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Boletim do Instituto Hidrográfico N. o 96, II Série, Janeiro 2007 Hidromar SUMÁRIO 4 Implementação de um Sistema de Gestão da Quali- dade no IH 5 O Planeamento de Actividades para 2008 6 Apoio a cruzeiros oceanográficos 7 Amostradores passivos: a amostragem do futuro? 8 Implementação do Caris Hydrographic Production Data- base no IH 9 Participação na Conferência «Thermo Informatics World 2006 Europe» 11 Actividades das divisões e navios hidrográficos 13 Encontro de Quadros Superiores 2006: IH – Um Oceano de Perspectivas 14 Nazaré – um dia de férias bem tirado 16 Caminhada na Serra do Açor – Mata da Margaraça 17 Festa de Natal do IH 18 Política de Responsabilidade Social do IH Políticas de desenvolvimento – investimentos em infra-estruturas 20 Missão Geo-Hidrográfica da Guiné 1953/57 Há 20 anos … IH adquire «Cerca Grande» 22 Curso de Especialização de Oficiais em Hidrografia 2006/2007 Estágio de acústica submarina Reunião CHAtO no Senegal 22 Participação do IH na Conferência ESIG 2006 Participação do IH nas X Jornadas de Engenharia Naval Jornadas do Mar 25 Visitas ao IH: Curso de promoção a Sargento-Chefe 2006 Visita da Escola «Patras» ao IH Visita de Estudo dos alunos da Nautical High School «Artiglio» 26 Moradores da Lapa e Santos-o-Velho Alunos da Escola Profissional de Coimbra 27 Escola Secundária José Afonso 28 Ministro da Defesa Nacional da República de Angola Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 1 ealizou-se entre 6 e 15 de Novembro o exercício LUSÍADA06. Este exercício envolveu forças e meios do Exército, Força Aérea e Marinha, sob um comando conjunto, e teve como principal objectivo executar treino con- junto nas várias vertentes operacionais, nomeadamente a in- tegração inter-ramos dos meios de comunicações, das tácti- cas empregues e do apoio ambiental. No que diz respeito ao apoio ambiental, houve pela pri- meira vez, uma parceria operacional entre o CIMFA (Cen- tro de Informação Meteorológica da Força Aérea), o IGeoE (Instituto Geográfico do Exército) e o Instituto Hidrográfi- co (IH) durante um exercício. Tal como em operações ante- riores, o IH adquiriu e processou dados ambientais do Ins- tituto de Meteorologia, do Fleet Numerical Oceanographic Center (FNMOC – USA) e utilizou informação do UK Me- tOffice (Instituto Meteorológico da Marinha Britânica) (ver Figura 1). Pela sua experiência em exercícios anteriores, o Instituto Hidrográfico ficou encarregue de coordenar o apoio ambiental, sendo o centro de compilação e fusão de dados, e centro de produção dos meios de disseminação da infor- mação às forças operacionais. Devido a exigências de pro- cessamento e armazenamento de dados, foi instalado no Co- mando Operacional das forças Terrestres (COFT), onde estava situado o comando do exercício, uma célula de apoio geo- gráfico que tinha como tarefa a produção de informação geo- gráfica específica a pedido do Estado-Maior do Comando ou das forças no terreno. No COFT, um oficial da Força Aé- rea ficou responsável pelos briefings ao comando, e um ofi- cial do Exército responsável pelo fornecimento de informa- ção geográfica à célula instalada no COFT. A Divisão de Oceanografia (DivOC) do IH começou por, alguns meses antes do exercício, redesenhar a página WEB Apoio ambiental ao exercício Lusíada06 Apoio ambiental ao exercício Lusíada06 R

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B o l e t i m d o I n s t i t u t o H i d r o g r á f i c o N.o 96, II Série, Janeiro 2007

Hidromar

S U M Á R I O4 Implementação de um Sistema de Gestão da Quali-

dade no IH5 O Planeamento de Actividades para 20086 Apoio a cruzeiros oceanográficos7 Amostradores passivos: a amostragem do futuro?8 Implementação do Caris Hydrographic Production Data-

base no IH9 Participação na Conferência «Thermo Informatics

World 2006 Europe»11 Actividades das divisões e navios hidrográficos13 Encontro de Quadros Superiores 2006: IH – Um Oceano

de Perspectivas

14 Nazaré – um dia de férias bem tirado16 Caminhada na Serra do Açor – Mata da Margaraça17 Festa de Natal do IH18 Política de Responsabilidade Social do IH

Políticas de desenvolvimento – investimentos eminfra-estruturas

20 Missão Geo-Hidrográfica da Guiné 1953/57Há 20 anos … IH adquire «Cerca Grande»

22 Curso de Especialização de Oficiais em Hidrografia2006/2007Estágio de acústica submarinaReunião CHAtO no Senegal

22 Participação do IH na Conferência ESIG 2006Participação do IH nas X Jornadas de Engenharia NavalJornadas do Mar

25 Visitas ao IH:Curso de promoção a Sargento-Chefe 2006Visita da Escola «Patras» ao IHVisita de Estudo dos alunos da Nautical High School

«Artiglio»26 Moradores da Lapa e Santos-o-Velho

Alunos da Escola Profissional de Coimbra27 Escola Secundária José Afonso28 Ministro da Defesa Nacional da República de Angola

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 1

ealizou-se entre 6 e 15 de Novembro o exercícioLUSÍADA06. Este exercício envolveu forças e meiosdo Exército, Força Aérea e Marinha, sob um comando

conjunto, e teve como principal objectivo executar treino con-junto nas várias vertentes operacionais, nomeadamente a in-tegração inter-ramos dos meios de comunicações, das tácti-cas empregues e do apoio ambiental.

No que diz respeito ao apoio ambiental, houve pela pri-meira vez, uma parceria operacional entre o CIMFA (Cen-tro de Informação Meteorológica da Força Aérea), o IGeoE(Instituto Geográfico do Exército) e o Instituto Hidrográfi-co (IH) durante um exercício. Tal como em operações ante-riores, o IH adquiriu e processou dados ambientais do Ins-tituto de Meteorologia, do Fleet Numerical OceanographicCenter (FNMOC – USA) e utilizou informação do UK Me-tOffice (Instituto Meteorológico da Marinha Britânica) (ver

Figura 1). Pela sua experiência em exercícios anteriores, oInstituto Hidrográfico ficou encarregue de coordenar o apoioambiental, sendo o centro de compilação e fusão de dados,e centro de produção dos meios de disseminação da infor-mação às forças operacionais. Devido a exigências de pro-cessamento e armazenamento de dados, foi instalado no Co-mando Operacional das forças Terrestres (COFT), onde estavasituado o comando do exercício, uma célula de apoio geo-gráfico que tinha como tarefa a produção de informação geo-gráfica específica a pedido do Estado-Maior do Comandoou das forças no terreno. No COFT, um oficial da Força Aé-rea ficou responsável pelos briefings ao comando, e um ofi-cial do Exército responsável pelo fornecimento de informa-ção geográfica à célula instalada no COFT.

A Divisão de Oceanografia (DivOC) do IH começou por,alguns meses antes do exercício, redesenhar a página WEB

Apoio ambiental ao exercício Lusíada06

Apoio ambiental ao exercício Lusíada06

R

INSTITUTO HIDROGRÁFICORua das Trinas, 49 – 1249-093 LISBOA • PORTUGAL

Telefone +351 210 943 000Fax +351 210 943 299

e-mail [email protected] www.hidrografico.pt

TÍTULO HIDROMAR – Boletim do Instituto Hidrográfico (IH)

NÚMERO 96, II Série, Janeiro 2007

REDACÇÃO E COORDENAÇÃO Gabinete de Relações Públicas ([email protected])

FOTOGRAFIA Gabinete de Relações Públicas

DESIGN GRÁFICO Jorge Tavares

EXECUÇÃO GRÁFICA Serviço de Artes Gráficas

IMPRESSÃO Editorial do Ministério da Educação

TIRAGEM 800 exemplares

DEPÓSITO LEGAL 98579/96

ISSN 0873-3856

Boletim do Instituto Hidrográfico N.o 96, II Série, Janeiro 2007

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

Hidromar

Hidromar n.º 96 Janeiro 20072

de disseminação WWW, tendo como pro-pósitos fundamentais garantir a compati-bilidade do sistema de produção com asnovas versões do sistema operativo Mi-crosoft Windows e respectivo exploradorde internet, e melhorar o acesso à infor-mação disponível no site. Numa fase pré-via ao exercício foram configurados e im-plementados, a diferentes escalas, modelosde agitação marítima. Àescala da bacia oceâ-nica podemos avaliar a propagação de tem-pestades no Oceano Atlântico, enquanto àescala local, de alta resolução, podemos pre-ver informação de rebentação da ondula-ção em diversos pontos de uma praia pa-ra apoio a forças de desembarque.

Uma das inovações no apoio ambien-tal prestado foi a disponibilização de fer-ramentas de apoio à decisão de âmbito geo-espacial, especificamente diagramas deimpacto sobre a missão. Estes diagramaspermitem uma interpretação intuititva so-bre a operacionalidade das plataformas, sis-temas de armas e recursos humanos faceàs condições ambientais, sendo tradicio-nalmente produzidos sob a forma de ta-belas. O Centro de Dados, em colaboraçãocom a DivOC e a empresa ESRI-Portugal,desenvolveu um sistema de informação geo-espacial que adquire os resultados dos mo-delos meteorológicos e de agitação marí-

Figura 2b – Imagem de satélite processada com diversas bandas. Permite identificar nevoeiro (averde), nuvens altas de desenvolvimento vertical (vermelho escuro), nuvens altas (azul) e céu limpo(cor de rosa)

Figura 2a – Condições meteorológicas no aeródromo de OvarFigura 1 – Esquema de troca de dados e informações entre as várias insti-tuições em vigor durante o exercício LUSÍADA06

FFoottooss ddaa pprriimmeeiirraa ppáággiinnaa:: Desembarque de Fuzileiros durante o exercício LUSÍADA06

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 3

tima, processa-os e disponibi-liza os resultados interpretadosem ambiente WEB. O sistemapode ser consultado via WWWe explorado de modo interacti-vo de modo a proporcionar aodecisor a visualização da va-riação geo-espacial dos dife-rentes impactos (Figura 3a) e emcada local obter a tradicional ta-bela (Figura 3b).

As forças envolvidas noexercício tinham acesso à in-formação de apoio ambientalatravés da ligação por rede se-gura a um servidor situado nasinstalações do EMGFA, onde eraarmazenada toda a informaçãoGEOMETOC produzida (verFigura 1). Neste servidor os uti-lizadores podiam consultar in-formações tão diversas quantocartas de tempo, imagens de sa-télite com pré-processamento,imagens de agitação marítima,de condições meteorológicas eferramentas de apoio à decisão(ver Figuras 2a, 2b e 2c).

