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Boletim do Instituto Hidrográfico Hidromar N.º 93, II Série, Março 2006 SUMÁRIO 2 Tomada de posse do DG 3 Conheça do VALM José Augusto de Brito 4 Entrevista com o Director-Geral 6 DG nas Instalações Navais da Azinheira 7 Perspectiva da Actividade Técnica ou Científica do IH 8 Peritagem de Navegação ao encalhe do N/M «CP Valour» Sistema de Gestão de Laboratório do IH 10 Sistema de Informação de Climatologia Meteo-Oceanográfica 11 SIG de Caracterização Ambiental 12 Observação do fluxo de água mediter. sobre a fossa Álvares Cabral 13 Interface gráfica para a previsão de agitação marítima 14 NRP Andrómeda – de regresso ao mar 17 O IH na Nauticampo 2006 20 Entrega de comando do Agrupamento de Navios Hidrográficos Novo Chefe de Finanças e Contabilidade 21 Escola de Hidrografia e Oceanografia tem novo Director Cadete TSN Sónia Godinho Raquel Patrício Gomes no MDN 22 Entrega de Diplomas Aspirante TSN RC Rui Guerreiro na divisão de Hidrografia 23 Actividades das divisões e navios hidrográficos 24 IH participa no 4.º Encontro de utilizadores ESRI Congresso da Água 25 Grupo Internacional de Avaliação dos Laboratórios do Estado Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição 26 Universidade de Aveiro Visita de Estudo do Curso de Informação Cartográfica 1.º Curso Geral Naval de Guerra 27 Capitães dos Portos 2006 Secretário-geral do Mar Francês visita o IH 28 Ministro da Defesa Nacional da República da Tunísiavisita o IH Hidromar n.º 93, Março 2006 1 Vice-almirante José Augusto de Brito tomou posse como Director-Geral do Instituto Hidrográfico, no passado dia 17 de Janeiro, na casa da Balança. Numa concorrida cerimónia a que se associaram inúmeros oficiais generais da Armada, estiveram também pre- sentes dirigentes e representantes dos Laboratórios do Estado e de outras ins- tituições científicas nacionais e fun- cionários do Instituto Hidrográfico. A alocução do Chefe do Estado- -Maior da Armada, Almirante Melo Gomes, do qual se transcrevem algumas passagens, iniciou, assim, a cerimónia oficial de tomada de posse do Vice-almirante Augusto de Brito. Discurso do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada O Instituto Hidrográfico é um órgão especial para a Marinha, onde o conhe- cimento científico brota do trabalho de investigação desenvolvido no mar e se cruza com os desenvolvimentos tec- nológicos mais recentes, para produzir novas ferramentas e disponibilizar novos dados, tão importantes para uma multi- plicidade de actividades de âmbito militar ou civil, profissio- nal ou de lazer. O trabalho desenvolvido no Instituto é o garante das crescentes necessidades de segurança da navegação, traz um enorme valor acrescentado à fiabilidade com que se anda no mar e contribui para a riqueza e prestígio do País. Senhor Almirante Augusto de Brito, ao escolhê-lo para dirigir o Instituto Hidrográfico, considerei que as suas características, evidenciadas ao longo da sua brilhante carreira naval, que tenho seguido com apreço, se adap- tavam aos múltiplos desafios que se apresentam a esta instituição, designa- damente no contexto da reforma das instituições públicas, e na integração no espaço europeu de investigação. No meu entendimento, é a sua inser- ção na Marinha que lhe dá força e sen- tido estratégico, permitindo uma rela- ção custo-eficácia nunca atingível com outra solução. Este é um desafio impor- tante que irá reforçar o papel do IH no tecido científico nacional, aumentar o acesso a sectores relevantes da econo- mia e da sociedade, dar-lhe maior visi- bilidade na comunidade científica e maiores possibilidades de cooperação com outras instituições de investiga- ção e ensino superior, potenciando, assim, a abertura da Marinha à socie- dade civil, com benefícios mútuos e com ganhos importantes para o País. Demos «novos mundos ao mundo» mas não sabemos bem o que existe na nossa vizinhança imediata. Cumpre ao IH contribuir para o esclarecer, nomeadamente, como o seu nome indica, na HIDROGRAFIA, ou seja, na DESCRIÇÃO da ÁGUA, providenciando os dados fundamen- tais para o uso económico e militar dos espaços marítimos, onde se incluem os relativos às operações navais e anfíbias, onde quer que a Esquadra tenha que ser empregue. Acredito na crescente Tomada de posse do Director-Geral Tomada de posse do Director-Geral O

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B o l e t i m d o I n s t i t u t o H i d r o g r á f i c o

HidromarN.º 93, II Série, Março 2006

S U M Á R I O2 Tomada de posse do DG3 Conheça do VALM José Augusto de Brito4 Entrevista com o Director-Geral6 DG nas Instalações Navais da Azinheira7 Perspectiva da Actividade Técnica ou Científica do IH8 Peritagem de Navegação ao encalhe do N/M «CP Valour»

Sistema de Gestão de Laboratório do IH10 Sistema de Informação de Climatologia Meteo-Oceanográfica11 SIG de Caracterização Ambiental12 Observação do fluxo de água mediter. sobre a fossa Álvares Cabral

13 Interface gráfica para a previsão de agitação marítima14 NRP Andrómeda – de regresso ao mar17 O IH na Nauticampo 200620 Entrega de comando do Agrupamento de Navios Hidrográficos

Novo Chefe de Finanças e Contabilidade21 Escola de Hidrografia e Oceanografia tem novo Director

Cadete TSN Sónia GodinhoRaquel Patrício Gomes no MDN

22 Entrega de DiplomasAspirante TSN RC Rui Guerreiro na divisão de Hidrografia

23 Actividades das divisões e navios hidrográficos24 IH participa no 4.º Encontro de utilizadores ESRI

Congresso da Água25 Grupo Internacional de Avaliação dos Laboratórios do Estado

Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição26 Universidade de Aveiro

Visita de Estudo do Curso de Informação Cartográfica1.º Curso Geral Naval de Guerra

27 Capitães dos Portos 2006Secretário-geral do Mar Francês visita o IH

28 Ministro da Defesa Nacional da República da Tunísiavisita o IH

Hidromar n.º 93, Março 2006 1

Vice-almirante José Augusto de Brito tomou possecomo Director-Geral do Instituto Hidrográfico, nopassado dia 17 de Janeiro, na casa da Balança.

Numa concorrida cerimónia a que se associaram inúmeros oficiais generais da Armada, estiveram também pre-sentes dirigentes e representantes dosLaboratórios do Estado e de outras ins-tituições científicas nacionais e fun-cionários do Instituto Hidrográfico.

A alocução do Chefe do Estado--Maior da Armada, Almirante MeloGomes, do qual se transcrevem algumas passagens, iniciou, assim, acerimónia oficial de tomada de possedo Vice-almirante Augusto de Brito.

Discurso do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada

O Instituto Hidrográfico é um órgãoespecial para a Marinha, onde o conhe-cimento científico brota do trabalho deinvestigação desenvolvido no mar e secruza com os desenvolvimentos tec-nológicos mais recentes, para produzir novas ferramentas e disponibilizar novos dados, tão importantes para uma multi-plicidade de actividades de âmbito militar ou civil, profissio-nal ou de lazer. O trabalho desenvolvido no Instituto é o garantedas crescentes necessidades de segurança da navegação, trazum enorme valor acrescentado à fiabilidade com que se andano mar e contribui para a riqueza e prestígio do País.

Senhor Almirante Augusto de Brito,

ao escolhê-lo para dirigir o Instituto Hidrográfico, considereique as suas características, evidenciadas ao longo da sua brilhante carreira naval, que tenho seguido com apreço, se adap-

tavam aos múltiplos desafios que seapresentam a esta instituição, designa-damente no contexto da reforma dasinstituições públicas, e na integraçãono espaço europeu de investigação.

No meu entendimento, é a sua inser-ção na Marinha que lhe dá força e sen-tido estratégico, permitindo uma rela-ção custo-eficácia nunca atingível comoutra solução. Este é um desafio impor-tante que irá reforçar o papel do IH notecido científico nacional, aumentar oacesso a sectores relevantes da econo-mia e da sociedade, dar-lhe maior visi-bilidade na comunidade científica emaiores possibilidades de cooperaçãocom outras instituições de investiga-ção e ensino superior, potenciando,assim, a abertura da Marinha à socie-dade civil, com benefícios mútuos ecom ganhos importantes para o País.Demos «novos mundos ao mundo» mas

não sabemos bem o que existe na nossa vizinhança imediata.Cumpre ao IH contribuir para o esclarecer, nomeadamente,como o seu nome indica, na HIDROGRAFIA, ou seja, na DESCRIÇÃO da ÁGUA, providenciando os dados fundamen-tais para o uso económico e militar dos espaços marítimos, ondese incluem os relativos às operações navais e anfíbias, onde querque a Esquadra tenha que ser empregue. Acredito na crescente

Tomada de possedo Director-GeralTomada de possedo Director-Geral

O

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INSTITUTO HIDROGRÁFICORua das Trinas, 49 – 1249-093 LISBOA • PORTUGAL

Telefone +351 210 943 000Fax +351 210 943 299

e-mail [email protected] www.hidrografico.pt

TÍTULO HIDROMAR – Boletim do Instituto Hidrográfico (IH)

NÚMERO 93, II Série, Março 2006

REDACÇÃO E COORDENAÇÃO Paula Mourato [email protected]

FOTOGRAFIA Gabinete de Multimédia

DESIGN GRÁFICO Jorge Tavares

EXECUÇÃO GRÁFICA Serviço de Artes Gráficas

TIRAGEM 1000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL 98579/96

ISSN 0873-3856

Boletim do Instituto Hidrográfico N.º 93, II Série, Março 2006

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

Hidromar

Hidromar n.º 93, Março 20062

valorização da actividade de investiga-ção científica no mar como meio dedesenvolvimento do País, mas tambémconheço as restrições financeiras que nostêm afectado e nos vão continuar a afec-tar no imediato. Por isso, e sem reduziro contributo para o progresso nacional,importa continuar o empenhamento doIH na actividade operacional. É necessá-rio, com pragmatismo, rentabilizar osmeios existentes e privilegiar o que fazparte do core business do Instituto. Tudoo resto será importante, cada vez maisimportante, mas não fundamental! Emtermos concretos, realço como prioridade,manter o foco nas actividades de RapidEnvironmental Assessment, em apoio da

Esquadra e das alianças de que somosparte, nomeadamente a NATO. Saliento,também, os levantamentos no âmbito daguerra de minas, bem como a participa-ção na edificação do Destacamento deGuerra de Minas, ambos com impactedirecto no produto operacional da Mari-nha, apoiando os meios que servem naprimeira linha de exigência operacional.Como contribuinte líquido para mitigaro risco público nas actividades ligadas aomar e para o conhecimento e valorizaçãodos seus recursos naturais, incumbirá tam-bém ao senhor almirante Brito continuara afirmação da utilidade e interdepen-dência do IH, e da Marinha, no País. Nesteâmbito, sublinho os levantamentos que

permitirão identificar as características geo-morfológicas da margem continental por-tuguesa, tendo em vista o alargamentoda Plataforma Continental. Não menosimportante será o incremento das acçõesde cooperação com instituições nacionaise estrangeiras, designadamente com osPALOP. No contexto da cooperação,assume particular relevância a disponi-bilização dos recursos de que a Marinhadispõe, únicos no País e cada vez maissolicitados, à medida que o estudo domar se alarga nas universidades portu-guesas: os navios hidrográficos. Haveráque optimizar a capacidade operacionaldo NRP D. Carlos I, promovendo a suautilização multidisciplinar, e ultimar a con-

versão do NRPAlmi-rante Gago Coutinho,no tocante aos com-promissos depen-dentes da Marinha e,ao mesmo tempo,demonstrar às enti-dades externas o mé-rito do investimentonestes dois navios,pelas mais valias quetrazem ao País.

Como tenho afir-mado, estou conven-cido que é através daevidência da sua uti-lidade que a Marinhapode granjear apoiosexternos.

Tudo o que mencionei, senhor almi-rante Brito, levaria a pensar, naturalmente,no reforço dos recursos humanos e mate-riais ao dispor do Instituto que agora passaa dirigir. O facto é que, como bem conhece,não irá ser assim. A Marinha vive umperíodo de aperto orçamental e de dimi-nuição significativa dos seus recursoshumanos. Esta situação exigirá medidasde excepção e a imposição de sacrifíciosque não podemos ignorar.

Nesta envolvente, o cargo que agoraassume não será fácil! Porém, conto coma sua determinação e imaginação paramotivar as pessoas e ultrapassar barrei-ras. Só incrementando lógicas de rela-cionamento e de colaboração funcional

entre os vários sectores da Marinha, e tam-bém com outras entidades correlaciona-das, com criatividade e dedicação de todos,será possível ter sucesso.

Acredito na sua capacidade de lide-rança para o conseguir. Tenha a certezado meu apoio, sempre que dele neces-site. Senhor almirante, muito trabalho,bons ventos e mar de feição!

Discurso do Director-Geral

Ter sido escolhido para dirigir umainstituição tão prestigiada como é o Ins-tituto Hidrográfico, é um privilégio quemuito me honra. Manter a tradição deexcelência desta Instituição, constitui umdesafio a que me dedicarei, no cumpri-mento desta nova missão que hoje inicio.

