cse | boletim informativo n.º 30 | abril 2014

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- Editorial, Edição 30 - ABRIL 2014 pág. 02 - Reunião do Conselho Alargado de Abril de 2014 pág. 04 - “Crónica” Pedagógica do Curso de Formação de Formadores pág. 06 - Prémio Clínica Sagrada Esperança para o Melhor Estudante da Faculdade de Medicina do ano acadêmico 2013 pág. 08 - Entrevista: Sr. Miguel de Brito Teixeira pág. 10 - Gabinete do Cliente - Elogios e Agradecimentos pág. 11 ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL2014 Boletim Informativo

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- Editorial, Edição 30 - ABRIL 2014 pág. 02

- Reunião do Conselho Alargado de Abril de 2014 pág. 04

- “Crónica” Pedagógica do Curso de Formação de Formadores pág. 06

- Prémio Clínica Sagrada Esperança para o Melhor Estudante da Faculdade

de Medicina do ano acadêmico 2013 pág. 08

- Entrevista: Sr. Miguel de Brito Teixeira pág. 10

- Gabinete do Cliente - Elogios e Agradecimentos pág. 11

ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL2014Boletim Informativo

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EDITORIALComo temos vindo a referir, o

primeiro semestre do corrente ano

fica assinalado pela tentativa de

se vencerem diversos desafios e

ultrapassarem algumas dificuldades

que, por uma ou outra razão, se

têm vindo a arrastar ao longo dos

últimos meses.

Não obstante tais situações, ao

longo dos anos foram encontradas

soluções possíveis graças ao

envolvimento e motivação de todos,

sendo, portanto, oportuno voltar

a sumarizar algumas das questões

de princípio e decisões necessárias

que deverão ser tomadas:

1 – Documentação de base

Os documentos estruturantes de

base, como o Estatuto Orgânico, o

Quadro Orgânico, Regulamento

Interno Geral, Relatórios de

Prestação de Contas, Plano de

Desenvolvimento e Investimento

para 2014-2018, e outros, foram

melhorados e aprovados na última

Assembleia de Sócios. Aguarda-se

apenas a recepção da respectiva

acta, devidamente assinada, de

forma a podermos proceder,

de forma legal e estatutária, ao

cumprimento dos nossos deveres

e compromissos. Está em curso,

desde já, o encerramento das

contas de 2013 e, por isso, em

vias de realização da próxima

Assembleia de Sócios, de forma a

podermos pensar e planificar, não

apenas o biénio, 2015 – 2016, como,

atempadamente, o quinquénio,

2015 – 2019.

2 – Inovação e Mudança

A CSE, na sua globalidade, isto é,

em todos os Serviços da empresa mãe,

na Ilha, nas extensões e parcerias,

portanto não apenas da cidade de

Luanda como também nas províncias

do País em que já trabalhamos, irão

ser progressivamente implementadas

mudanças importantes e inovadoras,

designadamente quanto a:

2.1 – Actualização das Chefias

– Lideranças – chamando os mais

experientes e disponíveis e enquadrando

progressivamente a nova geração

que, com tanto empenho e sacrifício,

concluiu, ou está em fase de conclusão,

diversas e distintas acções de formação.

2.2 – Actualização da documentação

base de cada serviço ou área de

responsabilidade – pretendendo-

se que fique bem claro que: (i) é

saudável conhecer a forma como

cada equipa é liderada; (ii) urge

conhecer a identificação da sua actual

Missão, da Visão, dos Alvos a atingir (5

objectivos de cada serviço), das Metas,

das Estratégias de Desenvolvimento,

dos Pontos Fortes, Fracos, Ameaças e

Oportunidades; (iii) é premente analisar

a percepção que os Clientes internos

e externos têm da nossa Instituição (o

que é realmente valorizado por eles).

Por outro lado, devemos: (i) verificar

como estão organizados os processos;

(ii) como se analisam as componentes

dos custos e resultados da produção; (ii)

como funciona a comunicação interna e

externa; (iii) qual o nível de cumprimento

das normas e procedimentos; (iv) como

é feita a avaliação dos resultados e das

acções e actividades desenvolvidas; (v)

quais os contributos efectivos para a

melhoria dos planos de acção para o

presente e o futuro.