ConclusõesEste exercício permitiu pe-

la primeira vez fornecer infor-mação GEOMETOC integrada,camadas de informação dinâ-micas e ferramentas de apoioà decisão com variabilidade es-pacial, com transferência e dis-seminação de informação edados através de rede segura.Em termos de evolução futu-ra, pretende-se desenvolveruma ferramenta de visualiza-ção dinâmica de informação, aser instalada nos utilizadores,incluindo compilação auto-mática dos MID (Mission Im-pact Diagram – ferramentas deapoio à decisão) com condiçõesde atribuição que podem ser al-teradas pelo utilizador.

CTEN EH SANTOS MARTINHOCTEN EH BESSA PACHECO

Figura 3a – Variação espacial do impacto ambiental sobre um dado tipo de operação naval

Figura 3b – Complementar à variação de 1 parâmetro, o utilizador pode obter para cada local o impactoambiental sobre as plataformas, armas, sensores e recursos humanos

Figura 2c – Agitação marítima ao longo da costa portuguesa

Hidromar n.º 96, Janeiro 20074

Z É N I T EUma visão abrangente

Aexactidão e o rigor sãofactores que sempre esti-veram associadas aos

produtos e serviços do InstitutoHidrográfico. Para assegurar ocompromisso de fornecer produtos e ser-viços de qualidade a todas as partes inte-ressadas, o Instituto tem procurado amelhoria constante dos seus sistemas pro-dutivos. Neste sentido, a integração deprocedimentos e ferramentas de gestão,baseados em referenciais normativos,comprovados a nível internacional, comoos da International Organization for Stan-dardization (ISO), é um passo natural.

As normas da família ISO 9000 tor-naram-se a referência mundial para a Qua-lidade; a responsabilidade pela sua ela-boração cabe à ISO, que é uma redemundial, não governamental, de institu-tos de normalização de 157 países, da qualPortugal também faz parte através do Ins-tituto Português da Qualidade. Os diver-sos comités da ISO têm vindo a trabalharpara manter actualizados os vários refe-renciais normativos que atingiam a cifrade 16 077, em 1 de Agosto de 2006.

A implementação de um Sistema deGestão da Qualidade, de acordo com anorma ISO 9001:2000 orienta-se com baseem 8 princípios de gestão, que são ele-mentos fundamentais para a melhoria dodesempenho das organizações.

Adefinição dos requisitos para os nos-sos produtos e serviços partirá duma orien-tação para o cliente, que deverá englobartodas as partes interessadas alargando esteconceito à Marinha, funcionários, forne-cedores e sociedade em geral. Ciente queo mais importante numa organização sãoos seus próprios colaboradores, é essen-cial o seu envolvimento na definição e cum-primento dos objectivos de modo a alcan-çar a certificação do Sistema de Gestão daQualidade e a sua melhoria contínua.

Com a sua implementação no Insti-tuto Hidrográfico pretende-se, através deuma gestão por processos, conhecer e sim-plificar os fluxos produtivos, assegurar amonitorização de indicadores de gestãoe desempenho orientados para os objec-tivos estabelecidos e actuar sempre quenecessário com acções preventivas ou cor-rectivas, por forma a assegurar a satisfa-ção de todas as partes envolvidas.

Este projecto é uma das prioridadesda direcção deste Instituto, contando como seu total empenho. Neste sentido, foilançado um concurso para a aquisição deserviços de consultadoria, que foi alvo dointeresse de seis empresas prestadoras deserviços, de onde se destacou a SInASE(ver caixa de texto) que foi seleccionadapara nos apoiar nesta tarefa.

No dia 19 de Dezembro de 2006, foiassinado no Instituto Hidrográfico o con-tracto de prestação de serviços com aempresa SInASE, que efectuou no pas-sado dia 4 de Janeiro uma apresentaçãobreve da sua proposta e dos consultoresenvolvidos num auditório preenchido portodos os Directores, Chefes de Divisão ede Serviço e elementos da equipa da qua-lidade (POCs). Da proposta apresentadaretira-se um plano com as seguintes eta-pas sequenciais: Diagnóstico e Planea-mento, Concepção e Desenvolvimento,Implementação do Sistema de Gestão daQualidade, Auditoria Interna e Audito-ria de Certificação.

Numa primeira fase até Novembro de2007, pretende-se que do âmbito do Sis-tema de Gestão da Qualidade, façam parteos produtos e serviços associados às áreasda Navegação e da Hidrografia, por

forma a que no final do ano em curso, sepossa avançar para a certificação do sis-tema. Ao longo do ano também irá serdada continuidade a outro projecto asso-ciado que é a acreditação dos ensaios labo-ratoriais nos laboratórios de Química eGeologia Marinha e de Calibração de Ins-trumentos Oceanográficos, com base noreferencial normativo ISO 17025:2005 quese integra nas normas da família ISO 9000.

O Departamento da Qualidade, recémcriado sob a direcção do Adjunto do Direc-tor-Geral CMG Valente Zambujo, chefiadopelo CTEN Moreira Pinto, contando como apoio técnico do TS2 António Quintase da ASSP Pilar Pestana da Silva para acoordenação da Acreditação Laboratorial,visa constituir-se como um suporte deapoio na implementação, gestão e dina-mização do Sistema de Gestão da Quali-dade do Instituto Hidrográfico em con-junto com todas as áreas envolvidas. Aolongo do último semestre de 2006, foramrealizadas acções de formação e sensibi-lização para este projecto para o qual con-tamos com todos para o seu êxito.

CTEN MOREIRA PINTODEPARTAMENTO DE QUALIDADE

Departamento de QualidadeA SInASE

A empresa consultoraSInASE – Recursos Huma-nos, Estudos e Desenvol-

vimento de Empresas, Lda. foi criada em1968, com sede em Lisboa, vindo a espe-cializar-se desde o início da década de 90na prestação de serviços de consultadoriapara implementação e manutenção de Sis-temas de Gestão da Qualidade, Ambiente,Segurança e HACCPentre outros, em orga-nismos da administração pública comparticular incidência no sector da Saúdee nomeadamente em orgãos centrais devários ministérios. A SInASE conta comuma equipa pluridisciplinar de consulto-res, auditores e formadores com experiênciacomprovada nestes domínios visando asatisfação dos seus clientes, das suas neces-sidades e da criação de valor nas organi-zações.

Implementação de um Sistemade Gestão da Qualidade no Instituto Hidrográfico

planeamentodas activida-des é a base

de uma gestãoracional. Num con-texto de recursoslimitados, importaidentificar correcta-mente, para cada

actividade, os objectivos a alcançar, emtermos operacionais e/ou financeiros eos recursos necessários para a sua reali-zação.

O Instituto Hidrográfico desenvolveu,ao longo de mais de duas décadas, umacultura de rigor no processo de planea-mento. Neste período a evolução dos sis-temas de informação decorreu a umritmo extremamente elevado, nem sem-pre tendo sido possível acompanhá-lainternamente.

É neste contexto de evolução tecno-lógica que o planeamento das activida-des para o ano de 2008 será efectuado deforma substancialmente diferente daadoptada nos últimos anos. A evoluçãodo SAGe (Sistema de Apoio à Gestão) per-mite disponibilizar um conjunto de novasferramentas de gestão que irão transfor-mar o processo interno de planeamentono Instituto Hidrográfico. 2007 será o anoda mudança.

A análise desta informação, devida-mente estruturada e filtrada, é o pontode partida do processo de tomada de deci-são. Será através da relação entre os recur-sos a aplicar e os indicadores de realiza-ção e/ou receitas previstas que se iráproceder à definição de prioridades naafectação dos recursos e consequentementeà identificação das actividades que nãodeverão ser realizadas ou que terão deser alteradas (por exemplo, rever a suacalendarização, para que a afectação derecursos humanos seja distribuída por umperíodo de tempo mais longo).

Estas novas ferramentas permitirãoplanear, para cada Divisão e Serviço, aonível da acção, a informação seguinte:

• Indicadores de realização (mensuráveis);• Recursos não financeiros (pessoal, equi-

pamentos, viaturas e embarcações);• Recursos financeiros (dotações orça-

mentais), e• Receitas previstas.

Centralmente, ao nível da DirecçãoFinanceira (e com o apoio dos serviçosda Direcção de Apoio) serão quantifica-dos os encargos com as remunerações eencargos sociais do pessoal, operação emanutenção preventiva e correctiva deequipamentos, viaturas e embarcações. Damesma forma, o planeamento do inves-timento será executado de acordo com onormativo interno aprovado (IP.GF/03 –Plano Integrado de Investimento).

Caberá de seguida a cada Director deServiços analisar a informação e definir,de forma consolidada para a sua Direc-ção, as actividades prioritárias, a sua arti-culação com diferentes unidades orgâni-cas e as actividades a rever e/ou aabandonar.

Subjacente a esta análise estarão, natu-ralmente, as orientações estratégicas (reti-radas da formulação estratégica do IH eda Directiva Sectorial Oceanográfica eHidrográfica), bem como o conjunto depessoas, equipamentos, viaturas e embar-cações disponíveis ou a disponibilizar noperíodo em apreço e o tecto orçamentaldefinido pela Direcção do IH (estando tam-

bém subjacentes as orientações emana-das pelo Ministério das Finanças, atravésda Direcção-Geral do Orçamento).

Acompilação da informação recolhida,após sancionamento dos Directores de Ser-viços, será a base do Plano de Activida-des para 2008 e da proposta de OrçamentoPrivativo do Instituto Hidrográfico parao mesmo ano, a submeter a aprovaçãosuperior.

Assim, a evolução dos sistemas deinformação irá permitir-nos, em 2007, cen-trar numa única ferramenta, de fácil uti-lização, toda a informação necessária aoplaneamento das actividades, à identifi-cação dos recursos e à quantificação dosindicadores de realização.

A disponibilização de informação degestão, harmonizada e estruturada, faci-litará o processo de análise e de tomadade decisão.

Também a execução das actividadesplaneadas, durante o ano de 2008, serásimplificada, uma vez que os dados inse-ridos no âmbito do planeamento estarãodesde logo disponíveis no SAGe, permi-tindo assim efectuar o acompanhamentoe controlo dos indicadores de realização,dos recursos afectos e das receitas gera-das, quer através da actividade planeada,quer na inopinada.

Desta forma, estarão criadas as basespara a posterior elaboração do Relatóriode Actividades de 2008.