Não poderia deixar de referir que estacerimónia assume, ainda, outro significado.Após duas comissões ao serviço da Mari-nha, mas fora dela, primeiro no SACLANTe recentemente no Estado-Maior-Generaldas Forças Armadas, esta cerimónia marcao meu regresso à Marinha, situação quemuito me apraz registar.

Senhores Oficiais, Minhas Senhoras eMeus Senhores,

Considero que a vossa presença nestacerimónia constitui, mais do que um actode cortesia ou de amizade para comigo,uma prova de apreço pelo Instituto Hidro-gráfico e pelo que ele representa para aMarinha e para o País.

Muito obrigado a todos vós pela vossapresença nesta cerimónia que se revestede um tão especial significado para mim.

Senhor Almirante Chefe do Estado--Maior da Armada,

Ao longo da minha carreira, tenho tidoa oportunidade de me aperceber da exce-lência dos trabalhos, e de constatar a qua-lidade dos produtos elaborados pelo IH.Daí o prestígio, nacional e internacional,de que esta Instituição tão merecidamentedesfruta. Este prestígio só se alcança comdedicação, competência, profissionalismoe motivação, valores que norteiam o pes-

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Hidromar n.º 93, Março 2006 3

soal, militar e civil, que presta serviço nestepilar da Marinha. A massa humana do IHé, e continuará a ser, a sua grande maisvalia.

Inicio, pois, as minhas funções, confiantepor três razões:

Primeiro, pela certeza de que terei sobas minhas ordens um grupo altamente qua-lificado, competente e dedicado, que con-tinuará a prestar serviços de qualidade àMarinha e ao país.

Segundo, porque estou certo de que aMarinha, apesar dos condicionalismos con-junturais de todos conhecidos, continuaráa apoiar o IH. Duas áreas são, particular-mente, essenciais à actividade do Instituto:

• os meios navais hidro-oceanográficos;• e os recursos humanos.

Sem o apoio da Marinha nestas áreaso IH ficaria fortemente condicionado nocumprimento da sua missão.

Das acções e projectos em curso realço,pela sua importância, os seguintes:

• o aprontamento do NRP « AlmiranteGago Coutinho», que duplicará a capa-cidade operacional oceânica;

• e a construção de um novo edifício,para receber a Escola de Hidrografiae Oceanografia e serviços de apoio,e que constitui uma obra fundamen-tal a que urge dar seguimento.

A aguardada promulgação da LeiOrgânica, oportunamente proposta à tutela,permitirá, ainda:

• ajustar a estrutura orgânica do IH;• e melhorar a qualificação dos recur-

sos humanos,a fim de poder vencer os desafios dofuturo, quer como OCAD da Marinha,quer como Laboratório do Estado.

Ao V/Alm. Viegas Filipe o meu muitoobrigado pela sua disponibilidade e pelocuidado que pôs na entrega do Instituto.Aproveito para lhe desejar o maior sucessonas suas novas e importantes funções.

Senhor Almirante Chefe do Estado--Maior da Armada,

O regresso de Portugal ao mar, apósdécadas de esquecimento, constitui um pro-jecto nacional. Passo a passo, o país vaidesbravando caminho, com o objectivo devalorizar o mar como fonte de conhecimento,de riqueza e de desenvolvimento. Nestepercurso, o IH terá, certamente, um papelpreponderante a desempenhar. A sua mis-são, as capacidades únicas que detém a nívelnacional, e, mais importante, a experiên-cia profissional e o saber acumulados no

estudo do mar, constituem factores fun-damentais para essa relevância.

Abre-se, no horizonte do futuro, ummundo de oportunidades que o IH não dei-xará de aproveitar em prol da Marinha edo País.

Senhor Almirante Chefe do Estado--Maior da Armada,

Ao IH incumbe: «assegurar as activi-dades relacionadas com as ciências e téc-nicas do mar, aplicá-las na área militar econtribuir para o desenvolvimento do Paísnas áreas científica e da defesa do ambientemarinho».

É esta a missão que me proponho cum-prir!

A minha ambição será a de manter oInstituto na vanguarda do conhecimentonas áreas da:

• hidrografia;• da cartografia;• dos métodos e segurança da nave-

gação;• da oceanografia física;• da química e poluição do meio mari-

nho;• da geologia marinha;• e dos sistemas de informação geo-

gráfica.

O meu propósito último será o de melho-rar o apoio às operações navais, satisfazeras necessidades da Marinha e incrementara contribuição, como Laboratório do Estado,para o desenvolvimento científico e tec-nológico do País.

Muito obrigado!

ConheçaO Vice-Almirante José Augusto de BritoDirector-Geral do Instituto Hidrográfico

O Vice-almirante José Augusto de Britotem 57 anos de idade e 40 anos deserviço.

Frequentou o Curso de Marinha da EscolaNaval em 1965/69, sendo promovidoa Guarda-Marinha em 69.

Especializou-se em Armas Submarinase possui, entre outros, os Cursos Gerale Superior Naval de Guerra, os Cur-sos de «Táctica e Operações Navais»,«Maritime Tactical Course», «MineWarfare Planning for International Offi-cers Course» e ainda diversos cursostécnicos de aperfeiçoamento e de actua-lização.

Esteve embarcado em várias unidadesnavais, tendo comandado os NRPQuanza, João Roby e Cte. Roberto Ivens.Foi, ainda, Chefe do Serviço de ArmasSubmarinas no NRP Cte. João Belo,Chefe do Serviço de Navegação noNRP S. Gabriel e Oficial Imediato doNRP Afonso Cerqueira.

Em terra, foi Director interino do CITAN,Director de Instrução da Escola de ArmasSubmarinas, Comandante da Esqua-drilha de Escoltas Oceânicos e 2.ºComandante da Flotilha.

Desempenhou as funções de «Chief StaffOfficer do (COMSTANAVFORLANT)»e funções no Quartel General doSACLANT em Norfolk, USA, entre 1998e 2001.

Entre Setembro de 2002 e Janeiro de2006, desempenhou o Cargo de Chefeda Divisão de Operações do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

Em Janeiro de 2006 foi nomeado Direc-tor-Geral do Instituto Hidrográfico,cargo que exerce actualmente.

Da sua folha de serviços constam várioslouvores e condecorações, de que sedestacam três medalhas de Prata deServiços Distintos, Medalhas de MéritoMilitar de 2.ª e 3.ª Classe, Medalha deOuro e Prata de Comportamento Exem-plar e duas Medalhas de Cruz Navalde 2.ª Classe.

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Hidromar n.º 93, Março 20064

Hidromar (H): Senhor Almirante JoséAugusto de Brito ao longo da sua vastacarreira naval regressa à Marinha, apóster estado algum tempo fora, em Insti-tuições de grande prestígio, no SACLANTe por último no EMGFA. Como pers-pectiva esta sua comissão no InstitutoHidrográfico?

Vice-almirante Augusto de Brito(VALM DG): Em primeiro lugar, gosta-ria de aproveitar, para cumprimentar opessoal militar e civil que presta serviçono Instituto Hidrográfico, nos navioshidrográficos da Marinha e brigadashidrográficas.

Tive oportunidade de me aperceberda excelência dos trabalhos, e de cons-tatar a qualidade dos produtos elabora-dos pelo Instituto Hidrográfico. Daí oprestígio Nacional e Internacional, de queesta Instituição tão merecidamente des-fruta e a honra que sinto por ter sidoescolhido para dirigir o Instituto Hidro-gráfico.

(H): Sr. Almirante, ao iniciar o seumandato de director-geral do InstitutoHidrográfico, quais os principais objec-tivos que se propõe atingir?

(VALM DG): Na formulação estra-tégica, efectuada no ano passado, o Ins-tituto Hidrográfico identificou comograndes objectivos: a investigação cien-tífica e o desenvolvimento tecnológicoem ciências do mar; a valorização orga-nizacional e dos recursos humanos; e amodernização dos meios operacionais edas infra-estruturas de apoio.

Dependente da aprovação do projectode lei orgânica elaborado, em processode aprovação em sede governamental,importará ajustar a organização do Ins-tituto Hidrográfico aos novos desafios,enquadrado nas suas duas vertentes, deOrganismo Central de Administração eDirecção da Marinha e de Laboratório doEstado. Este processo viabilizará a cria-ção de um novo quadro de pessoal, quejulgo ser essencial para a concretizaçãodo primeiro objectivo enunciado.

Naturalmente, a minha primeirapreocupação reside nos recursos huma-nos. Teremos de planear e incrementara formação contínua de todo o pessoale preencher as lacunas existentes, nomea-

damente de investigadores e técnicos.No âmbito do SIADAP, procurarei poten-ciar este novo modelo de avaliação comouma oportunidade para reconhecer e pre-miar os melhores assim como incentivara qualificação de todos.

Amodernização das infra-estruturasde apoio está em curso e os novos labo-ratórios de química e de geologia serãouma realidade muito em breve. Pretendolevar por diante o processo de constru-ção do um novo edifício, visando insta-lar a Escola de Hidrografia e Oceano-grafia em condições adequadas aosnovos desafios que se lhe colocam, bem

como os sectores da alimentação, saúdee pessoal. Este projecto permitirá aindadar novas condições à Loja do Nave-gante, facto que poderá contribuir posi-tivamente para a imagem do Instituto.

Considero estruturantes o processode certificação do Instituto Hidrográficoe de acreditação dos laboratórios de quí-mica e geologia e o projecto da oficinade calibração e reparação de instrumentosoceanográficos e meteorológicos. Serãoiniciados em breve e o Instituto irá, comcerteza, beneficiar a médio prazo doesforço agora realizado.

Por último, destaco o projecto de con-versão e reequipamento do NRP Almi-rante Gago Coutinho em navio hidro-oceanográfico, que considero essencialpara o futuro do Instituto Hidrográfico.

(H): A investigação científica e odesenvolvimento tecnológico em ciên-cias do mar são de importância deci-siva, sobretudo na vertente de Labora-tório do Estado. Quais as suas linhasde acção para esta área de actividade?

(VALM DG): Trata-se de uma áreade actividade e de afirmação do Insti-tuto Hidrográfico bastante abrangente.

Deveremos procurar incrementar a participação em projectos de I&D.Actualmente participamos, com insti-tuições nacionais e estrangeiras, emdiversos projectos. A nossa aposta emprojectos multidisciplinares estrutu-rantes deverá ser mantida, constituindoum factor de desenvolvimento susten-tado das nossas capacidades e dosmeios tecnológicos.

Neste domínio, deveremos articularos desenvolvimentos de I&D com acçõesde apoio às operações navais, de melho-ria das capacidades ligadas às missões

Z É N I T EUma visão abrangente Entrevista com o VALM Director-Geral

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de interesse público, de apoio ao pro-jecto da extensão da plataforma conti-nental e do incremento das capacidadesde monitorização e de modelação do meiomarinho e dos processos oceânicos.

(H): Referiu a melhoria das capaci-dades para as missões de serviço público.Onde acha que se deve apostar?

(VALM DG): Devemos preocupar-nos, sobretudo, com a as actividades quemais directamente possam contribuir paraa segurança da navegação e da vidahumana no mar. São prioridades amodernização e automatização dos pro-cessos da cartografia, o completamentoda cobertura cartográfica e a continua-ção da produção das cartas electrónicasde navegação oficial, de que esperamoster a cobertura completa nos próximostrês anos.

A produção de novas edições daspublicações náuticas, em especial os rotei-ros da Costa de Portugal, constitui umobjectivo a prosseguir. Iremos tambémacompanhar as iniciativas ligadas aodesenvolvimento do sistema de nave-gação espacial europeu, o Galileo.

Procederemos à elaboração de umaadequada política de cedência de dados,tendo em conta os variados interessesdos utilizadores e a legislação nacionale europeia existente.

Procuraremos ainda acompanhar osdesenvolvimentos relacionados com a ini-ciativa europeia Global Monitoring andEnvironmental for Security, procurandocriar serviços de vigilância do meio mari-nho de benefício público.

(H): O Instituto Hidrográfico desem-penha um papel importante na coope-ração internacional no âmbito das suasáreas de actuação. Qual o posiciona-mento que o Sr. Almirante pretende promover?

(VALM DG): O Instituto Hidrográ-fico participa em grupos de trabalho soba égide de diversas organizações inter-nacionais, como sejam a OrganizaçãoHidrográfica Internacional, o ConselhoInternacional para a Exploração dosMares, a Associação Internacional parao Assinalamento Marítimo, o Centro Inter-nacional para a produção e distribuiçãode Cartas Electrónicas de Navegação.Como instituição militar que somos participamos, na NATO, em grupos detrabalho respeitantes a áreas da nossaresponsabilidade.

É essencial que o Instituto continuea ser um membro activo, na linha doposicionamento anterior, procurandodefender os interesses nacionais nessesfora.

Paralelamente, a participação dos nos-sos cientistas e técnicos em conferênciasou workshops deve ser estimulada, apro-veitando-se estas oportunidades para aapresentação de trabalhos e para acom-panhar o que de melhor se vai fazendonas áreas de especialidade.

No âmbito da cooperação, a ligaçãoaos PALOP deverá constituir um vectorprioritário da nossa actuação, designa-damente na construção e transferênciade capacidades nas áreas técnicas da nave-gação, da hidrografia e da oceanografia.Aacção da Escola de Hidrografia e Ocea-nografia será um elemento essencial desteprocesso, complementada com iniciati-vas a realizar nesses países por equipasde técnicos do Instituto Hidrográfico.