2.3 – Formação em Serviço, de Pós

Graduação e outras – sendo espectável e

desejável que deverá continuar a merecer

a nossa grande atenção, uma vez que se

trata de uma estratégia do Conselho de

Gerência, pelas seguintes razões:

2.3.1 – A formação é sempre um bom

investimento, obriga ao envolvimento

e dispêndio de múltiplos recursos

humanos, técnicos e financeiros. Por tal

razão, os direitos, deveres e obrigações

das diferentes partes envolvidas deverão

ser progressivamente formalizados.

Os beneficiários dessas acções,

para além de comparticiparem, de

forma justa, nos custos, deverão

assumir responsabilidades para o

presente e futuro da Instituição.

2.3.2 – As disponibilidades em

quadros médios e licenciados

nas ciências da Saúde são ainda

irrelevantes se tivermos em conta

os indicadores internacionalmente

aceites e as necessidades do País,

pelo que a CSE, em colaboração

com as entidades suas parceirasas,

continuará na busca de modelos de

desenvolvimento que permitam, a

médio e a longo prazo, poder contar

com estruturas que progressivamente

garantam o completamento das

suas necessidades.

2.3.3 – A Pós Graduação, no actual

regime, realizada em parte no País

e em parte no exterior, continuará a

ser instrumento fundamental para

o nosso desenvolvimento, devendo,

contudo, de forma progressiva e à

medida que se efectiva o retorno

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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014

dos formandos, ser dada prioridade

à componente de formação interna,

especialmente nas especialidades

mais abrangentes.

3 – A CSE e a sua implantação

nas distintas Províncias do País

Associada a entidades credíveis, a

marca CSE – ENDIAMA tem vindo a

ser progressivamente implantada nas

distintas Províncias do País, situação

que nos irá obrigar a:

3.1 – Desenvolver o núcleo central

de apoio e acompanhamento a essas

estruturas garantindo o cumprimento

das normas de qualidade e segurança

exigidas por nós e pelos nossos clientes.

3.2 – Dotar essas unidades de

lideranças e equipas dinâmicas com

capacidade criativa, autonomia

responsável e desempenho eficiente

que permitam o seu desenvolvimento e

crescimento.

3.3 – Continuar a promover e a

desenvolver parcerias a criar e potenciar

sinergias que tornem os projectos

viáveis.

3.4 – Uniformizar, normalizar,

regulamentar de forma abrangente;

daqui se deduz a necessidade que

as distintas unidades e áreas de

desenvolvimento têm em comunicar,

aprender, evoluir, ganhar experiência e

conhecimento, o que impeliu a realizar

muito em breve o nosso primeiro

encontro Nacional de Serviços e

Instituições da família CSE.

4 – A Qualidade, Segurança e

Confiança

É um outro desafio estratégico

permanente do Conselho de Gerência

que tem vindo a ser gradualmente

assumido pelos trabalhadores

e colaboradores. Continua a ser

imperioso demonstrar o empenho

que a Clínica coloca na resolução dos

problemas que afectam os nossos

Clientes. Muito já foi feito, mas

depara-se ainda um longo caminho a

percorrer que passa pela acreditação

e certificação dos nossos diferentes

serviços e unidades, o que exige:

4.1 – Será prestada particular atenção

ao nosso sistema de informação e das

novas tecnologias de que já dispomos.

Teremos, assim, de:

4.1.1 – Prosseguir a formação a

todos os prestadores de cuidados,

directos e indirectos.

4.1.2 - Ser exigentes no registo

das diferentes tarefas e actividades,

pois o ponto de partida terá de

ser a quantificação, a medição

progressiva de todas as nossas

acções, ocorrências e resultados.

4.1.3 – Realizar auditorias que

garantam fiabilidade e qualidade

dos serviços que prestamos.

4.2 – Será actualizada ou mesmo

criada a documentação, em particular

quanto:

4.2.1 – À elaboração e respectivo

cumprimento dos Códigos de

Conduta do nosso corpo clínico e de

enfermagem, dos diferentes técnicos

de prestação de cuidados, do pessoal

administrativo e dos efectivos de

retaguarda e suporte.

4.2.2 – Às normas e procedimentos

quer de funcionamento dos serviços

quer de prestação de cuidados

e outras acções necessárias à

prestação de um correcto serviço ao

Cliente.

5 – Os Clientes como razão de

ser da Clínica Sagrada Esperança.

