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30° 53% 100% 3,5E 7,5E 6E E E E 80° 6E 6E E Boletim Económico Número 2 / 2016

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53%100%

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Boletim Económico

Número 2 / 2016

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2Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Índice

Índice

Evolução económica e monetária

Apreciação global 3

1 Conjuntura externa 7

2 Evolução financeira 14

3 Atividade económica 18

4 Preços e custos 23

5 Moeda e crédito 28

6 Evolução orçamental 34

Caixas

1 O abrandamento do crescimento da produtividade do trabalho nos Estados Unidos – factos estilizados e implicações económicas 39

2 Tendências atuais dos preços do petróleo 43

3 Condições de liquidez e operações de política monetária no período de 28 de outubro de 2015 a 26 de janeiro de 2016 46

4 Fatores subjacentes à atividade comparativamente forte no setor dos serviços na área do euro 51

5 Impacto da descida dos preços do petróleo no excedente da balança corrente da área do euro 55

6 Preços do petróleo e preços no consumidor dos produtos energéticos na área do euro 58

7 A relação entre a inflação medida pelo IHPC e a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e produtos alimentares 62

8 O procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos referente a 2016 e a implementação das recomendações específicas por país de 2015 66

Estatísticas E1

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3Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

Evolução económica e monetária

Apreciação global

Na sua reunião de política monetária de 10 de março de 2016, com base nas análises económica e monetária regulares, o Conselho do BCE procedeu a uma avaliação rigorosa da orientação da política monetária, na qual tomou também em consideração as novas projeções macroeconómicas elaboradas por especialistas do BCE e que se estendem até ao ano 2018. Como resultado, o Conselho do BCE decidiu tomar um conjunto de medidas na prossecução do seu objetivo de estabilidade de preços. Este conjunto abrangente irá explorar as sinergias entre os diferentes instrumentos e foi calibrado de forma a tornar menos restritivas as condições de financiamento, estimular nova disponibilização de crédito, e deste modo reforçar o dinamismo da recuperação económica na área do euro e acelerar o retorno da inflação para níveis abaixo, mas próximo, de 2%.

Avaliação económica e monetária por ocasião da reunião do Conselho do BCE de 10 de março de 2016

A atividade mundial foi mais moderada no virar do ano, esperando ‑se que continue a expandir ‑se a um ritmo modesto. Taxas de juro baixas, melhoria das condições de trabalho e crescimento da confiança apoiam as perspetivas para as economias avançadas. Pelo contrário, as perspetivas a médio prazo para as economias de mercado emergentes continuam mais incertas. A atividade económica na China deverá continuar a desacelerar, com repercussões negativas para outras economias de mercado emergentes, em particular na Ásia, enquanto os países exportadores de matérias ‑primas têm necessidade de novos ajustamentos aos preços mais baixos das matérias ‑primas. Neste contexto, a taxa de câmbio efetiva do euro apreciou ‑se significativamente nos últimos meses.

Os mercados financeiros mostraram uma maior volatilidade nos últimos meses. Inicialmente, as preocupações relacionadas com o crescimento mundial contribuíram para uma descida dos preços de ativos financeiros de maior risco entre o início de dezembro de 2015 e meados de fevereiro. Contudo, mais recentemente, estas descidas foram parcialmente invertidas, o que esteve relacionado com as menores preocupações por parte dos investidores, no contexto de um aumento dos preços do petróleo, dados económicos melhores do que o esperado nos Estados Unidos e expetativas de novos estímulos de política monetária na área do euro. As taxas de rendibilidade das obrigações soberanas nos países com maior notação desceram de novo nos últimos três meses.

A recuperação económica na área do euro prossegue, embora com um crescimento inferior ao esperado no início do ano, no contexto de uma

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4Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

conjuntura externa mais fraca. O PIB real aumentou 0.3%, em termos trimestrais em cadeia, no quarto trimestre de 2015, apoiado pela procura interna, o que foi atenuado por um contributo negativo das exportações líquidas. Os dados mais recentes dos inquéritos apontam para um dinamismo de crescimento mais fraco do que o previsto no início do presente ano.

Em termos prospetivos, espera ‑se que a recuperação económica prossiga, embora a um ritmo moderado. A procura interna deverá ser de novo apoiada pelas medidas de política monetária do BCE e pelo seu impacto favorável sobre as condições de financiamento, bem como pela continuação de ganhos de emprego de anteriores reformas estruturais. Além disso, o preço baixo do petróleo deverá proporcionar apoio adicional ao rendimento disponível real e consumo privado das famílias, bem como à rendibilidade e investimento das empresas. Além disso, a orientação orçamental na área do euro é ligeiramente expansionista, refletindo em parte medidas de apoio aos refugiados. Contudo, a recuperação económica na área do euro continua a ser atenuada por perspetivas de crescimento comedidas em mercados emergentes, por mercados financeiros voláteis, pelos necessários ajustamentos de balanço em diversos setores e por um ritmo moderado de implementação de reformas estruturais.

As projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE para a área do euro preveem que o PIB real anual aumente 1.4% em 2016, 1.7% em 2017 e 1.8% em 2018. Em comparação com as projeções macroeconómicas de dezembro de 2015 elaboradas por especialistas do Eurosistema, as perspetivas para o crescimento do PIB real foram revistas ligeiramente em baixa, refletindo nomeadamente as perspetivas de crescimento mais fracas para a economia mundial. Na avaliação do Conselho do BCE, os riscos para as perspetivas de crescimento na área do euro continuam a inclinar ‑se para o lado descendente e estão relacionados, em particular, com as maiores incertezas no que se refere à evolução da economia mundial, bem como com maiores riscos geopolíticos.

De acordo com a estimativa provisória do Eurostat, a inflação homóloga medida pelo IHPC da área do euro situou ‑se em ‑0.2% em fevereiro de 2016, que compara com 0.3% em janeiro. Todas as principais componentes do IHPC contribuíram para esta descida. As taxas de inflação deverão recuperar na parte final de 2016 e aumentar de novo mais tarde, apoiadas pelas medidas de política monetária do BCE e pela esperada recuperação económica.

As projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE para a área do euro preveem que a inflação homóloga medida pelo IHPC se situe em 0.1% em 2016, 1.3% em 2017 e 1.6% em 2018. Em comparação com as projeções macroeconómicas de dezembro de 2015, elaboradas por especialistas do Eurosistema, as perspetivas para a inflação medida pelo IHPC foram revistas em baixa, refletindo sobretudo a queda dos preços do petróleo nos últimos meses. O Conselho do BCE acompanhará de perto o comportamento de fixação de preços e a evolução salarial na área do euro, pondo especial atenção em assegurar que o atual contexto de baixa inflação não se enraíze em efeitos de segunda ordem sobre os salários e a fixação de preços.

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5Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

As medidas de política monetária do BCE continuam a ser transmitidas às condições de concessão de crédito e mantêm o apoio à dinâmica do agregado monetário e do crédito. O crescimento monetário manteve ‑se sólido, enquanto o crescimento dos empréstimos prosseguiu a trajetória de recuperação gradual observada desde o início de 2014. As fontes internas de criação de moeda continuam a ser o principal impulsionador do crescimento do agregado monetário largo. Taxas de juro baixas, assim como os efeitos das operações de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) direcionadas do BCE e do programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP) alargado contribuíram para melhorias na dinâmica da moeda e do crédito. Os custos de financiamento dos bancos estabilizaram próximo dos seus mínimos históricos. Apesar de uma considerável heterogeneidade entre países, os bancos têm vindo a transmitir as suas condições de financiamento favoráveis sob a forma de taxas ativas mais reduzidas. A melhoria das condições de concessão de crédito continuou a apoiar uma recuperação do crescimento dos empréstimos. Segundo as estimativas, o fluxo anual total do financiamento externo às sociedades não financeiras aumentou de novo no quarto trimestre de 2015, depois de ter estabilizado nos dois trimestres anteriores. No geral, as medidas de política monetária adotadas desde junho de 2014 melhoraram substancialmente as condições de financiamento às empresas e famílias.

Decisões de política monetária

O Conselho do BCE considerou que uma verificação cruzada dos resultados da análise económica com os sinais da análise monetária confirmou a necessidade de novos estímulos monetários, a fim de assegurar um regresso das taxas de inflação para níveis abaixo, mas próximo, de 2%, sem atrasos indevidos. As condições económicas e financeiras tinham enfraquecido de novo desde a última reunião do Conselho do BCE em janeiro, e os riscos para o objetivo da estabilidade de preços a médio prazo do Conselho do BCE tinham aumentado claramente, o que é também indicado pelas revisões em baixa da inflação e do crescimento nas projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas. Como resultado, o Conselho do BCE decidiu adotar um conjunto de medidas na prossecução do seu objetivo de estabilidade de preços.

• Em primeiro lugar, no que se refere às taxas de juro diretoras do BCE, o Conselho do BCE decidiu reduzir a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento do Eurosistema em 5 pontos base para 0.00% e a taxa de juro aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez em 5 pontos base para 0.25%. A taxa de juro da facilidade permanente de depósito foi também reduzida em 10 pontos base, passando para ‑0.40%.

• Em segundo lugar, o Conselho do BCE decidiu alargar as compras mensais ao abrigo do programa de compra de ativos de €60 mil milhões para €80 mil milhões. Estas deverão decorrer até ao final de março de 2017, ou mais tarde, se necessário, e em qualquer caso até que o Conselho do BCE considere que se verifique um ajustamento sustentável da trajetória da inflação consistente com o seu objetivo de alcançar um nível de taxas de inflação abaixo, mas próximo, de

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2% no médio prazo. A fim de assegurar a continuação da implementação regular das compras de ativos, o Conselho do BCE decidiu igualmente aumentar os limites da percentagem por emissor e por emissão para as compras de títulos emitidos por organizações internacionais elegíveis e bancos multilaterais de desenvolvimento de 33% para 50%.

• Em terceiro lugar, o Conselho do BCE decidiu incluir obrigações com grau de investimento denominadas em euros emitidas por entidades não bancárias estabelecidas na área do euro na lista de ativos elegíveis para compras regulares, ao abrigo de um novo programa de compras do setor empresarial. Isso irá reforçar mais a transmissão das compras de ativos do Eurosistema às condições de financiamento da economia real. As compras ao abrigo do novo programa terão início perto do final do segundo trimestre do presente ano.

• Em quarto lugar, o Conselho do BCE decidiu lançar uma nova série de quatro operações de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) direcionadas II, com início em junho de 2016, cada uma com um prazo de 4 anos. Estas novas operações reforçarão a orientação acomodatícia da política monetária do BCE e fortalecerão a transmissão da política monetária, com novos incentivos à concessão de crédito bancário à economia real. As contrapartes poderão solicitar em empréstimos até 30% dos empréstimos elegíveis à data de 31 de janeiro de 2016. A taxa de juro das ORPA direcionadas II será fixada, ao longo do período de duração de cada operação, à taxa de juro das operações principais de refinanciamento do Eurosistema prevalecente à data de contratação do empréstimo. Para os bancos cuja capacidade de financiamento excede um determinado valor de referência, a taxa aplicada às ORPA direcionadas II será mais baixa, podendo ser equivalente à taxa de juro da facilidade permanente de depósito prevalecente na data da contratação. Deixarão de ser obrigatórios os reembolsos antecipados ao abrigo das ORPA direcionadas II, sendo permitidas transferências das ORPA direcionadas I.

Em termos prospetivos, considerando as atuais perspetivas para a estabilidade de preços, o Conselho do BCE espera que as taxas de juro diretoras do BCE permaneçam nos níveis atuais ou em níveis mais baixos por um período de tempo alargado, muito para além do horizonte temporal das compras de ativos líquidos. Além das medidas tomadas desde junho de 2014, o pacote abrangente de decisões de política monetária tomadas em março de 2016 proporciona um estímulo monetário substancial para contrariar os riscos mais elevados que se colocam ao objetivo da estabilidade de preços do BCE. Embora sejam inevitáveis taxas de inflação num nível muito baixo ou mesmo negativo ao longo dos próximos meses, em resultado das oscilações dos preços do petróleo, é crucial evitar efeitos de segunda ordem, assegurando o regresso da inflação a níveis abaixo, mas próximo, de 2%, sem atrasos indevidos. O Conselho do BCE continuará a acompanhar de muito perto a evolução das perspetivas para a estabilidade de preços no futuro próximo.

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7Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

1 Conjuntura externa

A atividade mundial abrandou na viragem do ano, mas espera ‑se que continue a expandir ‑se a um ritmo gradual. As taxas de juro baixas, a melhoria dos mercados de trabalho e o crescimento da confiança sustentam as perspetivas das economias avançadas. Em contraste, as perspetivas de médio prazo para as economias de mercado emergentes (EME) permanecem mais incertas. O crescimento observado na China continua a abrandar, com repercussões negativas sobre outras EME, em particular entre as economias emergentes da Ásia, e os países exportadores de matérias ‑primas devem continuar a adaptar ‑se a preços das matérias ‑primas mais reduzidos.

Atividade económica e comércio a nível mundial

A evolução quer nas economias avançadas quer nas EME no final de 2015 acabou por ser mais fraca do que o esperado. Prevê ‑se que a recuperação seja mais gradual do que o previsto, confirmando deste modo que o dinamismo do crescimento permanece frágil. No seguimento de um crescimento robusto no terceiro trimestre, a economia norte ‑americana registou um abrandamento acentuado no último trimestre de 2015. A economia japonesa também perdeu algum dinamismo, contraindo novamente no quarto trimestre. Entre as principais economias avançadas, excluindo a área do euro, apenas o Reino Unido parece ter mantido um crescimento robusto sustentado no segundo semestre do ano transato. O dinamismo do crescimento nas EME também abrandou no último trimestre do ano. As economias emergentes da Ásia contam ‑se entre os principais impulsionadores deste abrandamento, em parte devido ao atual processo de reequilíbrio na China. A atividade na América Latina abrandou nos finais de 2015, devido sobretudo à profunda recessão no Brasil e, em termos mais globais, aos

efeitos adversos dos preços das matérias ‑primas reduzidos sobre os países produtores de matérias‑‑primas da região.

Os indicadores da atividade a nível mundial confirmam que o crescimento mundial se moderou na viragem do ano. O IGC mundial compósito do produto (excluindo a área do euro) caiu muito acentuadamente em fevereiro, para níveis pouco acima do limiar inferior de expansão (ver Gráfico 1). A descida foi generalizada a todas as economias avançadas e EME, não sendo apenas impulsionada pela continuação da evolução moderada da indústria transformadora a nível mundial, mas também por uma queda significativa da atividade no setor dos serviços. Tal poderia indicar que a atual fragilidade da indústria transformadora a nível mundial pode estar a estender ‑se ao setor dos serviços, o qual se revelou

Gráfico 1IGC mundial compósito do produto

(índice de difusão)

40

50

60

70

45

50

55

60

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

mundial excluindo a área do euro (escala da direita) mundial excluindo a área do euro: média de longo prazo (escala da direita) economias avançadas excluindo a área do euro (escala da esquerda) economias de mercado emergentes (escala da esquerda)

Fontes: Markit e cálculos do BCE.Nota: A última observação refere‑se a fevereiro de 2016.

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8Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

mais resiliente até ao momento. Paralelamente, os indicadores avançados compósitos da OCDE apontam para sinais de um abrandamento do crescimento económico no conjunto dos países da OCDE.

Três fatores ‑chave têm vindo a moldar as perspetivas mundiais, designadamente um aumento da restritividade das condições de financiamento nas EME, a incerteza quanto às perspetivas para a China e a continuação do enfraquecimento dos preços das matérias ‑primas. A maior restritividade das condições de financiamento nas EME (ver Gráfico 2) é demonstrada pelo aumento das taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública, pela correção substancial em baixa dos preços das ações e por saídas líquidas de capital destas economias num contexto de níveis elevados de volatilidade dos mercados mundiais. Esta volatilidade está, em parte, associada à crescente incerteza relativamente às perspetivas económicas da China.

Por último, a continuação do enfraquecimento dos preços das matérias ‑primas, em particular, dos preços do petróleo, tem vindo a ser cada vez mais interpretada como um sinal da fragilidade subjacente da economia mundial.

Em resposta aos sinais crescentes de fragilidade a nível mundial, as expetativas dos mercados quanto a uma normalização da política monetária nos Estados Unidos e no Reino Unido recuaram. Desde o aumento das taxas diretoras nos Estados Unidos em dezembro de 2015, a curva dos futuros dos fundos do Sistema de Reserva Federal movimentou ‑se significativamente em sentido descendente, o que sugere expetativas de um atraso no aumento renovado da restritividade da política monetária norte ‑americana. A política monetária tornou ‑se mais restritiva em algumas EME em resposta ao aumento nos Estados Unidos, em particular nos países com ligações comerciais estreitas com este país, como, por exemplo, na América Latina, e em países cujas moedas estão indexadas ao dólar dos Estados Unidos.

Embora as descidas nos preços das matérias ‑primas ao longo de 2015 tenham resultado sobretudo de uma subida acentuada da oferta, atribui‑‑se uma maior importância ao papel dos fatores do lado da procura como elementos subjacentes às recentes pressões em sentido descendente sobre os preços do petróleo. A natureza de um choque sobre os preços do petróleo pode ter implicações muito diversas para a economia mundial (ver também a Caixa 2). A queda dos preços do petróleo, que foi em grande medida impulsionada pela oferta, no segundo semestre de 2014 e nos inícios de 2015 teve um impacto líquido positivo sobre o PIB mundial, principalmente por via de dois canais: i) uma redistribuição do rendimento de países produtores de petróleo no sentido de países consumidores de petróleo, os quais evidenciaram uma propensão ligeiramente mais elevada para gastar; e ii) ganhos de rendibilidade resultantes da descida dos custos dos fatores de produção energéticos, que estimularam o investimento

Gráfico 2Índices de condições financeiras

(desvio padrão; mediana de zero; dados mensais)

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

economias avançadas excluindo a área do euroeconomias de mercado emergentes

condições financeiras menos restritivas

condições financeiras mais restritivas

Fontes: Haver Analytics e cálculos de especialistas do BCE.Notas: A última observação refere ‑se a fevereiro de 2016. As economias de mercado emergentes correspondem a um agregado da China, Rússia, Brasil, Índia e Turquia. As economias avançadas incluem os Estados Unidos, o Reino Unido e o Japão.

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e, por conseguinte, a oferta total nos países importadores líquidos de petróleo. Contudo, a mudança gradual no sentido de uma queda dos preços do petróleo mais impulsionada pela procura no segundo semestre do ano transato justifica uma interpretação mais cautelosa. Embora os preços do petróleo reduzidos ainda pudessem ter um impacto positivo sobre os países importadores de matérias­­primas em resultado do aumento dos rendimentos reais, é de esperar que uma procura externa mais fraca compense globalmente os efeitos positivos da queda dos preços do petróleo sobre a atividade. Além do mais, o impacto negativo de descidas adicionais dos preços sobre os países exportadores de petróleo foi mais substancial do que o esperado. No caso de alguns países, a gestão do aumento significativo dos desequilíbrios orçamentais por forma a atenuar o impacto da descida dos preços do petróleo poderá constituir um desafio e resultar numa redução superior ao esperado da procura interna e externa.

Numa análise prospetiva, a atividade económica mundial deverá expandir­­se a um ritmo gradual, sustentada pelas atuais perspetivas de crescimento resiliente nas principais economias avançadas e pela atenuação progressiva esperada das recessões profundas em algumas EME de grande dimensão. A continuação de taxas de juro reduzidas, a melhoria dos mercados de trabalho e o aumento da confiança dos consumidores sustentam as perspetivas relativamente às economias avançadas. Pelo contrário, as perspetivas de médio prazo para as EME mantêm ­se mais incertas. O ritmo de crescimento da economia chinesa continua a abrandar, com repercussões negativas sobre outras EME, em particular nas economias emergentes da Ásia, enquanto os países exportadores de matérias­primas têm de continuar a adaptar ­se a preços das matérias ­primas mais baixos. Ainda assim, a atenuação gradual das recessões profundas na Rússia e no Brasil deverá sustentar o crescimento a nível mundial.

Os fundamentos internos continuam a dar um contributo positivo nos Estados Unidos. É de prever que o crescimento acelere à medida que a retoma do mercado de trabalho se transmite aos ganhos de salários nominais, os quais, em conjunto com a continuação dos preços do petróleo reduzidos, suportam o rendimento disponível real e o consumo. A continuação da retoma do mercado da habitação e a orientação orçamental ligeiramente expansionista também deverão sustentar a procura interna, que se prevê que continue a ser o principal fator impulsionador do crescimento norte­americano. Paralelamente, as condições de crédito e de financiamento tornaram ­se um pouco mais restritivas apesar das taxas de juro reduzidas, enquanto a descida dos preços do petróleo resultou numa redução ligeira do dinamismo do investimento privado. Prevê ­se que as exportações líquidas continuem a ser um entrave à atividade num contexto de apreciação do dólar dos Estados Unidos e do crescimento fraco da procura externa. Nesta conjuntura, a Caixa 1 analisa os fatores subjacentes ao abrandamento do crescimento da produtividade do trabalho nos Estados Unidos e respetivas implicações económicas.

A atividade económica no Reino Unido continua a crescer a um ritmo moderado. O crescimento é impulsionado, em larga medida, pelo consumo, dado que os preços dos produtos energéticos reduzidos continuam a fomentar o rendimento disponível real. O crescimento do investimento permanece positivo, embora se esteja a moderar em comparação com anos anteriores, suportado

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10Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

pela menor restritividade das condições de crédito. Porém, o crescimento poderia, potencialmente, ser limitado pela incerteza em torno do referendo sobre a permanência/saída da União Europeia pelo Reino Unido em junho de 2016. As exportações líquidas constituíram um entrave ao crescimento nos dois últimos trimestres de 2015.

A recuperação económica no Japão permaneceu fraca. Na sequência de um regresso comedido ao crescimento no terceiro trimestre de 2015, a economia voltou a contrair ‑se no último trimestre do ano, num contexto de abrandamento da procura mundial e consumo privado débil. Em termos prospetivos, o crescimento deverá regressar a terreno positivo em 2016, visto que se espera que o consumo privado recupere numa conjuntura de subida do rendimento real devido aos aumentos salariais e à redução dos preços do petróleo. Também se prevê que as exportações recuperem numa conjuntura de retoma gradual da procura externa.

O reequilíbrio da economia chinesa está a traduzir ‑se num abrandamento gradual, dado que a descida do investimento ainda não foi plenamente compensada pelo reforço das despesas de consumo. Espera ‑se que os preços do petróleo reduzidos e o consumo robusto proporcionem algum apoio à economia no curto prazo. Embora o recente desvanecimento das valorizações bolsistas excessivas tenha aumentado a incerteza, não se considera que tenha tido repercussões diretas significativas sobre as perspetivas. As recentes reduções das taxas diretoras, os estímulos orçamentais modestos da administração central e os esforços no sentido de reduzir as restrições sobre as finanças da administração local deverão exercer uma influência positiva sobre a procura no futuro próximo. No médio prazo, porém, a crescente ênfase sobre a redução do excesso de capacidade produtiva em algumas indústrias pesadas e a necessidade de lidar com os créditos não produtivos associados poderia abrandar o ritmo de expansão, sobretudo através do canal de investimento.

Projeta ‑se que a atividade económica real na Europa Central e de Leste se mantenha robusta, embora de forma irregular entre países. Os principais fatores impulsionadores do crescimento na região continuam a ser o consumo privado dinâmico, que beneficia de um rendimento disponível real mais elevado num contexto de inflação reduzida, e o forte crescimento do investimento sustentado por fundos estruturais da UE.

Em contraste, os países exportadores de matérias ‑primas continuam a enfrentar as consequências da descida sustentada dos preços das matérias ‑primas. Na Rússia, que se encontra ainda no meio de uma recessão profunda, os custos de financiamento permanecem elevados apesar da menor restritividade das condições financeiras observada no decurso de 2015. A nova queda dos preços do petróleo aumentou as pressões de depreciação sobre o rublo russo, o que potencialmente poderá conduzir a um aumento da inflação. A incerteza permanece elevada e a confiança das empresas fraca, enquanto as receitas petrolíferas mais reduzidas continuam a restringir a despesa pública. Na América Latina, o abrandamento económico no Brasil acentuou ‑se significativamente. A incerteza política, a deterioração dos termos de troca num contexto de queda dos preços das matérias ‑primas e a maior restritividade das condições de política

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11Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

monetária e financiamento estão a travar a atividade económica. Em termos prospetivos, porém, a recessão profunda no Brasil e na Rússia deverão atenuar ‑se num contexto de estabilização das respetivas moedas e dos preços das matérias‑primas.

O comércio mundial parece ter perdido dinamismo novamente na viragem do ano, depois de ter regressado a um crescimento positivo no segundo semestre de 2015. As importações mundiais de bens e serviços (excluindo a área do euro) aumentaram 0.7%, em termos trimestrais em cadeia, no terceiro trimestre, após uma descida de 0.9% no segundo trimestre (ver Gráfico 3). A retoma reflete, em parte, uma correção dos valores baixos registados em algumas economias avançadas e EME, como, por exemplo, o Reino Unido, Japão e China, facto que esteve associado sobretudo à volatilidade dos dados. Paralelamente, conduziu a descidas ligeiramente menos acentuadas no Brasil e na Rússia, países onde a queda abrupta das

importações pode ser explicada, em larga medida, pela quebra da procura interna e pela depreciação da taxa de câmbio. Contudo, dados iniciais sobre o comércio e inquéritos para o quarto trimestre sugerem que o ritmo de crescimento do comércio mundial está a abrandar novamente. O crescimento das importações mundiais de bens moderou ‑se para 0.7% (em termos trimestrais em cadeia) em novembro, face a 1.7% em outubro. O dinamismo do crescimento das importações das EME entrou novamente em terreno negativo, devido a uma queda acentuada nas economias emergentes da Ásia (bem como no Médio Oriente e em África). Em contraste, o crescimento das importações manteve ‑se mais robusto nas economias avançadas, embora também se tenha moderado ligeiramente face a outubro. Além do mais, as novas encomendas de exportações a nível mundial diminuíram em fevereiro para 49.4, face a 50.4 no mês anterior, o que indica um novo enfraquecimento do crescimento do comércio mundial na viragem do ano.

Em termos globais, as perspetivas para o crescimento mundial continuam a ser de retoma gradual e irregular. De acordo com as projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE, o crescimento do PIB real mundial excluindo a área do euro deverá acelerar apenas muito gradualmente de 3.1% em 2015 para 3.2% em 2016, 3.8% em 2017 e 3.9% em 2018. Prevê ‑se que a procura externa da área do euro se expanda de 0.4% em 2015 para 2.2% em 2016, 3.8% em 2017 e 4.1% em 2018. Em comparação com as projeções de dezembro de 2015, tal constitui uma revisão em baixa do crescimento mundial, refletindo as perspetivas mais fracas do que o esperado quer nas economias avançadas quer nas EME. As revisões da procura externa da área do euro estão globalmente em linha com as referentes ao crescimento mundial.

Os riscos para as perspetivas relativamente à atividade mundial mantêm ‑se no lado descendente, sobretudo no caso das EME. Um dos principais riscos

Gráfico 3Comércio mundial de bens

(escala da esquerda: variações trimestrais em cadeia (%); escala da direita: índice de difusão)

46

50

54

58

62

-2.0

0.0

2.0

4.0

6.0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

comércio mundial (escala da esquerda) média do comércio mundial de 1991-2007 (escala da esquerda) IGC mundial para as novas encomendas de exportações (escala da direita) IGC mundial excluindo a indústria transformadora da área do euro (escala da direita)

Fontes: Markit, CPB e cálculos do BCE.Nota: A última observação refere‑se a fevereiro de 2016 para o IGC e a dezembro de 2015 para o comércio mundial.

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12Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

em sentido descendente corresponde a um abrandamento mais pronunciado nas EME, incluindo na China. O aumento da restritividade das condições financeiras e a incerteza política acrescida poderão exacerbar eventuais desequilíbrios macroeconómicos, prejudicando a confiança e abrandando o crescimento mais do que o previsto. A incerteza política acerca da transição económica na China poderá resultar num aumento da volatilidade financeira a nível mundial. Os riscos geopolíticos também continuam a afetar negativamente as perspetivas. Por último, os preços do petróleo persistentemente baixos estão a deteriorar ainda mais os desequilíbrios orçamentais e a suscitar questões de estabilidade financeira em alguns dos principais países exportadores de petróleo.

Evolução dos preços a nível mundial

A inflação mundial aumentou nos últimos meses, mas permanece muito reduzida em termos globais. A inflação homóloga dos preços no consumidor nos países da OCDE aumentou novamente, para 1.2%, em janeiro, face a 0.9% em dezembro, principalmente devido a um contributo menos negativo dos preços dos produtos energéticos (ver Gráfico 4). Embora ainda em níveis reduzidos, tal corresponde a um aumento substancial face ao último trimestre de 2015 (quando a média era de 0.7%). Excluindo produtos alimentares e produtos energéticos, a inflação homóloga nos países da OCDE manteve ‑se inalterada em 1.9% face ao mês anterior, situando ‑se apenas ligeiramente acima do nível do último trimestre de 2015 (quando a média era de 1.8%). Os preços dos produtos energéticos continuaram a cair pelo décimo sétimo mês consecutivo em janeiro ( ‑5.3% em

termos homólogos), mas a um menor ritmo, enquanto a inflação dos preços dos produtos alimentares permaneceu globalmente inalterada. A nível dos países individuais, a inflação global aumentou no Canadá, no Reino Unido e nos Estados Unidos, tendo entrado em terreno negativo no Japão. Entre as principais economias não pertencentes à OCDE, a inflação global aumentou na China, mas reduziu ‑se na Índia e na Rússia, enquanto a inflação homóloga se manteve inalterada, num nível de dois dígitos, no Brasil.

Depois de cair para mínimos de 12 anos no final de janeiro, os preços do petróleo recuperaram ligeiramente após essa data. Os preços do petróleo registaram novo abrandamento entre meados de outubro de 2015 e o final de janeiro de 2016, num contexto de excesso de oferta no mercado petrolífero e de enfraquecimento da procura de petróleo. No lado

da oferta, a decisão tomada em dezembro pela OPEP de manter os atuais níveis de produção em níveis históricos e a produção resiliente dos países não pertencentes à OPEP fomentou a dinâmica em sentido descendente. Mais recentemente, os debates sobre um acordo entre países pertencentes e não pertencentes à OPEP relativamente a um congelamento da produção nos níveis de janeiro e as

Gráfico 4Inflação dos preços no consumidor

(taxas de variação homólogas (%))

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

China Brasil agregado da OCDE

Índia Rússia

Fontes: Fontes nacionais e OCDE.Nota: A última observação refere‑se a janeiro de 2016.

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13Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

perturbações na oferta registadas no Iraque e na Nigéria contribuíram para uma ligeira recuperação. Numa conjuntura de volatilidade acrescida, os preços do petróleo subiram em fevereiro e no início de março. O mercado petrolífero mundial continua a registar uma oferta excessiva, devido: i) à reduzida probabilidade de um corte concertado na produção pelos produtores pertencentes e não pertencentes à OPEP; ii) ao regresso do Irão aos mercados petrolíferos mundiais; e iii) ao enfraquecimento da procura de petróleo. A produção dos membros da OPEP mantém ‑se próxima de níveis históricos, sendo que a produção por países não pertencentes à OPEP também permanece elevada, com a Rússia a produzir a níveis históricos embora a produção de óleo de xisto nos Estados Unidos evidencie sinais de uma queda acentuada. As existências petrolíferas dos países da OCDE aumentaram novamente e situavam ‑se em níveis históricos no final do quarto trimestre de 2015. Os preços das matérias ‑primas não petrolíferas aumentaram ligeiramente desde o final de janeiro, num contexto de subidas dos preços dos metais.

A inflação mundial deverá permanecer moderada no médio prazo. Por um lado, os preços reduzidos do petróleo e de outras matérias ‑primas deverão continuar a atenuar as pressões inflacionistas no curto prazo. Paralelamente, os desvios do produto estão a ser lentamente colmatados nas economias avançadas e a expandir‑se em várias EME, o que indica uma continuação da capacidade produtiva disponível abundante a nível mundial, o que deverá continuar a afetar negativamente a inflação subjacente mundial no médio prazo. Por outro lado, a trajetória ascendente da curva de futuros do petróleo implica subidas substanciais dos preços do petróleo no médio prazo.

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14Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

2 Evolução financeira

Os últimos meses caraterizaram ‑se por uma volatilidade elevada nos mercados financeiros. As preocupações quanto ao crescimento mundial e uma nova queda dos preços do petróleo contribuíram para uma descida dos preços dos ativos financeiros de maior risco desde o início de dezembro de 2015 até meados de fevereiro de 2016. Posteriormente, os decréscimos foram, em parte, invertidos, na medida em que uma subida dos preços do petróleo, dados económicos melhores do que o esperado para os Estados Unidos e expetativas de um estímulo adicional de política monetária na área do euro reduziram as preocupações dos investidores. Os preços das ações na área do euro registaram uma descida global de cerca de 12% no período em análise – ou seja, de 2 de dezembro de 2015 a 9 de março de 2016 –, após uma baixa temporária de mais de 20% até meados de fevereiro. Ao mesmo tempo, as taxas de rendibilidade das obrigações soberanas com notações mais elevadas diminuíram face à procura pelos investidores de ativos mais seguros.

Desde inícios de dezembro de 2015 até meados de fevereiro de 2016, as preocupações acerca do crescimento mundial e uma nova queda dos preços do petróleo contribuíram para uma descida acentuada dos preços dos ativos de maior risco, que foi em parte invertida posteriormente. As preocupações quanto ao crescimento mundial intensificaram ‑se no início de 2016, em virtude de uma queda pronunciada dos preços das ações chinesas e dos preços do petróleo. Estas preocupações foram também alimentadas por indicadores económicos negativos na área do euro e nos Estados Unidos, que levaram a uma revisão em sentido descendente dos preços dos ativos financeiros. A partir de meados de fevereiro até princípios de março, uma subida dos preços do petróleo, indicadores económicos melhores do que o esperado nos Estados Unidos e expetativas de um estímulo adicional de política monetária contribuíram para uma retoma parcial dos preços dos ativos de maior risco. Estiveram também patentes oscilações consideráveis nas medidas da volatilidade nos mercados acionistas, as quais

aumentaram significativamente até meados de fevereiro, tendo depois diminuído um pouco perto do final do período em análise.

A EONIA baixou ao longo do período em análise, após a decisão do Conselho do BCE de reduzir a taxa de juro da facilidade permanente de depósito em 0.10% para ‑0.30% em dezembro de 2015. Após se ter situado entre 13 e 15 pontos base na semana antes do corte de dezembro de 2015 da taxa de juro do BCE ter efeito, a EONIA permaneceu depois num intervalo entre 22 e 25 pontos base, à exceção de um aumento temporário no final de 2015, devido a uma maior procura de liquidez. A descida da EONIA ocorreu num enquadramento de liquidez excedentária crescente, no contexto de aquisições ao abrigo do programa alargado de compra de ativos. A Caixa 3

Gráfico 5Taxas implícitas nos contratos a prazo da EONIA

(percentagens por ano)

-0.75

-0.50

-0.25

0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50

1.75

2016 2018 2020 2022 2024

9 de março de 2016 2 de dezembro de 2015

Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.

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15Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

apresenta informações mais detalhadas sobre as condições de liquidez e as operações de política monetária.

A curva a prazo da EONIA tornou ‑se significativamente menos inclinada, uma vez que a incerteza e as expetativas acerca da política monetária comprimiram as taxas de rendibilidade ao longo da curva. As taxas a mais longo prazo implícitas nos contratos a prazo da EONIA diminuíram 50 pontos base durante o período em análise, sendo as descidas ligeiramente menores no segmento de curto prazo da curva. A diminuição resultou numa nova redução da inclinação da curva (ver Gráfico 5). Em 9 de março, o ponto mais baixo da curva situava ‑se em cerca de 50 pontos base, indicando expetativas do mercado de novas reduções da taxa aplicável à facilidade permanente de depósito antes da reunião do Conselho do BCE de 10 de março. A grande descida das taxas a prazo da EONIA pode, em certa medida, ser explicada pelas expetativas de um estímulo adicional de política monetária do BCE, tendo a descida sido amplificada pelo aumento da incerteza a nível mundial, que levou a variações na procura de ativos mais seguros, incluindo ativos estreitamente ligados às taxas EONIA.

A média ponderada pelo PIB das taxas de rendibilidade das obrigações soberanas a dez anos da área do euro desceu 11 pontos bases entre inícios de dezembro e 9 de março (ver Gráfico 6). As taxas de rendibilidade das obrigações soberanas da área do euro aumentaram inicialmente após a reunião do Conselho do BCE de princípios de dezembro. A partir do início de janeiro de 2016, o aumento da incerteza mundial e a intensificação das expetativas do mercado relativamente a um estímulo adicional de política monetária da área do euro exercerem pressões em sentido descendente sobre as taxas de rendibilidade das obrigações soberanas da área do euro, as quais mais do que inverteram o aumento observado em dezembro. Em termos gerais, a média ponderada pelo PIB das taxas de rendibilidade das obrigações soberanas a dez anos da área do euro

baixou 11 pontos base entre inícios de dezembro de 2015 e princípios de março, situando ‑se em 0.9% em 9 de março.

Verificou ‑se alguma divergência entre países nas taxas de rendibilidade das obrigações soberanas, tendo as descidas maiores sido registadas nos países com notações mais elevadas. Em contrapartida, as taxas de rendibilidade na maioria dos países com notações mais baixas permaneceram inalteradas ou aumentaram ligeiramente ao longo do mesmo período. Em Portugal, as taxas de rendibilidade das obrigações soberanas oscilaram consideravelmente, refletindo as preocupações do mercado quanto ao orçamento do Estado e a agenda de reformas do governo recém ‑eleito.

A venda rápida e generalizada a nível mundial de ativos de maior risco também afetou as obrigações das empresas, tendo os diferenciais

Gráfico 6Taxas de rendibilidade das obrigações soberanas a 10 anos em países selecionados da área do euro(percentagens por ano)

0

1

2

3

4

Jan.15 Mar.15 Maio15 Jul.15 Set.15 Nov.15 Jan.16 Mar.16

área do euro AlemanhaEspanha

FrançaItáliaPortugal

Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.Notas: A rubrica “área do euro” denota a média ponderada pelo PIB das taxas de rendibilidade das obrigações soberanas a 10 anos. A última observação refere‑se a 9 de março de 2016.

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16Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

das obrigações de menor notação aumentado mais dos que as com notações mais altas. Embora os diferenciais das obrigações das empresas tenham aumentado, as taxas de rendibilidade das obrigações de empresas financeiras e não financeiras apresentaram ‑se voláteis, mas permaneceram mais ou menos inalteradas durante o período em análise (ver Gráfico 7), dado que o aumento dos diferenciais de crédito foi, em média, compensado pela descida das taxas sem risco. As taxas de rendibilidade das obrigações das sociedades financeiras e não financeiras mantêm ‑se muito baixas numa perspetiva a mais longo prazo.

Os mercados acionistas da área do euro registaram um fortalecimento perto do final do período em análise, na sequência de uma descida substancial entre inícios de dezembro e meados de fevereiro. Os preços das ações na área do euro, medidos pelo índice EURO STOXX alargado, baixaram cerca de 21% entre princípios de dezembro e 11 de fevereiro (ver Gráfico 8), em virtude do aumento da incerteza mundial. Entre 11 de fevereiro e 9 de março, as ações subiram de novo 12%, o que resultou numa descida global de 12% ao longo do período em análise. Antes da recuperação dos preços das ações, as ações dos bancos no conjunto da área do euro baixaram significativamente mais do que o mercado em termos globais, devido às preocupações que surgiram quanto à rentabilidade geral do setor bancário, aliadas a acontecimentos em alguns países e específicos dos bancos. Nomeadamente, o índice EURO STOXX de cotações de ações dos bancos desceu 35% entre inícios de dezembro e meados de fevereiro. Posteriormente, aumentou um pouco perto do final do período em análise, o que resultou numa descida global de cerca de 22%. Os mercados acionistas dos Estados Unidos apresentaram flutuações semelhantes, se bem que menores, tendo o índice S&P 500 registado um decréscimo geral de

apenas 4%.

