
e outras acções necessárias à
prestação de um correcto serviço ao
Cliente.
5 – Os Clientes como razão de
ser da Clínica Sagrada Esperança.
A nossa Instituição atribui
importância primeira e fundamental
aos seus Clientes, actuais e futuros,
o que exige uma necessária reflexão
aprofundada por todos nós sobre o
processo de atendimento clínico
e administrativo, significando que
devemos ter em conta:
5.1 – Quem são os nossos Clientes
(internos e externos).
5.2 – Quais são as necessidades e
preocupações dos nossos Clientes e
Famílias.
5.3 – Que factores (valores,
compromissos, atitudes,
comportamentos) os nossos clientes
valorizam.
5.4 – Como vamos resolver as
questões que preocupam os nossos
Clientes.
É imperioso que cada equipa
de trabalho, como célula base da
organização e funcionamento
da Clínica Sagrada Esperança,
se comprometa, ética e
profissionalmente, na valorização
constante e sempre renovada dos
Clientes.
Abril de 2014
A Direcção da CSE
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REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO DE ABRIL DE 2014No passado dia 3 de Abril, teve lugar mais um Conselho
Alargado sob a presidência do Dr. Rui Pinto, Presidente do
Conselho de Gerência da Clínica Sagrada Esperança e com a
presença das chefias de todos os serviços e alguns elementos
convidados, entre eles alguns alunos do curso FOGUS, que
apresentaram trabalhos considerados importantes para a
CSE.
Os trabalhos apresentados tinham como principal
objectivo mapear um circuito do serviço em questão
(Laboratório, Armazém da Farmácia, Cozinha, Lavandaria e
Resíduos Hospitalares) e identificar fontes de desperdícios e
potencial de melhoria.
O primeiro trabalho apresentado referia-se ao Serviço
de Laboratório da CSE, que conta com cerca de 40
profissionais. Depois de mapeado o circuito dos doentes
(que contempla as requisições, amostras e os resultados),
o grupo em questão identificou como principais fontes de
desperdício:
- Excesso de tempo de espera (entrega de requisições,
amostras e resultados);
- Excesso de movimentação por parte dos higienistas e
auxiliares de cuidados (pois são estes profissionais de cada
serviço que é cliente do Laboratório que fazem a entrega e
colheita de requisições, amostras e resultados);
- Subutilização de recursos por parte do corpo clínico, que
poderia consultar os resultados no programa Apolo;
- Excesso de produção: impressão desnecessária de
exames em papel para doentes internos.
Assim, o grupo sugeriu as seguintes melhorias:
- Preparação de um elemento “operador logístico”-
Mizusumashi - que poderia ser auxiliar de cuidados, para
recolher todas as amostras dos serviços e fazer a entrega das
mesmas no Laboratório.
- Introdução de requisição electrónica de exames no
Sistema 2Soft.
- Organização da recepção do Laboratório para 3 tipos de
atendimento: Interno, Urgente e Normal, após definição de
critérios para solicitação de exames Urgentes e Não Urgentes.
- Utilização efectiva do 2Soft por parte dos médicos.
Resultados Esperados:
- Circuito de doentes mais fluído
- Reduçãodo tempo de espera
- Redução da pressão sobre os profissionais
- Facilitação da Gestão de RH
- Aumento da Satisfação dos clientes e profissionais
Depois da apresentação do trabalho, levantaram-se
outras sugestões e outros problemas:
1. Porque não criar uma rotina para horas de colheitas e
colecta de amostras nos serviços?
2. A validação dos resultados no programa Apolo é,muitas
vezes, mais demorada que a impressão em papel.
3. A CSE tem registado alguns acidentes de trabalho no
momento de colheita nos internamentos.
O segundo trabalho foi sobre o Serviço de Cozinha e
Alimentação.
A CSE conta com uma cozinha bastante pequena mas que
tem conseguido dar resposta às necessidades de uma instituição
em crescimento, com cerca de 200 camas e 1500 profissionais.
Num serviço tão pequeno é difícil haver fontes de desperdício
porque à equipa se exige uma grande capacidade de sobre-
aproveitar os espaços e até alguma versatilidade.
Fontes de desperdício identificadas pelo grupo:
- Excesso de transporte/movimentação (pela estrutura física
da cozinha e CSE);
- Defeitos (erros na ementa do doente);
- Excesso de produção (refeições feitas para doentes que
tiveram alta, por não haver actualização da informação).