A nossa Instituição atribui

importância primeira e fundamental

aos seus Clientes, actuais e futuros,

o que exige uma necessária reflexão

aprofundada por todos nós sobre o

processo de atendimento clínico

e administrativo, significando que

devemos ter em conta:

5.1 – Quem são os nossos Clientes

(internos e externos).

5.2 – Quais são as necessidades e

preocupações dos nossos Clientes e

Famílias.

5.3 – Que factores (valores,

compromissos, atitudes,

comportamentos) os nossos clientes

valorizam.

5.4 – Como vamos resolver as

questões que preocupam os nossos

Clientes.

É imperioso que cada equipa

de trabalho, como célula base da

organização e funcionamento

da Clínica Sagrada Esperança,

se comprometa, ética e

profissionalmente, na valorização

constante e sempre renovada dos

Clientes.

Abril de 2014

A Direcção da CSE

4

REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO DE ABRIL DE 2014No passado dia 3 de Abril, teve lugar mais um Conselho

Alargado sob a presidência do Dr. Rui Pinto, Presidente do

Conselho de Gerência da Clínica Sagrada Esperança e com a

presença das chefias de todos os serviços e alguns elementos

convidados, entre eles alguns alunos do curso FOGUS, que

apresentaram trabalhos considerados importantes para a

CSE.

Os trabalhos apresentados tinham como principal

objectivo mapear um circuito do serviço em questão

(Laboratório, Armazém da Farmácia, Cozinha, Lavandaria e

Resíduos Hospitalares) e identificar fontes de desperdícios e

potencial de melhoria.

O primeiro trabalho apresentado referia-se ao Serviço

de Laboratório da CSE, que conta com cerca de 40

profissionais. Depois de mapeado o circuito dos doentes

(que contempla as requisições, amostras e os resultados),

o grupo em questão identificou como principais fontes de

desperdício:

- Excesso de tempo de espera (entrega de requisições,

amostras e resultados);

- Excesso de movimentação por parte dos higienistas e

auxiliares de cuidados (pois são estes profissionais de cada

serviço que é cliente do Laboratório que fazem a entrega e

colheita de requisições, amostras e resultados);

- Subutilização de recursos por parte do corpo clínico, que

poderia consultar os resultados no programa Apolo;

- Excesso de produção: impressão desnecessária de

exames em papel para doentes internos.

Assim, o grupo sugeriu as seguintes melhorias:

- Preparação de um elemento “operador logístico”-

Mizusumashi - que poderia ser auxiliar de cuidados, para

recolher todas as amostras dos serviços e fazer a entrega das

mesmas no Laboratório.

- Introdução de requisição electrónica de exames no

Sistema 2Soft.

- Organização da recepção do Laboratório para 3 tipos de

atendimento: Interno, Urgente e Normal, após definição de

critérios para solicitação de exames Urgentes e Não Urgentes.

- Utilização efectiva do 2Soft por parte dos médicos.

Resultados Esperados:

- Circuito de doentes mais fluído

- Reduçãodo tempo de espera

- Redução da pressão sobre os profissionais

- Facilitação da Gestão de RH

- Aumento da Satisfação dos clientes e profissionais

Depois da apresentação do trabalho, levantaram-se

outras sugestões e outros problemas:

1. Porque não criar uma rotina para horas de colheitas e

colecta de amostras nos serviços?

2. A validação dos resultados no programa Apolo é,muitas

vezes, mais demorada que a impressão em papel.

3. A CSE tem registado alguns acidentes de trabalho no

momento de colheita nos internamentos.

O segundo trabalho foi sobre o Serviço de Cozinha e

Alimentação.

A CSE conta com uma cozinha bastante pequena mas que

tem conseguido dar resposta às necessidades de uma instituição

em crescimento, com cerca de 200 camas e 1500 profissionais.

Num serviço tão pequeno é difícil haver fontes de desperdício

porque à equipa se exige uma grande capacidade de sobre-

aproveitar os espaços e até alguma versatilidade.

Fontes de desperdício identificadas pelo grupo:

- Excesso de transporte/movimentação (pela estrutura física

da cozinha e CSE);

- Defeitos (erros na ementa do doente);

- Excesso de produção (refeições feitas para doentes que

tiveram alta, por não haver actualização da informação).

Propostas de melhoria

- Dupla confirmação da ementa para os doentes.

- Comunicação diária ao Serviço de Cozinha e Alimentação

das altas de doentes.