A taxa de câmbio efetiva do euro registou uma apreciação significativa nos três meses em análise. Verificou ‑se uma apreciação marcada do euro em termos efetivos entre inícios de dezembro de 2015 e meados de 2016, em resultado do aumento da incerteza mundial. Desde então, o euro registou uma ligeira depreciação em termos efetivos face ao dólar dos Estados Unidos, em virtude do aumento dos diferenciais das taxas de rendibilidade das obrigações a

Gráfico 7Taxas de rendibilidade das obrigações de empresas da área do euro(percentagens por ano)

0.5

1.0

1.5

2.0

Jan.15 Mar.15 Maio 15 Jul.15 Set.15 Nov.15 Jan.16 Mar.16

financeiras não financeiras

Fontes: iBoxx e BCE.Nota: A última observação refere‑se a 9 de março de 2016.

Gráfico 8Índices de cotações de ações dos Estados Unidos e da área do euro(1 de janeiro de 2015 = 100)

85

90

95

100

105

110

115

120

125

Jan.15 Mar.15 Maio 15 Jul.15 Set.15 Nov.15 Jan.16

EURO STOXX S&P 500

Mar.16

Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.Nota: A última observação refere ‑se a 9 de março de 2016.

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17Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

longo prazo entre os Estados Unidos e a área do euro e das expetativas de um estímulo adicional de política monetária do BCE. Em termos gerais, o euro registou um fortalecimento de 3.7% em termos ponderados pelo comércio, ao longo do período em análise (ver Gráfico 9). Em termos bilaterais, no mesmo período, a apreciação do euro face ao dólar dos Estados Unidos foi de 3.4%. A incerteza acrescida associada ao referendo no Reino Unido sobre a permanência na UE afetou a libra esterlina, o que resultou numa apreciação de 9.3% do euro face a esta moeda. O euro apreciou ‑se fortemente também face ao rublo da Rússia, ao renminbi da China e às moedas das economias de mercado emergentes dos países exportadores de matérias‑‑primas. A maior volatilidade e a diminuição da apetência pelo risco apoiaram o iene do Japão, levando a uma depreciação de 5.4% do euro face à moeda japonesa.

Gráfico 9Variações cambiais do euro face a moedas selecionadas(variações em percentagem)

-10 -5 0 5 10 15 20 25

desde 2 de dezembro de 2015desde 9 de março de 2015

kuna da Croáciarupia indianareal do Brasil

dólar taiwanêsleu romeno

coroa dinamarquesa forint da Hungria

rupia indonésiawon sul-coreano

lira da Turquiarublo russo

coroa suecacoroa checa

zlóti da Polóniaiene do Japão

franco suíçolibra esterlina

dólar dos EUArenmimbi da China

TCE-38

Fonte: BCE.Notas: Variações em percentagem respeitantes a 9 de março de 2016. A TCE‑38 é a taxa de câmbio nominal efetiva do euro face às moedas de 38 dos principais parceiros comerciais da área do euro.

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18Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

3 Atividade económica

A recuperação económica prossegue na área do euro, embora tenha apresentado sinais de moderação do crescimento no início do ano devido a uma conjuntura externa mais fraca. O crescimento do PIB real situou ‑se em 0.3% em termos trimestrais em cadeia, no quarto trimestre de 2015, inalterado face ao trimestre anterior. Os indicadores mais recentes com base em inquéritos apontam para um dinamismo de crescimento mais fraco do que o esperado no início de 2016. Em termos prospetivos, espera ‑se que a recuperação económica prossiga a um ritmo moderado. A procura interna deverá continuar a ser apoiada pelas medidas de política monetária do BCE e do respetivo impacto favorável sobre as condições financeiras, pela orientação orçamental ligeiramente expansionista e pelo impacto favorável sobre o emprego de anteriores reformas estruturais. O baixo preço do petróleo deverá dar um apoio adicional ao rendimento disponível real das famílias e à rendibilidade das empresas e, por conseguinte, ao consumo e investimento privados. Contudo, a recuperação económica continua a ser atenuada por perspetivas de crescimento comedidas em mercados emergentes, por mercados financeiros voláteis, pelos necessários ajustamentos de balanço em diversos setores e pelo ritmo moderado de implementação de reformas estruturais. As projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE preveem que o crescimento do PIB real da área do euro seja ligeiramente menor em 2016, de 1.4% (revisto em baixa, face a 1.7%), em 2017, de 1.7% (revisto em baixa, face a 1.9%), e em 2018, de 1.8%.

A recuperação económica prossegue na área do euro, mas a evolução mundial está a afetar as perspetivas de curto prazo. O PIB real cresceu 0.3%, em termos trimestrais em cadeia, no quarto trimestre de 2015, inalterado face ao trimestre anterior, registando ‑se a continuação de contributos positivos por parte do consumo privado, embora em menor medida do que no trimestre anterior, uma retoma do investimento e a continuação do aumento do consumo público (ver Gráfico 10)1. Em resultado, o nível do produto situou ‑se cerca de 3% acima do recente valor mínimo e apenas 0.2% abaixo do pico pré ‑crise observado no primeiro trimestre de 2008. No conjunto de 2015, o PIB real cresceu 1.6%, registando o aumento mais forte desde 2011.

O abrandamento nas economias de mercado emergentes afetou o crescimento das exportações da área do euro ao longo de 2015 e os fatores adversos continuaram a registar um fortalecimento no último trimestre.

1 A segunda divulgação pelo Eurostat das contas nacionais da área do euro reviu o crescimento do PIB real em alta, em 0.1 pontos percentuais, para o primeiro e segundo trimestres de 2015.

Gráfico 10PIB real da área do euro e respetiva composição

(taxas de variação trimestrais em cadeia e contributos trimestrais em cadeia em pontos percentuais)

-1

-0.5

0

0.5

1

2010 2011 2012 2013 2014 2015

crescimento do PIB realconsumo privadoconsumo públicoformação bruta de capital fixoexportações líquidasvariação de existências

Fonte: Eurostat.Nota: A última observação refere‑se ao quarto trimestre de 2015.

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19Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

O abrandamento na China, uma procura mais fraca na Rússia e a recessão no Brasil continuaram a travar as exportações de bens da área do euro (ver Gráfico 11), o que levou a um contributo negativo das exportações líquidas, de 0.3 pontos percentuais, para o crescimento do PIB real no último trimestre de 2015. Embora o abrandamento da procura em algumas economias de mercado emergentes de grande dimensão, como a China, tenha tido efeitos adversos sobre a atividade na área do euro, não é provável que o impacto através do canal comercial seja tão significativo como normalmente implicado pelos valores brutos do comércio tradicionais2. O abrandamento do crescimento nos mercados emergentes no decurso de 2015 foi parcialmente compensado pela robustez da procura interna na área do euro, que suportou o comércio intra-área do euro. Além disso, a procura de outras economias avançadas (em particular, na Europa) também foi relativamente forte. Associada a uma evolução favorável da taxa de câmbio do euro, a partir de meados de 2014, apoiou o crescimento das exportações da área do euro, o que conduziu a ganhos significativos nas quotas de mercado das exportações para os exportadores da área do euro.

Tanto as encomendas de exportações como os indicadores de sentimento apontam para uma evolução do comércio mundial algo comedida no curto prazo. Além disso, a taxa de câmbio efetiva do euro registou uma apreciação nos primeiros meses de 2016, o que irá diminuir o impacto favorável da anterior depreciação da moeda (2014/2015) em termos prospetivos. No entanto, à medida que a atividade mundial recupera gradualmente, espera -se que o crescimento das exportações da área do euro aumente e ganhe mais dinamismo, em linha com a procura externa.

A nível setorial, o valor acrescentado no setor dos

serviços ultrapassou o respetivo nível pré ‑crise, o que ainda não ocorreu na indústria e na construção (ver Gráfico 12). A recuperação económica em curso foi, em larga medida, impulsionada pelo consumo privado, tendo, por conseguinte, beneficiado o setor dos serviços, com o valor acrescentado neste setor a

2 Ver o artigo intitulado “Transmission of output shocks – the role of cross -border production chains”, na versão em inglês da presente edição do Boletim Económico.

Gráfico 12Valor acrescentado bruto real por atividade económica

(índice: T1 2088=100)

75

80

85

90

95

100

105

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

valor acrescentado bruto totalserviçosconstruçãoindústria excluindo construção

Fonte: Eurostat.Nota: A última observação refere-se ao quarto trimestre de 2015.

Gráfico 11Total das exportações de bens da área do euro

(taxas de variação homólogas (%) e contributos homólogos em pontos percentuais)

-4

-2

0

2

4

6

2012 2013 2014 2015

totalEstados UnidosÁsia excluindo a ChinaChina, Rússia e América Latina

Europa fora da área do euroexportações intra-área do eurooutros

Fonte: Eurostat.Notas: A última observação refere-se ao quarto trimestre de 2015. No caso dos Estados-Membros da UE, o quarto trimestre tem por base dados referentes a outubro e novembro.

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20Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

situar ‑se atualmente 3% acima do seu pico pré ‑crise3. No que se refere à indústria (excluindo a construção), o crescimento do valor acrescentado em 2015 foi prejudicado pela conjuntura externa fraca, situando ‑se atualmente abaixo do pico observado antes da crise. A construção, que registou uma considerável queda em vários países, devido a correções significativas ao nível dos mercados da habitação após a crise de 2008/2009, estabilizou em níveis baixos. No quarto trimestre de 2015, o crescimento do valor acrescentado continuou a aumentar no setor dos serviços, tendo recuperado ligeiramente no setor da construção, após condições meteorológicas relativamente amenas, que apoiaram a atividade de construção em alguns países da área do euro. Simultaneamente, o valor acrescentado na indústria (excluindo a construção) registou uma diminuição.

Os dados dos inquéritos disponíveis até fevereiro apontam para um crescimento moderado no início do ano. Quer o Indicador de Sentimento Económico da Comissão Europeia quer o Índice de Gestores de Compras (IGC) compósito do produto registaram

uma diminuição durante os primeiros dois meses de 2016 (ver Gráfico 13), permanecendo, contudo, acima dos respetivos níveis médios de longo prazo. As descidas no sentimento têm sido bastante generalizadas nos setores empresariais e nas famílias, estando relacionadas com as expetativas quanto à procura e produção, bem como com a avaliação das famílias relativamente à respetiva situação económica atual.

O crescimento do investimento ganhou dinamismo no quarto trimestre, provavelmente devido ao investimento em equipamento de construção e de outros setores exceto construção. No seguimento de um crescimento do investimento fraco, no segundo e terceiro trimestres de 2015, a retoma do crescimento do investimento no quarto trimestre foi relativamente generalizada nos países da área do euro. Em termos prospetivos, espera ‑se que o investimento noutros setores exceto construção recupere, em resultado do fortalecimento gradual da procura, da melhoria das margens de lucro e de uma nova redução da capacidade produtiva disponível. As condições de financiamento também estão a registar uma melhoria, pelo que as empresas da área do euro deverão ter amplos fundos disponíveis para investimento. Do mesmo modo, condições de financiamento muito favoráveis e taxas hipotecárias reduzidas, em conjunto com o crescimento do rendimento disponível das famílias, deverão impulsionar a procura de propriedades residenciais no futuro próximo e apoiar o investimento em construção. De facto, os sinais de um fortalecimento dos mercados da habitação e aumentos dos pedidos de licenças de construção em alguns países tendem a

3 Ver igualmente a caixa intitulada “Fatores subjacentes à atividade comparativamente forte no setor dos serviços na área do euro”, na presente edição do Boletim Económico.

Gráfico 13PIB real da área do euro, Indicador de Sentimento Económico e IGC compósito do produto da área do euro(escala da esquerda: índice de difusão e saldos de respostas extremas; escala da direita: taxas de crescimento trimestrais)

-3

-2

-1

0

1

2

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

PIB real (escala da direita)Indicador de Sentimento Económico (escala da esquerda)IGC compósito (escala da esquerda)

Fontes: Markit, DG‑ECFIN e Eurostat.Notas: A última observação refere‑se ao quarto trimestre de 2015 para o PIB real, janeiro de 2016 para o Indicador de Sentimento Económico e fevereiro de 2016 para o IGC. O Indicador de Sentimento Económico e o IGC foram normalizados.

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21Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

confirmar este cenário (ver Gráfico 14). Além disso, os indicadores com base em inquéritos relacionados com a construção no início de 2016 sugerem um fortalecimento do dinamismo de crescimento subjacente no investimento em construção. Contudo, a necessidade de prosseguir com a desalavancagem das empresas em alguns países, a recente volatilidade nos mercados financeiros, perspetivas de crescimento mais fracas nas economias de mercado emergentes e as expetativas de crescimento de longo prazo reduzidas dos investidores podem abrandar a recuperação do investimento.

O consumo privado, o principal fator impulsionador da atual recuperação, registou uma moderação no final de 2015. Esta situação refletiu, em parte, um impacto atenuante sobre as vendas sazonais de vestuário e o consumo de energia, devido às condições meteorológicas relativamente amenas, bem como aos ataques terroristas de novembro em Paris. Os dados sobre o comércio a retalho e os registos de automóveis novos de passageiros para janeiro apontam para uma recuperação das despesas de consumo e tendem a confirmar que o abrandamento do crescimento do consumo privado no último trimestre de 2015 foi temporário. Numa perspetiva mais abrangente, as despesas de consumo beneficiaram de um aumento do rendimento disponível real das famílias, refletindo principalmente o aumento do emprego, a diminuição dos preços do petróleo e um rácio de poupança relativamente estável. Além disso, as restrições aos balanços das famílias diminuíram gradualmente e a confiança dos consumidores permaneceu relativamente forte devido à diminuição das taxas de desemprego.

A taxa de desemprego da área do euro continuou a diminuir, embora permaneça elevada. Em janeiro de 2016, a taxa de desemprego situou ‑se em 10.3%, a mais baixa desde meados de 2011 (ver Gráfico 15). O emprego tem aumentado de forma constante desde 2013 e o emprego total na área do euro registou um

aumento superior a dois milhões no terceiro trimestre de 2015. No entanto, desde a crise, verificou ‑se uma divergência entre o número de empregados e o total de horas trabalhadas, principalmente impulsionada por uma descida cíclica das horas trabalhadas dos trabalhadores a tempo inteiro e por um aumento da utilização de trabalhadores a tempo parcial, principalmente no setor dos serviços. As medidas mais abrangentes de folga no mercado de trabalho – que também consideram setores da população que trabalham a tempo parcial involuntariamente ou que abandonaram o mercado de trabalho – permanecem elevadas. Num contexto

Gráfico 15Emprego, expetativas de emprego e taxa de desemprego(taxas de variação trimestrais em cadeia; índice de difusão; percentagem da população ativa)

6

7

8

9

10

11

12

13

14

-1

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0

0.2

0.4

0.6

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

emprego (escala da esquerda)expetativas de emprego no IGC (escala da esquerda)taxa de desemprego (escala da direita)

Fontes: Eurostat, DG‑ECFIN e cálculos do BCE.Nota: A última observação refere‑se ao terceiro trimestre de 2015 para o emprego, janeiro de 2016 para a taxa de desemprego e fevereiro de 2016 para as expetativas de emprego no IGC.

Gráfico 14Licenças de construção

(índice: 2010=100; médias móveis de 3 meses)

65

80

95

110

125

140

155

170

185

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

licenças de construção (total)residenciaisnão residenciais

Fontes: Eurostat e cálculos de especialistas do BCE.Nota: As séries são corrigidas de sazonalidade, à exceção das licenças de construção não residenciais, que não são corrigidas de sazonalidade.

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22Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

em que aproximadamente sete milhões de indivíduos (5% da população ativa) atualmente trabalham involuntariamente em regime de tempo parcial devido a uma escassez de trabalho a tempo inteiro e que há mais de seis de milhões inativos desencorajados (que desistiram de procurar trabalho e abandonaram o mercado de trabalho), é provável que o mercado de trabalho da área do euro apresente uma folga maior do que o sugerido apenas pela taxa de desemprego.

Projeta ‑se que a recuperação económica registe um fortalecimento, embora atenuado pela procura externa mais fraca do que o esperado. Fatores adversos resultantes de um crescimento mais moderado nas economias de mercado emergentes, um fortalecimento da taxa de câmbio efetiva do euro, o enfraquecimento do sentimento e um aumento da volatilidade nos mercados financeiros afetarão a atividade na área do euro no curto prazo. Em termos prospetivos, a recuperação impulsionada pela procura interna deverá continuar a ser apoiada pelos efeitos das medidas de política monetária do BCE, que continuam a ser transmitidos à economia real, como indicado pela nova redução da restritividade das condições de crédito. A procura interna deverá continuar a ser apoiada pela melhoria dos mercados de trabalho, pelos preços do petróleo mais baixos, pela orientação orçamental ligeiramente expansionista e, finalmente, por uma retoma da procura externa da área do euro. Simultaneamente, a recuperação económica na área do euro continua a ser atenuada pelas perspetivas de crescimento moderadas

nas economias de mercado emergentes e pelo ritmo lento da implementação de reformas estruturais4.

As projeções de março elaboradas por especialistas do BCE situam o crescimento anual do PIB real em 1.4% em 2016, 1.7% em 2017 e 1.8% em 2018 (ver Gráfico 16). A revisão em baixa do crescimento do PIB real face às projeções de dezembro reflete principalmente o impacto adverso combinado de uma procura externa da área do euro mais baixa e da taxa de câmbio efetiva do euro mais forte sobre o crescimento das exportações, bem como o impacto negativo da maior volatilidade nos mercados financeiros e de indicadores de sentimento mais fracos. Os riscos para as perspetivas de crescimento na área do euro permanecem em sentido descendente, refletindo, em particular, maiores incertezas no que se refere à evolução das economias de mercado emergentes e maiores riscos geopolíticos.

4 Ver a caixa intitulada “O procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos referente a 2016 e a implementação das recomendações específicas por país referentes de 2015”, na presente edição do Boletim Económico.

Gráfico 16PIB real da área do euro (incluindo projeções)

(taxas de variação trimestrais em cadeia)

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

PIB real intervalo da projeção

Fontes: Eurostat e o artigo intitulado “Projeções macroeconómicas de março de 2016 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE”, publicado no sítio do BCE em 10 de março de 2016.

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23Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

4 Preços e custos

De acordo com as estimativas provisórias do Eurostat, a inflação homóloga medida pelo IHPC na área do euro foi de 0.2% em fevereiro de 2016, que compara com 0.3% em janeiro. Todas as principais componentes do IHPC contribuíram para esta descida. Numa análise prospetiva, com base nos preços atuais dos produtos energéticos, as taxas de inflação deverão permanecer em níveis negativos nos

próximos meses e aumentar mais para o final de 2016. Posteriormente, as taxas de inflação deverão registar nova subida, apoiadas pelas medidas de política monetária do BCE e a esperada retoma económica. Este padrão global é igualmente refletido nas projeções macroeconómicas de março de 2016 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE, segundo as quais a inflação homóloga medida pelo IHPC se situará em 0.1% em 2016, 1.3% em 2017 e 1.6% em 2018. Em comparação com as projeções macroeconómicas de dezembro de 2015 para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, as perspetivas para a inflação medida pelo IHPC foram revistas em baixa, refletindo principalmente a queda dos preços do petróleo nos últimos meses.

A inflação global regressou a território negativo em fevereiro. Segundo a estimativa provisória do Eurostat, a inflação global registou uma descida para ‑0.2%, face a 0.3% em janeiro, tendo todas as principais componentes do IHPC contribuído para esta descida (ver Gráficos 17 e 18). A recente nova descida dos preços do petróleo reduziu ainda mais a taxa homóloga já negativa da inflação dos preços dos produtos energéticos. Ao mesmo tempo, os aumentos moderados da inflação dos preços dos produtos alimentares e da inflação medida pelo IHPC excluindo preços dos produtos alimentares e dos produtos energéticos também abrandaram.

A trajetória da inflação dos preços dos produtos energéticos continua a definir o perfil da inflação global. Após um valor mínimo de ‑8.9% em setembro de 2015, a taxa de inflação homóloga da componente de preços dos produtos energéticos do IHPC registou uma recuperação para ‑5.4% em janeiro de 2016, sobretudo devido a efeitos de base em sentido ascendente. Esta evolução foi responsável pela maior parte do aumento da taxa de inflação global medida pelo IHPC, que passou de 0.1% em setembro de 2015 para 0.3% em janeiro de 2016.

Gráfico 17Inflação medida pelo IHPC na área do euro (incluindo projeções) (taxas de variação homólogas (%))

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

inflação medida pelo IHPCintervalo da projeção

Fontes: Eurostat, projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE e cálculos do BCE.Nota: A última observação refere‑se ao quarto trimestre de 2015 (dados observados) e ao quarto trimestre de 2018 (projeções).

Gráfico 18Contributo das componentes para a inflação global medida pelo IHPC na área do euro(taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos percentuais)

-2.0

-1.0

0.0

1.0

2.0

3.0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

IHPCprodutos alimentaresprodutos energéticos

produtos industriais não energéticosserviços

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.Nota: As últimas observações referem‑se a fevereiro de 2016 (estimativas provisórias).

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24Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

No entanto, novas descidas dos preços do petróleo em dezembro de 2015 e janeiro de 2016 provocaram uma nova queda da inflação da componente de preços dos produtos energéticos do IHPC para uma taxa homóloga de -8.0% em fevereiro, representando aproximadamente metade do decréscimo da inflação global medida pelo IHPC (ver Gráfico 18). O impacto mais forte da inflação dos preços do petróleo na inflação dos preços dos produtos energéticos é visível nos preços dos combustíveis (ver Caixa 6).

Os aumentos da inflação dos preços dos produtos alimentares continuaram a atenuar-se nos últimos meses. Após uma tendência ascendente durante a maior parte de 2015, a inflação dos preços dos produtos alimentares começou a diminuir no terceiro trimestre, caindo de uma taxa homóloga de 1.6% em outubro de 2015 para 0.7% em fevereiro de 2016, de acordo com a estimativa provisória do Eurostat. Esta descida foi quase na totalidade impulsionada pelos preços dos produtos alimentares não transformados, em resultado do desvanecimento dos efeitos em sentido ascendente do tempo invulgarmente quente do verão passado sobre os preços dos produtos hortícolas e fruta. Pelo contrário, a inflação dos preços dos produtos alimentares transformados continuou a aumentar durante

esse período. Em termos gerais, porém, a inflação dos preços dos produtos alimentares permanece num nível relativamente baixo face aos padrões históricos1.

As medidas da inflação subjacente não revelam qualquer tendência ascendente clara. Após um movimento em sentido ascendente no primeiro semestre de 2015, a inflação medida pelo IHPC excluindo preços dos produtos alimentares e dos produtos energéticos oscilou entre taxas homólogas de 0.9% e 1.1% de julho de 2015 a janeiro de 2016, apresentando-se, por conseguinte, muito mais estável do que a inflação global (ver Caixa 7). Outras medidas de inflação subjacente permaneceram relativamente estáveis durante o mesmo período (ver Gráfico 19). Em fevereiro, a taxa de inflação homóloga excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares desceu para 0.7% – o seu nível mais baixo desde abril de 2015. Esta descida resultou de taxas de crescimento homólogas mais baixas dos preços dos serviços (1.0%, após 1.2% em janeiro) e dos preços dos produtos industriais não energéticos (0.3%, após

0.7% em janeiro). Na interpretação dos dados mais recentes relativos à inflação medida pelo IHPC excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares, deve ser tomado em conta que as taxas de variação homólogas dos preços dos serviços e dos produtos industriais não energéticos podem apresentar--se altamente voláteis de um mês para o outro. Esta volatilidade pode resultar, por exemplo, de variações nas épocas e durações dos saldos de fim de estação

1 Para uma análise mais pormenorizada, ver a caixa intitulada “Evolução recente dos preços dos produtos alimentares na área do euro”, Boletim Económico, Número 6, BCE, 2015.

Gráfico 19Medidas da inflação subjacente(taxas de variação homólogas (%))

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

IHPC excluindo produtos alimentares e energéticosconjunto de medidas da inflação subjacente

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.Notas: No âmbito das medidas subjacentes, foram consideradas as seguintes: IHPC excluindo produtos energéticos; IHPC excluindo produtos alimentares não transformados e produtos energéticos; IHPC excluindo produtos alimentares e produtos energéticos; média aparada (10%); média aparada (30%); mediana do IHPC; e a medida baseada no modelo de fatores dinâmicos. As últimas observações referem-se a fevereiro de 2016 (para o IHPC excluindo produtos energéticos e produtos alimentares, estimativas provisórias) e a janeiro de 2016 para todos os outros indicadores).

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25Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

de vestuário e calçado, ou de efeitos de calendário relacionados com artigos relacionados com viagens. Todavia, poderão existir fatores mais fundamentais que afetam a evolução da inflação subjacente, tais como o impacto indireto em sentido descendente das recentes novas descidas dos preços do petróleo (designadamente sobre alguns dos preços dos serviços relacionados com transportes). Além disso, a recente apreciação da taxa de câmbio efetiva do euro pode significar que a antecipada subida (em particular dos preços dos bens duradouros), em resultado da anterior depreciação, não se concretize totalmente.

Os preços das importações registaram um crescimento menos forte recentemente, mas permanecem a principal fonte de pressões iminentes em sentido ascendente. Em 2015, a inflação dos preços das importações ao nível da componente de bens de consumo excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares apresentou‑se dinâmica, tendo atingido um valor máximo de 5.6% em abril desse ano. Devido à recente apreciação da taxa de câmbio efetiva do euro e também ao impacto das pressões deflacionistas mundiais decorrentes dos preços do petróleo mais baixos, a inflação dos preços das importações ao nível da componente de bens de consumo excluindo preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares desceu desde então, atingindo 1.6% em janeiro de 2016. No entanto, continuou a ser a principal fonte de pressões inflacionistas, atendendo a que as pressões iminentes de fontes internas permaneceram globalmente mais fracas. Em particular, a taxa de inflação dos preços no produtor internos dos bens de consumo não alimentares manteve‑se estável em 0.2% durante seis meses consecutivos até janeiro de 2016. Os dados dos inquéritos relativos aos preços dos

fatores de produção e do produto para o período até fevereiro de 2016 também apontam para a continuação de pressões internas fracas sobre os preços ao nível do produtor.

O crescimento salarial permaneceu fraco. Com uma média homóloga de 1.5%, o crescimento da remuneração por trabalhador foi mais baixo nos primeiros três trimestres de 2015 do que em 2014 (1.4%). Tal deveu‑se a um crescimento mais fraco dos salários negociados (1.5% em 2015, após 1.7% em 2014) e a uma descida das contribuições para a segurança social relacionada principalmente com fatores específicos dos países (ver Gráfico 20). É provável que o crescimento salarial esteja a ser travado por uma série de fatores, incluindo a continuação de níveis elevados de margem disponível no mercado de trabalho, a inflação baixa e os efeitos atuais das reformas dos mercados de trabalho implementadas nos últimos anos numa série de países da área do euro. O crescimento fraco dos salários também reflete

o crescimento relativamente mais fraco da produtividade, parcialmente explicado pelo facto de grande parte do recente forte aumento do emprego se ter verificado no setor dos serviços, onde os níveis salariais são relativamente baixos.

Gráfico 20Evolução salarial na área do euro

(taxas de variação homólogas (%); pontos percentuais)

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

2010 2011 2012 2013 2014 2015

crescimento da remuneração por empregadosalários negociadoscontribuições para a segurança socialdesvio salarial

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.Nota: As últimas observações referem‑se ao quarto trimestre de 2015 (salários negociados) e ao terceiro trimestre de 2015 (todos os outros indicadores).

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26Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

Os indicadores das expetativas de inflação de longo prazo baseados no mercado baixaram desde meados de janeiro, num contexto de mercados turbulentos, ao passo que as medidas baseadas em inquéritos permaneceram estáveis. Os indicadores das expetativas de inflação de curto a longo prazo baseados no mercado continuam em níveis muito baixos, tendo a taxa de inflação a prazo a 5 anos com uma antecedência de 5 anos atingido o seu nível mínimo

histórico em fevereiro. Estes níveis excecionalmente baixos refletem, em parte, uma reduzida apetência no mercado pela detenção de instrumentos financeiros com fluxos de caixa indexados à inflação. Tal indica que os participantes no mercado consideram pouco provável que a inflação aumente em breve. Ao mesmo tempo, as medidas baseadas no mercado das expetativas de inflação poderão apresentar‑‑se atualmente algo distorcidas, em virtude da nova turbulência no mercado e de uma fuga para a liquidez. Mais especificamente, a taxa de swap indexada à inflação a 5 anos com uma antecedência de 5 anos diminuiu de 1.58% para 1.46% entre 18 de janeiro de 2016 e 9 de março de 2016 (ver Gráfico 21). Não obstante o nível baixo efetivo da inflação e a descida dos indicadores da inflação baseados no mercado, o preço determinado pelo mercado para o risco de deflação continua a ser muito limitado. Ao contrário das medidas baseadas no mercado, as medidas baseadas em inquéritos das expetativas de inflação a longo prazo, tais como as incluídas no Inquérito a Analistas Profissionais realizado pelo BCE e nos inquéritos da

Consensus Economics, apresentaram‑se mais estáveis e resilientes ao ajustamento em sentido descendente das expetativas a mais curto prazo. Os resultados do último Inquérito a Analistas Profissionais mostraram que a previsão pontual média para a inflação com uma antecedência de 5 anos se situava em 1.8%.

Numa análise prospetiva, prevê‑se que a inflação medida pelo IHPC para a área do euro permaneça baixa em 2016, mas aumente em 2017 e 2018. Com base na informação disponível até meados de março, as projeções macroeconómicas de março de 2016 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE preveem que a inflação medida pelo IHPC se mantenha muito baixa em 0.1% em 2016, subindo para 1.3% em 2017 e 1.6% em 2018 (ver Gráfico 17)2. No horizonte de projeção, a evolução da inflação dos preços dos produtos energéticos deverá desempenhar um papel importante na definição do perfil da inflação medida pelo IHPC. Prevê‑se que o contributo da inflação dos preços dos produtos energéticos seja negativo em 2016, mas passe a ser positivo em 2017, em resultado de aumentos dos preços do petróleo (de acordo com os preços dos futuros do petróleo) e fortes efeitos de base em sentido ascendente. A inflação subjacente (determinada, por exemplo, pela inflação medida pelo IHPC

2 Ver o artigo intitulado “Projeções macroeconómicas de março de 2016 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE”, publicado no sítio do BCE em 10 de março de 2016.

Gráfico 21Medidas das expetativas de inflação com base nos mercados(taxas de variação homólogas (%))

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

Jan. 2014 Jul. 2014 Jan. 2015 Jul. 2015 Jan. 2016

taxa a 1 ano com uma antecedência de 2 anostaxa a 1 ano com uma antecedência de 4 anos

taxa a 5 anos com uma antecedência de 5 anos

taxa a 1 ano com uma antecedência de 1 ano

taxa a 1 ano com uma antecedência de 9 anos

Fontes: Thomson Reuters e cálculos do BCE.Nota: A última observação refere‑se a 9 de março de 2016.

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27Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

excluindo preços dos produtos alimentares e dos produtos energéticos) deverá aumentar gradualmente nos próximos anos, à medida que a melhoria das condições no mercado de trabalho e a diminuição da margem disponível se forem traduzindo em salários e margens de lucros mais elevados. Este aumento será apoiado pelos efeitos das medidas de política monetária do BCE e a continuação da transmissão das anteriores descidas da taxa de câmbio efetiva do euro. Em comparação com as projeções macroeconómicas de dezembro de 2015 para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, as perspetivas para a inflação medida pelo IHPC foram revistas em baixa, sobretudo devido à menor inflação dos preços dos produtos energéticos.

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28Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

5 Moeda e crédito

O crescimento monetário permaneceu sólido, enquanto o crescimento do crédito recupera apenas de forma gradual. As fontes internas de criação de moeda continuam a ser o principal impulsionador do crescimento do agregado monetário largo. Taxas de juro baixas, assim como os efeitos das operações de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) direcionadas do BCE e o programa de compra de ativos alargado contribuíram para melhorias na dinâmica da moeda e do crédito. Os custos de financiamento dos bancos estabilizaram próximo dos seus mínimos históricos. Apesar de considerável heterogeneidade entre países, os bancos têm transmitido as suas condições de financiamento favoráveis sob a forma de taxas ativas mais baixas. As melhores condições de financiamento continuaram a suportar uma recuperação no crescimento dos empréstimos. Segundo as estimativas, o fluxo anual total do financiamento externo a sociedades não financeiras (SNF) voltou a aumentar no quarto trimestre de 2015, após ter estabilizado nos dois trimestres anteriores.

O crescimento do agregado monetário largo continuou sólido. A taxa de crescimento anual do M3 manteve‑se forte, em 5.0%, em janeiro de 2016, permanecendo inalterada face ao quarto trimestre de 2015 (ver Gráfico 22). O crescimento da moeda foi mais uma vez suportado pelas componentes mais líquidas do agregado monetário largo M3. A taxa de crescimento anual do M1 diminuiu em janeiro de 2016, mas manteve um nível elevado. Globalmente, a evolução recente do agregado monetário estreito sugere que a área do euro continua numa trajetória de recuperação económica.

Os depósitos overnight, que representam uma parte significativa do M1, voltaram a impulsionar o crescimento do M3 (ver Gráfico 23). A conjuntura de taxas de juro muito baixas está a incentivar a detenção das componentes mais líquidas do M3. Esta evolução também reflete entradas relacionadas com a venda, pelo setor detentor de moeda, de obrigações do setor público, obrigações com

Gráfico 22M3, M1 e crédito ao setor privado

(taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitos de sazonalidade e de calendário)

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

M3 M1 crédito ao setor privado

2016

Fonte: BCE.Nota: A última observação refere‑se a janeiro de 2016.

Gráfico 23M3 e suas componentes

(taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos percentuais; dados corrigi‑dos de efeitos de sazonalidade e de calendário)

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

M3 moeda em circulação depósitos overnight

instrumentos negociáveis outros depósitos de curto prazo

2016

Fonte: BCE.Nota: A última observação refere‑se a janeiro de 2016.

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29Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

ativos subjacentes e instrumentos de dívida titularizados, no contexto do programa de compra de ativos. Pelo contrário, os depósitos de curto prazo exceto depósitos overnight (ou seja, M2 menos M1) registaram nova contração, embora menor do que nos meses anteriores. A taxa de crescimento dos instrumentos negociáveis (ou seja, M3 menos M2), uma pequena componente do M3, foi negativa na viragem do ano, apesar da recuperação observada desde meados de 2014 nas ações/unidades de participação em fundos do mercado monetário.

As fontes internas de criação de moeda continuam a ser o principal impulsionador do crescimento do agregado monetário largo. Tal é explicado, em parte, pelas medidas de política monetária não convencionais do BCE. Na perspetiva das contrapartidas, as principais fontes de criação de moeda em janeiro de 2016 foram a compra de obrigações pelo Eurosistema, ao abrigo do programa de compra de ativos do setor público, sendo preteridas as responsabilidades financeiras a mais longo prazo. Uma percentagem significativa desses ativos foi comprada a outras IFM (excluindo o Eurosistema). A taxa de variação anual das responsabilidades financeiras a mais longo prazo das IFM (excluindo capital e reservas) permaneceu fortemente negativa, em ‑6.9% em janeiro de 2016, mantendo‑se globalmente inalterada face ao quarto trimestre de 2015. Tal reflete a pouca inclinação da curva de rendimentos, associada às medidas de política monetária não convencionais do BCE, que tem reduzido os incentivos dos investidores no sentido da detenção de ativos bancários de mais longo prazo. A atratividade das ORPA direcionadas como alternativa ao financiamento a mais longo prazo baseado no mercado é um dos fatores explicativos. Além disso, a criação de moeda continuou a ser suportada pelo crédito das IFM ao setor privado da área do euro. A posição ativa externa líquida do setor das IFM voltou a constituir um entrave ao crescimento anual do M3. Esta evolução reflete saídas de capital da área do euro e o reequilíbrio em curso das carteiras a favor de instrumentos fora da área do euro (mais especificamente,

Gráfico 24Empréstimos de IFM a SNF em países da área do euro selecionados(taxas de variação homólogas (%))

-20

-10

0

10

20

30

40

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

área do euro Alemanha França Itália Espanha

Países Baixos dispersão entre países

Fonte: BCE.Notas: Dados corrigidos da venda e titularização de empréstimos. A dispersão entre países é calculada como mínimo/máximo com base numa amostra fixa de 12 países da área do euro. A última observação refere‑se a janeiro de 2016.

Gráfico 25Empréstimos de IFM às famílias em países da área do euro selecionados(taxas de variação homólogas (%))

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

área do euro Alemanha França Itália Espanha

Países Baixos dispersão entre países

Fonte: BCE.Notas: Dados corrigidos da venda e titularização de empréstimos. A dispersão entre países é calculada como mínimo/máximo com base numa amostra fixa de 12 países da área do euro. A última observação refere‑se a janeiro de 2016.

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30Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

obrigações de dívida pública da área do euro vendidas por não residentes no âmbito do programa de compra de ativos do setor público).

A dinâmica dos empréstimos recuperou gradualmente, mas o crédito bancário ainda se mostrou fraco1. A taxa de crescimento anual dos empréstimos das IFM ao setor privado permaneceu globalmente estável no quarto trimestre de 2015 e em janeiro de 2016 (ver Gráfico 22). Embora a taxa de crescimento anual dos empréstimos às SNF tenha permanecido moderada (ver Gráfico 24), recuperou significativamente após o mínimo registado no primeiro trimestre de 2014. A melhoria registada é amplamente partilhada pelos maiores países, embora as taxas de crescimento dos empréstimos ainda tenham continuado negativas em algumas jurisdições. De igual forma, a taxa de crescimento anual dos empréstimos às famílias (corrigida de vendas e titularizações) recuperou ligeiramente no quarto trimestre de 2015 e em janeiro de 2016 (ver Gráfico 25). As reduções significativas das taxas ativas bancárias registadas em toda a área do euro desde o verão de 2014 (especialmente devido às medidas de política monetária não convencionais do BCE) e as melhorias na oferta e na procura de empréstimos bancários suportaram estes desenvolvimentos. Contudo, a consolidação em curso dos balanços dos bancos e níveis persistentemente elevados de crédito não produtivo em alguns países continuam a dificultar o crescimento dos empréstimos.

Alterações quer nos padrões de crédito quer na procura de empréstimos continuaram a promover o avanço do crescimento dos empréstimos. Em

janeiro de 2016, o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito da área do euro identificou o nível geral baixo das taxas de juro, necessidades de financiamento acrescidas para o investimento fixo e perspetivas no mercado da habitação como os principais impulsionadores da crescente procura de crédito (ver o inquérito, disponível em: https://www.ecb.europa.eu/stats/money/surveys/lend/html/index.en.html). Neste contexto, o programa de compra de ativos teve um impacto líquido de redução da restritividade dos critérios de concessão de empréstimos e, em particular, nos termos e condições de crédito. Os bancos também reportaram que a liquidez adicional resultante do programa de compra de ativos e as ORPA direcionadas foi usada para conceder empréstimos, e para

1 Em 21 de setembro de 2015, o BCE publicou novos dados sobre empréstimos corrigidos de vendas e titularizações, baseados num método de correção melhorado. Para mais pormenores, ver a caixa intitulada “New data on loans to the private sector adjusted for sales and securitisation”, Boletim Económico, Número 7, BCE, 2015.

