boletim informativo da paróquia nossa senhora das mercês...

11
Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano X - Edição Especial - 2009 Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br BÊNÇÃO TRÂNSITO CAPUCHINHOS

Upload: lenhan

Post on 08-Nov-2018

259 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano X - Edição Especial - 2009

Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br

BÊNÇÃO

TRÂNSITO

CAPUCHINHOS

Page 2: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

2 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 3

EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: Das 8h até 18h

MISSAS horárioSegunda-feira: 6h30Terça e quarta-feira: 6h30 e 19hQuinta-feira: 6h30 e 18h30Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Novena: 8h30Sábado: 6h30, 17h e 19hDomingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h

ENTREAJUDAQuinta-feira: 9h, 14h30, 16h30, 19h30 e 21h

BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18hSábado: das 9h30 às 12h00 e das 14h às 17h

Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606*Domingos e feriados não há expediente.

Mensagem ao Leitor

A BÊNÇÃO DE CARROS E TRÂNSITOBÊNÇÃOS – Edição Especial

Brindamos nossos caros leitores e admiradores do jornal da paróquia N. Sra. das Mercês, “O Capuchinho”, com esta primorosa edição especial, sobre os temas: bênção, trânsito, grupos de Entre-ajuda, de apoio e o trabalho no atendimento dos freis capuchinhos.

Durante a primeira sexta-feira de 2008 e ao longo deste ano, surgiu a idéia de preparar edição especial deste nosso jornal para a primeira sexta-feira de 2009 com temas relativos a esse dia. O pá-roco, fr. Alvadi Marmentini, apoiou a idéia e ajudou a idealizar esta edição especial, que será valioso meio de comunicação religiosa a todos os que freqüentam a Igreja dos Capuchinhos das Mercês.

Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita cla-reza e humor, artigos sobre as diversas modalidades de bênçãos e sobre as leis do trânsito. Fez a distinção sobre as superstições, crendices, uso de mandingas, feitiços, sobre ditos populares, sor-te, azar e atribuições ao poder do demônio e de Deus.

A parapsicóloga Nelly Kirten resume os passos da celebração da Entreajuda e fala dos diversos trabalhos dos grupos de apoio e terapia que surgiram na paróquia a partir da Entreajuda.

O casal Mauro e Cecília de Oliveira escreve sobre mudanças que ocorrem na adolescência e o envolvimento de jovens com drogas.

O Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti, com carta de 2004, autoriza a Celebração da Entreajuda e esclarece que é bíblico o procedimento feito nesta Celebração. Elogiou os frades capuchinhos neste novo método de Evangelizar, unindo “Fé e Ciência”.

Os Freis Capuchinhos estão sempre à disposição para acolher e abençoar diariamente, nos horários estabelecidos. Para melhor acolher o povo, estão distribuídos em diversos setores: há os que atendem na paróquia; outros atendem confissões; os que atendem na portaria para abençoar pessoas, veículos, objetos de devoção e distribuem pão; os que saem do convento, sempre com prévio agendamento, e vão benzer empresas, escolas, estabelcimentos diversos, casas; vão aos hospitais e ministram a Unção dos Enfer-mos; vão às capelas mortuárias e fazem exéquias.

Desejamos a todos os leitores, aos que procuram nossa pa-róquia para bênçãos, aos participantes da celebração de Entre-ajuda, aos que vêm buscar apoio, que sejam iluminados pelo Espírito Santo, fazendo-os entender o uso correto deste do tão benéfico sacramental das Bênçãos.

A redação

Igreja matriz Nossa Senhora das MercêsENDEREÇO da paróquia e convento

Av. Manoel Ribas, 966 - 80810-000 CURITIBA-PrTel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.) - Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)

Expediente do BoletimPároco: Frei Alvadi P. Marmentini. Vigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma e Fr. Ovídio Zanini. Jornalista responsável: Janaina Martins Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Diony-sio Destéfani. Coordenadora: Erotides F. Carvalho. Fotógrafa: Sueli F. Assunção e Mayra Cr. Armentano Silvério. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lúcia H. Zouk (Catequese), Rose-cler Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de C. Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias da Paróquia. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 20.000 exemplares.

Para que a bênção do seu carro se torne um momento de graça e de tomada de consciência dos seus direitos e deveres no trân-sito, e para evitar mal-entendidos e possíveis crendices, a paróquia das Mercês achou conveniente publicar e divulgar este pequeno jornal. Leia com atenção e reflita, pois é para seu e nosso bem.

BÊNÇÃO DA PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO ANO NA IGREJA N. Sra. DAS MERCÊS

Um pouco de históriaFrei Nereu José Bassi do Valle, de feliz memória,

pároco da paróquia de Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba, iniciou em julho de 1952, no domingo mais próximo da festa de São Cristóvão, patrono dos motoristas, a prática da bênção dos carros. Logo se tornou uma grande festa. Desde então, mi-lhares de motoristas de toda Curitiba e municípios limítrofes vinham abençoar seus carros na Avenida Manoel Ribas, na quadra defronte à Igreja das Mer-cês.

Em 1955, D. Manoel da Silveira D’Elboux, arce-bispo de Curitiba, criou a paróquia de São Cristó-vão na Vila Guairá (Curitiba) e pediu aos freis capu-chinhos para assumi-la. Sendo que os capuchinhos não tinham um frei disponível, D. Manoel pediu a Frei Nereu permissão para repassar a festa de São Cristóvão para a nova paróquia da Vila Guaíra, e assim foi feito.

Frei Nereu, sempre criativo, lembrou que os freis capuchinhos do Rio de Janeiro tinham o costume das bênçãos nas primeiras sextas-feiras de cada mês. Com a permissão de D. Manoel, iniciou em 1955 a bênção dos carros e pessoas na primeira sexta-feira do ano. Este costume abençoado conti-nua até hoje, sempre mais participado.

Atualmente, uns trinta freis estão à disposição dos motoristas e do povo, e mais de 3.000 pesso-as e 35.000 carros são abençoados na primeira sexta-feira do ano na paróquia de Nossa Senhora das Mercês, das 6 às 21h.

Além disso, é bom lembrar que em todos os dias úteis há freis capuchinhos atendendo e aben-çoando carros e motoristas e outras pessoas.

Frei Nereu dizia que, em tempos idos, a sexta-feira era considerada dia de azar. Por isso, iniciou a primeira sexta-feira do ano como dia de bênção e de felicidade, e deu muito certo.

SENTIDO DA BÊNÇÃO Só compreendemos e sentimos através de

imagens ou sinais. Como diziam os antigos filóso-fos gregos, nada há na inteligência que não passe pelos sentidos. Toda bênção é sinal positivo, quer dizer, que captamos com nossos sentidos exte-riores.

Jesus Cristo instituiu bênçãos fundamentais de salvação que chamamos de sacramentos. Para nós católicos, os sacramentos são sete, nem mais e nem menos: batismo, crisma, reconciliação, eucaris-tia, ordem, unção dos enfermos e matrimônio.

Cristo Jesus utilizou também outros muitos si-nais de graças, como imposição das mãos, toques – especialmente na fímbria de seu manto e de sua túnica –, banhos em piscinas tidas como milagro-sas, uso de sua saliva - que os judeus entendiam como sinal da pessoa e outros.

Por sua vez, a Igreja Católica catalogou e norma-lizou todos estes sinais e acrescentou outros para provocar e aumentar nossa fé na proteção divina. A estes sinais utilizados por Jesus Cristo e a tantos outros normalizados pela Igreja chamamos sacra-mentais, como o terço que muitos conservam no carro, bênção da água, de cinzas e sal, de meda-lhas e crucifixos, de escapulários e outras gargan-tilhas, de fitinhas e pulseiras, de casas e carros, de motocas e bicicletas, de roupas e alimentos, de empresas e fazendas, de animais e plantações, e muitos outros.

A bênção dos carros é para o usuárioPara as coisas em si nada muda. As coisas já

estão abençoadas pela criação divina que á maior bênção, a bênção fundamental. São as pessoas que vão sentir no coração que as coisas estão abençoadas e então irão utilizá-las com respeito.

Abençoamos para despertar em nós a fé nas bênçãos de Deus em sua criação. É preciso ter consciência e fé de que Deus sempre está nos abençoando, porque Ele é bênção em pessoa. Como faz bem ouvir pessoas dizendo: “Eu me sinto uma pessoa abençoada”!

Há muita mais necessidade de sentir a bênção

de Deus do que pedir. Jesus sempre dizia: “Basta que tenha fé! Não tenha medo”! Tanto a fé como o medo ou fé negativa faz acontecer. Trata-se prin-cipalmente da fé emocional ou imaginativa e não apenas intelectual ou teórica. Como dissemos, o que a gente acredita ou imagina, começa aconte-cer porque é a cabeça que programa nosso corpo exterior e nossa vida.

Fé e crendice Nada aproxima tanto de Deus como a fé escla-

recida, e nada afasta tanto como a fé ignorante ou crendice. Nada melhor e nada pior que uma boa ou falsa religião.

Fé e ciência devem andar de mãos juntas. Quan-do a fé discorda da ciência, fique com esta e deixe aquela ou modifique-a, porque o critério da ciência é a evidência e o critério da fé é a confiança em Deus perante coisas obscuras. Toda ciência verda-deira vem de Deus.

A fé pode ser temerária ou esclarecidaÉ temerária, alienada ou mágica, quando espera

que Deus resolva nossos problemas sem a gente assumir nossa parte na aliança, quando confiamos no poder mágico de objetos inanimados. A fé é es-clarecida quando confia que pessoas ou objetos abençoados funcionam como indutores psicológi-cos e aumentam nossa responsabilidade.

Frei Nereu José Bassi.

Page 3: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

4 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 5

O PERIGO DA SUPERSTIÇÃO

DESTINO

Não utilize superstições em seu carro, porque são alienações ou fugas de seus deve-

res. Precisamos de fé iluminada. Não devemos tor-nar superstição esta nossa fé que é confiança em Deus, e um só é o nosso Deus.

A superstição é confiança em criaturas, ou seja, alienação e idolatria. Não de-vemos acreditar em certos tipos abusivos de cor-rentes de oração (nove cópias a nove pessoas) nem em orações ditas fortes com poder em si, ora-ções a santos de causas urgentes e impossíveis mandando fazer mil cópias por determinado preço, pragas, feitiços, urucubaca, mandingas, inveja, ho-róscopos, destinos negativos, trabalhos feitos, des-pachos, vodus, não passar debaixo de escada, dia 13 sexta-feira de lua cheia, usar fitinhas para dar nós e desenhos de sandálias para obter graças,

valor mágico do número fixo de velas, uso de figas, de amuletos e quebrantes, crer em benzimentos e fórmulas mágicas, promessas temerárias, e por ai afora.