A CSE tem em projecto uma nova área para a Cozinha, pelo

que, futuramente, é importante que se garanta:

- Duas entradas para a cozinha

- Circuito marcha-em-frente

- Diferenciação de zonas de preparação, confecção,

empratamento, etc.

Está a ser desenvolvido um aplicativo para o 2Soft para gestão

das ementas.

O trabalho seguinte está relacionado com o Armazém da

Farmácia, no que respeita ao circuito físico do medicamento

neste serviço. Não foram abordadas as questões administrativas

subjacentes a este processo, nem o processo de distribuição aos

serviços/clientes.

Relativamente ao mapeamento deste circuito, o grupo

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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014

apresentou o seguinte fluxograma:

Fontes de desperdício identificadas:

Propostas de melhoria:

- Aplicação de 5S ao armazém da farmácia.

- Utilização do cartão kanban (instrumento de gestão visual

inteiramente integrado no sistema informático actual).

- Análise ABC por rotatividade.

- Criação de Zona Dourada.

O 4º trabalho está relacionado com o Serviço de Lavandaria,

que actualmente conta com 22 profissionais na sua equipa,

distribuídos em 2 turnos. Como principais problemas, o grupo

encontrou os longos percursos que os trabalhadores fazem para a

entrega da roupa nos serviços e os erros a nível das entregas no que

respeita às quantidades.

O grupo apresentou como propostas de melhoria:

- Pesagem e embalagem da roupa

- Contratualização com todos os serviços/clientes

- Colocação de cortinas duettes

- Aumentodo número de máquinas de lavar profissionais

- Informatização do processo de Gestão de Roupa

- Entrega/distribuição por níveis

O 5º e último trabalho apresentado está relacionado com a

Gestão de Resíduos na CSE.

Os principais problemas encontrados foram:

- Má triagem dos lixos

- Acidentes de trabalho por indevida utilização dos

contentores corto-perfurantes

- Riscos ambientais

- Fraca capacidade da incineradora da CSE

Propostas de melhoria:

- Maior responsabilização de todos na produção e triagem

dos lixos

- Criação de uma ETAR

- Aquisição de uma nova Incineradora

Após concluída a apresentação dos trabalhos, a Dr.ª

Guilhermina Melo Nascimento fez uma breve apresentação

acerca da Tuberculose Pulmonar.

Como sabemos, actualmente a Tuberculose Pulmonar

(TB) é um problema de saúde pública em Angola, apesar de

não termos dados de incidência e prevalência fidedignos, e

apresenta formas resistentes que agravam este problema.

Como principal causa das resistência temos o tratamento

inadequado, quer seja por má adesão ao tratamento ou por

deficiência no fornecimento ou prescrição.

O Gabinete de Vigilância Epidemiológica da CSE reforçou

esta problemática e apresentou a proposta de criação de DOTS

na CSE.

Seguiu-se a apresentação dos resultados da Avaliação

de Desempenho Organizacional, efectuada pelo Grupo

da Qualidade, que reforçou a necessidade de analisarmos

os nossos erros e evitar que voltem a acontecer no futuro e,

principalmente, de os notificar.

O Grupo da Qualidade deu a conhecer ao Conselho que

as Auditorias Internas planeadas para esta altura estavam

concluídas, agora usando as novas grelhas, mais exigentes de

onde fica claro que é preciso trabalharmos.

A finalizar a reunião, o Presidente do Conselho de

Gerência deixou a sua mensagem:

É importante que os serviços passem a notificar os seus

incidentes;

Notificar significa vontade de melhorar e não tem como

objectivo punição;

Com os 1º Curso de Gestão quase a terminar é importante

que os líderes dos serviços passem a gerir efectivamente os

seus serviços;

Cada um de nós deve ter um comportamento melhor que

o do nosso cliente.

falta imagem

6

E foi assim...O nosso objectivo pedagógico

estava traçado: Preparar um grupo de enfermeiros para serem Formadores internos na área de enfermagem nos diferentes serviços da CSE:

- Atendimento Permanente (3);

- Atendimento Pediatria (2);- Infecciologia (3);- Internamento (2);- Neonatologia (4)- Pediatria (2);- Neonatologia (3);- Piso 2 (6);- Obstetrícia (4);- Psiquiatria (4);- Suites Novas (2);- U. C. I. (4).

