boletim informativo - edição 12

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Boletim Informativo 4º Trimestre 2012 Número 12 / Ano IV

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Boletim Informativo da Associação FARO1540, perioricidade trimestral

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2º Trimestre de 2010

Número 2 / Ano I

Boletim Informativo

4º Trimestre 2012

Número 12 / Ano IV

2

1540” o que muito nos

orgulhou.

Na conferência “Cidades

pela Retoma” que ocorreu

no último dia de Novembro,

subordinada ao tema Revita-

lização Urbana e Comércio

Local lançou-se a iniciativa

“Estamos na Baixa” que visa

combater o elevado número

de lojas devolutas na baixa

farense e facilitar a abertura

de lojas com valências dife-

rentes das tradicionais e que

possam ser uma evidente

mais valia para o fortaleci-

mento do comércio local. A

receptividade tem sido bas-

tante boa e o processo de

entrega de candidaturas

termina a 25 de Janeiro,

pelo que ainda há tempo

para que os interessados

avancem com o seu projec-

to.

Boa leitura!

Caros Associados,

Em primeiro lugar desejo em

meu nome e em nome da

Direcção da “Faro 1540” um

bom ano 2013 e que este

fique bem acima das vossas

expectativas.

Tal como já vem sendo hábito

apresentamos o boletim

informativo referente ao últi-

mo trimestre de 2012, que

veio a demonstrar-se um dos

trimestres mais activos da

nossa associação. Para além

do Seminário de Reabilita-

ção Urbana e Desenvolvi-

mento Sustentável, estes

últimos 3 meses contaram

com abertura da nossa

sede com um conjunto

diversificado de aulas e

workshops, que absorveu

quase na totalidade o nosso

tempo disponível. Destaca-

se as aulas de alemão

(iniciação), o inglês

(conversação), as aulas de

guitarra, de burlesco, de

kizomba e danças latinas a

que se juntou o workshop

de Reiki (nível I) e de bom-

bons de chocolate.

Tivemos o nosso tradicional

jantar de natal que contou

com a apresentação do tra-

balho que originou o livro

da autoria de Fernando Pes-

sanha “A Cidade Islâmica de

Faro” que contou com o

apoio directo da “FARO

Mensagem do Presidente

FICHA TÉCNICA

DIRECÇÃO

Bruno Lage

DESIGN

Nuno Antunes

COORDENAÇÃO

Idália Sebastião

REDACÇÃO

Bruno Lage

Idália Sebastião

PAGINAÇÃO

Bruno Lage

REVISÃO

Idália Sebastião

MENSAGEM DO PRESIDENTE 2

SEDE DA “FARO 1540”: O ANTES E O DEPOIS

3

3º SEMINÁRIO DE REABILITA-

ÇÃO URBANA E DESENVOLVI-

MENTO SUSTENTÁVEL

6

CONFERÊNCIA “CIDADES PELA RETOMA” - REVITALIZAÇÃO URBANA E COMÉRCIO LOCAL

12

AS ACTIVIDADES NA NOVA SEDE

15

JANTAR DE NATAL COM A APRESENTAÇÃO DO LIVRO “A CIDADE ISLÂMICA DE FARO”

17

FARO1540 APOSTA NA INICIATIVA ESTAMOS NA BAIXA PARA REVITALIZAR O COMÉRCIO LOCAL

19

AULAS E WORKSHOPS

“FARO 1540”

21

PARCEIROS “FARO 1540” 22

Nesta edição:

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org

Bruno Lage

Presidente da Direcção

4º Trimestre de 2012 Número: 12/ Ano: IV

A “Faro 1540” acolheu nos

últimos três meses mais 19

associados a saber: Marta

Correia, Maria Inês Pontes,

Luís Santos, Hélia Fernandes,

Renato Pereira, Ana Catarina

Nunes, Joana Pires, Susana

Antunes, Elsa Vaz, Bruno

Gouveia, Hugo Francisco,

Miguel Martins, Ricardo Seve-

rino, Emanuel Aniceto, Pedro

Martins, Luís Nadkarni,

Roberto Carvalho, Idalécia

Carrasco e Andreia Parreira.

Quadro Social

3

Como já foi anunciado no boletim informativo do último

trimestre, a FARO 1540 arrendou uma vivenda térrea

em Faro, na Rua Pedro Nunes, n.º 14, para desenvolver

as suas actividades e permitir aos seus associados e à

cidade de Faro usufruirem de um novo espaço cultural.

O edifício, uma casa térrea com 6 divisões, cave e pátio,

com cerca de 80 anos e devoluto à mais de 20, só foi

conseguido através dos esforços do Presidente da Mesa

da Assembleia Regional, Fernando Leitão Correia, co-

proprietário da moradia.

Apesar de o edifício estar na posse da Associação desde

Maio de 2012, só no passado mês de Outubro foi possí-

vel dar início ao desenvolvimento de actividades no

local. Durante estes 6 meses foram desenvolvidos inú-

meros trabalhos de reabilitação do espaço (que se

encontrava bastante debilitado como se pode ver nas

várias fotografias), trabalhos esses levados a cabo, na

sua grande maioria, por uma mão cheia de associados e

amigos da FARO 1540 que se mostraram incansáveis ao

longo desse período, prescindindo do seu tempo livre

para ajudar este projecto. A FARO 1540 não contou

com o apoio financeiro de qualquer entidade para a

reabilitação do edifício, mas a Junta de Freguesia da Sé,

a Sanitana e alguns amigos contribuíram com doações e

empréstimos de materiais e equipamentos para a sua

reabilitação.

Os trabalhos efectuados passaram por:

- limpeza de toda a área interior e exterior da casa, na

qual se acumulavam os mais variados detritos, desde

panfletos publicitários, a objectos estragados dos anti-

gos moradores, passando por ossadas de animais,

livros, carpetes e materiais de laboratório;

SEDE DA “FARO 1540”: O ANTES E O DEPOIS

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

4

- demolição das estruturas existentes no pátio

(galinheiros e canteiros), que impediam a plena fruição

do espaço;

- lavagem de todas as janelas, portas, chãos e paredes

(muitas delas cobertas por bolor);

- pintura a tinta e a cal de todas as paredes interiores,

exteriores, do pátio e da cave;

- verificação e rectificação (sempre que necessário) da

estrutura dos vários pisos da casa;

- colocação de uma nova instalação eléctrica;

- reparação do telhado e de algumas goteiras que se

verificavam na casa;

- reparação de tectos em duas salas;

- reparação de rachas existentes nas paredes;

- reparação da tubagem da água que se encontrava mui-

to corroída devido à idade avançada.