(H): O Sr. Almirante referiu comoobjectivo estratégico a valorização orga-nizacional e dos recursos humanos.Como pensa prosseguir esse objectivo?

(VALM DG): Os recursos humanosconstituem a componente mais valiosade uma organização. No Instituto Hidro-gráfico, e dada a natureza da sua mis-são, em que o capital intelectual é a basede todas as actividades, assume umaimportância ainda maior.

Há que valorizar os recursos huma-nos através de acções de actualização ede qualificação profissionais, bem comodesenvolvendo iniciativas que promo-vam a liderança, a motivação e o reco-nhecimento do mérito. Estas acçõesdevem ser planificadas de forma inte-grada e equilibrada. O plano de desen-volvimento pessoal, já iniciado, visaatingir estes objectivos.

A valorização organizacional estádirectamente relacionada com a apro-vação de uma nova lei orgânica. Comoreferi anteriormente, este documentoreveste-se da maior importância, pois per-mitirá adequar o Instituto Hidrográficoaos novos desafios, quer em termos deposicionamento e atribuições, quer notocante à organização interna (atravésde um novo regulamento interno) e emtermos de pessoal, com a criação de umnovo quadro.

Este processo está, nesta altura,dependente das decisões que o Governovenha a tomar, na sequência da avaliação

dos Laboratórios do Estado em curso porperitos internacionais e do Programa deReestruturação da Administração Cen-tral (PRACE).

(H): A disponibilidade de navioshidrográficos adequadamente equipadosé uma importante mais-valia para a rea-lização das missões científicas no mar.Qual o caminho a seguir?

(VALM DG): Os navios hidrográfi-cos são um instrumento decisivo para osucesso da missão do Instituto Hidro-gráfico, no apoio ambiental a operaçõesnavais, na realização dos projectos pró-prios e nas missões da comunidade cien-tífica das ciências do mar.

A primeira prioridade é a conver-são, o apetrechamento com equipa-mento científico e a reactivação do NRPAlmirante Gago Coutinho. Contamoster, em meados do próximo ano, o navioem estado operacional e equipado comdiversos sistemas, como sondadoresmulti-feixe, sub-bottom profiler, corer,guinchos e espaços laboratoriais ade-quados.

Paralelamente, procuraremos iniciara modernização das lanchas da classeAndrómeda, designadamente no que res-peita a equipamentos técnico-científicos.

(H): Para terminar, deseja o Sr. Almi-rante deixar alguma mensagem final?

(VALM DG): O Instituto Hidrográ-fico é um organismo de excelência deque a Marinha e o País se orgulham.

A formulação estratégica recente-mente elaborada estabelece um conjuntode objectivos a atingir e define as linhasde acção a seguir. É neste contexto queirei dirigir o Instituto durante o meu man-dato como Director-Geral.

Pretendo que o Instituto Hidrográ-fico mantenha uma forte ligação à Mari-nha, enquanto consolida a sua vertentede Laboratório do Estado, procurandomanter um adequado equilíbrio.

Vivemos um período de mudança;ao longo de 2006 serão adoptadasdiversas medidas que nos afectarão,individualmente e enquanto instituição.Só será possível superar as diferentessituações que se nos irão colocar, como esforço, responsável e solidário, detodos.

Como afirmei já, o elemento humano,a sua motivação e valorização são paramim objectivos prioritários; empenhar--me-ei sempre nesse processo.

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Hidromar n.º 93, Março 20066

No dia 26 de Janeiro, o Director-Geraldo Instituto Hidrográfico, Vice-

almirante Augusto de Brito, visitou asInstalações Navais da Azinheira.

Acompanhado pelo CMG ValenteZambujo, Assessor do Director-Geral,CMG Lopes da Costa, Director Técnico,CTEN Nunes Amaral, Director Finan-ceiro e pelo CFR Passos Ramos, Direc-tor de Apoio, o VALM Augusto de Britoassistiu a uma apresentação da unidade,tendo o Director de Apoio e os Chefesdos Serviço de Electrotecnia e Geral, des-tacado os principais projectos em cursoe perspectivados a curto e médio prazo.

Neste âmbito, foram salientados acriação de um laboratório de calibraçãode equipamentos oceanográficos e meteo-

rológicos, o processo de melhoria conti-nuada das infra-estruturas, nomeada-mente, no tocante às instalações por-tuárias, com a recuperação do cais edragagem do respectivo canal de acessoe o arranjo e pavimentação de exterio-res, a realizar com o apoio da CâmaraMunicipal do Seixal.

Foi ainda abordada a possibilidadede iniciar um projecto de aproveitamentode energias alternativas não poluentes(eólica e solar) e boas práticas ambien-tais, na sequência do esforço anterior,que veio a ser objecto de reconhecimentoexterno, com a atribuição do Prémio deDefesa e Ambiente 2004.

Após a apresentação, o Senhor Vice--almirante Director-Geral percorreu as

instalações, tendo visitado o edifício docomando, onde se encontram instaladosprovisoriamente gabinetes da GeologiaMarinha, o laboratório de Química ePoluição, o pavilhão n.º 1, em que seráconstruído o laboratório de calibraçãode equipamentos oceanográficos e meteo-rológicos, e que nesta altura alberga diver-sos paióis, o Moinho e o pavilhão n.º 2,com instalações da Química e Poluição,Geologia Marinha, Navegação, Hidro-grafia e o serviço de electricidade.

Durante a tarde o Senhor Almiranteteve oportunidade de conhecer o edifí-cio das Brigadas Hidrográficas e as ins-talações oficinais de mecânica geral,calibração de bóias, viaturas, embarca-ções, carpintaria e electricidade.

Director-Geral nas Instalações Navais da Azinheira

Z É N I T E

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A M A R R A SArtigos de opinião sobre projectosestruturantes no âmbito das Direc-ções do Instituto Hidrográfico

Hidromar n.º 93, Março 2006 7

Perspectiva da actividade técnica e científica do IH

Decorrente damissão, davisão organi-

zacional e dos vecto-res estratégicos do Ins-tituto Hidrográficoestão em curso umconjunto de projectosestruturantes, com a

participação de várias divisões ou servi-ços, cujos resultados têm benefícios comreflexos no exterior ou sociedade. Inse-rem-se ou correspondem às acções de: (i)melhoria das capacidades ligadas às mis-sões de interesse público; (ii) apoio aoprojecto de extensão da plataforma con-tinental; (iii) incremento da participaçãoem projectos de investigação científica;(iv) melhoria e extensão das capacidadesde monitorização do meio marinho; (v)valorização de competências; e (vi) con-versão e reequipamento do NRP «Alm.Gago Coutinho» em navio de pesquisa.

Abordar-se-á, de seguida, cada um dosprojectos, em curso ou potenciais, de formaresumida, fazendo ponto da situação eprospectiva.

Para a melhoria das capacidadesligadas às missões de interesse públicoprossegue a modernização e automati-zação dos processos da cartografia comas acções para o reforço e completa explo-ração das capacidades de gestão da basede dados hidrográficos (HDW – Hydro-graphic Database Warehouse), de produçãocartográfica (HPD – Hydrographic ProductDatabase) e de impressão de cartas, apedido. Tais desenvolvimentos permitemoptimizar a construção e actualização dacobertura cartográfica de papel preconi-zada no designado Fólio 94, bem assima cobertura de cartas electrónicas oficiais,a completar nos próximos três anos.

No que respeita a actualização de docu-mentos náuticos decorre o processo daprodução de novas edições dos Roteirosda Costa de Portugal, com melhor gra-fismo e a cores. Já publicado o Roteiropara a Navegação de Recreio, o Manualpara a Navegação de Recreio, os Vol. I eII do Roteiro da Costa de Portugal Con-tinental, seguindo-se o restante da série.

Está a ser acompanhada a evoluçãodo projecto europeu de navegação porsatélite GALILEO, tendo em vista a uti-lização futura dos serviços adequados àsnecessidades da Marinha ou País.

Tendo em conta a documentação legis-lativa nacional e europeia, designadamentea directiva INSPIRE, sobre dados ambien-tais ou espaciais na posse de entidadespúblicas, está a ser preparada a políticade cedência de dados, cuidando dosaspectos de segurança, comerciais e decolaboração às entidades e ao cidadão.

Decorre desde 2005 um conjunto delevantamentos hidrográficos a multifeixe,com o empenhamento do NRP «D. Car-los I», para apoio ao projecto da exten-são da plataforma continental, da res-ponsabilidade da Estrutura de Missão paraa Extensão da Plataforma Continental.

Para o incremento da participação emprojectos de investigação científica estãoa decorrer ou vão iniciar-se um conjuntode 14 projectos de I&D, em parceria comdiversas instituições ou entidades, comapoios financeiros nacionais ou europeus,nas áreas multidisciplinares de oceano-grafia costeira, acústica submarina, geo-logia marinha, química e sistemas da infor-mação. Entre eles, cujos acrónimos sãoHERMES, NUACE, RADAR, UAB, LEVEDU-RAS, DYNCOSTAL, NICC, SPOTIWAVE II,ECOIS, DEEPCO, POCUS, POPEI, SEADA-TANET e OCEANEYE, podem salientar-se:(i) o HERMES, que visa estudar e conhe-cer ecossistemas em ambientes profun-dos caracterizados por elevada biodiver-sidade, condicionada por factoresmorfológicos, químicos, físicos e biológi-cos; (ii) o ECOIS com o propósito de carac-terizar os estuários do Douro e do Minho,dos pontos de vista dinâmico, hidroló-gico, sedimentológico e biológico, comênfase nas trocas com a plataforma con-tinental; (iii) o OCEANEYE, que trata deespecificar um sistema de vigilânciaambiental, apoiado em imagens de saté-lite e modelação dos processos oceânicos.Permitirá a operacionalidade de serviçosno âmbito da iniciativa europeia, pro-movida pela Agência Espacial Europeia,Global Monitorization for Environment andSecurity (GMES), a que Portugal aderiu.

Foram propostas candidaturas a umconjunto de possíveis novos projectos,entre eles: (i) um relacionado com o conhe-cimento da biodiversidade e do meio físico,em apoio ao desenvolvimento de rede dereservas na orla costeira; (ii) outro paraimplementação de sistema operacional deacústica submarina, com vista a monito-

rização ambiental rápida; (iii) e um paracaracterização do meio marinho, em apoioao aproveitamento de energia das ondas,ao largo de Portugal Continental.

Com o propósito de melhoria e exten-são das capacidades de monitorizaçãodo meio marinho criou-se o conceito doprojecto MONIZEE – sistema integradode monitorização ambiental da ZEE, emarticulação com os interesses nacionaisno âmbito do Global Ocean ObservingSystem, que está a ser preparado com outrasinstituições com valências nas ciências domar ou ambiente. Requererá apoios doEstado para o seu desenvolvimento e sus-tentação.

A valorização de competências justi-fica a maior atenção e empenhamento. Estãoa decorrer ou vão iniciar-se formações avan-çadas, respeitantes doutoramentos e mes-trados, nas áreas das Ciências do Mar eAmbiente. Adicionalmente estão projec-tados um conjunto de acções de formaçãoe treino específicas para satisfação das neces-sidades de qualificação ou actualização profissional dos funcionários das diversasespecialidades técnicas ou categorias pro-fissionais, em consistência com o Plano deDesenvolvimento Pessoal.

Está a ser dada colaboração técnicapara a reactivação do NRP «Alm. GagoCoutinho» e reequipamento em naviode pesquisa, dotado com sistemas de mul-tifeixe, de sub-bottom profiler, corer, perfi-lador acústico de correntes, sondas, guin-chos e espaços laboratoriais, prevendo-sea situação de operacionalidade no pró-ximo ano. Além da Lei de ProgramaçãoMilitar conta-se com financiamento daFundação para a Ciência e Tecnologia,para aquisição de sistemas técnico-cien-tíficos específicos.

Arealização destas actividades ou pro-jectos reforçará as capacidades do IH enacionais em Ciências do Mar, e é con-tributo importante para a obtenção denovos conhecimentos sobre meio mari-nho e sua preservação, o desenvolvimentosustentável de actividades económicas ea afirmação da soberania.

CMG EH CARLOS LOPES DA COSTA,DIRECTOR-TÉCNICO

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Hidromar n.º 93, Março 20068

Foi concluída em 8FEV06 aperitagem ao encalhe do navio

porta-contentores «CP Valour»,elaborada pelo Cte. Proença Mendes,que tinha sido nomeado como peritopor solicitação da Capitania doPorto da Horta.

Esta peritagem servirá de apoio aoCapitão do Porto para a determinaçãodas causas do acidente.

O «CP VALOUR» encalhou em 9 deDezembro de 2005, na Baía da Ribeiradas Cabras, situada na Ilha do Faial,

tendo sido infrutíferas todas astentativas subsequentes para o

desencalhe do navio edecidido o seu

desmantelamento no local.

CFR PROENÇA MENDESCHEFE DA DIVISÃO DE NAVEGAÇÃO (NV)

OInstituto Hidrográfico terminourecentemente a implementação,no âmbito do seu sistema de

informação geográfica sobre o ambientemarinho (SIGAMAR), de uma soluçãocomercial para gestão das análises labo-ratoriais da divisão de Química e Polui-ção do Meio Marinho. Este sistema,designado por Nautilus, é um Sistemade Gestão de Laboratório (LIMS) de últimageração desenhado, desenvolvido e for-necido pela Thermo Electron.