Gráfico 26Custo compósito do financiamento por dívida dos bancos(custo compósito do financiamento através de depósitos e por dívida com base no mercado sem garantia; percentagens por ano)

0

1

2

3

4

5

6

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

área do euro Alemanha França

Itália Espanha

Fontes: BCE, Merrill Lynch Global Index e cálculos do BCE.Notas: O custo compósito dos depósitos é calculado como uma média das taxas de novas operações aplicadas aos depósitos pelo prazo overnight, depósitos com prazo acordado e depósitos reembolsáveis com pré‑aviso, ponderados pelos respetivos saldos. A última observação refere‑se a janeiro de 2016.

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31Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

substituir o financiamento de outras fontes. Apesar destas tendências positivas, a dinâmica do crédito manteve‑se fraca e continuou a refletir fatores como condições económicas moderadas e a consolidação dos balanços dos bancos. Além disso, em algumas partes da área do euro, critérios de concessão de crédito restritivos ainda pesam sobre a oferta de crédito.

Custos de financiamento dos bancos permaneceram próximo dos seus mínimos históricos apesar da reavaliação de obrigações que ocorreu no início de 2016. O custo compósito do financiamento dos bancos tem vindo a cair há alguns anos (ver Gráfico 26) no contexto do reembolso líquido de responsabilidades financeiras a mais longo prazo de IFM. Em geral, a orientação acomodatícia da política monetária do BCE, o reforço dos balanços dos bancos e a redução da fragmentação nos mercados financeiros suportaram a descida do custo compósito do financiamento dos bancos. Entretanto, no que respeita ao acesso a financiamento por parte dos bancos, o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito da área do euro de janeiro de 2016, mostra que, à exceção da titularização, não se registaram novas melhorias assinaláveis para os outros principais instrumentos de financiamento no quarto trimestre de 2015.

As taxas ativas bancárias para as SNF e famílias permaneceram globalmente estáveis em janeiro de 2016, mas desceram significativamente ao longo dos últimos quatro anos (ver Gráficos 27 e 28). Não obstante sinais recentes de estabilização, o custo compósito do financiamento das SNF e das famílias tiveram uma queda significativamente maior do que as taxas de referência do mercado desde junho de 2014. Esta evolução está igualmente relacionada com a redução da fragmentação nos mercados financeiros da área do euro e com a melhoria da transmissão das medidas de política monetária às taxas de juro ativas. Mais, a

Gráfico 27Indicador compósito do custo do financiamento para as SNF(percentagens por ano; médias móveis de 3 meses)

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.4

1.6

1.8

0

1

2

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5

6

7

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

área do euro AlemanhaFrança Itália Espanha Países Baixosdesvio padrão entre países (escala da direita)

Fonte: BCE.Notas: O indicador para o custo total do financiamento dos bancos é calculado através da agregação das taxas de curto e longo prazo utilizando uma média móvel de 24 meses dos volumes das novas operações. O desvio padrão entre países é calculado com base numa amostra fixa de 12 países da área do euro. A última observação refere-se a janeiro de 2016.

Gráfico 28Indicador compósito do custo dos empréstimos às famílias para aquisição de habitação(percentagens por ano; médias móveis de 3 meses)

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

0

1

2

3

4

5

6

7

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

área do euro AlemanhaFrança ItáliaEspanha Países Baixosdesvio padrão entre países (escala da direita)

Fonte: BCE.Notas: O indicador para o custo total do financiamento dos bancos é calculado através da agregação das taxas de curto e longo prazo utilizando uma média móvel de 24 meses dos volumes das novas operações. O desvio padrão entre países é calculado com base numa amostra fixa de 12 países da área do euro. A última observação refere-se a janeiro de 2016.

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32Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

redução do custo compósito do financiamento dos bancos suportou a queda das taxas ativas bancárias compósitas. Desde que foi anunciado pelo BCE o pacote de redução da restritividade do crédito em junho de 2014, os bancos têm vindo a transmitir as descidas dos seus custos de financiamento através de taxas ativas mais baixas. Entre maio de 2014 e janeiro de 2016, a taxa ativa bancária compósita para os empréstimos das SNF da área do euro caiu mais de 80 pontos base para 2.09%. Ao longo do mesmo período, a taxa ativa bancária compósita dos empréstimos às famílias para aquisição de habitação caiu mais de 60 pontos base, chegando a 2.23% em janeiro de 2016. Além disso, o diferencial entre as taxas de juro dos empréstimos muito pequenos (isto é, empréstimos até €0.25 milhões) e as taxas dos empréstimos elevados (isto é, acima de €1 milhão) na área do euro tem seguido uma trajetória descendente desde o início da redução da restritividade do crédito. De um modo geral, tal indica que as pequenas e médias empresas estão a beneficiar mais do que as grandes empresas da evolução recente das taxas de juro ativas.

O programa de compra de ativos e o referido pacote de redução da restritividade nos critérios de concessão de empréstimos contribuíram para uma queda significativa na dispersão entre países dos custos de financiamento das SNF (medida pelo desvio padrão). Os países vulneráveis da área do euro têm registado reduções particularmente fortes das taxas ativas bancárias. Contudo, apesar de algumas melhorias encorajadoras nas condições de oferta de crédito para o conjunto da área do euro, os critérios de concessão de crédito continuam a variar quer entre países quer entre setores.

O fluxo anual total do financiamento externo a SNF da área do euro, de acordo com as estimativas, deverá ter voltado a subir no quarto trimestre de 2015, após ter estabilizado nos dois trimestres anteriores. O financiamento externo das SNF situa‑se agora em níveis semelhantes aos observados no outono de 2011 (pico pós‑crise) e no final de 2004 (antes do início do período de crescimento excessivo do crédito). A recuperação no financiamento externo das SNF observada desde o início de 2014 tem sido suportada pelo fortalecimento da atividade económica, por novas quedas nos custos do crédito bancário, por menor restritividade nos critérios de concessão de crédito e pelo facto de o custo da dívida baseada em financiamento do mercado permanecer ainda muito baixo. Entretanto, as SNF voltaram a aumentar as suas detenções de moeda no quarto trimestre de 2015, atingindo um novo máximo histórico – uma evolução ligada a custos de oportunidade baixos e maior incerteza nos mercados financeiros.

Emissão líquida de títulos de dívida das SNF entrou em terreno negativo em janeiro de 2016. Esta contração deveu‑se provavelmente à elevada volatilidade no mercado e ao adiamento de emissões planeadas. Os resultados transitados registaram uma taxa de crescimento anual de dois dígitos no terceiro trimestre de 2015. É muito provável que o forte crescimento atualmente registado nos resultados transitados também tenha pesado sobre a emissão líquida nos últimos meses. Desde maio de 2015, a emissão de títulos de dívida tem sido consideravelmente mais fraca do que nos primeiros meses de 2015, quando foi impulsionada pelo anúncio e pela implementação do programa de compra de ativos. A emissão líquida de ações cotadas por SNF também se manteve moderada desde meados de 2015.

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33Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

O custo nominal total do financiamento externo das SNF da área do euro aumentou moderadamente desde dezembro de 2015, depois de ter atingido um mínimo histórico em novembro de 2015. Esta tendência reflete principalmente o custo mais elevado do financiamento sob a forma de ações resultante da queda no preço das ações relacionada com uma revisão em baixa das perspetivas para o crescimento económico mundial e para os lucros das empresas. Ao mesmo tempo, o custo da dívida baseada em financiamento do mercado registou apenas um ligeiro aumento.

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34Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

6 Evolução orçamental

O défice orçamental da área do euro deverá manter-se praticamente inalterado ao longo do horizonte de projeção, dado esperar-se que uma orientação da política orçamental ligeiramente expansionista compense o impacto de redução do défice provocado por uma melhoria das condições cíclicas e uma diminuição dos pagamentos de juros. Embora a atual orientação orçamental agregada da área do euro possa ser considerada como globalmente adequada, a orientação orçamental em diversos Estados-Membros suscita preocupações em termos de riscos de não cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Em particular, nos países com elevados níveis de dívida, são necessários esforços de consolidação adicionais para colocar o rácio da respetiva dívida pública numa trajetória descendente firme, aumentando assim a resistência a choques adversos.

O défice orçamental das administrações públicas da área do euro deverá manter-se praticamente inalterado ao longo do horizonte de projeção, interrompendo a tendência descendente iniciada em 2011. Com base nas projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE1, espera-se que o rácio do défice público para a área do euro se mantenha em 2.1% do PIB até 2017, antes de descer marginalmente 0.1 pontos percentuais em 2018 (ver Quadro 1). Em comparação com as projeções de dezembro de 2015, as perspetivas orçamentais deterioraram-se ligeiramente ao longo do horizonte de projeção, devido nomeadamente aos efeitos de repercussões após uma revisão em baixa do PIB nominal de 2015 e medidas de política orçamental ligeiramente mais expansionistas.

Espera-se que a orientação orçamental na área do euro2 seja ligeiramente expansionista ao longo do horizonte de projeção. O ligeiro abrandamento da orientação orçamental agregada poderá ser considerado globalmente

1 Ver as projeções macroeconómicas de março de 2016 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE (https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/ecbstaffprojections201603.pt.pdf).

2 A orientação orçamental é medida como uma variação do saldo estrutural, ou seja, o saldo corrigido do ciclo líquido de medidas temporárias como o apoio governamental ao setor financeiro.

Quadro 1Evolução orçamental na área do euro(percentagens do PIB)

2013 2014 2015 2016 2017 2018

a. Receita total 46.6 46.8 46.6 46.3 46.0 45.9

b. Despesa total 49.6 49.4 48.7 48.5 48.1 47.9

da qual:

c. Despesas com juros 2.8 2.7 2.4 2.2 2.1 2.1

d. Despesa primária (b-c) 46.8 46.7 46.3 46.2 46.0 45.8

Saldo orçamental (a -b) -3.0 -2.6 -2.1 -2.1 -2.1 -2.0

Saldo orçamental primário (a-d) -0.2 0.1 0.3 0.1 0.0 0.1

Saldo orçamental corrigido do ciclo -2.3 -1.9 -1.8 -2.1 -2.2 -2.1

Saldo estrutural -2.2 -1.8 -1.7 -2.1 -2.2 -2.1

Dívida bruta 91.1 92.1 91.1 90.8 90.0 89.2

Por memória: PIB real (variações em percentagem) -0.2 0.9 1.5 1.4 1.7 1.8

Fontes: Eurostat, BCE e projeções macroeconómicas de março de 2016 elaboradas por especialistas do BCE.Notas: Os dados referem-se ao setor das administrações públicas agregado da área do euro. Os valores podem não corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos.

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35Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

apropriado à luz da recuperação ainda frágil. O abrandamento é em grande parte o resultado de cortes discricionários nos impostos, bem como de aumentos da despesa pública relacionados com o afluxo de refugiados, projetando‑se que isso compense totalmente o contributo favorável da componente cíclica e o impacto positivo de menores pagamentos de juros sobre o défice nominal. Prevê‑se que o abrandamento da orientação orçamental seja particularmente significativo na Alemanha, na Itália e nos Países Baixos, enquanto se esperam novos esforços de consolidação na Irlanda e em Chipre.

A dívida pública da área do euro deverá descer apenas gradualmente do seu nível elevado. De acordo com as projeções, o rácio da dívida em relação ao PIB da área do euro deverá descer lentamente do seu pico de 92.1% do PIB em 2014, atingindo 89.2% do PIB no final de 2018. A redução projetada da dívida pública, que é inferior à esperada nas projeções de dezembro de 2015, é apoiada por uma evolução favorável do diferencial de crescimento das taxas de juro, à luz da recuperação económica projetada e do pressuposto de baixas taxas de juro. Além disso, excedentes primários reduzidos e ajustamentos défice‑dívida negativos, refletindo, nomeadamente, receitas de privatização, também contribuirão para melhores perspetivas para a dívida. Contudo, espera‑se que em alguns países o rácio da dívida em relação ao PIB aumente ao longo do horizonte de projeção. Até 2018, a grande maioria dos países da área do euro continuará a registar um rácio da dívida em relação ao PIB bem acima do valor de referência de 60%.

São necessários novos esforços de consolidação para colocar o rácio da dívida pública numa trajetória descendente firme. Os países com elevados níveis de dívida são particularmente vulneráveis em caso de nova instabilidade no mercado financeiro, devido à ligação ainda forte entre a vertente orçamental e a financeira. Além disso, a sua capacidade para acomodar choques potencialmente adversos é bastante limitada. No seu mais recente Relatório de Sustentabilidade Orçamental de 20153, a Comissão Europeia identificou oito países da área do euro, nomeadamente Bélgica, Irlanda, Espanha, França, Itália, Portugal, Eslovénia e Finlândia, como estando expostos a elevados riscos para a sustentabilidade orçamental a médio prazo, devido principalmente aos seus altos níveis de dívida pública e/ou elevadas responsabilidades implícitas. O relatório mostra que a abordagem dos riscos identificados requer a implementação plena dos requisitos de ajustamento, como estipulado no PEC. Neste contexto, as conclusões do Conselho ECOFIN adotadas em 8 de março de 20164 sublinham a necessidade de os Estados‑Membros assegurarem posições orçamentais sustentáveis e aderirem às regras orçamentais da UE. Além disso, é aconselhável que os países utilizem os lucros inesperados resultantes do atual contexto de baixas taxas de juro para constituir reservas de capital e resistir a futuros choques.

Com vista a um contributo mais eficaz e duradouro para o crescimento económico a médio prazo, os países deverão direcionar as suas iniciativas de política no sentido de despesas de investimento público adequadas, sem

3 Ver Fiscal Sustainability Report de 2015, Comissão Europeia (http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/eeip/pdf/ip018_en.pdf).

4 Ver http://www.consilium.europa.eu/press‑releases‑pdf/2016/3/40802209647_en_635930313600000000.pdf

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36Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

esquecer a margem orçamental disponível. Embora a quantificação dos efeitos macroeconómicos seja suscetível a elevada incerteza, pode‑se esperar que o investimento público tenha efeitos positivos do lado da procura e aumente o produto potencial das economias através de um crescimento das existências de capital público (ver também o artigo sobre investimento público da Europa, no presente número do Boletim Económico).

Embora a atual orientação orçamental agregada da área do euro possa ser considerada adequada, oculta grandes diferenças entre os Estados‑Membros individuais, com crescentes riscos de não cumprimento do PEC em alguns países sem margem orçamental. Os governos necessitam de equilibrar a orientação da sua política orçamental, reduzindo os elevados níveis da dívida sem afetar a recuperação, ao mesmo tempo que cumprem em pleno os requisitos do PEC. Os países com margem orçamental – como a Alemanha, que tem de acomodar o considerável impacto orçamental devido ao afluxo de refugiados – são convidados a utilizá‑la. Por seu lado, os países sem margem orçamental devem continuar a implementar as medidas necessárias para assegurar o cumprimento na íntegra do PEC, fazendo assim face aos riscos de sustentabilidade da dívida e aumentando a resiliência a futuros choques. Na sua declaração de 7 de março de 20165 o Eurogrupo reiterou que havia riscos crescentes de que os orçamentos para 2016 em alguns países não cumprissem as obrigações decorrentes do PEC e que o anterior dinamismo teria ainda que se refletir em iniciativas concretas. Em comparação com a revisão dos projetos de planos orçamentais realizada em novembro de 2015, o número de países avaliados como estando em risco de não cumprimento aumentou de novo. Para além dos quatro países da área do euro já identificados em novembro como estando em risco de não cumprimento (ou seja, Itália, Espanha, Áustria e Lituânia), o Eurogrupo considera agora haver também riscos de não cumprimento em Portugal, com base no seu novo projeto de plano orçamental, bem como na Bélgica e Eslovénia, após uma deterioração da avaliação do risco para ambos os países, em comparação com novembro. Além disso, para seis países (França, Países Baixos, Letónia, Malta, Finlândia e Irlanda) foram identificados pelo menos alguns riscos de desvio dos requisitos do PEC. Embora se espere que a França cumpra os seus objetivos globais para o défice em 2015 e 2016, verificam‑se substanciais reduções no esforço estrutural no período até ao prazo do procedimento relativo aos défices excessivos (PDE) de 2017, colocando em risco a correção atempada do défice excessivo. Nos Países Baixos, embora avaliados como cumpridores do padrão de referência para a despesa, o défice estrutural deverá deteriorar‑se consideravelmente ao longo do período 2015‑2016, resultando num desvio do objetivo de longo prazo (OMP) de 1.1 pontos percentuais6. No geral, é essencial que os instrumentos de alerta precoce e de correção introduzidos nos quadros orçamentais reforçados sejam implementados de modo exaustivo e coerente.

Em seguida é apresentada uma breve análise dos sete países da área do euro que foram avaliados como estando em risco de não cumprimento do

5 Ver http://www.consilium.europa.eu/press‑releases‑pdf/2016/3/40802209632_en_635929785000000000.pd

6 A Comissão avaliou os orçamentos de 2016 de quatro países como estando em plena conformidade com o PEC (Alemanha, Estónia, Luxemburgo e Eslováquia).

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37Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

PEC. A ênfase recai sobre a sua posição orçamental esperada, as ações de acompanhamento tomadas desde novembro de 2015 e, quando relevante, os compromissos assumidos em março na declaração do Eurogrupo no sentido de reduzir as insuficiências de consolidação.

Com início nos países sujeitos à vertente corretiva, o Eurogrupo reafirmou em março o seu pedido à Espanha para que implementasse medidas adicionais a fim de assegurar a correção do seu défice excessivo em 2016. Isso reflete a ausência de qualquer ação substancial desde novembro. De acordo com as previsões de inverno da Comissão, a Espanha não cumpriria os seus compromissos ao abrigo do PDE. Prevê‑se que em 2016 o objetivo global para o défice do procedimento relativo aos défices excessivos não seja alcançado por uma margem de 0.8% do PIB e estima‑se que o esforço estrutural tenha sido inferior ao esforço necessário por uma margem muito ampla ao longo do período de 2013‑2016 do PDE. Neste contexto, a Comissão emitiu uma recomendação autónoma em 9 de março de 2016, indicando que irá reavaliar na primavera, com base em dados validados pelo Eurostat a publicar em abril, se o PDE será reforçado.

Prevê‑se que Portugal não tenha corrigido o seu défice excessivo até ao prazo de 2015. De acordo com as previsões de inverno da Comissão, o défice global deverá ter atingido 4.2% do PIB em 2015, incluindo custos orçamentais consideráveis relacionados com a resolução de um banco. Devido às substanciais insuficiências dos esforços estruturais, não se verificam sinais de medidas eficazes, o que seria o requisito prévio para o prolongamento do prazo do PDE, sem reforçar o procedimento. A Comissão irá reavaliar a situação relativa ao PDE na primavera, com base nos resultados orçamentais para 2015 validados pelo Eurostat. Além disso, a Comissão, no seu parecer de 5 de fevereiro de 2016 avaliou o projeto de plano orçamental para 2016, que as autoridades portuguesas apresentaram em janeiro e retificaram em 5 de fevereiro, como estando em risco de não cumprimento do PEC. Nas suas declarações de 11 de fevereiro e 7 de março, o Eurogrupo solicitou às autoridades portuguesas que preparassem medidas adicionais a implementar se necessário, a fim de assegurar que o orçamento para 2016 esteja em conformidade com o PEC.

Quanto aos países ao abrigo da vertente preventiva, as previsões da primavera da Comissão para a Itália apontam para um desvio de 0.8 pontos percentuais do PIB em 2016, face à trajetória de ajustamento necessária no sentido do OMP. Este desvio é superior ao projetado no outono de 2015, refletindo despesas adicionais na Lei da Estabilidade de 2016, que aumentaram o objetivo do défice em 0.2 pontos percentuais para 2.4% do PIB. Com base em informação atualmente disponível, haveria o risco de um desvio significativo dos requisitos ao abrigo da vertente preventiva em 2016, mesmo se fosse concedida à Itália flexibilidade adicional na primavera. Projeta‑se também que a Itália não respeite a norma da dívida em 2015 e 2016. Neste contexto, o Eurogrupo repetiu o seu pedido de implementação das medidas necessárias para assegurar que o orçamento para 2016 cumpra as regras do PEC. Em 9 de março, a Comissão transmitiu às autoridades italianas as suas preocupações e indicou que avaliaria na primavera a necessidade de abrir um PDE com base na dívida.

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38Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Evolução económica e monetária

Prevê‑se que também a Bélgica não respeite a norma da dívida em 2015 e 2016, com base nas previsões de inverno da Comissão. Neste contexto, o Eurogrupo, na sua declaração de março, instou as autoridades a adotar as medidas estruturais necessárias para assegurar o cumprimento na íntegra do PEC, que a Comissão reiterou na sua carta de 9 de março dirigida às autoridades belgas. A Comissão avaliará na primavera se há necessidade de abrir um PDE com base na dívida.

Os outros três países ao abrigo do braço preventivo, avaliados pelo Eurogrupo em março como estando em risco de não cumprimento do PEC, são a Eslovénia, a Áustria e a Lituânia. Quanto à Eslovénia, com base nas previsões de inverno da Comissão, projeta‑se que o défice excessivo tenha sido corrigido de forma sustentável até ao prazo de 2015, mas que o esforço estrutural projetado para 2016 não atinja os requisitos da vertente preventiva. No que se refere à Áustria, projeta‑se que o saldo estrutural se desvie mais de 0.5% do PIB face ao OMP em 2016, embora esse desvio possa ser avaliado como não significativo, após a contabilização dos custos relacionados com os refugiados. Prevê‑se que a Lituânia se desvie significativamente dos requisitos do padrão de referência para a despesa do braço preventivo.

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39Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 1

Caixa 1 O abrandamento do crescimento da produtividade do trabalho nos Estados Unidos – factos estilizados e implicações económicas

As perspetivas de crescimento de longo prazo da economia dos Estados Unidos são importantes numa perspetiva económica da área do euro, uma vez que os Estados Unidos são um importante motor da atividade mundial. O crescimento da produtividade do trabalho nos Estados Unidos – um dos principais fatores impulsionadores das perspetivas de crescimento de longo prazo – tem sido surpreendentemente fraco nos últimos anos. Esta evolução tem sido igualmente observada em muitas economias avançadas e de mercado emergentes1. É, por conseguinte, importante compreender as razões do recente abrandamento, a fim de avaliar as perspetivas de crescimento dos Estados Unidos e, por sua vez, da economia da área do euro.

Factos estilizados e possíveis explicações

Em termos históricos, o crescimento da produtividade do trabalho nos Estados Unidos (definido como o produto por hora trabalhada) no setor empresarial tem variado consideravelmente (ver Gráfico A). Às fortes taxas de crescimento (de 3.3%) no período de 1949 a 1973 seguiu ‑se um acentuado abrandamento (para 1.6%) nas duas décadas seguintes. A expansão das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) do período de 1996 a 2003 levou ao “milagre da produtividade”, altura em que o crescimento da produtividade do trabalho duplicou. Uma vez que já se havia obtido, em larga medida, os benefícios da expansão das TIC, o crescimento da produtividade registou um abrandamento para 1.9% nos anos pré ‑crise (2004 ‑2007). Embora a Grande Recessão tenha conduzido a uma recuperação cíclica em 2008 ‑ ‑2010, a este período seguiu ‑se um dececionante crescimento da produtividade do trabalho. Desde 2011, a produtividade do trabalho nos Estados Unidos tem

1 Ver The future of productivity, OCDE, 2015, e Productivity Brief 2015, The Conference Board, 2015.

Gráfico ADecomposição do crescimento da produtividade do trabalho(contributos em pontos percentuais para a variação média anual em percentagem)

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

4.0

1949-73 1974-95 1996-03 2004-07 2008-10 2011-14

produtividade do trabalho intensidade de capital

variação na qualidade do trabalho produtividade total dos fatores

Fonte: US Bureau of Labor Statistics.Nota: A produtividade do trabalho é definida como o produto por hora trabalhada.

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40Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 1

crescido, em média, apenas 0.5% por ano, face a uma taxa de crescimento de longo prazo de 2.5%.

A decomposição2 do crescimento da produtividade do trabalho nos Estados Unidos sugere que o abrandamento pode ser explicado, na sua maior parte, por uma descida do contributo da intensidade de capital e, em menor medida, por uma diminuição do crescimento da produtividade total dos fatores (PTF). O crescimento da PTF já registava um abrandamento antes da crise financeira mundial em 2008, em parte devido ao desvanecimento da anterior aceleração do crescimento da PTF induzido pelas TIC3, mas o abrandamento foi reforçado pela recessão que se seguiu. Pelo contrário, o contributo da intensidade de capital aumentou inicialmente durante a recessão, uma vez que a queda acentuada do total de horas trabalhadas conduziu a um forte aumento do montante de capital por hora, seguido de uma descida pronunciada para terreno negativo durante o período de 2011 a 2014. Nos últimos anos, o contributo da qualidade do trabalho, a terceira componente da produtividade do trabalho, aumentou face às últimas décadas, talvez devido ao facto de a recessão ter afetado em particular os trabalhadores pouco qualificados, aumentando, por conseguinte, a eficiência agregada dos trabalhadores que permaneceram empregados.

A intensidade de capital tem crescido ao ritmo mais fraco em mais de 60 anos, em grande parte devido à combinação de um forte abrandamento, e de uma subsequente recuperação fraca do investimento empresarial, e da recuperação cíclica das horas trabalhadas. A descida da taxa de acumulação de capital parece ser explicada, na sua maior parte, pelas perspetivas moderadas para a atividade económica e pela incerteza sobre se o crescimento regressará de forma sustentada aos níveis anteriores à recessão. Além disso, erros de medição (principalmente relativos aos deflatores das TIC) poderiam igualmente explicar, em parte, o fraco desempenho do investimento durante a recente expansão, conduzindo a subestimações do crescimento do PIB real e da produtividade do trabalho4.

2 De acordo com a contabilização neoclássica do crescimento, o crescimento da produtividade do trabalho pode ser decomposto em contributos de intensidade de capital, qualidade do trabalho e PTF. A intensidade de capital é definida como os serviços de capital resultantes do stock de ativos físicos e de ativos de propriedade intelectual, divididos por horas trabalhadas. A qualidade (ou composição) do trabalho mede o efeito de variações na composição da força de trabalho em termos de idade, educação e sexo sobre a eficiência das horas trabalhadas. O crescimento da PTF é medido como um resíduo de Solow e capta o aumento da eficiência (em particular, o aumento da eficiência e intensidade dos fatores de produção utilizados na produção), o que se deve a outros fatores, como novas tecnologias, processos de negócio mais eficientes e melhorias organizacionais.

3 Ver Fernald, J., Productivity and Potential Output before, during and after the Great Recession, Federal Reserve Bank of San Francisco, Working Paper Series, n.º 2012‑18, 2012.

4 Algumas das principais razões para potenciais erros de medição incluem uma mudança no investimento em computadores de bens produzidos internamente para bens importados, aliada a esforços menos eficazes para contabilizar o aumento da qualidade dos produtos importados, bem como o efeito de uma alteração na estratégia de fixação de preços relativa a unidades de microprocessadores por parte da Intel, o que conduziu a enviesamentos na matched model methodology (metodologia de modelo específico). Ver Byrne, D. e Pinto, E., The recent slowdown in high‑tech equipment price declines and some implications for business investment and labor productivity, FEDS Notes, 2015 e Hatzius, J. e Dawsey, K., Doing the Sums on Productivity Paradox 2.0. Goldman Sachs US Economics Analyst, n.º 15/30, 2015.

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41Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 1

O crescimento da PTF é determinado por diversos fatores. Estes incluem os recursos utilizados na inovação, a forma como a inovação é transmitida e comercializada no resto da economia, o dinamismo das empresas e do mercado de trabalho, o que rege a rapidez com que são adotadas novas inovações, durante quanto tempo sobrevivem empresas ineficientes e a rapidez com que o trabalho se desloca para a utilização mais produtiva, bem como possíveis afetações inadequadas dos recursos através de expansões excessivas dos ativos e do crédito.

O abrandamento do crescimento da PTF pode estar associado a uma redução do dinamismo empresarial, o que pode ter diminuído a velocidade e dimensão da transmissão da inovação à economia. Uma vez que as despesas em investigação e desenvolvimento e o número de pedidos de patentes mantiveram um bom ritmo

nos últimos anos, não é provável que uma diminuição dos recursos utilizados em inovação seja uma das principais explicações para o abrandamento do crescimento da PTF, o que é corroborado por um número crescente de avanços tecnológicos em áreas científicas como a robótica e a impressão 3D. Pelo contrário, embora a economia dos Estados Unidos seja conhecida pelo seu dinamismo – quer pela facilidade com que as empresas são criadas e encerradas, quer pela flexibilidade do mercado de trabalho – existe evidência de que este dinamismo tem vindo a diminuir nos últimos anos. Em particular, a taxa de criação de novas empresas diminuiu acentuadamente durante a última recessão, não tendo recuperado desde então (ver Gráfico B), o que pode estar associado, em parte, a condições de crédito mais restritivas para pequenas empresas e uma diminuição da apetência pelo risco. A taxa de colapsos e falências também registou uma diminuição. A descida das taxas de criação e destruição de empresas pode sinalizar a existência de entraves à deslocação dos recursos para a utilização mais produtiva.

Além disso, a acumulação excessiva de dívida por parte das famílias durante a expansão do mercado imobiliário antes da crise financeira pode ter afetado o crescimento da PTF durante a recuperação, devido a uma afetação inadequada dos recursos. A dívida das famílias foi excessiva nos Estados Unidos durante grande parte do período após 2003, tendo conduzido a um período prolongado de desalavancagem por parte das famílias5. Durante este período de dívida excessiva das famílias, o setor da habitação pode ter recebido recursos excessivos e baixado o crescimento da PTF.

5 Ver Albuquerque, B., Baumann, U. e Krustev, G., US household deleveraging following the Great Recession – a model‑based estimate of equilibrium debt, The B.E. Journal of Macroeconomics Vol. 15, n.º 1, 2014.

Gráfico BDinamismo económico medido pelas taxas de criação e destruição de empresas(percentagens do número médio de empresas no ano anterior e no ano corrente; média móvel de 4 anos)

2.4

2.6

2.8

3.0

3.2

3.4

3.6

1993 1996 1999 2002 2005 2008 2011 2014

criação de novas empresas destruição de empresas

Fonte: US Bureau of Labor Statistics.

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42Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 1

Implicações para o produto potencial e o crescimento dos salários

Embora os analistas tenham sucessivamente revisto em baixa as respetivas estimativas do crescimento da produtividade do trabalho com uma antecedência de 10 anos, as estimativas situam ‑se acima dos atuais níveis muito baixos, o que sugere uma ligeira recuperação. As previsões medianas de longo prazo para o crescimento do PIB real e da produtividade do trabalho pelo Inquérito a Analistas Profissionais têm sido revistas em baixa desde 2004, situando‑se as últimas estimativas em 2.3% e 1.4%, respetivamente (ver Gráfico C), face à taxa de crescimento de 0.5% da produtividade real do trabalho observada desde 2011, o que é consistente com a interpretação de que, embora alguns aspetos do abrandamento do crescimento da produtividade, como o dinamismo das empresas, possam vir a ser relativamente persistentes e recuperar de forma apenas gradual, espera ‑se que os fatores cíclicos desvaneçam mais rapidamente, particularmente em relação ao investimento em capital.

Em linha com o crescimento esperado da produtividade mais lento face às médias históricas, os salários reais podem também crescer ligeiramente mais lentamente do que no passado. No longo prazo, caso não existam alterações na parcela do trabalho, espera ‑se que os salários reais cresçam globalmente em linha com o crescimento da produtividade do trabalho6. Nos diversos setores empresariais dos Estados Unidos, é evidente uma correlação positiva entre a variação dos salários reais por empregado e o crescimento médio da produtividade do trabalho no período de 1999 a 2014 (ver Gráfico D), tendo os salários reais crescido na maioria dos setores a um ritmo mais lento ou semelhante ao da produtividade do trabalho. No período mais recente (2011 ‑2014), tanto os salários reais como a produtividade do trabalho registaram um crescimento moderado.

6 Ver igualmente Barro, L. e Faberman, J., Wage Growth, Inflation and the Labor Share, Chicago Fed Letter, n.º 349, 2015.

Gráfico DSalários reais e crescimento da produtividade entre setores(taxas de variação homólogas (%); média do período: 1999‑2014)

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

-2 -1 0 1 2 3 4 5 6Produtividade

Sal

ário

s

Fontes: US Bureau of Economic Analysis e cálculos do BCE.Notas: O gráfico cobre 16 setores, com base nas classificações NAICS. Os salários reais são calculados através de um deflator do valor acrescentado.

Gráfico CPrevisões medianas do crescimento da produtividade do trabalho e do PIB real com uma antecedência de 10 anos(taxas de variação homólogas (%))

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

1992 1995 1998 2001 2004 2007 2010 2013 2016

produtividade do trabalho PIB real

Fonte: Inquérito a Analistas Profissionais, Federal Reserve Bank of Philadelphia.

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43Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 2

Caixa 2 Tendências atuais dos preços do petróleo

Os preços do petróleo caíram 70% desde julho de 2014. Numa perspetiva a mais longo prazo, a descida dos preços do petróleo pode ser explicada por anteriores investimentos avultados e inovações tecnológicas que deram origem a um aumento da produção de petróleo, numa altura de enfraquecimento do crescimento. Os avanços tecnológicos desencadearam a revolução do óleo de xisto nos Estados Unidos e vários anos de elevados preços do petróleo, num contexto de forte

investimento nas economias de mercado emergentes, encorajaram investimentos em larga escala no petróleo. Devido a um considerável desfasamento entre o investimento e a produção, a oferta resultante entrou no mercado quando a procura de petróleo já não estava a crescer. Embora a oferta de óleo de xisto tenha começado a aumentar e o crescimento da procura mundial começado a abrandar já em 2010 (por exemplo, na China), as perturbações da oferta nos principais países produtores de petróleo (Líbia, Irão, Rússia e Iraque), relacionadas com as tensões geopolíticas, apoiaram os preços do petróleo durante alguns anos antes da queda abruta no verão de 2014. A decisão estratégica da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de não compensar a descida de preços com um corte na produção, tomada na reunião de novembro de 2014, deu origem a uma nova descida dos preços.

Embora a queda dos preços do petróleo desde 2014 tenha sido impulsionada por fatores quer do lado da procura quer do lado da oferta, os resultados baseados num modelo mostram que a descida inicial pode ser sobretudo explicada por aumentos da oferta. Mais recentemente, porém, a procura tem sido o fator dominante (ver Gráfico A). De acordo com os cálculos dos especialistas, cerca de 60% da descida em

2014 deveu ‑se a fatores relacionados com a oferta. Após uma recuperação nos dois primeiros trimestres de 2015, os preços do petróleo caíram de novo, tendo os fatores relacionados com a procura desempenhado um papel crescente. Isto é em larga medida um reflexo do abrandamento da procura agregada, embora as espetativas de menores preços relacionadas com o crescimento em mercados emergentes e a decisão da OPEP de não reduzir a oferta (o que é ilustrado pelo choque da procura por motivos de precaução) tenham também contribuído para a recente descida.

Gráfico ADesagregação dos preços do petróleo baseada num modelo(esquerda: contributos acumulados dos diferentes choques petrolíferos em pontos percentuais, julho de 2014 = 0; direita: preço nominal do petróleo em USD por barril)

30

40

50

60

70

80

90

100

110

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

20

T3 2014 T4 2014 T1 2015 T2 2015 T3 2015 T4 2015 T1 2016

oferta de petróleo procura agregada mundial procura de petróleo por motivos de precaução preço do petróleo

Fonte: Cálculos dos especialistas do BCE.Notas: A última observação refere ‑se a janeiro de 2016. As desagregações históricas foram normalizadas para começar no zero em julho de 2014, quando os preços do petróleo bruto Brent começaram a cair. Um contributo descendente indica que um “choque petrolífero” específico contribuiu para reduzir os preços do petróleo e vice-‑versa. O “choque de oferta de petróleo” capta alterações exógenas na produção de petróleo, o “choque da procura agregada mundial” capta alterações nos preços do petróleo que são endogenamente causadas pela evolução do crescimento económico mundial e o “choque da procura de petróleo por motivos de precaução” capta alterações nas expetativas relativas ao equilíbrio entre a procura e a oferta de petróleo no futuro, como se reflete nas existências de petróleo. A desagregação tem por base Kilian, L. e Murphy, D.P., “The role of inventories and speculative trading in the global market for crude oil”, Journal of Applied Econometrics, 29 (3), 2004, pp. 454 ‑78, utilizando dados sobre os preços do petróleo, a produção mundial de petróleo e uma aproximação para as existências mundiais de petróleo e a atividade económica mundial.

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44Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 2

A oferta da OPEP tem registado uma tendência ascendente desde meados de 2014, enquanto a procura de petróleo por parte de países não pertencentes à OCDE se manteve forte ao longo de 2015. A procura de petróleo nos países da OCDE diminuiu no final de 2015, devido principalmente às condições de um inverno ameno nos Estados Unidos e na Europa, bem como ao sentimento económico mais fraco nas grandes economias de mercado emergentes (ver Gráfico B).

Demorará algum tempo até que o atual excesso de oferta possa ser absorvido. O aparecimento do óleo de xisto dos Estados Unidos e, de forma mais generalizada, a exploração de petróleo não convencional constituem uma alteração estrutural do lado da oferta que pode resultar na manutenção de preços do petróleo baixos durante mais tempo. Um excesso de oferta de quase 1.4 milhões de barris por dia, em média, ao longo de 2014 ‑2015 levou as existências de petróleo bruto da OCDE a atingir máximos históricos (ver Gráfico C)1.

Espera ‑se no entanto que, com o tempo, ocorra um reequilíbrio. Um limite inferior teórico para os preços do petróleo está relacionado com o nível do custo marginal da produção de óleo de xisto nos Estados Unidos, estimado em cerca de USD 35 por barril em média2.

Contudo, vários tipos de produção de petróleo, como o óleo de xisto dos Estados Unidos, continuaram a crescer ao longo do último ano, embora os preços do petróleo se situassem abaixo dos respetivos custos marginais estimados. Com efeito, vários outros fatores desempenham um papel, para além destes custos marginais específicos da produção. Em primeiro lugar, os custos marginais

diferem acentuadamente, dependendo do tipo de petróleo e do campo petrolífero específico, pelo que estas médias são apenas um indicador aproximado do momento em que a produção poderia ser afetada. Em segundo lugar, é importante tomar em consideração a deflação de custos3 e a maior eficiência de produção,

1 A procura média mundial de petróleo em 2014‑15 rondou 93.6 milhões de barris por dia e a oferta média mundial de petróleo 95 milhões de barris por dia. O excesso de oferta ascendeu a cerca de 1.5% da procura mundial diária de petróleo.

2 Little, Arthur D., “Where now for oil?”, Viewpoint, 2015.3 A deflação de custos é uma descida generalizada do custo da produção de petróleo, que pode ter

origem, por exemplo, em ganhos de eficiência de produção ou menores custos dos serviços (como sejam, taxas de serviço reduzidas para os empreiteiros responsáveis pela perfuração de poços de petróleo ou para as atividades de apoio, como a prospeção, cimentação, revestimento e tratamento de poços).

Gráfico C

750

800

850

900

950

1,000

1,050

1,100

1,150

1,200

60

65

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85

90

95

100

1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014

global oil demand global oil supply OECD crude oil inventories

Gráfico BOferta e procura de petróleo a nível mundial

(milhões de barris por dia; variações homólogas)

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

T3 2014 T4 2014 T1 2015 T2 2015 T3 2015 T4 2015

oferta na OPEP oferta em países não pertencentes à OPEP

procura em países não pertencentes à OCDE

procura na OCDE

Fonte: Agência Internacional da Energia.

Gráfico CProcura, oferta e existências de petróleo

(esquerda: procura e oferta mundiais de petróleo em milhões de barris por dia – variável fluxo; direita: existências de petróleo bruto na OCDE em milhões de barris – variável stock)

750

800

850

900

950

1000

1050

1100

1150

1200

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90

95

100

1986 1990 1994 1998 2002 2006 2010 2014

procura mundial de petróleo oferta mundial de petróleo existências de petróleo bruto na OCDE

Fonte: Agência Internacional da Energia.Notas: Dados anuais; a última observação refere ‑se a 2015.

