Boletim

Ecetistas em Lutargo da corrente nacional Ecetistas em Luta- Distribuio gratuita -

PLENRIA NACIONAL DA FENTECT COMEA HOJEA Plenria Nacional

da Fentect vai aconte-cer hoje. Delegados e observadores de vrios estados esto em Bra-slia para debater a or-ganizao da luta con-tra o Postal Sade.

Mesmo com o boi-cote aberto dos sindi-calistas traidores, que querem aceitar o golpe da Mesa de Negociao Permanente que a ECT formou para fazer a ca-tegoria engolir o Postal Sade, a Plenria acon-tece hoje.

O principal ponto de discusso da Plenria Nacional ser o Postal Sade. A empresa quer a todo o custo privati-zar o plano de sade da categoria, colocan-do em prtica o Postal Sade. Para aprovar esse golpe, a direo da ECT est ressusci-tando o velho Balco de Negcios com os sindicalistas traidores. A jogada da vez jun-

tar os presidentes dos sindicatos pelegos e, sem nenhuma parti-cipao da categoria, aprovar o Postal Sa-de. Nessa reunio, que est sendo chamada de Mesa Nacional de Ne-gociao Permanente a empresa vai oferecer benesses para os sin-dicalistas, disfaradas com algumas migalhas que sero apresenta-das para os trabalha-dores como grande vitria. Enquanto isso, aprovam o Postal Sa-de, que vai representar a maior perda da cate-goria de todos os tem-pos.

Para se contrapor a esse golpe, os elemen-tos combativos da Fen-tect, componentes do Movimento de Oposio ao Peleguismo (MOPe), convocaram a Plenria Nacional para mobilizar os trabalhadores. So-mente com uma ampla discusso e a mobiliza-

o da categoria ser possvel derrotar o Pos-tal Sade e a privatiza-o do Convnio Mdico. necessrio organizar a greve ainda para de-zembro para derrotar o Postal Sade.

Alm da discusso sobre o Postal Sade, a Plenria Nacional vai debater tambm o ca-lote que a ECT quer dar nos passivos do PCCS 95. Alguns sindi-catos ganharam aes na Justia obrigando a ECT a pagar o que deve aos trabalhadores. No entanto, a direo da ECT afirmou que vai dar o calote na catego-ria. Alguns sindicatos, como Campinas E Vale do Paraba, j esto em estado de greve contra esse calote.

A Plenria Nacional deve organizar verda-deiramente a luta unifi-cada dos trabalhadores contra esses ataques da empresa.

PARA ORGANIZAR A LUTA DA CATEGORIA

Trabalhadores de vrios estados esto presentes em Braslia para debater os rumos da luta contra o Postal Sade

ECETISTAS EM LUTA CONVIDA: PARTICIPE DA NOSSA FESTA DE REVEILLON

Venha confraternizar e celebrar as mobilizaes e avanos de 2013 e as perspectivas de crescimento da luta em 2014, em um ambiente de camaradagem socialista.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013Edio Minas Gerais - ano IX- n 936 -

Entre em contato com Ecetistas em Luta na Internet: www.sintectmg.wordpress.com Receba o boletim Ecetistas em Luta por e-mail, escreva para: sintectmg@ig.com.br - fone: (31) 3224-0752

O QUE MOSTRA A CRISE DA REDE GLOBONo dia 5 de dezembro, o Jor-

nal Nacional teve a pior audi-ncia da sua histria durante a semana 21,1 pontos.

A meta da emissora para o horrio, que o mais caro para propagandas, de 30 pontos. Mas isso tambm j representa uma queda. Nas primeiras trs dcadas de existncia, a mdia de audinca do programa era de 40 pontos. Ou seja, nessa quinta apenas metade do n-mero de telespectadores origi-nal assistiu o jornal.

Nas dcadas e 1970 e 1980, o Jornal Nacional no era ape-nas lder de audincia; ele pos-suia o monoplio da notcia televisiva, com uma mdia de 80% de audincia. Hoje essa mdia est em 27%.

A crise no s do Jornal Nacional, ela acompanha uma despencada geral da audincia da Rede Globo. Para se ter uma ideia, de 1990 a 2009, a audi-ncia mdia da emissora caiu de 25,3 pontos para 16,8.