CTEN NUNES AMARALDIRECTOR DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 5

A M A R R A SArtigos de opinião sobre projectosestruturantes no âmbito das Direc-ções do Instituto Hidrográfico

Orientações Estratégicas

Elaboração Plano de

Actividades

Fixação dos Objectivos Individuais

Monitorização da

Performance

Avaliação do Desempenho

(Individual e organizacional)

Elaboração Relatório de Actividades

Ano n-1 Ano n Ano n+1

O PLANEAMENTO DE ACTIVIDADES

PARA 2008

O PLANEAMENTO DE ACTIVIDADES

PARA 2008O

Caracterização oceano-gráfica da região costeiraao largo do Algarve

Realizou-se entre 1 e 5 de Outubrode 2006, na região costeira ao largodo Algarve, um cruzeiro oceano-

gráfico a bordo do NRP D. Carlos I, comvista à caracterização oceanográfica daregião, projecto da responsabilidade doCentro de Investigação Marinha e Ambien-tal (CIMA) da Universidade do Algarve(UAlg).

O pessoal participante do cruzeiro con-sistiu numa equipa de 3 oficiais da Divi-são de Oceanografia, 1TEN Jesus Correia,2TEN Cardoso Jerónimo e ASPOF JoanaReis, e uma equipa do CIMA/UAlg de11 elementos, composta por estudantesde licenciatura, mestrado e doutoramentoe liderada pelo Professor Doutor PauloRelvas.

Este cruzeiro teve como objectivos prin-cipais: a caracterização hidrológica e dinâ-mica do oceano costeiro ao largo da costasul de Portugal Continental e caracteri-zação do forçamento atmosférico; a carac-terização oceanográfica química da regiãoao largo da costa sul do Algarve, nomea-damente a distribuição e variação verti-cal e horizontal de nutrientes, clorofila eoxigénio dissolvido; realizar análises iso-tópicas (18O) da água nas suas condiçõesactuais, em particular na camada super-ficial (até 200m de profundidade) da regiãode influência do Guadiana; determinar acondição nutricional de larvas de peixeem dois transectos, ao largo do Guadianae Ria Formosa e avaliar o efeito de doismétodos distintos de captura (arrastos ver-ticais ou horizontais e armadilhas de luz);finalmente proceder à recolha de plânc-ton na zona da pluma do Guadiana e daRia Formosa, para determinação dos pro-

cessos envolvidos na detecção de locaisde nursery nas fases larvares.

DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS

A área de trabalho consistiu na pla-taforma continental e vertente continen-tal entre Sagres e Vila Real de Santo Antó-nio, desde a batimétrica dos 10 metrosaté à profundidade máxima atingida a 20milhas da costa.

O levantamento hidrológico foi efec-tuado usando uma sonda CTD acopladaa um nefelómetro e a um amostradorsequencial que permitiu a realização decolheitas de água para determinações bio-lógicas, químicas e sedimentares.

A equipa do IH esteve encarregue dolevantamento hidrológico com CTD eaquisição de dados com ADCP de casco,enquanto que a equipa do CIMA/UAlgfoi responsável pelo laboratório bio-geo-químico montado a bordo do navio.

Durante o cruzeiro efectuaram-se 10transectos na direcção norte-sul, dos quais4, considerados principais, foram efec-tuados nas longitudes do Rio Guadiana,Ria Formosa, Rio Arade e Sagres. Nestestransectos, foram efectuadas estaçõesCTD com recolha de amostras de água adiferentes profundidades, foram utiliza-dos arrastos horizontais e verticais e arma-dilhas de luz em algumas das estações e,no trânsito entre estações, foram adqui-ridos dados com ADCP. Nos restantes 6

transectos efectuaram-se apenas estaçõesCTD e adquiriram-se dados ADCP. Adis-tância entre estações foi de 2,5 milhas até20 milhas da costa.

Os trabalhos efectuados consistiramem: execução de 88 estações CTD; aqui-sição em contínuo de dados ADCP, vento,temperatura e velocidade do som à super-fície, com posicionamento e tempo; reco-lha de água em 46 estações a vários níveisda coluna de água; arrastos horizontaisem 14 estações e verticais em 28 estações;amostragens com armadilha de luz em11 estações.

BALANÇO DO CRUZEIRO

Neste cruzeiro oceanográfico foramcumpridos todos os objectivos propostosinicialmente executando-se a quase tota-lidade dos trabalhos previstos no pla-neamento e, adicionalmente, realizou-seum número superior de arrastos verti-cais.

Os trabalhos decorreram com umóptimo ambiente a bordo caracterizadopela boa disposição, espírito de entrea-juda e camaradagem, proporcionado pelasequipas intervenientes, desde a guarni-ção do NRP D. Carlos I, elementos daDivisão de Oceanografia do IH até à equipado CIMA/UAlg.

Durante todo o cruzeiro, a equipa daUniversidade do Algarve demonstrou nãosó a sua competência técnica e científica,como robustez física pela permanênciaquase constante nos laboratórios bio-geo-químicos. Para o sucesso desta missão con-tribuíram, igualmente, a guarnição do NRPD. Carlos I e a equipa do IH que resol-veram de forma expedida e eficaz todosas situações inopinadas inerentes a umcruzeiro científico com elevado grau deexigência.

ASPOF JOANA REISDIVISÃO DE OCEANOGRAFIA

Hidromar n.º 96, Janeiro 20076

Como fazemos

S O N A R APOIO A CRUZEIROS OCEANOGRÁFICOSCentro de investigação marinha e ambiental (CIMA)

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 7

Muito se tem discutido sobre adeterminação de concentraçõesde contaminantes em termos de

monitorização marinha. Neste contexto,estão em curso estudos que visam a quan-tificação das concentrações realmente disponíveis para a vida dos sistemas mari-nhos, ou seja concentrações ditas biodis-poníveis. Um destes estudos envolve autilização de amostradores passivos. Maso que são amostradores passivos? Tal comoo nome indica, o método de amostragemé passivo, uma vez que faz uso de mate-riais que são colocados no meio. Duranteum determinado período de exposiçãoestes materiais têm a capacidade de absor-ver do meio os contaminantes livres e bio-disponíveis.

Cientificamente, o princípio que regeo comportamento destes amostradores tempor base a teoria da partição. Assim, con-sidera-se que existindo um equilíbrio entrea fase de referência (amostrador) e oambiente aquoso (água ou sedimento), arazão entre a concentração de um conta-minante numa dada matriz (água ou sedi-mento) e a capacidade de tranferênciadessa matriz será igual em todos os com-partimentos. Neste caso a capacidade detransferência é avaliada pela concentra-ção livre dissolvida na fase aquosa. Omesmo se verifica para uma fase de refe-rência utilizada como amostrador passivo,para a qual já foram estudados, sãoconhecidos e foram publicados valoresdessa razão. Um dos materiais utilizadosé a borracha de silicone, razão pela qualo estudo é indicado para compostos orgâ-nicos hidrófobos.

O Instituto Hidrográfico participa noprojecto europeu ICES Trial Survey and

Intercalibration on Passive Sampling.Este projecto foi planeado e organizadopelo Grupos de Trabalho de SedimentosMarinhos em Relação à Poluição (WGMS)e pelo Grupo de Trabalho de QuímicaMarinha (MCWG), do ICES sob a coor-denação activa de cientistas do laborató-rio RIKZ (Holanda), que é o laboratóriode referência, do IFREMER (França) e doMUMM (Bélgica), e conta com a partici-pação de 12 laboratórios europeus, entreos quais o IH, através da Divisão de Quí-mica e Poluição do Meio Marinho queconta, por sua vez, com a colaboração daDivisão de Oceanografia.

O principal objectivo do projecto éganhar experiência no uso dos amostra-dores passivos e envolver vários labora-tórios europeus numa nova forma de olhara monitorização. Através da utilização des-tes amostradores será possível estimar asconcentrações livres dissolvidas de com-

postos orgânicos (PAHs e PCBs) em águascosteiras e de transição. O estudo é efec-tuado em vários locais da área do ICESo que permitirá obter uma distribuiçãoespacial das concentrações. As análisesenvolvidas serão efectuadas quer peloslaboratórios participantes, quer pelo labo-ratório central de referência, permitindoque o estudo funcione também como inter-calibração analítica.

O Instituto Hidrográfico escolheu oestuário do rio Tejo, entre o Canal do Alfeitee a LISNAVE (N38°40’33,4’’; W009°08’32,3’’)para colocar o amostrador. O amostradorque foi enviado pelo laboratório centralconsiste numa estrutura aberta em açona qual foram fixadas placas de silicone(amostradores passivos). Na mesma arma-ção foi também colocada uma pequenagaiola com mexilhões devidamente tra-tados e depurados em laboratório.

Paralelamente, na QP, serão conduzi-das análises para avaliar as concentra-ções de PCB’s e PAH’s em placas de sili-cone que não estiveram expostas, emsedimento local e em mexilhão nãoexposto e depurado.

Após 6 semanas de exposição, o amos-trador será retirado para continuação dosestudos laboratoriais. As placas de sili-cone expostas em duplicado serão anali-sadas na QP e enviadas para análise nolaboratório de referência. O mexilhãoexposto será igualmente analisado.

O estudo continuará em curso, estandojá agendada, nas próximas reuniões doWGMS e MCWG a ocorrer em Março de2007, as primeiras discussões sobre osresultados interlaboratoriais de concen-trações livres biodisponíveis de conta-minantes orgânicos.

DR.a ANA CARDOSOENG.a CARLA PALMA

DIVISÃO DE QUÍMICA E POLUIÇÃO DO MEIO MARINHO

Amostradores passivos: a amostragem do futuro?

Hidromar n.º 96, Janeiro 20078

S O N A R

Introdução

OCARIS (Computer AidedResource and InformationSystem) Hydrographic Production

Database (HPD) é um sistema de produ-ção cartográfica que se pode classificarcomo pertencendo à segunda geração dossistemas de produção cartográfica assis-tidos por computador. Esta geração desistemas abandonou definitivamente oconceito do armazenamento dos dadosem ficheiros individuais, que por normaestão associados a um produto único, emque se duplica o mesmo objecto tantasvezes como o número de produtos emque é representado e que podem ser ace-didos apenas por um único utilizador decada vez.

O HPD é um exemplo representativoda nova geração de sistemas baseadosnum Sistema Gestor de Base de DadosEspaciais (SGBDE) integrado com um sis-tema de aplicações específicas. O SGBDEarmazena e efectua a gestão dos dados,enquanto o sistema de aplicações espe-cíficas permite a administração do sistema,o carregamento de dados, a criação denovos objectos, a sua edição e modifica-ção, e a produção de produtos cartográ-ficos. Actualmente o sistema dispõe deaplicações para produzir Cartas Electró-nicas de Navegação Oficiais (CENO), Car-tas Náuticas Oficiais (CNO) e AdditionalMilitary Layers (AML), sendo intenção daempresa CARIS o desenvolvimento deaplicações para produzir outros produ-tos (v.g. Digital Nautical Charts).