O Nautilus é um sistema aberto, total-mente configurável, para poder respon-

der aos mais elaborados requisitos de ges-tão laboratorial de diversa temática. Estascapacidades permitiram garantir que oNautilus responda de modo positivo aogrande número de requisitos dos labo-ratórios da especialidade, entre os quais,sem dúvida, se encontram os da divisãode Química e Poluição do Meio Marinhodo Instituto Hidrográfico.

É um produto com ArquitecturaCliente/Servidor que permite a utiliza-ção da aplicação em ambiente Windows,e como tal, mantém os níveis de segu-rança, rastreabilidade e integridade queoferecem as plataformas baseadas emSistemas Operativos multi-utilizadores.

As principais funcionalidades e capa-cidades do Sistema Nautilus, agora

Como fazemos

S O N A R Peritagem de navegação ao encalhe do N/M «CP Valour»

Sistema de Gestão de Laboratório do Instituto Hidrográfico

Fig. 1 – Etapas de desenvolvimento de Campanhas/Elementos

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implementado e configu-rado, são:

• Armazenamento organi-zado de toda a informa-ção relativa ao laboratório(pessoal, análises, instru-mentos, pontos de amos-tragem, etc.) com a possi-bilidade de incluir novasentidades próprias doâmbito de utilização doSistema (produtos quími-cos, unidades, tabelas depreços, facturação, etc.);

• Representação física dolaboratório (é possívelrepresentar qualquer loca-lização de qualquer enti-dade do laboratório e fazercorresponder a entidade àlocalização);

• Procedimento de registode amostras e atribuiçãode testes manual e auto-maticamente;

• Criação de folhas de tra-balho;

• Entrada de resultados, comvalidação e aprovação dosmesmos;

• Realização de cálculosautomáticos (pré-progra-mados);

• Tarefas automáticas apósdeterminado evento;

• Geração de relatórios, facturação anuale avisos de facturação;

• Configuração do ecrã de utilizadores;• Facilidades de validação e garantia da

integridade dos dados;• Gestão de instrumentos;• Comunicação com outros sistemas Infor-

máticos ao nível do cliente e possibili-dade de acesso desde qualquer aplica-ção baseada em SQL;

• Representação dos fluxos de trabalhodo laboratório.

De acordo com as funcionalidades ofe-recidas pelo Sistema Nautilus, a divisãode Química e Poluição do Meio Marinho(QP) (Eng.ª Ana Saramago) e Centro deDados (Dr.ª Ana Lopes) desenharam omodelo representativo dos laboratóriosda QP. Este modelo reflecte as activida-

des desde a preparação das campanhasaté à recepção da amostra no laborató-rio, como ilustra a figura abaixo (fig. 1).

Após, concluído o modelo a imple-mentar, a etapa seguinte foi definir e criaros elementos estáticos e dinâmicos neces-sários para a construção do produto final.Esta etapa é caracterizada pelo esquemaque se segue (fig. 2).

Como ilustrado na fig. 2, o Nautilusarmazena, gere e obtém a informação dolaboratório a partir de elementos básicos(Dinâmicos e Estáticos) que, como blocosde construção ordenam-se e relacionam-se. Com o Nautilus é possível construirestruturas, fluxos de trabalho e agrupa-mentos de dados mais complexos quereflictam o modo como se trabalha e seorganiza um laboratório real.

Aestrutura apresentada na fig. 3, mos-tra o conteúdo funcional da divisão QP,salientando as pastas Projectos, Campa-nhas, Elementos, Facturação, Amostras(caracterizando o estado de elaboração decada uma e a urgência da sua execução)e Sectores. Na pasta dos Sectores estãoarmazenadas as Alíquotas (caracterizandoo estado de cada uma delas e a urgênciada sua execução), Folhas de Trabalho asso-ciadas ou não aos Instrumentos, as Car-tas de Controlo e por fim os relatórios. É também apresentado um relatório –«Boletim de Ensaio» (fig. 4).

O sistema Nautilus está em funcio-namento desde finais de Janeiro de 2006.

ENG.ª ANA SARAMAGODR.ª ANA LOPES

Hidromar n.º 93, Março 2006 9

Fig. 2 – Elementos estatísticos e dinâmicos

Fig. 3 – Estrutura implementada no laboratório

Fig. 4 – Relatório

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Hidromar n.º 93, Março 200610

Os Oceanos cobrem cerca de 71%da superfície do planeta. Dada ainércia térmica e mecânica do

oceano, os oceanos actuam, primariamentecomo estabilizadores, amortecendo e con-trolando a variabilidade da atmosfera; con-tudo a variabilidade do oceano pode con-tribuir para a criação de variabilidadeatmosférica. Dada esta variabilidade enítida interacção Oceano-Atmosfera evisto que o conhecimento das condiçõesambientais é fundamental para o sucessodas operações militares, é natural a preo-cupação da Marinha Portuguesa no estudoda oceanografia e meteorologia e da suaconsequente aplicação em operações mili-tares e científicas. Sob a óptica de desen-volver um sistema de apoio ao planea-mento das operações referidas, foidesenvolvido uma sistema de informa-ção de climatologia meteo-oceanográfica(com base em tecnologia SIG).

O sistema referido, de cobertura mun-dial, integra informação climatológicamensal e bi-sazonal da temperatura domar à superfície, climatologia bi-sazonalmeteorológica (meses de Janeiro e Julhoreferentes a sistemas de pressão, zona deconvergência inter-tropical, ventos pre-dominantes, áreas de precipitação, fre-quência de ventos fortes e zonas denevoeiro), climatologia bi-sazonal da zonalimite de icebergues, climatologia da fre-quência sazonal de ondulação de grandeamplitude (meses de Janeiro, Abril, Julhoe Outubro), climatologia circulação geraloceânica superficial, principais correntessuperficiais dos meses de Janeiro e Julho,densidade de ocorrência de baixas pres-sões e climatologia hidrológica mensal poráreas quadrangulares (quando planifica-

das e não considerando a inevitáveldeformação espacial) numa grade comum grau de espaçamento. Estes temas estãoenquadrados por um mapa base que con-tém limites políticos dos países, cidadesdo mundo, batimetria, principais rios elagos.

Fig. 2 – Perfil Climatológico

A informação climatológica dehidrologia é oriunda do trabalho rea-lizado por Levitus et al. em 2001. A base de dados correspondente foiprocessada, através de quatro rotinasrealizadas em Visual Basic, de modoa que os utilizadores pudessem esco-lher o mês e área geográfica do seuinteresse para aceder à informação cli-matológica de parâmetros hidrológi-cos (temperatura in-situ, salinidade,

nutrientes inorgânicos dissolvidos, den-sidade da água, oxigénio dissolvido, per-centagem de saturação de oxigénio, uti-lização aparente de oxigénio, pressão evelocidade de propagação do som na água)ao longo da coluna de água, em pata-mares pré-definidos, desdea superfície até à profundi-dade máxima de 1500 metros.O acesso a estes dados é feitoatravés da hiperligação decada área a uma aplicaçãoque representa graficamentecada um dos referidos parâ-metros, disponibilizandoainda a funcionalidade doutilizador aceder ao ficheirode dados em formato ASCIIpara análise detalhada dosdados aí incluídos.

O sistema encontra-se disponível emdois meios: DVD (com distribuição gra-tuita e sem encargos de licenciamento) eambiente WWW na intranet do InstitutoHidrográfico. A versão distribuível dis-ponibiliza ao utilizador as normais fun-cionalidades dos sistemas de informaçãogeográfica: manipulação da visibilidadedos temas, ampliação ou redução da áreageográfica de interesse, movimentaçãopanorâmica, exploração e análise dosdados geográficos, visualização dos per-fis verticais dos parâmetros hidrológicosdas áreas de interesse através de umahiperligação e impressão e utilização domapa em formato de papel.

Atendendo à cobertura mundial, tipoe detalhe dos dados incluídos e conside-rando que o conceito de REAsurgiu comoresposta à preocupação da NATO e daMarinha Portuguesa sobre o estudo dotipo de dados considerado e da sua con-sequente aplicação em operações milita-res e científicas, é natural que a utiliza-ção primária do sistema seja dar apoio àprimeira fase do REA. Dada a naturezadiversa dos dados que o sistema dispo-nibiliza e o determinante papel do bomconhecimento das condições ambientaisno sucesso de operações de carácter mili-tar (luta anti-submarina, p. ex.), científicoou comercial (aquacultura e pescas), o pro-jecto realizado pode beneficiar as referi-das actividades. Para além disso, salienta-se o papel importante que o projecto podeter no ensino das Ciências do Mar. Defacto, quer sob o ponto de vista meteo-rológico quer oceanográfico, o utilizadorpode obter uma visão da distribuição geo-gráfica de características ambientais cli-matológicas ao nível mundial, regional elocal.

ANA NOBRECENTRO DE DADOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS

Sistema de Informação de Climatologia Meteo-Oceanográfica

S O N A R

Fig. 1 – Detalhe do sistema com a divisão do espaçogeográfico para obtenção por hiperligação do gráficodo perfil climatológico de hidrologia correspondenteao mês de Março

Fig. 3 – Climatologia mensal da temperatura do mar à superfíciee circulação geral oceânica

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Hidromar n.º 93, Março 2006 11

Hidromar (IH): Como avalia a suapassagem pelo IH?

Ana Nobre (AN): Enriquecedora. (IH): O que mais gostou no IH?(AN): Da excelente forma como fui

acolhida e tratada no Centro de DadosTécnico-Científicos, da disponibilidade eapoio de todas as pessoas com quem con-tactei ao longo do estágio e da coopera-ção existente entre as várias divisões.

(IH): De que forma a sua passagempelo IH beneficiou o seu estudo?

(AN): A realização do estágio per-mitiu a aquisição de conhecimentossobre Sistemas de Informação Geográ-fica, a aprendizagem de uma linguagemde programação (Microsoft Visual Basic6.0) e a sedimentação de conhecimen-tos adquiridos durante a formação aca-démica.

(IH): Que aplicação tem a sua inves-tigação?

(AN): A utilização primária do sis-tema desenvolvido está relacionada com

o apoio à primeira fase do REA (fase deaquisição de dados, de modo a caracte-rizar a zona onde está a ser planeado odesenrolar das operações). O sistemadesenvolvido consiste, ainda, num meiode análise do ambiente marinho utilizá-vel em actividades científicas e militares(de outra natureza), pescas, aquaculturae no ensino das Ciências do Mar.

(IH): Uma palavra que descreva o IH?(AN): Cooperação.

Ana Nobre: SIG de Caracterização AmbientalRESUMO DAS CONCLUSÕES DO ESTÁGIO – O estágio realizado teve como objectivo odesenvolvimento de um sistema de informação de climatologia meteo-oceanográfica, combase em tecnologia de sistemas de informação geográfica, para apoio a actividades científi-cas e militares. O trabalho desenvolvido consistiu na compilação de informação pré-existente– batimetria, correntes, ondulação, meteorologia e climatologia (hidrológica, meteorológica e

de temperatura de água à superfície) – que permite a caracterização ambiental de áreas onde actividades cien-tíficas e militares se vão realizar.

Exemplo que ilustra o modo de visualização dos perfis verticaisde uma série de parâmetros hidrológicos. Este gráfico foi obtido

através do ficheiro «N3930W01030.hid»

Exploração do sistema desenvolvido a partir da intranet do IH

Exemplo de visualização do tema «Climatologia Meteorológica». Na imagem sãovisíveis as áreas de precipitação, os sistemas de pressão, a frequência de ventos for-

tes e a zona de convergência intertropical (referentes ao mês de Janeiro)

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S O N A R

Hidromar (IH): Como avalia a sua pas-sagem pelo IH?

Rita Marques Esteves (RME): Positiva,muito positiva. Sinto que foi uma experiên-cia muito importante na minha formação pro-fissional e pessoal.

(IH): O que mais gostou no IH?(RME): O espírito dinâmico. (IH): De que forma a sua passagem pelo

IH beneficiou o seu estudo?(RME): A realização do estágio no Insti-

tuto Hidrográfico permitiu-me de um modopedagógico aprofundar os meus conheci-mentos em Oceanografia, adquirindo umaexperiência importante nesta área.

(IH): Que aplicação tem a sua investi-gação?

(RME): Considero que o presente estudoconstitui um contributo para a caracteriza-ção da circulação Oceânica sobre a Fossa Álva-res Cabral.

Rita Marques Esteves: Observação do fluxo de água mediterrânica sobre a fossa Álvares CabralRESUMO DAS CONCLUSÕES DE ESTÁGIO: O trabalho desenvolvido durante o estágio

consistiu num estudo da circulação oceânica efectuado sobre a Fossa Álvares Cabral (Mar-

gem Sul de Portugal Continental). Tem por base os dados obtidos durante a campanha SIRIA

2000-01, onde foi realizado um levantamento hidrológico e observações correntométricas, no

domínio em estudo. Procedeu-se ao processamento e integração da informação, visando avaliar o efeito da

Fossa Álvares Cabral, enquanto acidente topográfico, na dinâmica oceanográfica do Golfo de Cádiz. A aná-

lise dos dados permitiu constatar a presença de três veias de Água Mediterrânica que penetram, nesta região,

a massa de Água Central Oriental do Atlântico Norte: veia sub-superficial, veia pouco profunda e veia supe-

rior. Através de uma análise espectral foi possível identificar oscilações internas baroclínicas, de período de

maré, na coluna de água. As oscilações internas associadas a esta topografia poderão ter um papel importante

na erosão e dispersão da veia sub-superficial, uma vez que não há observações desta a Este da Fossa.