Mas ainda assim o Jornal Na-cional o principal afetado. Em-bora venha numa lenta e pratica-mente ininterrupta queda desde o ano 2000, o ano de 2012 abriu a crise definitivamente.

importante sempre lem-brar que a Rede Globo conquis-tou o monoplio durante a dita-dura. na dcada de 1960 que o medocre jornal O Globo de Roberto Marinho conseguiu ex-pandir para se transformaram no principal grupo de impren-sa do Pas. Na dcada de 1970, eram os propagandistas oficiais do regime militar e dominavam de tal modo a televiso que a BBC inglesa fez um document-rio especialmente sobre a Rede Globo e a influncia e monop-lio da comunicao que exis-tia no pas. O filme, intitulado Muito alm do Cidado Kane, foi banido do Brasil pela Rede Globo, assim como muitas ou-tras publicaes desagradveis para a emissora.

Para tentar esconder a de-cadncia da Globo, muitas ex-plicaes foram apresentadas. Diante da queda vertiginosa que ocorreu no ano passado, em que o Jornal Nacional per-deu oito pontos de audincia em apenas seis meses, a ex-

plicao foram as eleies, que teriam, com o horrio poltico, que teria espantado os teles-pectadores. No difcil provar como isso falso. Em primeiro lugar, porque em dcadas de horrio poltico gratuito, essa a primeira vez que se regis-trou queda to grande. Em se-gundo lugar, porque a queda no parou aps as eleies. J o tombo desse ano, que no eleitoral e conquistou a marca negativa de audincia, a culpa seriam das telenovelas. Essas sempre foram de pssima qua-lidade e tiveram muitos maus momentos que, no entanto, no afetaram ou afetaram mui-to pouco o pblico do JN. Alm disso, a atual novela nas nove horas teve uma razovel reper-cusso, mantendo-se dez pon-tos acima do jornal.

Outro vilo seria a internet, que teria tirado o pblico da frente da televiso; outra expli-cao falsa.

A Rede Globo no est em crise por razes circunstanciais ou pela evoluo dos meios de comunicao. A crise tem raiz puramente poltica e isso que a emissora no quer admitir de maneira nenhuma.

As pessoas esto deixando de assistir a Globo porque est ficando cada vez mais clara a contradio entre os interes-ses da populao e aqueles que dfendem essa empresa. um problema puramente poltico.

Se as pessoas trocaram a busca de notcias da televiso pela internet, pois disso que se trata, justamente porque nessa ltima h uma gigan-tesca diversidade de fontes de informao, o que no ocor-re com a televiso, que um monoplio. Durante as mani-festaes de junho, a imprensa independente teve um grande crescimento. Foi o que aconte-ceu, por exemplo, com a Midia Ninja, que fazia uma cobertura ao vivo de dentro das manifes-taes, revelando abusos po-liciais, entre outros. Com esse crescimento, que se deu tam-bm por motivos polticos, pois os ninjas mostravam o que a televiso oculta e manipula de todas as maneiras, eles foram duramente atacados por toda

a imprensa capitalista, que v seu monoplio ameaado pela internet. Mas a ameaa no porque a internet seja um meio novo, mas sim porque um meio onde os monoplios per-dem muito da sua importncia e h uma maior liberdade de expresso. Isso tambm expli-ca o avano contnuo da bur-guesia, brasileira e mundial, sobre a internet, numa tentati-va de censur-la.

No foi toa que aps as manifestaes de junho, um editorial de O Globo procurava se desculpar pelo apoio dado ditadura militar. Outro fato que mostra isso que apesar da queda generalizada, o prin-cipal afetado o prprio Jornal Nacional, ou seja, a parte mais diretamente poltica, em que a Globo apresenta sua verso so-bre os acontecimentos, d des-taque aos temas que lhe so de interesse, oculta outros, apre-senta solues, faz campanha contra os movimentos, greves e assim por diante.

justamente o corao da emissora e sem o qual sua in-fluncia passa a ser residual.

A crise que a Globo expres-sa de maneira incontestvel, vem afetando de um modo ge-ral toda a imprensa capitalista, inclusive internacional. H al-guns anos, o New York Times anunciou a venda de parte de seu prdio recm construdo e, mais recentemente, o Washing-ton Post, jornal norte-america-no responsvel, por exemplo, pela denncia e consequente escndalo do caso Watergate, foi vendido.

A rejeio se torna ainda mais importante se considerar-mos que nem mesmo durante a crise da ditadura e em diversos outros momentos de eferves-cncia poltica, a Rede Globo entrou em uma desbarranca-da como essa. O que a situa-o mostra que a conscincia crescente sobre a contradio de interesses defendidos pela imprensa capitalista e aqueles da populao, esto colocando na ordem do dia a construo de uma imprensa operria in-dependente, que esteja a ser-vio dos trabalhadores. isso o que pede a situao.

Boletim Ecetistas em Luta - edio Minas Gerais - n 936 quinta-feira, 12 de dezembro de 2013