Para além da organização de toda ainformação cartográfica num suporteúnico, a principal vantagem do HPDreside no facto de cada entidade domundo real poder ser modelada por umobjecto único na base de dados, que podedepois ser representado em vários dostipos de produtos que o sistema permiteproduzir (v.g. a estrutura do Farol doBugio que é representado em várias CNOe em várias CENO, no HPD poderá sermodelado por um único objecto). Mui-tas das tarefas de processamento dosdados comuns às duas linhas de pro-dução cartográfica actuais (carta em papele carta electrónica) podem, assim, como HPD passar a ser executadas uma únicavez.

No entanto outras vantagens são dig-

nas de realce, como por exemplo o factode permitir uma cobertura contínua, semser quebrada pelos limites dos produtos;o ambiente cliente-servidor que permiteum acesso multi-utilizador; e a indepen-dência dos dados em relação ao sistemapermitindo o desenvolvimento de outrasaplicações com acesso directo aos mes-mos dados.

Implementação InicialO Instituto Hidrográfico adquiriu as

primeiras licenças do HPD em finais de2003. Sendo um sistema complexo emuito recente, naturalmente numa faseinicial, apresentou diversos problemas.Como resultado de uma avaliação con-cluída em Julho de 2004, constatou-se queo sistema ainda não era capaz de produ-zir cartas em papel (CNO) conformes comas normas da Organização HidrográficaInternacional (OHI).

Entre Outubro de 2004 e Março de2005 foi efectuado um estudo focado nassuas capacidades e na forma como deve-ria ser efectuada a sua implementação.Esse estudo para além de concluir que osistema já reunia as condições para pro-duzir CNO e CENO conformes com asnormas em vigor, abordou a forma comoo sistema poderia ser implementado naDivisão de Hidrografia afectando omínimo possível as áreas de produçãocartográfica já instituídas. Definiu ainda,quais os requisitos mínimos para a imple-mentação no que respeita a meios de pes-soal e material, as configurações iniciaisnecessárias e a forma como se deveria ini-

ciar a operacionalização do sistema. Foramtambém elaboradas recomendações acercado processamento inicial dos dados e dasua salvaguarda.

Durante a execução do estudo foi ini-ciada a implementação do sistema, coma instalação de duas Bases de Dados, umadestinada à produção e a outra ao treinoe a eventuais testes, tendo sido efectua-das as configurações mais prementes. Afase seguinte consistiu na definição daequipa que iria trabalhar com o sistemae consequente formação na operação eadministração do sistema.

Depois da fase inicial da sua imple-mentação foi iniciada a fase do carrega-mento dos dados cartográficos existen-tes. Uma vez que o sistema armazena osobjectos no formato S-57 da OHI que é oformato digital standard das célulasCENO, o carregamento tem sido efectuadopreferencialmente a partir das CENO jáproduzidas cujo Fólio Nacional é com-posto por 98 células.

Situação ActualA implementação neste Instituto da

Base de Dados Cartográfica HPD temvindo a permitir a importação organizadadas células CENO já publicadas para umsuporte único, encontrando-se actual-mente «a bordo» do HPD cerca de 30 porcento da informação cartográfica do IH.

Com o início da importação dos dadoscartográficos para o HPD, desencadeou--se a inevitável dinâmica para manter asua actualização permanente, atendendoàs constantes alterações da informação,

Implementação do Caris HydrographicProduction Database no IH

Figura 1 – Composição do CARIS HPD, com as Aplicações Específicas e com o SGBDE Oracle 9i.

As Dras Ana Saramago e Ana Lopes, respectivamenteda Divisão de Química e Poluição do Meio Marinho edo Centro de Dados Técnico-Científicos, participaram

na conferência «Thermo Informatics World 2006 Europe», de 5a 11 de Novembro de 2006, em Praga, na sequência da imple-mentação do sistema NAUTILUS no IH.

As signatárias apresentaram uma comunicação intitulada«Nautilus embedded in a GIS» mostrando o modelo de dados ea arquitectura necessária para que o Nautilus represente o quo-tidiano dos laboratórios da QP.

O Nautilus é o software utilizado pela Divisão de Químicae Poluição do Meio Marinho e que proporciona a gestão labo-ratorial das amostras colhidas pela divisões do IH (QP, Geolo-gia Marinha e Oceanografia) ou por clientes externos e anali-sadas na QP. Os produtos LIMS, entre eles o Nautilus, cumpremos requisitos definidos nas normas ISO 17025 e os princípiosde boas práticas de laboratório definidos pela OCDE para apli-cações informáticas, deste modo este software é relevante paraa acreditação dos laboratórios da QP.

Associado ao Nautilus desenvolveu-se uma extensãorepresentativa dos dados geo-espaciais referentes ao planea-

mento das campanhas e das amostras recolhidas pelas Divi-sões do IH.

Para que a amostra esteja identificada correctamente, teve--se que lhe associar as coordenadas observadas que correspon-dem ao local da colheita para cada campanha. Para isso pro-duziu-se uma extensão na qual o utilizador preenche os camposreferentes à longitude, latitude e o sistema geodésico de refe-rência.

O objectivo principal do desenvolvimento da extensão dascoordenadas é possibilitar a exploração dos dados do sistemaNautilus através de um sistema de informação geográfica. Osprodutos desenvolvidos em Web GIS permitem aceder aos dadossem necessidade de termos a informação centralizada num sis-tema desktop. Podemos questionar o sistema de várias formas:interrogar o sistema sobre uma e uma só amostra ou um con-junto de amostras.

Uma outra particularidade é que podemos fazer gráficosrepresentativos dos valores dos compostos químicos das amos-tras.

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 9

provenientes dos novos LevantamentosHidrográficos e Topográficos, da pro-mulgação periódica dos Avisos aos Nave-gantes e outra documentação.

Perspectivas futurasEstima-se que no decorrer deste ano

seja já produzida directamente com o HPDa primeira carta náutica oficial, quer na

sua versão em formato papel (CNO) querna sua versão electrónica (CENO).

Com a utilização em pleno do HPDestima-se que, num futuro próximo, otempo de construção de uma nova edi-ção de uma carta náutica possa ser redu-zido em cerca de 40 por cento para o for-mato electrónico e cerca de 30 por centopara o formato papel.

A versatilidade do sistema permiteainda pensar em alargar a sua utilizaçãopara além da produção cartográfica,podendo, por exemplo, ser utilizado paraarmazenar e gerir os dados da Base deDados de pontos Coordenados do IH eos objectos da Lista de Luzes.

CTEN LEONEL PEREIRA MANTEIGASDIVISÃO DE HIDROGRAFIA

Figura 2 – Modelação de uma entidade do mundo real no CARIS HPD.

Participação na Conferência «Thermo Informatics World 2006 Europe»

Fig.1 – Etapas de desenvolvimento de Campanhas/ElementosFig. 2 – Coordenadas e Sistema Geodésico associado a cada amostra.

Hidromar n.º 96, Janeiro 200710

Fig. 4 – Representação Gráfica: Resultados obtidos dos compostos químicos.

Fig. 5 – Diferentes camadas de informação salientando-se a localizaçãogeográfica das amostras de uma determinada campanha. Fig. 6 – Representação gráfica da localização geográfica de amostras.

Fig. 3 – Exemplos de exploração de infor-mação a partir de um WEB GIS.

S O N A R

Este tipo de sistema proporciona-nos vantagens que são oacesso de multi -utilizadores em simultâneo, sem custos de licen-ciamento, integração espacial com outras camadas, a possibili-dade de interrogar objectos directamente à base de dados, selec-cionar as camadas que pretende visualizar, ampliar ou reduziras áreas de interesse, a possibilidade de integrar figuras em rela-tórios, entre outras.

Deste modo, foi possível integrar a componente de Sistemasde Informação Geográfica ao Nautilus, mostrando-se diferen-tes outputs resultantes desta ligação. Estes outputs permitemajudar a caracterizar a informação química armazenada no Nau-

tilus bem como a com-plementar a informa-ção dos boletins deEnsaio extraídos doNautilus.

O sistema Nautilusestá em funciona-mento desde finais deJaneiro de 2006 e a par-tir de Agosto de 2006ficou disponível aextensão de coorde-nadas espaciais pro-porcionando à QP aligação deste softwareao Sistema de Infor-mação Geográfica.

ENG.a ANA SARAMAGODR.a ANA LOPES

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 11

Actividades das divisões e navios hidrográficos

OCEANOGRAFIA

No dia 3 de Novembro de 2006 o TenJerónimo deslocou-se ao NRP «D. Car-los» para dar formação ao Professor NunoSerra da Faculdade de ciências da Uni-versidade de Lisboa no âmbito da ope-ração do ADCP de casco.

Na semana de 30 de Outubro a 5 deNovembro preparou-se o exercícioLusíada 2006 e fez-se o fundeamento deamarrações no âmbito do projecto HER-MES.

Procedeu-se ao download dos dadosprovenientes das Bóias ondógrafo, esta-ções meteorológicas e estações mare-gráficas.

Na semana de 6 a 12 de Novembroprocedeu-se ao download dos dados pro-venientes das bóias ondógrafo, estaçõesmeteorológicas e estações maregráficas.

Na semana de 6 a 12 de Novembrodecorreu o apoio ambiental ao exercíciomilitar «Lusíada 2006» que conta com aparticipação dos três ramos.

Procedeu-se ao download dos dadosprovenientes das bóias ondógrafo, esta-ções meteorológicas e estações mare-gráficas.

Foi fundeada uma bóia de protecçãoao ondógrafo em Sines no dia 23 deNovembro.

Foi fundeada uma bóia de protecçãoao ondógrafo em Sines no dia 23 deNovembro.

No dia 11 de Dezembro realizou-seuma missão de manutenção da estaçãometeorológica de Sines.

No dia 14 de Dezembro realizou-seuma reunião de coordenação do projectoNICC/ECOIS no auditório do IH com aparticipação de todas as instituiçõesenvolvidas.

QUÍMICA E POLUIÇÃO

No dia 23 de Novembro foi realizadamais uma campanha de amostragem deáguas subterrâneas no âmbito do pro-jecto VALORSUL. Foram colhidas amos-tras de água, em quatro piezómetros loca-lizados nas imediações da Central detratamento de Resíduos Sólidos Urba-nos, em S. João da Talha. Um dos pie-zómetros atinge os 25 metros de pro-fundidade e os restantes apenas 15metros. As amostras de água são colhi-das em colaboração com os técnicos daLABELEC e seguidamente foram pre-

servadas e acondicionadas para poste-rior análise em laboratório.