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45Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 2

ou seja, os custos marginais podem diminuir devido aos avanços em termos de produtividade. Contudo, existem já sinais de que o número de plataformas petrolíferas desceu nos Estados Unidos, indicando uma diminuição da oferta ao longo do tempo4.

A atual curva de futuros indica que os preços do petróleo deverão manter‑‑se num intervalo de USD 30 ‑45 por barril ao longo dos próximos dois anos. Relativamente a esta projeção, os riscos em sentido descendente para os preços do petróleo do lado da oferta estão relacionados com novos aumentos da produção mundial de petróleo, devido a um regresso mais forte do que o esperado do petróleo iraniano e à continuação da resistência da produção por parte de países não pertencentes à OPEP, em particular o óleo de xisto dos Estados Unidos. Do lado da procura, um abrandamento mais forte do que o esperado em economias emergentes poderá afetar negativamente a procura de petróleo. Os principais riscos em sentido ascendente são cortes mais fortes do que o esperado na produção de petróleo, devido a tensões geopolíticas e a maiores retrocessos em termos de oferta, se os preços do petróleo se mantiverem persistentemente baixos. A partir de 2017, embora prevaleçam ainda os principais riscos em sentido descendente, os riscos serão cada vez mais no sentido ascendente, visto que os elevados cortes em despesas de capital podem ter como resultado um estreitamento mais rápido do equilíbrio entre oferta e procura do que o atualmente refletido na curva de futuros, logo que a atividade económica mundial recupere.

4 Baker Hughes, 2016 (http://phx.corporate ‑ir.net/phoenix.zhtml?c=79687&p=irol ‑rigcountsoverview).

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46Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 3

Caixa 3 Condições de liquidez e operações de política monetária no período de 28 de outubro de 2015 a 26 de janeiro de 2016

A presente caixa descreve as operações de política monetária do BCE durante o sétimo e oitavo períodos de manutenção de reservas de 2015, que decorreram de 28 de outubro a 8 de dezembro de 2015 e de 9 de dezembro de 2015 a 26 de janeiro de 2016, respetivamente. Durante este período, as taxas de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) e da facilidade permanente de cedência de liquidez permaneceram inalteradas em 0.05% e 0.30%, respetivamente. Por seu lado, a taxa de juro da facilidade permanente de depósito foi reduzida em 10 pontos base, passando de ‑0.20% para ‑0.30%, a partir de 9 de dezembro de 20151. Em 16 de dezembro, foi liquidada a sexta operação de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) direcionada num montante de €18.3 mil milhões, face a €15.5 mil milhões na ORPA direcionada anterior realizada em setembro. Assim, o montante total colocado nas primeiras seis ORPA direcionadas ascendeu a €417.9 mil milhões2. Além disso, o Eurosistema continuou a comprar títulos de dívida do setor público, obrigações com ativos subjacentes e instrumentos de dívida titularizados, no contexto do seu programa de compra de ativos (asset purchase programme – APP), com um montante de aquisição direcionado de €60 mil milhões por mês. Em dezembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu alargar o horizonte do APP: pretende ‑se agora que as compras mensais decorreram até ao final de março de 2017 ou até que ocorra um ajustamento sustentado da trajetória de inflação no sentido do objetivo de taxas de inflação abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo. Além disso, o Conselho do BCE decidiu reinvestir, enquanto for necessário, os reembolsos de capital dos títulos adquiridos ao abrigo do APP3.

1 As OPR continuaram a ser realizadas sob a forma de procedimentos de leilão de taxa fixa com colocação total. O mesmo procedimento continuou a ser utilizado nas operações de refinanciamento de prazo alargado (ORPA) com prazo de 3 meses. A taxa de juro aplicada a cada ORPA foi fixada à média das taxas das OPR durante o prazo da ORPA correspondente. As ORPA direcionadas continuaram a ser conduzidas sob a forma de procedimentos de leilão de taxa fixa com taxa de juro igual à das OPR.

2 Para informações sobre os montantes colocados nas ORPA direcionadas, ver caixas sobre o mesmo assunto em números anteriores do Boletim Económico, bem como o sítio do BCE: www.ecb.europa.eu/mopo/implement/omo/html/index.en.html

3 Para informações pormenorizadas sobre o programa alargado de compra de ativos, consultar o sítio do BCE: www.ecb.europa.eu/mopo/implement/omt/html/index.en.html

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47Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 3

Necessidades de liquidez

No período em análise, as necessidades de liquidez diárias médias do sistema bancário, definidas como a soma de fatores autónomos e reservas mínimas, situavam ‑se em €706.5 mil milhões, correspondendo a um aumento de €60.1 mil milhões face ao período de análise anterior (ou seja, o quinto e sexto períodos de manutenção de reservas do ano). A maior necessidade de liquidez deve ‑se quase exclusivamente a um aumento dos fatores autónomos médios, os quais cresceram €59.9 mil milhões, situando ‑se em €593.3 mil milhões (ver quadro).

O aumento dos fatores autónomos médios deveu ‑se principalmente a acréscimos dos fatores de absorção de liquidez médios – notas em circulação, depósitos das administrações públicas e outros fatores autónomos. Outros fatores autónomos totalizaram em média €563 mil milhões, ou seja, mais €20.5 mil milhões do que no período em análise anterior, refletindo sobretudo um aumento nas contas de reavaliação trimestrais. As notas em circulação tiveram uma subida, em particular ao longo do período de férias de inverno, seguindo portanto o seu padrão sazonal habitual. As notas atingiram uma média de €1065.3 mil milhões, uma subida de €11.4 mil milhões face ao período em análise anterior. Além disso, os depósitos médios das administrações públicas também contribuíram para o aumento das necessidades de liquidez, com uma subida de €8.3 mil milhões, em média, para €87.6 mil milhões. O pequeno aumento dos depósitos das administrações públicas mostra que, enquanto alguns Tesouros estão preparados para aceitar taxas mais baixas no mercado, a maioria continua a ter poucas alternativas, quando colocam numerário no mercado. A nova redução da taxa da facilidade permanente de depósito para ‑0.30% aumento o custo para os Tesouros da colocação de depósitos junto do Eurosistema. Por outro lado, níveis mais elevados de liquidez excedentária tendem a trazer as taxas de mercado monetário para níveis ainda mais próximo da taxa da facilidade permanente de depósito.

Os fatores de cedência de liquidez desceram ao longo do período, num contexto de menores disponibilidades líquidas sobre o exterior e menores disponibilidades líquidas denominadas em euros. A descida das disponibilidades líquidas sobre o exterior de €11.4 mil milhões foi principalmente o resultado de um efeito de desvalorização de fim de trimestre entre o terceiro e o quarto trimestres de 2015. Esta desvalorização das disponibilidades líquidas sobre o exterior deveu‑‑se principalmente a uma descida do valor do ouro em dólares dos Estados Unidos, que foi apenas parcialmente compensada por uma depreciação do euro no quarto trimestre. Além disso, as disponibilidades líquidas denominadas em euros totalizaram em média €511.0 mil milhões, ou seja, menos €8.3 mil milhões do que no período em análise anterior. As disponibilidades líquidas denominadas em euros diminuíram em resultado de uma queda dos ativos financeiros detidos pelo Eurosistema para outros fins exceto política monetária, em conjunto com um pequeno aumento das responsabilidades detidas por instituições estrangeiras em bancos centrais nacionais. As instituições estrangeiras aumentaram as suas detenções, apesar do novo corte na taxa da facilidade permanente de depósito, o que aumenta o custo dos depósitos em bancos centrais nacionais. O aumento pode dever ‑se às menores oportunidades de alternativas atrativas no mercado.

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48Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 3

A volatilidade dos fatores autónomos permaneceu elevada durante o período em análise. Esta volatilidade refletiu essencialmente fortes flutuações nos depósitos das administrações públicas e a reavaliação trimestral das disponibilidades líquidas sobre o exterior e das disponibilidades líquidas denominadas em euros. A volatilidade manteve ‑se praticamente inalterada face ao período em análise anterior, embora o nível dos fatores autónomos tenha mantido a sua tendência ascendente.

O erro absoluto médio das previsões semanais dos fatores autónomos teve um aumento de €0.8 mil milhões para €7.2 mil milhões no período em análise e deveu ‑se sobretudo a erros de previsão relativamente aos depósitos das administrações públicas. Com níveis crescentes de liquidez excedentária, e na presença de taxas de curto prazo do mercado monetário cada vez mais negativas, tornou ‑se mais difícil prever as atividade de investimento dos Tesouros.

Liquidez cedida através de instrumentos de política monetária

O montante médio de liquidez cedida através de operações de mercado aberto – operações de leilão e compras a título definitivo – aumentou €176.5 mil milhões, situando ‑se em €1306.9 mil milhões (ver gráfico). Este aumento deveu ‑se exclusivamente às compras a título definitivo de política monetária, principalmente do programa de compra de ativos do setor público (public sector purchase programme – PSPP), enquanto as operações de leilão se mantiveram praticamente inalteradas ao longo do período em análise.

A liquidez média cedida através de operações de leilão diminuiu €0.9 mil milhões durante o período em análise, situando ‑se em €532.5 mil milhões. Um aumento da liquidez média cedida pelas ORPA direcionadas foi mais do que compensado por uma descida nas operações regulares. Mais especificamente, as OPR e as ORPA com prazo de três meses registaram uma descida de €2.2

mil milhões e €18.3 mil milhões, respetivamente. O montante em circulação de ORPA direcionadas teve um aumento de €19.6 mil milhões no período em análise, tendo o maior aumento ocorrido no oitavo período de manutenção, refletindo a colocação de ORPA direcionadas em dezembro de 2015.

A liquidez média cedida através de carteiras definitivas aumentou €177.4 mil milhões, situando‑‑se em €774.4 mil milhões, sobretudo em virtude do PSPP. A liquidez média cedida através do PSPP, do terceiro programa de compra de obrigações com ativos subjacentes e do programa de compra de instrumentos de dívida titularizados teve um aumento der €156.5 mil milhões, €25.2 mil milhões e €3.3 mil milhões, respetivamente. O reembolso de obrigações detidas ao abrigo do programa dos mercados de títulos de dívida e dos dois anteriores programas de compra de obrigações com ativos subjacentes ascendeu a €7.8 mil milhões.

GráficoEvolução dos instrumentos de política monetária e da liquidez excedentária (EUR mil milhões)

2014 2015 2016

0

200

400

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

27 Fev. 27 Ago. 27 Fev. 27 Ago. 27 Fev.

operações de leilão carteiras definitivas liquidez excedentária

Fonte: BCE.

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49Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 3

Liquidez excedentária

Em resultado do aumento de liquidez atrás descrito, a liquidez excedentária média registou um aumento de €116.4 mil milhões, situando ‑se em €600.3 mil milhões no período em análise (ver gráfico). A maior parte do aumento de liquidez foi registada no oitavo período de manutenção, quando a liquidez excedentária média cresceu €86.5 mil milhões, devido à continuação das compras e a fatores autónomos apenas ligeiramente mais elevados. No sétimo período de manutenção, a liquidez excedentária média teve um aumento menos acentuado,

QuadroSituação de liquidez no Eurosistema

28 de outubro de 2015 a 26 de janeiro de 2016

22 de julho a 27 de outubro de 2015

Oitavo período de manutenção

Sétimo período de manutenção

Passivo – necessidades de liquidez (médias; EUR mil milhões)

Fatores autónomos de liquidez 1 715.8 (+40.1) 1 675.7 1 720.1 (+9.3) 1 710.8 (+18.0)

Notas em circulação 1 065.3 (+11.4) 1 053.9 1 072.8 (+16.3) 1 056.5 (+4.1)

Depósitos das administrações públicas 87.6 (+8.3) 79.3 82.5 ( ‑11.1) 93.5 ( ‑1.6)

Outros fatores autónomos 563.0 (+20.5) 542.5 564.8 (+4.0) 560.8 (+15.6)

Instrumentos de política monetária

Contas correntes 527.9 (+81.0) 446.9 557.1 (+63.3) 493.8 (+28.5)

Reservas mínimas 113.2 (+0.2) 113.0 113.3 (+0.2) 113.1 ( ‑0.2)

Facilidade permanente de depósito 185.7 (+35.3) 150.4 196.6 (+23.5) 173.1 (+20.3)

Operações ocasionais de regularização de absorção de liquidez 0.0 (+0.0) 0.0 0.0 (+0.0) 0.0 (+0.0)

Ativo – cedência de liquidez (médias; EUR mil milhões)

Fatores autónomos de liquidez 1 122.9 ( ‑19.6) 1 142.5 1 123.7 (+1.9) 1 121.9 ( ‑13.9)

Disponibilidades líquidas sobre o exterior 611.9 ( ‑11.4) 623.2 611.6 ( ‑0.6) 612.2 ( ‑6.9)

Ativos líquidos denominados em euros 511.0 ( ‑8.3) 519.3 512.1 (+2.5) 509.7 ( ‑7.0)

Instrumentos de política monetária

Operações de mercado aberto 1 306.9 (+176.5) 1 130.4 1 350.3 (+94.2) 1 256.1 (+80.6)

Operações de leilão 532.5 ( ‑0.9) 533.4 538.5 (+13.1) 525.4 ( ‑6.9)

OPR 69.1 ( ‑2.2) 71.3 71.6 (+5.5) 66.1 ( ‑4.1)

ORPA com prazo de 3 meses 55.3 ( ‑18.3) ) 73.6 51.6 ( ‑8.0) 59.7 ( ‑9.5)

ORPA direcionadas 408.1 (+19.6) 388.5 415.3 (+15.7) 399.6 (+6.7)

Carteiras definitivas 774.4 (+177.4) 597.0 811.8 (+81.0) 730.7 (+87.6)

Primeiro programa de compra de obrigações com ativos subjacentes 20.6 ( ‑1.6) 22.2 20.5 ( ‑0.3) 20.8 ( ‑1.1)

Segundo programa de compra de obrigações com ativos subjacentes 9.8 ( ‑0.8) 10.5 9.6 ( ‑0.3) 9.9 ( ‑0.4)

Terceiro programa de compra de obrigações com ativos subjacentes 140.2 (+25.2) 114.9 144.4 (+9.2) 135.2 (+12.9)

Programa dos mercados de títulos de dívida 123.1 ( ‑5.4) 128.5 122.9 ( ‑0.5) 123.3 ( ‑3.8)

Programa de compra de instrumentos de dívida titularizados 15.2 (+3.3) 11.9 15.5 (+0.5) 15.0 (+1.8)

Programa de compra de títulos de dívida do setor público 465.5 (+156.5) 308.9 498.8 (+72.3) 426.5 (+78.3)

Facilidade permanente de cedência de liquidez 0.1 ( ‑0.2) 0.4 0.2 (+0.1) 0.1 ( ‑0.0)

Outras informações com base em liquidez (médias; EUR mil milhões)

Necessidades de liquidez agregadas 706.5 (+60.1) 646.5 710.1 (+7.7) 702.4 (+31.7)

Fatores autónomos* 593.3 (+59.9) 533.5 596.8 (+7.5) 589.3 (+31.8)

Liquidez excedentária 600.3 (+116.4) 483.9 640.2 (+86.5) 553.7 (+49.0)

Evolução das taxas de juro (percentagens)

OPR 0.05 (+0.00) 0.05 0.05 (+0.00) 0.05 (+0.00)

Facilidade permanente de cedência de liquidez 0.30 (+0.00) 0.30 0.30 (+0.00) 0.30 (+0.00)

Facilidade permanente de depósito ‑0.25 ( ‑0.05) ‑0.20 ‑0.30 ( ‑0.10) ‑0.20 (+0.00)

Média da EONIA ‑0.184 ( ‑0.055) ‑0.130 ‑0.227 ( ‑0.091) ‑0.135 (+0.003)

Fonte: BCE.* O valor global dos fatores autónomos inclui também os “elementos em fase de liquidação”.Nota: Uma vez que todos os valores no quadro foram arredondados, em alguns casos o valor indicado como a alteração relativa ao período anterior não representa a diferença entre os valores arredondados apresentados para os dois períodos (diferença de €0.1 mil milhões).

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50Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 3

crescendo €49.0 mil milhões. Este aumento relativamente pequeno deveu ‑se principalmente a uma subida dos fatores autónomos, que absorveu parcialmente o aumento do APP.

O aumento da liquidez excedentária refletiu ‑se principalmente em detenções médias em conta corrente mais elevadas, que aumentaram €81.0 mil milhões, situando ‑se em €527.9 mil milhões no período em análise. Este aumento foi menos pronunciado no sétimo período de manutenção, com uma média de €28.5 mil milhões, que compara com €63.3 mil milhões no oitavo período de manutenção. A utilização média da facilidade permanente de depósito também aumentou, embora em menor escala (€35.3 mil milhões), para €185.7 mil milhões.

Evolução das taxas de juro

No período em análise, as taxas do mercado monetário registaram uma nova descida, no contexto do corte da taxa da facilidade permanente de depósito para ‑0.30%. No mercado sem garantia, a taxa média da EONIA situou‑‑se em 0.184%, face a uma taxa média de ‑0.130% no período em análise anterior. Embora a EONIA se tenha mantido praticamente inalterada no sétimo período de manutenção, o corte da taxa da facilidade permanente de depósito de 0.10 pontos percentuais com efeitos a partir do oitavo período de manutenção, transmitiu ‑se numa razão de quase um para um à EONIA, que desceu 0.091 pontos percentuais. No contexto de continuação do aumento da liquidez excedentária, a transmissão para as taxas de mercado decorreu sem problemas. Além disso, as taxas de juro overnight com garantia desceram em linha com a taxa da facilidade permanente de depósito para níveis ainda mais próximo desta última taxa. As taxas médias das operações de reporte overnight no GC Pooling market4 diminuíram para ‑0.246% e 0.238% para os cabazes de ativos de garantia normalizados e alargados, respetivamente, registando descidas de 0.059 e 0.055 pontos percentuais face ao período anterior analisado.

4 O mercado GC Pooling permite que os acordos de reporte sejam transacionados na plataforma Eurex contra cabazes de ativos de garantia normalizados.

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51Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 4

Caixa 4 Fatores subjacentes à atividade comparativamente forte no setor dos serviços na área do euro

O setor dos serviços tem sido uma força impulsionadora subjacente à recuperação em curso na área do euro desde o primeiro trimestre de 2013, o que suscita questões relativamente aos fatores específicos subjacentes à atividade comparativamente forte no setor dos serviços. O setor dos serviços total (mercantis e não mercantis) representa cerca de três quartos do valor acrescentado total na área do euro1. O valor acrescentado total no setor dos serviços em termos de volume tem crescido a um ritmo constante desde o nível mínimo observado no primeiro trimestre de 2013, tendo registado máximos históricos (ver Gráfico A). Os serviços mercantis representaram quase 90% do crescimento total do valor acrescentado no setor dos serviços na área do euro desde o primeiro trimestre de 2013. Em 2015, pelo contrário, o valor acrescentado na indústria da área do euro (incluindo a construção) ainda se encontrava quase 10% abaixo do seu máximo registado no início de 2008 (ver Gráfico B). Analisando os maiores países da área do euro, surge um cenário semelhante, sendo as principais exceções o valor acrescentado total nos serviços comparativamente fraco em Itália, e os máximos históricos registados no valor acrescentado na indústria nos últimos trimestres na Alemanha.

1 Para uma descrição mais pormenorizada da evolução da área do euro entre setores, ver o artigo intitulado “Euro area sectoral activity since 2008”, Boletim Mensal, BCE, maio de 2014.

Gráfico AValor acrescentado total nos serviços na área do euro e nos quatro maiores países da área do euro(T1 2008=100; dados encadeados em volume corrigidos de efeitos de calendário e de sazonalidade)

70

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80

85

90

95

100

105

110

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

área do euro Alemanha França

Itália Espanha

Fonte: Eurostat.

Gráfico BValor acrescentado na indústria na área do euro e nos quatro maiores países da área do euro(T1 2008=100; dados encadeados em volume corrigidos de efeitos de calendário e de sazonalidade)

70

75

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95

100

105

110

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

área do euro Alemanha França

Itália Espanha

Fonte: Eurostat.

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52Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 4

O inquérito trimestral da Comissão Europeia às empresas do setor dos serviços na área do euro permite obter alguma informação sobre os fatores que estão a estimular ou a prejudicar a atividade dos serviços mercantis. O inquérito inclui a pergunta “Quais são os principais fatores que neste momento estão a limitar a sua atividade empresarial?”, e permite aos inquiridos escolher entre as seguintes respostas: “nenhuns”, “procura insuficiente”, “escassez de mão de obra”, “escassez de espaço e/ou equipamento”, “restrições financeiras” e “outros fatores”. É pedido aos inquiridos que selecionem todos os fatores que se apliquem à respetiva atividade. Os fatores são reportados em percentagem do número total de inquiridos.

Embora tenha aumentado, a procura continua a ser o principal fator que refreia a atividade empresarial reportado pelas empresas de serviços mercantis na área do euro, sendo também aparente uma

atenuação das tensões financeiras, face ao mesmo período do ano anterior. Na recuperação em curso, quase metade de todas as empresas de serviços reportam não ter observado quaisquer restrições à atividade empresarial, como sugerido pelo indicador sobre a inexistência de fatores que limitam a atividade empresarial, que se situou em 45% em janeiro de 2016 (ver Gráfico C). Ainda assim, tem aumentado de forma constante desde o quarto trimestre de 2012. Esta conclusão espelha a evolução da taxa de utilização da capacidade produtiva no setor dos serviços, que também registou um aumento constante desde o quarto trimestre de 2012. Em janeiro de 2016, o indicador de “procura insuficiente” foi reportado por um terço das empresas que responderam. Por conseguinte, a falta de procura continua a ser o impedimento mais importante à atividade dos

serviços mercantis, embora a sua importância tenha diminuído no último ano. As categorias “nenhuns” e “procura insuficiente” foram, de longe, as categorias mais frequentemente reportadas pelas empresas de serviços (como é habitual, verificando‑se igualmente nas empresas da indústria transformadora e da construção). A terceira resposta mais frequente em janeiro deste ano foi a categoria “outros fatores”, com 20%, reportada mais frequentemente do que na recessão de 2011‑2013. As empresas de serviços beneficiaram de uma melhoria das condições financeiras, uma vez que 12% dos serviços reportaram em janeiro que as “restrições financeiras” eram um fator limitativo da respetiva atividade empresarial, em comparação com 16% um ano antes. Esta melhoria de 4 pontos percentuais teve uma dimensão semelhante à melhoria registada no indicador de procura durante o mesmo período. Para completar o quadro, o fator

Gráfico CFatores que limitam a atividade dos serviços na área do euro(percentagens do número total de inquiridos)

0

20

40

60

80

100

120

140

2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015

nenhuns procura insuficiente escassez de mão de obra escassez de espaço e/ou equipamento restrições financeiras outros

Fonte: Comissão Europeia.Nota: O total é superior a 100%, uma vez que as empresas podem reportar mais de um fator limitativo da atividade.

Gráfico DIndicador de procura insuficiente de serviços na área do euro e nos quatro maiores países da área do euro(percentagens do número total de inquiridos)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015

área do euro Alemanha França

Itália Espanha

Fonte: Comissão Europeia.Nota: As últimas observações referem‑se ao primeiro trimestre de 2016.

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53Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 4

“escassez de mão de obra” foi mencionado por 10% das empresas de serviços, enquanto “escassez de espaço e/ou equipamento” apenas foi reportado por cerca de 2%.

Os limites à atividade no setor dos serviços para o conjunto da área do euro que foram reportados ocultam diferenças acentuadas ao nível dos países. Entre os quatro maiores países da área do euro, “procura insuficiente” está a desempenhar um papel muito limitado na Alemanha, mas um papel mais significativo nos outros três países, nos quais cerca de metade das empresas de serviços reportaram falta de procura (ver Gráfico D). “Restrições financeiras” foi outro fator que esteve relativamente ausente na Alemanha em janeiro deste ano, enquanto um quarto das empresas de serviços italianas reportaram que as condições financeiras continuavam a prejudicar a respetiva atividade empresarial (ver Gráfico E). A importância do fator “restrições financeiras” tem diminuído em Espanha desde janeiro de 2015, altura em que se situou num nível semelhante ao observado em Itália. Pelo contrário, “escassez de mão de obra” foi reportado como fator limitativo da atividade empresarial dos serviços por uma em cinco empresas de serviços alemãs, tendo este indicador permanecido baixo em Itália e Espanha (ver Gráfico F).

Existem igualmente diferenças assinaláveis no setor dos serviços a um nível mais desagregado. Em trimestres recentes, foi reportada uma ausência de fatores limitativos da atividade dos serviços por cerca de metade das empresas a operar em armazenagem e atividades auxiliares dos transportes, atividades imobiliárias e consultoria de programação informática e atividades relacionadas, o que sugere que estes setores dos serviços mercantis, em particular, estão a impulsionar a recuperação em curso. Um terço do crescimento do valor acrescentado total no setor dos serviços na área do euro observado desde o primeiro trimestre de 2013 adveio, de facto, do comércio, transportes, alojamento e restauração, tendo

Gráfico EIndicador de restrições financeiras para os serviços na área do euro e nos quatro maiores países da área do euro(percentagens do número total de inquiridos)

0

5

10

15

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25

30

35

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2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015

área do euro Alemanha França

Itália Espanha

Fonte: Comissão Europeia.

Gráfico FIndicador de escassez de mão de obra para os serviços na área do euro e nos quatro maiores países da área do euro(percentagens do número total de inquiridos)

0

5

10

15

20

25

2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015

área do euro Alemanha França

Itália Espanha

Fonte: Comissão Europeia.

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54Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 4

quase um quarto resultado de serviços profissionais, empresariais e de apoio (ver Gráfico G). Tanto as atividades imobiliárias como os serviços de tecnologias de informação e comunicação contribuíram com valores de dois dígitos para o crescimento do valor acrescentado total dos serviços na área do euro desde o primeiro trimestre de 2013. Em janeiro, as restrições financeiras foram reportadas como uma questão particularmente importante pelas empresas de telecomunicações (uma em cinco) e a escassez de mão de obra pelas empresas de atividades de emprego (40%, a percentagem mais elevada desde que existem registos (terceiro trimestre de 2003), sendo que as atividades de emprego se referem às atividades das empresas de seleção de pessoal e empresas de trabalho temporário, bem como outros fornecimentos de recursos humanos).

Em geral, a procura insuficiente continua a ser o fator mais importante a travar a atividade no setor dos serviços ao nível da área do euro,

embora outros fatores desempenhem um papel ao nível dos países e a nível subsetorial. Por exemplo, os fatores que limitam a atividade no setor dos serviços reportados frequentemente em termos comparativos pelas empresas dos serviços mercantis são as restrições financeiras em Itália e a escassez de mão de obra na Alemanha.

Gráfico GContributos para o crescimento do valor acrescentado total nos serviços na área do euro(crescimento trimestral em cadeia (%), contributos em pontos percentuais)

-2

-1.5

-1

-0.5

0

0.5

1

1.5

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

crescimento do valor acrescentado total nos serviços comércio, transportes, alojamento e restauração serviços profissionais, empresariais e de apoio atividades imobiliárias serviços de tecnologias de informação e comunicação atividades artísticas, de espetáculos e outros serviços atividades financeiras e de seguros serviços não mercantis

Fonte: Eurostat.

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55Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 5

Caixa 5 Impacto da descida dos preços do petróleo no excedente da balança corrente da área do euro

A presente caixa descreve o impacto da recente queda dos preços do petróleo nas balanças correntes da área do euro e dos diversos países da área do euro1. A descida dos preços do petróleo começou gradualmente em 2012, tendo acelerado acentuadamente no segundo semestre de 2014. Entre meados de 2014 e o final de 2015, os preços do petróleo diminuíram cerca de 55% em termos de dólares dos Estados Unidos e 45% em termos de euros. Visto que a área do euro é importadora líquida de petróleo, uma queda dos preços do petróleo traduz ‑se numa melhoria dos termos de troca. Além disso, dado que a procura de petróleo é relativamente inelástica face aos preços, uma descida dos preços do petróleo está tipicamente associada a melhorias da balança comercial petrolífera e da balança corrente da área do euro. O mesmo é aplicável aos vários países da área do euro, os quais são todos importadores líquidos de petróleo2. O efeito direto da queda dos preços do petróleo na balança corrente é, por norma, apenas parcialmente

compensado por efeitos indiretos, como uma procura mais elevada de importações não petrolíferas, em resultado de uma atividade económica interna mais forte e de uma menor exportação de bens e serviços da área do euro para países exportadores de petróleo.

A balança comercial petrolífera da área do euro registou uma melhoria de quase 1% do PIB desde meados de 2014, o que explica o aumento do excedente da balança corrente, de cerca de 2% para um valor ligeiramente superior a 3% do PIB (ver Gráfico A). A menor fatura petrolífera está, de um modo geral, em linha com o efeito mecânico de uma queda dos preços do petróleo da magnitude observada com volumes inalterados de importações líquidas. Entre as outras componentes da balança corrente, a balança de rendimentos combinada melhorou apenas ligeiramente durante o período, ao passo que a balança comercial excluindo o petróleo

1 Para informação sobre o impacto da descida dos preços do petróleo na inflação e na atividade económica, ver a caixa intitulada “The recent oil price decline and the euro area economic outlook”, Boletim Económico, Número 1, BCE, 2015.

2 Na presente caixa, a balança comercial petrolífera corresponde ao comércio líquido sob a Categoria 33 da Classificação ‑Tipo para o Comércio Internacional (CTCI), ou seja, “petróleo, produtos petrolíferos e materiais relacionados”. Alguns países com indústrias de refinaria de petróleo, como a Grécia e os Países Baixos, registaram simultaneamente volumes substanciais de importações e exportações brutas nesta categoria.

Gráfico ADesagregação da balança corrente da área do euro

(percentagens do PIB, médias de quatro trimestres, sem correção de sazonalidade)

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

2007 2009 2011 2013 2015

balança comercial petrolífera balança comercial não petrolífera

rendimentos balança corrente

Fontes: Eurostat e BCE.Notas: A decomposição das importações e exportações em componentes petrolíferas e não petrolíferas baseia ‑se nas estatísticas do comércio externo do Eurostat. O comércio não petrolífero inclui os serviços. A última observação refere ‑se ao quarto trimestre de 2015.

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56Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 5

se apresentou relativamente estável3. Em contraste, as melhorias da balança corrente registadas em anos anteriores, refletiram sobretudo melhorias na balança de comércio não petrolífero decorrentes do reequilíbrio externo na área do euro. De facto, numa perspetiva a mais longo prazo, a maior parte do ajustamento da balança corrente, de cerca de 4.5% do PIB desde 2008, é explicada pelos aumentos das exportações da área do euro, em resultado de uma procura mundial mais forte e ganhos de competitividade, assim como – nas fases iniciais – de uma redução das importações.

Ao longo do último ano, as importações não petrolíferas aumentaram e registaram um crescimento um pouco mais rápido do que as exportações não petrolíferas (ver Gráfico B). O valor das importações de bens e serviços da área do euro excluindo o petróleo foi impulsionado pela recuperação em curso da procura interna na área do euro.

A recente queda dos preços do petróleo também resultou em melhorias significativas da balança corrente em muitos dos países da área do euro (ver Gráfico C). Entre 2014 e 2015, os défices do comércio petrolífero diminuíram em todos os países da área do euro, num intervalo entre 1.4% do PIB (o caso de Chipre) e 0.1% do PIB (o caso da Lituânia). Para muitos países da área do euro,

3 A balança de rendimentos combinada inclui o rendimento primário (principalmente rendimentos líquidos do investimento) e o rendimento secundário (transferências líquidas).

Gráfico BDesagregação das importações e exportações da área do euro(percentagens do PIB, médias de quatro trimestres, sem correção de sazonalidade)

0

1

2

3

4

15

20

25

30

2007 2009 2011 2013 2015

exportações não petrolíferas exportações petrolíferas (escala da direita) importações não petrolíferas importações petrolíferas (escala da direita)

Fontes: Eurostat e BCE.Notas: A decomposição das importações e exportações em componentes petrolíferas e não petrolíferas baseia ‑se nas estatísticas do comércio externo do Eurostat. O comércio não petrolífero inclui os serviços. A última observação refere ‑se ao quarto trimestre de 2015.

Gráfico B

0

1

2

3

4

15

20

25

30

2007 2009 2011 2013 2015

non‑oil exportsoil exports (right‑hand scale)non‑oil importsoil imports (right‑hand scale)

Gráfico CDesagregação das variações na balança comercial de bens e na balança corrente entre 2014 e 2015 (em percentagens do PIB)

-3

-2

-1

0

1

2

3

CY IE GR BE EE SI DE FI LV FR EA PT AT IT LU ES NL SK LT

balança comercial petrolífera balança comercial de bens total

balança comercial de bens excluindo petróleo balança corrente

Fontes: Eurostat e BCE. Notas: A balança comercial de bens é extraída das estatísticas do comércio externo do Eurostat. Para os países da área do euro, a variação medida é entre a média de quatro trimestres até ao terceiro trimestre de 2015 e o valor anual para 2014. A última observação refere ‑se ao terceiro trimestre de 2015 para os países da área do euro e ao último trimestre de 2015 no que respeita à área do euro.

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57Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 5

a melhoria da balança comercial petrolífera líquida foi o fator mais importante subjacente à evolução da balança corrente em 2015. Designadamente, o aumento do excedente da balança corrente da Alemanha, ao longo deste período, é também predominantemente explicado pela diminuição do défice comercial petrolífero.

Resumindo, a recente descida dos preços do petróleo resultou num aumento, de quase 1% do PIB, do excedente da balança corrente da área do euro. A trajetória implícita nos mercados de futuros aponta atualmente para uma subida gradual dos preços do petróleo nos próximos anos4. Caso tal se concretize, as melhorias da balança corrente da área do euro associadas ao petróleo poderão ser parcialmente revertidas no médio prazo (ver Caixa 2).

4 Consultar as “Projeções macroeconómicas de março de 2016 para a área do euro elaboradas por especialistas do BCE” (disponíveis em: http://www.ecb.europa.eu/pub/projections/html/index.pt.html).

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58Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 6

Caixa 6 Preços do petróleo e preços no consumidor dos produtos energéticos na área do euro

O principal impacto negativo que os preços dos produtos energéticos têm atualmente sobre a inflação global medida pelo IHPC reflete sobretudo o efeito das variações nos preços do petróleo sobre o euro (ver Gráfico A). Porém, embora bastante próximos, não existe uma ligação direta rigorosa entre as oscilações do preço do petróleo bruto e os preços globais no consumidor dos produtos energéticos1. Em particular, o movimento paralelo varia em termos

de intensidade e calendário entre as principais componentes dos produtos energéticos. No contexto das recentes quedas acentuadas dos preços do petróleo, a presente caixa analisa alguns fatores pertinentes que podem influenciar os movimentos paralelos em termos do grau de automatismo, magnitude e calendário entre os preços do petróleo e os preços no consumidor dos produtos energéticos na área do euro. Uma vez que podem diferir entre as várias subcomponentes dos preços dos produtos energéticos, estes fatores são avaliados separadamente para combustíveis líquidos, gás e eletricidade.

As oscilações dos preços no consumidor de combustíveis líquidos refletem uma transmissão direta, completa e rápida dos preços do petróleo bruto. Esta transmissão pode ser tipicamente medida em algumas semanas2. No muito curto prazo, os custos e margens de refinação e distribuição tendem a amortecer ligeiramente as oscilações dos preços do petróleo bruto, mas evoluem de forma mais estável e independente em horizontes mais longos. Por exemplo, os custos e margens do petróleo, da

refinação e da distribuição aumentaram ligeiramente desde a segunda metade de 2015, mas estes movimentos foram contidos por oscilações muito amplas dos

1 Ver o Structural Issues Report de 2010, intitulado “Energy markets and the euro area macroeconomy” (também publicado como Documento de Trabalho Ocasional do BCE , n.º 113). Ver, em particular, a Secção 3.2, intitulada “Direct first‑round effects”.

2 Em toda a área do euro, em média, aproximadamente 75% são transmitidos no espaço de três semanas e mais de 90% em cinco semanas. Ver Meyler, A., “The pass through of oil prices into euro area consumer liquid fuel prices in an environment of high and volatile oil prices”, Energy Economics, Vol. 31, Edição 6, novembro de 2009, pp. 867‑881.

Gráfico APreços do petróleo e componentes dos produtos energéticos no IHPC (taxas de variação homólogas (%); contributos em pontos percentuais)

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016

IHPC dos produtos energéticoscombustíveis líquidos (transporte e aquecimento)gáseletricidadeoutros (combustíveis sólidos e energia térmica)preço do petróleo (escala da direita)

Fontes: Eurostat, Bloomberg, BIS e cálculos do BCE.Nota: As últimas observações referem‑se a fevereiro de 2016 (estimativa provisória para o IHPC; sem desagregação disponível).

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59Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 6

preços do petróleo bruto (ver Gráfico B). Os impostos indiretos representam uma percentagem significativa do preço final no consumidor dos combustíveis líquidos. Os impostos sobre o consumo são fixados em termos de cêntimos do euro por litro e não têm movimentos paralelos com os preços do petróleo. Os impostos sobre o valor acrescentado são cobrados em percentagem do preço, incluindo impostos sobre o consumo, oscilando assim em paralelo com os preços do petróleo bruto. Em suma, a descida dos preços no consumidor dos combustíveis líquidos na área do euro de aproximadamente 25% desde julho de 2014 reflete a transmissão mais ou menos completa da considerável descida (mais de 60%) dos preços do petróleo bruto em euros3.

Os preços no consumidor do gás são em larga medida influenciados pelos preços do gás por grosso, que não se movimentam necessariamente em paralelo com os preços do petróleo. Tradicionalmente, os preços do gás por grosso na Europa, em particular os preços do gás na fronteira, tinham uma ligação através de contratos de longo prazo com os preços do petróleo, com um desfasamento de aproximadamente três a seis meses. Contudo, à medida que os mercados à vista se desenvolviam na Europa, esta ligação tornou‑se menos prevalecente, implicando um potencial enfraquecimento da ligação ente a evolução dos preços no consumidor do gás e os preços do petróleo bruto. A percentagem de fixação dos preços do gás por grosso ligados ao petróleo decresceu de 80% para 30% entre 2005 e 20144. Apesar desta dissociação, os preços do gás por grosso caíram nos últimos anos, acompanhando os preços do petróleo bruto (ver Gráfico C). Porém, isso é mais um reflexo do saldo entre a oferta e a procura

de gás na Europa do que uma ligação automática com as oscilações dos preços do petróleo5.

A rede de gás e os respetivos custos e margens de distribuição, bem como os impostos, criam uma discrepância entre os preços do gás por grosso e no

3 A grande percentagem de impostos sobre o consumo implica que a elasticidade dos preços no consumidor no que se refere aos preços do petróleo (ou seja, a variação em percentagem dos preços no consumidor, em resposta a uma dada variação em percentagem no preço do petróleo) é relativamente baixa/elevada em níveis baixos/elevados dos preços do petróleo.

4 Ver Wholesale Gas Price Survey da International Gas Union – Edição de 2015. Ver também Quarterly Report on European Gas Markets da Comissão Europeia, Volume 8, Edição 3; 3.º trimestre de 2015.

5 Devido aos custos do transporte de gás (que requer instalações de liquefação e regaseificação), as oportunidades de arbitragem internacional (por exemplo, com gás dos Estados Unidos) são relativamente limitadas e apenas rentáveis quando os diferenciais de preços são bastante grandes.

Gráfico BDecomposição dos preços no consumidor da gasolina(cêntimos de euro/litro)

0

25

50

75

100

125

150

175

2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016

preço final no consumidor custos/margens de refinação e distribuição impostos sobre o consumo

IVApetróleo bruto Brent

Fontes: BIS, Bloomberg, Boletim Petrolífero da Comissão Europeia e cálculos do BCE.

