boletim faíska - ielusc - dezembro 2013

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Este ano conseguimos fazer o que muita gente duvidava: uma batucada contra os au- mentos das mensalidades. O abaixo assinado teve mais de 330 adesões. Tudo isso tem um significado importante. Mostra que os estu- dantes não estão satisfeitos. Demonstra existir uma indignação com a forma mercadológica como a educação é tratada no Ielusc. Porém, neste fim de ano, também é mo- mento de reflexão e balanço. A luta contra os aumentos foi uma ação positiva, baseada pela unidade dos grupos organizados na institui- ção. Apesar disso, avaliamos que ela poderia ter avançado mais. Parte dos motivos recai sobre a atual gestão do DCE, mas não todos. A falta de um programa político de lutas claro fez com que o grupo eleito para o diretório se desmon- tasse e, apesar da disposição dos que continuaram, não conseguisse prio- rizar as lutas dos estudantes. A dis- cussão das mensalidades foi pauta- da por cobrança do coletivo Faíska. Além disso, este ano o DCE não conseguiu organizar a campanha da pauta de reivindicações estudantis – realizada em 2011 e 2012. Como observamos, esses são apenas alguns motivos para não alcançarmos mais. O prin- cipal fator foi a falta de iniciativa dos acadêmi- cos para solucionar os problemas de seu dia a dia. Se isso fosse diferente, teríamos barrado os aumentos e conseguido muito mais, como mostraram nas Jornadas de Junho. E é isso que precisamos mudar no próximo ano. Se conseguirmos isso, 2014 – ano de Copa! – poderá ter uma Jornada de Lutas por mês no Ielusc. Depende de nós! A galera de Nutrição ainda tá se perguntan- do o que aconteceu com a nova grade do cur- so, aprovada sem diálogo com os estudantes. A direção da faculdade deveria rever essa situação. Acadêmicos de enfermagem pedem agilida- de para um novo monitor para os laboratórios. Querem também melhorias no Bloco D, com a troca das portas e ares-condicionados barulhen- tos, janelas sem cortina e cadeiras antigas. As manifestações de junho e julho levaram milhares de jovens às ruas. Tudo começou com a repressão da polícia. Os manifestantes protes- tavam contra o reajuste do valor da tarifa do transporte coletivo, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em solidariedade, as ruas foram toma- das em defesa do direito de manifestação. Na Turquia, a população saiu às ruas por ser reprimida em um ato contra a destruição de uma praça com área verde na capital. Os tur- cos queriam não só a permanência da praça. Queriam melhorias de verdade em sua con- dição de vida. No Brasil, o estopim foi a re- pressão contra as manifestações relacionadas às tarifas. Mas o que no fundo estava sendo cobrado era saúde, educação e transporte. Compreendendo isso, a Esquerda Marxista lançou em novembro a campanha “Público, Gratuito e Para Todos: Transporte, Saúde, Educação! Abaixo a Repressão!” (o manifesto da iniciativa pode ser lido no verso). Estão sendo organizados comitês em todo o país para cobrar essas reivindicações. Em 2014, as mobilizações resurgirão. Or- ganizar um comitê de luta no Ielusc será uma tarefa fundamental para unir forças com os milhares que tomarão as ruas novamente e não aceitarão os malabarismos do governo. Uma reflexão sobre as lutas estudantis no Ielusc Dezembro 2013 www.marxismo.org.br | juventudemarxista.blogspot.com | www.marxist.com Por Comitês de Luta em todo o Brasil Batucada envolveu estudantes contra os aumentos RÁPIDAS NOVA GRADE DE NUTRIÇÃO LABORATÓRIOS E ENFERMAGEM "Da faísca se acenderá a chama" (Iskra -1900) Boletim da Juventude Marxista no Ielusc Contribua para bancarmos este boletim

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Boletim distribuído na faculdade Ielusc, em Joinville - SC. Confira a fã page do Facebook: https://www.facebook.com/faiskaielusc Confira o blog: http://faiskaielusc.blogspot.com.br/

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Este ano conseguimos fazer o que muita gente duvidava: uma batucada contra os au-mentos das mensalidades. O abaixo assinado teve mais de 330 adesões. Tudo isso tem um significado importante. Mostra que os estu-dantes não estão satisfeitos. Demonstra existir uma indignação com a forma mercadológica como a educação é tratada no Ielusc.

Porém, neste fim de ano, também é mo-mento de reflexão e balanço. A luta contra os aumentos foi uma ação positiva, baseada pela unidade dos grupos organizados na institui-ção. Apesar disso, avaliamos que ela poderia ter avançado mais. Parte dos motivos recai sobre a atual gestão do DCE, mas não todos.

A falta de um programa político de lutas claro fez com que o grupo eleito para o diretório se desmon-tasse e, apesar da disposição dos que continuaram, não conseguisse prio-rizar as lutas dos estudantes. A dis-cussão das mensalidades foi pauta-da por cobrança do coletivo Faíska. Além disso, este ano o DCE não

conseguiu organizar a campanha da pauta de reivindicações estudantis – realizada em 2011 e 2012.

Como observamos, esses são apenas alguns motivos para não alcançarmos mais. O prin-cipal fator foi a falta de iniciativa dos acadêmi-cos para solucionar os problemas de seu dia a dia. Se isso fosse diferente, teríamos barrado os aumentos e conseguido muito mais, como mostraram nas Jornadas de Junho. E é isso que precisamos mudar no próximo ano. Se conseguirmos isso, 2014 – ano de Copa! – poderá ter uma Jornada de Lutas por mês no Ielusc. Depende de nós!

A galera de Nutrição ainda tá se perguntan-do o que aconteceu com a nova grade do cur-so, aprovada sem diálogo com os estudantes. A direção da faculdade deveria rever essa situação.

Acadêmicos de enfermagem pedem agilida-de para um novo monitor para os laboratórios. Querem também melhorias no Bloco D, com a troca das portas e ares-condicionados barulhen-tos, janelas sem cortina e cadeiras antigas.

As manifestações de junho e julho levaram milhares de jovens às ruas. Tudo começou com a repressão da polícia. Os manifestantes protes-tavam contra o reajuste do valor da tarifa do transporte coletivo, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em solidariedade, as ruas foram toma-das em defesa do direito de manifestação.

Na Turquia, a população saiu às ruas por ser reprimida em um ato contra a destruição de uma praça com área verde na capital. Os tur-cos queriam não só a permanência da praça. Queriam melhorias de verdade em sua con-dição de vida. No Brasil, o estopim foi a re-pressão contra as manifestações relacionadas

às tarifas. Mas o que no fundo estava sendo cobrado era saúde, educação e transporte.

Compreendendo isso, a Esquerda Marxista lançou em novembro a campanha “Público, Gratuito e Para Todos: Transporte, Saúde, Educação! Abaixo a Repressão!” (o manifesto da iniciativa pode ser lido no verso). Estão sendo organizados comitês em todo o país para cobrar essas reivindicações.

Em 2014, as mobilizações resurgirão. Or-ganizar um comitê de luta no Ielusc será uma tarefa fundamental para unir forças com os milhares que tomarão as ruas novamente e não aceitarão os malabarismos do governo.

Uma reflexão sobre as lutas estudantis no Ielusc

Dezembro 2013www.marxismo.org.br | juventudemarxista.blogspot.com | www.marxist.com

Por Comitês de Luta em todo o BrasilBatucada envolveu estudantes contra os aumentos

RápidasNova grade de Nutrição

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