No dia 12 de Dezembro foi realizadamais uma campanha de monitorizaçãodo projecto VALORSUL, com recolha deamostras de água em três estações doestuário e uma na vala de drenagem, nazona envolvente à Central de Tratamentode Resíduos Sólidos Urbanos, em S. Joãoda Talha. As amostras de água são colhidas à superfície e no fundo e emsituação de preia-mar e de baixa-mar. Asamostras vão ser acondicionadas e trans-portadas para os laboratórios do IH, ondeserão alvo de estudo posteriormente. Paraa recolha das amostras recorreu-se à uti-lização da embarcação «Guia» da Direc-ção de Faróis em virtude de a única UAMoperacional se encontrar retida na Figueirada Foz devido às condições meteoroló-gicas.

GEOLOGIA MARINHA

Na semana de 6 a 12 de Novembrofoi feito levantamento com sonar de pes-quisa lateral no estuário do rio Tejo noâmbito das Medidas de Segurança a adop-tar aquando da visita do USS «Enterprise».Trabalho executado a bordo do NRP«Auriga» pela equipa de geofísica.

Participação da INVA Aurora Bizarrona reunião ordinária do Fórum dos Con-selhos Científicos dos Laboratórios doEstado, LNEC no dia 7 NOV.

No período de 6 a 12 de Novembro -Acção de Formação na RELACRE (1 dia)com a participação do TSP João Duartee da TS1 Cecília Luz no âmbito do pro-cesso de acreditação dos laboratórios.

Acção de Formação do INA – CEAGP2006/2007 com a participação do TSAJoaquim Pombo e da STEN Ana IsabelSantos.

INVA Aurora Bizarro e TSA Alexan-dra Morgado deslocaram-se à Universi-dade do Porto para a apresentação dotrabalho final do estágio realizado porRicardo Nascimento no IH. O trabalhoversa sobre a utilização de ferramentasSIG na gestão dos recursos da plataformamadeirense.

Participação do TSPJoão Duarte Acçãode formação «Certificação Integrada,Qualidade, Ambiente, Higiene e Segu-rança», de 20NOV06 a 24NOV06. Parti-cipação do TSA Joaquim Pombo e daSTEN Ana Isabel Santos na Acção de For-mação do INA – CEAGP 2006 com a par-

ticipação do TSA Joaquim Pombo e daSTEN Ana Isabel Santos.

Acompanhamento técnico na monta-gem do Sub-Bottom Profiler na estruturado NRP «Gago Coutinho». O equipa-mento será montado pela empresa queo forneceu (IXSEA), entre os dias 4 e 7de Dezembro. Pessoal envolvido: STENCatarina Fradique e TC2 António Bada-gola.

NAVEGAÇÃO

No dia 13 de Novembro o CFR ProençaMendes e o CTEN Rafael da Silva esti-veram na Abertura das Jornadas do Marna Escola Naval.

No dia 14 de Novembro o CFR ProençaMendes Presença na Mesa de um Painelsobre o Galileo, no âmbito das jornadasdo mar.

No dia 15 de Novembro o CTEN Rafaelda Silva e o 1TEN Coelho Gomes fize-ram a Compensação Agulha NRP LIRA.

Nos dias 15 e 16 de Novembro o CFRProença Mendes e o CTEN Santos Arra-baça deslocaram-se aos Açores no âmbitodo Roteiro e do MACAIS.

No dia 17 de Novembro o CFR ProençaMendes e o CTEN Rafael da Silva esti-veram nas Jornadas do Mar na EscolaNaval.

Nos dias 21 e 22 de Novembro o CFRProença Mendes participou nas Jorna-das de Engenharia Naval no IST com apre-sentação de trabalho sobre o projectoMACAIS.

Na semana de 4 a 9 de Dezembro oCTEN Rafael da Silva participou no Mari-time Safety Committee da IMO em Istam-bul.

CENTRO DE DADOS

Actividades externas:CTEN Bessa Pacheco participou no

curso gestão estratégica no INA.ASP Sónia Godinho participou no

curso gestão de projectos no INA.Eng.ª Inês Félix e o CTEN Bessa Pacheco

- Aulas aos cadetes 3.º ano curso FZ daEN (Elementos de Cartografia e SIG).

Desenvolvimento de modelo de dadospara Avisos à Navegação na Internet.

Realização de backups das bases dedados técnico-científicos.

Elaboração de manual SIG para acti-vidades militares.

Hidromar n.º 96, Janeiro 200712

S O N A R

Elaboração de artigos para participa-ção em 3 conferências.

Elaboração de catálogos de dados ras-ter.

Preparação apoio SIG ao exercícioLusíada.

Desenvolvimento de modelo de dadospara avisos à navegação na internet.

Realização de backups das bases dedados técnico-científicos.

Elaboração de manual SIG para acti-vidades militares

Elaboração de catálogos de dados ras-ter.

Preparação apoio SIG ao exercícioLusíada.

Na semana de 6 a 12 de Novembro oCTEN Bessa Pacheco elaborou um pro-jecto de parecer para a CDPM.

Os CTEN Bessa Pacheco e Dr.a AnaNobre participaram nas X Jornadas deEngenharia Navalnos dias 21 e 22 deNovembro no Instituto Superior Técnico.

No dia 23 de Novembro O CTEN BessaPacheco participou na Reunião semanalda CDPM na DGAM.

O CTEN Bessa Pacheco, o CTEN ReinoBaptista, a Eng.ª Inês Félix, a Dra CéliaPata, o Dr. Fernando Gomes, a Dra AnaNobre e a Asp. Sónia Godinho partici-param na Conferência ESIG de15 a 17Nov.

A Eng.ª Inês Félix, Dr.ª Célia Pata, Dr.Fernando Gomes, Dra Ana Nobre parti-ciparam nas Jornadas do Mar da EscolaNaval de 14 a 17 Nov.

No dia 30 de Novembro o CTEN BessaPacheco participou na reunião semanalda CDPM na DGAM.

O CTEN Bessa Pacheco participou naReunião semanal da CDPM no dia 30Novembro na DGAM.

CTEN Bessa Pacheco participou naReunião semanal da CDPM no dia 7Dezembro na DGAM.

HIDROGRAFIA

Vectorizações: CNO 24201 (Caminhaa Aveiro); CNO 178 (Ilha de S. Jorge).

Cartas Novas e Novas Edições: Com-pilação da 2.ª Edição CNO 26402; Com-pilação da 2.ª edição CNO 26405; Com-pilação da 2.ª edição CNO 36402;Compilação da 1.ª edição CNO 37501;Compilação da 1.ª edição CNO 24P01;Compilação da 2.ª Edição CNO 24P06;Compilação da 1.ª edição SED1; Compi-lação da 2.ª Edição da CNO 24201; Com-pilação da 1.ª Edição da CNO 36403.

Catálogo: Construção da 11.ª ediçãodo Catálogo de Cartas Náuticas Oficiais.

Colagens: Compilação da colagem àCNO 46407.

Correcção de cartas: Introdução cor-recções dos AN's na base de dados e car-tas.

Continuação da produção das CENOseguintes: PT20401A; PT20401B;PT548522; PT446201.

Elaboração de updates às CENO:– Preparação do artigo a apresentar

V Conferência Nacional de Carto-grafia e Geodesia;

– Preparação de artigo para Anais doIH.

Vectorização do legado de dadoshidrográficos e carregamento no HDW:

– Gestão da Base de Dados Carto-gráfica;

– Carregamento de dados S57 pro-venientes de células CENO.

BRIGADA HIDROGRÁFICA

Levantamento topo-hidrográfico daBNL, AA., canal do Alfeite e canal doArsenal do Alfeite.

Levantamento topo-hidrográfico emEsposende.

Levantamento topo-hidrográfico naPóvoa do Varzim e Vila do Conde.

Levantamento topo-hidrográfico emVila do Porto (Ilha de Santa Maria).

Processamento de dados de LTH’s.Levantamento hidrográfico cais do

marégrafo em LeixõesNivelamento geométrico no Douro.Levantamento topo-hidrográfico da

barra nova e canal de Faro.

NAVIOS HIDROGRÁFICOS

NRP «D. CARLOS I»

Concluiu missão âmbito apoio à comu-nidade científica (Instituto de Oceano-grafia – FCUL) 6 a 12NOV – Algarve eGolfo de Cadiz.

Concluiu missão PLATCONT de 20de Novembro a 6 de Dezembro.

NRP «ALM. GAGO COUTINHO»

Efectua PR001/D001/Conversão emnavio hidrográfico. Data de conclusãodos trabalhos (incluindo provas a cais,PTS e provas de mar) 23FEV07.

Previsto iniciar provas aos geradoresprincipais e início de instalação de equi-pamentos na gôndola a 13NOV.

Na Doca Seca do Arsenal do Alfeite,(inicio: 26JUN, fim previsto: 22DEZ).

NRP «AURIGA»

No período de 06 a 12 de Novembroesteve em curso missão levantamento asonar lateral no Rio Tejo.

NRP «ANDRÓMEDA»

Atracado na BNL.

Aos leitores do HidromarO Hidromar em formato papel é distribuído a quem expressamente o desejar. No cumprimento de um esforçode contenção de custos e de recursos, solicita-se aos leitores do IH que comuniquem, por escrito, a sua inten-ção de receber a publicação em suporte papel, fazendo referência à sua identificação (nome, posto, serviço,funções e morada do local de recepção). Esta informação deverá ser remetida a [email protected] versão digital em formato PDF está acessível em www.hidrografico.pt.

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 13

POSTO DE VIGIAOlhar para dentro

Encontro de Quadros Superiores 2006IH – Um Oceano de Perspectivas

No passado dia dois de Novembro de 2006, o InstitutoHidrográfico realizou o segundo Encontro deQuadros Superiores, no Hotel Pestana Palace, em

Lisboa, subordinado ao tema IH – Um Oceano de Perspectivas.Este evento contou com a colaboração da empresa«Eurogroup», onde estiveram presentes 110 QuadrosSuperiores, oficiais e civis do Instituto Hidrográfico.A abertura do encontro foi realizada pelo Director-Geral doInstituto Hidrográfico, Vice-almirante Augusto de Brito queapresentou o programa e os temas de trabalho.

Este encontro teve como objectivo centrar os temas «O quesomos?» (Os Valores do Instituto Hidrográfico, quais os quesão sentidos e os que dão vida ao IH), «O que queremosser?» (Ajustar a Missão, perspectivando a visão do IH) e«Como o conseguir?» criando estratégias e oportunidadesem que os participantes expressassem a sua opinião faceaos temas abordados neste evento.Todos os participantes puderam partilhar as conclusõesretiradas por todos os grupos.

Hidromar n.º 96, Janeiro 200714

POSTO DE VIGIA

Pronto!... Confesso a minha fra-queza... Sou daquele tipo de pes-soas que atinge o nirvana quando

se fala em mamíferos marinhos, sobre-tudo se forem golfinhos. Por isso não podiaficar indiferente ao mail da nossa colegaLiliana, e responder ao apelo de ajudapara baby sitter do golfinho bebé que nopassado dia 27 de Agosto deu à costa pertoda Nazaré, e que se encontra sob os cui-dados dos técnicos especializados daSociedade Portuguesa de Vida Selvagem(SPVS) com a ajuda dos inúmeros volun-tários que felizmente têm abraçado estacausa.