Gráfico CPetróleo bruto, gás por grosso e preços no consumidor do gás(taxas de variação homólogas (%))

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

125

150

175

2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016

petróleo bruto preços do gás na fronteira

preços à vista do gásgás no IHPC (escala da direita)

Fontes: Eurostat, Bloomberg, BIS, Haver Analytics e cálculos do BCE.

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60Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 6

consumidor, como acontece com os preços dos combustíveis líquidos6. As oscilações dos preços do gás por grosso são geralmente transmitidas com um curto desfasamento de três a seis meses. O desfasamento da transmissão significa também que os custos e margens de distribuição tendem inicialmente a cair quando os preços por grosso sobem, e vice‑‑versa, mas invertem‑se posteriormente. Desde julho de 2014, os preços do gás por grosso na área do euro tiveram uma descida de 33% e os preços do gás no consumidor desceram aproximadamente 5%7.

Os preços no consumidor da eletricidade têm pouca ligação direta com a evolução dos preços do petróleo, refletindo as muitas formas diferentes de produção de eletricidade. Os principais métodos para gerar eletricidade na área do euro são a utilização de combustíveis fósseis, como gás ou carvão/lenhite; a exploração de fontes de energias renováveis, como a hídrica, solar ou eólica; e a cisão nuclear. O petróleo é raramente utilizado para gerar eletricidade; contudo,

devido à movimentação paralela do gás e do petróleo, tem havido alguma correlação com os preços da eletricidade, embora muito mais fraca e com um desfasamento mais longo do que no caso dos combustíveis líquidos ou do gás – ver Gráfico D. Além disso, isto observa‑se essencialmente em países onde o gás representa uma percentagem relativamente elevada da eletricidade gerada. Em toda a área do euro, em média, em 2014 (o último ano para o qual estão disponíveis dados do Eurostat), quase 40% do preço da eletricidade para os consumidores correspondia a custos de energia e de oferta, cerca de 25% a custos de rede e o restante – aproximadamente 33% – a impostos e contribuições. Desde julho de 2014, os preços no consumidor da eletricidade na área do euro aumentaram (aproximadamente 1%), mas desceram marginalmente em termos anuais no início de 2016.

Em termos gerais, a atual inflação negativa dos preços no consumidor dos produtos energéticos reflete o impacto das descidas dos preços do petróleo, principalmente através dos preços no consumidor dos combustíveis líquidos. Os preços no consumidor dos combustíveis líquidos (transporte e aquecimento) – que compreendem cerca de metade da componente energética – têm a ligação mais direta, mais forte e mais rápida com os preços do petróleo. Os preços no consumidor do gás e, em particular, da eletricidade tendem a ter uma ligação menos direta e mais fraca e a responder com um desfasamento mais longo. Com base nos

6 Em média, em 2014 e 2015, os preços do gás por grosso representaram aproximadamente 40% dos preços no consumidor do gás, os custos e margens de distribuição cerca de 33%, e os impostos e contribuições pouco mais de 25%, de acordo com os cálculos dos especialistas do BCE obtidos de dados do Eurostat e da Haver Analytics.

7 Os preços no consumidor do gás desceram em todos os países da área do euro, embora com algumas diferenças em termos de magnitude, refletindo em parte alterações regulamentares específicas nos países.

Gráfico DPreços do petróleo bruto e componentes dos preços no consumidor dos produtos energéticos(taxas de variação homólogas (%))

-80

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

-30

-20

-10

0

10

20

30

2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016

petróleo bruto (escala da direita)combustíveis líquidos

gáseletricidade

Fontes: Eurostat, Bloomberg, BIS e cálculos do BCE. Nota: As últimas observações referem‑se a fevereiro de 2016 (petróleo bruto) e janeiro de 2016 (componentes dos produtos energéticos no IHPC).

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61Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 6

preços do petróleo, do gás e da eletricidade, bem como nos futuros de mercado, os preço no consumidor dos produtos energéticos – não só dos combustíveis líquidos mas também do gás – deverão continuar a ter um impacto negativo sobre a inflação em 2016, enquanto os preços no consumidor da eletricidade se deverão manter moderados.

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62Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 7

Caixa 7 A relação entre a inflação medida pelo IHPC e a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e produtos alimentares

Embora a inflação medida pelo IHPC na área do euro tenha sido muito baixa ou mesmo negativa desde o final de 2014, a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares tem oscilado em níveis perto de 1% durante o mesmo período (ver Gráfico A). A presença de uma considerável diferença entre a inflação global e a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares já ocorreu no passado, embora se tenha observado mais frequentemente um padrão oposto (com a inflação global mais elevada). O facto de a inflação global ter vindo a registar valores inferiores à inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares desde 2014 renovou o interesse na relação entre as duas medidas de inflação e no papel desta última na análise económica da estratégia de política monetária do BCE.

Tipicamente, a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares e a inflação

global apresentam um elevado grau de co-movimento, sendo que a primeira apresenta um desfasamento em relação à última. O desfasamento pelo qual a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares se correlaciona mais estreitamente com a inflação global tem diminuído desde a crise financeira. Para ilustrar esta situação, o Gráfico B mostra que, após a crise, o co- -movimento com um desfasamento de 6 meses (linha vermelha) se tornou mais forte do que o co-movimento com um desfasamento de 12 meses (linha verde). O facto de a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares apresentar um desfasamento em relação à inflação global no curto prazo está sobretudo relacionado com diferenças na velocidade da transmissão dos choques de preços das matérias-primas para as várias componentes do IHPC. Por exemplo, um choque sobre os preços do petróleo é transmitido quase imediatamente à componente energética do IHPC e, por conseguinte, à inflação global medida pelo IHPC, mas existe um desfasamento da respetiva transmissão a outras componentes do IHPC, através de efeitos indiretos e, possivelmente, de segunda

Gráfico AInflação medida pelo IHPC da área do euro e inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares(taxas de variação homólogas (%))

-1

0

1

2

3

4

5

1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2013 2015

IHPCIHPC excluindo produtos energéticos e alimentares

Fonte: Eurostat.Nota: As últimas observações referem-se a fevereiro de 2016.

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63Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 7

ordem. O desfasamento mais curto com o qual ocorreu a correlação máxima nos últimos anos pode apontar para uma transmissão ligeiramente mais rápida, embora possa também captar simplesmente uma simultaneidade no momento e direção dos choques sobre os preços do petróleo e outros choques que afetem as componentes não energéticas do IHPC.

A inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares é um fraco indicador da evolução da inflação global em horizontes de curto prazo, podendo, contudo, ser mais informativa do que a própria inflação global no que se refere a tendências inflacionistas de médio prazo. Este desempenho mais fraco da inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares como indicador de curto prazo deve‑se ao facto de esta se encontrar desfasada face à inflação global. O quadro apresenta a raiz quadrada do erro quadrático médio (root mean squared error ‑ RMSE) para as previsões da inflação global com uma antecedência de 3, 6, 12 e 24 meses tanto para a inflação global como para a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares. Em horizontes

mais curtos, como 3 e 6 meses, a inflação global atual fornece previsões mais precisas do que a atual inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares, embora esta última tenha um melhor desempenho nas previsões da inflação global com uma antecedência de 12 e 24 meses. Tal é consistente com uma situação em que choques pontuais sobre o nível dos preços, resultantes de uma variação dos preços das matérias-primas, afetem a taxa da inflação global apenas durante os doze meses seguintes, e não ao longo de um horizonte mais alargado. A conclusão estatística de que a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares tem uma capacidade de previsão mais forte para as pressões inflacionistas a médio prazo resulta do facto de ter menos “ruído” do que a inflação global, como confirmado por todas as medidas de volatilidade apresentadas no quadro. Por conseguinte, a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares é útil numa análise para além dos choques de curto prazo.

A inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares não é uma medida “ideal” da inflação subjacente1. Não existe uma definição amplamente aceite da inflação subjacente, embora, na prática, qualquer medida desta natureza deveria captar as componentes mais persistentes da inflação e, assim, acompanhar as tendências de inflação. Contudo, o IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares pode, a qualquer altura, ser afetado por fatores temporários que não tenham quaisquer implicações para o médio prazo (por

1 Para uma análise mais pormenorizada deste tema, ver a caixa intitulada “Os subíndices do IHPC são medidas da inflação subjacente?”, Boletim Mensal, BCE, dezembro de 2013.

Gráfico BCorrelações e estrutura de desfasamentos entre a inflação global e a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares(coeficiente de correlação)

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

correlação máxima (independentemente do desfasamento)correlação contemporâneainflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares com desfasamento em relação à inflação global de 6 mesesinflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares com desfasamento em relação à inflação global de 12 meses

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.Nota: As correlações são calculadas ao longo de um período móvel de oito anos. Os resultados são qualitativamente semelhantes quando se analisa outros horizontes, como um período móvel de cinco anos.

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64Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 7

exemplo, efeitos indiretos de variações dos preços das matérias‑primas, variações dos preços administrados, impostos indiretos ou efeitos de calendário). Além disso, as próprias componentes dos produtos energéticos e alimentares excluídas podem apresentar uma dinâmica mais persistente, por exemplo, devido a tendências dos preços das matérias‑primas, como observado no início dos anos 2000. Esta dinâmica pode ter implicações para a inflação no médio prazo, pelo que deve ser captada por uma medida da inflação subjacente. O facto de os preços dos produtos alimentares e energéticos poderem ter uma componente persistente reflete‑se no facto de a inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares ser um indicador enviesado da inflação global no médio prazo, uma vez que a respetiva média de longo prazo se tem mantido abaixo da inflação global. Os preços dos produtos energéticos têm aumentado a uma taxa média anual ligeiramente abaixo de 4% desde 1999, provocando um desvio entre a inflação global média e a inflação média medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares.

O BCE formulou o respetivo objetivo de estabilidade dos preços em termos da inflação global principalmente devido à sua relevância na medição do poder de compra dos cidadãos. A preservação do poder de compra da moeda, medida pelo índice de preços mais representativo, incluindo os produtos energéticos e alimentares (que representam cerca de 30% do cabaz de consumo), é o que realmente importa para os consumidores. Além disso, qualquer medida de inflação que exclua algumas das rubricas no cabaz de consumo sofre de um certo grau de arbitrariedade, o que pode prejudicar a credibilidade do objetivo de política.

A orientação de médio prazo da política monetária do BCE garante que não é colocada uma ênfase indevida na evolução da inflação a curto prazo. O grau de controlo muito imperfeito que os bancos centrais podem exercer sobre qualquer medida da inflação no curto prazo é uma das principais razões pelas quais a estratégia de política monetária do BCE tem sido articulada em termos de estabilização da inflação no médio prazo. A orientação de médio prazo da política monetária torna possível proceder a uma análise para além de evoluções transitórias e incidir nas tendências de inflação subjacentes. Embora, em determinadas circunstâncias, o banco central possa prolongar a duração do horizonte de médio prazo durante o qual se compromete a colocar a inflação em linha com o seu objetivo, este horizonte não pode ser alargado de tal forma que os cidadãos já não consigam verificar devidamente se o objetivo do banco central foi atingido.

QuadroMédia, volatilidade e capacidade de previsão da inflação global, janeiro de 1999‑fevereiro de 2016

Média Volatilidade Capacidade de previsão da inflação global em vários horizontes

Taxa de inflação média

Desvio padrão

Coeficiente de variação

Variação absoluta média

RMSE 3 meses

RMSE 6 meses

RMSE 12 meses

RMSE 24 meses

Inflação global 1.79 0.95 0.53 0.18 0.50 0.75 1.18 1.36

Inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares 1.43 0.46 0.32 0.11 0.91 0.95 1.02 1.14

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.Notas: O coeficiente de variação é o desvio padrão dividido pela média. A variação absoluta média é a média do valor absoluto da primeira diferença mensal de cada medida de inflação. A raiz quadrada do erro quadrático médio (RMSE) é a raiz quadrada da média das diferenças quadráticas face à taxa de inflação global futura com uma antecedência de 3, 6, 12 e 24 meses. As estatísticas são calculadas com base em taxas de crescimento homólogas.

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65Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 7

Em consonância com estas considerações, todos os bancos centrais das principais economias industrializadas centram‑se na inflação global quando formulam os respetivos objetivos de estabilidade dos preços. Contudo, muitos bancos centrais, incluindo o BCE, acompanham um vasto conjunto de medidas de inflação subjacente, abstraindo‑se da volatilidade de curto prazo, a fim de determinar tendências inflacionistas. Além da inflação medida pelo IHPC excluindo produtos energéticos e alimentares, o BCE acompanha várias medidas de inflação com base em exclusões e com base em modelos, bem como a evolução das expetativas de inflação de longo prazo2.

2 Ver a caixa intitulada “Has underlying inflation reached a turning point?”, Boletim Mensal, BCE, julho de 2015 e o artigo intitulado “Inflation expectations in the euro area: a review of recent developments”, Boletim Mensal, BCE, fevereiro de 2011.

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66Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 8

Caixa 8 O procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos referente a 2016 e a implementação das recomendações específicas por país de 2015

O procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos (PDM) referente a 2016 corresponde à quinta vez que esta ferramenta de supervisão macroeconómica foi aplicada, desde a sua criação em novembro de 2011. Este procedimento tem por objetivo a prevenção do surgimento de desequilíbrios macroeconómicos prejudiciais em países da UE e a sua correção nos casos em que se revelem excessivos. No seguimento de uma primeira análise no outono com base num conjunto de indicadores, a Comissão Europeia realiza apreciações aprofundadas de países selecionados (como parte dos relatórios anuais por país), a fim de aferir a gravidade de eventuais desequilíbrios. Caso conclua que os desequilíbrios existem de facto, o Estado‑Membro em questão recebe recomendações de política do Conselho da União Europeia (com base em recomendações da Comissão), ao abrigo da vertente preventiva do procedimento. Porém, caso se considere que os desequilíbrios são excessivos, deverá ser iniciado o procedimento por desequilíbrio excessivo na sequência de uma recomendação da Comissão1. Ao abrigo desta vertente corretiva do procedimento, deverá ser apresentado um plano de medidas corretivas que explique de que modo se fará frente a estes desequilíbrios excessivos. Em caso de persistência em não apresentar um plano adequado ou em caso de incumprimento de um plano aprovado, o Conselho poderá impor sanções financeiras ao país da área do euro em questão.

Resultados da avaliação da Comissão Europeia relativa ao PDM referente a 2016

Em 8 de março, a Comissão Europeia identificou cinco países com desequilíbrios excessivos (Bulgária, França, Croácia, Itália e Portugal; ver Quadro A). Já no ano anterior estes cinco países haviam registado desequilíbrios excessivos. No caso da Alemanha, Irlanda, Espanha, Países Baixos, Eslovénia, Finlândia e Suécia, a Comissão identificou a existência de desequilíbrios. Para estes países, não é possível efetuar uma comparação direta face às avaliações da

1 Ver o considerando 22 do Regulamento (UE) n.º 1176/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de novembro de 2011, sobre prevenção e correção dos desequilíbrios macroeconómicos.

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67Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 8

Comissão para 2015, visto que três das categorias de avaliação utilizadas no ano transato se fundiram este ano2. Esta nova categoria abrange todos os desequilíbrios que não são graves o suficiente para serem considerados “excessivos”. Um outro novo desenvolvimento este ano prende‑se com a decisão da Comissão de conduzir um “acompanhamento específico” de todos os países nesta nova categoria.

Contudo, este processo de acompanhamento, que no ano transato se aplicou apenas a países com desequilíbrios mais graves, variará entre países dependendo da seriedade da situação. Além disso, a Comissão revogou os procedimentos aplicados à Bélgica, Hungria, Roménia e Reino Unido, após ter concluído que os desequilíbrios identificados no ano transato já não existiam. Concluiu‑se igualmente que não existem desequilíbrios na Estónia e na Áustria, economias que também tinham sido selecionadas como objeto de uma apreciação aprofundada. Posto isto, em termos globais, o número de países sem desequilíbrios aumentou desde 2015. Contudo, tal parece advir mais de uma maior ênfase nos países com desequilíbrios mais graves do que da adoção de medidas de política com êxito, visto que, no geral, a implementação de reformas foi bastante limitada (ver Quadro B).

Embora tenha identificado desequilíbrios excessivos em cinco países, a Comissão Europeia não propõe atualmente a ativação do procedimento por desequilíbrio excessivo (ou seja, a vertente corretiva do procedimento). Deste modo, decidiu, de novo, não recorrer plenamente a todas as medidas disponíveis.

2 Três categorias antigas (“desequilíbrios que exigem a adoção de medidas e acompanhamento”, “desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento” e “desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento específico”) fundiram‑se para dar origem à nova categoria “desequilíbrios”.

Quadro AConclusões da Comissão Europeia sobre o procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos referente a 2016

(1) Ausência de desequilíbrios

(2) Desequilíbrios (3) Desequilíbrios excessivos

(4) Desequilíbrios excessivos e aplicação da vertente corretiva

2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016

i) medidas de política

ii) medidas de política decisivas

iii) medidas de política decisivas e acompanhamen‑

to específico

graus variáveis de acompanhamento

específicoacompanhamento

específico

CZ BE* BE DE IE DE BG BG

DK CZ NL HU ES IE FR** FR

EE DK RO SI ES HR** HR**

LV EE* FI NL IT IT

LT LV SE SI PT PT**

LU LT UK FI

MT LU SE

AT HU*

PL MT

SK AT*

PL

RO*

SK

UK*

Fonte: Comissão Europeia.Notas: Em 2015, os países com desequilíbrios dividiam‑se em três categorias: i) desequilíbrios que exigem a adoção de medidas e acompanhamento; ii) desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento; e iii) desequilíbrios que exigem a adoção de medidas decisivas e acompanhamento específico. Em 2016, estas três categorias fundiram-se numa só. A Comissão Europeia tenciona agora conduzir um acompanhamento específico (em medidas variáveis) de todos os países com desequilíbrios e desequilíbrios excessivos como não tendo desequilíbrios. * Os países foram objeto de uma apreciação aprofundada em 2016. Os restantes países nesta coluna foram considerados, já na primeira fase do PDM – o Relatório sobre o Mecanismo de Alerta – como não tendo desequilíbrios. ** No caso da Croácia e de Portugal, a Comissão analisará especificamente se os respetivos Programas Nacionais de Reforma conterão medidas de política suficientemente ambiciosas. Só nesse caso a Comissão se absterá de acionar a vertente corretiva. O mesmo aconteceu no caso da França e da Croácia em 2015.

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68Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 8

Porém, foi pedido aos países com desequilíbrios excessivos que propusessem medidas de política ambiciosas nos respetivos Programas Nacionais de Reforma (que deverão ser submetidos até abril). No caso da Croácia e de Portugal, a Comissão indicou especificamente que escrutinará os respetivos programas e que, caso não contenham as medidas de política necessárias, considerará a abertura de um procedimento por desequilíbrio excessivo referente a cada um dos dois países em maio de 2016.

Com vista a assegurar a credibilidade e a eficácia do PDM, é crucial verificar a posteriori se as autoridades nacionais realmente implementam as reformas com as quais se comprometeram. Neste contexto, a Comissão realiza uma avaliação anual ao nível de cumprimento das recomendações específicas por país (REP) que lhes são dirigidas. No caso das REP de 2015, essa análise foi incorporada nos relatórios por país publicados pela Comissão em 26 de fevereiro de 2016.

Avaliação da implementação das recomendações específicas por país de 2015

Em termos globais, os Estados‑Membros da UE ainda não fizeram o suficiente para implementar reformas no seguimento das REP de 2015 (ver Quadro B). A Comissão considera que, na grande maioria das recomendações de reforma (mais de 90%), se observaram meramente “alguns” progressos ou estes foram “limitados”, enquanto apenas algumas foram implementadas de modo “substancial” ou “em pleno”. Este fraco ritmo de reformas contrasta significativamente com a constatação, no ano transato, de que um número crescente de países registava desequilíbrios excessivos. Não obstante a sua maior vulnerabilidade, os cinco países identificados no ano transato como tendo desequilíbrios excessivos não obtiveram, em média,

Quadro BAvaliação da implementação das recomendações específicas por país de 2015 realizada pela Comissão Europeia

BE BG CZ DK DE EE IE ES FR HR IT LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UKREP 1 Não

avaliada

REP 2 Plenamente executada

REP 3 Progressos substanciais

REP 4 Alguns progressos

REP 5 Progressos limitados

REP 6 Ausência deprogressos

Cat. PDM 2016 (1) (3) (1) (1) (2) (1) (2) (2) (3) (3) (3) (1) (1) (1) (1) (1) (2) (1) (1) (3) (1) (2) (1) (2) (2) (1)

Fonte: Comissão Europeia.Notas: “Ausência de progressos” significa que o Estado-Membro não anunciou nem adotou quaisquer medidas em resposta às REP. Esta categoria também se aplica nos casos em que um Estado-Membro encarregou um grupo de estudo de avaliar possíveis medidas. “Progressos limitados” significa que o Estado-Membro anunciou algumas medidas em resposta às REP, mas aparentam ser insuficientes e/ou a sua adoção/implementação está em risco. “Alguns progressos” significa que o Estado-Membro anunciou ou adotou medidas em resposta às REP. Estas medidas aparentam ser promissoras, mas nem todas foram implementadas, e a sua execução não está garantida em todos os casos. “Progressos substanciais” significa que o Estado-Membro adotou medidas, a maioria das quais já foi implementada, que contribuem substancialmente para a resposta às REP. “Plenamente executada” significa que o Estado-Membro adotou e aplicou medidas que dão resposta adequada às REP. “Não avaliada” aplica-se aos casos nos quais a REP 1 diz respeito na sua maior parte ou exclusivamente ao Pacto de Estabilidade e Crescimento, cujo cumprimento será avaliado pela Comissão Europeia na primavera de 2016.Para as classificações de categorias do PDM referentes a 2016, ver o Quadro A.

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69Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 8

taxas de implementação consideravelmente mais elevadas do que um Estado‑ ‑Membro da UE médio. Como referido anteriormente, tal suscita preocupações, visto que esses países se comprometeram com uma agenda de reformas ambiciosa em 2015, convencendo desta forma a Comissão a não aplicar o procedimento por desequilíbrio excessivo. Tal lança dúvidas sobre a fiabilidade de anúncios de reforma ex ante aquando da tomada de decisões sobre a aplicação ou não do procedimento por desequilíbrio excessivo.

De facto, os esforços de reforma deterioraram‑se mais ainda, não obstante um menor número de REP. No ano transato, a Comissão concluiu que a maior parte dos países tinham registado meramente “alguns” progressos ou progressos “limitados” na implementação das REP de 2014. Este ano, o número de casos onde se observaram “progressos substanciais” ou nos quais as REP foram “plenamente executadas” foi ainda menor (4%, o que compara com 7% em 2014). Esta maior perda de dinamismo é ainda mais preocupante devido ao facto de a Comissão ter reduzido significativamente o número de REP (uma redução equivalente a um terço, de 157 em 2014 para 102 em 2015) por forma a permitir aos Estados‑Membros que se concentrem nas principais questões prioritárias de relevância macroeconómica e social.

De um modo geral, os Estados‑Membros implementaram menos recomendações relativas a políticas do mercado do produto do que às do mercado de trabalho em termos proporcionais. Segundo a avaliação da Comissão, observou‑se uma “ausência de progressos” ou os progressos foram “limitados”, sendo que aproximadamente 70% de REP apelavam a reformas nos mercados do produto. A taxa de implementação das reformas nos mercados de trabalho é substancialmente melhor, com cerca de 50% das REP a enquadrarem‑‑se nessa categoria. Os exemplos de REP relacionadas com mercados do produto incluem apelos aos Estados‑Membros para que: i) reduzam barreiras que impeçam a entrada de novas empresas nos setores que operam em rede (energético, transportes, comunicações, etc.), ii) fomentem a abertura de profissões reguladas, e iii) melhorem os respetivos quadros regulamentares para promover a concorrência e encorajar condições favoráveis às empresas em termos mais gerais. Melhorar todas estas áreas é essencial à consecução de um crescimento da produtividade mais robusto.

Também não se deu uma ênfase especial às políticas promotoras do investimento. As reformas com potencial para encorajar o crescimento do investimento na Europa abarcam um vasto conjunto de áreas de política. Para além de regulamentação específica de cada setor e da qualidade da regulação (na área das reformas relacionadas com os mercados do produto), o trabalho e a educação, a tributação, a investigação e a inovação, a administração pública, os quadros de insolvência e a conjuntura empresarial, em termos mais gerais, também desempenham papéis importantes. Dado a ênfase específica atribuída a esta questão pelos Estados‑Membros3, bem como o plano de investimento da Comissão orientado para a promoção do investimento, seria de esperar uma taxa

3 Em conformidade, por exemplo, com a primeira das Orientações Gerais para as Políticas Económicas aprovadas pelo Conselho em 18 e 19 de junho de 2015, que coloca a ênfase em “promover o investimento”.

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70Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Caixa 8

de implementação mais elevada destas reformas. De acordo com a Comissão, os Estados‑Membros realizaram meramente “alguns” progressos ou progressos “limitados” relativamente a quase todas as REP relacionadas com investimento.

A utilização plena e eficaz de todos os instrumentos disponíveis ao abrigo do PDM – incluindo a sua vertente corretiva – poderia ajudar a aumentar o dinamismo das reformas. O maior abrandamento na implementação de reformas contrasta substancialmente com a necessidade de fazer face às grandes vulnerabilidades ainda observadas em muitos países da área do euro e de aumentar a resiliência. O fraco historial dos países nesta matéria sugere que os compromissos de política assumidos pelos Estados‑Membros nos respetivos Programas Nacionais de Reforma e os sucessivos apelos à aplicação de medidas decisivas por parte da Comissão são mecanismos de execução insuficientes. As ferramentas disponíveis ao abrigo da vertente corretiva poderiam incrementar os esforços de reforma, aumentando assim a resiliência dos países e melhorando o funcionamento da UEM.

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E 1Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

Estatísticas

Índice

1 Conjuntura externa E 2

2 Evolução financeira E 3

3 Atividade económica E 8

4 Preços e custos E 14

5 Moeda e crédito E 18

6 Evolução orçamental E 23

Mais informações

As estatísticas do BCE estão disponíveis e podem ser descarregadas no serviço de divulgação de estatísticas online do BCE, o Statistical Data Warehouse (SDW): http://sdw.ecb.europa.eu/

Os dados da secção de estatísticas do Boletim Económico estão disponíveis no SDW: http://sdw.ecb.europa.eu/reports.do?node=1000004813

Um Boletim de Estatísticas (Statistics Bulletin) abrangente está disponível no SDW: http://sdw.ecb.europa.eu/reports.do?node=1000004045

Definições metodológicas podem ser consultadas nas Notas Gerais do Statistics Bulletin: http://sdw.ecb.europa.eu/reports.do?node=10000023

Pormenores sobre os cálculos podem ser consultados nas Notas Técnicas do Statistics Bulletin: http://sdw.ecb.europa.eu/reports.do?node=10000022

Explicações de termos, siglas e acrónimos podem ser consultadas no glossário de estatística do BCE: http://www.ecb.europa.eu/home/glossary/html/glossa.en.html

Sinais convencionais usados nos quadros

‑ dados inexistentes/dados não aplicáveis

. dados ainda não disponíveis

... nulo ou irrelevante

(p) provisório

c.s. corrigido de sazonalidade

n.c.s. não corrigido de sazonalidade

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E 2Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

1 Conjuntura externa

1.1 Principais parceiros comerciais, PIB e IPC

1.2 Principais parceiros comerciais, Índice de Gestores de Compras e comércio mundial

Inquéritos aos Gestores de Compras (índices de difusão; c.s.) Importações de mercadorias 1)Índice de Gestores de Compras compósito Índice de Gestores de Compras mundial 2)

Mundial2) Estados Unidos

Reino Unido

Japão China Por memória:

área do euro

Indústria trans‑formadora

Serviços Novas enco‑mendas de exportação

Mundiais Economias avançadas

Economias de mercado emergentes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 122013 53.4 54.8 56.8 52.6 51.5 49.7 52.2 52.7 50.6 3.1 ‑0.1 5.42014 54.2 57.3 57.9 50.9 51.1 52.7 53.1 54.1 51.5 3.2 3.6 2.82015 53.3 55.8 56.3 51.4 50.4 53.8 51.7 53.9 50.3 1.1 3.8 ‑0.92015 T1 53.9 56.9 57.3 50.4 51.5 53.3 53.0 54.3 50.6 ‑1.9 1.5 ‑4.2

T2 53.3 55.9 57.2 51.3 51.1 53.9 51.1 54.1 49.6 ‑0.9 ‑0.9 ‑0.9T3 53.0 55.4 55.1 51.9 49.0 53.9 50.2 54.0 48.8 1.8 1.1 2.4T4 52.7 55.0 55.4 52.3 49.9 54.1 51.3 53.2 50.5 0.7 0.3 1.0

2015 Set. 52.3 55.0 53.3 51.2 48.0 53.6 49.9 53.2 48.1 1.8 1.1 2.4Out. 52.7 55.0 55.3 52.3 49.9 53.9 51.2 53.3 50.9 1.8 2.3 1.4Nov. 53.3 56.1 55.7 52.3 50.5 54.2 51.8 53.8 50.7 0.1 1.1 ‑0.7Dez. 52.2 54.0 55.3 52.2 49.4 54.3 50.9 52.6 49.8 0.7 0.3 1.0

2016 Jan. 52.2 53.2 56.2 52.6 50.1 53.6 51.0 52.7 50.1 . . .Fev. 50.0 50.0 52.8 51.0 49.4 53.0 49.8 50.0 48.9 . . .

Fontes: Markit (colunas 1‑9); CPB Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis e cálculos do BCE (colunas 10‑12).1) As economias mundiais e avançadas excluem a área do euro. Os dados anuais e trimestrais correspondem a percentagens em cadeia; os dados mensais correspondem a

percentagens trimestrais em cadeia. Todos os dados são corrigidos de sazonalidade.2) Excluindo a área do euro.

PIB1)

(variações percentuais em cadeia)IPC

(taxas de variação homólogas (%))G20 Estados

UnidosReino Unido

Japão China Por memória:

área do euro

Países da OCDE Estados Unidos

Reino Unido

(IHPC)

Japão China Por memória:

área do euro 2) (IHPC)

Total excluindo produ‑tos alimentares e

energéticos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 132013 3.1 1.5 2.2 1.4 7.7 ‑0.3 1.6 1.6 1.5 2.6 0.4 2.6 1.42014 3.3 2.4 2.9 ‑0.1 7.3 0.9 1.7 1.8 1.6 1.5 2.7 2.0 0.42015 . 2.4 2.2 0.5 6.9 1.6 0.6 1.7 0.1 0.0 0.8 1.4 0.02015 T1 0.8 0.2 0.4 1.1 1.3 0.6 0.6 1.7 ‑0.1 0.1 2.3 1.2 ‑0.3

T2 0.8 1.0 0.6 ‑0.4 1.9 0.4 0.5 1.6 0.0 0.0 0.5 1.4 0.2T3 . 0.5 0.4 0.3 1.8 0.3 0.5 1.7 0.1 0.0 0.2 1.7 0.1T4 . 0.3 0.5 ‑0.3 1.6 0.3 0.7 1.8 0.5 0.1 0.3 1.5 0.2

2015 Set. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 0.4 1.8 0.0 ‑0.1 0.0 1.6 ‑0.1Out. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 0.6 1.8 0.2 ‑0.1 0.3 1.3 0.1Nov. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 0.7 1.8 0.5 0.1 0.3 1.5 0.1Dez. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 0.9 1.9 0.7 0.2 0.2 1.6 0.2

2016 Jan. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 1.2 1.9 1.4 0.3 0.0 1.8 0.3Fev.3) ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ . . . . . . ‑0.2

Fontes: Eurostat (colunas 3, 6, 10, 13); BIS (colunas 2, 4, 9, 11, 12); OCDE (colunas 1, 5, 7, 8).1) Dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos.2) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.3) O valor para a área do euro é uma estimativa baseada em dados nacionais provisórios, que geralmente abrangem cerca de 95% da área do euro, assim como em dados iniciais

sobre os preços dos produtos energéticos.

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E 3Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

2 Evolução financeira

2.1 Taxas de juro do mercado monetário(percentagens por ano; médias do período)

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro, ver as Notas Gerais.

Área do euro 1) Estados Unidos JapãoDepósitos

overnight(EONIA)

Depósitos a 1 mês

(EURIBOR)

Depósitos a 3 meses

(EURIBOR)

Depósitos a 6 meses

(EURIBOR)

Depósitos a 12 meses (EURIBOR)

Depósitos a 3 meses

(LIBOR)

Depósitos a 3 meses

(LIBOR)1 2 3 4 5 6 7

2013 0.09 0.13 0.22 0.34 0.54 0.27 0.152014 0.09 0.13 0.21 0.31 0.48 0.23 0.132015 ‑0.11 ‑0.07 ‑0.02 0.05 0.17 0.31 0.092015 Ago. ‑0.12 ‑0.09 ‑0.03 0.04 0.16 0.32 0.09

Set. ‑0.14 ‑0.11 ‑0.04 0.04 0.15 0.33 0.08Out. ‑0.14 ‑0.12 ‑0.05 0.02 0.13 0.32 0.08Nov. ‑0.13 ‑0.14 ‑0.09 ‑0.02 0.08 0.37 0.08Dez. ‑0.20 ‑0.19 ‑0.13 ‑0.04 0.06 0.53 0.08

2016 Jan. ‑0.24 ‑0.22 ‑0.15 ‑0.06 0.04 0.62 0.08Fev. ‑0.24 ‑0.25 ‑0.18 ‑0.12 ‑0.01 0.62 0.01

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro, ver as Notas Gerais.2) Cálculos do BCE com base em dados subjacentes fornecidos pelo EuroMTS e notações fornecidas pela Fitch Ratings.

2.2 Curvas de rendimentos(fim de período; taxas em percentagens por ano; diferenciais em pontos percentuais)

Taxas à vista Diferenciais Taxas instantâneas dos contratos a prazoÁrea do euro 1), 2) Área do

euro 1), 2)Estados Unidos

Reino Unido

Área do euro 1), 2)

3 meses 1 ano 2 anos 5 anos 10 anos 10 anos ‑ 1 ano

10 anos ‑ 1 ano

10 anos ‑ 1 ano

1 ano 2 anos 5 anos 10 anos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 122013 0.08 0.09 0.25 1.07 2.24 2.15 2.91 2.66 0.18 0.67 2.53 3.882014 ‑0.02 ‑0.09 ‑0.12 0.07 0.65 0.74 1.95 1.45 ‑0.15 ‑0.11 0.58 1.772015 ‑0.45 ‑0.40 ‑0.35 0.02 0.77 1.17 1.66 1.68 ‑0.35 ‑0.22 0.82 1.982015 Ago. ‑0.25 ‑0.27 ‑0.22 0.14 0.82 1.09 1.84 1.46 ‑0.25 ‑0.07 0.86 1.97

Set. ‑0.36 ‑0.27 ‑0.24 0.04 0.70 0.97 1.73 1.24 ‑0.22 ‑0.17 0.73 1.76Out. ‑0.35 ‑0.33 ‑0.31 ‑0.03 0.63 0.96 1.82 1.40 ‑0.32 ‑0.25 0.66 1.69Nov. ‑0.41 ‑0.40 ‑0.40 ‑0.13 0.58 0.98 1.73 1.34 ‑0.41 ‑0.36 0.58 1.77Dez. ‑0.45 ‑0.40 ‑0.35 0.02 0.77 1.17 1.66 1.68 ‑0.35 ‑0.22 0.82 1.98

2016 Jan. ‑0.45 ‑0.45 ‑0.47 ‑0.23 0.44 0.89 1.47 1.18 ‑0.47 ‑0.46 0.43 1.55Fev. ‑0.50 ‑0.51 ‑0.54 ‑0.36 0.22 0.73 1.14 1.01 ‑0.54 ‑0.56 0.18 1.23

2.3 Índices bolsistas(níveis dos índices em pontos; médias do período)

Índices Dow Jones EURO STOXX Estados Unidos Japão

De referência Índices dos principais setoresÍndice

alargado50 Matérias‑

‑primasServiços

de consumo

Bens de consumo

Petróleo e gás

Finan‑ceiros

Indus‑triais

Tecno‑logias

Serviços básicos

Teleco‑muni‑

cações

Cuida‑dos de saúde

Standard & Poor’s

500

Nikkei 225

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 142013 281.9 2 794.0 586.3 195.0 468.2 312.8 151.5 402.7 274.1 230.6 253.4 629.4 1 643.8 13 577.92014 318.7 3 145.3 644.3 216.6 510.6 335.5 180.0 452.9 310.8 279.2 306.7 668.1 1 931.4 15 460.42015 356.2 3 444.1 717.4 261.9 628.2 299.9 189.8 500.6 373.2 278.0 377.7 821.3 2 061.1 19 203.82015 Ago. 356.7 3 444.4 711.9 261.9 615.0 287.7 193.9 504.6 359.9 274.9 390.0 856.9 2 039.9 19 919.1

Set. 330.9 3 165.5 649.6 250.9 566.4 267.2 178.5 469.7 339.5 250.8 362.6 817.4 1 944.4 17 944.2Out. 342.2 3 275.5 658.6 261.3 598.9 290.0 183.4 478.7 360.4 263.5 362.3 823.9 2 024.8 18 374.1Nov. 358.2 3 439.6 703.0 269.0 640.1 297.3 187.0 507.4 394.1 270.3 385.3 850.1 2 080.6 19 581.8Dez. 346.0 3 288.6 652.5 262.8 630.2 278.1 180.2 494.9 391.7 263.6 363.3 811.0 2 054.1 19 202.6

2016 Jan. 320.8 3 030.5 589.3 250.1 584.0 252.6 161.6 463.6 379.6 254.3 345.1 769.6 1 918.6 17 302.3Fev. 304.3 2 862.6 559.2 245.9 569.1 250.5 144.0 449.9 352.5 245.7 332.8 732.6 1 904.4 16 347.0

Fonte: BCE.