E um sem número de pequenos detalhes que tiveram

de ser tratados para tornar o espaço habitável e aco-

lhedor e para ir de encontro aos projectos idealizados

pela FARO 1540 para desenvolver na sua sede.

O processo de reabilitação, apesar de ter sido levado a

cabo com recursos financeiros muito limitados, como

não poderia deixar de ser, centrou-se sempre na pro-

cura de uma reabilitação correcta e sustentável, ou não

fosse a FARO 1540 uma associação de defesa e promo-

ção do património. Para ir de encontro a este objectivo

foram utilizados processos e materiais equiparáveis aos

usados na altura de construção do edifício , nomeada-

mente o recurso a cal e a telha velha, as madeiras utili-

zadas eram certificadas e provenientes de florestas sus-

tentáveis, sempre que foi necessário recorrer a tinta

plástica optou-se por marcas amigas do ambiente, os

detritos da demolição foram reaproveitados para a

construção de um aterro numa das salas do edifício.

Para além disso foi utilizada muita imaginação e bom

senso na recuperação da propriedade.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

O processo de reabilitação,

apesar de ter sido levado a

cabo com recursos financei-

ros muito limitados, como

não poderia deixar de ser,

centrou-se sempre na procu-

ra de uma reabilitação cor-

recta e sustentável

5

Assim, de uma casa de habitação devoluta e em mau

estado de conservação, surgiu a sede da FARO 1540, na

qual se podem encontrar os seguintes espaços:

- sala multiusos – uma sala ampla, com espelhos e sem

mobiliário, ocupada com as aulas de dança e outras acti-

vidades que necessitem de um espaço mutável;

- sala de formação – para uma formação mais tradicio-

nal, com secretárias, cadeiras e onde não falta o tradi-

cional quadro;

- sala de leitura – com sofás e uma vasta biblioteca de

livros portugueses, espanhóis, franceses, alemães e

ingleses;

- bar – no qual os associados podem confraternizar e

que serve de apoio às várias actividades a desenvolver;

- cozinha;

- pátio;

- cave – para a qual os associados não se cansam de

sugerir os mais variados tipos de ocupações.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Foram utilizados processos e

materiais equiparáveis aos usa-

dos na altura de construção do

edifício , nomeadamente o

recurso a cal e a telha velha, as

madeiras utilizadas eram certi-

ficadas e provenientes de flores-

tas sustentáveis

6

A “FARO 1540” – Associação de Defesa e Promoção

do Património Ambiental e Cultural de Faro, levou a

efeito no dia 19 de Outubro, no Auditório do Instituto

Superior de Engenharia da Universidade do Algarve -

Campus da Penha, o seu 3º Seminário de Reabilitação

Urbana e Desenvolvimento Sustentável tendo contado

com 75 participantes.

O programa incidiu este ano essencialmente nos concei-

tos de Património e Identidade, Marketing e Economia

Urbana, Revitalização e Regeneração Urbana, Cobertu-

ras Ajardinadas e Jardins Verticais e Edifícios “verdes”

de alta performance.

Através das comunicações que foram apresentadas por

um conjunto de especialistas, este evento procurou

fomentar um debate objectivo, prático e claro com o

intuito de informar e formar os participantes sobre as

tendências e as matérias que giram em torno destas

temáticas. O Seminário terminou por volta das 18 horas

A C T I V I D A D E S

3º SEMINÁRIO DE REABILITAÇÃO URBANA E

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

O programa incidiu este ano

essencialmente nos conceitos

de Património e Identidade,

Marketing e Economia

Urbana, Revitalização e

Regeneração Urbana,

Coberturas Ajardinadas e

Jardins Verticais e Edifícios

“verdes” de alta performance

7

com uma mesa redonda onde foram colocadas diversas

questões relacionadas com os temas debatidos ao longo

do dia e onde os participantes tiveram a oportunidade

de apresentar os seus pontos de vista e as suas expe-

riências.

Segundo Bruno Lage, o esvaziamento dos centros urba-

nos, tem vindo a tornar-se uma realidade em diversas

cidades e a assumir em muitos locais contornos preocu-

pantes onde se assiste à degradação progressiva das suas

estruturas urbanas, dos seus edifícios e dos seus espa-

ços exteriores sendo insustentável continuar a viver em

cidades completamente degradadas e sem vida.

Para combater este cenário, a reabilitação urbana aliada

a políticas que invertam esta situação surgem como fer-

ramentas fundamentais para devolver a determinadas

áreas das cidades a vida e a dinâmica de outros tempos,

evitando que as cidades se transformem em espaços

“fantasma”, pouco ou nada atractivos e decadentes.

Este evento contou com as parcerias da Neoturf, da

Monteiro & Ricou, do Instituto Superior de Engenharia

da Universidade do Algarve, da Lusoambiente, do Jornal

Arquitecturas, da Hagâbê Informática e do Jornal Barla-

vento que tal como no ano anterior se associou a este

evento publicando no seu jornal versão papel um con-

junto de artigos por parte dos nossos oradores.

De realçar ainda que tal como as edições anteriores,

este Seminário foi totalmente livre de emissões de gases

de efeito de estufa (Evento Carbono Zero), uma vez que

as emissões de CO2 geradas pelas deslocações dos par-

ticipantes, energia e tratamento dos resíduos gerados

serão compensadas com a plantação de árvores em ter-

renos de recuperação florestal autóctone.