Este era o desafio, proposto pelo Conselho de Gerência e pela Direção de Enfermagem, e que foi aceite por unanimidade

A nossa intenção, na fase inicial do projecto, era que o

“CRÓNICA” PEDAGÓGICA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES grupo de formandos reunisse os princípios básicos pedagógicos e comunicacionais para o exercício da actividade de Formador.

E desde o início, o empenho e a motivação marcaram o ritmo concertado desta acção.

O entusiasmo, a presença e a assiduidade afinaram o tom pedagógico.

O percurso da aprendizagem faz-se do conteúdo mais simples para o mais complexo.

E foi assim, que aconteceu.Primeiro, foi importante para o

grupo de enfermeiros identificar as competências (pessoais e técnicas) necessárias para o exercício da actividade enquanto Formadores. Depois, reconhecer a importância do papel orientador, mediador e facilitador que um Formador deve ter ao longo do percurso de aprendizagem em construção. Ambos os aspectos foram fundamentais para levar a

cabo este projecto.Finalmente, mais um passo foi

dado neste percurso formativo: a aquisição das competências pedagógicas e comunicacionais necessárias para a transmissão dos diferentes “saberes”, assim como reconhecer a importância da relação pedagógica a desenvolver com equipas em formação, requisito fundamental para atingir os objectivos propostos.

Entretanto, à medida que se avançava neste processo pedagógico, como foi útil a todos reconhecer a importância da formulação dos objectivos pedagógicos em formação, através da realização, de forma adequada, de exercícios práticos! E eis que os três C’s se fizeram presentes: comportamento, condições de realização e critérios de êxito. (Este é um apontamento para os 37 enfermeiros/formadores).

À aprendizagem acerca dos diferentes métodos e técnicas pedagógicas foram acrescentadas mais possibilidades e estratégias que um Formador pode utilizar para transmitir o conhecimento. Todos confirmaram que é preciso diversificar os métodos e as técnicas enquanto Formadores, tendo em conta o grupo-alvo em formação e o que se vai transmitir, pelo que é necessário conhecer e disponibilizar diferentes caminhos/ alternativas a quem aprende.

Chegámos ao tema da importância de planificar uma acção de formação e de uma aula

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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014

a ser ministrada individualmente, com recurso à técnica de simulação pedagógica.

O “nervoso miudinho”, o “burburinho” o “corre-corre”, fizeram-se presentes: “Então, qual o tema que terei que preparar?” “O que vou ensinar, como vou ensinar?” “Quais os recursos pedagógicos que terei que preparar?” Como vou comunicar e de que forma”?

Questões, preocupações de quem quer fazer bem, de quem quer, de facto, com responsabilidade, demonstrar os conhecimentos, as competências que foram adquiridas ao longo das 10 sessões (30 hs) deste projecto formativo.

E assim foi: Trinta e sete apresentações, 37

aulas com conteúdos teóricos e práticos da área de enfermagem.

Aprendemos.Aprendemos muitos conteúdos

importantes para o exercício da actividade de um profissional de enfermagem. Aprendemos também que é preciso aprimorar as competências pedagógicas e comunicacionais.

É preciso treinar, experimentar, ousar, diversificar...

Sentimos uma enorme satisfação e “orgulho” por percebermos o sentido apurado da responsabilidade, a motivação e a vontade que este grupo evidenciou em querer transmitir o que sabem da sua área, para além

da vontade de aprimorarem os seus conhecimentos técnicos e as suas competências pedagógicas.

Hoje, e decorrido algum tempo após a conclusão deste curso, conseguimos verificar como foi evidente a partilha, a integração, a interajuda a coesão desta equipa, em todas as sessões de formação, assim como foi importante a presença e o apoio de uma das chefias (Enfermeira Júlia, sempre atenta e participativa em todas as sessões do curso), da Direcção de Enfermagem e do Centro de Formação nesta 1ª fase deste projecto formativo.

Parabéns aos 37 Formadores/Enfermeiros!

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PRÉMIO CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA PARA O MELHOR ESTUDANTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO ANO ACADÉMICO DE 2013

A exemplo do que vem acontecendo desde 2009, ano

em que foi criado e entregue o primeiro PRÉMIO CSE PARA O

MELHOR ESTUDANTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO ANO

de 2008, e para dar cumprimento ao protocolo assinado entre

a Clínica Sagrada Esperança, a Faculdade de Medicina da UAN

e a Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina de

Luanda (AEFML), reuniu, no passado dia 20 de Fevereiro de

2014, o júri para avaliar os candidatos ao Prémio relativo ao

ano passado.