Esta maneira de proceder faz estragos no meio do povo e deforma a verdadeira religião. É explo-ração comercial do povo e um jeito de multiplicar como que deuses, dando a alguns santos poderes exclusivos.

Não existem santos de causas urgentes e es-pecíficas. No céu, os anjos e os ressuscitados têm o mesmo poder de intercessão com e por Cristo ao Pai.

Na Casa do Pai não existem santos canoniza-dos e não canonizados, nem santo mais poderoso que outros. Isso é bom aqui na terra. O único poder de mediação é Cristo Jesus.

Superstições curam? O supersticioso tanto acredita em curas como

programa novas doenças. Curas supersticiosas po-dem provocar mais doenças porque formam uma mentalidade alienada. O maior problema da su-perstição é provocar a ocultação dos sintomas de

doenças sem curar o órgão doente. Li, nestes dias, que mais de 60% da população

do Brasil busca mais a cura em superstições do que em médicos. É fácil curar os sintomas, mas difícil curar o órgão doente. Eu tinha erisipela e os antibióticos não estavam curando. Perguntei ao mé-

dico: “Benzedei-ra cura”? E ele me respondeu: “Sim, mas só se for Benzetacil”, que é um pode-roso antibiótico. Engraçado!

Que fazer com superstições?

Preste um serviço à sua Igreja. Quando encon-trar estas superstições em altares e bancos da sua igreja, retire-as sem medo algum e jogue-as no lixo, na certeza de que Deus irá abençoar você. Em sua mente, repita este pensamento: Nada faz tanto bem como a religião bem entendida, e nada faz tan-to mal como a religião mal entendida.

VALOR DAS SIMPATIASViva com simpatia! Toda bênção é,

de certa forma, uma simpatia que se torna sacramental porque potenciada pela fé. Simpatia não é su-perstição. Dirija seu carro com simpatia, que é energia positiva mais poderosa que a antipatia. A simpatia precisa de sinais ou imagens positivas de coisas e pessoas. Devemos cultivar no coração a prática da simpatia natural das criaturas. Elas são simpáticas como nossas irmãs que nos fazem bem. Deus nos aben-çoa sempre através das criaturas, imagens da sua bondade. Feliz de quem se deixa abençoar pelas criaturas de Deus! Foi Deus que nos criou com ten-dência para utilizar e simpatizar com tudo o que é verdadeiro, bom e belo para nossa felicidade.

Utilize simpatiasConhecemos simpatias para curar erisipelas,

cobreiros, verrugas, alergias e outras doenças, es-pecialmente da pele. Julga-se que 86% de nossas doenças procedem do corpo interior.

Simpatias são programações mentais, induções psicológicas positivas, como, certas pulseiras e fi-

tas do Senhor do Bom Fim, usar arruda na orelha para dar sorte, usar certa folhagem na entrada dos bancos, três batidas na mesa para afastar males, comer carne de porco e usar roupa branca no iní-cio do Ano, benzer carros na primeira sexta-feira do ano e outras.

Às vezes, simpatias e sacramentais se confun-dem. Nas simpatias utiliza-se mais o valor psico-lógico da imagem positiva das coisas; e nos sa-cramentais da Igreja utiliza-se mais o poder da fé teologal ou confiança em Deus. Não é errado fazer simpatias. Podemos usar simpatias desde que sejam esclarecidas e não bobas nem absurdas. Neste caso, podem confundir-se com superstições. Proteja com simpatia a própria vida, casa, folha-gens e animais domésticos.

Valor da simpatia Pela simpatia comunicamos bem-estar aos ou-

tros, enfim, certa imunidade ou defesa contra os males. A simpatia neutraliza a antipatia. A simpa-tia só e sempre faz bem a nós e aos outros. Cul-tive imagens de proteção divina. Renove em seu coração as grandes verdades da fé e da vida real: filiação e herança de Deus, sacerdócio, profecia e reinado, corpo perfeito, casa própria, família e tan-tos outros valores. Esta repetição vai formando seu interior de forma positiva.

Quando não utilizamos bem nossa cabeça cul-pamos outros, até o diabo, por nossos erros e ma-les, como fez Adão com Eva e esta com a serpente.

Nunca esqueça que os maus agouros ou antipa-tias somente fazem mal para quem acredita ou tem medo delas. O mesmo vale para as simpatias que só fazem bem para quem as valoriza e cultiva. De-pendem da lei de Psicologia que diz: As coisas pro-duzem o efeito que acreditamos ou imaginamos.

Repetimos: as antipatias em si e de per si não têm força alguma para quem tem sua mente ou seu interior ocupado por Deus. Deixe-se abenço-ar e jamais amaldiçoar. Seja sempre anjo e jamais urubu.

Viva como aliado de Deus e não como alienado! Deus sempre nos protege porque é o melhor

dos pais e nos ama infinitamente. Porém, isso pou-co ou de nada adianta se não fizermos nossa parte.

Nossa convivência com Deus é em forma de aliança e não de escravidão ou alienação. Somos realmente livres. Deus nos protege mesmo que não peçamos sua proteção, desde que façamos nossa parte na aliança. É bom lembrar do precioso texto de Mc 11, 24: “Tudo o que vocês pedirem a Deus na oração, acreditem que já foi dado e assim acontecerá”.

Como é que se explica, então, o conhecido e abusado “pedi e recebereis”? Obviamente fica as-sim: “Pedi (acreditando que Deus já atendeu; fazei vossa parte na aliança) e recebereis”. Não adianta pedir a Deus de braços cruzados que nos mande frangos assados do céu.

Lembra da piada daquele homem que sempre pedia a Deus a graça de ganhar na loteria? Depois de um tempo de insistência, Deus perdeu a paciên-cia e disse: “Por favor, meu filho, ao menos compre o bilhete”!

Da parte de Deus, seu destino é o melhor de todos. Dirija seu carro na certeza e confiança de que

Deus com seus anjos e santos está sempre cui-dando de você e dos seus. A fé faz acontecer o que se acredita. Ter medo de um destino negativo pode fazê-lo acontecer porque medo é uma programação mental. Para os gregos o destino era uma divinda-de chamada Moira.

O grande problema que atormentou a Teologia durante séculos foi a possibilidade de destinos ne-gativos programados por Deus, na idéia de predes-tinação negativa. Nada deforma tanto a imagem do Deus cristão.

Da parte de Deus nosso destino é o paraíso (Ef 1, 3-14), mas temos liberdade de escolher o infer-no ou a vida sem Deus. Nosso destino depende de nós.

Sorte e azar seriam destinos? Muita gente acredita que sim. Fala-se que al-

guns têm pé quente e outros, pé frio. Conhecemos

pessoas que ganharam diversas vezes na loteria; e outras, mesmo jogando muito, não ganharam nunca, como eu!

Estes jogos são chamados de jogos de azar, quer dizer, não tem leis estabe-lecidas. Dependem de estatística. Não dependem de fé, de trabalhos feitos, de santos protetores e coisas assim.

Nunca soube que um papa tenha ganhado na loteria, provavelmente por-que nunca jogou. Lembro que, num ano, a cada mês comprava 100 números da Sena de Sílvio Santos, e não ganhei nun-ca. Obviamente parei de comprar. Deus tem poder de fazer alguém ganhar e ter muita sorte. Seria milagre, mas não lei costumeira. Que eu saiba, isso jamais aconteceu, porque Deus fez aliança co-nosco e essas coisas dependem de nós. Deus nos criou com inteligência para não fazer asneiras.

Sorte e azar dependem da estatística e, principalmente,

da sabedoria de vida. Com sabedoria e co-nhecimento podemos formar maravilhosos destinos para nós, fazer excelentes negócios, defender-nos de la-drões e espertalhões, evitar desastres e assim por diante. Azar ou falta de sorte depen-dem de erros ou acertos de nossa parte.

Deus sempre só quer nosso bemNenhum destino negativo

acontece por vontade de Deus, mas apenas por nossa culpa, contra a vontade de Deus, quando não praticamos seus mandamentos. Não adianta proteção divina se permane-cermos em erros e pecados.

Os males não são criaturas

nem permissões e nem provações de Deus, mas opções nossas. Deus não criou o inferno ou a des-graça, mas predestinou a todos nós para seu pa-raíso (Ef 1, 3-14), porém respeita nossa liberdade. O inferno é viver sem Deus ou contra Ele, enfim opção humana consciente e definitiva, por mais ab-surda que seja.

Será que Deus castiga? Uma das idéias ou crenças que mais prejudicou

a humanidade foi acreditar em castigos divinos. Na Bíblia se fala muito destes castigos porque

se confundem leis de natureza com vontade de Deus. Quando chove, a Bíblia diz que foi uma or-dem de Deus. Assim com todos os fenômenos da vida terrestre. Por isso, é sempre Deus que castiga ou abençoa. È uma crença vinda das religiões pa-gãs. Os deuses pagãos não fazem só o bem para seus subordinados, mas fazem o que lhes parece melhor ou pior, conforme dá na veneta deles.

Page 4: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

6 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 7

DEIXAR-SE ABENÇOAR

O DEVER DA VIRTUDE DA ALEGRIA

CONTÁGIO PSICOLÓGICO

Autonomia da natureza A reflexão teológica purificou a imagem de nos-

so Deus, do Deus de Jesus Cristo. Descobrimos, então, que Deus criou a natureza autônoma, com leis próprias que Ele mesmo respeita. É o capítulo da teologia que chamamos de autonomia do univer-so, que também nós devemos respeitar e desenvol-ver pela Ecologia.

Os fenômenos da natureza, como, enchentes, terremotos, tempestades, trovões, estiagens, venta-nias, doenças, desastres e outros, acontecem con-forme leis da natureza, muitas vezes alteradas por nós. Compete a nós zelar pela ordem no universo.

Não confundir falhas humanas com vontade de DeusJamais um carro irá desastrar por determinação

divina, mas por falhas humanas, como disse-mos acima, contra a vontade de Deus que só e sempre quer nosso bem.

O carro não tem cabeça, ao menos por enquanto. Quem tem e deve usar a cabeça é seu condutor, enfim, somos nós. Quando pedimos a bênção para nosso carro, é para tomar consciência de que a boa viagem está assegurada da parte de Deus e que só falta fazer bem nossa parte.