Teresa Correia, vereadora do urbanismo na

Câmara Municipal de Faro e associada da “Faro 1540”,

na sua apresentação referiu que a regeneração urbana

significa não só a reabilitação do centro histórico, mas

também, a vivência dos espaços, com criatividade, com

novas soluções de negócio, projetando-se para fora das

suas fronteiras. Alcançar este objectivo tão desejado no

planeamento das cidades tem nos dias que correm,

como maior desafio, a capacidade de obter novas for-

mas de financiamento. O paradigma do investimento

público sem grandes restrições, com maior ou menor

comparticipação, terminou.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

O esvaziamento dos centros

urbanos, tem vindo a tornar-se

uma realidade em diversas

cidades e a assumir em muitos

locais contornos preocupantes

onde se assiste à degradação

progressiva das suas estruturas

urbanas, dos seus edifícios e dos

seus espaços exteriores sendo

insustentável continuar a viver

em cidades completamente

degradadas e sem vida

A regeneração urbana significa

não só a reabilitação do centro

histórico, mas também, a

vivência dos espaços, com

criatividade, com novas

soluções de negócio, projetando

-se para fora das suas fronteiras.

8

De acordo com Teresa Correia, as origens deste pro-

blema remontam aos anos 70, com o aumento da infla-

ção, a par da política de congelamento das rendas, o

qual tornou praticamente inexistente a entrada de novas

habitações no mercado de arrendamento. Nos anos 80

e 90, a liberalização do mercado financeiro pela facilida-

de de acesso ao crédito, levaram a que a aquisição de

habitação própria se tornasse na forma mais viável de

uma família ter acesso a uma habitação.

Com a crise do setor da construção, a reabilitação urba-

na poderá constituir-se como a alternativa mais exequí-

vel para preservar o património, dinamizar a economia e

dar emprego, sendo que, para que tal aconteça, é evi-

dente a necessidade de criação de uma política integra-

da. Importa, criar estímulos ao arrendamento urbano,

que permitam colocar fogos no mercado acessíveis às

famílias.

Desde o final da década de oitenta, a Câmara Municipal

de Faro tem vindo a promover diversas ações, no senti-

do da salvaguarda, qualificação e dinamização do centro

da cidade, sendo particularmente evidente, a estratégia

desenvolvida já na década de noventa, materializada

numa série de intervenções ao nível da requalificação do

espaço público e comercial. Hoje, esta dinâmica já não é

possível nestes termos.

A delimitação de 3 ARU´s (Áreas de Reabilitação Urba-

na), constituídas nestes últimos 3 anos, permitem o

acesso a significativos benefícios fiscais, a todos aqueles

que pretendem reabilitar o edificado nestas zonas,

nomeadamente a isenção do imposto municipal sob

imóveis (IMI), durante 5 anos. Pretende-se uma visão de

futuro, materializada em documentos estratégicos que

possam servir de referência num prazo alargado, embo-

ra com uma base realista, assente em medidas possíveis

de concretizar.

O parque ribeirinho, também ele a ser regenerado

ambientalmente, irá certamente contribuir para melho-

rar a qualidade de vida dos farenses, apesar da conjun-

tura desfavorável em que se vive. A frente ribeirinha é

em Faro, o maior potencial de desenvolvimento, sendo

também um espaço aprisionado pelo“ espartilho” das

enormes restrições legais.

O diálogo frutuoso com as instituições da Administra-

ção Central permite ainda ter esperança que a imple-

mentação de uma doca exterior, assim como a inter-

venção de requalificação no Cais Comercial sejam uma

realidade. Mas será sempre com persistência e com a

colaboração de todos, que se constrói o futuro.

Já Paulo Palha, director da Neoturf abordou o conceito

das Coberturas ajardinadas referindo que no século

vinte, as técnicas construtivas fizeram das coberturas

planas a regra na grande maioria dos edifícios das zonas

urbanas. Estas coberturas, cujo sistema construtivo

possibilitava agora maiores cargas, levaram ao desen-

volvimento e expansão das coberturas ajardinadas.

Hoje em dia as coberturas ajardinadas são uma área de

negócio em franca expansão, já representada por uma

indústria tecnicamente capaz e muito organizada. Por

outro lado, o reconhecimento público das enormes

vantagens deste tipo de instalação levou a que alguns

governos já tenham estabelecido incentivos para quem

adopte este tipo de solução construtiva. Como exem-

plos refiro que 43% das cidades Alemãs oferecem in-

centivos fiscais para a instalação de coberturas ajardina-

das; e Copenhaga obriga á sua instalação em novos edi-

ficios.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

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Méritos das Coberturas Ajardinadas:

As coberturas ajardinadas extensivas, projectadas para

não serem utilizadas, e como tal isoladas das pessoas,

podem ser habitats imperturbáveis para plantas, pás-

saros e insectos, potenciando o aparecimento e desen-

volvimento da biodiversidade no interior das cidades

densas.

As coberturas ajardinadas permitem reter parte das

águas pluviais no seu substrato, libertando lentamente

parte dela e aproveitando parte através das plantas aí

presentes. Contribuem assim para o descongestiona-

mento do sistema de drenagem urbano e consequente

diminuição de probabilidade de eventos de cheias em

picos de precipitação.

Uma parte dos poluentes atmosféricos podem ser filtra-

dos pelas plantas presentes nas coberturas ajardinadas

sendo, attravés das suas folhas. Estudos demonstram

que a vegetação pode reter 95% do cádmio, cobre e

chumbo e, 16% de zinco (Peck et al. 1999).

Outro dos benefício das coberturas ajardinadas é a re-

dução do efeito da ilha de calor. Bass et al. (2002), no

seu modelo matemático, que relacionava a influência das

coberturas ajardinadas no efeito da ilha de calor na ci-

dade de Toronto, simulou que se 50% dos edifícios da

baixa de Toronto tivessem coberturas ajardinadas se

verificaria uma redução na temperatura ambiente de

apenas 0,5º C. No entanto, quando no modelo estudado

se acrescentava a possibilidade de rega, assegurando

uma evapotranspiração efectiva mesmo durante largos

períodos de seca, a redução de temperatura seria de 2º

C.

Nos problemas de ruído das cidades também parece

ser possível contar com o contributo das coberturas

ajardinadas. O isolamento acústico foi uma das princi-

pais razões para a instalação de uma cobertura ajardi-

nada no edifício da Gap’s 901 Cherry Hill, Califórnia. A

cobertura reduziu a transmissão de ruídos em cerca de

50 decibéis (Burke 2003).

