No dia 28 de setembro de 2012, o fórum

se reuniu no Ponto de Cultura da AMAS,

onde foi recebido pela gerência de arte e

cultura com um delicioso café de boas vin-

das. Estiveram presentes os seguintes ór-

gãos membros do Fórum: Gestão Comparti-

lhada, MobilizaSus, Assistência Social, Ur-

bel, Segurança Alimentar, Guernica, Bhtrans

e a própria AMAS. Ficamos felizes com a

presença, pela primeira vez, da Coordenado-

ria dos Direitos da Mulher – COMDIM, que

vai integrar o Fórum daqui para frente, con-

forme declarou a Coordenadora Lúcia Hele-

na.

Como de praxe, a AMAS, como anfitriã,

fez a apresentação dos projetos ali desen-

volvidos sob três eixos: Juventude, trabalho

e cidadania. Os (as) jovens que ali compare-

cem têm a oportunidade escolher de quais

atividades participar: audiovisual, música,

teatro, dança ou artes plásticas, e podem

frequentar o Ponto de Cultura por até dois

anos. Esses (as) jovens são aqueles (as)

com quem convivemos no dia a dia, na Pre-

feitura, nos seus diversos postos de traba-

AMAS acolhe o FORUMOBS em sua 11°reunião

O U T U B R O – 2 0 1 2 N Ú M E R O : 0 6

FIQUE DE

OLHO

A próxima reunião do FORUMOBS será no dia 26

de outubro, às 9h, na Secreta-ria Municipal Adjunta de Direi-

tos de Cidadania. Anote o endereço: Rua Espírito Santo,

505, 12º andar.

Dessa vez faremos um café da manhã comunitário. Para isso, traga um quitute de sua preferência e/ou de sua espe-

cialidade culinária.

A pauta já está definida: meto-dologia de monitoramento e

avaliação das ações de mobi-lização social. Essa pauta

estava prevista para a reunião do dia 28 de setembro, mas

foi adiada por falta de tempo. Pedimos que cada membro

pesquise e traga contribuições para a construção de uma metodologia de aferição.

Até lá!

O Ponto de Cultura mantém ainda um grupo de teatro, cujos atores contratados foram a-prendizes nos postos de trabalho da PBH e, hoje, criam e apresentam peças que tratam de temas de campanhas que a AMAS abraça, co-mo as campanhas de enfrentamento à violência e exploração sexual de crianças e adolescen-tes, por exemplo. Em seguida, o grupo de teatro encenou uma peça curta, chamada Na mira de uma HK. Sob a supervisão do coordenador de teatro do Pon-to de Cultura, Luciano Flávio de Oliveira, os jovens atores criaram a peça, que foi dirigida por um deles. A temática da peça trata a rela-ção de jovens com as drogas.

A AMAS/Ponto de Cultura tem como parcei-

ro o projeto Guernica, que desenvolve oficinas

com os jovens e participa das ações de mobili-

zação social em diversas frentes de trabalho da

instituição.

FORUMOBS aprova documento sobre conceito, princípios e

diretrizes Em reunião ordinária, os membros do fórum fizeram as últimas consi-derações e aprovaram o documento “Em busca de uma política pública de Mobilização Social na Prefeitura de Belo Hori-zonte”, pré-concebido no evento Roda de Diálogo.

Após leitura atenciosa, o documento ganhou a-créscimos e aprimoramen-to de linguagem para que melhor expressasse os anseios e o pensamento dos profissionais que atu-am na área. Esse documento repre-senta um marco conceitu-al e de princípios na histó-

ria dos setores de mobili-zação social que oscilam a cada mudança de gover-no por não ter reconheci-mento institucional que lhes garanta status e con-sequente investimento como política pública.

A próxima etapa será

fazer com que esse docu-

mento chegue às mãos

atividades desenvolvidas (defesa de direitos, atendimen-to), o cortejo sairá da Praça da Estação em direção ao Parque Municipal Américo Rennê Gia-netti, passando pela Av. dos Andradas.

A proposta feita ao fórum é

que, além de engrossar o cor-

tejo pelos direitos de crianças e

adolescentes, os grupos de

arte mobilização participem

com pernas-de-pau, acompa-

nhando cada ala e contribuindo

para a fluidez do cortejo.

