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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Outubro de 2008 Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br

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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Outubro de 2008

Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br

134 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 135

Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês

Horários e atendimentos

ENDEREÇO da paróquia e conventoAv. Manoel Ribas, 96680810-000 CURITIBA-PrTel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.)Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)

EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h MISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça e quarta-feira: 6h30 e 19hQuinta-feira: 6h30 e 18h30Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Novena: 8h30Sábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

ENTREAJUDAQuinta-feira: 9h, 14h30, 16h30, 19h30 e 21h

BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 8h às 11h30 e das 14h às 17hTelefone para agendar bênçãos: 3335.1606

Encontros de EntreajudaDepressão, desânimo, obsessões, possessões, soma-tizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades conjugais, problemas familiares e outros. Participe des-ses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programa-ção mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail [email protected], celular do Fr Zanini: 9971-8844.

ANIVERSARIANTESNossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de novembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa.

SUGESTÕESCaro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos res-ponder. Mande seus artigos até o dia 25 de cada mês.

Expediente do BoletimPároco: Frei Alvadi P. Marmentini. Vigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma e Fr. Ovídio Zanini. Jornalista responsável: Janaina Martins Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Dionysio Destéfani. Coordenadora: Erotides F. Carvalho. Fotógrafa: Sueli F. Assunção e Mayra Cr. Ar-mentano Silvério. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lú-cia H. Zouk (Catequese), Rosecler Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de C. Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias da Paróquia. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 6.000 exemplares.

Demonstrativo financeiro FATOS DA VIDA PAROQUIALSetembro de 2008

RECEITAS

Dízimo paroquial ..................................................................................................................................... R$ 48.049,30

Ofertas ................................................................................................................................................... R$ 13.710,00

Espórtulas/batizados/casamentos ........................................................................................................... R$ 1.620,00

Total ...................................................................................................................................................... R$ 63.379,30

Dizimistas cadastrados: ............................................................................................................................................ 1.530

Dizimistas que contribuíram: .........................................................................................................................................937

DESPESAS

Dimensão Religiosa

Salários/encargos sociais/vales transporte .............................................................................................. R$ 10.199,23

Plano de saúde dos funcionários .............................................................................................................. R$ 253,00

Salários dos 3 freis que trabalham na paróquia ......................................................................................... R$ 3.240,00

Despesas da casa paroquial .................................................................................................................... R$ 1. 997,59

Luz/água/telefone/correio ....................................................................................................................... R$ 2.928,45

Despesas c/culto/ornamentação festa da padroeira ................................................................................. R$ 5.179,00

Manutenção e combustível de veículos/seguro .......................................................................................... R$ 526,56

Manut/compra/móveis/utensílios/equipamentos ...................................................................................... R$ 739,90

Compra de um computador ...................................................................................................................... R$ 1.600,00

Conservação de imóveis/ reformas/pinturas ............................................................................................. R$ 5.848,47

Material de limpeza/expediente/xerox ...................................................................................................... R$ 1.117,89

Revistas/internet/jornal“OCapuchinho”/WEB ............................................................................................ R$ 2.410,56

Diferença da troca de veículo da paróquia ................................................................................................ R$ 15.500,00

Total ...................................................................................................................................................... R$ 51.540,65

Dimensão Missionária

Taxa para a Arquidiocese ......................................................................................................................... R$ 6.597,60

Taxa para a Província freis capuchinhos .................................................................................................... R$ 6.303,00

Material pastoral/catequético/folhetos litúrgicos/2009 ............................................................................. R$ 2.977,90

Livros do Dízimo – 1ª parcela ................................................................................................................... R$ 4.500,00

Cursos: Diácono e outros ......................................................................................................................... R$ 530,00

Total ...................................................................................................................................................... R$ 20.908,50

Dimensão Social

Ação Social V.N. Sra. da Luz.................................................................................................................... R$ 3.000,00

(Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras)

Confraternização café do dízimo/festa da padroeira .................................................................................. R$ 3.700,00

Encontros/reuniões/festividades ............................................................................................................ R$ 2.061,95

Total ...................................................................................................................................................... R$ 8.761,95

TOTAL GERAL ......................................................................................................................................... R$ 81.211,10

“...Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum,

na fração do pão e nas orações. Todos os fiéis viviam unidos

e tinham tudo em comum!” (Atos 2,42-44)

Muito obrigado pela sua partilha e doação em nossa comunidade.

Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais - CAEP

BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO

DE ASSIS

“O Senhor te aben-çoe e te proteja.

Mostre-te a sua face e se

compadeça de ti.

Volva a ti o seu rosto e te dê a paz”

Quer ser um frei capuchinho?Conheça mais sobre os

freis capuchinhos pelo site: www.capuchinhosprsc.org.br

ORAÇÃO VOCACIONALÓ Deus, que não queres a morte do pecador, e sim,

que se converta e viva, nós te suplicamos pela inter-cessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Dia de São Francisco de Assis Para comemorar o dia de São Francisco de

Assis, 4 de outubro, a paróquia N. Sra das Mer-cês celebrou às 19h a solene missa franciscana que contou com a participação dos freis capu-chinhos, irmãos e irmãs da Ordem Franciscana Secular, religiosos e paroquianos. São Francisco de Assis é um dos santos mais populares, que-rido e responsável pelo carisma franciscano na Igreja Católica e na comunidade leiga.

Capítulo ProvincialDe 6 a 10 de outubro os freis capuchinhos

estiveram reunidos em Butiatuba-PR para a As-sembléia Geral Eletiva, sob a denominação “Ca-pítulo Provincial”. Nesses dias, os freis examina-ram e aprovaram os principais projetos para os próximos três anos e elegeram os novos superio-res. Frei Davi Nogueira Barboza, que foi pároco de nossa paróquia das Mercês, foi eleito Minis-tro Provincial dos freis Capuchinhos do Paraná-Santa Catarina e Paraguai. A ele e à sua equipe, os melhores votos de boa atuação em todos os setores onde trabalham os freis capuchinhos.

Dia de Nossa Senhora AparecidaEm 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora

Aparecida, foram muitas as homenagens à nos-sa padroeira em todo país. A nossa paróquia, por meio da Pastoral do Dizimo, ofereceu café com bolo festivo. As crianças da nossa comuni-dade também receberam homenagens pela pas-sagem de seu dia.

Ação CatequéticaNo final de semana de 18 e 19 de outubro,

ocorreu em nossa paróquia a Ação Catequética. Sob coordenação da equipe da catequese, a ação consistiu em pensar sobre algo litúrgico, evangelizador ou referente a assuntos bíblicos que pudesse ser transformado posteriormente em maquete, cartaz e outras formas de repre-sentação artística. Dessa maneira, o mutirão ca-tequético resultou em excelentes trabalhos dos catequizandos de nossa paróquia. Parabéns à Pastoral da catequese pela iniciativa!

Finados Em comemoração ao dia de finados, 2 de no-

vembro, nossos paroquianos tiveram a oportu-nidade de rezar e pedir por seus entes queridos por meio de pedidos colocados em envelopes que foram distribuídos à comunidade. Todas as intenções foram depositadas na urna localizada no altar. As missas foram celebradas no sába-do, 1º de novembro, às 6h30, 17h e 19h e no Domingo, 2 de novembro, às 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h.

Novena de Natal A paróquia N. Sra das Mercês informa a toda

a comunidade que estão disponíveis os livrinhos da novena de Natal. Adquira o seu na secretaria ou balcão da paróquia pelo valor de R$ 1,00. Não deixe para a última hora!

Secretaria da paróquia

AÇÃO SOCIAL da paróquia N. Sra. das Mercês

Durante o mês de outubro de 2008, graças à ajuda de nossos paroquianos, dizimistas e cola-boradores, nossa paróquia N. Sra. Das Mercês distribuiu:

- à paróquia N. Sra. das Mercês: 224 Kg. de alimento, 11 peças de roupa;

- ao frei Ovídio Zanini para distribuir às pes-soas carentes da estrada do Cerne: 300 Kg de alimento, 199 peças de roupa, 27 pares de cal-çado, 38 diversos (brinquedos para crianças e diversos);

- à Toca de Assis: 50 Kg de alimento, 100 pe-ças de roupa, 18 pares de calçado, 13 diversos (brinquedos para crianças e diversos);

- à paróquia de Almirante Tamandaré: 492 Kg de alimento, 1,521 peças de roupa, 125 pares de calçado, 260 diversos (brinquedos para crian-ças, eletrodomésticos e diversos);

- à paróquia N. Sra. da Luz (CIC): 560 Kg de alimento, 1336 peças de roupa, 150 pares de calçado, 542 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos e diversos);

A todos os colaboradores, nosso sincero agra-decimento. Deus e Nossa Senhora das Mercês continuem abençoando a cada um de vocês e suas estimadas famílias. Unamos sempre mais nossos esforços para ajudar os irmãos necessi-tados.

Frei Pedro Cesário Palma, OFMC

PRIMEIROS BATIZADOS NA IGREJA DAS MERCÊS

Aos 24 de outubro de 2008, frei Juarez De Bona (capuchinho) pesquisou os livros registros de batizados na secretaria da Catedral de Curi-tiba. Como resultado de sua primeira pesquisa, encontrou estes primeiros batizados feitos em nossa igreja das Mercês.