Quanto a vantagens economicas convém referir desde

logo que as coberturas ajardinadas prolongam o tempo

de vida dos sistemas de impermeabilização, reduzindo

por isso os custos das renovações de edificios. Pes-

quisas efectuadas na Europa sugerem que as coberturas

ajardinadas duplicam a esperança de vida das membra-

nas das coberturas (Peck and Kuhn 2000). Mas a princi-

pal vantagem económica, é o grande aumento de efi-

ciência energética que esta solução construtiva confere

aos edifícios. As coberturas ajardinadas diminuem em

90% a acção térmica dos raios solares incidentes nas

coberturas. As temperaturas no interior do edifício

mostraram ser de menos 3 / 4º C quando a tempera-

tura exterior se situa entre os 25 e 30º C (Peck et al.

1999). Em climas onde o ar condicionado é essencial

para a manutenção de condições decentes de trabalho,

esta poderá ser uma razão fundamental para se adoptar

uma cobertura ajardinada: cada redução de 0,5º C na

temperatura interior do edifício reduzirá o consumo de

energia (destinada a aparelhos de ar condicionado) em

mais de 8%.

Dadas as caracteristicas climaticas de Portugal, as

coberturas poderiam evidenciar ainda mais os seus

beneficios mais conhecidos. Para tal necessitamos politi-

cas que incentive e regulem a sua instalação, insta-

ladores com um bom nível de conhecimento técnico e

normativas que ajudem na correcta projecção, instala-

ção e fiscalização deste tipo de construção.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Nos problemas de ruído das

cidades também parece ser

possível contar com o con-

tributo das coberturas ajardi-

nadas

Dadas as caracteristicas climaticas

de Portugal, as coberturas po-

deriam evidenciar ainda mais os

seus beneficios mais conhecidos

10

Na vez de. Diogo Ricou intervir sobre jardins verticais

afirmou que eles estão aí para ficar.

É verdade, os jardins de parede como alguns gostam de

lhes chamar chegaram a Portugal.

Há cerca de seis anos a Monteiro & Ricou foi uma das

empresas pioneiras neste novo tipo de jardins, com uma

técnica “importada” de França mas diferente das exis-

tentes hoje no mercado. Os sistemas usualmente utili-

zam telas geotêxtil, o nosso sistema utiliza um substrato

natural e reciclável onde as plantas se desenvolvem.

Aliás essa é a sua principal diferença. Na Europa porém

estes jardins contam já com cerca de 20 anos, principal-

mente pela mão do “pai” destes jardins - Patrick Blanc.

Patrick é especialista em botânica e denominou o seu

trabalho de “mur vegetal”, as suas criações revoluciona-

ram o mundo da arquitetura e do paisagismo. Também

do outro lado do mundo no Brasil este tipo de jardins

estão a tornar-se uma moda.

Em relação às técnicas estas diferem de empresa para

empresa mas principalmente são os materiais que com-

põem o sistema quem os diferencia. Qualquer que seja,

o efeito final é sempre surpreendente e atrai cada vez

mais pessoas a este negócio. No entanto por ser uma

área de trabalho altamente específica e por existir pou-

ca informação e investigação, são poucas as empresas

que se lançam a prestar este tipo de serviços.

Daí ser extremamente importante este tipo de iniciati-

vas, esta troca de conhecimentos, da “FARO 1540”,

com este 3º Seminário sobre Reabilitação Urbana e

Desenvolvimento Sustentável.

Paula Pedro relembrou que em Portugal existem cerca

de meia dúzia de empresas a trabalhar nesta área sendo

que a grande maioria estão ligadas ao sector da jardina-

gem, o que é uma mais-valia, já que um dos aspetos

mais importantes, e falando agora um pouco na fase de

projeto, é a escolha e seleção das espécies. Só conhe-

cendo as plantas e o seu comportamento podemos ter

sucesso, e isso aplica-se não só aos verticais como aos

jardins convencionais ou sob coberto natural.

As principais vantagens para quem pretende investir

numa solução destas são:

- Fonte de oxigénio;

- Baixam a temperatura do ar quando instalados no

interior, diminuindo os custos com energia;

- Purificam o ar e retém as poeiras e a poluição;

- Potenciam a biodiversidade;

- Protegem os edifícios dos raios solares e fenómenos

atmosféricos adversos;

- Melhoram o conforto térmico em edifícios (regulação

das amplitudes térmicas);

- Reduzem em alguns casos o ruído em cerca de 20db

melhorando o nosso nível de conforto acústico;

E claro, contribuem para o nosso bem-estar.

Para terminar gostaria de salientar que não nos pude-

mos esquecer que se tratam de ser vivos e que por isso

necessitam de uma manutenção regular, pormenor mui-

tas vezes esquecido e negligenciado.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Os Jardins Verticais estão aí

para ficar

11

Para Davide Alpestana, no decorrer da última década, a

revitalização dos centros das cidades teve um lugar de

destaque nos discursos e nas políticas públicas, estimu-

lando o aparecimento de programas de urbanismo

comercial e de requalificação urbana, um pouco por

todo o país. As intervenções qualificaram estabelecimen-

tos e práticas comerciais, atraíram investimentos,

melhoraram o ambiente urbano e alavancaram marcas

territoriais, contribuindo para atenuar a dinâmica de

desqualificação social, funcional e paisagística dos cen-

tros. Contudo, após o fim destes programas continuam

a subsistir vários problemas e face à diminuição do

investimento público e privado, bem como do consumo,

é necessário encontrar soluções que alcancem e prossi-

gam os mesmos objectivos.

Uma das tendências emergentes é o Urbanismo Tem-

porário. Em termos gerais, passa pelo envolvimento

das redes culturais, criativas e comunitárias na explora-

ção do número crescente de espaços expectantes,

devolutos ou simplesmente subaproveitados, através de

acções colaborativas, de baixo custo e baixo risco,

sobretudo relacionadas com as áreas do mix – criativo.

Os benefícios destas iniciativas são os rápidos efeitos de

regeneração urbana, especialmente enquanto a reabilita-

ção e o arrendamento urbano estiverem dependentes

de novos diplomas, que apesar das suas virtudes, demo-

rarão tempo a ter efeitos práticos.

Por outro lado, o comércio está a atravessar mais uma

mudança. O consumidor está mais racional, selectivo e

sofisticado e para seduzi-lo as lojas estão a adicionar

valor ao acto de compra, na forma de entretenimento,

experiências e emoções. É uma tendência que se pode

designar por Comércio Social e que está assente em

novos modelos de negócio, como sejam as Concept Sto-

res, as Pop-Up Shops ou as Fusion Stores. Na prática,

estas lojas apostam na interacção com o público, com-

binam diferentes ofertas, promovem eventos e iniciati-

vas culturais e alinham em tendências ecológicas, éticas

ou de comércio justo.