A atriz da Cia de Arte Mobi-

lização da Assistência Social,

Janaína Starling, entrará em

contato com os grupos que se

O segundo ponto de pauta da reunião foi a discussão acerca das propostas de cooperação em eventos trazidas pelas secretarias de Assistência Social e da Secretaria de Direitos de Cidadania/ Coordenadoria dos Direitos da Mu-lher. A Assistência Social pretende, no dia 18 de outubro, às 14h, realizar o 3º Cortejo pelos direitos de crianças e adoles-centes, em parceria com escolas da rede municipal, entida-des de defesa e de atendimento, conselhos, AMAS e outras instituições. Dividido em sete alas, conforme a natureza das

dispuseram a participar,

para os acertos necessá-

rios. Uma reunião, marcada

para o dia 16 de outubro,

no Parque Municipal, cujo

horário será confirmado

posteriormente, passará em

revista toda a logística ne-

cessária para o evento.

A Coordenadoria dos

Direitos da Mulher

(COMDIM) informou a reali-

zação da campanha pelo

combate da violência contra

a mulher, a qual é celebra-

da internacionalmente no

dia 25 de novembro.

certas e em hora docu-

mento chegue às opor-

tuna, de modo que se

possa alcançar o intui-

to desejado.

Confira, no final des-

sa edição, a última ver-

são aprovada no fórum.

Cooperação entre os setores

Serão 16 dias de ativismo com ações de sensibilização e difusão dos direitos da mulher em alguns bairros e pontos culturais do município. Os grupos de arte mobilização que tiverem em seu repertório algo que possa contribuir com a temática dos direitos da mulher e tiverem disponibilidade de agenda, conforme quadro abaixo, devem procurar a COMDIM, no telefone 3277-9758, e falar com Lucinéia.

Ação de sensi-

bilização 1 e 2/12 Projeto Guernica

2000 Cordéis da

Lei e material

15 Lanches e 60

Vale Social edu-

cador social

Transeuntes

uma média 2

mil pessoas

Aglomerados

Morro das

Pedras /

Taquaril

Ação Contra

Trafico de Mu-

lheres

04/12 PAIR 2000 Cordéis da

Lei

Transeuntes

uma média 2

mil pessoas

Aeroporto

Pampulha

Ação no Duelo

de MCs

30/11

ou 07-

/12

Projeto Guernica

2000 Cordéis da

Lei e material

15 Lanches e 60

Vale Social edu-

cador social

Transeuntes

uma média 2

mil pessoas

Viaduto

Santa Tereza

(debaixo)

Ação de sensi-

bilização 8 e 9/12 Projeto Guernica

2000 Cordéis da

Lei

Transeuntes

uma média 2

mil pessoas

Aglomerados

Serra e Vila-

rinho

FALA MULHER 10/12 COMDIM Coquetel para

150 pessoas 150 pessoas

Centro de

Cultura Belo

Horizonte

Agenda - 16 dias de ativismo 2012

Em busca de uma Política Pública de Mobilização Social na Prefeitura de Belo Horizonte

A partir de 2011, com a criação da Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Compartilha-da, foi iniciada a articulação de áreas de mobilização social da Prefeitura de Belo Horizonte, visando à ampliar e fortalecer a mobilização e a participação social na gestão pública muni-cipal, culminando com a formação do Fórum de Mobilização Social - FORUMOBS. Em 30 de agosto de 2012, o FORUMOBS realizou o grande encontro Roda de Diálogo, que reuniu artistas, gestores, educadores e outros profissionais de mobilização social de várias se cretarias e outros órgãos da Prefeitura da capital, com objetivo de propor prin-cípios e diretrizes para uma política de mobilização social. É consenso que o trabalho da mobilização social fortalece e qualifica a participação soci-al, contribui para a promoção da cidadania e facilita o diálogo entre o poder público e a soci-edade. Trata-se de um campo de atuação indispensável para uma gestão pública moderna e eficiente. Se, por um lado, conseguimos perceber o avanço da participação social em Belo Horizonte,