Igreja das Mercês:Primeiros batizados ANTES DE INAUGURA-

DA:Dia 21 de julho de 1929 (dois meses antes

da inauguração):1. Abilio, filho de Pedro e Angelita Stocco,

nascido aos 03/06/1929, celebrante fr. Leonardo de Fellette;

2. Margarida, filha de Waldomiro e Zanna Tei-xeira de Freitas, nascida aos 19/07/1929, celebrante fr. Leonardo de Fellette;

3. Olga Maria, filha de Paulo e Pierina Cardo-so, celebrante fr. Leonardo de Fellette;

4. Theresa, filha de Carlos e Cornélia Fracaro, celebrante fr. Leonardo de Fellette;

5. Raphael, filho de Brasílio e Estella Wer-neski, celebrante, fr. Leonardo de Fellet-te

6. Ar thur, filho de Júlio e Maria Aifelda, cele-brante fr. Inácio de Ribeirão Preto.

Após a inauguração da igreja:Dia 6 de outubro de 1929 (uma semana

após a inauguração):1. Maria Luiza, filha de João e Vitalina Duri-

gan, celebrante fr. Ricardo de Vescovana2. Luciano, filho de Alixandre e Mônica Mo-

chenski, celebrante fr. Irineu de Pádua.

Você conhece algumas das pessoas acima mencionadas, ou seus filhos ou netos? Os freis gostariam de saber para resgatar melhor a his-tória de nossa paróquia. Qualquer informação seja comunicada à secretaria da paróquia (tel. 041- 3335-5752).

Aguardamos suas informações!

136 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 137

UMA BOA NOTÍCIA... AOS POBRES! FIM E INÍCIO DO ANO LITÚRGICO

ANIVERSÁRIO DE FREI OVÍDIO ZANINI

Nem toda notícia é boa para todos. Vejamos um exemplo: quando há sinais de chuva no céu, o pessoal da cidade fica preocupado, pois a chuva atrapalha o seu dia-a-dia. Muitos até sofrem com desabamentos e enchentes. No entanto, quem vive no interior fica contente, porque sem chuva a plan-tação e o pasto não crescem. Portanto, a chuva é boa notícia para o povo da roça, mas nem tanto para o povo da cidade.

A Boa Notícia do Reino de Deus também não foi assim tão “boa” para todo mundo. Os poderosos,

os opressores do povo, que tiravam sua riqueza da pobreza dos outros, as autoridades e os chefes re-ligiosos não gostaram nem um pouco das notícias que Jesus andava espalhando pela terra de Israel! O motivo é que Jesus falava de igualdade e partilha (Lc 9,16), de justiça e de consolo (Lc 16,25), de perdão e de acolhida (Lc 7,47-49).

Para quem o Reino de Deus era a melhor no-tícia do mundo? Sem dúvida, para os pobres, os doentes, os excluídos da sociedade, as mulheres oprimidas, as crianças esquecidas! Por isso, Je-

sus proclama: Os pobres é que são felizes, por-que o Reino de Deus saciará sua fome e sede de justiça!

O sistema social injusto e opressor, que se ba-seia na “lei do mais forte”, é o anti-Reino, isto é, o esquema que combate a vinda e a realização do Reino de Deus entre nós.

JESUS utiliza parábolas para falar conosco a fim de ficar mais claro nosso entendimento. Va-mos, então, ler em família “As bem-aventuranças” que estão em Mt 5,1-12.

A festa de Cristo Rei, instituída por Pio XI, em 1925, para o último domingo de outubro, na refor-ma litúrgica passou para o último domingo do Ano Litúrgico ou último domingo do Tempo Comum. É um final solene e apoteótico que enche de alegria a todos os que amam a Jesus.

Cristo não é ditador, mas rei “manso e humilde de coração”, que dá a vida pelos seus súditos e nos ensina a respeitar o universo criado pelo Pai.

Na verdade, toda Liturgia se orienta para o rei-nado total de Cristo. Este é o sentido da criação e da História da Salvação.

Pelo batismo, fomos consagrados a fazer parte do reinado de Cristo. Somos um sacerdócio régio! Como o pão e vinho da Eucaristia, todas as criatu-ras se transformarão em Cristo Rei. Fora de Cristo encontramos o absurdo do inferno ou da vida sem Deus e contra Deus. A verdadeira nobreza da vida é estar a serviço deste rei bendito.

No primeiro domingo depois da festa de Cristo Rei começa o Ano Litúrgico com o Advento integra-do por quatro semanas, sinalizadas no altar pela coroa de quatro velas.

No Advento, a pregação do precursor João Batis-ta nos convida a preparar os caminhos do Senhor pela conversão. Ele pregou a penitência, em grego metanoia, que significa mudança de mentalidade, ou seja, mudança de coração, enfim, conversão.

João Batista nos lembra que o caminho da saú-de e prosperidade, paz e felicidade, é a conversão para Cristo “caminho, verdade e vida”. Ninguém fica infeliz praticando os mandamentos da nature-za. Somos nós que nos castigamos quando agimos

contra estes sagrados mandamentos que estão inscritos em nosso coração.

A espiritualidade do Advento é caracterizada pela esperança da chegada de Jesus, carregada de feliz certeza porque sabemos que ele chegou entre nós há dois mil e oito anos e permanece conosco sem jamais envelhecer. Cada Natal é mais um ani-versário da primeira vinda de Cristo.

As leituras do Advento nos fazem refletir também sobre a segunda vinda de Jesus. Estas leituras se al-ternam de três em três anos conforme a sequência A (Mateus), B (Lucas) e C (Marcos). Para nós, católicos, 2008 é Ano Litúrgico A. Leituras de outros evangelis-tas podem ser utilizadas conforme a solenidade.

Muitos entendem que na segunda vinda de Cris-to. teremos o fim do mundo. Fim como finalidade, sim; como destruição, não.

Como dissemos, o universo caminha para a res-surreição, que é transformação em Cristo Jesus. O fim da história da salvação será a plenitude da evo-lução cósmica, ou a plena realização da finalidade da criação, que é a glória de Cristo Rei.

Não acredite em urubus da história que segui-damente apregoam a catástrofe final do mundo, dizendo que ouviram isso por revelação divina ou de Nossa Senhora.

A Santa Sé promulgou documentos afirmando que estas pretensas revelações nada acrescentam ao que a Bíblia ensina, e só obrigam a quem diz que as teve. O que vai e deve acontecer – quanto antes, melhor! – é o fim do imundo. A palavra lati-na mundo significa limpo ou puro, porque veio de Deus e caminha para Deus.

Para preparar, digna e eficazmente, o Natal de Jesus, a Paróquia das Mercês nos convida para a partilha e Novena do Natal, que pode ser feita com familiares, vizinhos e condôminos.

Os livrinhos desta novena se encontram na se-cretaria da paróquia. Cada dia da novena aumen-tará em nós o espírito e desejo do Natal, e assim poderemos sentir a felicidade da vinda de Jesus.

Se não refletirmos sobre os temas do Advento, podemos ficar sufocados pela propaganda comer-cial do Natal como festa de Papai Noel. Obviamente, nada vale o Natal de Jesus sem interiorização, ao menos um pouco. Por medo de acolher as exigências libertadoras da Criança de Belém, cai-se na evasão do sonho fugaz, do corrompido e do efêmero.

Costumamos fazer grande campanha em favor de gente pobre que não tem o suficiente para ce-lebrar esta festa cristã. Quem deseja compartilhar pode oferecer uma ou mais cestas básicas, em espécie ou em dinheiro que servirá também para adquirir kits de brinquedos, roupinhas e alguns bombons para crianças pobres da paróquia da Vila Nossa Senhora da Luz, da paróquia de Almirante Tamandaré e para as famílias extremamente po-bres de um trecho da Estrada do Cerne.

Nem precisa dizer que o bilhete por excelência válido para o paraíso é a prática das obras de mi-sericórdia. Então, vale a pena! Pouco adianta ser culto, rico, casto e piedoso sem as obras de mise-ricórdia. Só o amor cobre a multidão dos pecados. Não há outra opção. Sem caridade, as boas obras serão como o sino que retine, mas sempre vazio.

Frei Ovídio Zanini, OFMCap

Aos 22 deste mês, frei Ovídio Zanini, comemo-ra seu aniversário natalício. Vai completar 74 anos de idade. Todos conhecemos os principais fatos de sua vida. Entrou no seminário capuchinho ain-da criança e dedicou sua vida ao serviço de Deus, da Igreja e das pessoas, principalmente dos mais carentes.

Olhando sua pessoa, vemos um homem de aspecto físico saudável, apesar da doença que o acompanha o “diabetes”. Ele transmite paz, tran-quilidade, alegria, sorrindo sempre, de bem com a vida, com ele mesmo e com os que o cercam.

Aprendi muito com frei Zanini, nos retiros, en-contros, celebrações de Entreajuda e, principal-mente, na Celebração da Eucaristia. Apesar de ter sido catequista vários anos, foi com ele que apren-di a não me culpar com meus pecados. Certa vez, no momento do “Ato Penitencial”, ele disse:

- Vamos arrepender-nos, Deus não se incomoda com nossos pecados, eles incomodam a nós mes-mos, vamos fazer uma higiene mental, colocar tudo no Coração de Jesus. Ele já nos perdoou! E assim

sempre fiz daquele momento em diante. Sinto-me curada interiormente!

Era a festa de Pentecostes. Na homilia, frei Zanini, falou que em vez das devoções a tantos Santos, deveríamos dar a “preferência” a devoção ao Espírito Santo. Pensei... esta aí minha devoção

predileta: O Divino Espírito Santo. Minha vida mu-dou, faço tudo invocando sua luz, seus dons!

E poderia citar mais belos exemplos catequé-ticos. O que me encanta muito em frei Zanini é o seu exemplo de vida. “Vida simples”, vivida sem se importar com a “mídia”, com as aparências fúteis, sem ostentação, sem rabusqueios, afetação. Age sob o “manto da humildade”, que é a veste dos ho-mens sábios, de Deus, de pessoas desprendidas dos afagos pegajosos e elogios.

Frei Zanini, o que lhe dizer neste dia de seu aniversário? Simplesmente isto: Parabéns! Conti-nue feliz! Deus o ama e o abençoa! Nós também o amamos!

Convidamos a todos para a festa da Solene Ação de Graças, na Celebração Eucarística, no dia 22 de novembro, sábado, às 17h, na nossa igreja das Mercês. Muito obrigada pela presença! Nes-te dia, frei Zanini pretende fazer o lançamento de mais um livro de sua autoria: “O DIÁRIO DE MARIA DE NAZARÉ!”