Propostas de melhoria
- Dupla confirmação da ementa para os doentes.
- Comunicação diária ao Serviço de Cozinha e Alimentação
das altas de doentes.
A CSE tem em projecto uma nova área para a Cozinha, pelo
que, futuramente, é importante que se garanta:
- Duas entradas para a cozinha
- Circuito marcha-em-frente
- Diferenciação de zonas de preparação, confecção,
empratamento, etc.
Está a ser desenvolvido um aplicativo para o 2Soft para gestão
das ementas.
O trabalho seguinte está relacionado com o Armazém da
Farmácia, no que respeita ao circuito físico do medicamento
neste serviço. Não foram abordadas as questões administrativas
subjacentes a este processo, nem o processo de distribuição aos
serviços/clientes.
Relativamente ao mapeamento deste circuito, o grupo
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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
apresentou o seguinte fluxograma:
Fontes de desperdício identificadas:
Propostas de melhoria:
- Aplicação de 5S ao armazém da farmácia.
- Utilização do cartão kanban (instrumento de gestão visual
inteiramente integrado no sistema informático actual).
- Análise ABC por rotatividade.
- Criação de Zona Dourada.
O 4º trabalho está relacionado com o Serviço de Lavandaria,
que actualmente conta com 22 profissionais na sua equipa,
distribuídos em 2 turnos. Como principais problemas, o grupo
encontrou os longos percursos que os trabalhadores fazem para a
entrega da roupa nos serviços e os erros a nível das entregas no que
respeita às quantidades.
O grupo apresentou como propostas de melhoria:
- Pesagem e embalagem da roupa
- Contratualização com todos os serviços/clientes
- Colocação de cortinas duettes
- Aumentodo número de máquinas de lavar profissionais
- Informatização do processo de Gestão de Roupa
- Entrega/distribuição por níveis
O 5º e último trabalho apresentado está relacionado com a
Gestão de Resíduos na CSE.
Os principais problemas encontrados foram:
- Má triagem dos lixos
- Acidentes de trabalho por indevida utilização dos
contentores corto-perfurantes
- Riscos ambientais
- Fraca capacidade da incineradora da CSE
Propostas de melhoria:
- Maior responsabilização de todos na produção e triagem
dos lixos
- Criação de uma ETAR
- Aquisição de uma nova Incineradora
Após concluída a apresentação dos trabalhos, a Dr.ª
Guilhermina Melo Nascimento fez uma breve apresentação
acerca da Tuberculose Pulmonar.
Como sabemos, actualmente a Tuberculose Pulmonar
(TB) é um problema de saúde pública em Angola, apesar de
não termos dados de incidência e prevalência fidedignos, e
apresenta formas resistentes que agravam este problema.
Como principal causa das resistência temos o tratamento
inadequado, quer seja por má adesão ao tratamento ou por
deficiência no fornecimento ou prescrição.
O Gabinete de Vigilância Epidemiológica da CSE reforçou
esta problemática e apresentou a proposta de criação de DOTS
na CSE.
Seguiu-se a apresentação dos resultados da Avaliação
de Desempenho Organizacional, efectuada pelo Grupo
da Qualidade, que reforçou a necessidade de analisarmos
os nossos erros e evitar que voltem a acontecer no futuro e,
principalmente, de os notificar.
O Grupo da Qualidade deu a conhecer ao Conselho que
as Auditorias Internas planeadas para esta altura estavam
concluídas, agora usando as novas grelhas, mais exigentes de
onde fica claro que é preciso trabalharmos.
A finalizar a reunião, o Presidente do Conselho de
Gerência deixou a sua mensagem:
É importante que os serviços passem a notificar os seus
incidentes;
Notificar significa vontade de melhorar e não tem como
objectivo punição;
Com os 1º Curso de Gestão quase a terminar é importante
que os líderes dos serviços passem a gerir efectivamente os
seus serviços;
Cada um de nós deve ter um comportamento melhor que
o do nosso cliente.
falta imagem
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E foi assim...O nosso objectivo pedagógico
estava traçado: Preparar um grupo de enfermeiros para serem Formadores internos na área de enfermagem nos diferentes serviços da CSE:
- Atendimento Permanente (3);
- Atendimento Pediatria (2);- Infecciologia (3);- Internamento (2);- Neonatologia (4)- Pediatria (2);- Neonatologia (3);- Piso 2 (6);- Obstetrícia (4);- Psiquiatria (4);- Suites Novas (2);- U. C. I. (4).