No velório de pessoas que morreram em desastres de trânsito ou de qualquer outro modo, é fácil ouvir pessoas dizendo em alto e bom som: “Foi Deus que quis assim. Paci-ência”! Parece blasfêmia. É sempre a confu-são entre deuses ou ídolos pagãos e nosso Deus cristão.

Viaje com simpatia! Toda viagem com seu carro é um encontro com

maravilhas da natureza. Transforme sua viagem num compromisso de vida e não de preocupações. Deus está sempre a seu lado e não dá bênçãos no vare-jo ou no picado como mercadorias em supermerca-dos. Ele é pessoalmente bênção, sempre bênção, bênção para todos, mas nós raramente tomamos consciência das bênçãos de Deus. Cada criatura de Deus tem uma bênção para nós com seu determi-nado valor. As criaturas são anjos com suas mensa-gens positivas que nos manifestam Deus.

Cada criatura é uma aparição de Deus em miniatura, em ponto pequeno, como que de costas. São

diáfanas, quer dizer, através delas podemos e de-vemos ver Deus que sempre e só aparece para nós

escondido, em imagens, por comparação, no misté-rio, como que de costas.

Devemos sentir liberdade quando contempla-mos andorinhas ou gaivotas voando e formando no espaço os desenhos da primavera e verão. Uma árvore florida nos mostra um pouco da beleza de Deus. O lago sereno nos dá a bênção da paz. Como faz bem admirar numa galinha com seus pintinhos num sinal da ternura infinita de Deus. Um casal de namorados nos faz pensar que só em Deus des-cansa nosso coração. E assim por diante.

Cultive sua sensibilidadeOs gregos, quando refletiam sobre a sensibilida-

de que devemos ter com as criaturas, falavam de estética ou erótica, enfim do encantamento sensí-vel perante o belo.

Como diz um Salmo, às vezes somos como as estátuas que têm olhos e não vêem, ouvidos e não ouvem, mãos e não apalpam, nariz e não cheiram, boca e não degustam.

Catullo da Paixão Cearense, poeta do sertão, em seu poema Luar do Sertão, na última estrofe, diz assim: “A gente fria desta terra, sem alma nem poesia, não se importa com a lua nem luar do ser-tão. Enquanto a onça, lá na verde capoeira, leva uma hora inteira, vendo a lua a meditar”.

Pare, olhe e passe! Diante das criaturas, pare, olhe e passe como

devemos fazer antes de passar por uma ferrovia. Assim elas vão ficar armazenadas em sua mente fazendo bem.

Quando vai viajar ou utilizar alguma coisa, algum documento ou projeto concentre-se e tome consci-ência de que Deus está abençoando você. Costu-mamos fazer o sinal da cruz, e isso é excelente.

Quando Constantino, imperador de Roma, esta-va em guerra contra adversários mais numerosos e poderosos, não conseguindo dormir em sua tenda de campanha, saiu e contemplou o céu estrelado. Viu entre as estrelas uma grande cruz com um le-treiro que dizia: “Neste sinal vencerás”! Assumiu então a cruz como emblema de suas tropas e ven-ceu.

Viaje com alegriaAo dirigir seu carro, especialmente em viagens

maiores, não fique lembrando dívidas, problemas de família e outros, porque estas lembranças pro-duzem preocupação, ansiedade e tristeza, enfim, podem até provocar desastres.

Comprometa-se a dirigir com alegria “porque a alegria do coração aumenta os seus dias e porque a tristeza matou muita gente” (Eclo 30, 22-23).

Temos tendência para a tristeza porque nasce-mos em estado de pecado original e com milhares de memórias ou programações mentais negativas e, a mais, com doenças e fracassos na vida. A tristeza é um sentimento que atua no corpo. Vimos acima que são imagens que desenvolvem sentimentos.

Como evitar a tristeza Para evitar a tristeza, você deve cultivar imagens

positivas de Deus e dos seus anjos, da natureza e de você mesmo, enfim, cultivar sua auto-estima.

Relembre: quando puder, relaxe e se concentre e imagine coisas positivas. Para evitar a tristeza é bom olhar para traz. Mais da metade da população

mundial não possui os valores que você tem. Quantos milhões são cegos, surdos, mudos,

aleijados, excepcionais, leprosos, bandidos e pre-sos! Há mais de um bilhão de alcoólatras no mun-do e quantos milhões são drogados que só con-seguem vegetar fugindo da vida! Quantos bilhões morando em favelas!

Melhore sua serotonina Alegria é ter consciência dos valores e agrade-

cer a Deus. Quando ficamos alegres desenvolve-mos a serotonina que ativa positivamente nossos neurônios, provocando o bom humor.

Quando ficamos tristes, bloqueamos a seroto-nina e desenvolvemos exageradamente o cortisol, que nos faz entrar num estado de mau humor. Mau humor, na Bíblia, era considerado como ação do demônio, - entendido como naqueles tempos.

Verifique com o médico ou psiquiatra se o seu mau humor e depressão provêm de causas emocio-nais ou físicas, como gastrite, problemas de fígado, hiper ou hipotensão, ou de algum remédio que atua no sistema nervoso central.

Realidade do contágio psicológicoAo viajar com seu carro, procure se libertar de

contágios psicológicos negativos. Vivemos em gru-pos ou comunidades em forma de vilas, distritos e cidades, municípios, estados e nação. Formamos um só corpo e somos co-responsáveis. Um mem-bro doente ou negativo faz sofrer o corpo inteiro. No trânsito, a consciência da própria co-responsa-bilidade é fundamental.

Às vezes, vêm certas pessoas na casa da gente e as folhagens murcham, as pessoas e animais domésticos adoecem, a empresa começa ir mal e coisas assim. É o contágio negativo.

Contágio psicológi-co positivo e negativoQueremos

aqui refletir um pouco so-bre o contágio ps i co lóg i co negativo, tam-bém chamado de antipatia, porque já re-fletimos aci-ma sobre sim-patias.

Quem não teve experiên-

cias de influências negativas? Devemos ter nosso corpo interior ocupado por anjos ou coisas positi-vas. Cabeça vazia, mesmo limpa, torna-se oficina do diabo. Onde há anjos, os demônios se retiram.

O exemplo de São PauloEscreva num bilhete a frase espetacular de São

Paulo na Carta aos Romanos: “Se Deus está co-nosco, quem estará contra nós? Quem nos sepa-rará do amor de Cristo (que é nossa felicidade)? A tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, pe-rigo, espada? Em tudo isto somos mais que vence-dores, graças àquele que nos amou. Estou conven-cido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem nenhuma outra criatura poderá nós separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8, 31b.35.37-39).

Guarde este bilhete em sua carteira ou bolsa e, sempre que tiver medo, leia com fé.

Seja vigilanteSempre há pessoas que nos querem prejudicar,

como aconteceu com Jesus. Estas antipatias fa-zem mal para quem tem medo ou acredita nelas.

Inveja ou antipatia podem provocar o contágio negativo e realmente fazer mal a quem está sem imunidade interior, a quem vive como esponja ab-sorvendo o negativo.

Nenhum demônio e ninguém podem fazer mal ao seu interior se estiver ocupado por memórias

positivas. Nem Deus se atreve a invadir nossa pri-vacidade. Ele só entra se abrirmos a porta (Ap 3, 20).

Deus nos deu o controle de nossas vidas e nin-guém pode perturbar nosso interior se tivermos an-jos ou coisas boas no coração. Quando nos descui-damos, os demônios ou coisas negativas voltam. Devemos adquirir imunidade interior. Seria horrível se fôssemos escravos ou dependentes da antipa-tia dos outros.

Pratique o jejum e oração interior ou higiene

mental como Je-sus sempre ensi-nou. Jejum interior é jejum ou absti-nência de ódio e inveja, de comple-xos de inferiorida-de e de orgulho, enfim jejum de de-mônios ou progra-mações mentais negativas. Oração interior é imaginar todas as realida-des positivas da vida, especialmen-te Deus.

Page 5: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

8 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 9

LEIS DO CÉREBRO MEDO

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO

Quando alguém comete uma asneira, é comum ouvir dizer: “Onde você está com a cabeça”? Sua viagem será tranqüila da parte de Deus, mas isso não basta. Você deve fazer sua parte, consciente e livremente, caso contrário, nada feito.

Deus respeita sua parte e privacidade. Nossa parte é usar bem a cabeça. Vamos, pois, fazer al-gumas reflexões sobre as principais leis do nosso cérebro.

Primeira lei: Por criação divina, nossa vida é programada por

nosso cérebro. A cabeça da gente funciona sempre, em movimento perpétuo, mesmo inconscientemen-te como no sono e em estado de coma. Quando pára, morremos. Então, o corpo interior separa-se do exterior. Este vai para o cemitério porque é pó, e aquele ressuscita. Diz um prefácio da missa: “A vida não é tirada, mas transformada”.

Por isso, devemos estar vigilantes para que nossa mente esteja sempre ocupada com imagens positivas. É importante jamais programar a cabe-

ça de crianças e nem de adultos com sugestões negativas. Dizer a uma criança e adolescente que é feia, burra, orelhuda e que não vai prestar para nada, pode programá-la assim e fazê-la viver sem auto-estima ou em complexo de inferioridade. Diz o Eclesiástico: “Não há homem pior do que aquele que se deprecia” (Eclo 14, 4a).

Segunda lei: Nosso cérebro só se programa com imagens e

não com teorias. No passado, valorizávamos quase apenas o Q. I. ou Quociente Intelectual; hoje, valo-rizamos sempre mais o Q. E. ou Quociente Emo-cional.

Maria de Nazaré, mãe de Jesus, era analfabeta, mas possuía admirável controle interior ou emocio-nal. Quem não sonha de imitar Maria, Nossa Se-nhora? Minha mãe também se chamava Maria e também era analfabeta, mas tinha tanta sabedoria emocional que não troco minha mãe por nenhuma outra mulher cheia de diplomas universitários, por mais valor que isso represente.

Terceira lei: Aquilo que a gente imagina começa acontecer. É

“o segredo” divulgado num recente best-seller em livro e DVD. As coisas fazem o efeito que imagina-mos ou acreditamos emocionalmente.

A melhor máquina do universo é o cérebro hu-mano com seus diversos nomes, cada qual com seu valor: corpo interior, mente, cabeça, coração, imaginação, neurônios.

Quando alguém faz besteiras, as pessoas di-zem: “Onde você está com a cabeça? Ligue-se! Toque-se”! Ser feliz é usar positivamente a própria cabeça.