Erotides Floriani Carvalho

MUTIRÃO CATEQUÉTICONeste mês de outubro foi feito o Primeiro Mu-

tirão Catequético da nossa paróquia. Trata-se de apresentação de temas, em forma de maquetes e explorados em nossa catequese. Foi um sucesso! Estava bonito e diversificado, cheio de conteúdo! Quem teve essa maravilhosa idéia foi a coorde-nadora da catequese da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, a irmã Durcília Lopes Para contentar a curiosidade de muitos, o Liturgildo foi fazer uma entrevista com ela. Veja o que ela disse:

LITURGILDO: Irmã Durcília, como surgiu a idéia de fazer o Mutirão Catequético?

IRMÃ DURCÌLIA: Achei que seria uma manei-ra de envolver os catequizandos a pensar e a conviver em grupo num clima de trabalho sobre religiosidade.

LITURGILDO: O Mutirão Catequético apresen-tou muita diversidade e criatividade. A que a se-nhora atribui esse bonito resultado?

IRMÃ DURCÍLIA: Além de os conteúdos vistos por etapa serem diversificados, houve, mais uma vez, enfoque diferente das turmas nos conteúdos escolhidos (no caso, das mesmas etapas). Surpre-endeu-me a criatividade com que foram tratados, não havendo nenhum trabalho igual ao outro na concretização das idéias. Foi muito interessante.

LITURGILDO: Como foi o envolvimento dos ca-tequizandos?

IRMÃ DURCÍLIA: Foi uma festa! Todos parti-ciparam da busca de material e da montagem. Senti também a alegria dos catequistas nessa convivência.

Coordenação da Catequese

Descubra se a Boa Notícia do Reino de Deus está sendo boa para todas as pessoas abaixo, pin-tando os balões que indicam pertencer a um “bem-aventurado”.

A seguir, numere os quadrados segundo as bem-aventuranças.1 - Consolo 2- Perdão 3- Acolhida 4- Justiça 5- Partilha 6 – Coragem de seguir a Jesus 7- Mansidão

138 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 139

DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS

O QUE MOTIVA A SUA VIDA? SÍMBOLO DA FÉ Sêneca, orador latino, dizia: “Se o homem não

sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.”

Por motivação, pode-se entender como o con-junto dos meus motivos, isto é, tudo o que, a partir do meu interior, me move a fazer, a pensar e a decidir.

Nossa vontade necessita de razões e motivos. Um motivo é o efeito da descoberta de um valor.

Há, pois, estreita relação entre motivos e va-lores. Os valores são especificações do bem. Por isso, devo perguntar-me: O que eu considero valio-so? Pois se não tivermos por que lutar ou alcançar, para que vivermos então? Somos seres humanos que damos e nos damos, mas também temos ne-cessidades.

Ter objetivo, em primeiro lugar, é definir um foco, situar-se dentro da própria vida e definir o rumo, com marcos específicos a serem alcança-dos. É programar as ações que, aos poucos, vão construindo nossos sonhos e objetivos.

Em nossas vidas, a falta de objetivo nos co-loca na vala comum da mediocridade, nos faz vi-ver soterrados pela rotina, sem realizar nada, sem conquistar nada. Sem objetivo, podemos encontrar tantos obstáculos pelo caminho que acabamos de-sistindo de nossos sonhos. Sem objetivo, acaba-mos dando voltas e voltas para trilhar um caminho que poderia ter sido em linha reta.

O padre Antônio Viera, em um dos seus sermões, declarou: “Toda vida humana, se não trouxer sempre diante dos olhos o fim para que nasceu, é nave sem norte, é cego sem guia, é república sem lei, é dia sem sol, é norte sem estrelas, é labirinto sem fio, é armada sem farol, é exército sem bandeira, enfim, é vontade às escuras, sem luz de entendimento e que lhe dite o que há de querer ou fugir.”

O Mestre Confúcio dizia: “Um homem que não se interessa pelo futuro tende a aquietar-se com o presente.”

Em contrapartida, quem definiu seus objetivos, de maneira clara e realista, não desperdiça tempo, recursos, esforços e muito menos energia, porque sabe o que quer e que caminho seguir.

Ter objetivos é dar sentido à vida e alcançá-los é concretizar os próprios sonhos. Objetivos clara-mente definidos são sonhos com datas fixas e pré-determinadas.

É muito conhecida a teoria do psicólogo ameri-cano Abraham Maslow sobre a motivação centrada nas necessidades. O homem é um ser indigente – afirma Maslow. Mal uma das suas necessidades é satisfeita, aparece outra no seu lugar. Este pro-cesso é interminável. Dura desde o nascimento até a morte.

Maslow analisou, porém, só as necessidades humanas, e esqueceu do lado divino das pesso-as. Outro famoso terapeuta, Viktor Frankl, refere-se à meta última de nossa vida. No seu último livro “A Busca do Homem por Sentido” (1997), afirma: “O homem, por força de sua dimensão espiritual, pode encontrar sentido em cada situação da vida e dar-lhe a resposta adequada. A verdadeira meta da existência humana não se pode encontrar no que se denomina auto-realização humana somen-te. Esta não pode ser em si mesma uma meta, pela simples razão de que quanto mais se esforçar por consegui-la , mais se lhe escapa.”

Karl Jung, também nas suas sessões de terapia com seus clientes, percebeu um desejo mais pro-fundo, que segundo ele, criava o vazio existencial, e chegou a seguinte conclusão: “Em todos os meus doentes na segunda metade da vida, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse cons-

tituído pela questão de sua atitude religiosa. To-dos em última instância, estavam doentes por ter perdido aquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum se curou realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria” (Psicogênese das Doenças Mentais, Ladeira Livros,1986)

Este desejo mais profundo Salomão sentiu em seu coração, quando afirma: ‘’Vaidade das vaida-des...tudo é vaidade.” Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?” (Ecl.1,2-3)

Ele tinha prosperidade além da medida, sabe-doria maior do que qualquer homem de seu tempo, mulheres às centenas, palácios e jardins, melhor comida e vinho, toda forma possível de diversão, e, mesmo assim, sentiu tudo isso como sem sig-nificado. Por que assim? Porque Deus colocou o desejo de eternidade em todo o coração humano.

Podemos ter e devemos ter motivações: huma-nas, físicas, sociais e de auto-realização. No entan-to, não esqueçamos que a razão principal de nos-sa existência deve estar além da fronteira desta vida. Ele, o nosso Deus, deve ser para todos nós, o significado,a meta, a motivação, o rumo e o desejo final. Nascemos e caminhamos para Ele. Dele te-mos saudade. Nossa casa já está preparada.

Tudo isto deve fazer nossos olhos brilharem, nosso sorriso fluir, nosso coração acelerar porque “somos cidadãos do céu”( Fl,3,20).

Alimentando-nos com esses pensamentos e sentimentos, por certo, nossa vida terrena terá sempre grandes motivações e objetivos.

Frei Alvadi Pedro Marmentini, OFMCapPsicólogo e parapsicólogo

Pároco

Em alguns países, como Estados Unidos e Canadá, o Dia de Ação de Graças chegou a ser feriado nacional. Hoje, nem lá é feriado. Contudo, temos que ser agradecidos;

Comemora-se o Dia Mundial de ação de Graça s a quarta quinta-feira de novembro, neste ano é no dia 27.

São João Bosco, fundador da Ordem dos Padres Salesianos, dizia que “a gratidão é a vir tude que mais orna o coração de um jovem.”

Temos que ser gratos a Deus:

• por tudo o que temos e o que recebe-mos de graça de Deus;

• porque, com a graça de Deus, estamos vivos;

• porque temos saúde, temos inteligên-cia, lar, bens e o necessário para a vida.

Nada, nada mesmo teríamos se não fos-se pela graça de Deus. O Criador, por amor,

não só nos fez à sua imagem e semelhança, como nos deu tudo: razão, família, bens e tudo o mais, unicamente por amor!

Por amor, deu-nos seu Divino Filho, Jesus Cristo que, por amor a nós, morreu na cruz. No ato de suprema bondade, temos um Deus Único, em três pessoas - a Santíssima Trindade, a quem unicamente devemos o ato da Adoração.

Concitamos a todos para que, se possí-vel, diariamente demos graças a Deus. .

Vem aqui a expressão de Michael Quost, pensador francês que – mais ou menos - as-sim se pronunciou:

“Obrigado, Senhor, por tudo o que te-nho”.

“Mas, muito obrigado Senhor, porque te-nho tanto, tanto a te agradecer e tão pouco a te pedir”.

Welcidino C. da Silva

A palavra símbolo tem sua origem da língua gre-ga e significa: lançar junto de, juntar. Portanto, o símbolo da fé é a junção das verdades fundamen-tais da fé que a Igreja professa desde os tempos apostólicos.

Assim o símbolo mais antigo é chamado símbolo apostólico, o conhecido Creio. Sua origem remonta aos anos 80 a 140 depois de Cristo. Aos poucos, as verdades da fé foram sendo juntadas. No início, o símbolo da fé era o símbolo batismal bastante abreviado com a profissão de Fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo e, principalmente, a profissão de fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo e em sua Igreja.

As confissões de fé são freqüentes nos Atos dos Apóstolos: Cristo morreu, ressuscitou, está vivo, apareceu, nós somos testemunhas, convertei-vos (Cf. At 2,22-24; 3,10.15; 5,29-32). O anúncio de Cristo, sua morte e ressurreição e também sua vinda fazia parte do conteúdo essencial do Kerigma primitivo. Eram os artigos da fé cristã mais antigos e basilares. Com efeito, se Cristo não ressuscitou, vazia é nossa fé. Paulo recebeu da tradição viva da Igreja, a certeza da ressurreição (1Cor 15,1-3).