Fig. 2 – Secção temporal doperfil da temparatura (fil-

trada a 30 h com filtropassa-baixo, ordem 5)

SIRIA – Amarração FossaÁlvares Cabral, 19 Jan.

a 4 Fev. (filtro 30h – passa-baixo)

Hidromar n.º 93, Março 200612

Fig. 1 – Modelo digital de terreno da FossaÁlvares Cabral, resultante de dados doslevantamentos hidrográficos (realizado pela divisão de Hidrografia do Instituto Hidrográfico)

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Hidromar n.º 93, Março 2006 13

Hidromar (H): Como avaliaa sua passagem pelo IH?

Edgar Rossa (ER): Foi umaexperiência muito positiva, numaetapa muito importante que é aconclusão de uma licenciatura,dado que permitiu a aplicação eo aprofundamento dos conheci-mentos adquiridos ao longo docurso.

(H): O que mais gostou noIH?

(ER): O acompanhamentodado aos estagiários e as condi-ções de trabalho, simplesmenteexcelentes.

(H): De que forma a sua pas-sagem pelo IH beneficiou o seuestudo?

(ER): Os meios que colocadosao dispor na divisão de Oceano-grafia e o excelente acompanha-mento por parte do meu orien-tador Doutor José Paulo Pintofizeram com que as tarefas desteestágio se tornassem mais facili-tadas.

(H): Que aplicação tem a suainvestigação?

(ER): Ainterface desenvolvidavai permitir diminuir o tempo deresposta numa situação de emer-gência e aumentar a operaciona-lidade do sistema de previsão deagitação marítima implementadono Instituto Hidrográfico.

(H): Uma palavra que des-creva o IH?

(ER): Eficácia.

Edgar Rossa: Interface gráfica para a previsão de agitação marítimaRESUMO DAS CONCLUSÕES DE ESTÁGIO: A previsão, em tempo útil, das condiçõesde agitação marítima tornou-se, nos dias que correm, essencial para as mais variadas aplicações. Motivado por essa necessidade, neste estágio desenvolveu-se uma interfacegráfica, a SWANI (Simulating Waves Nearshore Interface), capaz de estimar as condiçõesde agitação marítima junto à costa Portuguesa recorrendo ao modelo SWAN (Simulating

Waves Nearshore). A interface é constituída pelo MAD (Módulo de Aquisição de Dados), que permite a escolha e a importação dosparâmetros do modelo SWAN, e o MOVIR (Módulo de Visualização de Resultados), que possibilita visualiza-ção dos resultados e a estimação das condições na zona de rebentação, tais como: a localização da linha da reben-tação, a variação da profundidade e da altura significativa ao longo da linha de rebentação, a distância à linhade costa, o tipo de rebentação e uma aproximação para as correntes de deriva litoral. Esta interface é muito simples de utilizar e pode ser usada em qualquer área da costa Portuguesa, permitindoobter um considerável ganho de tempo na previsão das condições de agitação marítima.

Fig. 1 – Janela principal da interface Martinhal

Fig. 3 – Altura significativa e a direcção de onda naárea Lisboa-Sines

Fig. 5 – Corrente de deriva litoral na Praia do Marti-nhal

Fig. 4 – Linha de rebentação e direcção da ondulação

Fig. 6 – Tipo de rebentação obtido para a Praia doMartinhal

Fig. 2 – Janela de apresentação do MAD

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Hidromar n.º 93, Março 200614

POSTO DE VIGIAOlhar para dentro

1. IntroduçãoApós avaria do motor principal

do NRP «Andrómeda», ocorrida em1 de Junho de 2005, foi necessáriorealizar uma revisão geral aomotor (designada W6) queenvolveu a substituição deboa parte dos seuscomponentes.

Foram necessá-rios seis longosmeses para tornar acolocar a Andrómeda ope-racional. Finalmente, emfinais de Novembro, o navioefectuou provas de mar e, em Dezembroregressou ao trabalho, estando de novopronto para executar as missões atribuí-das.

2. De novo no marApós a realização de provas de mar, a

Andrómeda realizou durante o mês deDezembro a missão Q - ROUTES de Lis-boa. Esta missão, sendo a primeira depoisdo período de paragem, serviu igualmentepara adestrar a guarnição nas diversas tare-fas de bordo. Durante esta missão o naviopraticou o porto da BNL e fundeou duasnoites em Cascais. A execução dos traba-lhos foi dificultada pela existência de mui-tas artes de pesca na área do levantamento.Por diversas vezes, foi necessário pararmáquinas e desprender redes do sonar.Esta missão, foi assegurada, tecnicamente,por uma equipa de militares da divisãode Geologia Marinha, apoiados por ummilitar do Serviço de Electrotecnia.

Em Janeiro, foi efectuado o levanta-mento de uma amarração oceanográficano Canhão da Nazaré no âmbito do pro-jecto HERMES. Para tal, o navio praticouo porto de Peniche e embarcou uma equipada divisão de Oceanografia. Este traba-lho foi efectuado no dia 11 de Janeiro.

De seguida, o navio dirigiu-se paraLeixões a fim de realizar as missões Q - ROUTES de Leixões e POCUS. Embar-cou os militares da GM e, mais uma vez,a maior dificuldade encontrada foi a exis-tência de artes de pesca.

Entre 25 e 29 de Janeiro, o navio atra-cou na BNL para descanso da guarnição,em virtude de um período de mau tempo.

A 30 de Janeiro, o navio fez-se ao marnovamente com a GM embarcada, a fimde efectuar o projecto SISMEX. Nesta parteda missão foram praticados os portos dePeniche e Nazaré.

Finalmente, após 4 semanas conse-

cutivas de missão atribuída, o navio atra-cou na BNL a 3 de Fevereiro.

Projecto SISMEXO projecto SISMEX visa a manutençãoe treino dos equipamentos de prospec-ção sísmica em vários ambientes de aqui-sição. No âmbito de mais um plano detreinos, foram testados os equipamentosexistentes na divisão de Geologia Mari-nha CHIRP, BOOMER e SPARKER, emambientes geomorfológicos de variadacomplexidade, como sendo a vertentesul do Canhão da Nazaré e o Esporãoda Estremadura.

Projecto Q - ROUTESO projecto NATO para a definição deQ - ROUTES pressupõe o conhecimento

NRP Andrómeda – de regresso ao mar

Os actuais 13 bravos da Andrómeda Operação de recolha do sonar

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Hidromar n.º 93, Março 2006 15

rigoroso dos principais portos e zonasde acesso respectivas, principalmente,no que respeita ao tipo de fundo, estru-turas aflorantes, e identificação / visua-lização de todos os pontos conspícuosdetectados na superfície do fundo domar.No âmbito deste projecto, tem embar-cado a bordo uma equipa técnica doIH para operar o sonar lateral de ele-vada resolução KLEIN 5000.

Projecto POCUS

O projecto POCUS, financiado pela FCT,é coordenado pela Universidade do Portoe tem por objectivo o estudo dos Pro-cessos Oceânicos Utilizando dados deSatélites, com especial ênfase para osdados de altimetria, temperatura da super-fície do mar e cor oceânica. O IH par-ticipa neste projecto, não só devido aoconhecimento que tem em processos oceâ-nicos, mas também pela sua capacidadeem adquirir leituras reais no campo,nomeadamente, dados maregráficos edados de GPS geodésico. Foi este último,efectuado a bordo do NRP «Andrómeda».

A 22 Fevereiro, o navio iniciou maisuma missão. A primeira tarefa consistiuem acompanhar a UAM «Coral» no trân-sito de Lisboa para Peniche.

No dia seguinte, já em Leixões, foicolocada a bóia ODAS e fundeado umADCP (medição de correntes em váriosníveis por efeito doppler) ao largo da Apú-lia. Esta amarração oceanográfica faziaparte do projecto ECOIS-NICC. No âmbitodeste projecto, foram efectuadas 161 esta-ções CTD, estes efectuam a medição deparâmetros hidrológicos da água como a

temperatura, pressão, condutividade, tur-bidez e o oxigénio dissolvido. Nesta pri-meira fase, foram ainda efectuadas, emtodas as estações, recolhas de água a váriasprofundidades seguidas do processo defiltração. Os trabalhos decorreram entreAveiro e o Cabo Finisterra.

Numa segunda fase, efectuou-se umadensamento de 96 estações CTD entre aRia de Vigo e o Rio Cávado. Finalmente,no final da missão foi recolhida a amar-ração ADCP e fundeadas duas bóias deprotecção à ODAS.

Faina da amarração durante a missão Hermes

A visita dos golfinhos A visita das gaivotas

Arte de pesca presa ao CHIRP

Aspecto do sonar lateral após a difícil missãodas Q - ROUTES

Imagem do sonar lateral. É visível um wreck localizado à saída do porto de Leixões

Bóia ODAS LeixõesAs bóias ODAS medem a ondulação

através de sensores inerciais existentesdentro delas. Estas bóias são fundeadascom amarra e um cabo elástico de formaa não sofrerem esticões. Em redor delas,são colocadas, duas ou três, bóias de pro-tecção, estas devidamente apoitadas.

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Hidromar n.º 93, Março 200616

Aviagem contou com estadias em Lei-xões até 2 de Março, em Vigo entre 2 e12 de Março, de novo em Leixões até aofinal da missão e o regresso à BNL a 16de Março.

Fruto do fornecimento de acessomóvel à Internet por parte do IH, foi pos-sível maximizar os trabalhos em perío-dos de bom tempo com navegações supe-

riores a 30 horas, e aproveitar os dias demau tempo para descanso do pessoal, roti-nas de bordo e actividades lúdicas.

Esta missão foi realizada conjunta-mente com diversos militares e civis dasDivisões de Oceanografia e GeologiaMarinha, sendo chefiada tecnicamente, abordo, pelo 1TEN Santos Martinho.

POSTO DE VIGIA

Imagem parcial do porto de VigoFonte: Anuário 2004 do porto de Vigo

O projecto NICC (Northwest Ibe-rian Coastal Current) visa caracte-rizar a corrente que sazonalmentedeve desenvolver-se sobre a plata-forma continental interna para Norteda foz do rio Douro, como resul-tado do escoamento fluvial. O pro-jecto ECOIS (Estuarine COntribu-tions to Inner Shelf Dynamics) temcomo objectivo avaliar como se pro-cessam as contribuições dos riosDouro e Minho para a dinâmicana plataforma interna, nomeada-mente qual o respectivo papel nageração e sustentação da correntecosteira. Ambos os projectos abor-dam a dinâmica associada a con-dições de Inverno na região NWda Península Ibérica e recorrem ao

uso combinado de diferentes meto-dologias de observação – CTDs,correntómetros, ADCPs, flutuadoresderivantes, teledetecção, transportesedimentar e traçadores biológicos– para, com o recurso à modela-ção numérica, melhor compreenderos efeitos do escoamento de águadoce na plataforma continental. Os projectos são realizados em con-sórcio pelo Instituto Hidrográfico (IH)da Marinha Portuguesa, Lisboa, oCentro Interdisciplinar de Investi-gação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Porto, o Centro de Ciên-cias do Ambiente da Universidadedo Minho (UM) e o Instituto Nacio-nal de Investigação Agrária e dasPescas (INIAP-IPIMAR).

Projecto ECOIS-NICC

3. Mensagem do Comando do NRP «Andrómeda»

Estes últimos trabalhos a bordo da «Andrómeda» vieram,mais uma vez, fortalecer os laços profissionais e sociais entreas guarnições dos navios hidrográficos e os técnicos do Ins-tituto. Apraz-me referir o excelente convívio mantido com osmilitares e civis do IH embarcados, e a forma dinâmica eempenhada que demonstraram ao possibilitarem ao navioparticipar em todas as decisões de planeamento e execuçãodos trabalhos, na certeza que, efectuámos as missões com umacréscimo de eficácia. A sã convivência e respeito pelos cos-tumes foram excepcionais. Bem hajam.

È com elevada satisfação que afirmo que a «Andrómeda»está de regresso ao mar, pronta para servir as missões do Ins-tituto Hidrográfico e da Marinha.

1TEN DELGADO VICENTECOMANDANTE DO NRP «ANDRÓMEDA»

TEXTO COM A COLABORAÇÃO DAS DIVISÕES DE OCEANOGRAFIA E DE GEOLOGIA MARINHA DO IHFÓLIO FOTOGRÁFICO DO ASPOF MARQUES, GMAR VIEIRA E ANUÁRIO 2004 DO PORTO DE VIGO

Elementos da guarnição e da equipa técnica do IH, durante a missão ECOISNICC, agradados com a exibição do Benfica-Liverpool

Missão Período Horas missão Horas navegação Taxa navegação

Q - ROUTES Lisboa 7-14 Dez 168 64 h 15 m 38%

HERMES, Q - ROUTES Leixões, POCUS e SISMEX 9Jan-3Fev 602 204 h 13 m 34%

ECOIS-NICC 22Fev-16Mar 528 191 h 15 m 36%e ODAS LEIXÕES

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Hidromar n.º 93, Março 2006 17

AMarinha ocupou três áreasdiferenciadas na NAUTI-CAMPO: na entrada principal,com destaque para um cartaz

representando as Missões de Paz, enqua-drado por duas viaturas anfíbias, LARC-5 e a Carrinha de Divulgação da Marinha,com a Escola Naval e o Centro de Recru-tamento da Armada; entre o Pavilhão 2 e3, mencionando-se a praia simulada comequipamento do Instituto de Socorros aNáufragos, o diverso equipamento e arma-mento dos Fuzileiros e a piscina onde osMergulhadores efectuavam baptismos demergulho aos visitantes, e; no Pavilhão 2o espaço do Instituto Hidrográfico.