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E 4Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

Depósitos Emprés‑timos reno‑

váveis e desco‑bertos

Crédito reno‑vado

de cartão

de crédito

Crédito ao consumo Emprés‑timos a em‑

presas indivi‑ duais

e socie‑dades irregu‑

lares

Crédito à habitaçãoOver‑ night

Reem‑bolsá‑

veis com pré‑

‑aviso até

3 meses

Com prazo acordado

Por fixação inicial de taxa

TAEG3) Por período de fixação inicial de taxa de juro

TAEG3) Indi‑cador

compó‑sito do

custo dos

emprés‑timos

Até 2

anos

Superior a

2 anos

Taxa variável

e até 1 ano

Supe‑rior a 1

ano

Taxa variável

e até 1 ano

Superior a 1 e

até 5 anos

Superior a 5 e

até 10 anos

Superior a

10 anos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 162015 Fev. 0.18 0.85 0.97 1.53 7.13 17.05 5.18 6.47 6.82 2.79 2.09 2.51 2.35 2.48 2.58 2.37

Mar. 0.17 0.83 0.89 1.24 7.13 17.05 5.16 6.17 6.50 2.72 2.10 2.45 2.24 2.39 2.53 2.29Abr. 0.16 0.79 0.87 1.19 7.03 17.01 4.89 6.13 6.42 2.66 2.01 2.38 2.17 2.36 2.49 2.23Maio 0.16 0.82 0.84 1.13 6.98 17.08 5.04 6.29 6.60 2.67 2.05 2.33 2.10 2.29 2.45 2.17Jun. 0.15 0.78 0.77 1.11 6.97 17.02 4.88 6.15 6.47 2.59 2.03 2.27 2.12 2.31 2.48 2.18Jul. 0.15 0.74 0.67 1.14 6.83 17.08 5.10 6.20 6.53 2.61 2.05 2.25 2.21 2.36 2.56 2.22Ago. 0.14 0.67 0.67 1.00 6.83 17.03 5.30 6.28 6.62 2.60 2.12 2.35 2.30 2.33 2.60 2.26Set. 0.14 0.67 0.67 1.08 6.85 17.06 5.21 6.18 6.55 2.68 2.07 2.36 2.29 2.38 2.61 2.25Out. 0.14 0.66 0.65 0.99 6.71 16.98 5.22 6.03 6.43 2.64 2.06 2.32 2.30 2.41 2.58 2.26Nov. 0.14 0.65 0.64 0.96 6.68 16.91 5.23 6.22 6.60 2.68 2.04 2.31 2.32 2.45 2.62 2.27Dez. 0.13 0.64 0.64 0.98 6.61 16.95 4.84 5.94 6.25 2.53 1.99 2.27 2.27 2.42 2.55 2.22

2016 Jan.(p) 0.12 0.62 0.63 1.25 6.65 16.87 5.31 6.30 6.65 2.53 1.98 2.23 2.30 2.41 2.52 2.23

2.4 Taxas de juro das IFM dos empréstimos e depósitos de famílias (novas operações) 1), 2)

(percentagens por ano; média do período, salvo indicação em contrário)

Depósitos Emprés‑timos

renová‑veis e

desco‑bertos

Outros empréstimos por dimensão e período de fixação inicial de taxa Indicador compó‑sito do

custo dos

emprés‑timos

Over‑ night

Com prazo acordado

de valor até 0.25 milhões de euros

de valor entre 0.25 milhões e 1 milhão de euros

de valor superior a 1 milhão de euros

Até 2 anos

Superior a 2 anos

Taxa variável

e até 3 meses

Superior a 3 me‑

ses e até 1 ano

Supe rior a 1 ano

Taxa variável

e até 3 meses

Superior a 3 me‑

ses e até 1 ano

Supe rior a 1 ano

Taxa variável

e até 3 meses

Superior a 3 me‑

ses e até 1 ano

Supe rior a 1 ano

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 142015 Fev. 0.21 0.35 1.04 3.43 3.60 3.72 3.13 2.23 2.71 2.39 1.51 1.99 2.14 2.36

Mar. 0.21 0.32 0.97 3.39 3.46 3.65 3.10 2.16 2.65 2.32 1.61 2.12 2.00 2.35Abr. 0.19 0.30 0.90 3.34 3.46 3.58 2.97 2.18 2.60 2.26 1.61 1.93 2.02 2.32Maio 0.18 0.30 0.91 3.28 3.37 3.50 2.97 2.15 2.46 2.23 1.56 1.85 2.04 2.25Jun. 0.18 0.31 1.09 3.25 3.19 3.47 2.87 2.09 2.33 2.23 1.59 1.91 2.03 2.24Jul. 0.17 0.32 0.86 3.19 3.27 3.60 2.87 2.07 2.36 2.20 1.50 1.73 2.04 2.17Ago. 0.17 0.24 0.92 3.16 3.25 3.57 2.91 2.07 2.32 2.23 1.39 1.53 2.03 2.13Set. 0.17 0.26 0.98 3.20 3.23 3.51 2.89 2.03 2.25 2.21 1.49 1.87 2.17 2.20Out. 0.16 0.26 0.80 3.09 3.18 3.42 2.89 2.04 2.28 2.20 1.43 1.69 2.02 2.14Nov. 0.16 0.23 0.84 3.05 3.14 3.39 2.88 2.02 2.16 2.20 1.37 1.62 1.98 2.09Dez. 0.14 0.23 0.85 3.01 3.07 3.18 2.77 2.01 2.13 2.17 1.43 1.77 1.92 2.06

2016 Jan.(p) 0.13 0.26 0.78 2.97 3.22 3.25 2.78 2.00 2.22 2.18 1.39 1.68 2.07 2.09

2.5 Taxas de juro das IFM dos empréstimos e depósitos de sociedades não financeiras (novas operações) 1), 2)

(percentagens por ano; média do período, salvo indicação em contrário)

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) De acordo com o SEC 2010, em dezembro de 2014 as sociedades gestoras de participações sociais de grupos não financeiros foram reclassificadas do setor das sociedades

não financeiras para o setor das sociedades financeiras.

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.3) Taxa anual de encargos efetiva global (TAEG).

2 Evolução financeira

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E 5Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

2.6 Títulos de dívida emitidos por residentes na área do euro, por setor do emitente e prazo inicial(EUR mil milhões; transações durante o mês e saldos em fim de período; valores nominais)

Saldos Emissões brutas 1)

Total IFM (incluindo

o Euro‑ sistema)

Sociedades do setor não monetário

Administrações públicas

Total IFM (inclu‑indo o Euro‑ siste‑

ma)

Sociedades do setor não monetário

Administrações públicas

Sociedades financeiras exceto

IFM

Sociedades não

financeiras

Adminis‑tração central

Outras adminis‑trações

públicas

Sociedades financeiras exceto

IFM

Socie‑dades

não finan‑ceiras

Adminis‑tração central

Outras adminis‑trações

públicasSo‑ciedades

de titulari‑zação

So‑ciedades

de titulari‑zação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Curto prazo

2013 1 253 483 122 . 67 529 53 508 314 30 . 44 99 212014 1 320 544 129 . 59 538 50 409 219 34 . 38 93 252015 1 260 521 135 . 61 478 65 334 151 36 . 32 82 342015 Ago. 1 341 558 130 . 79 515 59 291 132 28 . 22 79 29

Set. 1 327 545 127 . 75 520 59 345 162 31 . 29 93 30Out. 1 339 552 144 . 74 509 60 363 172 31 . 32 86 42Nov. 1 351 559 144 . 73 509 66 311 140 39 . 30 75 26Dez. 1 260 521 135 . 61 478 65 294 133 50 . 27 57 26

2016 Jan. 1 283 527 137 . 68 483 67 325 141 31 . 33 87 33

Longo prazo

2013 15 107 4 404 3 087 . 921 6 069 627 222 70 39 . 16 89 92014 15 127 4 047 3 158 . 994 6 285 643 221 66 43 . 16 85 102015 15 171 3 783 3 207 . 1 065 6 480 637 213 66 44 . 13 81 82015 Ago. 15 243 3 892 3 232 . 1 035 6 447 636 112 42 19 . 4 44 4

Set. 15 259 3 864 3 236 . 1 042 6 485 632 257 64 82 . 14 93 4Out. 15 331 3 859 3 290 . 1 048 6 498 636 232 78 44 . 12 89 10Nov. 15 376 3 869 3 277 . 1 061 6 525 644 196 67 34 . 16 67 11Dez. 15 171 3 783 3 207 . 1 065 6 480 637 153 49 60 . 16 23 4

2016 Jan. 15 140 3 749 3 186 . 1 052 6 520 634 202 75 21 . 6 93 8Fonte: BCE.1) Para efeitos de comparação, os dados anuais referem‑se ao valor mensal médio durante o ano.

2.7 Taxas de crescimento e saldos de títulos de dívida e ações cotadas(EUR mil milhões; variações em percentagem)

Fonte: BCE.

Títulos de dívida Ações cotadasTotal IFM

(incluindo o Eurosiste‑

ma

Sociedades do setor não monetário Administrações públicas Total IFM Sociedades financeiras exceto IFM

Sociedades não

financeirasSociedades financeiras

exceto IFMSociedades

não financeiras

Adminis‑tração central

Outras adminis‑trações

públicasSociedades

de titulari‑zação

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11Saldo

2013 16 360.7 4 886.5 3 209.1 . 987.4 6 598.1 679.6 5 649.0 569.1 747.3 4 332.72014 16 446.4 4 590.6 3 287.3 . 1 052.4 6 823.2 692.9 5 958.0 591.1 784.6 4 582.32015 16 430.8 4 303.8 3 341.6 . 1 126.1 6 957.8 701.5 6 720.7 586.1 891.5 5 243.12015 Ago. 16 584.4 4 450.1 3 362.1 . 1 114.3 6 962.5 695.3 6 576.6 630.6 848.4 5 097.6

Set. 16 585.9 4 409.6 3 363.2 . 1 116.9 7 004.9 691.3 6 273.7 582.5 804.8 4 886.4Out. 16 670.5 4 410.5 3 434.5 . 1 122.3 7 007.0 696.3 6 812.7 612.1 873.0 5 327.6Nov. 16 727.2 4 428.1 3 420.5 . 1 134.4 7 034.0 710.2 7 006.2 613.9 922.6 5 469.8Dez. 16 430.8 4 303.8 3 341.6 . 1 126.1 6 957.8 701.5 6 720.7 586.1 891.5 5 243.1

2016 Jan. 16 422.9 4 276.0 3 322.9 . 1 119.5 7 003.4 701.1 6 313.9 490.7 832.3 4 990.9

Taxa de crescimento

2013 ‑1.4 ‑8.9 ‑3.4 . 8.0 4.5 ‑1.1 0.7 7.2 ‑0.4 0.22014 ‑0.6 ‑7.8 0.4 . 5.1 3.1 1.2 1.4 7.2 1.0 0.72015 ‑0.2 ‑7.0 3.0 . 5.3 1.8 0.5 1.1 4.5 1.5 0.62015 Ago. ‑1.0 ‑7.3 0.4 . 4.1 1.9 ‑0.2 1.0 3.3 0.4 0.8

Set. ‑0.5 ‑7.5 2.1 . 4.4 2.4 ‑1.9 1.0 3.3 0.5 0.7Out. 0.1 ‑6.0 2.4 . 4.3 2.4 0.1 1.0 3.3 0.9 0.7Nov. 0.0 ‑5.6 1.5 . 4.5 2.2 1.2 1.0 3.0 1.5 0.6Dez. ‑0.2 ‑7.0 3.0 . 5.3 1.8 0.5 1.1 4.5 1.5 0.6

2016 Jan. ‑0.8 ‑7.9 1.4 . 4.4 2.0 0.6 1.0 3.3 1.8 0.7

2 Evolução financeira

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E 6Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

2.8 Taxas de câmbio efetivas  1)

(médias do período; índice: 1999 T1 = 100)

Fonte: BCE.1) Para uma definição dos grupos de parceiros comerciais e outras informações, ver as Notas Gerais do Statistics Bulletin.2) As séries deflacionadas pelos CUTIT apenas se encontram disponíveis para o grupo de parceiros comerciais TCE‑18.

TCE‑19 TCE‑38Nominal Real,

IPCReal,

IPPDeflator

do PIB realReal,

CUTIT 2)Real,

CUTCENominal Real,

IPC1 2 3 4 5 6 7 8

2013 101.2 98.2 96.7 91.1 102.0 98.8 111.9 95.62014 101.8 97.9 96.7 91.3 102.2 100.4 114.7 96.12015 92.4 88.4 89.1 . . . 106.5 87.92015 T1 93.0 89.2 89.4 83.9 91.3 92.2 106.4 88.3

T2 91.2 87.5 88.2 82.3 90.0 90.1 104.4 86.4T3 92.7 88.7 89.6 84.0 91.6 91.4 107.6 88.7T4 92.4 88.4 89.3 . . . 107.7 88.4

2015 Set. 93.8 89.7 90.7 ‑ ‑ ‑ 109.6 90.3Out. 93.6 89.6 90.5 ‑ ‑ ‑ 109.0 89.7Nov. 91.1 87.1 88.1 ‑ ‑ ‑ 106.0 87.0Dez. 92.5 88.3 89.2 ‑ ‑ ‑ 108.0 88.5

2016 Jan. 93.6 89.1 90.2 ‑ ‑ ‑ 109.9 89.7Fev. 94.7 90.0 91.2 ‑ ‑ ‑ 111.3 91.0

Variação (%) face ao mês anterior

2016 Fev. 1.2 1.0 1.2 ‑ ‑ ‑ 1.3 1.4

Variação (%) face ao ano anterior2016 Fev. 1.5 0.6 1.6 ‑ ‑ ‑ 4.0 2.5

2.9 Taxas de câmbio bilaterais(médias do período; unidades de moeda nacional por euro)

Fonte: BCE.

Renminbi da China

Kuna da Croácia

Coroa checa

Coroa dinamar‑

quesa

Forint da Hungria

Iene do Japão

Zlóti da Polónia

Libra esterlina

Leu da Roménia

Coroa sueca

Franco suíço

Dólar dos Estados Unidos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 122013 8.165 7.579 25.980 7.458 296.873 129.663 4.197 0.849 4.4190 8.652 1.231 1.3282014 8.186 7.634 27.536 7.455 308.706 140.306 4.184 0.806 4.4437 9.099 1.215 1.3292015 6.973 7.614 27.279 7.459 309.996 134.314 4.184 0.726 4.4454 9.353 1.068 1.1102015 T1 7.023 7.681 27.624 7.450 308.889 134.121 4.193 0.743 4.4516 9.380 1.072 1.126

T2 6.857 7.574 27.379 7.462 306.100 134.289 4.088 0.721 4.4442 9.300 1.041 1.105T3 7.008 7.578 27.075 7.462 312.095 135.863 4.188 0.717 4.4290 9.429 1.072 1.112T4 7.000 7.623 27.057 7.460 312.652 132.952 4.264 0.722 4.4573 9.302 1.085 1.095

2015 Set. 7.146 7.589 27.089 7.461 313.145 134.851 4.218 0.731 4.4236 9.392 1.091 1.122Out. 7.135 7.621 27.105 7.460 311.272 134.839 4.251 0.733 4.4227 9.349 1.088 1.124Nov. 6.840 7.607 27.039 7.460 312.269 131.597 4.249 0.707 4.4453 9.313 1.083 1.074Dez. 7.019 7.640 27.027 7.461 314.398 132.358 4.290 0.726 4.5033 9.245 1.083 1.088

2016 Jan. 7.139 7.658 27.027 7.462 314.679 128.324 4.407 0.755 4.5311 9.283 1.094 1.086Fev. 7.266 7.636 27.040 7.463 310.365 127.346 4.397 0.776 4.4814 9.410 1.102 1.109

Variação (%) face ao mês anterior

2016 Fev. 1.8 ‑0.3 0.1 0.0 ‑1.4 ‑0.8 ‑0.2 2.8 ‑1.1 1.4 0.7 2.1

Variação (%) face ao ano anterior

2016 Fev. 2.4 ‑1.0 ‑2.1 0.2 1.1 ‑5.4 5.3 4.7 1.1 ‑0.8 3.8 ‑2.3

2 Evolução financeira

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E 7Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

2.10 Balança de pagamentos da área do euro, balança financeira(EUR mil milhões, salvo indicação em contrário; saldos em fim de período; transações durante o período)

Fonte: BCE.1) Os derivados financeiros líquidos são incluídos no total do ativo.

Total1) Investimento direto Investimento de carteira

Derivados financeiros

líquidos

Outro investimento Ativos de reserva

Por me‑mória: Dívida

externa bruta

Ativo Passivo Líquido Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Saldos (posição de investimento internacional)

2014 T4 19 874.6 20 995.4 ‑1 120.7 8 247.8 6 403.1 6 467.3 9 829.8 ‑43.1 4 590.4 4 762.5 612.3 12 048.42015 T1 21 841.7 22 847.8 ‑1 006.0 8 952.8 6 632.8 7 225.2 11 059.5 ‑69.3 5 042.7 5 155.5 690.4 13 008.1

T2 21 447.0 22 295.7 ‑848.7 8 871.7 6 704.2 7 105.7 10 628.1 ‑24.8 4 835.9 4 963.4 658.5 12 653.2T3 21 347.0 22 222.1 ‑875.1 9 177.3 7 153.7 6 781.0 10 124.9 ‑36.7 4 781.1 4 943.4 644.2 12 668.6

Saldos em percentagem do PIB

2015 T3 206.9 215.3 ‑8.5 88.9 69.3 65.7 98.1 ‑0.4 46.3 47.9 6.2 122.8

Transações

2015 T1 547.1 511.7 35.5 193.7 89.2 137.1 249.9 22.6 187.9 172.5 5.8 ‑T2 60.9 23.0 37.9 97.0 139.7 128.2 1.5 1.3 ‑163.3 ‑118.3 ‑2.4 ‑T3 59.0 13.9 45.1 106.4 137.8 14.2 ‑106.9 ‑1.7 ‑62.6 ‑16.9 2.7 ‑T4 ‑117.8 ‑215.2 97.4 42.6 40.2 102.9 ‑31.5 16.4 ‑284.3 ‑224.0 4.6 ‑

2015 Jul. 120.0 130.9 ‑10.8 82.7 95.4 14.9 ‑63.6 9.9 19.5 99.1 ‑7.0 ‑Ago. ‑18.4 ‑25.3 6.9 ‑10.0 4.3 ‑12.1 ‑34.3 ‑7.8 10.1 4.7 1.4 ‑Set. ‑42.6 ‑91.6 49.0 33.8 38.1 11.4 ‑9.0 ‑3.8 ‑92.2 ‑120.7 8.3 ‑Out. 121.9 84.4 37.5 39.9 43.9 56.0 30.0 ‑0.7 32.7 10.5 ‑6.0 ‑Nov. ‑32.2 ‑51.1 18.9 ‑4.9 ‑4.5 27.0 ‑3.2 9.8 ‑66.5 ‑43.4 2.5 ‑Dez. ‑207.5 ‑248.5 40.9 7.6 0.9 19.9 ‑58.3 7.3 ‑250.5 ‑191.0 8.1 ‑

Transações acumuladas de 12 meses

2015 Dez. 549.3 333.4 215.9 439.8 407.0 382.5 113.1 38.6 ‑322.3 ‑186.7 10.7 ‑

Transações acumuladas de 12 meses em percentagem do PIB

2015 Dez. 5.3 3.2 2.1 4.2 3.9 3.7 1.1 0.4 ‑3.1 ‑1.8 0.1 ‑

2 Evolução financeira

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E 8Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

3 Atividade económica

3.1 PIB e componentes da despesa(dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)

PIBTotal Procura interna Saldo externo 1)

Total Consumo privado

Consumo público

Formação bruta de capital fixo Variação de exis‑

tências 2)

Total Expor‑tações 1)

Impor‑tações 1)

Cons‑trução ‑ total

Máquinas ‑ total

Produtos de

proprie‑dade

intelectual1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Preços correntes (EUR mil milhões)

2013 9 931.8 9 595.2 5 558.5 2 094.5 1 949.0 1 005.5 573.7 365.7 ‑6.8 336.6 4 373.4 4 036.72014 10 106.4 9 732.9 5 631.1 2 128.5 1 984.6 1 008.1 596.2 375.3 ‑11.3 373.6 4 521.3 4 147.82015 10 400.2 9 940.4 5 738.0 2 169.1 2 054.2 . . . ‑20.8 459.7 4 751.0 4 291.32015 T1 2 573.8 2 462.9 1 421.0 538.3 509.0 256.0 154.5 96.7 ‑5.4 110.9 1 167.6 1 056.8

T2 2 591.7 2 473.5 1 433.0 540.4 510.1 253.8 155.1 99.5 ‑10.0 118.2 1 196.8 1 078.7T3 2 606.9 2 490.4 1 439.4 543.0 513.6 253.6 154.7 101.2 ‑5.6 116.5 1 195.2 1 078.7T4 2 624.0 2 510.0 1 444.1 546.4 521.6 . . . ‑2.1 114.0 1 192.5 1 078.4

em percentagem do PIB

2015 100.0 95.6 55.2 20.9 19.8 . . . ‑0.2 4.4 ‑ ‑

Volumes encadeados (preços do ano anterior)taxas de variação trimestrais em cadeia (%)

2015 T1 0.6 0.8 0.5 0.5 1.4 1.3 1.9 1.4 ‑ ‑ 1.4 2.1T2 0.4 0.0 0.3 0.3 0.1 ‑0.9 0.1 2.6 ‑ ‑ 1.7 1.0T3 0.3 0.7 0.5 0.3 0.4 ‑0.2 ‑0.5 1.2 ‑ ‑ 0.2 1.2T4 0.3 0.6 0.2 0.6 1.3 . . . ‑ ‑ 0.2 0.9

taxas de variação homólogas (%)

2013 ‑0.3 ‑0.7 ‑0.6 0.2 ‑2.6 ‑3.5 ‑2.4 ‑0.4 ‑ ‑ 2.1 1.32014 0.9 0.9 0.8 0.8 1.3 ‑0.5 4.1 2.1 ‑ ‑ 4.1 4.52015 1.6 1.8 1.7 1.3 2.7 . . . ‑ ‑ 5.0 5.72015 T1 1.3 1.4 1.6 1.1 2.0 0.1 4.8 2.6 ‑ ‑ 5.3 6.0

T2 1.6 1.4 1.7 1.2 2.6 0.6 4.4 5.0 ‑ ‑ 6.0 5.8T3 1.6 1.9 1.8 1.2 2.5 0.5 2.2 6.8 ‑ ‑ 4.6 5.5T4 1.6 2.2 1.5 1.6 3.4 . . . ‑ ‑ 3.6 5.3

contributos para as taxas de variação trimestrais em cadeia (%) do PIB; pontos percentuais

2015 T1 0.6 0.8 0.3 0.1 0.3 0.1 0.1 0.1 0.2 ‑0.2 ‑ ‑T2 0.4 0.0 0.2 0.1 0.0 ‑0.1 0.0 0.1 ‑0.2 0.4 ‑ ‑T3 0.3 0.7 0.3 0.1 0.1 0.0 0.0 0.0 0.3 ‑0.4 ‑ ‑T4 0.3 0.6 0.1 0.1 0.3 . . . 0.1 ‑0.3 ‑ ‑

contributos para as taxas de variação homólogas (%) do PIB; pontos percentuais

2013 ‑0.3 ‑0.7 ‑0.4 0.0 ‑0.5 ‑0.4 ‑0.1 0.0 0.2 0.4 ‑ ‑2014 0.9 0.9 0.4 0.2 0.3 ‑0.1 0.2 0.1 0.0 0.0 ‑ ‑2015 1.6 1.7 0.9 0.3 0.5 . . . 0.0 ‑0.1 ‑ ‑2015 T1 1.3 1.4 0.9 0.2 0.4 0.0 0.3 0.1 ‑0.2 ‑0.1 ‑ ‑

T2 1.6 1.3 1.0 0.3 0.5 0.1 0.3 0.2 ‑0.4 0.3 ‑ ‑T3 1.6 1.8 1.0 0.3 0.5 0.0 0.1 0.3 0.1 ‑0.2 ‑ ‑T4 1.6 2.2 0.8 0.3 0.7 . . . 0.3 ‑0.6 ‑ ‑

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.1) As exportações e as importações cobrem os bens e serviços e incluem o comércio transfronteiras intra‑área do euro.2) Incluindo aquisições líquidas de cessões de objetos de valor.

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E 9Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

3.2 Valor acrescentado por atividade económica (dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)

Valor acrescentado bruto (preços de base) Impostos líquidos

de subsídios

sobre produtos

Total Agri‑cultura,

silvicultura e pesca

Indústriatransfor‑madora,

energia e serviços básicos

Cons trução Comércio, tranportes,

serviços de

alojamento e restau‑

ração

Infor‑mação

e comuni‑ cação

Atividades financeiras

e de seguros

Atividadesimobi‑liárias

Serviços profis‑

sionais, empresa‑

riais e de apoio

Adminis‑tração

pública, educação,

saúde e ação social

Atividades artísticas, de espe‑

táculos e outros serviços

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Preços correntes (EUR mil milhões)

2013 8 927.3 152.3 1 737.0 458.1 1 680.2 412.6 442.3 1 030.6 945.2 1 751.4 317.6 1 004.52014 9 073.5 146.7 1 756.9 461.6 1 711.1 417.6 453.9 1 051.0 968.0 1 781.8 324.8 1 033.02015 9 329.3 146.4 1 815.9 469.8 1 771.3 431.1 456.4 1 075.8 1 008.2 1 821.1 333.4 1 070.92015 T1 2 312.6 36.1 451.1 117.1 438.5 106.3 114.9 265.7 247.8 452.5 82.5 261.2

T2 2 324.2 36.2 453.6 116.4 441.1 107.4 114.5 267.6 250.9 453.5 83.0 267.4T3 2 337.7 36.7 454.3 117.0 444.4 108.3 113.7 270.5 253.3 456.0 83.6 269.2T4 2 351.7 37.4 454.4 118.7 447.3 109.2 113.1 271.9 256.3 459.2 84.2 272.3

percentagem do valor acrescentado

2015 100.0 1.6 19.5 5.0 19.0 4.6 4.9 11.5 10.8 19.5 3.6 ‑

Volumes encadeados (preços do ano anterior)taxas de variação trimestrais em cadeia (%)

2015 T1 0.6 0.8 1.0 0.6 0.8 0.5 0.6 0.1 1.0 0.3 0.2 0.1T2 0.3 0.3 0.4 ‑0.5 0.4 0.9 0.1 0.1 0.9 0.1 0.3 1.0T3 0.3 0.6 0.2 ‑0.1 0.5 0.5 ‑0.6 0.7 0.6 0.1 0.4 0.3T4 0.2 0.5 ‑0.5 1.0 0.3 0.8 0.3 0.3 0.6 0.2 0.4 1.2

taxas de variação homólogas (%)

2013 ‑0.2 3.2 ‑0.6 ‑3.3 ‑0.8 2.5 ‑2.5 1.1 0.3 0.4 ‑0.5 ‑1.12014 0.9 3.1 0.6 ‑0.9 1.4 2.0 ‑0.6 1.3 1.4 0.5 1.2 0.82015 1.5 0.8 1.8 0.3 2.0 2.7 0.8 1.1 2.7 0.8 1.1 2.62015 T1 1.2 0.6 1.2 ‑1.0 1.7 2.5 1.1 1.0 2.2 0.6 0.8 2.2

T2 1.5 0.6 1.8 0.1 2.1 3.1 1.3 0.7 2.7 0.8 1.0 2.6T3 1.5 0.2 1.9 0.2 2.0 2.4 0.2 1.1 2.8 0.7 0.9 2.9T4 1.5 2.2 1.1 0.9 1.9 2.7 0.4 1.2 3.1 0.7 1.3 2.7

contributos para as taxas de variação trimestrais em cadeia (%) do valor acrescentado; pontos percentuais

2015 T1 0.6 0.0 0.2 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.1 0.1 0.0 ‑T2 0.3 0.0 0.1 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 ‑T3 0.3 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 0.1 0.1 0.0 0.0 ‑T4 0.2 0.0 ‑0.1 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 ‑

contributos para as taxas de variação homólogas (%) do valor acrescentado; pontos percentuais

2013 ‑0.2 0.1 ‑0.1 ‑0.2 ‑0.2 0.1 ‑0.1 0.1 0.0 0.1 0.0 ‑2014 0.9 0.1 0.1 0.0 0.3 0.1 0.0 0.1 0.1 0.1 0.0 ‑2015 1.5 0.0 0.3 0.0 0.4 0.1 0.0 0.1 0.3 0.1 0.0 ‑2015 T1 1.2 0.0 0.2 0.0 0.3 0.1 0.1 0.1 0.2 0.1 0.0 ‑

T2 1.5 0.0 0.3 0.0 0.4 0.1 0.1 0.1 0.3 0.2 0.0 ‑T3 1.5 0.0 0.4 0.0 0.4 0.1 0.0 0.1 0.3 0.1 0.0 ‑T4 1.5 0.0 0.2 0.0 0.4 0.1 0.0 0.1 0.3 0.1 0.0 ‑

3 Atividade económica

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.

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E 10Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

3.3 Emprego 1)

(dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)

Total Por situação na profissão Por atividade económica

Trabalha‑dores por conta de

outrem

Trabalha‑ dores por

conta própria

Agricul‑tura,

silvicul‑tura

e pesca

Indústria transfor‑ madora,

energia e serviços básicos

Cons‑trução

Comércio, transpor‑

tes, serviços de aloja‑mento e restau‑

ração

Infor‑mação e comuni‑

cação

Ativi‑dades

financei‑ras e de seguros

Ativi‑dades imobi‑liárias

Serviços profis‑

sionais, empresa‑riais e de

apoio

Adminis‑tração

pública, edu‑

cação, saúde e

ação social

Ativi‑dades

artísticas, de espe‑

táculos e outros serviços

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13Pessoas empregadas

em percentagem do total de pessoas empregadas

2012 100.0 84.9 15.1 3.4 15.4 6.4 24.8 2.7 2.7 1.0 12.7 23.8 7.02013 100.0 85.0 15.0 3.4 15.3 6.2 24.8 2.7 2.7 1.0 12.9 24.0 7.02014 100.0 85.1 14.9 3.4 15.2 6.0 24.8 2.7 2.7 1.0 13.0 24.1 7.1

taxas de variação homólogas (%)

2012 ‑0.4 ‑0.5 0.0 ‑1.1 ‑0.7 ‑4.4 ‑0.6 1.1 ‑0.4 0.2 0.8 0.0 0.42013 ‑0.7 ‑0.6 ‑1.0 ‑1.6 ‑1.3 ‑4.2 ‑0.8 0.3 ‑1.0 ‑1.9 0.3 0.2 ‑0.22014 0.6 0.7 ‑0.3 0.6 ‑0.1 ‑1.8 0.7 0.8 ‑0.9 1.0 1.9 0.8 0.72014 T4 0.8 1.0 ‑0.2 0.2 0.3 ‑1.4 0.9 0.6 ‑0.5 1.6 2.4 0.8 1.8

2015 T1 0.9 1.1 ‑0.1 ‑0.3 0.3 ‑0.1 1.2 0.5 ‑0.3 1.5 2.7 0.6 0.7T2 1.0 1.1 0.2 0.3 0.2 0.9 1.0 1.0 0.4 2.5 2.8 0.6 1.0T3 1.1 1.3 ‑0.2 0.1 0.4 ‑0.3 1.2 1.5 0.0 2.4 3.0 0.8 1.0

Horas trabalhadasem percentagem do total de horas trabalhadas

2012 100.0 80.0 20.0 4.4 15.7 7.2 25.8 2.8 2.8 1.0 12.4 21.6 6.32013 100.0 80.1 19.9 4.4 15.7 6.9 25.8 2.9 2.8 1.0 12.5 21.8 6.32014 100.0 80.3 19.7 4.4 15.7 6.7 25.8 2.9 2.7 1.0 12.7 21.9 6.3

taxas de variação homólogas (%)

2012 ‑1.6 ‑1.6 ‑1.5 ‑2.3 ‑2.2 ‑6.8 ‑1.7 0.7 ‑1.0 ‑0.8 ‑0.3 ‑0.5 ‑0.82013 ‑1.4 ‑1.4 ‑1.8 ‑1.4 ‑1.5 ‑5.5 ‑1.6 ‑0.1 ‑1.6 ‑3.1 ‑0.8 ‑0.4 ‑1.42014 0.6 0.8 ‑0.4 0.1 0.4 ‑1.7 0.6 1.2 ‑1.0 0.7 2.0 1.0 0.02014 T4 1.0 1.2 0.1 0.7 1.0 ‑1.1 0.8 1.4 ‑0.8 1.6 2.9 0.9 1.2

2015 T1 0.8 1.0 ‑0.1 0.8 0.5 ‑0.3 0.7 0.6 ‑0.6 2.4 2.5 0.6 1.2T2 1.1 1.3 0.3 1.0 0.9 1.2 0.7 1.5 0.4 3.3 3.3 0.6 1.2T3 1.3 1.6 0.2 0.7 1.0 0.4 1.0 2.6 ‑0.2 3.7 3.7 0.9 1.2

Horas trabalhadas por pessoa empregadataxas de variação homólogas (%)

2012 ‑1.2 ‑1.1 ‑1.6 ‑1.2 ‑1.5 ‑2.5 ‑1.1 ‑0.4 ‑0.6 ‑1.0 ‑1.1 ‑0.5 ‑1.22013 ‑0.8 ‑0.7 ‑0.8 0.2 ‑0.2 ‑1.4 ‑0.8 ‑0.4 ‑0.6 ‑1.3 ‑1.0 ‑0.5 ‑1.22014 0.0 0.1 ‑0.1 ‑0.5 0.5 0.1 ‑0.1 0.3 0.0 ‑0.3 0.1 0.2 ‑0.62014 T4 0.1 0.1 0.4 0.5 0.7 0.4 ‑0.1 0.8 ‑0.3 0.0 0.4 0.1 ‑0.6

2015 T1 ‑0.1 0.0 0.0 1.1 0.2 ‑0.3 ‑0.5 0.2 ‑0.3 0.9 ‑0.2 0.0 0.4T2 0.1 0.2 0.1 0.7 0.6 0.3 ‑0.3 0.5 0.0 0.8 0.4 ‑0.1 0.2T3 0.3 0.3 0.4 0.5 0.5 0.7 ‑0.1 1.0 ‑0.2 1.3 0.7 0.1 0.2

3 Atividade económica

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.1) Os dados do emprego baseiam‑se no SEC 2010.

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E 11Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

3.4 População ativa, desemprego e postos de trabalho por preencher(dados corrigidos de sazonalidade, salvo indicação em contrário)

Popu‑lação ativa,

milhões1)

Subem‑prego,

% da po‑pulação

ativa1)

Desemprego Taxa de postos

de trabalho

por preen‑cher2)

Total Desem‑prego

de longa duração,

% da popu‑lação ativa1)

Por idade Por sexoMilhões % da po‑

pulação ativa

Adultos Jovens Homens Mulheres

Milhões % da po‑pulação

ativa

Milhões % da po‑pulação

ativa

Milhões % da po‑pulação

ativa

Milhões % da po‑pulação

ativa

% do total de postos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14% do total em 2013

100.0 81.3 18.7 53.6 46.4

2013 159.334 4.6 19.212 12.0 5.9 15.621 10.7 3.592 24.3 10.299 11.9 8.913 12.1 1.52014 160.308 4.6 18.624 11.6 6.1 15.213 10.4 3.412 23.7 9.929 11.5 8.695 11.8 1.72015 . . 17.430 10.9 . 14.275 9.7 3.155 22.4 9.254 10.7 8.176 11.0 .2015 T1 160.090 4.7 17.994 11.2 5.9 14.757 10.1 3.237 22.7 9.560 11.1 8.434 11.4 1.7

T2 160.461 4.6 17.685 11.0 5.7 14.507 9.9 3.178 22.5 9.397 10.9 8.288 11.2 1.7T3 160.554 4.4 17.202 10.7 5.3 14.081 9.6 3.120 22.3 9.121 10.5 8.081 10.9 1.6T4 . . 16.838 10.5 . 13.754 9.4 3.085 22.2 8.936 10.3 7.902 10.7 .

2015 Ago. ‑ ‑ 17.211 10.7 ‑ 14.077 9.6 3.134 22.4 9.120 10.5 8.092 10.9 ‑Set. ‑ ‑ 17.058 10.6 ‑ 13.940 9.5 3.118 22.3 9.041 10.4 8.017 10.8 ‑Out. ‑ ‑ 16.959 10.6 ‑ 13.838 9.4 3.121 22.3 9.002 10.4 7.956 10.7 ‑Nov. ‑ ‑ 16.803 10.5 ‑ 13.733 9.4 3.070 22.1 8.902 10.3 7.901 10.7 ‑Dez. ‑ ‑ 16.752 10.4 ‑ 13.690 9.3 3.063 22.1 8.904 10.3 7.849 10.6 ‑

2016 Jan. ‑ ‑ 16.647 10.3 ‑ 13.609 9.3 3.037 22.0 8.800 10.2 7.847 10.6 ‑

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.1) Dados não corrigidos de sazonalidade.2) A taxa de postos de trabalho por preencher é igual ao número de postos de trabalho por preencher dividido pela soma do número de postos de trabalho ocupados e o número

de postos de trabalho por preencher, expressa em percentagem.

3.5 Estatísticas conjunturais das empresas

Produção industrial Produção na cons‑

trução

Indica‑dor do

BCE das novas

encomen‑das na

indústria

Vendas no comércio a retalho Registos de au‑

tomóveis novos de

passa‑geiros

Total (excluindo a construção) Grandes Agrupamentos Industriais Total Produtos

alimen‑tares,

bebidas e tabaco

Produtos não

alimenta‑res

Com‑bustíveis

Indústria transfor‑madora

Bens intermé‑

dios

Bens de investi‑mento

Bens de consumo

Produtos energé‑

ticos1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

% do total em 2010

100.0 86.0 33.6 29.2 22.5 14.7 100.0 100.0 100.0 39.3 51.5 9.1 100.0

taxas de variação homólogas (%)

2013 ‑0.7 ‑0.7 ‑1.0 ‑0.6 ‑0.4 ‑0.8 ‑2.3 ‑0.1 ‑0.8 ‑0.9 ‑0.6 ‑1.0 ‑4.42014 0.8 1.7 1.2 1.8 2.6 ‑5.5 1.7 3.3 1.2 0.3 2.2 0.0 3.82015 1.4 1.5 0.8 1.8 1.8 0.2 ‑0.9 2.5 2.5 1.4 3.4 2.4 8.92015 T1 1.6 1.1 ‑0.1 1.1 2.4 4.6 ‑1.7 1.1 2.4 1.1 3.4 2.2 9.0

T2 1.3 1.7 0.9 2.7 0.9 ‑1.1 ‑0.8 5.4 2.5 1.3 3.5 2.7 6.9T3 1.8 2.1 0.9 2.5 2.7 0.0 ‑1.2 2.2 3.2 2.2 3.9 3.1 9.4T4 0.8 1.3 1.4 0.9 1.3 ‑3.2 0.1 1.3 2.0 1.1 2.7 1.8 10.4

2015 Ago. 2.3 2.9 1.2 4.1 3.2 ‑2.3 ‑2.1 3.5 2.7 2.7 2.6 4.1 8.3Set. 1.4 1.9 1.4 2.0 1.9 ‑1.4 ‑0.5 0.0 3.3 1.6 4.8 2.1 9.8Out. 2.1 2.3 1.5 3.6 1.3 1.1 0.1 0.7 2.3 1.1 3.2 1.7 5.8Nov. 1.4 1.8 2.2 1.7 1.5 ‑2.7 0.3 3.3 1.7 0.8 2.4 2.2 10.9Dez. ‑1.3 ‑0.4 0.4 ‑2.6 1.3 ‑7.3 ‑0.4 0.0 2.1 1.4 2.7 1.6 15.1

2016 Jan. . . . . . . . . 2.0 1.4 3.0 0.3 10.8

taxas de variação mensais em cadeia (%) (c.s.)

2015 Ago. ‑0.5 ‑0.1 0.4 ‑0.9 0.3 ‑3.6 0.5 ‑1.6 0.1 0.6 ‑0.2 1.6 ‑0.5Set. ‑0.2 ‑0.4 0.0 ‑0.3 ‑1.4 1.7 ‑0.8 ‑2.0 ‑0.1 ‑0.5 0.1 ‑1.0 0.9Out. 0.9 0.6 0.1 1.4 0.7 1.8 0.5 1.6 ‑0.2 ‑0.4 ‑0.1 ‑0.1 ‑1.1Nov. ‑0.5 ‑0.2 0.7 ‑1.5 0.0 ‑4.3 0.9 0.9 0.1 ‑0.1 ‑0.1 0.4 2.4Dez. ‑1.0 ‑0.8 ‑0.3 ‑1.9 ‑0.1 ‑2.4 ‑0.6 ‑0.2 0.6 0.6 0.5 0.8 5.0

2016 Jan. . . . . . . . . 0.4 0.5 0.7 0.1 1.5

Fontes: Eurostat, cálculos do BCE, estatísticas experimentais do BCE (coluna 8) e Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (coluna 13).