Com o passar do tempo e o aparecimento das controvérsias cristológicas em torno da humanida-de e divindade de Cristo, surgiu o credo Niceno-Constantinopolitano, que trata das relações trinitá-rias do Pai com o Filho e da processão do Espírito Santo.

O Concílio de Nicéia, em 325, e o Concílio de Constantinopola, em 381, dirimiram certas dúvi-das, ao afirmar que o Filho é Deus verdadeiro. É gerado e não criado, porque é da mesma substân-

cia do Pai. Quanto ao Espírito Santo diz que proce-de do Pai e do Filho (Filioque) com o Pai e o Filho é adorado e glorificado.

Este símbolo, menos usado, antigamente era chamado por alguns “Creio para bispos”, por ser de conteúdo doutrinal mais difícil. O próprio Santo Agostinho, no seu tempo se encarregou de explicar o Creio para os bispos da época.

Era preciso fortalecer a fé dos fiéis com bases consistentes fundadas na Escritura e na Tradição viva da Igreja para não sucumbir diante das here-sias da época que colocavam em risco o chamado “depositum fidei”.

A Igreja se preocupou também em explicar esse credo. Surgiu também símbolo de Santo Atanásio chamado, em latim, Quicumque, que ao séc. V. Este símbolo reza “Quem quer (daí a palavra latina Quicumque) salvar-se deve, antes de tudo profes-sar a fé católica”. Foi com objetivo de explicar de forma mais simples a natureza e missão das três pessoas da Santíssima Trindade.

Esse “Creio”, afirma que há um só Deus na Trindade, e a Trindade na unidade. Depois vai ex-plicando certos atributos divinos comuns nas três pessoas da Santíssima Trindade para reforçar a co-munhão em Deus uno e trino. Assim o Pai é eterno, o Espírito Santo é eterno. Imenso é o Pai, imenso é o Filho, imenso é o Espírito Santo.

Porém, antes de conhecer a Trindade nas rela-ções internas (Trindade imanente), será necessário conhecer Deus uno e trino, enquanto se revela na história da salvação (Trindade econômica). Trata-se do mistério revelado na história, de forma progres-siva e dinâmica. Assim o Antigo Testamento apre-

senta a revelação de Deus Todo Poderoso, no Novo testamento vem revelado o Filho, Jesus Cristo.

Estamos na plenitude dos tempos quando Deus enviou seu Filho nascido de mulher, segundo a Lei para nos libertar dos laços da Lei (GI 2,4-6).

A Igreja continua a obra de Cristo com a presen-ça do Espírito.

Os Atos do Apóstolos relatam que o tempo da Igreja é o tempo da revelação do Espírito Santo e sua ação para levar a plenitude a obra de Cristo e trazer o pleno entendimento do mistério.

Cada vez que rezamos o Creio, precisaríamos meditar no mistério de Deus revelado na história da Salvação. A nossa identidade de cristãos, que une a todos, é a fé recebida dos apóstolos e trans-mitida na comunidade crente.

O magistério da Igreja e os teólogos, através da reflexão e pesquisa, têm a missão de aprofundar e esclarecer o conteúdo da fé, e atualizá-lo de acordo com os desafios do tempo presente.

O Creio é conhecido popularmente também como “oração forte”. Não é oração mágica a ser feita para espantar coisas ruins, mas para fortale-cer os cristãos frente às insídias do maligno.

Por que fomos criados? Era uma sábia pergunta do antigo catecismo de primeira eucaristia. E a res-posta que todos guardavam na memória: “Fomos criados para conhecer, amar e servir a Deus”. Eis o essencial que nos identifica como cristãos cató-licos. O conhecimento das verdades de fé e sua prática no amor e no serviço.

Frei Vicente Artuso, OFMCapProfessor PUC/PR

140 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 141

DEMOCRACIA FREI CLAUDIO N. STURM, NOMEADO BISPO

LANÇAMENTO DO LIVRO

AUTOCONHECIMENTO E RELACIONAMENTOS

A Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está, direta ou indiretamente, com os cidadãos (povo); é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade e se baseia nos princípios do governo da maioria, associados aos interesses nacionais.

Este é o nosso regime de governo, onde a etimolo-gia reafirma: demos (=povo) e mais cratós (=mando). É o regime da democracia, bem diferente de outros países, onde tudo está na mão do governo, onde o povo não tem voz ativa e há censura em tudo.

No regime democrático, há um Presidente, chefe do Executivo, duas câmaras, sendo uma de Sena-dores e outra de Deputados Federais, eleitos pelo provo, em eleições livres e soberanas. Naturalmen-te, o governo não pode tudo. Tem que prestar conta de seus atos. Há uma Câmara e um Senado para diretamente fiscalizarem os atos governamentais, além de outros órgãos ou tribunais.

No Brasil, recentemente, vimos isto. O povo brasileiro foi às urnas escolher seus mandatários municipais no Executivo e seus representantes no legislativo municipal.

Notou-se que nas Capitais da Região Sul, o povo optou pelo continuísmo de seus Executivos Munici-pais. Bom sinal! Sinal que o povo está satisfeito e quer continuar assim. Isto ocorreu em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e em outras cidades. Pense-se no caso de São Paulo, onde o povo também quis a continuação do chefe do executivo municipal.

Não há o que se negar que ainda há o voto “de cabresto”, ou o “dá cá e toma lá”, o favoritismo, os complôs, os votos comprados, mas em dosa-gem bem menos que no passado. O povo brasileiro tem que estar consciente de que o voto é livre e secreto. Enquanto isto não acontecer, prevalece a corrupção eleitoral.

Digna de louvor é a justiça eleitoral, que tudo vem fazendo para a escolha livre e consciente dos representantes do povo.

O Brasil, em certo sentido, pode ser comparado a uma “ilha de paz”, de orientações democráticas e abençoado pela Virgem Aparecida.

Sabemos que há muito a ser feito neste país, melhorando a saúde, a segurança e a educação.

Percebemos também o esforço de nossos gover-nantes!

O povo brasileiro é ordeiro, trabalhador e sempre deseja o melhor para sua nação. Vivendo concreta-mente esse espírito de brasilidade, aos poucos os maus elementos da política vêm sendo excluídos.

Esta visão otimista e positiva continua visan-do sempre o melhor para nosso País. É evidente que isto não acontecerá “do dia para a noite”. No entanto, no esforço constante de vivermos a real democracia, estaremos ampliando a visão otimista de nossa Nação, que trará, com o tempo, o bem-estar dos cidadãos brasileiros.

Welcidino C. da Silva Professor

O grande filósofo grego Sócrates ficou conheci-do pela sua máxima “conheça-te a ti mesmo”, que é complementada com a próxima questão: O que queres?

Quando na vida a pessoa está emocionalmente desorganizada, percebe que o tempo está passan-do; uma sensação de vazio interior lhe invade e ela não escolheu e nem decidiu com quem compar-tilhar sua vida amorosa: Qual o primeiro passo a dar? Conhecer-se a si mesma.

Algumas pessoas acabam desistindo de conhe-cer-se; outras, procuram auxílio profissional para organizar suas idéias, e se haver com suas esco-lhas e com o seu desejo.

Por meio do auxílio profissional, a pessoa vai trabalhar o sentimento de auto-estima e, nesse sentido, os sentimentos de medo, angústia e an-siedade se reduzem. O sentimento de medo dificul-ta o entendimento das coisas porque a vida, para a pessoa, passa a representar uma ameaça. Como adquirir autoconfiança?

Conhecendo-se porque, nesse fato, a pessoa descobre que, além do querer, há um desejo in-consciente pulsando em seu interior.

A vida não é experiência fácil e nem se é feliz o tempo todo. A alegria de viver habita o interior de cada pessoa, e se pode proporcionar momentos alegres quando se está em paz consigo mesma.

Quando a pessoa busca auxílio psicológico, ela está organizando suas idéias, revendo sua história

de vida, descobrindo seus sentimentos e lidando com suas emoções, podendo, dessa maneira, con-trolar seus impulsos, que são atos impensados e que acabam atrapalhando muitos projetos de vida. Ao controlar-se, o estado de ansiedade baixa e a pessoa adquire mais autoconfiança, descobrindo assim o desejo para uma realização pessoal na vida amorosa, por exemplo.

Muitas pessoas têm dificuldade de reconhecer seus sentimentos, de assumir suas limitações; têm dificuldade de lidar com seus afetos, pensan-do que é o outro que lhe magoa, quando é a própria pessoa que se sente afetada.

O passo para o amor pode ser dado quando a pessoa se encontra em estado emocional de equilíbrio, quando ela aceita as suas limitações, reconhece seu potencial, aprende a conhecer-se. Então, se ela está em paz consigo mesma, estará pronta para compartilhar sua vida com as outras pessoas, inclusive sendo tolerante com as imper-feições alheias.

Rosecler SchmitzPsicóloga Clínica - CRP-08/10 728

Cel.:(41) 9601 6045

Com muita alegria é que comunicamos a nome-ação de Bispo, um frei capuchinho. No dia 8 de outubro de 2008, o Papa Bento XVI, nomeou Bispo, frei Cláudio Nori Sturm, que era o Ministro Provin-cial da província dos freis capuchinhos do Paraná, Santa Catarina e do Paraguai.

Frei Cláudio nasceu em Giruá-RS aos 12 de maio de 1953. Tem seis irmãos e duas irmãs são religiosas franciscanas. Começou seus estudos no seminário dos capuchinhos em Ouro-SC. Completa-dos os cursos necessários, foi ordenado sacerdote aos 6 de janeiro de 1980, em Ponta Grossa-PR. De 1983 a 1985 esteve em Roma, onde fez o mestra-do em Filosofia.