A narrativa dos factos desde o seuaparecimento na praia até à sua instala-ção no centro de reabilitação de animaismarinhos de Quiaios, onde ainda seencontra à data em que estou a escreverestas linhas, podem encontrá-la emwww.blog.socpvs.org.

O 5 de Outubro proporcionou um fimde semana prolongado à custa de um diade férias que normalmente acabamos pordeixar para os imprevistos...lá abalámosestrada fora, directas à Serra da Boa Via-gem à procura de um golfinho. Como?...Um golfinho na serra?...Pois é, o inéditoainda nos obrigou a uns quilómetros deestrada abaixo, estrada acima até encon-trar o centro de reabilitação, localizadonas matas nacionais, logo à saída deQuiaios na estrada que vai para a Praiade Mira.

Após largarmos as armas e bagagensna camarata, vamos então iniciar as nos-sas tarefas, começando por saber as regrasda casa.

Na área reservada sapato não entra.Só umas socas devidamente desinfecta-das no líquido dos recipientes colocadosnas entradas das salas onde se confec-ciona a dieta do pequenote, do balneárioonde guardam os fatos térmicos e olea-dos utilizados dentro da piscina, e quesão esterilizados no fim de cada utiliza-ção, e da zona de separação desta áreaadjacente ao refeitório onde nos reuni-mos, e onde um cantinho mais sossegadoserve de escritório para fazer a gestão detoda esta actividade.

A piscina, com uma área que rondaos 40 m2 é composta de painéis maleá-veis e sem cantos a fim de evitar lesõesno golfinho, caso ele esteja mais agitadoe nela bata inadvertidamente.

A área de acesso à piscina é tambémreservada a quem está de turno, mas não

resistimos a ir conhecer o motivo da nossaaventura... o golfinho, o pequenote, ofilhote, o fofinho, o bichinho e todos osdemais «inhos» afectuosos que possamcaracterizar tão delicada criatura.

O Nazaré... é esse o nome do golfi-nho e é mesmo um menino. Desculpemmas não resisto a chamá-lo de Nazé, damesma forma que quase todos nós temosum diminutivo de uma ou duas sílabaspara o nosso nome.

O Nazaré

O Nazé é um golfinho da família dosDelfinideos, espécie Globicephala melaena,com designação comum de baleia-piloto,que em estado adulto pode atingir os 7mde comprimento. Vive em grupos e pre-fere as grandes profundidades, podendomergulhar em apneia até aos 600m. Aodeslocar-se à superfície pode atingir a velo-cidade de 40km/h.

Após este primeiro contacto fomosentão integradas nos nossos turnos econhecemos os nossos colegas. A Lilianaficaria no turno das 8 às 16 horas, eu fica-ria no turno das 16 às 24 horas. Cadaturno era composto por um coordenador,técnico especializado da SPVS, e 4 volun-tários com mais, menos ou nenhunsconhecimentos de biologia, mas comtodos com os «inhos» em comum.

As tarefas a cumprir por cada grupoocupavam-nos plenamente o turno:

Manter as áreas de habitação, conví-vio e reservada limpas e esterilizadas, oque significava vassoura, esfregona, balde,desinfectante, água e muita, muita lixí-via.

Alimentar as caldeiras com lenha, paraobtenção da água quente, necessária à lava-gem do material, e também para a nossahigiene, claro.

Ter atenção às mangueiras para nãoficarem com cocas, que impedissem a pas-sagem da água e a sua correcta filtragem,podendo eventualmente afectar a tem-peratura e salinidade da água da piscina.

Confeccionar a paparoca do Nazé, um«delicioso gourmet 5 estrelas» de filete etripa de arenque e lula em medidas pre-cisas, ao qual se adiciona cálcio e um com-plexo vitamínico e mineral e claro está...muito muito amor e carinho. Como é evi-dente, na confecção deste maná será pre-ciso previamente lavar, aplicar desinfec-tante nas mãos e calçar luvas. Nãoesquecer atempadamente descongelar opeixe de forma natural. De seguida, reti-rar as cabeças e as espinhas ao arenquee os bicos e cartilagens às lulas, moer ofilete até obter uma papa quase líquida,que será... e queira o leitor fazer o favorde usar a sua imaginação olfactiva...amornada. Completam a alimentação umleite específico e água.

Junto à alimentação é também admi-nistrado o antibiótico para debelar ainfecção respiratória que se manifestou,mas felizmente parece estar em regres-são.

Lavar todo o material utilizado na con-fecção da alimentação e esterilizá-lo.

Ah! Como bom bebé, as mamadas sãode 3 em 3 horas, o que implica 2 ou 3 roti-nas alimentares por turno.

Vigiar a respiração, através do con-trolo da frequência respiratória de horaa hora, tendo o cuidado de efectuar essecontrolo quando o golfinho se encontranuma fase mais calma ou deixá-lo acal-mar um pouco, se anteriormente se encon-trava num período de maior actividade.

E como é bom de ver, anotar o com-portamento do golfinho através da nossainteracção com ele na piscina.

Confeccionando a papa do Nazaré

Para isso há algumas regras a cumprir:Unhas roídas até ao sabugo... Está bem

é um exagero... Mas para quem lida deperto com um golfinho, as unhas têm deser curtas e bem limadas, pois qualqueraresta pode ferir-lhe a pele.

Nazaré – um dia de férias bem tirado

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 15

Localização segura do Nazé na pis-cina quando nela entramos, já que o pesodo fato nos condiciona os movimentos,tornando os nossos reflexos mais lentosa um possível desequilíbrio na escada deacesso.

Festinhas só nos topos da piscina. Por-quê? Trata-se de uma forma de treino dogolfinho para que ele perceba que nãopode fazer tudo o que quer e quando quer.Resumindo... educar uma criança.

Nunca tapar o espiráculo do golfinho,é o seu nariz. E também ter cuidado comos olhos.

A presença humana na piscina deverestringir-se a uma pessoa, exceptoaquando da mamada, medição corporal,recolha de sangue para análise ou outranecessidade específica.

Procuro entrar na piscina o maisdevagar e calmamente possível, não fazermovimentos bruscos e conter o meuimpulso de ir a correr fazer-lhe festas.Deixo-me ficar quieta junto à escada,temendo a rejeição. O Nazé desloca-selentamente para junto da escada, que éaliás o seu cantinho favorito. Parece quesou aceite...

Começo por falar com ele... «Olábebé. Eu sou a tia Lena». Só depois meatrevo a passar a mão pelo dorso, e oNazé responde virando-se de barriga paracima para receber mais festas. Descubrosinapses que se estabelecem pela primeiravez, a sensação nova da pele do Nazé,bem mais macia e sedosa que a de umbebé humano, quase sem atrito, o quenão deixa de ser lógico porque facilita odeslocamento na água.

O Nazé desloca-se lentamente de ladoencostado à parede da piscina, de olhosfechados. Parece estar a dormir. O sonode um golfinho é conseguido pelo «des-ligar» de uma das metades do seu cére-bro. Normalmente ele está mais activodurante a noite e ao nascer do dia e fimde tarde.

«Está na hora de acordar bebé. Daquia meia hora tens a tua paparoca.» Incen-tivo-o a nadar com uma leve pressão decima para baixo junto à barbatana dor-sal. E tal como um miúdo que não se querlevantar da cama, faz birra. A meio dapiscina, tem uma atitude provocatória,virando-se de lado e acena com a barba-tana peitoral a pedir festas, quando sabeperfeitamente que nesse local não temdireito às mesmas. Lá consigo controlaro impulso de o afagar e convenço-o a che-gar-se a mim no topo contrário ao daescada de acesso. Então ele dispara numacorrida à qual é difícil responder com asincómodas vestes de oleado. Consigo que

ele nade debaixo de água, o que o vai aju-dar a combater a anemia supostamenteprovocada pela falta de apneias.

Vamos ver quem chega primeiro!

Para mergulhar, os golfinhos expelemo ar dos pulmões e o oxigénio é guar-dado nos glóbulos vermelhos do sangue,cuja produção é estimulada pela apneia.Por isso... «Nazé para o fundo. Tens deficar bom para poderes voltar à tuagrande casa...» ordenava-lhe delicada-mente. E lá mergulhava ele.

As vocalizações emitidas constam deassobios, estalinhos e de uma espécie degrasnar, sons que conseguimos ouvir eoutras frequências às quais somos sur-dos. Diz-se que os golfinhos já percebe-ram qual a nossa banda audível, e quequando estamos por perto só utilizam essapara comunicar connosco. Pois parece queentendem eles melhor as nossas línguasdo que nós entendemos o golfinhez. Masa tradução entre as línguas passa obri-gatoriamente pelo dicionário da lingua-gem do coração.

Chega a hora da refeição. Não se con-seguindo reproduzir a mamada materna,que nesta espécie dura até aos 23 mesesde idade da cria, recorre-se a uma sonda,método que não é muito incómodo paraum golfinho, já que eles não mastigam oque ingerem. Os dentes servem apenaspara prender as lulas, base da alimenta-ção desta espécie.

Será preciso contudo agarrá-lo. o quepara meu espanto nem é difícil, a não serque ele resolva fazer birra.

O Nazé mantém-se de barriga paracima até a necessidade de respirar o obri-gar a voltar-se, e agarramo-lo nessa altura.Está tranquilo e afagamo-lo à medida quea papa desliza até ao estômago. E prontobebé, esta já está... Duas voltinhas à pis-cina e uma soneca. Vamos deixá-lo sozi-nho por um pequeno período de tempo,mas mantendo sempre a vigilância do exte-rior. Ao acordar, o Nazé vocaliza, asso-bia e bate com a barbatana caudal na águaa reclamar a nossa presença, tal como umbebé humano chama pela mãe.

Parece mesmo que a única diferença

se prende com a inexistência da muda defralda, o que não quer dizer que não tenha-mos de estar atentos ao xixizinho e àsfezes, que aliás temos de recolher paraposterior análise.

Vigiando o sono do Nazé

A felicidade que o nosso irmão mari-nho nos transmite faz-nos esquecer o restodo mundo... aliás ele passa a ser o nossouniverso.

Podem crer que não senti falta do rádio,da televisão, do telemóvel, do sofá, dosmomentos que precisamos a sós para com-pensar as agressões do quotidiano...Aquia meditação era uma permanência. E porisso mesmo dou comigo a pensar que todasas instituições ligadas às ciências do marterão um contributo directo ou indirectona recuperação do Nazé.