Este era o desafio, proposto pelo Conselho de Gerência e pela Direção de Enfermagem, e que foi aceite por unanimidade
A nossa intenção, na fase inicial do projecto, era que o
“CRÓNICA” PEDAGÓGICA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES grupo de formandos reunisse os princípios básicos pedagógicos e comunicacionais para o exercício da actividade de Formador.
E desde o início, o empenho e a motivação marcaram o ritmo concertado desta acção.
O entusiasmo, a presença e a assiduidade afinaram o tom pedagógico.
O percurso da aprendizagem faz-se do conteúdo mais simples para o mais complexo.
E foi assim, que aconteceu.Primeiro, foi importante para o
grupo de enfermeiros identificar as competências (pessoais e técnicas) necessárias para o exercício da actividade enquanto Formadores. Depois, reconhecer a importância do papel orientador, mediador e facilitador que um Formador deve ter ao longo do percurso de aprendizagem em construção. Ambos os aspectos foram fundamentais para levar a
cabo este projecto.Finalmente, mais um passo foi
dado neste percurso formativo: a aquisição das competências pedagógicas e comunicacionais necessárias para a transmissão dos diferentes “saberes”, assim como reconhecer a importância da relação pedagógica a desenvolver com equipas em formação, requisito fundamental para atingir os objectivos propostos.
Entretanto, à medida que se avançava neste processo pedagógico, como foi útil a todos reconhecer a importância da formulação dos objectivos pedagógicos em formação, através da realização, de forma adequada, de exercícios práticos! E eis que os três C’s se fizeram presentes: comportamento, condições de realização e critérios de êxito. (Este é um apontamento para os 37 enfermeiros/formadores).
À aprendizagem acerca dos diferentes métodos e técnicas pedagógicas foram acrescentadas mais possibilidades e estratégias que um Formador pode utilizar para transmitir o conhecimento. Todos confirmaram que é preciso diversificar os métodos e as técnicas enquanto Formadores, tendo em conta o grupo-alvo em formação e o que se vai transmitir, pelo que é necessário conhecer e disponibilizar diferentes caminhos/ alternativas a quem aprende.
Chegámos ao tema da importância de planificar uma acção de formação e de uma aula
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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
a ser ministrada individualmente, com recurso à técnica de simulação pedagógica.
O “nervoso miudinho”, o “burburinho” o “corre-corre”, fizeram-se presentes: “Então, qual o tema que terei que preparar?” “O que vou ensinar, como vou ensinar?” “Quais os recursos pedagógicos que terei que preparar?” Como vou comunicar e de que forma”?
Questões, preocupações de quem quer fazer bem, de quem quer, de facto, com responsabilidade, demonstrar os conhecimentos, as competências que foram adquiridas ao longo das 10 sessões (30 hs) deste projecto formativo.
E assim foi: Trinta e sete apresentações, 37
aulas com conteúdos teóricos e práticos da área de enfermagem.
Aprendemos.Aprendemos muitos conteúdos
importantes para o exercício da actividade de um profissional de enfermagem. Aprendemos também que é preciso aprimorar as competências pedagógicas e comunicacionais.
É preciso treinar, experimentar, ousar, diversificar...
Sentimos uma enorme satisfação e “orgulho” por percebermos o sentido apurado da responsabilidade, a motivação e a vontade que este grupo evidenciou em querer transmitir o que sabem da sua área, para além
da vontade de aprimorarem os seus conhecimentos técnicos e as suas competências pedagógicas.
Hoje, e decorrido algum tempo após a conclusão deste curso, conseguimos verificar como foi evidente a partilha, a integração, a interajuda a coesão desta equipa, em todas as sessões de formação, assim como foi importante a presença e o apoio de uma das chefias (Enfermeira Júlia, sempre atenta e participativa em todas as sessões do curso), da Direcção de Enfermagem e do Centro de Formação nesta 1ª fase deste projecto formativo.
Parabéns aos 37 Formadores/Enfermeiros!
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PRÉMIO CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA PARA O MELHOR ESTUDANTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO ANO ACADÉMICO DE 2013
A exemplo do que vem acontecendo desde 2009, ano
em que foi criado e entregue o primeiro PRÉMIO CSE PARA O
MELHOR ESTUDANTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO ANO
de 2008, e para dar cumprimento ao protocolo assinado entre
a Clínica Sagrada Esperança, a Faculdade de Medicina da UAN
e a Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina de
Luanda (AEFML), reuniu, no passado dia 20 de Fevereiro de
2014, o júri para avaliar os candidatos ao Prémio relativo ao
ano passado.