Será ordenado bispo às 19h de 5 de dezem-bro de 2008, na Catedral de Santa Ana, em Ponta Grossa-PR, sendo ordenante principal Dom Moacyr José Vitti, tendo como outros ordenantes: Dom

Sergio Arthur Braschi e Dom Mário Marquez.Tomará posse na Diocese de Patos de Minas-

MG, aos 4 de janeiro de 2009.No dia 14 de dezembro, às 19h, celebrará Mis-

sa Solene, na nossa paróquia, Nossa Sra. das Mer-cês. Todos estão convidados a participarem destes acontecimentos de tanta alegria e festa da nossa Igreja Católica.

Desejamos ao querido e estimado, Monsenhor Frei Cláudio, muitas luzes do Espírito Santo, para guiar com sabedoria o rebanho da diocese a ele confiado.

Parabéns, fr. Cláudio! Seja o Homem de Deus no meio do Povo! Receba o carinhoso abraço de toda a Comunidade da Paróquia Nossa Sra. das Mercês!

Paz e Bem!Erotides Floriani Carvalho

O CAMINHO PARA SE CONHECER E SE HARMONIZAR - Ana Maria Fagundes AranaNo dia 09 de outubro foi o lançamento do meu livro “O Caminho para se

Conhecer e se Harmonizar” nas Livrarias Curitiba do Park Shopping Barigüi. O evento foi um sucesso, com a presença de familiares, muitos amigos e clientes. Recebi grande apoio das “Livrarias Curitiba” e também contei com a brilhante cobertura da apresentadora Maria Pia, que durante toda a se-mana seguinte transmitiu, em seu programa, a matéria pela TVA (canal17) e NET (canal 20).

Minha primeira formação é como odontopediatra e, através desta profis-são, observei que as ações e reações das crianças e adolescentes estavam relacionadas com o contexto familiar. Por isso, quis ir mais a fundo no en-tendimento do ser humano e fiz o curso de Parapsicologia. Em meus aten-dimentos, observei que uma das principais ferramentas para poder auxiliar as pessoas nos seus conflitos e dificuldades, de uma forma mais rápida e eficiente, é a Hipnose. Para me aprofundar nesta área, fiz o curso “Avançado de Hipnose Científica” pela Sociedade de Hipnologia do Paraná.

Atualmente, dedico-me à parapsicologia em minha clínica par ticular e também como voluntária na Igreja das Mercês, em Curitiba, além de minis-trar palestras e escrever ar tigos para revistas.

Senti necessidade de compartilhar com mais pessoas esse conhecimen-to, o encantamento e as observações em relação ao comportamento do ser humano. Daí surgiu o livro “O CAMINHO para se Conhecer e se Harmonizar.

Com a leitura deste livro você vai entender melhor que o ser humano tem a capacidade de criar a sua realidade. Acredite em seu próprio potencial, na capacidade de seu subconsciente e nas infinitas possibilidades que ele lhe apresenta.

Dia 29 do mês de outubro comemoramos o dia Nacional do Livro. Quando criamos o hábito da leitura melhoramos a forma de nos expressarmos na escrita e na fala, a habilidade crítica e criativa e visualizamos o mundo com maior discernimento e conhecimento.

Ana Maria Fagundes AranaFone: 3225-3526

e-mail:[email protected]

142 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 143

CRIANDO MONSTROSO que pode criar um monstro? O que leva um ra-

paz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… NADA?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permis-sividade da sociedade?

O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas ino-centes?

O rapaz deu a resposta: “Ela não quis falar comi-go”. A garota disse: “Não, não quero mais falar com você”. E o garoto, dizendo que a ama, não aceitou um “não”.

Seu desejo era mais importante.Não quero ser comparado como um desses psi-

cólogos que infestam os programas vespertinos de TV, que explicam tudo de maneira simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros.

Ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o “não” da menina Eloá foi o único.

Faltaram muitos outros “nãos” nessa história toda.

Faltaram um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos “não” podia namorar um rapaz de 19.

Faltou a outra mãe dizer que “não” iria sucumbir ao medo e iria lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.

Faltou o governo dizer “não” ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsi-vamente em todos os programas de TV que o procu-raram.

Pelo que parece, a única que disse “não” nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de “nãos”.Vejo que cada vez mais os pais e professores mor-

rem de medo de dizer “não” às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer “não” aos maridos (e alguns maridos, temem dizer “não” às esposas).

Pessoas têm medo de dizer “não” aos amigos. Noras que não conseguem dizer “não” às sogras, chefes que não dizem “não” aos subordinados, gente que não consegue dizer “não” aos próprios desejos.

E assim são criados alguns monstros!Talvez alguns não cheguem a sequestrar pesso-

as. Mas têm pequenos sustos quando escutam um “não”, seja do guarda de trânsito, do chefe, do pro-fessor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal.

Os pais dizem: “Não posso traumatizar meu fi-lho”. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos.

Outros gastam o que não têm em brinquedos to-dos os dias e festas de aniversário faraônicas para seus filhos.

E isso sem falar dos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer “não”,

você não pode bater no seu amiguinho.Não, você não vai assistir a uma novela feita para

adultos.Não, você não vai fumar maconha enquanto for

contra a lei.Não, você não vai passar a madrugada na rua.Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto

não fizer 18 anos.Não, essas pessoas não são companhias pra você.Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou co-

mer salgadinho e chocolate.Não, aqui não é lugar para você ficar.Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.Não, essa conversa não é pra você se meter.

Não, com isto você não vai brincar.Não, hoje você está de castigo e não vai brincar

no parque.Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir

bons, justos e firmes “não”, crescem sem saber que o mundo não é só deles.

E aí, no primeiro “não” que a vida lhes dá (e a vida dá muitos) estouram estas ou outras conseqü-ências:

- Usam drogas;- Compram armas;- Batem em professores;- Furam o pneu do carro do chefe;- Chutam mendigos e prostitutas na rua.E daí por diante..Não estou defendendo a volta da educação rígida

e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com amor real, sem culpa, conseguem perfeitamente entender uma san-ção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não.

Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer; é também responsabilidade.

E quem ouve uns “não ” de vez em quando tam-bém aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer “não” a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas ma-neiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem.

O “não” protege, ensina e prepara!Por mais que seja difícil, eu tento dizer “não” aos

seres humanos que cruzam meu caminho quando acredito que é hora, embora tente respeitar os “nãos” que recebo. Nem sempre consigo, mas tento.

Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violên-cia cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

Fonte: blog.mafaldacrescida.com.br

FISIOTERAPIA: uma questão de escolhaEsta é a época dos vestibulares. Muitos jovens

de 16 ou 17 anos têm que escolher uma profis-são. Mas será que habilidades atuais direcionam a nossa vocação? Nem sempre esta escolha será a definitiva, assim aconteceu comigo. Sempre gostei muito de matemática e de jogar xadrez. Brincadei-ras, que combinassem raciocínio lógico e criativida-de, sempre foram o meu forte.

Aos 16 anos, entrei na faculdade de Engenha-ria Civil e, por volta do segundo ano, ao assistir a sessão da tarde me encantei pelo filme “Uma janela para o Céu”. Contava a história de uma mocinha que havia sofrido um acidente em estação de esqui.

Este foi meu primeiro contato com a fisiote-rapia. Daí em diante começaram surgir oportuni-dades para cada vez mais eu me apaixonar pela profissão. Nos intervalos, dava uma fugidinha para assistir aulas de Fisioterapia. Meu livro preferido era “Feliz Ano velho”. Um ano depois tranquei En-genharia e entrei na Faculdade de Fisioterapia e simplesmente me apaixonei pelo curso.

No final da graduação, um médico nos afirmou que a Fisioterapia atuava nos quadros clínicos

onde a Medicina não conseguia mais intervir. Com certeza, ele estava falando sobre a fisioterapia como reabilitação.

Hoje em dia, continuamos a reabilitar casos crônicos, nos quais os distúrbios neuromotores exigem a reaprendizagem das funções vitais. No entanto, o fisioterapeuta passou a atuar na pre-venção e no acompanhamento dos tratamentos de algumas doenças. Trabalhava, lado a lado, com a atuação médica, seja nas UTIs, em consultórios, clinicas e ambulatórios. Nesta atividade reabilitava pacientes que sofreram fraturas ou que estavam, com dores agudas na coluna.

O fisioterapeuta atua, através da fisioterapia er-gonômica e em caráter preventivo, em empresas; orienta a posição correta dos maquinários e a pos-tura correta dos funcionários em relação aos equi-pamentos e suas atividades.

Com a fisioterapia gerontológica prepara os músculos e as articulações de quem está na meia idade, prevenindo o envelhecimento precoce e ga-rantindo velhice saudável.

Além do acima citado, existe uma gama de ou-

tras atuações que vão sendo descobertas com a evolução dos recursos da saúde, envolvendo o fi-sioterapeuta em pesquisas e na melhoria da quali-dade de vida da pessoa.

Nestes quase 20 anos de vida profissional, vivi algumas situações de estresse. É fácil constatar que toda profissão tem altos e baixos. No entanto, quem abraça a área da saúde e nela permanece, faz isto com muito amor e dedicação.

Correram-me as lágrimas de felicidade quando, após três meses de atendimento de um senhor – que havia sofrido um AVC e não conseguia elevar sua cabeça - encontrei-o em cadeira de rodas em um hospital. Quando me aproximei, ele pulou da cadeira e convidou-me para dançar.

Todos nós temos muitas habilidades, mas ape-nas uma vocação. Se casualmente, não a desco-brirmos no início, um dia ou outro, Deus se mani-festa, também através de pessoas, e nos aponta a missão de nossa vida. Descoberta a vocação, nossos sonhos se realizam passo a passo.

Dra Rita de Cássia Munhoz Fisioterapeuta Especializada

IRMÃ MORTE, DRAMA SAGRADO “Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual nenhum vivente pode escapar” (São Francisco, Cântico do Irmão Sol).

Aproxima-se o dia de Finados e, segundo a tra-

dição é a hora de lembrar os mortos;No entanto, há outras formas, além da tra-

dição, que revelam modos diferentes de passar pela morte, que é a mais verdadeira e inevitável consequência de estar vivo.