O nosso espaço, com 27 m2, foi pro-jectado e montado, pelo Gabinete de Mul-

timédia, sob a coordenação do CTENMoreira Pinto, tendo contado com cola-boração de diversas áreas do Instituto ede uma designer externa. A distribuiçãodo espaço permitiu uma fácil aproxima-ção e circulação do público, tendo tidouma recepção muito positiva, com elo-gios ao aspecto gráfico e à sua utilizaçãoprática.

Dois postos de acesso à Internet esta-vam disponíveis, um para a página da Mari-nha www.marinha.pt e outro com infor-mação ao navegante www.hidrografico.pt,onde os dados de agitação marítima, o Catá-logo de Cartas Náuticas - Fólio Cartográ-fico, a previsão de alturas de águas - Marés,meteorologia, foram bastante procurados,tendo também existido algumas incur-

sões de visitantes menores por outros sitesporventura mais interessantes, para osseus objectivos. A colocação de imagensa três dimensões, do fundo do mar, nosmonitores, visualizadas com os respec-tivos óculos, foram um motivo de atrac-ção que suscitou a curiosidade dos visi-tantes.

As novas edições das publicaçõesRoteiro da Costa Portugal – do Cabo Carvoeiro ao Cabo de S. Vicente e o Manualpara a Navegação de Recreio (Vol. I e Vol. II e Carta de Instrução), cuja apre-sentação decorreu no dia 11 de Fevereiro,tinha um destaque especial, tendo sidoos produtos mais procurados. O ecrã deplasma existente no stand divulgou ima-gens obtidas para a elaboração do roteiroe filmes sobre as actividades e missõesda Marinha.

O contacto directo e o apoio técnico,ao visitante e ao navegante era um dosobjectivos estabelecidos. Apresença do Ins-tituto Hidrográfico foi assegurada por umaequipa de oficiais da Direcção Técnica paraesclarecer as dúvidas e as questões colo-cadas, tendo contado de forma permanentecom a presença do SAJ Pinto Monteiro, doDepósito de Documentos Náuticos. Emconjunto acompanharam os navegantes naprocura dos produtos e informações maisadequadas às suas pretensões. Esta tarefafoi enquadrada no conceito de Loja doNavegante, espaço criado para promoçãoe venda dos produtos e serviços do Insti-tuto Hidrográfico e apoio técnico aosnavegantes.

O IH NA NAUTICAMPO 2006A NAUTICAMPO 2006 – Salão Internacional de Nave-

gação, Recreio, Caravanismo, Desporto e Piscinas, decorreu na Feira Inter-nacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, entre 11 a 19 de Fevereiro.

Vizualização de imagens a três dimensões

Apresentação das novas publicações

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Hidromar n.º 93, Março 200618

No dia 17 de Fevereiro S. Ex.ª o Secretário de Estadoda Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Dr. ManuelLobo Antunes visitou o evento, acompanhado de S. Ex.ª oAlmirante Chefe do Estado-Maior da Armada, AlmiranteMelo Gomes e sendo recebidos por S. Ex.ª ComendadorRocha de Matos, Presidente da Associação Industrial Por-tuguesa.

No decurso da visita foram percorridos os espaços emque se encontravam expostas as actividades da Marinha,bem como da Força Aérea. Na área de exposição do Insti-tuto foram apresentadas as Publicações Náuticas lançadasdurante a feira, bem como outras facilidades do espaçocomo a informação on-line para apoio dos navegantes e asimagens em 3D do fundo do mar.

No dia de abertura da feira, foramapresentadas pela divisão de Navegaçãoas novas edições do Roteiro da Costa dePortugal - Portugal Continental - do CaboCarvoeiro ao Cabo de S. Vicente e o Manualpara a Navegação de Recreio Vol. I (parteteórica), Vol. II (caderno de exercícios) eda Carta de Instrução 24I01 (suporte deapoio ao caderno de exercícios).

O evento teve inicio à 17:00, com aapresentação das Publicações Náuticas,pelo CFR Proença Mendes, Chefe da divi-

são de Navegação, tendo em seguida osoficiais responsáveis pela sua elaboração,CTEN Manuel Guerreiro, pelo roteiro eo CTEN Sardinha Monteiro, pelo manual,descrito as respectivas obras, salientandoos seus aspectos mais relevantes. A ses-são terminou com um Porto de Honraoferecido aos convidados e visitantes pre-sentes, que em número elevado chega-ram a bloquear a passagem pelo local.

O Vice-presidente da Câmara Muni-cipal de Lisboa, Dr. Fontão de Carvalho

integrou a comitiva oficial de inaugura-ção da feira, passou pelo stand, sendo rece-bido pelo Vice-almirante José Augusto deBrito, que apresentou as novas publica-ções náuticas.

Oficiais presentes no stand: CTEN Manuel Guerreiro; CTEN MoreiraPinto; CTEN Reino Baptista; CTEN Sousa Prelhaz; CTEN Rafael Silva;1TEN Martins Pinheiro; 1TEN Mesquita Chim; 1TEN Santos Marti-nho; 1TEN Lavajo Brigas; 1TEN Jesus Correia; 2TEN Salgueiro Cruz;2TEN Conduto Pereira; 2TEN Maia Marques; 2TEN Cardoso Jerónimo.Diariamente: SAJ Pinto Monteiro.No apoio directo ao espaço e aos eventos: TPEP José Aguiar; TP1 CarlosDias; AAP Paula Mourato; GRT Batista Ferreira; CTEN Moreira Pinto;Direcção-Técnica

Sec. de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar e o AlmiranteChefe do Estado-Maior da Armada visitaram a NAUTICAMPO 2006

Apresentação pública das novas Publicações Náuticas

A nossa imagem na Nauticampo 2006

POSTO DE VIGIA

CFR Proença Mendes, CTEN Manuel Guerreiro e CTEN Sardinha Monteiro

Vice-presidente da Câmara Municipal de LisboaDr. Fontão de Carvalho recebido pelo

Vice-Almirante Augusto de Brito

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Hidromar n.º 93, Março 2006 19

A promoção da Segurança da Navegação passanomeadamente por acções de sensibilização e tro-cas de experiências, que permitem também divul-gar os produtos e os meios disponíveis para o nave-gador. Com este objectivo foi lançado um novoconceito, Tertúlias de Navegação, espaços de dis-cussão e divulgação de temas relacionados com estatemática.

Foram promovidos três temas, Publicações Náu-ticas Oficiais, pelo CTEN Manuel Guerreiro, Avisosaos Navegantes e Busca e Salvamento, pela TCE AnaAtaíde e Planeamento de Viagem, pelo CTEN RafaelSilva.

Embora não tenha existido uma participação ele-vada nestas acções (máximo de 4 pessoas por evento),os envolvidos consideraram a ideia interessante, ques-tionando se a mesma iria ter seguimento, referindoque embora o tempo seja limitado numa visita à feira,não deram por mal empregue o tempo dispendido.

Tertúlias de Navegação

Foram registados cerca de 1000 con-tactos directos, referindo-se em termosgerais, 625 contactos de clientes (pessoasque compraram ou possuem produtos doIH), 218 outros contactos específicos e 33questões/sugestões por escrito no stand evia e-mail.

A participação num evento como aNauticampo em que fomos vistos por99 681 visitantes, permite uma constanteinteracção com estes, nomeadamente osnavegantes e os interessados sobre as coi-sas do mar. Assegurar uma resposta àssuas questões, promovendo a divulgaçãoda cartografia e publicações náuticas e dosserviços relacionados com a navegação,são factores que contribuem para a segu-rança da navegação.

Foi com este objectivo que foi reunido o grupo de repre-sentantes do Instituto presentes no stand. Neste ano para alémdo contacto directo, foi procurado promover outras vias de

esclarecimento e comunicação, através do registo escrito, pore-mail e através das Tertúlias de Navegação.

As questões e sugestões colocadas, foram muitas e diver-sas, umas de resposta directa, outras serão objecto de análise,procurando a melhoria contínua dos produtos e serviços dis-ponibilizados. Menciona-se em seguida algumas das mais soli-citadas:

Como adquirir e actualizar as Publicações Náuticas Oficiais;Como aceder à informação disponível ao navegante on-line;Como utilizar e receber os Avisos aos Navegantes;Que publicações devo ter a bordo;Como obter dados sobre correntes, marés e meteorologia,

para além da informação on-line;Quais as datas previstas para a publicação de alguns pro-

dutos específicos, como as CNO da série pescas;Quais as áreas nacionais já sondadas, como se pode ter

acesso a essa informação;Criação de cartas electrónicas de navegação para as séries

recreio e pesca.

Fale connosco

CTEN MOREIRA PINTO, ADJUNTO DO DIRECTOR TÉCNICO

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Hidromar n.º 93, Março 200620

PRE IA-MARBAIXA-MAR

No dia 19 de Janeiro, no Paláciodo Alfeite, em cerimónia

presidida pelo Comandante Naval,Vice-almirante Vargas de Matos, econtando com a presença do Direc-tor-Geral do Instituto Hidrográfico,Comandante da Flotilha, Director doCITAN, Comandante da Esquadri-lha de Navios-Patrulhas, Coman-dantes de Uni-dades Navais,

representantes das guarnições dos naviosdo Agrupamento dos Navios Hidrográ-ficos, Directores, Chefes de divisão e funcionários do Instituto Hidrográfico,decorreu a entrega de comando do Agru-pamento de Navios Hidrográficos ao CFR Ramalho Marreiros, sucedendo aoCFR Ventura Soares.

Iniciada a cerimónia, o Cte. Ventura Soa-res fez um balanço de um ano e meio deactividades desenvolvidas, altura em quetomou posse do comando do Agrupamento.

O novo Comandante do AgrupamentoCFR Ramalho Marreiros agradeceu a con-

fiança que lhe tinha sido depositada, afirmando que iria pôrao serviço do Agrupamento todo o conhecimento e experiên-cia adquirida no Navio D. Carlos I.

A cerimónia terminou com a apresentação de cumprimen-tos ao Comandante cessante e ao novo Comandante, a que seseguiu um porto de honra.

Ao Cte. Ramalho Marreiros, o Hidromar deseja as maioresfelicidades no cumprimento desta nova missão.

Entrega de comando do Agrupamento de Navios Hidrográficos

No passado dia 16 de Março, oCTEN Mário Veloso da Veiga

tomou posse como chefe do Serviçode Finanças e Contabilidade, suce-dendo ao CTEN Paulo Jorge NunesAmaral.

A cerimónia teve lugar no gabi-nete do Director Geral do InstitutoHidrográfico, tendo sido presididapelo Vice-almirante Augusto de Brito.Nela estiveram presentes CMGValente Zambujo, Assessor do Direc-

tor-Geral, CFR Passos Ramos, Director de Apoio, chefes de divi-são e de serviço, oficiais e funcionários do Instituto Hidrográ-fico.

No seu discurso identificou algumas tarefas prioritárias,dedicando-se em três grandes áreas:

A qualidade do serviço, a utilização racional dos recursose o pessoal.• «No primeiro destaco a conclusão do Manual de Procedi-

mentos do Serviço de Finanças e Contabilidade e o arranqueda elaboração do Manual de Auditoria Interna, tendo emvista a consolidação dos actuais métodos de trabalho e a ins-tituição de um processo de melhoria contínua do serviço.»

• «Relativamente ao segundo, pretendo proceder já no âmbitodo planeamento orçamental para 2007 à reactivação do PlanoIntegrado de Investimento.»

• «Por último, naquela que será provavelmente a minha tarefamais importante e complexa, procurarei desenvolver acções

que promovam o desenvolvimento do pessoal, estimulem asua auto-estima e motivação.»

No fim do seu discurso, proferiu umas algumas palavrasao pessoal da Direcção Financeira e em particular aos seus cola-boradores directos do Serviço de Finanças e Contabilidade:

«Sei que posso contar com a vossa dedicação, empenho elealdade. Da minha parte, quero que saibam que podem con-tar comigo, sempre, de forma incondicional e permanente.»

«Conto convosco para levar a cabo a nossa missão, com aqualidade que constitui já a imagem de marca do IH e nos per-mite ser uma referência em termos de gestão administrativa efinanceira.»

O Hidromar deseja ao CTEN Veloso da Veiga muitas felici-dades nas suas novas funções.

Novo chefe de Finanças e Contabilidade

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Hidromar n.º 93, Março 2006 21

Encontra-se a prestar serviço no Ins-tituto Hidrográfico, no Centro de

Dados Técnico-Científicos, desde Feve-reiro de 2006, a Aspirante TSN SóniaGodinho. A Aspirante Sónia é licen-ciada em Eng.ª Geográfica, pela Facul-dade de Ciências da Universidade deLisboa, tendo entrado para a Marinhaem Janeiro de 2006. No Centro de dadosirá centrar a sua actividade na admi-nistração de bases de dados geo-espa-

ciais e administração de sistemas deinformação geográfica. A AspiranteSónia tem 26 anos, mora em Queluz eprofissionalmente ambiciona aplicar eampliar os seus conhecimentos técni-cos no desenvolvimento, administra-ção e gestão de sistemas de informa-ção.