Quarta lei: A mente da

gente nunca pode se ocupar com duas coisas ao mesmo tempo: ou está no positi-vo ou no negativo e isto depende de nós, que somos e devemos ser os únicos donos dela.

O segredo da cura interior é evitar as somatiza-ções negativas ou doenças, conservando sempre a cabeça no positivo. Quando a gente não cuida, as memórias ou códigos mentais negativos emergem do subconsciente e perturbam nossa vida em for-ma de males emocionais e físicos.

A descoberta do DNANascemos de duas células: óvulo e espermato-

zóide, cada qual com 23 cromossomos, e cada um destes com no mínimo 4.000 e máximo 100.000

memórias ou códigos mentais que nossos pais herdaram dos antepassados até do Adão e Eva de cada raça ou que adquiriram ao longo da vida.

Trata-se da descoberta do DNA (Ácido Desoxirri-bo Nucléico) feita na década dos 1970. Não temos vidas passadas, mas nascemos com memórias vi-vas dos antepassados.

Traumas são experiências negativas fortes que podem ter sido recebidas durante a ges-

tação, chamados congênitos, ou/e adquiridos na vida e que nos escravizam, como, grandes sus¬tos, trovões e raios, enchentes, desastres, assaltos, traições, assassinatos, incêndios e calúnias.

A cura depende da neutralização destes trau-mas com imagens positivas, especial¬mente reli-giosas. As memórias inconscientes são indeléveis e tão ativas como as conscientes. Não é possível eliminá-las.

As memórias positivas de-vem ser cultivadas e melhora-das; e as negativas - na Bíblia conhecidas como demônios - podem e devem ser neutra-lizadas. Demônios ou códigos mentais negativos não se ex-pulsam, mas se neutralizam.

Dirija seu carro com confiançae segurança porque o medo programa coisas

negativas. Medo refere-se ao instinto ou impulso de sobrevivência. Temos medo de morrer.

Medo é sempre atitude negativa perante a vida. Medo pode ser sentimento normal diante de ame-aças à vida. Neste caso, confunde-se com prudên-cia.

A síndrome do pânico acontece quando o medo é neurótico ou fora

de controle. Tem origem em memórias traumáticas que podem ser genéticas (DNA), congênitas ou re-cebidas no tempo da gestação, e/ou adquiridas ao longo da vida.

Nosso cérebro é comandado e programado por estes códigos mentais. Isso explica porque há tan-ta gente com síndrome do pânico por isso ou aqui-lo e nem sequer sabem por quê. A cura só pode ser obtida através da neutralização destas memórias negativas, antigamente chamadas de demônios, espíritos malignos, filhos das trevas.

No tempo de Jesus, por influência dos gregos e romanos, chamava-se de demônio a todo problema de origem desconhecida, como loucura, depressão, epilepsia. Não esqueça a frase luminosa do Ecle-

siástico: “Quando o homem acusa o demônio está acusando a si mesmo” (Eclo 21, 27).

Só você pode curar-se de problemas emocionaisLembre que memórias negativas não se curam

com elementos químicos, mas psicológicos ou

emocionais. Por melhores que sejam, psicotrópi-cos e calmantes não curam problemas emocio-nais, mas apenas acalmam o corpo exterior. Isso é excelente porque permite o controle interior e só este realmente pode curar ou neutralizar proble-mas emocionais. Acabado o efeito dos remédios químicos, os problemas voltam a acontecer, como acontece com álcool e drogas.

O medo faz acontecer o que se temeMedo é programação mental negativa que foi

criada por imagens negativas, como de desastres e morte. Não é possível eliminar estas imagens do seu consciente ou do subconsciente.

Se você é uma pessoa perturbada por síndrome do medo ou pânico, quando puder relaxe, concen-tre-se e reprograme-se com imagens de seguran-ça e proteção, especialmente de ordem religiosa. Jesus sempre dizia: “Não tenha medo, mas tenha fé”!

Regrida conscientemente ao passado quando aconteceram fatos traumáticos e neutralize com imagens de Jesus, Nossa Senhora e anjos cuidan-do e protegendo você. Estas imagens irão progra-mar sua mente para a confiança e segurança inte-rior.

Seja filho da bênção! Quando vai viajar com seu carro, seja filho da

bênção e jamais da maldição. Maldição é o con-trário de bendição, termo contraído em bênção.

Vimos que benção ou sinal que sugestiona e programa nossa mente para obter bons resulta-dos é sempre simpatia.

Maldição é antipatia, ou sinal que induz nos-sa mente para coisas negativas. Feitiços, bru-xarias, urucubaca, macumba, males feitos, mau olhado, inveja, trabalhos negativos, despachos, mandingas, pragas, vodus, maus encostos, influ-ências demoníacas, cargas negativas, castigos hereditários, destinos negativos, karmas, horós-copos negativos, maus agouros, e por ai afora, podem ser considerados como maldições.

As maldições não produzem efeito de per si, não têm poder intrínseco, mas apenas em quem acredita ou tem medo delas, enfim pelo contá-gio psicológico ou emocional.

Repetimos diversas vezes que o medo faz acontecer o que se teme, porque é uma progra-mação mental negativa. Lembre que as coisas fazem em nós o efeito que imaginamos ou acre-ditamos ou tememos.

O costume de amaldiçoar Conhecemos pessoas, casas e até cidades

amaldiçoadas. O salmo 109 (108) das maldi-ções foi retirado pela Igreja da Liturgia das Ho-

ras. Lembramos da maldição simbólica de Jesus

sobre a figueira estéril que secou. A figueira es-téril representa o povo e as pessoas que não crescem para Deus e se obstinam no mal.

Em Lucas há maldições que contrastam com as bem-aventuranças.

Os condenados à crucificação, também Jesus, eram considerados malditos naquela época.

Numa grande celebração religiosa, os anti-gos sacerdotes da Samaria proclamavam bên-çãos no Monte de Garizim e maldições no Mon-te Ebal.

Ouvimos falar de maldições até a terceira e quarta geração. São maneiras de expressar a possibilidade de bens e de males, genéticos e adquiridos. De certa forma, todo bem é uma bênção e todo mal é uma maldição.

Bênção e maldição dependem da genteNa verdade, somos nós que nos abençoamos

e nos amaldiçoamos. Quando fazemos o bem, nos abençoamos; quando fazemos o mal, nos amaldiçoamos ou provocamos males. Nunca se deixe amaldiçoar. Maldição só pega em quem acredita nisso ou tem medo. Quando alguém amaldiçoa você, abençoe-se imaginando Jesus abençoando você ou peça a alguém que aben-çoe você.

Page 6: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

10 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 11

SEJA UMA BÊNÇÃO!

DIREÇÃO DEFENSIVA

LEIS DO TRÂNSITO

Espalhe simpatia! Nas viagens com seu carro, procure ser uma

pessoa que irradia simpatia. Seja sempre uma bên-ção para os irmãos e jamais maldição ou urubu. Este foi o pedido que Deus fez a Abraão (Gn 12, 2b). Todos devemos ser filhos da bênção.

A bênção não é monopóliodo papa nem dos bispos e nem dos padres ou

pastores nem das benzedeiras. É um direito e de-ver de todos os filhos e filhas de Deus. É tão bonito quando os avós abençoam seus netos; os pais, a

seus filhos; os filhos, a seus pais; os irmãos, a seus irmãos; os amigos, a seus amigos.

Quando você encon-trar pessoas com proble-mas, abençoe em nome de Deus. Ninguém de nós tem poder de abençoar em nome próprio. Este poder nos é dado no ba-tismo, como filhos e filhas de Deus.

Formas litúrgicas de bênçãosObviamente, existem formas comuns de bên-

çãos e formas litúrgicas ou indicadas pela Igreja. Há pessoas que se dedicam a abençoar e que apresentam sinais do poder de Deus que a Igreja lhes consagrou, como batina, estola e aspersório. É o caso dos padres.

Na paróquia das Mercês tornou-se tradicional a bênção que os freis capuchinhos dão para pessoas que os procuram, especialmente a bênção de car-ros no ano todo, e de forma particular, na primeira sexta-feira do ano. Esta tradição é um sinal simpá-tico que desperta nossa fé.

Como abençoarQuando quiser abençoar e não encontra nenhum

padre, abençoe você do seu jeito, com sua fé. Reze um Pai-nosso e abençoe a água e um pouco de sal, misture o sal com a água, apanhe um pequeno ramo verde e abençoe as sementes que vai utilizar, sua motoca e seu carro, sua casa, os móveis da casa, sua empresa e máquinas, sua chácara, suas roças, seus remédios e comidas.

O importante é sua fé ou sua convicção de que

tudo está abençoado por Deus. Lembre-se que Deus sempre abençoa, mas nós pouco percebe-mos e, por isso, devemos fazer sinais.

Deus ensina a abençoar“Iahweh falou a Moisés e disse: “Fala a Aarão e

a seus filhos e dize-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel: Iahweh te abençoe e te guarde! Iahweh faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te seja be-nigno! Iahweh mostre para ti sua face e te conceda a paz” (Nm 6, 23-27)!

Sem Deus, a bênção torna-se superstição. O importante nas bênçãos é provocar a fé através de gestos e palavras.

ExameQuando vamos renovar a Carteira Nacional de

Habilitação, a partir de 2005, somos obrigados a prestar um exame dos conhecimentos básicos do trânsito.

O trânsito é um exercício de preservação da vida própria e dos outros, da saúde e do meio ambiente. Os conselhos e normas para evitar acidentes, que co-locamos no final, se referem à direção defensiva, que é reconhecer antecipadamente as situações de peri-go e prever o que pode acontecer a você, aos seus acompanhantes e aos outros usuários da estrada.

Ao assumir o volante do seu carro, lembre-se do princípio da corresponsabilidade. Acidentes não

acontecem por acaso nem por obra do destino ou azar.

Cuide-se também dos outrosNa estrada, não cuide apenas de você. Isso não

é tão difícil. Cuide principalmente dos outros que podem estar menos atentos.

Lembre-se que os prejuízos de desastres auto-mobilísticos custam uns dez bilhões de reais por ano aos cofres da nação brasileira, que somos nós.

Quando encontrar placas pedindo para diminuir a velocidade por diversos motivos, obedeça porque elas pretendem preservar sua vida e a vida dos outros, também de animais.

Relaxe e se concentre! Não devemos ser como esponjas que absorvem

sujeiras de todo tipo. Devemos ter o corpo interior ou nossa mente ocupada com anjos ou elementos positivos. Quando a gente não está vigilante e dei-xa a cabeça vazia, logo ela se torna oficina do dia-bo, como diz um provérbio.