Um dos mais fantásticos registros de morte é o Trânsito de São Francisco de Assis, celebrado no dia 3 de outubro.

Contam as Fontes Franciscanas, como em I Celano 7, que São Francisco pressentiu a hora e veio de Sena, aonde estava para tratar dos olhos, até Assis hospe-dando-se na Porciúncula. O Santo considerava esta capelinha um lu-gar sagrado.

Ali, São Francisco vivenciou cada momento que lhe restava com grande alegria, que surpreen-dia até os freis e o médico que o assistia, a quem ainda animava: “Dize com coragem que a minha morte está próxima. Para mim, ela é a porta para a vida!”

A poucas horas do fim, entoou pessoalmente o Salmo de Davi “Em alta voz clamo ao Senhor, em alta voz suplico ao Senhor”.

O médico constatou que não ha-via nada mais a fazer. Então São Francisco louva: “Bem-vinda sejas irmã minha, a Morte!” Convidou freis Ângelo e Leão, amigos de sempre, para cantarem o Cântico do Irmão Sol, ao qual Francisco acrescentou então esta louvação, como última estrofe.

Estas atitudes de Francisco na hora final, revelam que ele se con-ciliava com a morte sobre a qual tinha uma visão realista “Nenhum homem pode escapar da morte”. Mas Francisco ao contrário de re-cusá-la, acolhe-a fraternalmente.

Na despedida, o Santo ainda teve tempo de abençoar os mais queridos: “Filhos estou sendo chamado pelo Pai. A meus Irmãos tanto presentes como ausentes, eu perdôo todas as ofensas e culpas e os absolvo tanto quanto me é possível”. Outro gesto incrível, foi o de pedir à irmã Jacoba os biscoitos dos quais mais gostava. Francisco celebrava ainda a vida, sem lamentar que logo não a teria mais.

Mandou trazer os Evangelhos e disse aos Ir-mãos que eram “mais importantes que todas as demais instituições” e abriu em São João, no versículo que assim começa: “Seis dias antes da Páscoa, sabendo Jesus que sua hora tinha che-gado e deveria passar deste mundo para o Pai...” Seguidor do exemplo de Jesus até as últimas con-seqüências, nesta hora também escolheu Nosso Senhor para lhe inspirar.

Outra sua atitude foi o pedido que fez aos fra-des que o pusessem nu, com o corpo em contato direto com a terra. Ainda mandou que lhe puses-sem o cilício e jogassem cinza por cima do corpo, pois sabia que retornaria ao pó e quis represen-tar isto ainda em vida. Foi assim que esperou, com reverência, mas absolutamente feliz, o fim corporal.

O santo dirigiu-se aos Irmãos: “Fiz o que tinha que fazer. Que Cristo vos ensine o que cabe a vós”.

A grandeza espiritual e religiosa de Francisco ao saudar e cantar a morte nos mostra que ele já estaria para além da própria morte. Leonardo Boff referindo-se ao Trânsito assim constatou: “Ela (a morte), digna hóspede não lhe é problema, ao contrário, ela é a condição de viver eternamente, de triunfar de modo absoluto, de vencer todo em-botamento do pecado que faz da vida uma tragé-dia. Francisco soube mergulhar na fonte de toda a vida. Lembrando ainda a expressão de São Fran-cisco: “Enquanto Deus é Deus, enquanto Ele é o vivente e a Fonte de toda a vida, eu não morrerei, ainda que corporalmente morra!”

Tomás de Celano conta também que sua alma santíssima se desprendeu da carne e foi absor-vida pelo abismo de claridade enquanto seu cor-po adormecia no Senhor. Um dos irmãos viu a alma de São Francisco “subindo diretamente ao Céu, acima das grandes águas. Era como uma estrela, do tamanho da lua e com toda claridade

do sol, levada por uma nuvenzinha branca”.

Por tudo o que aconteceu, o Trânsito de São Francisco nos con-vida a experimentar outra concep-ção da morte, não tradicional. Re-força que a morte faz parte da vida e é a única verdade que sabemos antecipadamente. Também reforça que o fim da vida biológica não rou-ba a vida espiritual, ao contrário, dá início à plenitude dela, eterna e imortal, em Deus.

Diante desta incrível vivência franciscana, vê-se quanto é peque-na nossa tradicional concepção da morte. Torna-se ainda mais mes-quinha, quando nossas vidas são orientadas para o apego às coisas, às riquezas materiais, ao dinheiro, ao poder. Quanto mais acentua-mos este lado material, tornamos a morte um evento ainda mais do-loroso.

Com seu próprio trânsito São Francisco nos dá o testemunho que podemos aceitar e acreditar que a morte é realmente a passagem para a Eternidade e que só passan-do por ela podemos também nos encontrar com Deus.

A celebração do Dia de Finados, que há poucos dias recordamos, nos conceda que o Espírito de Deus nos faça compreender melhor esta face da morte. O exemplo de São Francisco de Assis nos lembre que o falecimento de pessoas queridas ou amigas abre as portas da luz plena de Cristo ressuscitado.

Fraternidade N.Sra. das Mercês - OFS

144 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 145

SANTA ISABEL DA HUNGRIA FINADOS

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

17 de novembro - Padroeira da Ordem Franciscana SecularEm 1207, filha do rei André da Hungria e da rai-

nha Gertrudes, nasceu Isabel cujo nome significa “repleta de Deus”. Casou-se com o príncipe Luís de Turíngia na idade de 13 anos e teve 3 filhos.

Sempre demonstrou profunda compaixão para com os sofredores. Construiu um hospital próximo ao seu castelo, e ela mesma cuidava dos doentes. Sua família se opunha a isto, mas ela insistia que deveria seguir os ensinamentos de Cristo. Passava longas noites em oração, dedicava–se aos doentes e aos pobres. Ficou viúva precocemente, sendo des-pojada de seus bens e forçada a buscar refúgio em um estábulo, ela que havia ajudado a construir hos-pitais para seus súditos.

Vestiu o hábito da Terceira Ordem Franciscana e recebeu de São Francisco de Assis, como presente, o seu manto.

Santa Isabel faleceu com apenas 24 anos de ida-de, em Marburgo, Alemanha, e em 1235, foi canoni-zada pelo Papa Gregório IX.

A Ordem Franciscana Secular a venera como sua padroeira, e é representada na ar te litúrgica como uma mulher carregando pães ou rosas no seu manto, ou usando coroa de princesa ou dando comida a um pedinte.

Horrorizou-se com a coroa de espinhos na cabeça de Jesus, e assim nunca mais usou sua coroa de princesa no interior de uma igreja ou capela, nos dias

de jejum e na semana santa e feriados religiosos.Uma célebre história conta que Isabel tendo seu

avental cheio de alimentos para os pobres se encon-tra com seu esposo Luis. Quando ele indaga o que ela levava, apareceram no lugar das provisões muitas rosas belíssimas, apesar de ser tempo de inverno.

Certa vez foi vista carregando para dentro do caste-lo uma criança pequena com lepra e a colocou em sua cama. As criadas da cor te se assustaram e chamaram seu esposo Luís, e mostraram o que sua esposa havia feito. Ao chegar e olhar para a criança ele somente viu o Menino Jesus lhe sorrindo.

Nesse tempo de expectativa e de alegria pela pro-ximidade do Advento, as vir tudes cristãs e o exemplo admirável de dedicação e solidariedade de Santa Isa-bel aos empobrecidos nos despertem para a caridade e o amor cristão.

Santa Isabel nos ajude a perceber o sorriso do Me-nino Jesus nos leprosos de nosso tempo. E, conse-quentemente, acolhê-los, amá-los e servi-los.

Esta Santa continue nor teando, inspirando e ilumi-nando a Ordem Franciscana Secular e a comunidade das Mercês, principalmente no tempo de Advento, du-rante o qual desejamos sentir mais per to de nós os que sofrem.

Fraternidade N.Sra. das Mercês OFS

A Reveladora da Medalha MilagrosaNOVENA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DA MEDALHA MILAGROSA

Em 1830, em Paris, França, Nossa Senhora se manifestou à Irmã Catarina, noviça das Filhas da Caridade, na Capela da Casa-Mãe da Companhia. Foi uma manifestação divina, repleta de luz, de fé, onde Catarina Labouré recebeu a missão de man-dar cunhar a Medalha Milagrosa e propagá-la pelo mundo inteiro.

Estando diante de tão grande beleza e tendo suas mãos apoiadas nos joelhos da Virgem Maria, Mãe de Jesus, Catarina ouviu da bondosa Mãe:

“Aqueles que usarem, com fé e confiança, esta medalha, receberão muitas graças”.

A Medalha foi cunhada e começou a ser distri-buída em todas as partes do mundo.

Hoje nós, Filhas da Caridade, continuamos a propagação desta Medalha com muita devoção e as graças concedidas por intercessão de Nossa Senhora das Graças são abundantes.

Ir. Lucia Helena ZorekFilha da Caridade

Escola Vicentina N. Sra. das Mercês.

Na Casa Central das Irmãs Vicentinas, have-rá esta programação:

• De 18 a 26 de novembro de 2008: No-vena às 19h, diariamente.

• 27 de novembro: festa de N. Sra. das Graças e imposição da Medalha Mila-grosa;

• missas e bênçãos de pessoas e obje-tos às 9 h e 19h

Gesto de solidariedade: Aproxima-se o Na-tal. Se você quiser, poderá fazer gesto concre-to trazendo algo para as famílias e as crianças carentes. Obrigado!

Filhas da Caridade (Vicentinas)

Dia de Finados... Tempo em que todos param para lembrar-se dos mortos e prestar-lhes a de-vida homenagem. Em todos os cemitérios podem ser vistas romarias de pessoas. Muitos rezam em silêncio, outros participam de missas e litur-gias ao lado dos túmulos ou em capelas. Flores e velas têm seu preço drasticamente aumentado e até para estacionar o carro se encontra esquema pronto, elaborado pelos “flanelinhas”de plantão. E todos nós nos sentimos compelidos a fazer parte deste movimento.