3 Atividade económica

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E 12Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

3.6 Inquéritos de opinião(dados corrigidos de sazonalidade)

Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores (saldos de respostas extremas, salvo indicação em contrário)

Inquéritos aos Gestores de Compras (índices de difusão)

Indica‑dor de

sentimento económico

(média a longo

prazo = 100)

Indústria transfor‑madora

Indicador de con‑

fiança dos consumi‑

dores

Indicador de con‑

fiança na construção

Indicador de con‑

fiança no comércio a

retalho

Setor dos serviços Índice de Gestores de Com‑

pras para a indús tria

trans for‑madora

Produ‑ção na

indústria transfor‑madora

Atividade econó‑

mica nos serviços

Produto compósito

Indicador de con‑

fiança na indústria

Utilização da capa‑

cidade produtiva

(%)

Indicador de con‑

fiança nos serviços

Utilização da capa‑

cidade produtiva

(%)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 121999‑2013 100.0 ‑6.1 80.8 ‑12.8 ‑13.6 ‑8.6 6.7 ‑ 51.0 52.4 52.9 52.72013 93.5 ‑9.0 78.6 ‑18.8 ‑27.9 ‑12.2 ‑5.4 87.1 49.6 50.6 49.3 49.72014 101.5 ‑3.8 80.4 ‑10.2 ‑26.4 ‑3.1 4.9 87.6 51.8 53.3 52.5 52.72015 104.2 ‑3.1 81.3 ‑6.2 ‑22.5 1.6 9.1 88.4 52.2 53.4 54.0 53.8

2015 T1 102.6 ‑3.9 81.1 ‑6.2 ‑24.8 ‑1.5 5.7 88.2 51.4 52.6 53.6 53.3T2 103.7 ‑3.2 81.1 ‑5.2 ‑24.4 0.0 7.7 88.3 52.3 53.4 54.1 53.9T3 104.5 ‑2.9 81.3 ‑7.0 ‑22.5 3.0 10.4 88.4 52.3 53.6 54.0 53.9T4 106.3 ‑2.4 81.7 ‑6.4 ‑18.4 5.1 12.6 88.6 52.8 54.0 54.2 54.1

2015 Set. 105.5 ‑2.3 ‑ ‑7.0 ‑22.2 4.3 12.4 ‑ 52.0 53.4 53.7 53.6Out. 106.1 ‑1.9 81.5 ‑7.5 ‑20.1 6.5 12.3 88.7 52.3 53.6 54.1 53.9Nov. 106.0 ‑3.3 ‑ ‑5.9 ‑17.5 5.8 12.7 ‑ 52.8 54.0 54.2 54.2Dez. 106.7 ‑2.0 ‑ ‑5.7 ‑17.6 2.9 12.8 ‑ 53.2 54.5 54.2 54.3

2016 Jan. 105.1 ‑3.1 81.9 ‑6.3 ‑19.0 2.7 11.5 88.5 52.3 53.4 53.6 53.6Fev. 103.8 ‑4.4 ‑ ‑8.8 ‑17.5 1.6 10.6 ‑ 51.2 52.3 53.3 53.0

Fontes: Comissão Europeia (Direção‑Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros) (colunas 1‑8) e Markit (colunas 9‑12).

3.7 Síntese das contas das famílias e das sociedades não financeiras(preços correntes, salvo indicação em contrário; dados não corrigidos de sazonalidade)

Fontes: BCE e Eurostat.1) Com base em somas acumuladas de quatro trimestres de poupança e rendimento disponível bruto (corrigidas da variação da participação líquida das famílias nas provisões de

fundos de pensões).2) Ativos financeiros (líquidos de passivos financeiros) e ativos não financeiros. Os ativos não financeiros consistem sobretudo em património imobiliário (estruturas residenciais e

terrenos). Incluem também ativos não financeiros de empresas não constituídas em sociedade no setor das famílias.3) A participação nos lucros utiliza o rendimento empresarial líquido, o que, em contabilidade das empresas, equivale, no geral, aos lucros correntes.4) Com base no saldo de empréstimos, títulos de dívida, créditos comerciais e responsabilidades de regimes de pensões.

Famílias Sociedades não financeirasRácio de

poupança (bruto)1)

Rácio da dívida

Rendi‑mento

disponível bruto real

Investi‑mento

financeiro

Investi‑mento

não financeiro

(bruto)

Patri‑mónio

líquido2)

Patri‑mónio

imobiliário

Partici‑pação

nos lucros3)

Rácio de poupança

(líquido)

Rácio da dívida4)

Investi‑mento

financeiro

Investi‑mento

não financeiro

(bruto)

Financia‑mento

Percentagem do rendimento disponí‑vel bruto (corrigido)

Taxas de variação homólogas (%)Percentagem do

valor acrescentado líquido

Percen‑tagem do

PIB

Taxas de variação homólogas (%)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 132012 12.4 98.8 ‑1.8 1.7 ‑5.3 ‑0.1 ‑3.0 31.0 1.7 133.4 1.6 ‑6.6 1.12013 12.7 97.3 ‑0.4 1.2 ‑4.0 0.5 ‑1.8 31.9 3.1 131.2 2.3 ‑1.0 1.02014 12.7 96.6 0.7 1.8 0.8 2.7 1.1 31.7 3.3 131.9 1.6 3.2 1.02014 T4 12.7 96.6 1.0 1.8 0.9 2.7 1.1 31.7 3.3 131.9 1.6 1.3 1.0

2015 T1 12.7 96.0 2.0 1.8 ‑0.5 3.8 1.4 31.9 3.6 133.9 2.4 2.2 1.4T2 12.8 95.7 2.2 1.8 ‑0.5 2.6 1.5 32.6 4.1 133.2 2.9 3.1 1.6T3 12.7 95.6 1.7 1.8 1.0 2.4 2.0 33.0 4.8 132.6 3.4 2.8 1.8

3 Atividade económica

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E 13Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

3.8 Balança de pagamentos da área do euro, balança corrente e balança de capital(EUR mil milhões; dados corrigidos de sazonalidade salvo indicação em contrário; transações)

3.9 Comércio externo de bens da área do euro1), valores e volumes por grupo de produtos2)

(dados corrigidos de sazonalidade, salvo indicação em contrário)

Balança corrente Balança de capital1)

Total Bens Serviços Rendimento primário Rendimento secundário

Crédito Débito Líquido Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito Débito1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

2015 T1 876.7 796.8 79.9 512.8 437.5 184.3 169.4 154.1 130.4 25.5 59.5 8.7 7.5T2 896.6 817.1 79.5 525.4 444.8 188.0 171.8 156.8 141.6 26.4 58.9 9.6 37.3T3 886.8 810.3 76.5 516.2 434.1 189.6 174.0 156.0 144.0 25.0 58.2 9.6 3.9T4 882.1 804.1 78.0 514.2 432.1 192.1 176.2 150.0 136.4 25.9 59.3 14.0 7.1

2015 Jul. 297.4 271.7 25.8 174.4 145.7 62.8 58.1 52.1 48.5 8.1 19.4 3.3 1.4Ago. 293.6 270.5 23.1 170.2 144.9 63.4 58.0 51.2 48.2 8.8 19.4 3.4 1.0Set. 295.8 268.1 27.7 171.6 143.5 63.4 57.9 52.7 47.3 8.1 19.4 3.0 1.5Out. 297.6 271.9 25.7 172.5 144.5 64.0 58.8 52.2 48.7 8.8 20.0 4.5 2.0Nov. 298.0 271.0 26.9 172.7 145.2 64.6 58.6 51.8 47.3 8.9 19.9 3.9 1.8Dez. 286.6 261.1 25.5 169.0 142.4 63.4 58.8 46.0 40.4 8.2 19.5 5.6 3.3

transações acumuladas de 12 meses

2015 Dez. 3 542.3 3 228.3 314.0 2 068.5 1 748.4 754.0 691.5 616.9 552.5 102.8 235.9 41.9 55.7

transações acumuladas de 12 meses em percentagem do PIB2015 Dez. 34.1 31.1 3.0 19.9 16.8 7.3 6.7 5.9 5.3 1.0 2.3 0.4 0.5

1) A balança de capital não é corrigida de sazonalidade.

Total (n.c.s.) Exportações (f.o.b.) Importações (c.i.f.)Expor‑tações

Impor‑tações

Total Por memória:Indústria transfor‑madora

Total Por memória:Bens

intermé‑dios

Bens de investi‑mento

Bens de consumo

Bens intermé‑

dios

Bens de investi‑mento

Bens de consumo

Indústria transfor‑madora

Petróleo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13Valores (EUR mil milhões; taxas de variação homólogas (%) para as colunas 1 e 2)

2015 T1 5.6 1.9 509.1 241.6 105.3 149.4 422.0 447.9 260.2 70.2 109.7 315.2 55.4T2 8.2 4.2 513.4 242.5 105.4 153.5 428.6 453.3 265.4 70.4 110.8 317.3 60.0T3 4.4 0.8 507.0 234.8 104.7 153.8 422.3 445.5 254.6 69.8 113.1 316.5 51.0T4 3.1 2.2 508.5 . . . 424.2 445.2 . . . 322.3 .

2015 Jul. 7.0 0.9 172.8 79.6 35.4 52.5 143.6 150.3 86.5 23.5 37.7 106.4 18.2Ago. 5.5 2.7 166.5 77.7 34.4 50.7 137.9 147.2 83.9 23.0 37.7 103.9 17.0Set. 0.8 ‑0.8 167.8 77.5 34.8 50.6 140.8 148.0 84.2 23.3 37.7 106.2 15.8Out. 0.4 ‑0.6 168.1 79.8 34.9 50.8 142.6 148.3 84.4 24.5 37.5 107.1 16.1Nov. 5.8 4.1 170.4 78.8 34.9 51.6 140.5 147.9 82.2 23.7 38.1 107.3 14.4Dez. 3.4 3.4 170.0 . . . 141.1 149.0 . . . 108.0 .

Índices de volumes (2000=100; taxas de variação homólogas (%) para as colunas 1 e 2)

2015 T1 2.6 5.2 118.9 115.2 120.7 123.2 118.9 106.6 106.6 107.0 105.9 108.6 105.9T2 2.9 2.7 117.1 113.6 118.9 121.6 118.0 104.2 104.2 103.6 104.8 107.1 99.5T3 1.1 3.2 116.6 111.8 117.9 122.6 116.7 105.8 105.6 104.8 106.6 107.3 99.4T4 . . . . . . . . . . . . .

2015 Jun. 7.9 6.7 117.7 113.8 120.5 122.4 118.6 105.6 105.4 103.9 107.3 109.1 97.3Jul. 3.1 1.9 118.8 112.8 119.6 125.5 119.0 106.1 105.0 107.0 108.0 108.9 97.0Ago. 2.0 5.5 114.9 111.2 115.5 121.4 113.9 105.1 105.3 103.5 105.7 105.1 100.5Set. ‑1.7 2.4 116.2 111.3 118.7 121.1 117.2 106.2 106.6 103.8 106.1 108.0 100.9Out. ‑1.7 3.7 117.1 115.3 118.7 122.1 118.8 107.3 108.1 110.3 105.9 109.7 103.7Nov. 3.3 7.5 118.3 114.4 117.9 122.2 116.4 107.3 106.5 105.4 107.7 109.7 95.5

3 Atividade económica

Fontes: BCE e Eurostat.1) As diferenças entre os bens da BdP do BCE (Quadro 3.8) e o comércio de bens do Eurostat (Quadro 3.9) devem‑se sobretudo a definições diferentes.2) Grupos de produtos de acordo com a classificação nas Grandes Categorias Económicas.

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E 14Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

4 Preços e custos

4.1 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 1)

(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) Estimativa baseada em dados nacionais provisórios, que geralmente abrangem cerca de 95% da área do euro, assim como em dados iniciais sobre os preços dos produtos

energéticos.

Total Total (c.s.; variação em percentagem face ao período anterior) Por memória:Preços

administradosÍndice:

2015 = 100

Total Bens Serviços Total Produtos alimen‑

tares transfor‑

mados

Produtos alimenta‑

res não transfor‑

mados

Produtos industri‑ais não

energéti‑cos

Produtos ener‑

géticos (n.c.s.)

Serviços IHPC total

excluindopreços

adminis‑trados

Preços admi nis‑

tradosTotal excl. produtos

alimentares e produtos

energéticos1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

% do totalem 2015 100.0 100.0 69.7 56.6 43.5 100.0 12.2 7.5 26.3 10.6 43.5 87.1 12.9

2013 99.5 1.4 1.1 1.3 1.4 ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 1.2 2.12014 100.0 0.4 0.8 ‑0.2 1.2 ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 0.2 1.92015 100.0 0.0 0.8 ‑0.8 1.2 ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑0.1 0.92015 T1 99.2 ‑0.3 0.7 ‑1.4 1.1 ‑0.2 0.2 0.7 0.1 ‑4.2 0.3 ‑0.5 1.2

T2 100.5 0.2 0.8 ‑0.5 1.1 0.5 0.2 0.7 0.2 2.4 0.3 0.1 0.9T3 100.0 0.1 0.9 ‑0.8 1.2 0.0 0.1 0.4 0.1 ‑2.5 0.4 0.0 0.8T4 100.2 0.2 1.0 ‑0.6 1.2 ‑0.1 0.2 0.9 0.1 ‑3.0 0.2 0.1 0.6

2015 Set. 100.2 ‑0.1 0.9 ‑1.1 1.2 ‑0.1 0.0 0.6 0.0 ‑1.7 0.0 ‑0.2 0.7Out. 100.3 0.1 1.1 ‑0.8 1.3 0.1 0.1 0.6 0.1 ‑0.5 0.1 0.0 0.7Nov. 100.2 0.1 0.9 ‑0.6 1.2 0.0 0.1 ‑0.4 0.0 0.0 0.0 0.1 0.6Dez. 100.2 0.2 0.9 ‑0.5 1.1 ‑0.2 0.1 ‑0.7 0.0 ‑1.8 0.0 0.2 0.6

2016 Jan. 98.7 0.3 1.0 ‑0.3 1.2 ‑0.2 0.1 ‑0.4 0.1 ‑2.7 0.0 0.4 0.3Fev.2) 98.8 ‑0.2 0.7 . 1.0 ‑0.1 0.3 ‑0.4 ‑0.1 ‑1.3 0.1 . .

Bens ServiçosProdutos alimentares

(incl. bebidas alcoólicas e tabaco)Produtos industriais Habitação Trans‑

portesComuni‑

caçõesRecrea‑

tivos e pessoais

Diversos

Total Transfor‑mados

Nãotransfor‑

mados

Total Produtos industriais não

energéticos

Ener‑géticos

Rendas

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25% do totalem 2015 19.7 12.2 7.5 36.9 26.3 10.6 10.6 6.3 7.4 3.1 14.9 7.5

2013 2.7 2.2 3.5 0.6 0.6 0.6 1.7 1.4 2.4 ‑4.2 2.3 0.72014 0.5 1.2 ‑0.8 ‑0.5 0.1 ‑1.9 1.7 1.4 1.7 ‑2.8 1.5 1.32015 1.0 0.6 1.6 ‑1.8 0.3 ‑6.8 1.2 1.1 1.3 ‑0.8 1.5 1.22015 T1 0.3 0.5 0.1 ‑2.3 ‑0.1 ‑7.7 1.3 1.3 1.4 ‑1.9 1.3 1.2

T2 1.1 0.7 1.8 ‑1.3 0.2 ‑5.3 1.2 1.2 1.2 ‑0.9 1.4 1.2T3 1.2 0.6 2.1 ‑1.8 0.4 ‑7.2 1.1 0.9 1.4 ‑0.4 1.7 1.0T4 1.4 0.7 2.6 ‑1.7 0.5 ‑7.2 1.2 1.0 1.1 ‑0.1 1.5 1.2

2015 Set. 1.4 0.6 2.7 ‑2.4 0.3 ‑8.9 1.2 1.0 1.4 ‑0.1 1.6 1.1Out. 1.6 0.6 3.2 ‑2.1 0.6 ‑8.5 1.2 1.1 1.4 ‑0.1 1.8 1.2Nov.2) 1.5 0.7 2.7 ‑1.7 0.6 ‑7.3 1.2 1.0 1.2 ‑0.2 1.3 1.2Dez. 1.2 0.7 2.0 ‑1.3 0.5 ‑5.8 1.2 1.0 0.7 ‑0.1 1.5 1.2

2016 Jan. 1.0 0.8 1.4 ‑1.0 0.7 ‑5.4 1.1 1.0 0.8 0.0 1.6 1.2Fev.2) 0.7 0.9 0.3 . 0.3 ‑8.0 . . . . . .

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E 15Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

4.2 Preços da produção industrial, construção e edifícios(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)

Preços da produção industrial excluindo construção Cons‑trução 

Preços dos edifí‑

cios residen‑

ciais 1)

Indicador experi‑mental

dos preços

dos edifícios

comer‑ ciais1)

Total (índice:

2010 = 100)

Total Indústria excluindo construção e produtos energéticos Produtos energé‑

ticos Indústria transfor‑madora

Total Bensintermé‑

dios

Bens de investi‑mento

Bens de consumoTotal Prod.

alimen‑tares,

bebidas e tabaco

Produtos não ali‑

mentares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13% do total em 2010 100.0 100.0 78.0 72.1 29.3 20.0 22.7 13.8 8.9 27.9

2013 108.5 ‑0.2 ‑0.1 0.4 ‑0.6 0.6 1.7 2.6 0.3 ‑1.6 0.3 ‑1.9 ‑1.12014 106.9 ‑1.5 ‑0.9 ‑0.3 ‑1.1 0.4 0.1 ‑0.2 0.3 ‑4.4 0.3 0.2 1.12015 104.0 ‑2.7 ‑2.3 ‑0.5 ‑1.3 0.7 ‑0.6 ‑1.0 0.2 ‑8.1 0.2 . .2015 T1 104.5 ‑2.9 ‑2.6 ‑0.6 ‑1.5 0.7 ‑0.7 ‑1.3 0.2 ‑8.5 0.2 1.1 2.5

T2 104.9 ‑2.1 ‑1.6 ‑0.3 ‑0.7 0.7 ‑0.8 ‑1.4 0.1 ‑6.5 0.4 1.1 3.6T3 104.0 ‑2.6 ‑2.6 ‑0.5 ‑1.1 0.6 ‑0.6 ‑1.1 0.1 ‑8.3 0.2 1.5 5.1T4 102.7 ‑3.1 ‑2.5 ‑0.7 ‑2.0 0.6 ‑0.2 ‑0.4 0.2 ‑9.4 0.0 . .

2015 Ago. 103.8 ‑2.6 ‑2.7 ‑0.5 ‑1.1 0.6 ‑0.7 ‑1.2 0.2 ‑8.2 ‑ ‑ ‑Set. 103.5 ‑3.2 ‑3.0 ‑0.6 ‑1.6 0.6 ‑0.4 ‑0.7 0.2 ‑10.0 ‑ ‑ ‑Out. 103.1 ‑3.2 ‑2.8 ‑0.7 ‑1.9 0.6 ‑0.1 ‑0.3 0.2 ‑9.8 ‑ ‑ ‑Nov. 102.9 ‑3.2 ‑2.5 ‑0.7 ‑2.1 0.6 ‑0.2 ‑0.4 0.2 ‑9.3 ‑ ‑ ‑Dez. 102.1 ‑3.0 ‑2.1 ‑0.7 ‑1.9 0.6 ‑0.3 ‑0.4 0.2 ‑8.9 ‑ ‑ ‑

2016 Jan. 101.0 ‑2.9 ‑1.9 ‑0.6 ‑1.6 0.4 ‑0.1 ‑0.2 0.2 ‑8.6 ‑ ‑ ‑

4 Preços e custos

4.3 Preços das matérias‑primas e deflatores do PIB(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)

Deflatores do PIB Preços do

petróleo (EUR

por barril)

Preços das matérias‑primas não energéticas (EUR)Total (c.s.;

índice: 2010 =

100)

Total Procura interna Expor‑tações 1)

Impor‑tações 1)

Ponderados pelas importações 2)

Ponderados pela utilização 2)

Total Con‑sumo

privado

Con‑sumo

público

For‑mação

bruta de capital

fixo

Total Produ‑tos

alimen‑tares

Produ‑tos não alimen‑

tares

Total Pro‑dutos

alimen‑tares

Produ‑tos não alimen‑

tares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15% do total 100.0 35.0 65.0 100.0 45.0 55.0

2013 103.7 1.3 0.9 1.1 1.2 0.4 ‑0.4 ‑1.3 81.7 ‑9.0 ‑13.3 ‑6.9 ‑8.2 ‑9.9 ‑6.92014 104.5 0.9 0.5 0.5 0.8 0.5 ‑0.7 ‑1.7 74.5 ‑8.8 ‑1.8 ‑12.1 ‑4.7 0.4 ‑8.72015 105.8 1.2 0.3 0.2 0.6 0.7 0.1 ‑2.1 48.3 ‑4.1 5.2 ‑9.0 ‑0.8 4.8 ‑5.62015 T1 105.4 1.1 0.1 ‑0.1 0.6 0.7 ‑0.2 ‑2.6 49.0 ‑0.4 8.7 ‑4.9 5.6 11.6 0.7

T2 105.7 1.3 0.4 0.3 0.6 0.9 0.9 ‑1.1 57.4 ‑0.6 2.0 ‑2.0 3.9 5.4 2.6T3 106.0 1.3 0.3 0.3 0.5 0.7 0.1 ‑2.3 46.1 ‑6.5 6.4 ‑13.1 ‑3.3 5.7 ‑10.6T4 106.4 1.3 0.4 0.3 0.6 0.7 ‑0.3 ‑2.4 40.7 ‑9.1 3.9 ‑16.2 ‑9.3 ‑3.0 ‑14.8

2015 Set. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 43.3 ‑7.9 3.8 ‑13.8 ‑6.0 2.3 ‑12.6Out. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 43.9 ‑8.3 3.7 ‑14.6 ‑6.9 0.8 ‑13.3Nov. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 42.8 ‑8.0 6.2 ‑15.6 ‑8.5 ‑1.4 ‑14.7Dez. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 35.7 ‑11.1 1.8 ‑18.5 ‑12.5 ‑8.0 ‑16.5

2016 Jan. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 29.7 ‑14.9 ‑3.8 ‑21.2 ‑14.7 ‑9.7 ‑19.3Fev. ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ 31.0 ‑14.3 ‑5.4 ‑19.5 ‑14.1 ‑9.4 ‑18.3

Fontes: Eurostat, cálculos do BCE e Thomson Reuters (coluna 9).1) Os deflatores para as exportações e importações referem‑se a bens e serviços e incluem o comércio transfronteiras intra‑área do euro.2) Ponderados pelas importações: ponderados de acordo com a estrutura média das importações de 2004‑2006; ponderados pela utilização: ponderados de acordo com a estrutura

média da procura interna de 2004‑2006.

Fontes: Eurostat, cálculos do BCE, e cálculos do BCE com base em dados do MSCI e fontes nacionais (coluna 13).1) Dados experimentais com base em fontes não harmonizadas (para mais pormenores, consultar http://www.ecb.europa.eu/stats/intro/html/experiment.en.html).

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E 16Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

4.4 Inquéritos de opinião relacionados com os preços(dados corrigidos de sazonalidade)

Fontes: Comissão Europeia (Direção‑Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros) e Markit.

Inquéritos da Comissão Europeia às Empresas e Consumidores (saldos de respostas extremas)

Inquéritos aos Gestores de Compras (índices de difusão)

Expetativas dos preços de venda (para os 3 meses seguintes)

Tendências dos preços no

consumidor nos últimos

12 meses

Preços dos fatores de produção

Preços cobrados

Indústria transforma‑

dora

Comércio a retalho

Serviços Construção Indústria transforma‑

dora

Serviços Indústria transforma‑

dora

Serviços

1 2 3 4 5 6 7 8 91999‑2013 4.7 ‑ ‑ ‑2.1 34.0 57.7 56.7 ‑ 49.92014 ‑0.9 ‑1.5 1.0 ‑17.2 14.2 49.6 53.5 49.7 48.22015 ‑2.8 1.4 2.5 ‑13.3 ‑1.1 48.9 53.5 49.6 49.02016 . . . . . . . . .2015 T1 ‑5.6 ‑0.7 1.2 ‑16.9 ‑2.5 45.8 52.5 48.8 47.6

T2 ‑1.3 3.2 2.9 ‑15.0 ‑0.9 54.7 54.4 50.4 49.0T3 ‑2.0 1.1 2.2 ‑12.5 ‑0.2 49.5 53.6 49.9 49.9T4 ‑2.1 1.9 3.7 ‑8.6 ‑0.8 45.6 53.6 49.2 49.6

2015 Set. ‑3.5 ‑0.6 2.7 ‑11.9 ‑1.6 44.6 53.5 48.7 50.4Out. ‑2.4 2.0 4.6 ‑10.1 ‑2.3 44.3 54.0 48.6 49.9Nov. ‑0.8 2.4 4.1 ‑8.7 ‑0.5 45.6 53.3 49.3 49.6Dez. ‑3.2 1.3 2.3 ‑7.1 0.3 47.0 53.5 49.8 49.4

2016 Jan. ‑4.1 0.3 3.2 ‑8.0 ‑0.9 42.1 52.7 48.3 49.1Fev. ‑5.5 1.7 3.2 ‑10.5 ‑1.4 40.8 52.4 47.6 48.9

4.5 Índices de custos do trabalho (taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário)

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.1) Dados experimentais baseados em fontes não harmonizadas (para mais pormenores, consultar http://www.ecb.europa.eu/stats/intro/html/experiment.en.html).

Total (índice:

2012 = 100)

Total Por componente Para atividades económicas selecionadas

Por memória:Indicador

dos acordos salariais  1)

Ordenados e salários

Contribuições sociais

dos empregadores

Setor empresarial Sobretudo setor não empresarial

1 2 3 4 5 6 7% do totalem 2012 100.0 100.0 74.6 25.4 69.3 30.7

2013 101.4 1.5 1.5 1.1 1.2 1.9 1.82014 102.7 1.3 1.3 1.3 1.3 1.3 1.72015 . . . . . . 1.52015 T1 97.6 1.9 2.1 1.1 2.0 1.5 1.5

T2 108.2 1.6 2.0 0.3 1.6 1.4 1.5T3 101.6 1.1 1.4 0.1 1.2 0.8 1.5T4 . . . . . . 1.5

4 Preços e custos

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E 17Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

4.6 Custos unitários do trabalho, remuneração por fator trabalho e produtividade do trabalho(taxas de variação homólogas (%), salvo indicação em contrário; dados trimestrais corrigidos de sazonalidade; dados anuais não corrigidos)

Fontes: Eurostat e cálculos do BCE.

Total (índice: 2010 =

100)

Total Por atividade económicaAgri‑

cultura, silvicultura

e pesca

Indústriatransfor‑madora,

energia e serviços básicos

Cons‑trução

Comércio, trans‑

portes, serviços de aloja‑

mento e restau‑

ração

Infor‑mação e comuni‑

cação

Atividades financei‑ras e de seguros

Atividadesimobi‑liárias

Serviços pro‑

fissionais, empresa‑riais e de

apoio

Adminis‑tração

pública, educação,

saúde e ação social

Atividades artísticas, de espe‑

táculos e outros serviços

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Custos unitários do trabalho

2012 102.5 1.9 2.6 2.1 4.0 1.7 0.4 1.2 0.9 3.3 0.8 2.82013 103.7 1.2 ‑1.1 2.1 0.4 0.9 ‑1.4 3.6 ‑2.8 1.0 1.4 2.02014 104.8 1.1 ‑3.8 1.5 0.7 0.7 1.0 1.0 1.2 2.3 1.2 0.62014 T4 105.2 1.3 ‑1.1 2.2 1.1 0.7 1.2 1.4 2.0 2.4 1.4 1.02015 T1 105.2 0.8 0.1 0.9 1.8 0.6 ‑0.2 0.1 3.5 2.3 1.0 0.4

T2 105.4 0.6 1.0 0.4 1.4 0.3 0.2 0.6 3.3 1.3 1.0 0.6T3 105.6 0.5 1.4 ‑0.1 0.6 0.4 0.9 1.7 3.2 1.3 1.0 0.2

Remuneração por empregado

2012 103.6 1.5 0.2 1.9 2.4 1.7 1.4 0.9 0.9 1.9 0.8 1.62013 105.2 1.6 3.8 2.8 1.2 0.9 0.8 2.0 0.2 1.0 1.7 1.72014 106.7 1.4 ‑1.4 2.2 1.7 1.4 2.1 1.4 1.5 1.7 0.9 1.12014 T4 107.3 1.4 ‑1.2 2.1 1.3 1.3 2.7 2.1 1.5 1.7 1.1 0.32015 T1 107.7 1.2 0.9 1.9 0.9 1.0 1.8 1.5 3.0 1.8 1.0 0.5

T2 107.9 1.3 1.3 1.9 0.6 1.4 2.4 1.4 1.5 1.2 1.1 0.6T3 108.1 1.1 1.5 1.4 1.2 1.2 1.7 1.8 2.0 1.1 0.9 0.1

Produtividade do trabalho por pessoa empregada

2012 101.0 ‑0.4 ‑2.3 ‑0.3 ‑1.5 0.0 1.1 ‑0.3 0.0 ‑1.4 0.0 ‑1.22013 101.4 0.4 4.9 0.7 0.8 ‑0.1 2.2 ‑1.5 3.0 0.1 0.2 ‑0.32014 101.7 0.3 2.5 0.6 1.0 0.7 1.1 0.4 0.3 ‑0.5 ‑0.3 0.52014 T4 102.0 0.1 ‑0.1 ‑0.1 0.2 0.6 1.5 0.7 ‑0.5 ‑0.7 ‑0.3 ‑0.72015 T1 102.4 0.4 0.9 1.0 ‑0.9 0.5 2.1 1.4 ‑0.5 ‑0.5 0.0 0.1

T2 102.4 0.6 0.3 1.5 ‑0.7 1.1 2.1 0.9 ‑1.7 ‑0.1 0.1 0.0T3 102.4 0.6 0.1 1.4 0.6 0.8 0.9 0.1 ‑1.2 ‑0.2 ‑0.1 ‑0.1

Remuneração por hora trabalhada2012 104.8 2.6 2.2 3.3 5.0 2.9 1.7 1.2 1.4 2.9 1.3 2.82013 107.2 2.3 3.7 2.9 2.6 1.8 0.9 2.6 1.6 2.2 2.1 2.92014 108.6 1.3 ‑0.7 1.7 1.5 1.5 1.7 1.3 1.3 1.3 0.7 1.82014 T4 109.1 1.2 ‑1.0 1.5 0.9 1.4 1.8 2.2 1.3 1.2 1.0 1.02015 T1 109.4 1.3 0.9 1.7 0.5 1.5 1.0 2.0 2.6 2.0 1.0 ‑0.3

T2 109.5 1.1 0.4 1.4 ‑0.1 1.5 1.4 1.6 0.4 0.8 1.2 0.4T3 109.6 0.8 1.0 0.8 0.0 1.1 0.7 2.2 1.5 0.6 0.9 ‑0.3

Produtividade horária do trabalho

2012 102.3 0.8 ‑1.1 1.2 1.0 1.2 1.5 0.3 1.0 ‑0.2 0.5 0.02013 103.5 1.2 4.7 0.9 2.3 0.7 2.6 ‑1.0 4.4 1.1 0.7 0.92014 103.8 0.3 3.0 0.2 0.9 0.8 0.8 0.4 0.6 ‑0.6 ‑0.5 1.22014 T4 103.8 0.0 ‑0.6 ‑0.7 ‑0.1 0.7 0.8 1.0 ‑0.5 ‑1.1 ‑0.4 ‑0.12015 T1 104.2 0.5 ‑0.2 0.8 ‑0.6 1.0 1.9 1.7 ‑1.4 ‑0.3 0.0 ‑0.3

T2 104.2 0.5 ‑0.4 0.9 ‑1.1 1.4 1.6 0.9 ‑2.5 ‑0.5 0.2 ‑0.2T3 104.1 0.3 ‑0.4 0.9 ‑0.1 1.0 ‑0.2 0.3 ‑2.5 ‑0.9 ‑0.2 ‑0.3

4 Preços e custos

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E 18Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

5.1 Agregados monetários 1)

(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.

M3M2 M3‑M2

M1 M2‑M1Circulação monetária

Depósitos overnight

Depósitos com prazoacordado

até 2 anos

Depósitos reem‑

bolsáveis com pré‑

‑aviso até 3

meses

Acordos de reporte

Ações/ unida des

de par ti ci pa‑

ção em fun dos

do mer ca‑do mo ne‑

tá rio

Títulos de dívida com

prazo até 2 anos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Saldos

2013 909.7 4 476.3 5 386.1 1 683.3 2 142.8 3 826.1 9 212.1 121.4 418.1 86.5 626.0 9 838.12014 968.5 4 952.3 5 920.8 1 598.5 2 148.8 3 747.2 9 668.1 123.9 427.7 104.7 656.3 10 324.32015 1 034.5 5 569.8 6 604.3 1 447.5 2 160.6 3 608.1 10 212.4 77.1 479.2 71.0 627.4 10 839.82015 T1 993.5 5 154.9 6 148.4 1 529.1 2 149.9 3 679.1 9 827.5 125.8 437.5 96.6 659.9 10 487.4

T2 1 014.0 5 298.7 6 312.6 1 480.1 2 160.5 3 640.7 9 953.3 90.3 441.1 98.6 629.9 10 583.2T3 1 028.2 5 425.1 6 453.3 1 449.3 2 164.4 3 613.7 10 067.0 98.4 457.6 73.3 629.2 10 696.2T4 1 034.5 5 569.8 6 604.3 1 447.5 2 160.6 3 608.1 10 212.4 77.1 479.2 71.0 627.4 10 839.8

2015 Ago. 1 025.0 5 383.6 6 408.6 1 460.5 2 163.9 3 624.3 10 032.9 102.4 446.2 80.4 629.0 10 661.9Set. 1 028.2 5 425.1 6 453.3 1 449.3 2 164.4 3 613.7 10 067.0 98.4 457.6 73.3 629.2 10 696.2Out. 1 029.9 5 487.7 6 517.6 1 438.5 2 164.3 3 602.8 10 120.4 106.8 473.5 76.9 657.1 10 777.5Nov. 1 037.4 5 544.3 6 581.8 1 448.3 2 162.6 3 610.8 10 192.6 91.5 485.2 82.0 658.7 10 851.3Dez. 1 034.5 5 569.8 6 604.3 1 447.5 2 160.6 3 608.1 10 212.4 77.1 479.2 71.0 627.4 10 839.8

2016 Jan. (p) 1 044.5 5 622.7 6 667.2 1 448.6 2 156.8 3 605.4 10 272.6 87.6 471.1 78.2 636.8 10 909.4

Transações

2013 45.6 250.4 295.9 ‑114.4 45.5 ‑68.9 227.0 ‑11.6 ‑48.7 ‑63.3 ‑123.6 103.42014 58.2 379.3 437.5 ‑90.9 3.2 ‑87.7 349.8 1.0 10.8 12.7 24.6 374.42015 64.8 576.6 641.4 ‑143.3 12.0 ‑131.3 510.1 ‑47.8 49.6 ‑26.4 ‑24.7 485.42015 T1 23.8 166.6 190.4 ‑56.9 2.0 ‑54.8 135.6 0.6 5.6 ‑9.3 ‑3.0 132.6

T2 20.5 151.9 172.3 ‑47.6 10.9 ‑36.7 135.6 ‑35.2 3.6 3.9 ‑27.6 108.0T3 14.3 129.0 143.3 ‑35.3 3.1 ‑32.3 111.0 8.2 18.7 ‑18.4 8.4 119.4T4 6.3 129.1 135.4 ‑3.5 ‑4.0 ‑7.5 127.9 ‑21.5 21.7 ‑2.6 ‑2.4 125.5

2015 Ago. 4.7 24.5 29.2 ‑9.4 2.3 ‑7.1 22.1 ‑2.3 2.2 ‑2.6 ‑2.6 19.5Set. 3.2 42.6 45.9 ‑12.2 ‑0.4 ‑12.6 33.3 ‑4.1 1.3 ‑3.9 ‑6.6 26.7Out. 1.7 49.4 51.1 ‑12.1 ‑0.2 ‑12.3 38.7 8.2 16.0 4.4 28.6 67.4Nov. 7.6 48.3 55.8 7.4 ‑1.9 5.5 61.3 ‑15.7 11.8 5.2 1.3 62.6Dez. ‑3.0 31.4 28.5 1.2 ‑1.9 ‑0.6 27.8 ‑14.0 ‑6.1 ‑12.2 ‑32.3 ‑4.5

2016 Jan. (p) 10.1 54.9 65.0 1.4 ‑3.7 ‑2.3 62.7 10.5 ‑2.8 4.6 12.4 75.1

Taxas de crescimento

2013 5.3 5.9 5.8 ‑6.4 2.2 ‑1.8 2.5 ‑9.2 ‑10.4 ‑38.0 ‑16.1 1.02014 6.4 8.4 8.1 ‑5.4 0.1 ‑2.3 3.8 0.8 2.6 18.7 4.0 3.82015 6.7 11.6 10.8 ‑9.0 0.6 ‑3.5 5.3 ‑38.2 11.5 ‑26.2 ‑3.8 4.72015 T1 7.3 10.6 10.1 ‑7.6 0.1 ‑3.3 4.6 5.1 5.3 11.7 5.6 4.7

T2 8.8 12.4 11.8 ‑10.7 0.5 ‑4.4 5.2 ‑30.9 6.9 23.7 0.6 4.9T3 8.3 12.4 11.7 ‑11.4 0.5 ‑4.7 5.2 ‑23.0 9.0 ‑1.5 0.7 4.9T4 6.7 11.6 10.8 ‑9.0 0.6 ‑3.5 5.3 ‑38.2 11.5 ‑26.2 ‑3.8 4.7

2015 Ago. 8.6 12.1 11.5 ‑11.2 0.6 ‑4.6 5.1 ‑21.1 9.5 8.2 2.4 4.9Set. 8.3 12.4 11.7 ‑11.4 0.5 ‑4.7 5.2 ‑23.0 9.0 ‑1.5 0.7 4.9Out. 8.1 12.3 11.6 ‑10.9 0.6 ‑4.3 5.4 ‑18.8 10.1 6.6 3.2 5.2Nov. 8.0 11.7 11.1 ‑9.9 0.3 ‑4.0 5.2 ‑29.6 12.3 7.3 2.7 5.0Dez. 6.7 11.6 10.8 ‑9.0 0.6 ‑3.5 5.3 ‑38.2 11.5 ‑26.2 ‑3.8 4.7

2016 Jan. (p) 6.1 11.3 10.5 ‑7.5 0.7 ‑2.7 5.4 ‑28.0 9.4 ‑16.2 ‑1.3 5.0

5 Moeda e crédito

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E 19Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

5.2 Depósitos no M31)

(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) De acordo com o SEC 2010, em dezembro de 2014 as sociedades gestoras de participações sociais de grupos não financeiros foram reclassificadas do setor das sociedades

não financeiras para o setor das sociedades financeiras. Estas entidades estão incluídas nas estatísticas do balanço das IFM com as sociedades financeiras exceto IFM e sociedades de seguros e fundos de pensões.

3) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.4) Refere‑se ao setor das administrações públicas excluindo a administração central.