Este prémio, de periodicidade anual, destina-se a

contemplar o estudante que se distinguir no contexto da sua

formação global, nela se salientando as vertentes académica,

científica, cívica e cultural.

Sob a coordenação da área de Formação da CSE, o júri foi

constituído pelos seguintes elementos:

Pela Clínica Sagrada Esperança:

- Doutor João Adilson Gama Ricardo

- Mestre Emanuel Castro Cassoco Catumbela

Pela Faculdade de Medicina:

- Mestre Manuel João de Lemos

Pela Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina

de Luanda:

- Estudante Nkamba Paulina Pedro

- Estudante Zadoque Miza

De um grupo inicial de 8 candidatos que formalizaram a sua

candidatura ao prémio através de documentos, dentre os quais:

1) requerimento dirigido à AEFML;

2) Curriculum Vitae;

3) Declaração de notas discriminadas do ano que terminou;

apenas 4 entregaram o seu relatório final do trabalho de

pesquisa que lhes era exigido.

António Pinheiro Candjondjo

Morbimortalidade por doença cardiovascular na UCI da CSE

durante o 2º semestre de 2013

Florêncio Machado

Prevalência de dependência alcoólicas do binge drinking nos

pacientes em consulta externa no HAB em Dezembro de 2013

Catarina Vunge Mutange

Causas de Insuficiência Renal Crónica e interferência da

hemodiálise no tratamento farmacológico na vida dos pacientes

em tratamento dialítico no CHPA em Janeiro de 2014

Domingas Márcia da Silva João Conhecimentos

Atitudes e Práticas sobre a consulta de acompanhamento do

crescimento e desenvolvimento do lactente nas mães do Bairro

Adriano Moreira em Janeiro de 2014

Dra. Filomena do Amaral e António Pinheiro Candjondjo Dr. Filipe Jorge e Florêncio Machado

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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014

Dra. Sandra e Catarina Vunge Mutange

O prémio foi entregue no dia 27 de Fevereiro, no âmbito das XI

Jornadas Científicas e Estudantis da Faculdade de Medicina. Veja,

abaixo a classificação final e o prémio de cada um dos candidatos:

Classif. Nome do Candidato Prémio

1º António Pinheiro Candjondjo 5.000 USD

2º Florêncio Machado 2.500 USD

3º Catarina Vunge Mutange 1.500 USD

4º Domingas Márcia da Silva João 500 USD

(Prémio de motivação)

A todos estes estudantes mas, em especial, a António Pinheiro

Candjondjo, as nossas felicitações e votos das maiores felicidades,

pessoais e profissionais.

Dr. Emanuel Catumbela com os Vencedores

10

ENTREVISTA: - Sr Miguel de Brito TeixeiraO BI (Boletim Informativo) fez um breve passeio

pelos corredores da CSE (Clínica Sagrada Esperança) e entrevistou o precursor do Gabinete de Relações Públicas e Protocolo, o Sr. Miguel de Brito Teixeira.

1) BI: Fale - nos da sua carreira e da sua inserção na CSE.

MT: Ingressei nas FAPLA em 1974, na Base - 03, no Bairro do

Sambizanga, de onde fui encaminhado para 5ª Avenida e depois para

a Funda, integrando o Batalhão de Intervenção da Funda (B.I.F). Após

a independência, fui transferido para o Ex-R20, onde se fundou a 9ª

Brigada de Infantaria e Motorizada, tendo, nesta altura, sidoi colocado

no Departamento de Justiça.

Em 1978, frequentei o Curso de Condução Militar Profissional, que

foi o meu passaporte para a Direcção de Preparação Combativa do

E.M.G das FAPLA, chefiada na altura pelo General Nito Teixeira. Como

militar, exerci vários cargos de chefia em diversos órgãos, sempre no

sentido de cumprir bem com as minhas tarefas, até à data em que fui

colocado na condição de aguardar pela disponibilidade.

Aos 25 de Abril de 1991, fui contactado pelos Senhores Guilherme

(Man Gui) que trabalhava no Hotel Tivoli, representando a empresa

ESTA, no ramo da hotelaria, e Francisco Monteiro, então funcionário

da Clínica Sagrada Esperança (C.S.E), para ingressar nesta Clínica, na

área de Logística, mais propriamente no Economato, onde trabalhei

com total dedicação, assiduidade e pontualidade nas tarefas de que

fui incumbido.