Este prémio, de periodicidade anual, destina-se a
contemplar o estudante que se distinguir no contexto da sua
formação global, nela se salientando as vertentes académica,
científica, cívica e cultural.
Sob a coordenação da área de Formação da CSE, o júri foi
constituído pelos seguintes elementos:
Pela Clínica Sagrada Esperança:
- Doutor João Adilson Gama Ricardo
- Mestre Emanuel Castro Cassoco Catumbela
Pela Faculdade de Medicina:
- Mestre Manuel João de Lemos
Pela Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina
de Luanda:
- Estudante Nkamba Paulina Pedro
- Estudante Zadoque Miza
De um grupo inicial de 8 candidatos que formalizaram a sua
candidatura ao prémio através de documentos, dentre os quais:
1) requerimento dirigido à AEFML;
2) Curriculum Vitae;
3) Declaração de notas discriminadas do ano que terminou;
apenas 4 entregaram o seu relatório final do trabalho de
pesquisa que lhes era exigido.
António Pinheiro Candjondjo
Morbimortalidade por doença cardiovascular na UCI da CSE
durante o 2º semestre de 2013
Florêncio Machado
Prevalência de dependência alcoólicas do binge drinking nos
pacientes em consulta externa no HAB em Dezembro de 2013
Catarina Vunge Mutange
Causas de Insuficiência Renal Crónica e interferência da
hemodiálise no tratamento farmacológico na vida dos pacientes
em tratamento dialítico no CHPA em Janeiro de 2014
Domingas Márcia da Silva João Conhecimentos
Atitudes e Práticas sobre a consulta de acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento do lactente nas mães do Bairro
Adriano Moreira em Janeiro de 2014
Dra. Filomena do Amaral e António Pinheiro Candjondjo Dr. Filipe Jorge e Florêncio Machado
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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
Dra. Sandra e Catarina Vunge Mutange
O prémio foi entregue no dia 27 de Fevereiro, no âmbito das XI
Jornadas Científicas e Estudantis da Faculdade de Medicina. Veja,
abaixo a classificação final e o prémio de cada um dos candidatos:
Classif. Nome do Candidato Prémio
1º António Pinheiro Candjondjo 5.000 USD
2º Florêncio Machado 2.500 USD
3º Catarina Vunge Mutange 1.500 USD
4º Domingas Márcia da Silva João 500 USD
(Prémio de motivação)
A todos estes estudantes mas, em especial, a António Pinheiro
Candjondjo, as nossas felicitações e votos das maiores felicidades,
pessoais e profissionais.
Dr. Emanuel Catumbela com os Vencedores
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ENTREVISTA: - Sr Miguel de Brito TeixeiraO BI (Boletim Informativo) fez um breve passeio
pelos corredores da CSE (Clínica Sagrada Esperança) e entrevistou o precursor do Gabinete de Relações Públicas e Protocolo, o Sr. Miguel de Brito Teixeira.
1) BI: Fale - nos da sua carreira e da sua inserção na CSE.
MT: Ingressei nas FAPLA em 1974, na Base - 03, no Bairro do
Sambizanga, de onde fui encaminhado para 5ª Avenida e depois para
a Funda, integrando o Batalhão de Intervenção da Funda (B.I.F). Após
a independência, fui transferido para o Ex-R20, onde se fundou a 9ª
Brigada de Infantaria e Motorizada, tendo, nesta altura, sidoi colocado
no Departamento de Justiça.
Em 1978, frequentei o Curso de Condução Militar Profissional, que
foi o meu passaporte para a Direcção de Preparação Combativa do
E.M.G das FAPLA, chefiada na altura pelo General Nito Teixeira. Como
militar, exerci vários cargos de chefia em diversos órgãos, sempre no
sentido de cumprir bem com as minhas tarefas, até à data em que fui
colocado na condição de aguardar pela disponibilidade.
Aos 25 de Abril de 1991, fui contactado pelos Senhores Guilherme
(Man Gui) que trabalhava no Hotel Tivoli, representando a empresa
ESTA, no ramo da hotelaria, e Francisco Monteiro, então funcionário
da Clínica Sagrada Esperança (C.S.E), para ingressar nesta Clínica, na
área de Logística, mais propriamente no Economato, onde trabalhei
com total dedicação, assiduidade e pontualidade nas tarefas de que
fui incumbido.