As Pop-Up Shops, por exemplo, são lojas temporárias

instaladas em espaços devolutos de pequenas dimen-

sões, usadas pelas grandes marcas para disponibilização

de colecções exclusivas, com forte impacto mediático.

Aparecem do nada, despertam o efeito surpresa nos

consumidores para depois desaparecerem ou se trans-

formarem em algo mais.

Relativamente ao sector dos serviços, a necessidade de

redução de custos associada à crescente mobilidade das

forças de trabalho e a novos perfis profissionais, tem

originado espaços de trabalho colaborativo, dos quais

se destacam os Pólos de Indústrias Criativas. São

estruturas de alojamento empresarial que visam o auto-

desenvolvimento, a sinergia entre os negócios criativos

e uma redução de custos fixos, explorando perfis não

convencionais de trabalho mas intimamente ligados ao

empreendedorismo. Estamos a falar de moda, música,

artes, design, artesanato, multimédia ou gastronomia.

Segundo a Comissão Europeia, é um sector que tem

dado provas de resistência na actual recessão e que

representa actualmente 4,5% do PIB e 8,5 milhões de

empregos na União Europeia.

Assim o urbanismo temporário, o comércio social

(juntamente com os pólos de indústrias criativas) e a

arte pública, são três tendências que podem ajudar a

revitalizar os centros das cidades, pela forma positiva e

intensa com que utilizam a cidade, adicionando cor, tex-

tura e até encontros improvisados a um pano de fundo

cada vez mais uniforme e monótono.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Os benefícios destas iniciativas

são os rápidos efeitos de rege-

neração urbana, especialmente

enquanto a reabilitação e o

arrendamento urbano estive-

rem dependentes de novos

diplomas, que apesar das suas

virtudes, demorarão tempo a

ter efeitos práticos

12

A inauguração da sede da Faro 1540, como centro

nevrálgico de desenvolvimento das actividades da asso-

ciação, teve lugar no dia 30 de Novembro (sexta-feira),

com a edição de mais uma conferência Cidades pela

Retoma (a 5.ª desde o início deste projecto e desde a

colaboração da Faro 1540 com o Movimento Cidades

Pela Retoma). O tema proposto para mais esta sessão

foi a “Revitalização Urbana e Comércio Local”.

Para abordar este tema de suma importância para a

retoma económica das nossas cidades foram convidados

dois oradores: Tiago Botelho (economista, exerce fun-

ções na Sociedade de Gestão Urbana de Vila Real de

Santo António) e Davide Alpestana (geógrafo, exerce

funções na Sociedade Pólis – Ria Formosa), tendo a

mediação da sessão ficado a cabo do Presidente da

Direcção Bruno Lage.

Tiago Botelho apresentou o caso de Vila Real de Santo

António, mais concretamente o conceito de Centro

Comercial a Céu Aberto que está a ser desenvolvido e

implementado na zona histórica/ribeirinha da cidade,

sendo já considerado um êxito quer por comerciantes,

quer por residentes e visitantes desta zona da cidade

pombalina.

Davide Alpestana, no âmbito do movimento Cidades

pela Retoma fez a apresentação e lançou o projecto

“Estamos na Baixa”, projecto esse da responsabilidade

da “Faro 1540”, desenvolvido e coordenado pelo Davi-

de Alpestana, que pretende contribuir para a revitaliza-

ção da Baixa Comercial farense. Mais à frente neste

Boletim Informativo é possível encontrar um artigo com

informação detalhada sobre esta iniciativa, o regulamen-

to e forma de participar.

A C T I V I D A D E S

CONFERÊNCIA “CIDADES PELA RETOMA”

REVITALIZAÇÃO URBANA E COMÉRCIO LOCAL

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

13

Seguiu-se uma fase de debate, com a colocação de dúvi-

das e a expressão de opiniões por parte do público pre-

sente, quer sobre o caso de Vila Real de Santo António,

quer sobre o projecto “Estamos na Baixa” e ainda sobre

a situação do comércio na baixa da cidade de Faro.

Para além da conferência esta primeira iniciativa no

novo espaço da associação contou ainda com uma

homenagem a Luís Santos, através da atribuição da cate-

goria de associado Honorário da Faro 1540. Esta cate-

goria de associado é entregue a personalidades cujas

acções por elas desenvolvidas vão de encontro aos

objectivos prosseguidos pela Associação. O associado

Honorário Luís Santos é natural de Faro e licenciado

em Educação Física pelo ISEF, tendo sido professor

durante mais de três décadas. Paralelamente à sua pro-

fissão desenvolveu diversos trabalhos e publicações

todos eles que de forma directa promoviam e valoriza-

vam a identidade e a história quer de Faro e da Ria for-

mosa, como do Algarve. Dos seus trabalhos destacam-

se: A pesca do atum no Algarve (1989), Os moinhos

de Maré da Ria Formosa (1992), Os acessos a Faro e

aos concelhos limítrofes na segunda metade do Século

XIX (1995), Faro - Um olhar sobre o passado recen-

te” (Segunda metade do Século XIX)(1997).

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Para além da conferência esta

primeira iniciativa no novo

espaço da associação contou

ainda com uma homenagem

a Luís Santos

14

Para além destes livros, desenvolveu um conjunto de

colecções de Gravuras “Faro Antigo I”, “Faro Antigo II” e

“Algarve Tradicional”, todas sobre aspectos antigos de

Faro e do Algarve. Trata-se de desenho a tinta da China

e Crayon.

Posteriormente realizou alguns conjuntos de

“serigrafias” para a câmara de Faro; Loulé; Tavira; Vila

Real de Santo António; Olhão e Silves. Actualmente

está a preparar um trabalho infográfico 3D sobre a cida-

de de Faro relativo ao início do Século XIX e ao início

do Século XX. Tenho também iniciado um trabalho do

mesmo tipo sobre a cidade de Olhão, relativo a 1940.