Em 1996, já como funcionário da Logística da CSE, na ambulância

que fazia recolha do pessoal, na altura viaturas de marca Nissan Patrol,

por volta das 05horas e 45minutos, no Bairro Sagrada Esperança/

Prenda, fomos surpreendidos com disparos de arma de fogo

perpretados por alguns marginais. Neste ataque o meu pulso esquerdo

foi atingido, causando assim uma lesão grave. Na verdade, só saímos

de lá vivos com a graça de Deus, porque conseguimos, não sei como,

sair da ambulância e fugir para o meio do Bairro até chegar à estrada

principal da Samba, onde fomos socorridos pela Polícia.

Ao chegar à Clínica fomos socorridos de imediato pela equipa

médica em serviço, tendo sofrido várias intervenções cirúrgicas na

própria Clínica e no exterior do País. Em função da lesão causada pelo

acidente, fui reenquadrado na área de Economato, concretamente na

Cafetaria.

A minha entrada na área dos motoristas deu-se num dia em que

houve uma emergência na área dos Cuidados Intensivos, e como

único presente com carta de condução na altura, fui solicitado para

conduzir uma ambulância e ir buscar um doente à Clínica da Muralha

da China, sob o olhar surpreendido dos colegas que pensaram, por

um minuto, que eu não seria capaz, uma vez que, depois do incidente,

nunca mais me tinham visto a conduzir. Graças a Deus, tudo correu

bem e regressei com o doente sem qualquer problema.

Depois desta missão foi-me recomendado pelo Dr. Rui Pinto, na altura

Director Administrativo e Financeiro da C.S.E, actualmente Presidente do

Conselho de Gerência (P.C.G), a fazer uma carta para mudança de área,

isto é, da Cafetaria para a área dos Transportes.

Já na área dos Transportes, fui colocado à disposição da área

Administrativa, fazendo trabalhos de Relações Públicas e Protocolo, onde

exerço as duas funções, desde o ano de 1997 ou 1998, se a memoria não

me falha, até à presente data.

Nesta trajectória, fiz parte do grupo fundador da Comissão Sindical

de Trabalhadores da C.S.E. onde exerci a função de Secretário para

Juventude, Desporto e Recriação, durante duas (02) décadas, cumprindo

com o meu papel.

2) Descreva-nos como é trabalhar numa área tão complexa

e tão importante para a comunicação com os nossos clientes e

fornecedores.

MT: É fundamental realçar que todas as áreas são importantes, uma

vez que o bom funcionamento da Clínica depende da boa interacção

das diversas áreas e de todos os Órgãos que a compõem. Penso que

é fundamental passarmos a todos os colegas a mensagem de que a

área de Relações Públicas e Protocolo tem ajudado a C.S.E a evoluir

através do contacto com os nossos clientes, parceiros, colaboradores e

fornecedores, levando, de forma rápida, toda documentação produzida,

tais como Contratos, Facturas, Checks, Retro-Informações, Relatórios

Médicos, Informações etc.

11

ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014

Contudo, este nosso trabalho é muito complexo, porque diariamente

nos deparamos com vários obstáculos, desde os engarrafamentos, vias

danificadas que causam um certo desconforto, localização do objectivo,

até ao contacto com as pessoas que desejamos. Por outro lado, é esta área

que leva a imagem da C.S.E, em alguns casos no primeiro contacto com

os nossos clientes, o que exige de nós muita responsabilidade, atenção,

respeito e disciplina laboral, para não haver erros na tramitação da

documentação, que é algo muito sério.

3) BI: A Clínica está a crescer todos os dias. Qual é a visão que tem

do seu Gabinete para os próximos 5 anos?

MT: De certeza que a tendência da nossa área é crescer cada vez mais,

acompanhando a evolução do mundo em todos os ramos, sobretudo no

das tecnologias, porque o mundo de hoje é diferente em comparação com

o de ontem e não será o mesmo, certamente, em relação ao de amanhã.

Para a concretização deste desiderato temos que manter o programa

de formação periódica dos funcionários desta Clínica, dando assim uma

melhor atenção ao Homem, que é a força motriz de todo esse crescimento.

O maior segredo dos profissionais da nossa área é a dinâmica e a força de

vontade em fazer crescer cada vez mais a C.S.E, dando o nosso melhor em

cada dia de trabalho.