Em 1996, já como funcionário da Logística da CSE, na ambulância
que fazia recolha do pessoal, na altura viaturas de marca Nissan Patrol,
por volta das 05horas e 45minutos, no Bairro Sagrada Esperança/
Prenda, fomos surpreendidos com disparos de arma de fogo
perpretados por alguns marginais. Neste ataque o meu pulso esquerdo
foi atingido, causando assim uma lesão grave. Na verdade, só saímos
de lá vivos com a graça de Deus, porque conseguimos, não sei como,
sair da ambulância e fugir para o meio do Bairro até chegar à estrada
principal da Samba, onde fomos socorridos pela Polícia.
Ao chegar à Clínica fomos socorridos de imediato pela equipa
médica em serviço, tendo sofrido várias intervenções cirúrgicas na
própria Clínica e no exterior do País. Em função da lesão causada pelo
acidente, fui reenquadrado na área de Economato, concretamente na
Cafetaria.
A minha entrada na área dos motoristas deu-se num dia em que
houve uma emergência na área dos Cuidados Intensivos, e como
único presente com carta de condução na altura, fui solicitado para
conduzir uma ambulância e ir buscar um doente à Clínica da Muralha
da China, sob o olhar surpreendido dos colegas que pensaram, por
um minuto, que eu não seria capaz, uma vez que, depois do incidente,
nunca mais me tinham visto a conduzir. Graças a Deus, tudo correu
bem e regressei com o doente sem qualquer problema.
Depois desta missão foi-me recomendado pelo Dr. Rui Pinto, na altura
Director Administrativo e Financeiro da C.S.E, actualmente Presidente do
Conselho de Gerência (P.C.G), a fazer uma carta para mudança de área,
isto é, da Cafetaria para a área dos Transportes.
Já na área dos Transportes, fui colocado à disposição da área
Administrativa, fazendo trabalhos de Relações Públicas e Protocolo, onde
exerço as duas funções, desde o ano de 1997 ou 1998, se a memoria não
me falha, até à presente data.
Nesta trajectória, fiz parte do grupo fundador da Comissão Sindical
de Trabalhadores da C.S.E. onde exerci a função de Secretário para
Juventude, Desporto e Recriação, durante duas (02) décadas, cumprindo
com o meu papel.
2) Descreva-nos como é trabalhar numa área tão complexa
e tão importante para a comunicação com os nossos clientes e
fornecedores.
MT: É fundamental realçar que todas as áreas são importantes, uma
vez que o bom funcionamento da Clínica depende da boa interacção
das diversas áreas e de todos os Órgãos que a compõem. Penso que
é fundamental passarmos a todos os colegas a mensagem de que a
área de Relações Públicas e Protocolo tem ajudado a C.S.E a evoluir
através do contacto com os nossos clientes, parceiros, colaboradores e
fornecedores, levando, de forma rápida, toda documentação produzida,
tais como Contratos, Facturas, Checks, Retro-Informações, Relatórios
Médicos, Informações etc.
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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
Contudo, este nosso trabalho é muito complexo, porque diariamente
nos deparamos com vários obstáculos, desde os engarrafamentos, vias
danificadas que causam um certo desconforto, localização do objectivo,
até ao contacto com as pessoas que desejamos. Por outro lado, é esta área
que leva a imagem da C.S.E, em alguns casos no primeiro contacto com
os nossos clientes, o que exige de nós muita responsabilidade, atenção,
respeito e disciplina laboral, para não haver erros na tramitação da
documentação, que é algo muito sério.
3) BI: A Clínica está a crescer todos os dias. Qual é a visão que tem
do seu Gabinete para os próximos 5 anos?
MT: De certeza que a tendência da nossa área é crescer cada vez mais,
acompanhando a evolução do mundo em todos os ramos, sobretudo no
das tecnologias, porque o mundo de hoje é diferente em comparação com
o de ontem e não será o mesmo, certamente, em relação ao de amanhã.
Para a concretização deste desiderato temos que manter o programa
de formação periódica dos funcionários desta Clínica, dando assim uma
melhor atenção ao Homem, que é a força motriz de todo esse crescimento.