Os interessados em saberem um pouco mais sobre o

trabalho desenvolvido por este ilustre farense poderão

consultar a sua página electrónica em:

http://faroalgarve3d.no.sapo.pt/

Após a cerimónia de entrega do diploma de Sócio

Honorário o convívio seguiu pela noite dentro, tendo

sido muitos os sócios, amigos e simpatizantes da Faro

1540 que passaram pelo novo espaço para conhecer as

instalações e dar os parabéns à Direcção por mais este

projecto de sucesso.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Os interessados em saberem

um pouco mais sobre o traba-

lho desenvolvido por este ilus-

tre farense poderão consultar

a sua página electrónica em:

http://

faroalgarve3d.no.sapo.pt/

Para além destes livros,

desenvolveu um conjunto de

colecções de Gravuras “Faro

Antigo I”, “Faro Antigo II” e

“Algarve Tradicional”, todas

sobre aspectos antigos de

Faro e do Algarve

15

Deram os primeiros passos em Outubro de 2012, algu-

mas das actividades que pretendem tornar o n.º 14 da

Rua Pedro Nunes um espaço de divulgação e promoção

cultural, bem como de formação e convívio, de referên-

cia em Faro.

Assim, as actividades da FARO 1540 estão divididas em

actividades fixas, que se estendem ao longo de um ano

lectivo, e actividades pontuais. Nas actividades fixas des-

tacam-se os cursos de línguas, nomeadamente o curso

de conversação de inglês e o curso de iniciação ao ale-

mão, este último devido à grande afluência de alunos

teve de ser desdobrado em duas turmas. Existe também

formação musical, nomeadamente guitarra clássica para

principiantes e dança, mais concretamente kizomba e

danças latinas. Mais recentemente, teve início na sede da

Faro 1540 uma novidade no Algarve: aulas de burlesco,

que pretendem acentuar e desenvolver o lado feminino

das participantes.

Para além destas actividades, nestes 3 meses de funcio-

namento, já foram desenvolvidos na nova sede:

- um curso de iniciação ao reiki, no qual os formandos

foram iniciados na prática de transmissão da energia

universal através da imposição das mãos;

- um workshop de chocolate, onde foi ensinada a arte

de fazer bombons de chocolate maciços com a adição

de frutos secos;

- mais uma conferência “Cidades pela Retoma”, desta

vez subordinada ao tema “Revitalização Urbana e

Comércio Local”, na qual foi apresentando o projecto

da FARO 1540, dinamizado pelo associado Davide

Alpestada, “Estamos na Baixa”.

- a festa de Natal – como não poderia deixar de ser rea-

lizou-se no dia 21 de Dezembro a primeira de muitas

festas de Natal da associação que contou com a presen-

ça de vários associados que fizeram questão de partici-

par neste convívio da família “FARO 1540” e ao mesmo

tempo conhecer este novo espaço.

A C T I V I D A D E S

AS ACTIVIDADES NA NOVA SEDE

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Pretendem tornar o n.º 14 da

Rua Pedro Nunes um espaço

de divulgação e promoção

cultural, bem como de

formação e convívio, de

referência em Faro

16

Para o próximo ano a direcção está a preparar novas

actividades e muitas surpresas, na dinamização da sede.

Caso queiras participar neste projecto e tenhas uma

ideia que pretendes desenvolver, mas para a qual neces-

sitas de espaço e algum apoio fala connosco. A sede é

um projecto de todos e para todos, com todos.

A FARO 1540 convida todos os seus associados a usu-

fruirem deste espaço, quer através da participação nas

diversas aulas (ainda existem algumas vagas por preen-

cher) e nas várias actividades temáticas que a associação

desenvolve periodicamente, ou simplesmente pelo con-

vívio com outros associados e amigos ao som de uma

música ambiente, com um bom livro, ou uma bebida.

O bar da associação está aberto todas as terças e sextas

-feiras à noite, a partir das 22:30 h, para todos os asso-

ciados e amigos.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

Caso queiras participar neste

projecto e tenhas uma ideia

que pretendes desenvolver,

mas para a qual necessitas de

espaço e algum apoio fala

connosco

O bar está aberto todas as terças

e sextas-feiras à noite

17

Decorreu no passado dia 8 de Dezembro mais uma edi-

ção do já tradicional jantar de Natal da Faro 1540. Os

associados e amigos da Faro 1540 que decidiram parti-

lhar esta noite foram muito bem recebidos, como já é

hábito, no salão de festas do Restaurante Pontinha.

Para além do convívio entre os participantes o jantar

contou, como não poderia deixar de ser, com uma

palestra de um ilustre convidado, o Dr. Fernando Pessa-

nha que apresentou o seu livro “A cidade Islâmica de

Faro”. Esta apresentação para além de dar a conhecer

uma obra cujo contributo é de grande relevância para o

conhecimento da história da cidade de Faro, teve um

gostinho especial para a Faro 1540, em virtude da Asso-

ciação ser uma das parceiras do autor que contribuíram

para a publicação da obra.

Após o jantar o Presidente da Direcção, Bruno Lage, fez

uma intervenção na qual deu as boas vindas às novas

sócias presentes, descreveu o trabalho e objectivos da

associação e, por fim, efectuou um resumo das activida-

des levadas a cabo ao longo de 2012, com especial inci-

dência na aquisição da sede, sua recuperação, principais

objectivos para a ocupação do espaço e actividades até

agora desenvolvidas.

Seguiu-se a vez do Presidente da Mesa, Fernando Leitão

Correia, que pediu a palavra para louvar e distinguir o

trabalho da Direcção ao longo de 2012, sobretudo,

todo o esforço levado a cabo para pôr de pé o projecto

da sede da Faro 1540.