Sempre que puder, relaxe como quando a gente espreguiça, que é um método natural, quer dizer, que ninguém ensinou para nós. Todos sabemos espreguiçar, também os gatos e cachorros. Este re-laxamento pode durar uns sete segundos apenas.

A seguir, concentre-se. A concentração pode ser feita com um dos cinco sentidos exteriores. Pode ser visual, auditiva, olfativa, gustativa e tátil. Preste aten-ção numa chuva ou música suave, enfim em qualquer

som agradável. Fixe seu olhar numa árvore florida, num panorama bonito, numa criatura que o encan-ta. Sinta o carinho da brisa, o envolvimento das suas vestes ou da água no seu banho, a graça de um beijo e de um abraço. Deguste com calma o que come ou bebe. Deixe-se elevar por aromas e perfumes.

Feito o relax e concentração, reprograme-sePor que dizemos reprogramação? Por que, em ge-

ral, temos programas mentais negativos conscien-tes e inconscientes que devem ser neutralizados.

Nosso computador mental não tem a tecla De-lete que elimina códigos ou lembranças negativas, mas temos, sim, a tecla Excluir que remete estes códigos negativos para a Lixeira ou baú interior, que é nosso subconsciente. E seja vigilante, porque na hora de descuido estas imagens negativas emer-

gem e continuam a nos fazer mal. Deixar-nos abençoar ou amaldiçoar depende de

nós. Existem por toda parte mochos e urubus, en-fim aves de mau agouro que querem nos prejudicar.

Questão de controle emocionalÉ excelente e

muito útil a bênção para nossos carros, com a qual os moto-ristas se comprome-

tem a dirigir conforme as leis do trânsito. Dirigir bem não é apenas uma questão de in-

teligência. Alguém pode ter recebido nota dez no exame intelectual de renovação da carteira pelo DETRAN e ser péssimo motorista.

Dirigir bem é principalmente uma questão emo-cional ou da imaginação correta, enfim, uma ques-tão da cabeça que antigamente chamávamos de coração. Precisamos de imagens de atenção e pro-teção como as placas de sinalização.

Dirigir é um exercício de cidadania, de controle interior e de convivência com os ou-

tros motoristas.Ao dirigir, devemos compreender que outros pos-

sam ter mais pressa que nós ou sejam impulsivos. Não se irrite com ultrapassagens abusivas porque isso irá deixá-lo nervoso. Reze para que Deus os abençoe e tenha compaixão deles.

Seguem aqui as principais leis do trânsito

1. Não dirija depois de haver ingerido bebida alcoólica além do mínimo permitido. Como disse al-guém, “se alguém quiser se matar, pode – porque não adianta proibir, mas respeite a vida dos outros; e se ele não respei-tar, que entre a polícia em ação”.

2. Respeite o pedestre e que o pedestre respeite o carro. Não ultrapasse sinais de forma intempestiva, mas prudente. Diria mais, res-peite também os animais porque eles não têm cabeça inteligente como nós e não fizeram estudos sobre o trânsito. Por isso, não corra mais do permitido. Quem tem pressa vai devagar.

3. Sempre que conveniente, verifique a suspensão para ga-rantir a estabilidade do seu car-ro. Verifique o nível de combustí-vel, de óleo no freio e no sistema de transmissão ou câmbio e no reservatório de transmissão au-tomática, de água no radiador em veículos refrigerados a água,

o nível de água no sistema de limpador de para-brisas, o funcionamento e regulagem dos faróis e lanternas, a situação dos pneus. Quando notar al-gum defeito em seu carro, mande verificar antes que seja tarde.

4. Não ultrapasse pelo acostamento por motivos óbvios.

5. Respeite bicicletas e motocas como se fos-sem carros. Obviamente, os que utilizam bicicletas e motocas obedeçam também aos sinais do trân-sito.

6. Se estiver muito cansado ou tomou remé-dios que produzem sonolência, não dirija porque o trânsito exige perene vigilância. O sono no trânsito pode produzir o sono eterno.

7. Quando estiver cho-vendo, diminua a veloci-dade, especialmente em desníveis e baixadas que podem represar água e provocar hidroplanagem ou aquaplanagem. Segu-re a direção com firmeza. Não adianta frear numa poça de água. É pior!

8. Especialmente nas vias rápidas, não corra muito perto dos carros da frente, mas a uma dis-tância de ao menos dois segundos, que permita frear com eficiência. A 80 km/h seu carro per-corre uns 20 metros por segundo.

9. Utilize o cinto de segurança ou air-bag, feitos para salvar sua vida.

10. Dirija com prudên-cia e não com medo, pois o medo é imaginação de desastre, e o que a gente imagina pode acontecer. Para dirigir com segurança ou sem medo, imagine que há pessoas queridas esperando você em casa. Imagine Jesus, Nossa Senhora e anjos ao seu lado protegendo você.

12. É excelente trazer no carro alguma imagem que lhe dá confiança, como o terço, fotos de pes-soas queridas, de anjos, de S. Cristóvão e outras.

13. Ao dirigir, fique atento e não se concentre em dívidas e problemas nem em placas chamati-vas de propaganda. Você pode e deve observar de passagem ou de relance quadros bonitos da natu-reza que seguidamen-te lhe aparecem, pois isso lhe faz bem e o conserva despertado. Se aparecer um pa-norama muito lindo e você quer contemplar, pare o carro, desça e contemple.

14. Não desça la-deiras longas com seu carro em ponto morto ou banguela, como se diz, pois poderá travar a direção ou ter dificuldade de engatar uma marcha e, se utilizar continuamente o freio, ele poderá esquentar demais e vir a falhar.

15. Respeite e favoreça ou-tros motoristas permitindo que entrem na fila e que ultrapas-sem você. Conserve a calma. Não dirija seu carro como se fosse competição de velocida-de. Não se considere dono da estrada.

16. Não jogue lixo pela janela do seu carro. É uma falta de respeito, de ecologia e de limpeza pú-blica. Isso é próprio de marginais.

17. Transporte crian-ças com até dez anos no banco traseiro e com cinto de segurança apropriado.

18. Não utilize celular ao dirigir. Segure o volan-te com as duas mãos.

19. Evite apoiar ou descansar os pés nos pedais quando não os estiver utilizando, pois isto poderá prejudicar freios e embreagem.

Page 7: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

12 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 13

DROGAS, ADOLESCÊNCIA E TRÂNSITO

ENCONTROS DE FREI ZANINI

COMO AGIR EM ACIDENTES

21. Lembre que numa rotatória a pre-ferência de passagem é do veículo que já estiver circulando na mesma.

22. À noite, mesmo em vias iluminadas, utilize os faróis baixos ligados.

23. Não transporte animais soltos em seu carro.

24. Não dirija com chinelos. Utilize calçado bem fixo aos seus pés.

25. Quando for ultrapassar um veículo de trans-porte coletivo (ônibus) que esteja parado para em-

barque ou desembarque de passageiros, reduza a velocidade, pois alguém poderá tentar atravessar a pista inadvertidamente.

26. Por respeito, educação e cidadania procure diminuir o barulho do seu carro. Não “envenene” seu carro, especial-mente motocicle-ta. Seja um bom concidadão e não troglodita. Viver é conviver. Lembre do princípio de corresponsabili-dade.

27. Ao dirigir, não basta cuidar de você. Isso é até fácil. Mais difícil e necessário é cuidar dos outros.

28. Se viajar de motocicleta- não mude constantemente de faixa;- não ultrapasse pela direita; - não corra demais;- não circule ou não “costure” entre veículos em

movimento;- guarde distância segura;- não transporte crianças com menos de sete

anos;- utilize o farol aceso de dia e de noite; - em tempo de chuva e neblina utilize roupas

claras e reflexivas;- conduza pela direita, no meio da faixa ou mais

à direita ou no bordo direito da pista.

1. O primeiro a chegar num acidente de trânsito, faça o que lhe parecer óbvio para ajudar. Coloque o triângulo de sinalização do acidente numa distân-cia conforme a velocidade permitida no local: a 40, 80, ou 100 metros. Se o acidente aconteceu perto de um declive ou ponte, repetir estas distâncias após este declive.

2. Se encontrar um acidente com vítimas bas-tante machucadas ou desmaiadas e se estiverem presas às ferragens, não faça nada que possa pio-rar seu estado. Não movimente a vítima, não faça torniquetes, não tire o capacete de um motociclista e não dê nada para beber. Chame quanto antes possível:

SAMU: fone 192;SIAT/Resgate: fone 193;Polícia Rodoviária Federal: fone 191; Policia Rodoviária Estadual: fone 198.

3. Quando num acidente houver acúmulo de curiosos, não complique. Siga em diante, a não ser que você seja um técnico em primeiros socorros. Se houver ali a Polícia Rodoviária, obedeça a seus comandos.

4. Em colisões com postes, se algum cabo cair e estiver na pista ou sobre o carro, não toque nele, não tente retirá-lo com as mãos, pois pode estar energi-zado. E quem estiver no carro permaneça nele, pois

assim estará protegido de choque elétrico por causa dos pneus que isolam, se estiverem íntegros. Chame pelo Socorro de Emergên-cias conforme o número de telefones logo acima.

5. Por motivos óbvios, junto à Carteira de Habili-tação anote o local e tele-fones de sua moradia ou do local de seu trabalho, juntamente com os telefo-nes de socorro.

ENCONTRO DE CONTROLE OU CURA INTERIOR

Obviamente, a grande lei na direção do carro é a cabeça. Ela comanda nossas ações. Quando alguém comete uma asneira, dizemos: “Onde ele estava com a cabeça”?

Não há nada mais importante em nossa vida do que o controle interior ou emocional, pois é daqui que procedem as fontes da vida – para quem cui-da! – e as fontes da morte – para quem não cuida.

Aos domingos, no salão paroquial da igreja das Mercês, das 15 às 18 horas, Frei Zanini ministra um encontro de cura interior e de reprogramação men-tal. Basta vir às 15 horas, adquirir o ingresso de R$ 20,00 (vinte reais) para as despesas do encontro, ouvir as instruções, praticar os exercícios práticos, participar do lanche e, no final, você troca seu in-gresso por um CD ou livro de relaxamento e repro-gramação mental para exercitar em casa.