O maior segredo dos profissionais da nossa área é a dinâmica e a força de
vontade em fazer crescer cada vez mais a C.S.E, dando o nosso melhor em
cada dia de trabalho.
Por isso, vamos aproveitar a graça, a inteligência e sabedoria
que Deus tem dado ao nosso Líder P.C.G (Dr. Rui Pinto) que vem
respondendo positivamente no seu cargo, para promover a
formação continua dos efectivos, e nos próximos 5 anos tornarmo-
nos num Gabinete de excelência e qualidade na distribuição de
toda documentação da CSE.
4) BI: Que conselhos deixa aos jovens para que possam
envolver-se de corpo e alma nos grandes projectos de expansão
e crescimento gizados pela Direcção da Clínica?
MT: Hoje sinto-me veterano, porque comecei a trabalhar
muito cedo e num período muito crítico do nosso País, mas
também já fui jovem e, como tal, recomendo a toda juventude
deste País, especialmente os da CSE, que é preciso traçar metas a
alcançar na vida, aproveitando as oportunidades que são postas
à sua disposição, para se tornarem bons profissionais naquilo
que desenvolvem, entregando-se ao trabalho não só para o
preenchimento das necessidades sociais que caracterizam o
ser humano, mas também para a sua realização profissional.
Naturalmente que tudo isto só será possível com muito Trabalho,
Sabedoria, Inteligência, Pontualidade, Responsabilidade e
Assiduidade no cumprimento das suas tarefas laborais na C.S.E.
Elogios e Agradecimentos dos Clientes pelo Bom Atendimento Prestado na CSE no Iº Trimestre de 2014
02 Jan 14 - ficha nº 783 - CMRNA - Quero aqui deixar os meus agradecimentos a Senhora Fernanda bem como a Domingas (Enfermeiras) realmente, neste dia estiveram a altura, prova disso é que saí mesmo muito bem!
Enf. Domingas Caculo e Enf. Fernanda
04/Jan/14 - ficha nº 785 - Atendimento Permanente - Venho pela primeira vez com dores, mas quando cheguei ao banco de urgência, fui bem recebida, dei os dados fui a triagem a mesma coisa, fui ao consultório principal, tudo bonito. Fui ao Raio X mesma coisa,
GABINETE DO CLIENTE - ELOGIOS E AGRADECIMENTOS
para terminar, agradeço o Dr. Filipe Jorge e seus colegas. -
Dr. Filipe Jorge e equipa
10 Fev 14 - ficha nº 851 - Consulta Externa - Continuem assim, estarão contribuindo para o desenvolvimento do país.
CSE
06/03/14 - ficha nº 891 - Piso Neonatologia - O Enf. Piedade da Pediatria é profissional, o mundo seria melhor com 100 enfermeiros desse tipo.
Enfermeira Piedade
06 Mar 14 - ficha nº 893 - Piso Neonatologia - Fui bem recebida pelos enfermeiros de nome Piedade e Francisco Lobo. São Excelentes no trabalho e
pacientes, têm amor ao próximo, enfermeiros que encorajam as mães, sabem como acalmar e reagir perante as terapêuticas indicadas pelos médicos. Estou até agora satisfeita pelos vossos serviços. Os dois enfermeiros são excelentes. Estão bem colocados nos seus devidos lugares. -
Enf. Piedade e Enf.Francisco Lobo
16/03/14 - ficha nº 910 - AP. Pediatria - O Recepcionista Martin Carvalho, prestou um excelente trabalho quanto a recepção, atendimento e encaminhamento dos processos do meu filho e, não esquecer a médica em serviço.
Recep. Martin Carvalho
EDITORIAL
E-mail da CSE:
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Website da CSE:
www.cse-ao.com
FICHA TÉCNICABárbara Mesquita
Esmael Tomás
Marta Leal
Hipólito Calulu
Narciso Mbangui
REDACÇÃO E REVISÃO
Maria do Carmo Cruz
DESIGN E PAGINAÇÃO
Eduardo Brock
imagem cooporativa
A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.
A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de
personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com
fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda,
Avenida Mortala Mohamed.
Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da
Foundation for Excelence and Business Pratice, situada em Genebre Suíça.
MISSÃOPrestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento,
com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo
a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aprefeiçoamento profissional e a
satisfação dos seus coladoradores.
Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no
ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos
e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em
colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em saúde, bem como
na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.
Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na
área hospitalar.
VISÃOA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual
e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de
saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto
instituição de saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos
funcionários, a responsabilidade social.