O nosso IH pode contribuir: atravésdo controlo da poluição marinha e pelainformação oceanográfica que dispõe, per-mitindo um melhor conhecimento do com-portamento da fauna marinha relativa-mente às características físico-químicas daágua do mar, relacionando migrações ecorrentes. E claro... sempre que alguémda casa, resolva tirar um dia de férias ededicá-lo a causas como esta.

Está na hora da partida, e ao arrumaro saco descobri a razão pela qual a tra-lha nunca cabe lá dentro quando nosvamos embora donde nos sentimos bem.É que durante a estadia vamos enchendoo saco de saudade...

Os meus agradecimentos ao Dr. JorgeVaqueiro e à Dr.ª Marisa Ferreira (SPVS)pelos esclarecimentos prestados e revi-são técnica do texto.

DR.a HELENA JULIÃODIVISÃO DE HIDROGRAFIA

Hidromar n.º 96, Janeiro 200716

Caminhada na Serra do Açor – Mata da Margaraça

No dia 18 de Novembro de 2006realizou-se uma caminhada naSerra de Açor com a participa-

ção de diversos elementos do InstitutoHidrográfico. Houve a oportunidade deficar a conhecer a Mata da Margaraça,a Fraga da Pena e as aldeias da Benfeitae Pardieiros onde se assistiu à manu-factura de colheres de pau por um arte-são local. Face à época do ano foi pos-sível assistir a magníficos exemplares deazevinhos, cogumelos, medronheiros ecastanheiros, cujas folhas e ouriçoscobriam o chão formando um tapetemuito fofo, parecendo que se caminhavasobre as nuvens.

Na Serra de Açor, domínio do xisto,as dobras e fracturas originam um tipode relevo característico, vigoroso mas decontornos arredondados, sulcado porvales com grandes quedas de nível, linhasde água encaixadas e onde por vezes seencontram curiosos acidentes geológi-

cos, caso das quedas de água da Fragada Pena.

Por entre os cumes boleados da serrasitua-se a Mata da Margaraça com cercade 50 ha, entre os 600 e os 850m, numavertente com 25º de inclinação e expo-sição N-NW, entre as aldeias de Pardieirose de Relva Velha. Resto de uma antigafloresta, a Margaraça tem como espéciesvegetais predominantes o carvalho-alva-rinho e o castanheiro. Presentes aindaalgumas plantas de cariz mediterrânicocomo o medronheiro e o folhado, exem-plares de grande porte de azereiro paraalém de cerejeira-brava e aveleira. Acres-cente-se uma elevada cobertura de mus-gos, líquenes e fungos. O inegável valornatural desta formação vegetal originoua inclusão da Mata da Margaraça na redeeuropeia de reservas biogenéticas.

A Fraga da Pena constitui um inte-ressante acidente geológico atravessadopor uma linha de água, na Barroca de

Degraínhos, o que resulta num conjuntode quedas de água. Este local conservana margem direita alguns exemplaresantigos de Carvalho Alvarinho, Casta-nheiro, Medronheiro e Folhado, paraalém de espécies de cariz mediterrâ-nico como o Trovisco e o Aderno. Namargem esquerda, predomina a rege-neração natural de Pinheiro bravo ematos (essencialmente Tojo, Urze, Giestae Carqueja). Existem na Fraga da Penacondições especiais de abrigo e elevadahumidade atmosférica, tornando estelocal óptimo para o desenvolvimentode espécies de musgos e de fetos, quecobrem as paredes de xisto ao longo dalinha de água.

Após este passeio muito agradávelfoi organizado um jantar com petiscoslocais, que permitiu retemperar as for-ças para além de promover o convívioentre os caminhantes. Novas activida-des já estão a ser pensadas para 2007.

POSTO DE VIGIA

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 17

Realizou-se no passado dia 22 deDezembro de 2006 a tradicionalFesta de Natal para todos os fun-

cionários, militares e civis do InstitutoHidrográfico.

A Comissão de Organização destafesta, composta pela Dra. Teresa Sanches,ASP Rita Esteves, AAE Teresa Teixeira,Cabo ACastro, 1MAR LCatarino e o 1GRTMS Gonçalves, começou a ultimar os pre-parativos dias antes do evento até ao pró-prio dia.

De manhã chegaram os funcionários

e crianças acompanhadas dos pais nãofosse este um dia especial para elas: o PaiNatal iria entregar-lhes um presente.

Por volta das dez horas iniciou-se umaanimação para os mais pequenos noAuditório, onde tiveram oportunidade deassistir a um filme, «Madagáscar», e deintervir em brincadeiras, jogos, pinturasfaciais, modelagens de balões com ospalhacinhos.

Simultaneamente celebrou-se a Euca-ristia de Natal na Biblioteca pelo Cape-lão Costa.

Chegada a hora, o Pai Natal, sentado,esperava que cada criança fosse ter comele para receber a lembrança e tirar umafotografia.

O Vice-almirante Augusto de Brito,Director-Geral do IH, proferiu a Mensa-gem de Natal aos funcionários, ao que seseguiu de um almoço convívio nos espa-ços do Refeitório e Jardim, preparado pelopessoal do Rancho do Instituto Hidro-gráfico; todos os que colaboraram nestafesta estão de parabéns pelo seu traba-lho.

Festa de Natal do IH

Hidromar n.º 96, Janeiro 200718

Ciclo de obras no IH É certo que o esforço de investimento

para a melhoria das infra-estruturas queservem esta instituição, de há uns anos aesta parte, tem-se sempre pautado poruma política de qualidade, visando o bem--estar de todos os que servem o IH.

Para quem se habituou a lidar comuma permanente actividade de moder-nização e investimentos nas infra-estru-turas, perguntar-se-á que mais obras vãoocorrer no IH?

Enquadrado na linha de acção estra-tégica definida na Directiva SectorialOceanográfica e Hidrográfica e subjacenteao Programa de Actividades desenvol-vido pela Direcção para 2007, de entreoutras, serão desenvolvidas as seguintesacções:

Projecto da construçãodo novo laboratório de calibração nas IA

Aconstrução de um novo edifício comcaracterísticas laboratoriais para a cali-

bração de instrumentos técnico-científi-cos e meteorológicos, nos parâmetros detemperatura, salinidade e pressão, tornava-se imperiosa e inadiável, face aos objec-tivos estabelecidos para a certificação deinstrumentos técnico-científicos a utilizarpelo IH.

Neste pressuposto, foram dirigidasparte das sinergias para a execução doreferido projecto, estudo da sua adequa-ção aos espaços existentes, lançamentodo concurso e, finalmente, a adjudicaçãoda empreitada.

Para racionalização das infra-estru-turas existentes no âmbito do depósito

de papel e materiais de arquivo, este labo-ratório encontra-se em construção no Pavi-lhão Nº 1 nas Instalações da Azinheira,aproveitando-se cerca de 1/3 da cons-trução já existente, onde o processo dereconstrução se desenvolve de formaajustada às estruturas já implantadas.

O novo laboratório contemplará doispisos no seu interior e um avançado paraapoio no exterior do Pavilhão existente.Assim, no piso inferior localizar-se-ão 3salas de laboratórios, 1 sala de lavagens,instalações sanitárias e vestiários. No pisosuperior, deverão funcionar os gabinetesde trabalho para o pessoal que ali pres-tará serviços.

O edifício será equipado por ummoderno sistema de ventilação e climati-zação (AVAC), de forma a habilitar os com-partimentos dos requisitos indispensáveisà qualidade dos trabalhos exigidos.

Presentemente as obras encontram-seem bom ritmo, tendo-se dado início à pre-sente construção em NOV06 e antevendo--se que as obras sejam concluídas em Feve-reiro de 2007.

Políticas de desenvolvimento – investimentos em infra-estruturas

Construção do Novo Laboratório de calibração– Exterior

OInstituto Hidrográficoprocedeu, durante a qua-

dra natalícia, a uma recolhade vestuário e brinquedos porentre os funcionários, desti-nados a doação à InstituiçãoParoquial de Santos-o-Velho.

Foi assim que no passadodia 21 de Dezembro, o Insti-tuto Hidrográfico entregou àJunta de Freguesia de Santos--o-Velho os donativos, quemuito irão ajudar quem maisdeles necessita.

A Comissão da Festa deNatal e a Assistência Paroquialde Santos-o-Velho agradecemprofundamente a todos osfuncionários do InstitutoHidrográfico a calorosa con-tribuição.

Política de Responsabilidade Social do Instituto Hidrográfico

Entrega de donativos à Junta de Freguesia de Santos-o-Velho

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 19

Beneficiação das infra--estruturas das AG

No âmbito da política de optimiza-ção dos espaços e sua modernização, oexterior e cerca de 1.000 M2 de área doedifício das Artes Gráficas foram total-mente remodelados, tendo a intervençãosujeitado estas infra-estruturas às devi-das condições de adequabilidade técnicae de segurança para a habitabilidade, coma construção de quartos privativos comcasas de banho, vestiários para Oficiais,Sargentos e Praças, cobertas para cercade 20 praças masculinas e 10 femininase uma sala de estar.

Em fase avançada da obra, decorremactualmente os trabalhos de decoraçõesinteriores, manufactura e instalação decortinados e a instalação dos novos mobi-liários.

Estima-se que até ao final do primeirotrimestre estas novas instalações entremem funcionamento, após as transferên-cias e realojamento do pessoal de serviçoe asilante.

Em finais de DEZ06 foi devidamentereinstalado o Gabinete do Chefe do Ser-viço das Artes Gráficas e o apoio de secre-taria em novos gabinetes.

Parte da envolvente do edifício tam-bém foi intervencionada com um novopavimento em calçada portuguesa, tendoo Sr Almirante Director-Geral do IH, nodia 19DEZ06, efectuada a plantação deuma árvore na nova zona ajardinada.

Construção de uma nova escada

Conhecida a situação do Projecto doNovo Edifício, e antevendo-se que estasobras venham a ocorrer num tempo algodilatado, houve a preocupação em semelhorar as várias acessibilidades pelointerior do IH, contíguas ao edifício doConvento das Trinas. Do estudo efectuado,concluiu-se da necessidade de se melho-rar a escadaria existente entre o ServiçoGeral e as Artes Gráficas.

Neste sentido, no início de JAN07 dar--se-á início à construção de uma novaescada naquele local, devendo esta carac-terizar-se por maiores dimensões e de con-cepção arquitectónica moderna e ade-quado ao espaço envolvente. As obrasterão a duração de um mês.

Estado da ponte-cais daAzinheira

A ponte cais que serve todo o tráfegomarítimo do IH na Azinheira reveste-sede particular importância estratégica,uma vez que é única que permite o apoio

às nossas Lanchas Hidrográficas, suamanutenção, guarda e acesso ao mar.

Sendo de construção antiga, entendeu--se levar a cabo uma inspecção técnica aoestado da sua estrutura.