Na secretaria da paróquia das Mercês (Aveni-da Manoel Ribas 966) você pode adquirir o DVD “Cura interior e reprogramação mental” do Frei Oví-dio Zanini. É um filme com 90 minutos de projeção dividido em doze capítulos. Apresenta as melhores orientações para sua saúde e estabilidade emocio-nal. É um excelente presente para pessoas amigas que moram fora de Curitiba e desejam aprender a se libertar de problemas emocionais.

Ninguém vai poder curar você de seus proble-mas emocionais porque só você é dono de sua ca-beça. Mas outros podem ensinar você a se curar de sua depressão, fobias e impulsões como alcoo-latria, tabagismo, bulimia (comer demais) e outros problemas de ordem emocional.

Lembre-se que o corpo exterior não tem vida própria, mas vive e somatiza o que temos no in-terior. Depende de nós neutralizarmos os códigos mentais negativos, antigamente conhecidos como demônios.

Todas as páginas, de 3 a 12, são de autoria de frei Ovídio Zanini, capuchinho.

Os conflitos da adolescência sempre existiram.

A adolescência é o amadureci-mento emocional e a puberdade o amadurecimento físico. Essas mudanças da puberdade geram

enorme conflito, o que contribui para o amadureci-mento emocional.

É nesse momento que surgem as mudanças: alterações no corpo, na voz, e outras transforma-ções ocorrem sem que possam exercer algum con-trole sobre elas.

O adolescente se sente impotente para controlar essas transfor-mações. E na vontade de não “perderem” seus corpos, o marcam com tatuagens ou piercings, ou até se sentem enver-gonhados de seu próprio corpo. Um corpo diferen-te, desconhecido, novo.

É em meio a todos esses conflitos que as drogas lícitas e ilícitas surgem como elemento ca-paz de solucioná-los. Oferecem a fuga à realidade e, por alguns instantes, sob o efeito dela, se sen-tem os “todo-poderosos”, independentes (pois se torna “onipotente de fato”).

Diante de tantas transformações, na ânsia de conquistar a tão sonhada independência, que o jo-vem se junta a grupos. A busca pela independência o leva a ser dependente das regras desse grupo e muitas vezes dependente da droga.

É nesse ajuntamento que ele consegue, muitas vezes, ser ouvido na sua “linguagem”, pois para eles os pais são ultrapassados, caretas e não sa-bem nada da vida.

Muitas vezes, a re-gra desse grupo é se drogar.

E se em casa não houve diálogo sufi-cientemente capaz de envolvê-lo, ele fácil e fatalmente, cederá a essas regras. O ado-lescente crê piamen-te que, no momento em que resolver parar

com a droga, irá conseguir. Infelizmente esse mesmo jovem não conta com

o poder destrutivo dessas substâncias, que atua-rão até mesmo na sua vontade em parar de usá-las.

A linha limite entre o prazer que a droga dá e a sua dependência é imperceptível. Um simples prazer, até mesmo em nível social, pode levar a um caminho sem volta. O início é

sempre inocente: curiosidade, desejo de ser acei-to, a sensação de onipotência e outras mais.

É importante lembrar, pelos aspectos epidemio-lógicos que: 24,6% dos estudantes já experimen-taram alguma droga ilícita e 3,2% fazem uso de substâncias psicoativas, além do álcool e tabaco.

Por isso, é importante salien-tar que esse uso não é provenien-te apenas desse aspecto, pois não há causa única para o uso de drogas. São problemas humanos multifatoriais: familiares, escola-res, profissionais e os grupos (já citado).

O indivíduo procura na droga, inclusive no álcool, uma forma de alienação, adap-tação ou convivência com seus problemas não re-solvidos, ou a falsa solução para eles.

A droga promove o afastamento da família, an-siedade, perda da saúde, perda dos amigos, de-cadência financeira, acidentes de trabalho, impo-tência, perda do autocontrole e envolvimentos em acidentes de trânsito.

Neste parâmetro, é importante mencionar al-guns fatos:

No Brasil, estudan-tes do 1º e 2º grau, de Escolas públicas e particulares, 65% já consumiram álcool, sendo apenas 18,5% uso regular.

O abuso de álcool e drogas corresponde a 50% dos suicídios e o maior índice corres-

ponde a acidentes de carros, onde o fator é de 80 a 90% decorrente ao consumo de álcool.

Acidentes com veículos motores constituem a principal causa de morte em jovens de 15 a 19 anos de idade.

O risco de envolvimento em acidentes de trânsi-to fatais na adolescência, especialmente entre 16 e 19 anos de idade, é três a quatro vezes maiores do que em qualquer outro grupo etário.

Para cada adolescente morto em acidente com veículo motor, ocorrem cerca de cem lesões não fatais. Portanto, acidentes de trânsito resultam, também, em graves seqüelas.

Com isso, os principais fatores de risco são:

- Características próprias da adolescência;- Sexo masculino;- Falta de habilitação e tempo de habilitação;- Período dos acidentes – noite, causas;- Excesso de velocidade; - Não utilização de equipamentos de segurança; - Consumo de bebidas alcoólicas e outras dro-

gas. Os adolescentes estão sempre em busca de

conquistar a sua independência e de estabelecer a sua identidade.

Nesta situação, engloba-se toda a família, que também tem sua participação como fator de risco: Fator genético, pais ausentes, falta de limites, falta de diálogo, falta de Amor.

Nada mais importante como a prevenção e o alerta do que mencionar as conseqüências do uso de álcool e drogas na adolescência.

Pessoas que se sentirem tocadas por essa matéria,e quiserem ter mais conhecimentos,procurem o AMOR-EXIGENTE, que funciona em todas as quintas-feirasna Paróquia das Mercêsno horário das 20 às 22h.

Telefone para contato:(41) 3272-5180 ou 9183-8803.

Mauro e Cecília de Oliveira

Page 8: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

14 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 15

O QUE É A CELEBRAÇÃO DE ENTREAJUDA

Um novo jeito de ser Igreja nos tempos de hoje, onde a fé e ciência caminham juntas,

acolhendo e evangelizando o povo de Deus.

INÍCIO DA CELEBRAÇÃO DE ENTREAJUDA

VOCÊ SABE O QUE SE FAZ NA CELEBRAÇÃO DEENTREAJUDA EM TODAS ÀS QUINTAS-FEIRAS?

ARCEBISPO aprova a Entreajuda

No início, era um ideal, um sonho; hoje, uma realidade!

A Celebração de Entreajuda foi pautada, desde o início, nos ensinamentos do Evangelho.

“Eu vim para que todos tenham vida e vida em ple-nitude” disse Jesus em Jo 10,10. Sabemos que toda sua vida foi voltada para minorar o sofrimento do povo de seu tempo, ora curando ou abençoando, pregando a Boa Nova e transmitindo esperança. A todos Jesus foi mostrando o caminho para se chegar ao Pai.

E os freis capuchinhos – a exemplo de S. Fran-cisco de Assis e fiéis à missão que Jesus transmi-tiu a seus discípulos e, através deles, a todos nós

hoje – acolhem com carinho as milhares de pesso-as sofridas que os procuram, em busca de consolo e orientação para inúmeros problemas.

Esta realidade foi a motivação maior que des-pertou o grande ideal de frei Alvadi Pedro Marmenti-ni, iniciador da Celebração de Entreajuda, de unir a Fé à Ciência, utilizando técnicas e métodos não só religiosos, mas também psicológicos para melhor ajudar o povo de Deus que sofre.

Com esse objetivo e fundamentado nos ensina-mentos do Evangelho, no Documento 56 da CNBB, “RUMO AO NOVO MILÊNIO”, e ainda, do Concílio Vati-cano II , através do documento “Gaudium et Spes” –

que fala sobre a importância da ciência no auxílio à fé – frei Alvadi conseguiu a aprovação do Arcebispo Metropolitano de Curitiba, para dar início a Celebra-ção da Entreajuda.

A primeira Celebração de Entreajuda foi feita aos 23 de setembro de 2001 às 15 horas. A Igreja das Mercês ficou pequena para acolher a multidão de pessoas. Por isso, desde o início tornou-se ne-cessário criar mais horários para comportar o aflu-xo de pessoas.

Com o andar do tempo, os horários foram am-pliados e, hoje, as Celebrações são feitas nos se-guintes horários: 9h; 14h30; 16h30; 19h30; e 21h.

Acompanhe os seguintes passos:

1. ACOLHIDAUma equipe de voluntários treinados aco-

lhem e orientam as pessoas na entrada da Igreja, sobretudo os que chegam pela primeira vez.

A este primeiro gesto, somam-se a sauda-ção e acolhida carinhosa do frei que conduz a Celebração.

2. RELAXAMENTOA técnica de relaxamento sempre é condu-

zida por um profissional, isto è, um terapeu-ta voluntário, um psicólogo ou parapsicólogo. Eles se revezam semanalmente.

É importantíssimo chegar antes de iniciar o relaxamento, para bem aproveitar dos be-nefícios da Celebração de Entreajuda. As técnicas de relaxamento harmonizam nosso cérebro, acalmam e ordenam nossos pensa-mentos, produzindo equilíbrio e harmonia.

Através do relaxamento alcançamos o nível alfa, que é o estado mental ideal para a ora-ção e, portanto, para o contato mais íntimo e profundo com Deus e consigo mesmo.

Quando relaxamos, a maioria de nossos conflitos mentais e emocionais regridem, abrindo os caminhos do auto-equilíbrio e da auto cura.

Os benefícios do relaxamento são enormes e cada vez mais reconhecidos pela classe mé-dica: controla e cura o estresse; fortalece a fé e a esperança; cria condições de saúde física e emocional; altera as ondas cerebrais, redu-zindo a excitabilidade; previne, reduz e cura

a insônia; har-moniza os ritmos cardíacos e respi-ratórios; prolonga a idade biológica; rejuvenesce e traz muitos ou-tros benefícios.

Criar um hábito de relaxar alguns minutos diaria-mente é um ato de amor a si mesmo, pois melhora a qualidade de vida, abrindo as portas do subconsciente para ouvir a voz do íntimo, onde se estabelecem a paz e a harmonia.

3. PALAVRA DE DEUSUm dos grandes passos da Celebração de

Entreajuda é, sem dúvida, a mensagem feita pelo celebrante, sempre baseada na Palavra de Deus, que é poderosa. Os céus e a terra foram criados pelo poder da Palavra de Deus. Os textos bíblicos escolhidos para a Celebra-ção da Entreajuda referem-se ao cultivo da interioridade, da paz e alegria interior, do per-dão, da auto-estima e partilha.