À Aspirante Sónia Godinho, oHidromar deseja as mais sinceras feli-cidades nas suas novas funções.

Aspirante TSN Sónia Godinho

ATécnica Superior Raquel Patrí-cio Gomes iniciou funções no

Instituto Hidrográfico há cerca decinco anos. Desde então, acompa-nhou o Vice-almirante Torres Sobral,o Vice-almirante Silva Cardoso e oVice-almirante Viegas Filipe nas fun-ções de Assessora para as RelaçõesInternacionais do Instituto Hidro-gráfico.

Após ter completado, no Ins-tituto Nacional de Administração, o Curso de Estudos Avan-çados em Gestão Pública (CEAGP), e com a entrada do Vice-almirante Viegas Filipe, acumulou as funções de Oficial de

Relações Públicas (ORP) e de Chefe de Gabinete de RelaçõesPúblicas. Foi nesta altura que assumiu as funções de redacçãoe coordenação do Hidromar.

Durante a sua permanência no Instituto Hidrográfico, tor-naram-se evidentes as suas qualidades profissionais e pessoais,entre as quais se destacam a iniciativa, a criatividade, o brio, aenorme dedicação e a disponibilidade permanente.

Desde o passado dia 23 de Janeiro, exerce funções na Direc-ção-Geral de Armamento e Equipamentos de Defesa, como Asses-sora do Director-geral de Armamento.

O Hidromar agradece todo o seu empenho e felicita a Dra.Raquel Gomes, desejando os maiores sucessos profissionais epessoais.

Raquel Patrício Gomes no MDN

No passado dia 24 de Março,tomou posse como Director de

Instrução da Escola de Hidrografiae Oceanografia o CFR Carlos Ven-tura Soares, sucedendoassim ao CMG Oliveira eLemos que, após 3 anos àfrente da Escola, destaca do Instituto Hidrográfico. O compromisso foi teste-munhado na biblioteca,

tendo sido presidida pelo Vice-almirante Augustode Brito, Director-Geral do Instituto Hidrográfico.

No seu discurso, o CFR Ventura Soares começoupor agradecer a presença dos convidados bem comoa confiança que o Vice-almirante Augusto de Brito,Director-Geral do Instituto Hidrográfico, nele tinhadepositado para o cargo de Director de Instrução daEscola de Hidrografia e Oceanografia (EHO).

Referiu que as suas prioridades na Escola de Hidro-grafia e Oceanografia estavam relacionadas com a inte-gração do ensino no Sistema de Formação Profissio-nal da Marinha bem como na preparação de um eventualcurso de formação de técnicos de Oceanografia.

Por fim, agradeceu ao CMG Oliveira e Lemos aexcelência do trabalho executado, desejando-lhe

felicidades nas suas novas funções fora do Instituto Hidro-gráfico.

Ao Cte. Ventura Soares, o Hidromar deseja os mais since-ros votos de sucessos profissionais e pessoais.

Escola de Hidrografia e Oceanografia tem novo Director

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Hidromar n.º 93, Março 200622

No dia 24 de Março, três alunos doCurso de Especialização de Oficiais

em Hidrografia CEHO) 2004/2005, daEscola de Hidrografia e Oceanografia, o1TEN Brito Afonso, o 1TEN Soares deAlmeida e o 1TEN Pinto da Silva, acom-panhados pelo Director de Instrução, CMG Oliveira Lemos, compareceram noGabinete do Director-Geral do InstitutoHidrográfico, VALM Augusto de Brito, paraa cerimónia de entrega dos diplomas doreferido curso.

O Hidromar, enquanto publicação do Instituto Hidrográfico,

visa promover o conhecimento das suas actividades e dos

seus funcionários, quer internamente (quando utilizado como

instrumento de comunicação interna) quer externamente (como

veículo de divulgação da excelência da investigação e dos

projectos da instituição).

Desta forma, o Hidromar será aquilo que os leitores e os

colaboradores dele exigirem. É por esta razão que a cola-

boração, mais que bem-vinda, é necessária. Serão tão neces-

sários artigos de índole técnica como artigos de opinião,

peças relativas a acontecimentos sociais, curiosidades, foto-

grafias ou imagens que se considerem relevantes para fomen-

tar a comunicação dentro e para fora do Instituto. Sintam-se

convidados a participar. [email protected]

P R E I A - M A RB A I X A - M A R

Entrega de Diplomas

OAspirante TSN RC Rui Guerreiro, encontra-se a prestar serviço no InstitutoHidrográfico, na divisão de Hidrografia, desde Fevereiro de 2006. O Aspirante

Guerreiro tem 25 anos, vive na Moita, é licenciado em Eng.ª Geográfica, pela Facul-dade de Ciências da Universidade de Lisboa, tendo entrado para a Marinha emJaneiro de 2006. Na Hidrografia irá centrar a sua actividade em cartografia assistidapor computador.

O Hidromar deseja ao Aspirante TSN RC Rui Guerreiro as maiores felicidades nassuas novas funções.

Aspirante TSN RC Rui Guerreiro na divisão de Hidrografia

A equipa Hidromar

deseja a todos os leitores

os mais sinceros votos

de uma Páscoa Feliz

Page 23: Boletim do Instituto Hidrográfico N.º 93, II Série, Março ... · Boletim do Instituto Hidrográfico HidromarN.º 93, II Série, Março 2006 SUMÁRIO 2 Tomada de posse do DG 3

Hidromar n.º 93, Março 2006 23

Actividades das divisões e navios hidrográficosNAVEGAÇÃO

No dia 13 de Fevereiro CTEN Rafael da Silvaefectuou compensação da Agulha Magnética doNRP «João Coutinho» ao largo de Sesimbra.

No dia 13Fevereiro o CTEN Manuel GuerreiroGuerreiro foi recebido em audiência pelo Almi-rante CEMA (Comando do NRP «João Couti-nho»).

No dia 17 de Fevereiro o CTEN Rafael da Silvaparticipou em workshop do projecto SIGAI.

No dia 18 de Fevereiro o TCE Ana Ataíde parti-cipou nas «tertúlias» no stand do IH na Nauti-campo.

No dia 18 Fevereiro o CTEN Rafael da Silva par-ticipou nas «tertúlias» no stand do IH na Nauti-campo.

No dia 19 de Fevereiro o CTEN Rafael da Silvaesteve de serviço no stand do IH na Nauticampo.

O CTEN Rafael da Silva, no dia 20 de Fevereiroparticipou no Workshop SIGAI, no EMA.

O CTEN Manuel Guerreiro, no período de 18 a24 de Fevereiro participou na Reunião do Stan-dardization of Publications Working Group daOHI, no UKHO.

O CFR Proença Mendes, nos dias 21 e 22 deFevereiro deslocou-se a Aveiro, no âmbito doEstudo da Navegabilidade da Ria de Aveiro.

No dia 27 de Fevereiro o CTEN Rafael da Silvaefectuou compensação da Agulha Magnética noNRP «D. Carlos I» a navegar.

No dia 13 de Março o Cte. Rafael da Silva efec-tuou a compensação da Agulha Magnética doNRP «Auriga».

No dia 15 de Março o Cten Rafael da Silva efec-tuou a compensação da Agulha Magnética doNRP «Jacinto Cândido».

No dia 16 de Março o Cte. Rafael da Silva efec-tuou a compensação da Agulha Magnética doNRP «João Roby».

No dia 21Março Cte. Proença Mendes – Reuniãonas Instalações da SKYSOFT sobre o projectoMACAIS.

No dia 22 de Março o Cte. Rafael da Silva efec-tuou a compensação da Agulha Magnética doNRP «João Roby».

No dia 24 de Março o Cte Rafael da Silva efec-tuou provas de Governo e Manobra do NRP «Polar».

No dia 24 de Março esteve presente no JantarAnual de Oficiais Especializados em Navegação.

CENTRO DE DADOS CDPM – reunião semanal – 9 Fev – DGAM.CTEN Bessa Pacheco, no dia 16 de Fevereiro par-

ticipou na reunião semanal CDPM-DGAM.O Dr Fernando Gomes participou no Apoio SIG

Div. Navegação, Ria de Aveiro, no período de21 a 22 de Fevereiro em Aveiro.

O Cte. Bessa Pacheco participou na Reunião sema-nal CDPM, no dia 23 de Fevereiro, na DGAM.

No dia 2 de Março oCTEN Bessa Pacheco parti-cipou na reunião semanal CDPM na DGAM.

No dia 16 Março o Cte Bessa Pacheco participouna reunião semanal CDPM na DGAM.

No dia 21 de Março o Cten Bessa Pacheco e DraCélia Pata participaram na reunião com Arq.ºCâmara Municipal de Cascais sobre o estudoda Boca do Inferno realizada na Câmara Muni-cipal de Cascais.

No dia 23 de Março, o Cte. Bessa Pacheco par-ticipou na reunião semanal CDPM – 23 Mar2006 na DGAM.

Nos dias 27 e 28 de Março participou no Cursode Liderança e Gestão para chefias realizadono Clube Militar Naval.

No dia 30 de Março participou na Reunião daComissão de Domínio Público Marítimo.

QUÍMICA E POLUIÇÃO No dia 22 de Março vai ser realizada mais uma

campanha de amostragem de águas subterrâ-neas no âmbito do projecto VALORSUL. Vão sercolhidas amostras de água, em seis piezóme-tros localizados nas imediações da Central detratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, em S.João da Talha. Dois piezómetros atingem os 25m de profundidade e os restantes apenas 15 m.As amostras de água são colhidas em colabo-ração com os técnicos da LABELEC e seguida-mente vão ser preservadas e acondicionadaspara posterior análise em laboratório.

No dia 23 de Março foi realizada uma campa-nha de monitorização do projecto VALORSUL,com recolha de amostras de água em três esta-ções do estuário e na vala de drenagem, nazona envolvente à Central de Tratamento de Resí-duos Sólidos Urbanos, em S. João da Talha. Asamostras são colhidas à superfície e no fundoe em situação de preia-mar e de baixa-mar.Todas as amostras vão ser preservadas e con-servadas para posterior análise em laboratório.

OCEANOGRAFIANo período de 6 a 12 de Fevereiro iniciaram-se

os trabalhos de preparação aos testes dos equi-pamentos envolvidos na campanha NICC/ECOISrealizados nos rios Douro e Minho.

No dia 6 de Fevereiro de 2006 realizou-se a cam-panha de monitorização ambiental VALORSULe procedeu-se à recuperação da bóia ODAS deLeixões.

No dia 7 de Fevereiro continuaram os testes aoCTD rebocado.

No período de 20 a 26 de Fevereiro iniciaram-se os trabalhos de preparação aos testes doCTD Ondulante, equipamento adquirido no âmbitodo apetrechamento do NRP «D. Carlos I».

Na semana de 20 a 26 de Fevereiro iniciaram-seos trabalhos de preparação aos testes dos equi-pamentos envolvidos na campanha NICC/ECOISrealizados nos rios Douro e Minho.

No período compreendido entre os dias 20 e 25de Março de 2006 o Ten. Quaresma deslocou-se a Londres para participar na OceanologyInternacional 2006.

No período de 20 a 16 de Março o Ten. SantosMartinho deslocou-se ao CITAN para preparara missão Swordfish 2006.

O Cte. Mesquita Onofre deslocou-se à Figueirada Foz para participar na conferência da águainiciativa do Instituto da Água (INAG).

GEOLOGIA MARINHANa semana de 6 a 12 de Março. Continuação

das missões ECOIS, a decorrer nos estuários dosrios Minho e Douro e da missão NICC. Partici-pam 11 elementos da GM.

Participação em reunião de trabalho no EMA, rela-cionada com UUV em que estará envolvida aUniversidade do Porto (Departamento de Enge-nharia Electrónica). Está presente o ASP OF TSNPereira Marques

Deslocação do TSP à exposição «Oceanology Inter-national 2006» que se realizou em Londres, entreos dias 20 e 25 de Março.

Deslocação às instalações da Marinha (Marco doGrilo) no âmbito das acções de preparação doexercício naval SWORDFISH (ASP OF PereiraMarques).

BRIGADA HIDROGRÁFICAEstabelecimento do apoio horizontal e vertical para

o levantamento topo-hidrográfico no Rio Minho.Processamento dos levantamentos para o SREST

(R.A. Madeira), IPTM (Faro, Olhão, Lagos e Alvor)e topografia em Aveiro.

Execução de levantamento topográfico em Aveiroe levantamento hidrográfico para a LBC TAN-QUIPOR.

Processamento dos levantamentos para o SREST(R.A. Madeira) e IPTM (Faro, Olhão, Lagos eAlvor).

Levantamento topo-hidrográfico no Rio MinhoLevantamento hidrográfico da Doca da Marinha.Provas de governo do NE «Polar».Processamento dos levantamentos para o SREST

(R.A. Madeira) e IPTM (Lagos e Alvor).

HIDROGRAFIAVectorizações: CNO 43101 (Arquipélago dos Aço-

res – Grupo Ocidental); CNO 46406 (Ilha deS. Miguel); CNO 46404 (Ilha Graciosa).