A C T I V I D A D E S

JANTAR DE NATAL COM A APRESENTAÇÃO DO LIVRO

“A CIDADE ISLÂMICA DE FARO”

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A “FARO 1540” é uma das

parceiras do autor que

contribuíram para a

publicação da obra

18

Por fim, o convidado Fernando Pessanha, efectuou uma

excelente apresentação da sua obra, da qual deixamos

em baixo a sua sinopse. Para aquisição de um exemplar

deste pedaço da história de Faro podem contactar a

Associação para o e-mail [email protected]

“A Cidade Islâmica de Faro” é um trabalho que visa assi-

nalar os 1300 anos de um dos acontecimentos mais

importantes para a História e Identidade Patrimonial

algarvia: o início do domínio islâmico em Faro. A então

cidade de Ukxûnuba – nome que também designava a

região de que inicialmente era capital – começou entre-

tanto a ser mencionada pelas fontes árabes através da

literatura de viagens, masalik wa-a-mamalik, género lite-

rário muito em voga nas cortes muçulmanas da Idade

Média. É exactamente nestas fontes que encontramos

inúmeras referências ao al-Gharb e particularmente à

antiga cidade de Faro, a Ukxûnuba islâmica, posterior-

mente Santa Maria al-Harun. Por outro lado, também as

várias prospecções e escavações arqueológicas que se

têm vindo a realizar desde 1933 têm permitido aprofun-

dar o nosso conhecimento relativamente às estruturas

urbanas, à economia e ao modus vivendi das populações

que habitaram Faro durante o domínio muçulmano. O

presente trabalho pretende, portanto, não só assinalar

os 1300 anos do início do domínio islâmico na cidade de

Faro e no Algarve, como também esclarecer de uma

forma clara e resumida a presença islâmica na cidade,

recorrendo aos mais actualizados estudos arqueológicos

e às fontes escritas que subsistiram até aos nossos dias.

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

“A Cidade Islâmica de Faro”

é um trabalho que visa

assinalar os 1300 anos de um

dos acontecimentos mais

importantes para a História e

Identidade Patrimonial

algarvia: o início do domínio

islâmico em Faro

Este trabalho pretende

esclarecer de uma forma

clara e resumida a presença

islâmica na cidade,

recorrendo aos mais

actualizados estudos

arqueológicos e às fontes

escritas que subsistiram até

aos nossos dias.

Para aquisição de um exemplar

contactem a “FARO 1540”

19

A FARO 1540 – Associação e Defesa e Promoção do

Património Ambiental e Cultural de Faro está a organi-

zar a iniciativa “Estamos na Baixa!”, que visa encontrar

soluções para os espaços comerciais devolutos na Baixa

de Faro e facilitar a abertura de novas lojas, em colabo-

ração com a Câmara Municipal de Faro e

a Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona

Histórica de Faro.

A iniciativa, coordenada pelo associado Davide Alpesta-

na, irá proporcionar a oportunidade a 5 empreendedo-

res de desenvolverem o seu projecto comercial em

localizações privilegiadas do centro de Faro, com condi-

ções de arrendamento gradual e a preços de excepção

durante 9 meses (Abril a Dezembro de 2013), entre

outros benefícios que podem ser consultados no regula-

mento da iniciativa.

A selecção dos projectos será realizada através de con-

curso, sendo que a inscrição é gratuita e destina-se a

todos os cidadãos nacionais ou estrangeiros.

As candidaturas já se encontram abertas e podem ser

formalizadas até ao dia 25 de Janeiro de 2013, através

do formulário próprio disponível na Internet e consultar

o regulamento e obter mais esclarecimentos sobre esta

iniciativa em <www.faro1540.org>.

Numa altura de crise, em que se assiste ao fecho de

cada vez mais espaços comerciais no centro da cidade, a

iniciativa “Estamos na Baixa” pretende desafiar os

empresários a abrir lojas 'pop up' (temporárias), contri-

buindo também para criar empregos. David Alpestana,

verificou que, durante este ano, aumentou o número de

lojas vazias na baixa de Faro. E num dos 3º Seminário de

Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Sustentável que

organizámos em Outubro, surgiu a ideia de os proprie-

tários reduzirem as rendas e de a câmara agilizar os

licenciamentos para permitir a abertura dessas lojas ‘pop

up’”. A abertura de lojas temporárias, todas situadas

“nas ruas pedonais próximas da principal artéria de

comércio tradicional da cidade”, a rua de Santo Antó-

nio, permitirá aos empresários pagarem rendas “a pre-

ços mais acessíveis, entre os 250 e os 350 euros men-

sais”, valores que serão actualizados trimestralmente ao

longo dos nove meses do projecto,

Se depois desse tempo os empresários quiserem perma-

necer, pagarão um valor mais elevado do que no primei-

ro trimestre, mas sempre dentro destes preços”.

As candidaturas, já como referido anteriormente,

podem ser entregues até 25 de Janeiro e vão ser depois

avaliadas por um júri que inclui representantes da FARO

1540 e do comércio tradicional da baixa da cidade, e

vão ser escolhidos os projectos com maior viabilidade e

que não colidam com os negócios já instalados na zona.

Após o términus deste prazo, o júri terá duas semanas

para entrevistar os candidatos, decidir quais são os

negócios com maior viabilidade e a localização que mais

se adequa aos mesmos.

Os empresários seleccionados dispõem depois de cerca

de dois meses para prepararem as lojas antes da abertu-

ra prevista para o início de Abril.

Até ao momento, a “FARO 1540” já recebeu “várias

candidaturas”, em áreas como o Desporto, as bicicletas

e a mobilidade sustentável, a moda e o pronto-a-vestir

ou o artesanato urbano, Em seguida é apresentado o

regulamento da iniciativa e pede-se o apoio dos associa-

dos para divulgarem ao máximo, junto dos seus contac-

tos este projecto.

A C T I V I D A D E S

FARO 1540 APOSTA NA INICIATIVA “ESTAMOS NA

BAIXA” PARA REVITALIZAR O COMÉRCIO LOCAL

Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

As candidaturas podem ser

entregues até 25 de Janeiro e

vão ser depois avaliadas por

um júri e vão ser escolhidos

os projectos com maior

viabilidade e que não colidam

com os negócios já instalados

na zona

A FARO 1540 está a

organizar a iniciativa

“Estamos na Baixa!”, que visa

encontrar soluções para os

espaços comerciais devolutos

na Baixa de Faro e facilitar a

abertura de novas lojas

20

REGULAMENTO

1 – A FARO 1540 – Associação de Defesa e Pro-

moção do Património Ambiental e Cultural de

Faro, organiza a iniciativa designada por “Estamos na

Baixa!”, em colaboração com o Município de Faro e a

Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona

Histórica de Faro;

2 – O principal objectivo desta iniciativa é encontrar

soluções para os espaços comerciais devolutos na Baixa

de Faro e facilitar a abertura novas lojas;

3 – As lojas a instalar irão usufruir de um conjunto de

benefícios e serão seleccionadas através de concurso.