De nada adianta ouvirmos a Palavra de Deus sem interioridade. É como semente semeada entre pedras, que os pássaros comem, ou em

terreno sem profundi-dade ou num coração sufocado por espi-nheiros, onde pode até germinar, mas logo murcha e seca. A Celebração de En-treajuda ensina a cul-tivar a vida interior.

A finalidade princi-pal dessa parte não é transmitir teorias ou doutrinas, mas mensagens de liber-tação, de cura e rea-lização pessoal.

4. CONFISSÃOA Confissão é um

dos principais sacra-mentos da Igreja Ca-tólica. Na carta apos-tólica do Papa João Paulo II há seguinte recomendação: “To-

dos os sacerdotes, com faculdade de adminis-trar o sacramento da penitência, mostrem-se sempre e plenamente dispostos a administrá-lo todas as vezes que os fiéis pedirem”

A Paróquia das Mercês, fiel aos ensina-mentos de Cristo e de seus sucessores, pro-cura sempre fazer o melhor pelas pessoas que buscam, na confissão, o caminho para a cura interior e orientação diante de tantos proble-mas que atormentam o coração e a mente das pessoas.

Durante todas as celebrações de quinta-feira, há sempre um ou dois freis formados em Psicologia e ou Parapsicologia, atendendo não somente para confissão e orientação espiritu-al, mas também para orientação psicológica.

5. EUCARISTIAO ponto alto da Celebração de Entreajuda

das quintas-feiras é a Comunhão. É Jesus que vem na Eucaristia , como caminho, verdade e vida e fala a cada pessoa: “Venha a mim, você que está doente, cansado, desanimado, triste ou desesperado, eu o aliviarei; eu o sustenta-rei, pois o meu corpo é a verdadeira comida e o meu sangue é a verdadeira bebida”.

Na Eucaristia, Jesus vem ao encontro de cada pessoa que crê Nele, como médico, ou como terapeuta, curando, perdoando, animan-do, revigorando a fé, alimentando a esperan-ça, proporcionando alegria, iluminando a men-te e o coração de cada participante.

A Celebração de Entreajuda abre caminho para buscar em Jesus, presente na Eucaris-tia, orientação e força para superar e ou so-lucionar os mais variados problemas do ser humano.

“Aos Reverendíssimos Frades Menores Capu-chinhos Paróquia Nossa Senhora das Mercês”

Assunto: Celebração de EntreajudaDesde quando fui bispo auxiliar, tomei conheci-

mento do trabalho pastoral que nossos queridos frades capuchinhos vêm desenvolvendo no atendi-mento às pessoas que necessitam de ajuda, es-pecialmente no campo espiritual e psicológico na igreja das Mercês.

É um trabalho louvável. Unir Fé e Ciência para servir ao povo sofrido através de técnicas e méto-dos não só religiosos, mas também psicológicos. Na entrada do Novo Milênio, o Papa exorta todos os católicos a evangelizar com novo ardor, novos métodos e novas expressões. Este método vem sendo realizado, com sucesso, desde 2001, pro-porcionando a muitas pessoas a superação de pro-blemas pessoais, dando novo sentido à vida. Esse método é realizado através do relaxamento, da Pa-lavra de Deus, da Confissão, da Eucaristia, da im-posição das mãos e da bênção. Os textos bíblicos escolhidos na Celebração da Entreajuda referem-se ao cultivo da interioridade, da paz e alegria interior, do perdão e da auto-estima e partilha.

Durante a Celebração da Entreajuda, há freis que atendem as confissões, oferecendo aos fiéis com este sacramento as possibilidades de obterem o perdão das próprias faltas e, ao mesmo tempo, re-conciliarem-se com a Igreja. A celebração da Eucaris-tia, nas quintas-feiras, proporciona o encontro com Jesus na palavra e na comunhão. É o próprio Cristo

Jesus, vindo ao encontro dos fiéis como médico e remédio, curando, perdoando, animando, revigoran-do a fé, alimentando a esperança, proporcionando alegria, iluminando a mente, o coração e o caminho.

O gesto da imposição das mãos, felizmente, também começa a ser de novo valorizado no con-texto do Cristianismo. Nas Celebrações da Entre-ajuda, o gesto das mãos dadas quer ser o canal por onde se dá e se recebe esta energia que alivia, consola, fortalece e cura. Aproximar-se, tocar e re-zar de mãos dadas faz parte da liturgia. A bênção é uma constante nas Sagradas Escrituras. Jesus curava abençoando, impondo as mãos, tocando as pessoas doentes, afastando as memórias negati-vas ou demônios (Mc 7,33; Jo 9,6-11).

Nas Celebrações da entreajuda os freis abenço-am todos os fiéis presentes, fotos de pessoas, pedi-dos por escrito, água, sal, óleo, roupas, documentos, imagens, terços, remédios, carteiras de motorista e de trabalho, inscrições em concursos e vestibulares, processos na justiça e outros projetos e objetos sig-nificativos colocados diante da mesa do altar. Para não confundir com os sete sacramentos instituídos por Cristo e que produzem graça pro si, a Igreja cató-lica chama de sacramentais a estas coisas abenço-adas, que produzem graças conforme a fé dos fiéis.

Nossos queridos freis, obedientes, pedem ao Arce-bispo a aprovação e o apoio para estas Celebrações de Entreajuda. Segundo a instrução Redemptionis Sacramentum da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, no número 19, afirma:

“O Bispo Diocesano, primeiro dispensador dos misté-rios de Deus, é moderador, promotor e guarda de toda a vida litúrgica na Igreja particular a ele confiada”. No número 177, diz: “Devendo defender a unidade da Igreja universal, urgir a observância de todas as leis eclesiásticas. Vigie para que não se introduzam abusos na disciplina eclesiástica, principalmente no ministério da palavra, na celebração dos sacramen-tos e sacramentais e no culto de Deus e dos santos”.

Portanto, desde que sejam observadas todas as normas litúrgicas na celebração da Eucaristia e demais Sacramentos, dou o meu assentimento nessas celebrações de Entreajuda.

Page 9: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

16 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 17

6. O PODER DO TOQUE: Uma corrente de energiaApós a Comunhão, os participantes são convi-

dados a se darem as mãos, ou tocarem o ombro de quem está próximo. É um momento de rezar uns pelos outros; um momento especial de en-treajuda. Forma-se, então, grande corrente ener-gética, com a qual se partilha a fé, a esperança, o amor, a gratidão e toda energia que une a todos como irmãos e filhos do mesmo Pai. Esse gesto é simples, mas os resultados têm sido surpreen-dentes, pois o contato físico transmite amor, cari-nho, e pode desencadear alterações metabólicas e químicas no corpo, as quais ajudam a curar.

Ao longo da história, o poder do toque físico tem sido associado aos mais impressionantes e misteriosos relatos de cura. Desde o tempo das cavernas, o homem usava o contato físico com o objetivo de curar ou aliviar a dor. A ci-ência, hoje, comprova o poder do toque sobre o funcionamento não só do corpo físico, mas também sobre as emoções do ser humano.

Nas Celebrações de Entreajuda, o ges-to das mãos dadas forma verdadeiro canal de energia, que consola, fortalece, alivia e cura. Aproximar-se, tocar o outro, segurar sua mão... é gesto de acolhida, de fraternidade universal, que deve unir todos os seres huma-nos independente de crença religiosa ou de classe social.

A corrente energética da Entreajuda une não somente as pessoas presentes à cele-bração, mas também alcança mentalmente a todos os que são lembrados naquele momen-to. Aqui entra a comunicação telepática, cuja realidade é hoje científicamente comprovada.

Ao dar as mãos ou tocar o ombro , deve-se desejar o melhor para a pessoa que está próxima e para todos os que cada um traz em

sua mente. E, ao sintonizar-se neste canal de energia, de paz e harmonia, cada um receberá também o que os outros estão imaginando e desejando.

7. A BÊNÇÃOEste é o momento da Entreajuda em que

são abençoadas todas as pessoas presen-tes, como também, os pedidos escritos, que são colocados em cestinha especial e todos os objetos que as pessoas trazem: água, rou-pas, sal, documentos, carteiras de trabalho, terços, remédios, inscrições em concursos e

vestibulares e outros. A bênção é uma constante nas Sagradas

Escrituras. Jesus curava abençoando, impon-do as mãos e tocando as pessoas doentes. O valor da bênção é a indução psicológica positi-va que provoca e aumenta a fé que realmente cura. A pessoa, que se sente abençoada, en-tra em contato com a harmonia e faz aconte-cer o que sente e acredita.

8. DEPOIMENTOSEm todas as celebrações de Entreajuda, é

reservado um momento para os testemunhos. É a forma de manifestar publicamente a grati-dão a Deus pelos benefícios recebidos.

Agradecer é a melhor maneira de pedir. Quem agradece tem consciência dos favores recebidos, e “àquele que tem, lhe será dado em abundância” (Mt 13,12).

O testemunho refere-se a uma experiência vivida, graças à participação na Entreajuda e desperta nos ouvintes a fé, a gratidão e a es-perança. Além disso, gera discípulos, como o testemunho dos apóstolos e dos mártires.

A pessoa, que vai dar algum testemunho, deve ser movida pela humildade e profunda gratidão. O depoimento deve ser breve, ob-jetivo, claro e específico, relacionado com a Celebração de Entreajuda e não com graças alcançadas em outras circunstâncias.

Nestes sete anos de Entreajuda, milhares de pessoas passaram por essa Igreja e foram beneficiadas de alguma forma. Relatos emo-cionantes de inúmeras pessoas testemunha-ram terem sido agraciadas com curas de do-enças tidas como incuráveis. Outras tantas se libertaram do vício de drogas, sem contar as centenas de pessoas que alcançaram graças extraordinárias que harmonizaram suas vidas.

9. IMPOSIÇÃO DE MÃOS‘No momento final da Celebração de Entreajuda,

todos os participantes recebem a imposição das mãos. É motivo de alegria e gratidão, ver a Igreja católica voltando a praticar a técnica ensinada e praticada por Jesus.

O povo daquele tempo trazia os doentes e pes-soas sofridas até Jesus e Ele os curava impondo-lhes as mãos. Basta reler os textos do Evangelho: Marcos 7,31; 16,14-18; 8,22-25. E Jesus afirma: “Aquele que crê em mim, fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que estas” (João 14,12).

Hoje, a Ciência comprova o que os povos pri-mitivos há muito sabiam: o contato físico exerce efeitos benéficos sobre o funcionamento interno do corpo. O gesto de impor as mãos transmite amor e pode desencadear alterações metabólicas e quími-cas no corpo, as quais auxiliam na cura. A estimu-lação tátil e a emoção podem controlar a endorfina, (hormônio natural que alivia a dor) o que proporcio-na uma sensação de bem estar.