tendo o controle social e as instâncias participativas como expressões dessa nova forma de governabilidade, o mesmo não podemos dizer quanto ao reconhecimento, por parte da administração municipal, das práticas de mobilização social como ferra-mentas político-pedagógicas eficazes que vêm diferenciar, somar e qualificar a traje-tória participativa da capital mineira. A Prefeitura de Belo Horizonte, embora precurso-ra na prática institucional de mobilização social, não incorporou, na sua plenitude, a mobilização social no aprimoramento da gestão municipal. Em muitos setores, ainda é vista como mera recreação de eventos, amortecedores de conflitos ou instância de menor importância da área de comunicação. A adoção dessa política pelos diferentes órgãos é distinta, oscilante, depende da importância que as instâncias superiores lhe conferem; ademais, observam-se grandes disparidades estruturais entre as áreas que respondem pela mobilização social. Por outro lado, cada vez mais, Belo Horizonte se afirma e se projeta como uma referência na implementação tanto de instâncias participativas (orçamento participati-vo, conferências, conselhos comunitários, audiências públicas, fóruns, entre outros) quanto de experiências e programas de mobilização social que utilizam diversas lin-guagens e instrumentos – artísticos, comunicativos, educação popular, entre outros – e que têm na arte-mobilização um campo privilegiado e diferenciado para difundir as políticas públicas e aproximar o poder público da sociedade. Essas experiências já fazem parte da trajetória histórica da participação social de Belo Horizonte iniciada pela SLU, nos anos 1990, quando da implantação de uma metodologia de mobilização social inovadora baseada em quatro eixos de atuação, a saber: (a) cultura e sensibilização; (b) educação e formação; (c) comunicação e infor-mação; (d) organização comunitária e articulação de redes sociais. Não demorou muito para que outras secretarias e órgãos públicos da PBH adotas-sem, em suas estratégias de mobilização social, essa concepção metodológi-ca com resultados bastante significativos para a difusão e publicização das políticas públicas. Nesse sentido, para dar continuidade a esse trabalho e obter maior visibilidade e reconhecimento para ele, é necessário, por parte da administração municipal, maior entendimento e comprometimento político com as propostas das equipes de mobiliza-ção social da PBH, a saber:

(a ) Viabilizar a institucionalização dos setores de mobilização social na estru-tura oficial dos órgãos da administração; (b ) Destinar maior aporte de recursos para o trabalho, como infraestrutura, e-quipamentos, materiais, insumos, serviços, capacitação técnica, equipe; (c ) Garantir a participação dos setores de mobilização social no planejamento e na execução das políticas públicas; (d ) Possibilitar maior aproximação e sinergia entre os setores de mobilização social para potencializar ações integradas na difusão das causas da municipali-dade.

Para viabilizar essas propostas é necessário legitimar as funções da Mobilização

Social na PBH e colaborar na definição dos princípios e das diretrizes para se efe-tivar a Política Pública de Mobilização Social da Prefeitura de Belo Horizonte.

Para tal, o FORUMOBS, através dos debates realizados desde outubro de 2011 e

refinados na Roda de Diálogo, propõe à administração municipal o reconheci-mento das funções, princípios e diretrizes para uma política pública de mobiliza-ção social, na tentativa de compor uma nova fase de fortalecimento e de maior participação desta na gestão municipal.

Funções da Mobilização Social Contribuir para:

Informar, educar e sensibilizar os cidadãos sobre os assuntos de inte-resse público; Implementar projetos, programas e serviços das políticas setoriais da PBH; Divulgar e facilitar o acesso aos serviços públicos; Aprofundar o diálogo entre o poder público e a sociedade; Avançar na articulação e no fortalecimento da organização social em torno das causas, pautas e lutas de interesse público.

Princípios da Mobilização Social

Compromisso com o interesse público; Reconhecimento da mobilização social em sua dimensão de política

pública em contraposição à uma ideia de um mero “estilo de um gover-no”;

Promoção e acesso ao conhecimento sobre a gestão pública e os ser-viços públicos;

Estímulo e qualificação da participação social e a corresponsabilidade na gestão pública;

Compromisso com a verdade e a transparência; Utilização de diversas linguagens que viabilizem e ampliem o acesso à

informação qualificada e aos processos de participação social e de inte-resse público.

Diretrizes da Mobilização Social

Criar e/ou institucionalizar e fortalecer, na estrutura oficial da adminis-tração municipal, setores de mobilização social, conforme especificidade de cada órgão, dotando-os de orçamento próprio e provendo de equipes multidisciplinares;

Registrar, monitorar e avaliar as ações de mobilização social; Participar dos espaços de formulação e implementação das políticas

públicas em seus respectivos órgãos; Desenvolver ações de mobilização social voltadas para o público in-

terno da PBH (gestores, técnicos e demais categorias); Estimular e fortalecer a ampliação da representatividade e a qualifica-

ção da participação social nas instâncias formais (conselhos, fóruns, co-missões etc.);

Buscar a presença e a representatividade, sempre que possível, da mobilização social nas instâncias participativas;

Empreender ações integradas de modo a trabalhar a transversalidade das políticas públicas;

Consolidar BH como referência nacional em estratégias de diálogo e mobilização social.

Fundamentalmente, este documento traduz tão somente a nossa compreen-são de que, por meio da mobilização social, possamos contribuir para a constru-ção de uma cidade mais saudável, sustentável, participativa e democrática, na qual os cidadãos se comprometam e se envolvam com a promoção da defesa de direitos e da justiça social.

Fórum de Mobilização Social da Prefeitura de Belo Horizonte Belo Horizonte, 28 de Setembro de 2012.