Nesse sentido surge o presente regulamento;

4 – A participação neste concurso implica a aceitação

integral das condições inscritas no presente Regulamen-

to;

5 – A inscrição é gratuita e destina-se a todos os cida-

dãos nacionais ou estrangeiros;

6 – As candidaturas deverão ser formalizadas até ao dia

25 de Janeiro de 2013, através do formulário próprio

disponível na Internet em <www.faro1540.org> ou em

<http://bit.ly/119yEb7>;

7 – Constituem processo de candidatura:

- Formulário de candidatura corretamente preenchido

- Cópia do cartão de cidadão ou outro documento legal

de identificação dos promotores

8 – A avaliação dos projetos submetidos ao programa

será efectuada por um Júri, constituído por 4 elementos

e da sua decisão não caberá recurso;

9 – O Júri é composto pelos seguintes elementos:

- Bruno Lage – Presidente da “FARO 1540”

- Davide Alpestana – Coordenador da iniciativa

“Estamos na Baixa!”

- Isabel Narciso – Membro da ”FARO 1540”

- Tierri Farias – Associação de Desenvolvimento

Comercial da Zona Histórica de Faro

10 – A organização do Concurso reserva-se o direito

de modificar a Composição do júri por motivos de força

maior;

11 – A avaliação dos projetos terá em consideração os

seguintes critérios, com as respectivas percentagens de

importância:

- Viabilidade do projecto – 40%

(Ramo (s) de actividade, produtos a comercializar ou serviços

a prestar)

- Criatividade e Inovação – 30%

(Conceito de loja a implementar)

- Iniciativas de Marketing e Comunicação - 30%

(Iniciativas de promoção ou eventos a realizar)

12 – Não são admitidos a concurso negócios em regime

de Franchising;

13 – Serão pré-seleccionados os 10 melhores projetos

e os seus promotores convocados para uma entrevista

perante o júri para apuramento de 5 projectos vence-

dores;

14 – Os promotores dos projetos vencedores serão

notificados até ao dia 05 de Fevereiro e terão dois

meses para se instalar no espaço seleccionado, usufruin-

do de isenção de renda nesse período;

15 – Os vencedores beneficiam de condições de arren-

damento gradual e a preços de excepção para os 9

meses seguintes – Abril a Dezembro de 2013, como

no seguinte exemplo:

1º ao 3º mês – 200 €uros

4º ao 6º mês – 250 €uros

7º ao 9º mês – 300 €uros

16 – Face ao carácter temporário da iniciativa, os pro-

jectos a instalar terão benefícios referentes a taxas e

licenciamentos camarários;

17 – Em contrapartida, os promotores devem assegurar

a manutenção e os custos fixos da loja, a decoração do

espaço e a realização de iniciativas promocionais;

18 – Após terminar o período de arrendamento gra-

dual, pode a actividade permanecer e terá como refe-

rência os valores praticados durante a iniciativa;

19 – As lojas seleccionadas deverão ostentar publicida-

de institucional ao “Estamos na Baixa!” sendo que está

isenta de taxa de publicidade;

20 – A Organização garante a confidencialidade durante

todo o processo de candidatura e avaliação dos projetos

a concurso;

21 – A Organização reserva-se ao direito de admitir a

concurso, em circunstâncias excepcionais, as candidatu-

ras que não verifiquem a totalidade das condições esta-

belecidas neste regulamento;

22 – A Organização reserva o direito de decidir sobre

qualquer questão não prevista no presente Regulamen-

to;

23 – Em caso de dúvidas, os interessados podem até ao

dia 15 de Janeiro de 2013 solicitar à organização os

esclarecimentos que entenderem convenientes para:

<[email protected]>

A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

21

E V E N T O S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo

A “FARO 1540” no âmbito das suas atribuições e objectivos, vai ministrar na sua sede um conjunto de aulas, cujo

início se prevê na primeira semana do mês de Janeiro. O número de alunos será relativamente pequeno, entre 6 a 8

(à excepção das aulas de Guitarra que serão grupos mais pequenos), onde se espera que os interessados partici-

pem de forma entusiástica e aprendam a manusear e a entoar sons melodiosos com uma qualquer guitarra, a aplicar

a sensualidade feminina do burlesco, os quentes passos das danças latinas e o ritmo africano da quizomba, uma das

mais recentes danças criadas.

De referir que os formadores para além da sua experiencia no mundo da dança e das artes, têm cursos de especia-

lização no estrangeiro para poderem ensinar estas danças com o máximo rigor e profissionalismo.

Para além destas aulas estão já em funcionamento as aulas de inglês (conversação) e de Alemão (Iniciação). Estes

cursos estão especialmente dirigidos para todos aqueles que não tendo a sua formação base nas áreas em que se

inscrevem têm gosto e interesse em aprofundar os seus conhecimentos nestas matérias.

Os interessados poderão solicitar mais informações e deverão com a maior brevidade possível efectuar a sua inscri-

ção enviando um e.mail para <[email protected]> a indicar qual o curso ou cursos que pretendem frequentar.

Estas aulas estão abertas a toda a comunidade, dando no entanto primazia em caso de igualdade à inscrição dos

associados da “FARO 1540”.

Entretanto está-se já a preparar um conjunto de workshops com vagas a rondar os 8 lugares (devido a restringi-

mentos físicos das nossas instalações) que vão decorrer no próximo trimestre, podendo fazerem já as suas pré-

inscrições:

- História e Cultura do Algarve

- Chás e Ervas Medicinais

- Hortas Urbanas

- Feng-Shui

22

Para a prossecução dos seus objectivos a FARO 1540 tem estabelecido diversos protocolos de cooperação

com associações, movimentos e empresas.

PARCERIAS COM ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS

As parcerias com colectividades visam fomentar actividades paralelas ou em parceria contribuindo para a pro-

moção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico de Faro e do Algar-

ve.

PARCERIAS COM EMPRESAS

Estas parcerias, para além de fomentar relações privilegiadas entre a FARO 1540 e as entidades comerciais

aqui mencionadas, estas disponibilizam junto dos nossos associados um conjunto exclusivo de vantagens e

regalias.

PARCEIROS

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

www.FARO1540.org