É primordial, para nossa paz de consciência, que mostremos aos nossos falecidos que os ama-mos muito. Seja a pé, de ônibus, de carroça, faça chuva ou faça sol, cada um de nós se encaminha ao cemitério para lembrar nossos familiares, pa-rentes, amigos/as e conhecidos.

No entanto, não é somente no cemitério que pode-mos homenagear nossos mortos. Os que já ressus-citaram recebem, em qualquer hora, nossas home-nagens em forma de lembranças felizes, de imagens gravadas em nosso coração, de muita saudade e de muito amor. A todo o momento, mostramos-lhes que suas vidas não foram em vão. Eles deixaram imenso legado que nos ajuda a continuar a escrever nossa história e a procurar a felicidade e a paz.

Muitas vezes a saudade é tanta que chega a atrapalhar nossa caminhada. Mas se pensarmos que quanto maior é o amor, mais contundente é a saudade, veremos que esta também é uma home-nagem a quem nos faz tanta falta. O amor é elo indestrutível que se realiza entre dois seres atra-vés, não só dos sentidos, mas, principalmente, do coração.

Ao perder a possibilidade de manifestar exter-namente o amor a quem conviveu ao nosso lado e de senti-lo com o toque, de não poder mais escutar sua voz e não poder vê-lo e admirá-lo, acreditamos que o perdemos para sempre.

Se isto acontece, o caos tende, então, a se ins-talar na pessoa, pois supomos terem sido perdidas todas as condições que nos possibilitariam senti-los em nossa vida.

Porém, isto não é verdadeiro! Nossos amores não desapareceram; eles continuam existindo em outra dimensão. O amor permanece para sempre e é através dele que continuaremos unidos para toda a eternidade. Sim, porque ele não termina quando há a perda do corpo físico. Ele entra na espirituali-dade do Cristo Ressuscitado, conferindo-lhe a eter-nidade dos que Nele ressuscitaram.

É difícil reestruturar a vida depois da morte de

alguém muito querido. Mas não é impossível! Nes-ta hora, abençoados aqueles que têm fé!

Crer que a vida – dada por Deus – é eterna, que ela não termina com a morte, que, mesmo não sa-bendo como explicar, acreditamos na ressurreição e temos a certeza de que vamos nos reencontrar, faz com que tenhamos apenas que aprender e acostumar a conviver com esta nova realidade.

Se não temos mais condições de nos relacio-narmos através dos sentidos, vamos investir no relacionamento através do coração.

Apesar de sabermos que a morte faz par te da vida e que ninguém ficará para semente, quando ela abate alguém muito próximo de nós e muito importante em nossa vida, sentimo-nos vítimas de grande injustiça e não merecedores de tama-nho sofrimento. Procuramos os culpados para direcionar nossa raiva e frustração. É nesta hora que nossa fé pode ser abalada, pois, na impossi-bilidade de encontrarmos explicações convincen-tes, direcionamos a responsabilidade a Deus. Mas Ele é o Senhor da Vida e não o algoz da morte! Deus estará sempre conosco, amparan-do-nos nas aflições e nos ajudando a encontrar a serenidade.

Fazer uso dos sacramentos da Igreja é muito eficaz no processo de luto, pois eles nos colocam mais próxi-mos de Deus e em melhores condições para entender os seus sinais. Na Eucaristia nos encontramos também com nos-sos falecidos, pois estes, já res-suscitados, fazem agora parte do Corpo Glorioso de Cristo que recebemos na Comunhão.

Todo o esforço despendido na elaboração do processo do luto e todo o sofrimento que este processo acarreta, são ho-menagens aos nossos queridos ressuscitados, pois atestam todo o amor que continua a nos unir a eles. É como se dissésse-mos: -“Está sendo muito difícil viver sem você!”

Por tudo isso, não é somen-te no Dia de Finados que cultu-amos os mortos! Todo o dia, de alguma forma, estamos sempre homenageando os que nos fize-ram tanto bem e que, apesar de não precisarem mais de nós, pois estão em Deus, talvez re-cebam com carinho estas nos-sas manifestações.

Marisa CremerGrupo de Apoio ao Luto:

Reuniões: Quintas-feiras às 14h30e 19h30

146 - Ano IX - Outubro de 2008 Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 147

DIA DA REFORMA AGRÁRIA30 de novembro

Brasil é campeão em concentração de terra.Abaixo, você poderá ler boa coletânea de tre-

chos sobre a reforma agrária, extraídos do especial Em profundidade - Reforma Agrária da Veja on-line

Em 500 anos de História, o Brasil nunca dividiu a terra. É o único país de extensão continental, em todo o mundo, com estrutura fundiária semelhante à da sua fundação. O primeiro regime de proprie-dade, o das sesmarias, durou três séculos e divi-dia as doze capitanias hereditárias em extensões maiores que Fortaleza e Belo Horizonte juntas.

Em 1822, às vésperas da Independência, foi revogada a legislação das sesmarias, e o Brasil ficou quase trinta anos sem nenhuma lei sobre a propriedade rural.

O fim do tráfico de escravos, em 1850, trouxe consigo o que se tornaria agravante para a ques-tão agrária brasileira. O Império, sob pressão dos fazendeiros, resolveu mudar o regime de proprie-dade. Até então, ocupava-se a terra e pedia-se ao imperador um título de posse. Dali em diante, com a ameaça de os escravos virarem proprietários ru-rais, deixando de se constituir num quintal de mão-de-obra quase gratuita, o regime passou a ser o da compra, e não mais de posse.

“Enquanto o trabalho era escravo, a terra era livre. Quando o trabalho ficou livre, a terra virou escrava”, diz o professor José de Souza Martins, da Universidade de São Paulo.

Na época, os Estados Unidos também discutiam a propriedade da terra. Só que fizeram exatamente o inverso. Em vez de impedir o acesso à terra, abri-ram o oeste do país para quem quisesse ocupá-lo - só ficavam excluídos os senhores de escravos do sul. Assim, criou-se potência agrícola, mercado consumidor e cultura mais democrática, pois fun-dada numa sociedade de milhões de proprietários.

Em termos de propriedade rural, o Brasil conti-nua o país do latifúndio, das vastas extensões de terra pouco produtiva e do pobre minifúndio nor-destino.

De 1850 para cá, pouco se mexeu na estrutura da terra no país - apesar do fim do tráfico de escra-vos, da abolição, da proclamação da República, da Revolução de 1930, do golpe de 1964 e da Nova República. Montar nova estrutura fundiária que seja socialmente justa e economicamente viável é dos maiores desafios do Brasil.

Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existem mais de 371 milhões de hectares prontos para a agricul-tura no país, uma área enorme, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uru-guai somados. Mas só uma porção relativamente pequena dessa terra tem algum tipo de plantação. Cerca da metade destina-se à criação de gado.

O que sobra é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à toa esconde-se grande problema agrário brasileiro.

Até a década passada, quase metade da terra cultivável ainda estava nas mãos de 1% dos fazen-deiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertencia a 3,1 milhões de produtores rurais*.

“O problema agrário no país está na concen-tração de terra, uma das mais altas do mundo, e no latifúndio que nada produz”, afirma o professor José Vicente Tavares dos Santos, pró-reitor da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em comparação com os vizinhos latino-americanos, o Brasil é campeão em concentração de terra. Não sai da liderança nem se comparado com países onde a questão é explosiva, como Índia ou Paquistão.

Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem os conflitos que, nos últimos vinte anos, fizeram centenas de mortos.

Com pequenas variações, em países da Europa, Ásia e América do Norte impera a propriedade fami-liar, aquela em que pais e filhos pegam na enxada de sol a sol e raramente usam assalariados. Sua produção é suficiente para o sustento da família e o que sobra, em geral, é vendido para grande empresa agrícola comprometida com a compra dos seus produtos.

No Brasil, o que há de mais parecido com isso são os produtores de uva do Rio Grande do Sul, que vendem sua produção para as vinícolas do nor-te do Estado.

Em Santa Catarina, os aviários são de peque-nos proprietários. Têm o suficiente para sustentar a família e vendem sua produção para grandes em-presas, como Perdigão e Sadia.

As pequenas propriedades são tão produtivas que, no Brasil todo, boa parte dos alimentos vêm

dessa gente que possui até 10 hectares de terra. Dos donos de mais de 1.000 hectares, sai uma

parte relativamente pequena do que se come. Ou seja: eles produzem menos, embora tenham 100 vezes mais terra.

Ainda que os pequenos proprietários não con-seguissem produzir para o mercado, mas apenas o suficiente para seu sustento, seria uma saída pelo menos para a miséria urbana. “Até ser um Jeca Tatu é melhor do que viver na favela”, diz o profes-sor Martins. Além disso, os assentamentos podem ser uma solução para a tremenda migração que existe no país.

A política de assentamento não é uma alter-nativa barata. O governo gasta até 30.000 reais com cada família que ganha um pedaço de terra. A criação de um emprego no comércio custa 40.000 reais. Na indústria, 80.000. Só que esses gastos são da iniciativa privada, enquanto, no campo, te-riam de vir do governo. É investimento estatal puro, mesmo que o retorno, no caso, seja alto.

De cada 30.000 reais investidos, estima-se que 23.000 voltem a seus cofres após alguns anos, na forma de impostos e mesmo de pagamentos de empréstimos adiantados.

Para promover a reforma agrária em larga es-cala, é preciso dinheiro que não acaba mais. Seria errado, contudo, em nome da impossibilidade de fazer o máximo, recusar-se a fazer até o mínimo. O preço dessa recusa está aí, à vista de todos: a urbanização selvagem, a criminalidade em alta, a degradação das grandes cidades.