Cartas Novas e Novas Edições: Compilação daCNO 26312; Compilação da CNO 26305;Compilação da CNO 66301; Compilação daCNO 23203; Compilação da CNO 24P01; Com-pilação da SED1.

Correcção de cartas: Introdução correcções dosAN's na base de dados e cartas; Continuaçãoda produção das CENO seguintes: PT446403;PT200201; PT526312; PT548504.

Preparação de dados para carregar no HPD.Elaboração de updates às CENO.Análise de respostas aos questionários sobre

ECDIS/CENO.Vectorização do legado de dados hidrográficos

para posterior carregamento do HDW.Curso interno de formação em preparação de objec-

tos para apoio à produção cartográfica com oHPD.

Preparação de dados, das escalas de aproxima-ções e portuária da área do porto de Peniche,na Base de Dados Cartográfica.

Agrupamento de Navios

NRP «D. CARLOS I»A navegar, de 17Fev a 16Abr, com missão atri-

buída no âmbito Levantamentos Hidrográficospara a Extensão da Plataforma Continental. Actual-mente a operar na área LH3W a oeste da Madeira.

NRP «ALM. GAGO COUTINHO»No Arsenal do Alfeite, em trabalhos de adapta-

ção a navio hidrográfico.

NRP «AURIGA»Com missão, atribuída de 13 a 17Mar, no âmbito

da participação no 8.º Congresso da Água, naFigueira da Foz no dia 15Mar.

Com missão atribuída de 17 Março a 22 Março,no âmbito da colaboração provas sonar LOPAS.

Avaliação dos Padrões de Prontidão nos dias 23e 24 Março.

Treino Assistido de 3 a 13Abril.

NRP «ANDRÓMEDA»No período de 9 Janeiro a 5 de Março concluiu

com sucesso a missão para a GM (Q-routes Lei-xões, POCUS e SISMEX).

No período de 20 Fevereiro a 19 de Março exe-cutou missão para a OC (NICC-ECOIS).

No dia 30 de Março efectuou missão Q-routes.

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Hidromar n.º 93, Março 200624

B Ú S S O L AEventos nacionais e internacionais

Decorreu em Lisboa, nos dias 8 e 9 deMarço, o 4.º Encontro de Utilizado-res ESRI, organizado pela empresa

ESRI-Portugal. O IH, na qualidade de utili-zador da plataforma ArcGIS, participouneste evento através do CTEN Bessa Pacheco,CTEN Reino Baptista, Asp. Sónia Godinho,Dr. Fernando Gomes, Dr.ª Célia Pata, Eng.ªInês Félix e Est. Ana Nobre. O encontro foi,genericamente, subordinado ao tema «Infra-estruturas de dados geo-espaciais», tendoproporcionado não só, conhecer uma sériede iniciativas e tendências evolutivas do para-digma das infra-estruturas de dados, mastambém as novas funcionalidades incluídasna próxima versão da plataforma ArcGIS. O CTEN Bessa Pacheco apresentou uma comunicação sobre«Infra-estruturas de dados geo-espaciais sobre o ambiente mari-nho» e a Eng.ª Inês Félix apresentou um poster sobre o «Sis-

tema de informação para apoio ao planeamento de navegação».Este poster foi distinguido com o prémio de melhor poster daexposição deste encontro.

Decorreu no Centro de Artes eEspectáculos da Figueira da Fozentre 13 e 17 de Março de 2006

o «8.º Congresso da Água», organizadopor um grupo de docentes da Faculdadede Ciências e Tecnologia da Universidadede Coimbra – no âmbito da AssociaçãoPortuguesa dos Recursos Hídricos – esubordinada ao tema «Água, sede de sus-tentabilidade!».

O congresso abordou o problema daágua segundo duas perspectivas: a águaenquanto forma sustentável de desen-volvimento, através das actividades eco-nómicas centradas no respeito e na cor-recta utilização do recurso água; e a águaenquanto recurso que carece de uma uti-lização sustentável, ou seja, de uma uti-

lização que não ponha em risco a sua reu-tilização pelos ecossistemas dos meiosreceptores ou por outras actividadeshumanas.

Do programa do 8.º Congresso da Águadestacou-se uma pales-tra sobre «Legislaçãoda Água e sua Opera-cionalização», por Hel-mut Bloch, Responsávelpela Secção de Protec-ção da Água da Comis-são Europeia, e aindatrês mesas-redondassobre os temas «Ope-racionalização da Leida Água e Planos deGestão de Bacias Hidro-

gráficas», «Planeamento e Gestão da OrlaCosteira» e «Plano Estratégico de Abas-tecimento de Água e Saneamento de ÁguasResiduais (PEAASAR), passado e futuro».

A iniciativa contou com uma série desessões técnicas, que abordaram temascomo abastecimento e saneamento, águana agricultura e na saúde, águas subter-râneas, alterações climáticas e processoshidrológicos, avaliação de impacte ambien-tal em recursos hídricos, cheias e secas,conservação e reabilitação de obras hidráu-licas, ecohidráulica, hidráulica fluvial,marítima e gestão costeira, entre outras.

O Instituto Hidrográfico esteve pre-sente através do Cte. Lopes da Costa queparticipou na mesa de debate relativa aotema «Planeamento e Gestão da Orla Cos-teira», e também com o Cte. MesquitaOnofre a bordo do NRP «Auriga», queefectuou uma palestra sobre as capaci-dades do navio, seguida de uma nave-gação de 2 horas, para dois grupos de 14investigadores.

Congresso da Água

IH participa no 4.º Encontro de utilizadores ESRI

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Hidromar n.º 93, Março 2006 25

BEM-VINDOA B O R D OOInstituto Hidrográfico foi visitado a 24 de Janeiro de 2006

pelo Grupo Internacional de Avaliação dos Laboratóriosdo Estado, chefiado pelo Professor Jean Pierre Contzen. Faziamtambém parte desse grupo os Professores Elias Castiel, Manfred Popp e Pierre Papon. Da comitiva constava ainda oProfessor Maranha das Neves e a Dr.ª Teresa Belo Dias doPRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado).

A comitiva foi recebida pelo Director-Geral do InstitutoHidrográfico, VALM Augusto de Brito e restantes Directores.Foi efectuada uma apresentação das capacidades do Instituto,nomeadamente nas suas vertentes de Oceanografia Opera-cional, Geologia Marinha, Química e Poluição e Dados Técnico-Científicos, tendo-se seguido uma visita à divisão deOceanografia e Serviço de Electrotecnia. Foi finalmente efec-tuada uma reunião de esclarecimento entre as partes.

Um grupo de 20 irmãs FranciscanasHospitaleiras da Imaculada Con-

ceição, provenientes do Brasil, Índia,Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe,

Moçambique e Portugal, visitaramo Instituto Hidrográfico, antigoConvento das Trinas, no passadodia 8 de Março. Esta visita, decarácter histórico-cultural, é umareferência muito importante paraa congregação. O Instituto Hidro-gráfico foi casa Mãe da Congre-gação das Irmãs Franciscanas

Hospitaleiras da Imaculada Conceição,desde 8 de Setembro de 1878 até Outu-bro de 1910, e, onde a sua fundadora, areligiosa e depois Superiora Geral, MadreMaria Clara do Menino Jesus, viria a fale-cer em 1899. No fim da visita, no hall daentrada principal, cantaram o hino aosfundadores Padre Raimundo Beirão eMadre Maria Clara, emocionando todosaqueles que assistiram e que acompa-nharam a visita.

Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição

Grupo Internacional de Avaliação dos Laboratórios de Estado

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Hidromar n.º 93, Março 200626

No passado dia 18 de Janeiro, 11alunos do Curso de Informação

Cartográfica 2006, acompanhadospelo Director do curso TCOR EstrelaSoares, visitaram o Instituto Hidro-gráfico. A visita teve início no Audi-tório, com a projecção de um Video-grama do Instituto Hidrográfico. De seguida, os alunos visitaram asdivisões de Hidrografia e Centro deDados.

Visita de Estudo do Curso de Informação Cartográfica

Os 27 oficiais do 1.º Curso Geral Navalde Guerra 2005/2006, acompanha-

dos pelo Director do Curso, CMG LorenaBirne, efectuaram uma visita de estudo

ao Instituto Hidrográfico no dia 19 deJaneiro com o objectivo de conhecer amissão e quadro de actividades do Ins-tituto Hidrográfico, incluindo as que sedesenvolvem fora do âmbito da Mari-nha, os meios disponíveis (humanos,materiais e financeiros) e as suas áreasestruturais, nomeadamente as de pla-neamento e projectos em curso. A visitateve início no Auditório do InstitutoHidrográfico, onde foi projectado ovideograma da Unidade. ADirecção Téc-nica e a Direcção dos Serviços Admi-nistrativos e Financeiros apresentaramas suas actividades. Os oficiais conhe-ceram depois as Divisões de Navegação,Oceanografia, Hidrografia e o Centro deDados Técnico-Científicos.

1.º Curso Geral Naval de Guerra

No passado dia 15 de Março, um grupo de 70 alu-nos dos cursos de Engenharia Civil e Engenha-

ria Geológica da Universidade de Aveiro, acompanhadospelo Professor Luis Menezes e pelo professor Assis-tente Helder Tareco, visitaram o Instituto Hidrográfico(IH), no âmbito das disciplinas de Cartografia e Topo-grafia. Dado o elevado número de alunos o grupo foidividido em dois, 35 alunos para o período da manhãe o restante para o período da tarde.

Os grupos assistiram ao videograma do InstitutoHidrográfico e a uma apresentação sobre levantamen-

tos hidrográficos e a produção cartográfica.De seguida visitaram as secções da divisãode Hidrografia, passaram pela divisão de Ocea-nografia onde ficaram a conhecer os projec-tos em curso, nomeadamente o projecto Her-mes. No final da visita os alunos tiveram aindaa oportunidade de conhecer a biblioteca doInstituto Hidrográfico.

Universidade de Aveiro

BEM-V INDOA BORDO

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Hidromar n.º 93, Março 2006 27

No passado dia 18 de Janeiro de 2006, o Secretário-geral doMar de França, Sr. Xavier de la Gorce visitou o Instituto Hidro-gráfico, tendo sido recebido pelo Vice-almirante José Augusto

de Brito, Director-Geral do Instituto Hidrográfico. Depois de assistir a uma apresentação no Auditório do Instituto

Hidrográfico, relativa às actividades do Instituto Hidrográfico, visita-ram as divisões de Química e Poluição, Geologia Marinha, Hidrogra-fia, Oceanografia e Navegação. No final da visita, aquando da assina-tura do livro de honra do Instituto Hidrográfico, sua Ex.ª o SecretárioGeral do Mar, Xavier de la Gorce mostrou o seu apreço pelo modo com foi recebido e fez votos no sentido de se reforçar a cooperaçãobilateral.

Secretário-geral do Mar de França visita o IH

Capitães dos Portos 2006

A16 de Fevereiro, no âmbito do pro-grama de estágio para Capitães dos

Portos, 14 oficiais da Escola de Autori-dade Marítima, acompanhados peloCMG Oliveira Urbano, assistiram à apre-sentação de actividades técnico-científi-cas, pelo Director Técnico, CMG Lopesda Costa.

De seguida visitaram as divisões deHidrografia e Navegação, onde ficarama conhecer as actividades de cada umadelas e assistiram à apresentação sobreQuímica e Poluição em Apoio à Autori-dade Marítima, feita pela Eng. Pilar Pestana da Silva, Chefe da divisão deQuímica e Poluição.

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Hidromar n.º 93, Março 200628

Ministro da Defesa Nacional da República da Tunísia visita o IH

Instituto Hidrográfico rece-

beu a visita de Sua Exce-

lência o Ministro da Defesa

Nacional da República da Tunísia,

Senhor Kamel Morjane, no passado

dia 28 de Março, tendo sido recebido

pelo Almirante Melo Gomes, Chefe

do Estado-Maior da Armada, e pelo

Vice-almirante José Augusto de Brito,

Director-Geral do Instituto Hidro-

gráfico.

A comitiva que o acompanhava

incluía o Coronel Mohamed Ghorbal,

Encarregado do Protocolo, e o CMG

Souissi, da Marinha da Tunísia.

Esta visita contou ainda com a pre-

sença do oficial acompanhante do

Ministro da Defesa Nacional da Repú-

blica da Tunísia, Contra-almirante

Silva Castro, e o oficial de ligação, o

Comandante Piedade Miranda.

Iniciada a visita, o Ministro da

Defesa Nacional da República da Tuní-

sia assistiu no auditório a uma apre-

sentação realizada pelo CMG Lopes

da Costa, Director Técnico do Insti-

tuto Hidrográfico, sobre as activida-

des técnico-científicas do Instituto

Hidrográfico.

De seguida, o senhor Kamel Mor-

jane e comitiva visitaram a divisão

de Hidrografia, passando posterior-

mente pelos pólos museológicos.

Na Biblioteca, o Ministro da Defesa

Nacional da Tunísia, Senhor Kamel

Morjane, assinou o livro de honra do

Instituto Hidrográfico e agradeceu

a oportunidade de visitar o Instituto

Hidrográfico, reconhecendo o grande

esforço e os resultados obtidos pela

Marinha no domínio da Oceanogra-

fia, a sua contribuição para a econo-

mia do País.

O