Por isso, vamos aproveitar a graça, a inteligência e sabedoria

que Deus tem dado ao nosso Líder P.C.G (Dr. Rui Pinto) que vem

respondendo positivamente no seu cargo, para promover a

formação continua dos efectivos, e nos próximos 5 anos tornarmo-

nos num Gabinete de excelência e qualidade na distribuição de

toda documentação da CSE.

4) BI: Que conselhos deixa aos jovens para que possam

envolver-se de corpo e alma nos grandes projectos de expansão

e crescimento gizados pela Direcção da Clínica?

MT: Hoje sinto-me veterano, porque comecei a trabalhar

muito cedo e num período muito crítico do nosso País, mas

também já fui jovem e, como tal, recomendo a toda juventude

deste País, especialmente os da CSE, que é preciso traçar metas a

alcançar na vida, aproveitando as oportunidades que são postas

à sua disposição, para se tornarem bons profissionais naquilo

que desenvolvem, entregando-se ao trabalho não só para o

preenchimento das necessidades sociais que caracterizam o

ser humano, mas também para a sua realização profissional.

Naturalmente que tudo isto só será possível com muito Trabalho,

Sabedoria, Inteligência, Pontualidade, Responsabilidade e

Assiduidade no cumprimento das suas tarefas laborais na C.S.E.

Elogios e Agradecimentos dos Clientes pelo Bom Atendimento Prestado na CSE no Iº Trimestre de 2014

02 Jan 14 - ficha nº 783 - CMRNA - Quero aqui deixar os meus agradecimentos a Senhora Fernanda bem como a Domingas (Enfermeiras) realmente, neste dia estiveram a altura, prova disso é que saí mesmo muito bem!

Enf. Domingas Caculo e Enf. Fernanda

04/Jan/14 - ficha nº 785 - Atendimento Permanente - Venho pela primeira vez com dores, mas quando cheguei ao banco de urgência, fui bem recebida, dei os dados fui a triagem a mesma coisa, fui ao consultório principal, tudo bonito. Fui ao Raio X mesma coisa,

GABINETE DO CLIENTE - ELOGIOS E AGRADECIMENTOS

para terminar, agradeço o Dr. Filipe Jorge e seus colegas. -

Dr. Filipe Jorge e equipa

10 Fev 14 - ficha nº 851 - Consulta Externa - Continuem assim, estarão contribuindo para o desenvolvimento do país.

CSE

06/03/14 - ficha nº 891 - Piso Neonatologia - O Enf. Piedade da Pediatria é profissional, o mundo seria melhor com 100 enfermeiros desse tipo.

Enfermeira Piedade

06 Mar 14 - ficha nº 893 - Piso Neonatologia - Fui bem recebida pelos enfermeiros de nome Piedade e Francisco Lobo. São Excelentes no trabalho e

pacientes, têm amor ao próximo, enfermeiros que encorajam as mães, sabem como acalmar e reagir perante as terapêuticas indicadas pelos médicos. Estou até agora satisfeita pelos vossos serviços. Os dois enfermeiros são excelentes. Estão bem colocados nos seus devidos lugares. -

Enf. Piedade e Enf.Francisco Lobo

16/03/14 - ficha nº 910 - AP. Pediatria - O Recepcionista Martin Carvalho, prestou um excelente trabalho quanto a recepção, atendimento e encaminhamento dos processos do meu filho e, não esquecer a médica em serviço.

Recep. Martin Carvalho

EDITORIAL

E-mail da CSE:

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E-mail do Boletim:

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Website da CSE:

www.cse-ao.com

FICHA TÉCNICABárbara Mesquita

Esmael Tomás

Marta Leal

Hipólito Calulu

Narciso Mbangui

REDACÇÃO E REVISÃO

Maria do Carmo Cruz

DESIGN E PAGINAÇÃO

Eduardo Brock

imagem cooporativa

A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.

A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de

personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com

fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda,

Avenida Mortala Mohamed.

Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da

Foundation for Excelence and Business Pratice, situada em Genebre Suíça.

MISSÃOPrestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento,

com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo

a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aprefeiçoamento profissional e a

satisfação dos seus coladoradores.

Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no

ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos

e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em

colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em saúde, bem como

na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.

Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na

área hospitalar.

VISÃOA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual

e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de

saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto

instituição de saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos

funcionários, a responsabilidade social.