*Dados de 2003Fonte: http://veja.abril.com.br

Seleção feita por Janaina Martinsjornalista

OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUSNos números anteriores de “O Capuchi-

nho” tratamos dos cinco primeiros man-damentos da Lei de Deus. Neste número estudaremos o sexto e o sétimo manda-mento.

O sexto mandamento: Não cometerás adultério.Geralmente quando se pergunta: “Qual

é o sexto mandamento?”, o povo responde: “Não pecar contra a castidade”. Mas não é isso que a Bíblia diz. A Bíblia diz: “Não cometerás adultério!” (Ex 20,14).

No Egito, onde o povo de Deus ficou es-cravo, havia a mentalidade de que o homem é superior à mulher. E depois da escravidão do Egito, o povo de Deus reproduziu este sistema da superioridade do homem sobre a mulher. Então a mulher era explorada, pri-vada dos seus direitos e da sua dignidade. Não era considerado adultério quando um homem casado tivesse relações sexuais com moça não casada. Isto era considera-do apenas como ofensa ao pai da moça, ao qual o culpado tinha de pagar indenização (cf Dt 22,28-29). Para a mulher, porém, qualquer relação com outro homem era considerado adultério.

Ora, no sexto mandamento Deus mostra a mudança que se deve realizar na sociedade: o relacionamento entre homem e mulher deve ser de igual para igual. Esse ideal de igualda-de e complementariedade entre homem e mu-lher é descrito na Bíblia quando se diz: “Deus criou o homem e a mulher à sua imagem”(Gn 1,27).

No Novo Testamento Jesus retoma o ideal que Deus tinha em mente quando deu o sexto mandamento: “Ouvistes o que foi dito: ´não cometerás adultério´. Eu porém vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já cometeu adultério com ela em seu coração”. (MT 5,27-28). Com isso Jesus quer preservar a dignidade da mulher, que era tida como um objeto.

No tempo de Jesus, o divórcio era facilita-do. Por qualquer motivo o homem podia man-dar embora sua esposa. Por isso, Jesus diz: “Que o homem não separe o que Deus uniu” (MT 19, 6).

Segundo Jesus, quem repudiava sua espo-sa e casava com outra mulher cometia adulté-rio e era motivo para que sua esposa também cometesse adultério (cf. MT 5,31-32; 19,7-9).

Desta maneira, Jesus retira todos os su-postos privilégios do homem frente á mulher. Não permite ao homem usar ou desejar a mu-lher como se fosse um objeto a seu dispor (cf MT 5,27-28).

O mesmo ideal de igualdade é retomado por São Paulo: “Na comunidade fundada em

Cristo não há judeu nem grego, não há escra-vo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um em Jesus Cristo” (Gl 3,28) (cf. Carlos Mesters, “Os Dez Mandamentos”, Paulus, 1986, PP. 51-55).

Por vezes, o sexto mandamento é reduzido à prática da castidade, entendida como um es-forço de se respeitar o próprio corpo.

A Bíblia, porém, quer mais do que isto. Ela quer que seja respeitada a imagem de Deus no ser humano. Esta imagem só aparecerá plenamente quando o homem e a mulher che-garem a um respeito mútuo, e quando o amor entre ambos não for mais motivo para um do-minar o outro, mas for motivo de crescimento igual e harmonioso para ambos. Então o sexto mandamento quer acabar com as raízes mais profundas do sistema de opressão que é a dominação do homem sobre a mulher. É um desafio !

O sétimo mandamento: Não furtar“Não fur tarás” (Ex 20,15).Qual o sentido deste mandamento?O sistema do faraó do Egito (onde o povo

de Deus ficou escravo) e dos reis de Canaã era baseado no roubo. O faraó e os reis podiam to-mar as terras, os animais, os produtos, os em-pregados, os filhos e as filhas do povo. Era um “direito do rei”, reconhecido por lei (cf. 1Sm 8,11-18). Por tanto, estas atitudes do faraó e dos reis não eram consideradas roubo.

Por exemplo, o rei Salomão chegou a ter uma renda anual de 666 talentos de ouro (cf. 1Rs 10,14). São mais de 22 toneladas de ouro! Chegou a empregar em trabalhos força-dos na construção do templo ao todo mais de 180.000 operários (cf 1Rs 5,13-16). Ele era

dono de uma frota de navios (cf. 1Rs 9,26-28; 10,22). No seu palácio os pratos, os co-pos e os talheres eram de ouro puro (cf 1Rs 10,21). Tinha 1.400 carros e 12.000 cava-leiros (cf. 1Rs 10,26). Diariamente recebia 13.500 litros de flor de farinha e 27.000 de farinha comum, 10 bois cevados, e 20 bois de pasto, além de muitas outras coisas, entregues a ele pelos prefeitos, nomeados por ele no país inteiro (cf 1Rs 4,22-23.27-28). No entanto, nunca ninguém o chamou de ladrão, pois era um direito que a lei lhe dava.

Da mesma maneira, o faraó roubava as terras, não pagava salário, roubava à força física do povo. Estes roubos tão grandes fa-zia o povo chorar de angústia (cf. Ex 3,7).

Dizendo: “Não fur tarás”, Deus não se di-rige em primeiro lugar a um indivíduo isola-do, mas ao próprio povo. Deus deseja uma nova organização que não seja baseada no roubo legitimado por lei. Não é só o indiví-duo que não pode roubar. É o povo que não pode roubar o povo!No Novo Testamento Jesus confirma o

mandamento de “não fur tar”. Ele condena e até ridiculariza a acumulação de bens (cf Lc 12,13-21).

Na pequena comunidade dos apóstolos, nin-guém se apropria de nada. Judas é o respon-sável pelo caixa comum (cf Jo 13,29; 12,6). Jesus condena os doutores da lei que falam bonito mas roubam das viúvas (cf Mc 12,38-40). Ele derruba a mesa dos cambistas do templo e os chama de ladrões (cf. Lc 19,46).

Por toda esta maneira de viver e de falar, Jesus deixa transparecer seu agudo senso de justiça e a opção que fez pelos pobres. Ele mesmo era pobre e não tinha onde reclinar a cabeça (cf Lc 9,58). E aos ricos, que acumu-lam bens, ele declara: “Ai de vós ricos, porque vocês já têm a sua consolação” (Lc 6,24) (cf. Carlos Mesters, “Os Dez Mandamentos”, Pau-lus, 1986, PP.56-61).

E hoje, em nossa sociedade, como está sendo observado o sétimo mandamento que diz: “Não fur tarás”?

O que dizer da corrupção política, econômi-ca, social e religiosa?

O que dizer das organizações sociais e po-líticas que excluem as pessoas do “banque-te da vida”, que favorecem a acumulação de bens em mãos de poucos, que fazem com que “poucos tenham muito e muitos não tenham pouco” para viver?

O que dizer da religião quando ela se tor-na instrumento de exploração econômica das pessoas, através de promessas de curas, de bem-estar e de prosperidade?

Tudo isto faz pensar!Frei Pedro Cesário Palma,

OFMCCap

148 - Ano IX - Outubro de 2008

PREPARAR O NATAL SOLIDÁRIO COM JESUS!Há oito anos a paróquia N. Sra. das Mercês faz

grande mutirão no Natal para ajudar nossos irmãos carentes. Além da paróquia Nossa Sra. da Luz do CIC, neste ano temos mais uma paróquia assisti-da, a Imaculada Conceição de Alm. Tamandaré-PR.

Algumas pessoas da nossa paróquia e frei Pe-dro Cesário Palma, vigário paroquial, visitaram as paróquias assistidas e sentiram o drama das famílias pobres pelos relatos dos párocos e das assistentes sociais. Nosso objetivo é atender “os pobres” dos mais pobres.

Nossas doações serão assim distribuídas:1. Paróquia Nossa Sra. da Luz–CIC: 400 cestas

especiais com gêneros natalinos; 400 kit’s para as crianças, com roupa, sandália, bombons e brinquedo.

2. Paróquia de Alm.Tamandaré: 200 cestas com os mesmos itens acima; 150 kit’s para as crianças.

Tendo conhecimento como nossa paróquia se engaja nesta campanha, outras entidades também aderiram. Em Almirante Tamandaré, o Rotary Club adotou uma comunidade, das 24 que lá existem. Outras pessoas também seguiram o exemplo ado-tando uma comunidade. Na Vila N. Sra. da Luz, a Faculdade Facinter vai doar todos os brinquedos.

A partir do dia 8 de novembro, as secretárias da paróquia estarão distribuindo os envelopes da campanha: “Natal solidário com Jesus”.

No envelope, há estas indicações:- kit para as crianças R$ 30,00- cesta “especial de Natal” R$ 30,00- outro valor R$________ Nome:_________________________________(Marcar um “X” o que você prefere doar)Poderá contribuir com qualquer valor até R$ 5,00

(que é o preço dos bombons) ou um quilo de feijão. O importante é se sentir bem e que está colaborando. É com o esforço de todos que conseguiremos fazer este grande empreendimento do Natal Solidário!

Se quiser, poderá colocar o nome nos envelopes, que serão colocados numa cesta e, na noite de Na-tal, oferecidos no ofertório, com a missa na inten-ção dos que contribuíram. Deus abençoará a todos por este gesto: Fazer feliz tanta gente sofrida!

Em Almirante Tamandaré, a festa de Natal será celebrada no dia 13 de dezembro, sábado, com a saída em frente da nossa igreja às 13h30.

Na vila Nossa Sra. da Luz, será dia 14 de de-

zembro, domingo, com a saída no mesmo local e às 13h30. Quem quiser participar, está convidado!

Além da Novena de Natal, é com sinais de so-lidariedade que celebraremos melhor o Advento. Com estes e outros gestos de amor aos irmãos, responderemos ao apelo de São João Batista: Pre-parai os caminhos do Senhor!

Nossas preces e muito obrigado!Pastoral do dízimo