Richard Gordon em seu livro “A Cura pelas Mãos” assim escreve: “Através de nossas mãos podemos canalizar o amor existente em nossos co-rações no sentido de aliviar o sofrimento daqueles que nos rodeiam. O amor é o melhor curador. Saber que há alguma coisa que eu possa dar através das mãos e que ajuda as pessoas experimentar vida e

saúde, é uma das mais lindas maneiras de parti-lhar nossos dons”.

O médico americano Dr. Neil Solomon escreveu em sua coluna médica no Los Angeles Times: “Nesta era de drogas miraculosas, amor, carinho e ternura ainda são complementos importantes ao tratamento”. Ele comenta, baseado em experiências, que o toque das mãos entre os profissionais de saúde e os pacientes, pode ser tão eficaz quanto os medicamentos.

Nas Celebrações de Entreajuda temos um grupo de voluntários treinados, que crêem em Jesus, que energizam com fé, que partilham suas energias aju-dando os freis na imposição de mãos. Toda energia vem de Deus. Por isso, sempre é bom lembrar que nossas mãos são apenas canais das graças e bên-çãos de Deus. A energia curadora ou restauradora apenas passa por nós, fazendo de nossas mãos um prolongamento das mãos de Jesus.

A cura pela imposição de mãos é a mais legíti-ma medicina do amor, a mais necessária para os dias de hoje. Por isso, os freis capuchinhos da Igre-ja das Mercês, há sete anos vem utilizando essa técnica nas Celebrações de Entreajuda.

AÇÃO SOCIALSempre é mais feliz quem dá do que aquele que

recebe. Os participantes da Celebração de Entrea-juda foram incentivados, desde o início, a trazerem

um quilo de alimento, como forma de reconheci-mento pelos inúmeros benefícios recebidos de Deus, não somente espirituais, mas também tan-tas riquezas materiais.

A Paróquia das Mercês, desde 2000 e por su-gestão do pároco frei Alvadi, adotou a Paróquia Nossa Senhora da Luz, em Curitiba-CIC. Além de colaborar com 10% da arrecadação do dízimo pa-roquial, também são enviados, mensalmente, rou-pas, calçados, cobertores e cestas básicas para mais de 150 famílias cadastradas. A maioria des-ses alimentos nos chegam através da Celebração de Entreajuda.

Os documentos da Doutrina Social da Igreja nos exortam que, além da caridade cristã de partilhar o pão, existe a necessidade da promoção humana. Promover é capacitar a pessoa para que ela mes-ma, com seu trabalho, possa auto-sustentar-se e manter sua família.

Com o percentual do dízimo paroquial e outras doações em dinheiro, é realizado o trabalho de promoção humana naquela comunidade.

A partir de 2008, nossa Paróquia adotou mais uma Comunidade carente: a Paróquia de Almirante Tamandaré, para onde são enviados mensalmen-te cestas básicas, roupas e uma porcentagem do dízimo paroquial, para o trabalho de promoção hu-mana.

Page 10: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

18 - Ano X - Edição Especial Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 19

CONHEÇA AS RAMIFICAÇÕES DO MOVIMENTO DE ENTREAJUDA

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como toda árvore frondosa bem cuidada, a Celebração da Entreajuda, que completou sete anos, criou raízes. Ramificou-se, alargou os horizontes e continua crescendo. Hoje temos um MOVIMENTO DE ENTREAJUDA.

O testemunho de doação dos freis e, a prin-cípio, de pequeno grupo de voluntários, fun-cionou como ímã, atraindo mais pessoas, in-clusive da área da saúde, para prestar algum serviço voluntário.

Em 2004, por exemplo, foi organizado o

Centro franciscano de Voluntariado, onde os profissionais se revezam durante a semana toda, prestando atendimento individual e em grupo, a pessoas carentes de recursos finan-ceiros.

Contamos hoje com mais de 30 profissio-nais voluntários, entre parapsicólogos, psi-cólogos, acupunturistas, massoterapeutas, reikianos, fisioterapeutas, arquiteta e profes-soras de Ioga.

Na busca incessante de melhorar cada vez mais a qualidade de vida do ser humano, fo-ram se formando grupos diferentes, conforme a necessidade das pessoas que procuram aju-da junto à Igreja das Mercês.

Veja a seguir, a relação dos diversos gru-pos. Você também poderá fazer parte de al-gum desses grupos.

ENCONTROS DE ENTREAJUDAVocê já ouviu falar dos famosos Encontros

de Entreajuda do frei Zanini? Em todos os domingos, das 15 às 18 horas, lá está ele, no Salão Paroquial, levando seus conhecimentos, sua sabedoria, seu carinho, para tantas pes-soas que estão em busca de libertação e de cura interior.

Com a inteligência de escritor, frei Zanini encontrou método eficiente de continuar evan-gelizando através dos seus inúmeros livros e fitas de relax e programação mental, onde se pode encontrar uma receita para cada proble-ma.

GRUPO DOS SENSITIVOSEm 2003, por causa do número cada vez

maior de pessoas em busca de orientação parapsicológica e em vista das mais diversas manifestações paranormais, iniciamos a pri-meira terapia de grupo, especialmente direcio-nada para pessoas sensitivas.

Com o objetivo de aprofundar o estudo da paranormalidade e aprender a canalizar a energia, o grupo se reúne em todas às quin-tas-feira, às 17h30, sob a coordenação da pa-rapsicóloga Nelly Kirsten.

CURSO DE PARAPSICOLOGIA PARA MÃES E PAISA vida e as programações mentais iniciam

no ventre materno. Hoje é cientificamente comprovado a influência que a mãe exerce so-bre o feto em gestação.

Os pais podem, hoje, com os conhecimen-tos da medicina, da parapsicologia e da psico-logia, planejar e gerar filhos saudáveis, equili-brados e felizes.

Foi com esse objetivo, que em julho de 2003, realizamos o primeiro curso para mães gestantes na linha da parapsicologia.

A partir de 2008, esse curso ampliou-se para pais, mães e pessoas em geral. Funcio-na em três horários e dias diferentes: Nas terças-feiras das 15 às 16h30 com as parap-sicólogas: Ana Maria F. Arana e Nelly Kirsten; nas quintas-feiras, às 10h com José Leveck e às 19h30h. com Flavio Wosniack.

AMIGOS SOLIDÁRIOS NA DOR E NO LUTOÉ um grupo em que as pessoas se encontram

para trocar idéias e experiências entre os que perderam algum ente querido, através do proces-so de elaboração do luto, de compartilhar suas vivências e resgatar o sentido para suas vidas.

Os encontros dos Amigos na dor e no luto fa-vorecem a abertura para que cada pessoa conte sua história de perda. Poder falar e ouvir, é uma terapia. Certamente, a vivência da dor de perder alguém, deixa cicatrizes em nosso ser, que preci-sam e podem ser transformadas de maneira que possamos viver, apesar da saudade, uma vida com qualidade.

O Grupo funciona em dois horários: nas quin-tas-feiras: às 14h30 e 19h30 Toda e qualquer pessoa pode participar, independente de crença religiosa ou posição social.

GRUPO DO AMOR EXIGENTE:Esse grupo é coordenado por um casal e fun-

ciona como terapia de grupo para pais e familia-res, cujos filhos têm envolvimento com drogas.

O grupo se reúne em todas as quintas-feiras às 20h, no Centro de Pastoral.

GRUPO DE APOIO E PREVENÇÃO DO CÂNCERVocê também poderá se beneficia deste gru-

po. É o grupo de terapia mais recente e come-

çou em 2008, por iniciativa do nosso pároco frei Alvadi Pedro Marmentini, que em sua profunda sensibilidade está sempre atento aos sofrimen-tos do outro.

Percebendo que, cada vez mais o ser humano sofre em conseqüência de emoções reprimidas, que vão intoxicando o organismo e gerando do-enças na vida das pessoas, inclusive o câncer, frei Alvadi fez nascer mais este ramo na grande árvore da Entreajuda.

Hoje, a Ciência prova que a mente afeta o cor-po. Os sentimentos geram emoções positivas ou

negativas que ficam gravadas no subconscien-te. Sem que a pessoa perceba, essas emoções negativas destroem lentamente o sistema imu-nológico e mais cedo ou mais tarde, a doença aparece.

Encontrar a causa emocional e mental e har-monizar-se, é o segredo e o caminho para a cura. Se a causa da doença não for curada, ela pode voltar. Quando as questões estressantes do pas-sado ou do presente são resolvidas, as emoções se acalmam, o sistema imunológico se fortalece e o câncer pode ser revertido.

O Grupo de Apoio e Prevenção do Câncer foi criado com o objetivo de minimizar a dor, o sofri-mento e a doença, através da partilha, do apoio mútuo, utilizando técnicas terapêuticas que har-monizam as emoções, prevenindo o aparecimen-to de novas doenças e abrindo caminhos para a cura.

O Grupo se reúne em todas as quintas-feiras, às 10h, no Salão Paroquial. Venha conhecer-nos!

Revendo os passos da Celebração de Entreajuda, e as diversas ramificações decorrentes, que formam hoje o MOVIMENTO DE ENTREAJUDA, podemos con-cluir que é verdadeiro trabalho missionário, dinami-zando a vivência do Evangelho nos dias de hoje.

Os dirigentes do Movimento da Entreajuda têm visão holística do ser humano, isto é, o ser integral com corpo, mente e espírito. Por isso, fica bem cla-ro que Ciência e Religião se unem para harmonizar o ser humano como um todo.

As milhares de pessoas, que chegam à Igreja das Mercês em todas as quintas-feiras, têm fome e sede de palavras e atitudes que despertem a fé e a esperança das pessoas que têm sede de Deus.

Nelly Kirsten

Grupo de apoio e prevenção ao cancêr.

Page 11: Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês ...ocapuchinho.com.br/Noticias/Jornal/JornalBencao.pdf · Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita

20 - Ano X - Edição Especial

AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA DAS MERCÊSMensalmente a paróquia das Mercês presta assistência promocional a duas paróquias: - Paróquia da Vila N. Sra. da Luz e - Paróquia de Almirante Tamandaré.Nesta página, alguns destaques com nossos irmãos e irmãs assistidos.

Alm

irant

e Ta

man

daré

Almirante Tamandaré

Almirante Tamandaré

Alm

irant

e Ta

man

daré

Vila

Vila

Vila