Sociedades não financeiras 2) Famílias 3) So‑ciedades financei‑

ras exceto

IFM e so‑ciedades

de seguros e fundos de pensões 2)

So‑ciedades

de seguros e fundos de

pensões

Outras adminis‑trações

públicas 4)

Total Overnight Com prazo

acordado até 2 anos

Reem‑bolsáveis

com pré‑aviso

até 3 meses

Acordos de

reporte

Total Overnight Com prazo

acordado até 2 anos

Reem‑bolsáveis

com pré‑aviso

até 3 meses

Acordos de

reporte

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13Saldos

2013 1 710.5 1 186.7 397.8 109.8 16.2 5 413.6 2 539.7 874.7 1 994.5 4.7 804.8 194.9 300.12014 1 815.2 1 318.7 365.8 111.6 19.2 5 556.6 2 751.2 809.6 1 992.8 3.0 895.8 222.7 333.12015 1 927.6 1 480.9 322.0 116.5 8.2 5 751.1 3 061.0 694.3 1 993.1 2.6 989.2 224.6 362.52015 T1 1 848.5 1 381.7 340.2 111.8 14.9 5 597.8 2 839.3 762.8 1 991.9 3.8 947.6 225.7 340.2

T2 1 858.2 1 410.7 322.6 112.8 12.2 5 646.7 2 910.7 735.1 1 998.1 2.8 955.7 228.1 340.9T3 1 901.0 1 451.1 324.0 115.8 10.1 5 695.4 2 987.9 707.4 1 997.0 3.0 966.6 218.0 356.2T4 1 927.6 1 480.9 322.0 116.5 8.2 5 751.1 3 061.0 694.3 1 993.1 2.6 989.2 224.6 362.5

2015 Ago. 1 889.4 1 441.7 325.0 114.5 8.2 5 674.0 2 960.0 714.8 1 996.2 3.1 968.1 224.7 354.2Set. 1 901.0 1 451.1 324.0 115.8 10.1 5 695.4 2 987.9 707.4 1 997.0 3.0 966.6 218.0 356.2Out. 1 937.3 1 493.6 316.7 116.9 10.1 5 706.8 3 003.6 705.6 1 994.2 3.5 964.5 222.4 366.1Nov. 1 934.2 1 486.9 321.4 116.8 9.1 5 728.0 3 033.3 698.5 1 992.2 3.9 990.4 222.4 371.7Dez. 1 927.6 1 480.9 322.0 116.5 8.2 5 751.1 3 061.0 694.3 1 993.1 2.6 989.2 224.6 362.5

2016 Jan. (p) 1 966.4 1 520.9 320.1 115.6 9.8 5 763.9 3 077.2 693.9 1 989.2 3.6 983.3 224.2 378.1

Transações

2013 98.2 90.1 ‑6.9 9.1 5.9 107.9 182.4 ‑100.1 31.9 ‑6.2 ‑15.1 ‑13.3 ‑7.82014 69.5 91.2 ‑25.5 1.5 2.4 140.5 209.8 ‑65.7 ‑1.8 ‑1.7 53.4 7.5 21.72015 100.0 140.2 ‑33.9 4.9 ‑11.2 194.8 302.8 ‑108.2 0.7 ‑0.4 76.5 ‑1.7 27.92015 T1 29.5 48.9 ‑14.9 0.1 ‑4.6 39.0 79.1 ‑41.1 0.2 0.8 35.0 1.5 7.5

T2 13.3 31.7 ‑16.8 1.0 ‑2.6 50.7 73.3 ‑28.0 6.4 ‑1.0 12.3 2.8 0.9T3 42.5 41.0 0.4 3.1 ‑2.1 48.9 78.3 ‑27.7 ‑1.9 0.2 10.3 ‑10.2 13.4T4 14.7 18.6 ‑2.6 0.7 ‑2.0 56.2 72.1 ‑11.4 ‑4.0 ‑0.5 18.9 4.2 6.1

2015 Ago. 2.8 5.8 0.7 0.7 ‑4.4 11.0 18.3 ‑7.4 0.1 ‑0.1 2.3 ‑7.2 6.2Set. 12.4 9.5 ‑0.4 1.4 2.0 21.3 28.9 ‑7.3 ‑0.2 ‑0.1 ‑3.0 ‑6.6 1.9Out. 25.2 31.9 ‑7.8 1.1 0.0 10.6 15.0 ‑2.0 ‑2.9 0.5 ‑4.5 4.5 9.5Nov. ‑7.6 ‑10.0 3.8 ‑0.1 ‑1.2 21.4 28.6 ‑5.5 ‑2.1 0.4 21.1 ‑2.4 5.5Dez. ‑2.9 ‑3.3 1.5 ‑0.3 ‑0.8 24.1 28.4 ‑3.9 1.0 ‑1.3 2.3 2.1 ‑8.8

2016 Jan. (p) 40.3 41.1 ‑1.5 ‑0.9 1.6 13.1 16.3 ‑0.1 ‑4.0 1.0 ‑5.3 ‑0.5 15.4

Taxas de crescimento

2013 6.1 8.2 ‑1.7 8.9 56.4 2.0 7.7 ‑10.3 1.6 ‑56.7 ‑1.9 ‑6.4 ‑2.52014 4.0 7.6 ‑6.4 1.3 14.4 2.6 8.3 ‑7.5 ‑0.1 ‑36.9 6.3 4.0 7.32015 5.5 10.6 ‑9.5 4.4 ‑57.9 3.5 11.0 ‑13.4 0.0 ‑14.2 8.4 ‑0.8 8.32015 T1 4.7 9.9 ‑9.8 0.8 ‑5.4 2.8 9.7 ‑11.2 0.0 ‑31.2 14.6 ‑0.5 5.2

T2 4.3 10.6 ‑13.9 1.3 ‑23.5 3.0 10.8 ‑13.9 0.1 ‑37.8 13.7 ‑1.1 5.3T3 5.1 10.8 ‑12.3 2.3 ‑32.3 3.0 11.1 ‑15.5 0.0 ‑37.7 14.2 ‑4.9 5.8T4 5.5 10.6 ‑9.5 4.4 ‑57.9 3.5 11.0 ‑13.4 0.0 ‑14.2 8.4 ‑0.8 8.3

2015 Ago. 4.8 11.2 ‑13.3 1.6 ‑48.2 2.9 10.9 ‑15.3 0.1 ‑36.9 14.5 ‑5.6 6.1Set. 5.1 10.8 ‑12.3 2.3 ‑32.3 3.0 11.1 ‑15.5 0.0 ‑37.7 14.2 ‑4.9 5.8Out. 6.6 12.2 ‑11.5 2.4 ‑26.4 3.1 11.0 ‑14.8 0.0 ‑25.6 10.8 ‑3.7 9.8Nov. 5.0 10.0 ‑11.0 1.9 ‑31.7 3.3 10.9 ‑14.5 0.1 ‑18.1 9.7 ‑4.7 10.9Dez. 5.5 10.6 ‑9.5 4.4 ‑57.9 3.5 11.0 ‑13.4 0.0 ‑14.2 8.4 ‑0.8 8.3

2016 Jan. (p) 6.5 10.8 ‑9.0 4.4 ‑17.4 3.7 10.5 ‑11.4 0.2 ‑12.4 9.2 ‑3.2 9.9

5 Moeda e crédito

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E 20Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

5.3 Crédito a residentes na área do euro 1)

(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) Correção do desreconhecimento de empréstimos no balanço das IFM devido à sua venda ou titularização.3) De acordo com o SEC 2010, em dezembro de 2014 as sociedades gestoras de participações sociais de grupos não financeiros foram reclassificadas do setor das sociedades

não financeiras para o setor das sociedades financeiras. Estas entidades estão incluídas nas estatísticas do balanço das IFM com as sociedades financeiras exceto IFM e sociedades de seguros e fundos de pensões.

4) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.

Crédito às administrações públicas Crédito a outros residentes na área do euro

Total Emprésti‑mos

Títulos de dívida

Total Empréstimos Títulos de dívida

Ações/unidades

de partici‑pação em fundos de

investi‑mento exceto

fundos do mercado

monetário

Total A so‑ciedades

não finan‑ceiras 3)

A famílias4) A so‑ciedades financei‑

ras exceto IFM e socie‑

dades de seguros e fundos de pensões 3)

A so‑ciedades

de seguros e fundos de

pensões

Corrigi‑dos de

vendas e titulari‑

zação de emprés‑

timos 2)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Saldos

2013 3 404.9 1 096.7 2 308.2 12 709.1 10 544.4 10 929.5 4 353.6 5 222.8 869.2 98.7 1 364.7 800.02014 3 605.5 1 131.8 2 473.7 12 562.3 10 510.7 10 920.7 4 271.7 5 200.4 909.8 128.9 1 276.9 774.72015 3 893.3 1 109.5 2 783.9 12 679.6 10 591.7 10 989.3 4 273.4 5 307.5 887.3 123.6 1 301.1 786.82015 T1 3 671.7 1 148.5 2 523.2 12 674.1 10 611.8 11 008.5 4 301.5 5 234.0 941.6 134.7 1 274.1 788.2

T2 3 680.4 1 137.4 2 543.0 12 636.4 10 592.2 10 986.5 4 291.3 5 258.5 906.8 135.5 1 254.8 789.4T3 3 815.9 1 127.1 2 688.8 12 652.5 10 564.8 10 963.1 4 274.9 5 277.6 891.1 121.2 1 310.4 777.3T4 3 893.3 1 109.5 2 783.9 12 679.6 10 591.7 10 989.3 4 273.4 5 307.5 887.3 123.6 1 301.1 786.8

2015 Ago. 3 766.9 1 132.3 2 634.6 12 697.1 10 599.3 11 000.9 4 291.1 5 268.8 910.8 128.6 1 306.1 791.7Set. 3 815.9 1 127.1 2 688.8 12 652.5 10 564.8 10 963.1 4 274.9 5 277.6 891.1 121.2 1 310.4 777.3Out. 3 835.6 1 119.8 2 715.8 12 695.5 10 607.1 11 003.3 4 290.2 5 301.9 890.6 124.3 1 296.6 791.8Nov. 3 877.8 1 118.4 2 759.4 12 736.0 10 650.2 11 046.6 4 307.5 5 310.0 908.3 124.4 1 287.6 798.2Dez. 3 893.3 1 109.5 2 783.9 12 679.6 10 591.7 10 989.3 4 273.4 5 307.5 887.3 123.6 1 301.1 786.8

2016 Jan. (p) 3 963.7 1 117.3 2 846.4 12 687.9 10 617.1 11 013.2 4 289.1 5 311.7 890.6 125.6 1 306.0 764.9

Transações

2013 ‑25.0 ‑73.5 48.5 ‑305.7 ‑248.1 ‑268.7 ‑132.9 ‑4.0 ‑120.9 9.7 ‑72.7 15.12014 72.0 16.0 56.1 ‑104.0 ‑50.3 ‑32.1 ‑60.9 ‑15.4 14.3 11.7 ‑90.0 36.22015 283.8 ‑20.7 304.6 97.6 68.8 49.0 0.6 98.0 ‑24.3 ‑5.5 24.2 4.52015 T1 40.3 16.5 23.8 34.1 45.2 31.7 8.3 19.2 12.4 5.3 ‑3.5 ‑7.5

T2 58.0 ‑10.7 68.6 0.2 7.6 1.6 ‑0.3 30.7 ‑23.8 1.0 ‑14.1 6.7T3 112.2 ‑10.2 122.3 54.8 ‑7.9 ‑2.8 ‑6.0 24.7 ‑12.3 ‑14.4 64.3 ‑1.6T4 73.4 ‑16.4 89.8 8.4 23.9 18.5 ‑1.4 23.4 ‑0.7 2.6 ‑22.4 7.0

2015 Ago. 47.1 ‑0.1 47.1 15.2 3.8 4.5 ‑0.8 9.1 ‑1.5 ‑3.0 12.1 ‑0.7Set. 35.0 ‑6.1 41.1 ‑29.7 ‑26.0 ‑27.4 ‑10.4 11.4 ‑19.6 ‑7.4 5.6 ‑9.3Out. 10.1 ‑7.7 17.8 16.6 27.7 25.7 7.0 15.0 2.6 3.1 ‑19.1 8.0Nov. 36.6 ‑1.5 38.1 18.7 35.4 31.3 12.4 8.3 14.6 0.0 ‑20.4 3.7Dez. 26.7 ‑7.1 33.9 ‑26.8 ‑39.1 ‑38.5 ‑20.9 0.1 ‑17.9 ‑0.5 17.1 ‑4.7

2016 Jan. (p) 60.3 5.2 55.0 24.0 34.1 31.4 21.0 6.4 4.6 2.1 6.9 ‑17.0

Taxas de crescimento

2013 ‑0.7 ‑6.3 2.2 ‑2.3 ‑2.3 ‑2.4 ‑2.9 ‑0.1 ‑12.3 10.9 ‑5.1 1.92014 2.1 1.5 2.4 ‑0.8 ‑0.5 ‑0.3 ‑1.4 ‑0.3 1.5 11.9 ‑6.6 4.52015 7.9 ‑1.8 12.3 0.8 0.7 0.4 0.0 1.9 ‑2.6 ‑4.2 1.9 0.62015 T1 2.8 1.9 3.1 ‑0.2 0.1 0.2 ‑0.6 0.0 2.4 14.1 ‑4.9 3.2

T2 5.1 1.6 6.7 0.2 0.6 0.3 ‑0.2 1.2 ‑1.0 17.8 ‑5.2 3.0T3 7.2 0.5 10.2 0.7 0.6 0.4 0.1 1.6 ‑2.0 ‑1.4 1.0 1.9T4 7.9 ‑1.8 12.3 0.8 0.7 0.4 0.0 1.9 ‑2.6 ‑4.2 1.9 0.6

2015 Ago. 6.3 1.0 8.8 1.0 1.0 0.7 0.2 1.4 0.5 12.4 ‑0.3 3.2Set. 7.2 0.5 10.2 0.7 0.6 0.4 0.1 1.6 ‑2.0 ‑1.4 1.0 1.9Out. 6.9 0.2 9.9 0.9 0.9 0.7 0.3 1.8 ‑1.5 2.0 0.0 2.5Nov. 7.8 ‑0.7 11.7 1.1 1.2 0.9 0.7 1.9 ‑0.1 ‑1.4 ‑0.7 3.4Dez. 7.9 ‑1.8 12.3 0.8 0.7 0.4 0.0 1.9 ‑2.6 ‑4.2 1.9 0.6

2016 Jan. (p) 8.6 ‑2.4 13.7 0.9 0.8 0.6 0.4 1.9 ‑2.5 ‑9.5 2.3 ‑0.4

5 Moeda e crédito

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E 21Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

5.4 Empréstimos de IFM a sociedades não financeiras e famílias da área do euro 1)

(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) De acordo com o SEC 2010, em dezembro de 2014 as sociedades gestoras de participações sociais de grupos não financeiros foram reclassificadas do setor das sociedades

não financeiras para o setor das sociedades financeiras. Estas entidades estão incluídas nas estatísticas do balanço das IFM com as sociedades financeiras exceto IFM e sociedades de seguros e fundos de pensões.

3) Incluindo instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias.4) Correção do desreconhecimento de empréstimos no balanço das IFM devido à sua venda ou titularização.

Sociedades não financeiras 2) Famílias 3)

TotalAté 1 ano Superior a

1 e até 5 anos

Superior a 5 anos

Total Crédito ao consumo

Crédito à habitação

Outros empréstimosCorrigidos

de vendas e titularização de emprés‑

timos 4)

Corrigidos de vendas e titularização de emprés‑

timos 4)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Saldos

2013 4 353.6 4 407.7 1 065.7 740.9 2 547.0 5 222.8 5 546.6 573.6 3 853.7 795.52014 4 271.7 4 329.7 1 080.7 720.5 2 470.4 5 200.4 5 545.3 563.4 3 861.0 776.02015 4 273.4 4 333.7 1 038.2 758.5 2 476.7 5 307.5 5 638.7 595.6 3 948.3 763.62015 T1 4 301.5 4 357.4 1 089.2 734.6 2 477.8 5 234.0 5 570.3 567.8 3 890.9 775.3

T2 4 291.3 4 347.6 1 080.8 743.1 2 467.3 5 258.5 5 589.2 578.7 3 908.9 771.0T3 4 274.9 4 333.8 1 058.3 745.9 2 470.6 5 277.6 5 611.4 582.4 3 926.5 768.7T4 4 273.4 4 333.7 1 038.2 758.5 2 476.7 5 307.5 5 638.7 595.6 3 948.3 763.6

2015 Ago. 4 291.1 4 350.1 1 083.9 743.0 2 464.2 5 268.8 5 605.3 581.6 3 917.2 770.0Set. 4 274.9 4 333.8 1 058.3 745.9 2 470.6 5 277.6 5 611.4 582.4 3 926.5 768.7Out. 4 290.2 4 350.6 1 062.6 755.6 2 472.1 5 301.9 5 630.1 594.9 3 940.6 766.5Nov. 4 307.5 4 365.8 1 076.6 755.5 2 475.3 5 310.0 5 638.7 596.8 3 944.8 768.3Dez. 4 273.4 4 333.7 1 038.2 758.5 2 476.7 5 307.5 5 638.7 595.6 3 948.3 763.6

2016 Jan. (p) 4 289.1 4 352.3 1 048.5 765.3 2 475.2 5 311.7 5 642.9 596.3 3 952.0 763.4

Transações

2013 ‑132.9 ‑145.1 ‑44.3 ‑44.6 ‑44.0 ‑4.0 ‑15.0 ‑18.2 27.4 ‑13.22014 ‑60.9 ‑64.0 ‑14.2 2.3 ‑48.9 ‑15.4 5.9 ‑2.9 ‑3.4 ‑9.12015 0.6 6.3 ‑45.8 32.3 14.1 98.0 77.1 21.6 80.1 ‑3.62015 T1 8.3 5.7 ‑1.0 7.5 1.8 19.2 11.1 2.0 17.4 ‑0.2

T2 ‑0.3 0.9 ‑3.0 7.3 ‑4.5 30.7 20.8 9.4 22.5 ‑1.2T3 ‑6.0 ‑0.7 ‑19.1 4.0 9.2 24.7 26.5 5.2 19.8 ‑0.3T4 ‑1.4 0.4 ‑22.6 13.5 7.6 23.4 18.6 5.0 20.3 ‑1.9

2015 Ago. ‑0.8 0.3 4.1 ‑0.1 ‑4.9 9.1 8.0 2.4 6.4 0.3Set. ‑10.4 ‑9.8 ‑24.0 3.6 10.0 11.4 9.7 1.3 10.2 ‑0.1Out. 7.0 10.2 ‑5.6 10.1 2.5 15.0 7.5 3.0 12.5 ‑0.6Nov. 12.4 9.4 15.5 ‑2.4 ‑0.7 8.3 8.7 2.6 3.6 2.1Dez. ‑20.9 ‑19.1 ‑32.5 5.9 5.7 0.1 2.4 ‑0.6 4.2 ‑3.4

2016 Jan. (p) 21.0 22.9 13.2 5.4 2.4 6.4 6.0 1.1 4.8 0.4

Taxas de crescimento

2013 ‑2.9 ‑3.2 ‑4.0 ‑5.6 ‑1.7 ‑0.1 ‑0.3 ‑3.0 0.7 ‑1.62014 ‑1.4 ‑1.4 ‑1.3 0.3 ‑1.9 ‑0.3 0.1 ‑0.5 ‑0.1 ‑1.12015 0.0 0.1 ‑4.2 4.4 0.6 1.9 1.4 3.8 2.1 ‑0.52015 T1 ‑0.6 ‑0.7 ‑0.8 2.0 ‑1.3 0.0 0.3 ‑0.1 0.1 ‑0.8

T2 ‑0.2 ‑0.4 ‑1.1 2.2 ‑0.5 1.2 0.6 1.8 1.6 ‑0.9T3 0.1 0.1 ‑2.7 3.6 0.2 1.6 1.1 2.6 1.8 ‑0.5T4 0.0 0.1 ‑4.2 4.4 0.6 1.9 1.4 3.8 2.1 ‑0.5

2015 Ago. 0.2 0.2 0.1 2.6 ‑0.4 1.4 1.0 2.7 1.6 ‑0.5Set. 0.1 0.1 ‑2.7 3.6 0.2 1.6 1.1 2.6 1.8 ‑0.5Out. 0.3 0.4 ‑3.1 5.0 0.4 1.8 1.2 2.9 2.0 ‑0.4Nov. 0.7 0.7 ‑0.9 3.5 0.5 1.9 1.4 3.6 2.1 ‑0.2Dez. 0.0 0.1 ‑4.2 4.4 0.6 1.9 1.4 3.8 2.1 ‑0.5

2016 Jan. (p) 0.4 0.6 ‑3.1 4.6 0.7 1.9 1.4 4.0 2.0 ‑0.3

5 Moeda e crédito

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E 22Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

5.5 Contrapartidas do M3 exceto crédito a residentes na área do euro 1)

(EUR mil milhões e taxas de crescimento homólogas; dados corrigidos de sazonalidade; saldos e taxas de crescimento em fim de período; transações durante o período)

Responsabilidades das IFM Disponibilidades das IFMDetenções

da admi‑nistração central 2)

Responsabilidades financeiras a mais longo prazo face a outros residentes na área do euro

Disponibili‑dades

líquidassobre o exterior

Outras

Total Depósitos com prazo acordado

superior a 2 anos

Depósitos reembolsá‑

veis com pré‑aviso superior

a 3 meses

Títulos de dívida com

prazo superior a

2 anos

Capital e reservas

TotalAcordos de reporte com contrapartes

centrais 3)

Acordos de revenda a

contrapartes centrais 3)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Saldos

2013 261.7 7 311.0 2 371.2 91.5 2 507.2 2 341.1 1 146.5 150.2 183.8 121.92014 264.6 7 188.6 2 248.9 92.2 2 381.7 2 465.8 1 383.3 226.5 184.5 139.72015 278.3 7 069.6 2 184.2 79.8 2 254.1 2 551.5 1 331.3 283.4 205.9 135.62015 T1 283.2 7 320.9 2 258.5 90.6 2 395.7 2 576.1 1 505.6 240.1 236.3 160.6

T2 265.2 7 169.4 2 223.1 86.7 2 330.6 2 529.0 1 459.0 242.1 224.6 147.1T3 287.6 7 101.6 2 223.8 83.7 2 264.4 2 529.7 1 361.8 255.2 213.6 140.0T4 278.3 7 069.6 2 184.2 79.8 2 254.1 2 551.5 1 331.3 283.4 205.9 135.6

2015 Ago. 274.5 7 127.1 2 225.0 84.3 2 289.8 2 528.0 1 355.3 244.1 207.0 128.4Set. 287.6 7 101.6 2 223.8 83.7 2 264.4 2 529.7 1 361.8 255.2 213.6 140.0Out. 347.8 7 107.3 2 207.4 82.2 2 257.1 2 560.5 1 396.2 305.3 196.4 144.9Nov. 296.0 7 123.8 2 189.4 80.3 2 284.3 2 569.9 1 385.8 271.5 217.7 146.0Dez. 278.3 7 069.6 2 184.2 79.8 2 254.1 2 551.5 1 331.3 283.4 205.9 135.6

2016 Jan. (p) 306.0 7 054.7 2 174.5 78.6 2 224.5 2 577.1 1 309.8 308.8 213.8 141.7

Transações

2013 ‑44.9 ‑89.7 ‑19.0 ‑14.3 ‑137.3 80.9 362.0 ‑62.5 32.2 43.72014 ‑5.7 ‑162.5 ‑122.3 2.0 ‑151.4 109.1 238.4 ‑0.2 0.7 17.82015 7.5 ‑219.2 ‑104.0 ‑13.5 ‑203.8 102.0 ‑97.4 ‑10.2 21.4 ‑4.02015 T1 15.5 ‑36.8 ‑27.8 ‑2.6 ‑52.3 45.9 3.4 33.3 51.7 21.0

T2 ‑18.0 ‑87.4 ‑34.7 ‑3.9 ‑50.5 1.8 ‑0.3 ‑55.3 ‑11.8 ‑13.6T3 22.0 ‑37.6 6.1 ‑3.1 ‑58.5 17.9 ‑64.1 0.9 ‑11.0 ‑7.1T4 ‑11.9 ‑57.4 ‑47.5 ‑3.9 ‑42.4 36.4 ‑36.5 10.8 ‑7.7 ‑4.3

2015 Ago. 20.8 ‑14.4 ‑2.7 ‑1.4 ‑13.3 3.0 ‑19.5 ‑17.0 ‑0.3 ‑13.9Set. 12.8 ‑19.9 ‑1.1 ‑0.6 ‑25.1 6.9 7.4 6.9 6.6 11.6Out. 58.0 ‑33.9 ‑23.4 ‑1.5 ‑17.5 8.6 10.5 54.3 ‑17.2 5.0Nov. ‑51.8 ‑11.2 ‑21.1 ‑1.9 ‑6.2 18.0 ‑15.3 ‑40.3 21.3 1.1Dez. ‑18.1 ‑12.3 ‑3.0 ‑0.5 ‑18.6 9.8 ‑31.7 ‑3.2 ‑11.7 ‑10.4

2016 Jan. (p) 27.7 ‑31.3 ‑9.1 ‑1.2 ‑24.6 3.5 ‑28.2 15.4 7.9 6.9

Taxas de crescimento

2013 ‑14.7 ‑1.2 ‑0.8 ‑13.5 ‑5.1 3.4 ‑ ‑ 10.3 23.32014 ‑2.2 ‑2.2 ‑5.2 2.2 ‑6.0 4.6 ‑ ‑ 0.4 14.62015 3.1 ‑3.0 ‑4.6 ‑14.4 ‑8.4 4.1 ‑ ‑ 11.6 ‑2.92015 T1 5.5 ‑2.7 ‑5.9 ‑0.1 ‑6.8 4.6 ‑ ‑ 33.4 37.6

T2 ‑6.0 ‑3.0 ‑5.3 ‑3.4 ‑8.1 4.3 ‑ ‑ 31.0 23.5T3 11.8 ‑3.4 ‑3.7 ‑9.1 ‑9.3 3.0 ‑ ‑ 30.5 15.0T4 3.1 ‑3.0 ‑4.6 ‑14.4 ‑8.4 4.1 ‑ ‑ 11.6 ‑2.9

2015 Ago. ‑1.4 ‑3.2 ‑4.3 ‑7.9 ‑8.7 3.6 ‑ ‑ 20.3 9.8Set. 11.8 ‑3.4 ‑3.7 ‑9.1 ‑9.3 3.0 ‑ ‑ 30.5 15.0Out. 29.6 ‑3.5 ‑4.2 ‑10.1 ‑9.0 3.0 ‑ ‑ 7.2 19.6Nov. 10.3 ‑3.4 ‑4.9 ‑11.4 ‑8.8 3.6 ‑ ‑ 18.0 11.7Dez. 3.1 ‑3.0 ‑4.6 ‑14.4 ‑8.4 4.1 ‑ ‑ 11.6 ‑2.9

2016 Jan. (p) 3.4 ‑3.3 ‑4.4 ‑15.4 ‑8.9 3.5 ‑ ‑ 5.1 7.0

5 Moeda e crédito

Fonte: BCE.1) Os dados referem‑se à alteração da composição da área do euro.2) Inclui detenções da administração central de depósitos no setor das IFM e de títulos emitidos pelo setor das IFM.3) Dados não corrigidos de efeitos de sazonalidade.

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E 23Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

6 Evolução orçamental

6.3 Rácio da dívida pública em relação ao PIB(em percentagem do PIB; saldos em fim de período)

Fontes: BCE para os dados anuais; Eurostat para os dados trimestrais.

Total Instrumento financeiro Detentor Prazo original Prazo residual Moedas

Nu‑merário e depó‑

sitos

Emprés‑timos

Títulos de dívida

Credores residentes

Credores não resi‑

dentes

Até 1 ano

Superior a 1 ano

Até 1 ano

Superior a 1 e até

5 anos

Superior a 5 anos

Euro ou

moedas partici‑pantes

Outras moedas

IFM

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

2011 86.0 2.9 15.5 67.5 42.9 24.4 43.1 12.2 73.8 20.4 30.0 35.6 84.2 1.82012 89.3 3.0 17.4 68.9 45.5 26.2 43.8 11.4 78.0 19.7 31.7 37.9 87.2 2.22013 91.1 2.7 17.2 71.2 46.0 26.2 45.1 10.4 80.7 19.4 32.2 39.4 89.1 2.02014 92.1 2.7 17.0 72.4 45.3 26.0 46.8 10.1 82.0 19.0 32.1 41.0 90.1 2.02014 T4 92.1 2.7 17.0 72.4 . . . . . . . . . .2015 T1 92.9 2.7 16.8 73.4 . . . . . . . . . .

T2 92.3 2.8 16.2 73.3 . . . . . . . . . .T3 91.6 2.7 16.1 72.8 . . . . . . . . . .

6.1 Défice/excedente(em percentagem do PIB; fluxos durante um período de 1 ano)

Fontes: BCE para os dados anuais; Eurostat para os dados trimestrais.

Défice(‑)/excedente(+) Por memória:Défice (‑)/

excedente (+)primário

Total Administraçãocentral

Administraçãoestadual

Administraçãolocal

Fundos desegurança

social 1 2 3 4 5 6

2011 ‑4.2 ‑3.3 ‑0.7 ‑0.2 0.0 ‑1.22012 ‑3.7 ‑3.4 ‑0.3 0.0 0.0 ‑0.62013 ‑3.0 ‑2.6 ‑0.2 0.0 ‑0.1 ‑0.22014 ‑2.6 ‑2.2 ‑0.2 0.0 ‑0.1 0.12014 T4 ‑2.6 . . . . 0.12015 T1 ‑2.5 . . . . 0.1

T2 ‑2.4 . . . . 0.1T3 ‑2.1 . . . . 0.3

6.2 Receita e despesa(em percentagem do PIB; fluxos durante um período de 1 ano)

Receita DespesaTotal Receita corrente Receita

decapital

Total Despesa corrente Despesade

capital

2

Impostosdiretos

Impostosindiretos

Contri‑ buiçõessociais

líquidas

8

Remune‑ rações

dosempre‑ gados

Consumointermédio

Juros Paga‑ mentos

com finssociais

131 3 4 5 6 7 9 10 11 12

2011 44.9 44.5 11.6 12.6 15.1 0.4 49.1 44.8 10.4 5.3 3.0 22.2 4.32012 46.1 45.6 12.2 12.9 15.3 0.4 49.7 45.2 10.4 5.4 3.0 22.6 4.52013 46.6 46.1 12.5 12.9 15.5 0.5 49.6 45.5 10.4 5.4 2.8 23.0 4.12014 46.8 46.3 12.5 13.1 15.5 0.5 49.4 45.4 10.3 5.3 2.7 23.1 3.92014 T4 46.8 46.3 12.5 13.1 15.5 0.5 49.4 45.4 10.3 5.3 2.7 23.1 3.92015 T1 46.7 46.2 12.5 13.1 15.5 0.5 49.2 45.3 10.3 5.3 2.6 23.1 3.9

T2 46.6 46.2 12.6 13.1 15.5 0.5 49.0 45.2 10.3 5.3 2.5 23.1 3.8T3 46.6 46.1 12.6 13.1 15.4 0.5 48.7 45.0 10.2 5.3 2.5 23.1 3.7

Fontes: BCE para os dados anuais; Eurostat para os dados trimestrais.

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E 24Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

6.4 Variação homóloga do rácio da dívida pública em relação ao PIB e fatores subjacentes 1)

(em percentagem do PIB; fluxos durante um período de 1 ano)

Variação do rácio

da dívida em re‑lação

ao PIB2)

Défice (+)/ exce‑

dente (‑) primário

Ajustamento défice‑dívida Diferencial juros‑

‑cresci‑mento

Por memó‑ria: Neces‑sidades de

financia‑mento

Total Transações dos principais ativos financeiros Efeitos de reavali‑ação e outras

variações de volume

OutrosTotal Numerário

e depósitos

Emprés‑timos

Títulos de dívida

Ações e outras par‑ticipações

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 122011 2.1 1.2 0.2 ‑0.4 0.2 ‑0.2 ‑0.2 ‑0.1 0.4 0.2 0.8 3.92012 3.4 0.6 0.0 1.0 0.3 0.3 ‑0.1 0.5 ‑1.3 0.3 2.7 5.02013 1.7 0.2 ‑0.3 ‑0.6 ‑0.5 ‑0.4 ‑0.1 0.3 ‑0.1 0.4 1.9 2.72014 1.0 ‑0.1 0.0 ‑0.1 0.3 ‑0.2 ‑0.3 0.0 0.0 0.1 1.1 2.62014 T4 1.0 ‑0.1 0.0 ‑0.1 0.3 ‑0.1 ‑0.3 0.1 ‑0.1 0.2 1.1 2.72015 T1 0.8 ‑0.1 0.0 0.0 0.3 ‑0.1 ‑0.2 0.0 ‑0.1 0.1 0.9 2.6

T2 ‑0.6 ‑0.1 ‑0.9 ‑0.9 ‑0.3 ‑0.3 ‑0.2 ‑0.2 0.0 0.0 0.5 1.5T3 ‑0.6 ‑0.3 ‑0.5 ‑0.3 0.2 ‑0.3 ‑0.2 ‑0.1 0.0 ‑0.1 0.1 1.7

6.5 Títulos de dívida pública 1)

(serviço da dívida em percentagem do PIB; fluxos durante o período de serviço da dívida; taxas de rendibilidade nominais médias em percentagens por ano)

Serviço da dívida a 1 ano 2) Prazo residual

médio em anos 3)

Taxas de rendibilidade nominais médias 4)

Total Capital Juros Saldos Transações

Prazos até

3 meses

Prazos até

3 meses

Total Taxa variável

Cupão zero

Taxa fixa Emissões Reem‑bolsos

Prazos até 1 ano

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 132013 16.5 14.4 5.0 2.1 0.5 6.3 3.5 1.7 1.3 3.7 2.8 1.2 1.82014 15.9 13.9 5.1 2.0 0.5 6.4 3.1 1.5 0.5 3.5 2.7 0.8 1.62015 15.3 13.3 4.4 2.0 0.5 6.6 2.9 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.22014 T4 15.9 13.9 5.1 2.0 0.5 6.4 3.1 1.5 0.5 3.5 2.7 0.8 1.62015 T1 15.5 13.4 4.6 2.0 0.5 6.5 3.1 1.3 0.3 3.5 2.9 0.6 1.7

T2 15.4 13.4 4.9 2.0 0.5 6.6 3.0 1.3 0.2 3.4 2.9 0.5 1.5T3 15.5 13.5 4.4 2.0 0.5 6.6 2.9 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.4

2015 Ago. 15.3 13.4 4.4 2.0 0.5 6.6 2.9 1.2 0.1 3.4 2.9 0.4 1.5Set. 15.5 13.5 4.4 2.0 0.5 6.6 2.9 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.4Out. 15.9 13.9 4.3 2.0 0.5 6.6 2.9 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.4Nov. 16.0 14.0 4.7 2.0 0.5 6.5 2.9 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.4Dez. 15.3 13.3 4.4 2.0 0.5 6.6 2.9 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.2

2016 Jan. 15.4 13.4 5.4 2.0 0.5 6.6 2.8 1.2 0.1 3.3 3.0 0.4 1.2

Fonte: BCE.1) Registados ao valor nominal e não consolidados no setor das administrações públicas.2) Exclui pagamentos futuros relativos a títulos de dívida que ainda não venceram e reembolsos antecipados.3) Prazo residual no final do período.4) Saldos em fim de período; transações como média de 12 meses.

6 Evolução orçamental

Fontes: BCE para os dados anuais; Eurostat para os dados trimestrais.1) Os empréstimos intergovernamentais no contexto da crise financeira são consolidados à exceção dos dados trimestrais sobre o ajustamento défice‑dívida.2) Calculada como a diferença entre os rácios da dívida pública em relação ao PIB no final do período de referência e um ano antes.

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E 25Boletim Económico do BCE, Número 2 / 2016 – Estatísticas

Bélgica Alemanha Estónia Irlanda Grécia Espanha França Itália Chipre

1 2 3 4 5 6 7 8 9Défice (-)/excedente (+) público

2011 ‑4.1 ‑1.0 1.2 ‑12.5 ‑10.2 ‑9.5 ‑5.1 ‑3.5 ‑5.72012 ‑4.1 ‑0.1 ‑0.3 ‑8.0 ‑8.8 ‑10.4 ‑4.8 ‑3.0 ‑5.82013 ‑2.9 ‑0.1 ‑0.1 ‑5.7 ‑12.4 ‑6.9 ‑4.1 ‑2.9 ‑4.92014 ‑3.1 0.3 0.7 ‑3.9 ‑3.6 ‑5.9 ‑3.9 ‑3.0 ‑8.92014 T4 ‑3.1 0.3 0.7 ‑3.9 ‑3.6 ‑5.9 ‑3.9 ‑3.0 ‑8.92015 T1 ‑3.3 0.4 0.5 ‑3.6 ‑4.7 ‑5.9 ‑3.9 ‑3.0 ‑0.2

T2 ‑3.1 0.4 0.6 ‑3.0 ‑5.3 ‑5.5 ‑3.9 ‑2.9 ‑0.4T3 ‑3.0 0.8 0.7 ‑2.5 ‑5.4 ‑5.3 ‑3.7 ‑2.8 ‑0.9

Dívida pública

2011 102.2 78.4 5.9 109.3 172.0 69.5 85.2 116.4 65.82012 104.1 79.7 9.5 120.2 159.4 85.4 89.6 123.2 79.32013 105.1 77.4 9.9 120.0 177.0 93.7 92.3 128.8 102.52014 106.7 74.9 10.4 107.5 178.6 99.3 95.6 132.3 108.22014 T4 106.7 74.9 10.4 107.5 178.6 99.3 95.6 132.3 108.22015 T1 110.9 74.3 10.0 104.7 169.9 99.7 97.5 135.3 107.5

T2 109.3 72.5 9.9 102.1 168.9 99.3 97.7 136.0 110.4T3 108.7 71.9 9.8 99.4 171.0 99.3 97.0 134.6 109.6

Letónia Lituânia Luxemburgo Malta Países Baixos

Áustria Portugal Eslovénia Eslováquia Finlândia

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19Défice (-)/excedente (+) público

2011 ‑3.4 ‑8.9 0.5 ‑2.6 ‑4.3 ‑2.6 ‑7.4 ‑6.6 ‑4.1 ‑1.02012 ‑0.8 ‑3.1 0.2 ‑3.6 ‑3.9 ‑2.2 ‑5.7 ‑4.1 ‑4.2 ‑2.12013 ‑0.9 ‑2.6 0.7 ‑2.6 ‑2.4 ‑1.3 ‑4.8 ‑15.0 ‑2.6 ‑2.52014 ‑1.5 ‑0.7 1.4 ‑2.1 ‑2.4 ‑2.7 ‑7.2 ‑5.0 ‑2.8 ‑3.32014 T4 ‑1.6 ‑0.7 1.4 ‑2.1 ‑2.4 ‑2.7 ‑7.2 ‑5.0 ‑2.8 ‑3.32015 T1 ‑1.9 ‑0.8 0.7 ‑2.5 ‑2.0 ‑2.2 ‑7.2 ‑4.7 ‑2.8 ‑3.3

T2 ‑2.0 0.3 0.5 ‑2.2 ‑1.9 ‑2.2 ‑6.4 ‑4.6 ‑2.8 ‑2.8T3 ‑2.0 0.0 0.2 ‑1.7 ‑1.7 ‑2.4 ‑3.2 ‑4.1 ‑2.6 ‑2.9

Dívida pública

2011 42.8 37.2 19.2 69.8 61.7 82.2 111.4 46.4 43.3 48.52012 41.4 39.8 22.1 67.6 66.4 81.6 126.2 53.7 51.9 52.92013 39.1 38.8 23.4 69.6 67.9 80.8 129.0 70.8 54.6 55.62014 40.6 40.7 23.0 68.3 68.2 84.2 130.2 80.8 53.5 59.32014 T4 40.8 40.7 22.9 66.9 68.2 84.2 130.2 80.8 53.5 59.32015 T1 35.6 38.0 22.2 68.5 69.2 84.9 130.3 81.8 53.9 60.6

T2 35.3 37.6 21.6 67.4 67.1 86.3 128.6 80.8 54.3 62.4T3 36.4 38.1 21.3 66.3 66.3 85.3 130.5 84.1 53.5 61.2

6.6 Evolução orçamental nos países da área do euro(em percentagem do PIB; fluxos durante um período de 1 ano e saldos em fim de período)

6 Evolução orçamental

Fonte: Eurostat.

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A data de fecho das estatísticas incluídas nesta publicação foi 9 de março de 2016.

ISSN 2363‑3530 (online)N.º de catálogo da UE QB‑BP‑15‑002‑PT‑N (online)

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