Neste sentido, após elaboração da res-pectiva memória descritiva e lançado oconcurso, foi adjudicada a empreitada darespectiva avaliação a uma firma da espe-cialidade em inspecções de obras hidráu-licas.

Em meados de FEV07 estima-se quesejam conhecidos os resultados finais dainspecção e que se possa ter já o respec-tivo Projecto de recuperação da ponte cais,de forma a proceder-se ao devido concursoda empreitada, para a sua beneficiação.

Projecto da construçãodo novo edifício

Tendo sido o presente projecto recen-temente aprovado pelo IPPAR, aguarda--se a todo o momento a decisão de SuaEx.ª o Ministro da Defesa Nacional.

Posteriormente seguir-se-á todo o pro-cesso do lançamento do concurso públicopara a sua construção, estimando-se queestas obras tenham o seu início ainda no1.º semestre de 2007.

CMG PASSOS RAMOSDIRECTOR DOS SERVIÇOS DE APOIO

CTEN PEDRO DOS SANTOS CHEFE DO SERVIÇO GERAL

Plantação de uma árvore pelo Director-Geral Obras da escada de acesso ao parque de viaturas

Fachada do futuro edifício

POSTO DE VIGIA

Planta do piso superior das Artes Gráficas

Construção do novo pavimento junto às ArtesGráficas

Hidromar n.º 96, Janeiro 200720

C O M O E R ADedicado ao passado

Missão Geo-Hidrográ-fica da Guiné1953/57

Magnetismo

Observador e instrumentosposicionados

assam já vinte anos desdeque os terrenos da quintada «Cerca Grande» foramadquiridos pelo Instituto

Hidrográfico à Casa Cadaval, com vistaà ampliação das suas instalações. Numaaltura em que este organismo da Mari-nha se prepara para dar início às obrasde construção de um novo edifício, pare-ceu-nos de algum interesse revisitaraquele local, fazendo uma incursão emdiferentes épocas, registando a sua evo-lução, ao mesmo tempo dar a conheceralguns aspectos mais curiosos que serão

seguramente desconhecidos para a maio-ria das pessoas que aqui trabalha.

Com efeito, à altura em que o Ins-tituto Hidrográfico tomou posse da«Cerca Grande», residiam no interiorda quinta um punhado de famílias quevivia numas habitações bastante humil-des situadas junto ao muro do lado sul,precisamente onde actualmente o Ser-viço Geral se encontra instalado. Oacesso era então feito por um portãoque se situava mesmo em frente à Tra-vessa Nova de Santos e que veio a serposteriormente encerrado, no qual se

abria uma pequena porta para serven-tia normal. O referido portão era abertoamplamente apenas para acesso de car-roças o que, com o decorrer do tempo,deixou de ter uso. Havia, porém, outroportão que há muito tempo se encon-trava permanentemente encerrado, oqual se situava, aproximadamente, nomesmo local onde agora se encontra aentrada do parque de viaturas. Os ter-renos encontravam-se então, na suamaior parte incultos e, as poucas árvo-res de frutos ali existentes resumiam-se a algumas vinhas e figueiras que, de

Há vinte anos …Instituto adquire «CERCA GRANDE»

P

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 21

resto, sobreviveram quase até aos nos-sos dias.

Com a transferência da sua possepara o Instituto Hidrográfico, foi pos-sível criar no local o parque de viatu-ras, o qual permanece em funcionamentoe é parcialmente utilizado durante a noitepara estacionamento de veículos dosmoradores da localidade, no âmbito deum protocolo de colaboração com aautarquia lisboeta. O Instituto instalouainda naquele local outros serviços,alguns dos quais funcionavam até entãoem condições bastante difíceis e comenormes limitações de espaço, comosucedia com a Oficina de Viaturas, queveio mais tarde a ser transferida paraas Instalações da Azinheira. Refira-seque, até então, a manutenção das via-turas era feita no local onde actualmentese encontra a Recepção/Expedição.Entretanto, nos finais da dedada deoitenta do século passado, foi elaboradoum projecto de construção de novas ins-talações naquela área o qual, por razõesconjunturais não veio a ser concretizado.

Mas, recuando um pouco no tempo,recordamos que, ainda em meados dadécada de sessenta se realizavam na«Cerca Grande» os tradicionais festejosdos santos populares, com os caracte-rísticos tronos de Santo António e asanimadas barraquinhas de feira. Estasfestividades deixaram de ali ter lugarem virtude de um desacato ocorrido queresultou em tragédia. Junto ao portãoactualmente existente, localizava-seentão uma paragem de autocarro da car-reira 27 da CARRIS, o qual subia a ruaSão João da Mata até à rua das Praçaspara, depois, virar à esquerda na ruadas Trinas e seguir em direcção a Cam-polide.

Como curiosidades dignas de registosalienta-se o «ferro-de-engomar», nome

pelo qual é popularmente conhecido oprédio mais estreito da cidade e queconstitui uma das atracções dos circui-tos turísticos organizados pela CARRIS,na confrontação do lado oeste e ainda,a forma de eliminar o recanto daqueleedifício como meio de prevenir even-tuais assaltos e agressões aos tran-seuntes, a lembrar tempos em que a vio-lência física era frequente pelas maisvariadas motivações.

Registos fotográficos dão-nos aindao testemunho da existência no local, emmeados da década de cinquenta, de umposto de agulheiro e sinalizador de trá-fego de carros eléctricos e ainda, qualrelíquia já então a procurar corrigir mauscostumes, um velho urinol de ferro.

Como já nos referimos, a «CercaGrande» foi adquirida pelo InstitutoHidrográfico à Casa Cadaval que, como

se sabe, era o ramomais recente da Casade Bragança e veio aser uma das famíliasnobres mais podero-sas do país, sobretudoa partir do período daRestauração. Sucedeque, à semelhança da«Cerca Grande», tam-bém os terrenos doque veio a ser o Casalda Boa Vista e quefaziam parte da cercado Convento das Tri-nas, pertenciam à CasaCadaval, tendo estadoado às religiosas em

meados do século XVII. Por conseguinte,é plausível que, de igual forma, os ter-renos da «Cerca Grande» tenham outrorasido parte integrante da cerca do Con-vento das Trinas, aliás como a própriadesignação toponímica sugere.

Júlio de Castilho na sua obra «ARibeira de Lisboa. Descripção histórica daMargem do Tejo desde a Madre-de-Deus atéSantos-o-Velho», publicada em 1893, des-creve-nos o seguinte: No sitio pegado como que veio a ser esse mosteiro das Trinas,alastrava-se um casal, por excellencia deno-minado da Boa Vista, e pertencente ao Duquedo Cadaval, que em Julho de 1662 o doouás Freiras; ora do antigo casal do Duqueresta ainda vestígio no titulo (aliás já adul-terado) da travessa da Bella Vista, que levada rua das Trinas para a do Quelhas, e nãomenos na denominação da rua da Bella Vistaa pequena distancia. E que lindíssimos pros-pectos de cidade e Tejo não ha ainda hojepor ali!.

Porém, os tempos mudam e o casa-rio foi tomando conta do local aprazí-vel e campestre registado pelo escritor.Aserenidade e o bucolismo deram lugarao bulício de uma cidade que corre fre-nética absorvida pelas metas do cresci-mento económico. E, nos terrenos daantiga «Cerca Grande», Lisboa verá nas-cer em breve mais um edifício que, cer-tamente, irá melhorar substancialmenteas condições de trabalho de todos quan-tos, no Instituto Hidrográfico, procuramservir o país na área para que este Labo-ratório do Estado está incumbido.

CARLOS GOMES

A imagem mostra o aspecto, no início do séculoXX, do local onde actualmente se encontra a entradado parque de viaturas do IH. (Foto de autor des-conhecido existente no Arquivo Fotográfico daCâmara Municipal de Lisboa)

A gravura mostra o famoso «ferro-de-engomar»nos começos do século XX. (Foto de autor des-conhecido existente no Arquivo Fotográfico daCâmara Municipal de Lisboa)

Em 1956, existia no local um posto de agulheiro da CARRIS em vir-tude do carro eléctrico ali circular apenas numa via. Foto de JudahBenoliel existente no Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lis-boa)

Hidromar n.º 96, Janeiro 200722

PRE IA-MARBAIXA-MAR

Teve início a 9 de Outubro de 2006, naEscola de Hidrografia e Oceanogra-

fia, a edição de 2006/2007 do Curso deEspecialização de Oficiais em Hidrogra-fia. Este curso está certificado com a cate-goria A pela Federação Internacional deGeómetras e pela Organização Hidrográ-fica Internacional. Tem a duração de 44semanas e é frequentado por três oficiaisda Marinha de Guerra Portuguesa, umoficial da Marinha de Guerra Tunisina eum técnico civil do Instituto Nacional deHidrografia e Navegação da República deMoçambique.

O Hidromar dá as boas vindas aos novosalunos.

No âmbito das acções de formação dopessoal que irá integrar as guarni-

ções dos novos submarinos, foi solicitadapela Escola de Submarinos a realização

de um estágio sobre Acústica Submarina,destinado aos oficiais de quarto e super-visores do Posto de Comando. Este está-gio decorreu no período de 20 a 30 de

Novembro de 2006, tendo sido frequen-tado por 15 oficiais e 10 sargentos.

Curso de Especializaçãode Oficiais em Hidrografia 2006/2007

Estágio de acústica submarina

B Ú S S O L AEventos nacionais e internacionais

Reunião CHAtO no Senegal

No âmbito das suas competências de representante nacio-nal junto da Organização Hidrográfica Internacional(OHI), o Instituto Hidrográfico participou na 9.ª Reu-

nião da Comissão Hidrográfica do Atlântico Oriental (CHAtO),realizada em Dakar em Dezembro p.p.. Na reunião estiverampresentes representantes dos Membros da Comissão, assim comoMembros Associados e Observadores. Desta participação resul-taram diversas determinações de actividades a executar nasáreas marítimas da Republica da Guiné-Bissau e da Republicado Senegal e na comunidade marítima em geral.

Na conferência foi assim reforçada a necessidade de cons-ciencializar os governos sobre a importância da hidrografiana economia, segurança e ambiente dos Estadoscosteiros e referenciada a possibilidade de ser pres-tada assessoria aos estados mais necessitados, nosdomínios da hidrografia e cartografia, dando espe-cial enfoque em treino in-situ. Esta assessoriapoderá ser financiada no âmbito do Capacity Buil-ding Committee da Organização HidrográficaInternacional.

O Instituto Hidrográfico demonstrou igualmentea disponibilidade em prestar assessoria técnica naavaliação das necessidades hidrográficas relacio-nadas com o projecto da Guiné-Bissau e a possi-

bilidade de produzir cartas náuticas do porto de Bissau e Canaldo Geba, em colaboração com a Direcção Nacional da Marinhae Portos deste país.

Foi, ainda, reforçada a necessidade de efectuar a imple-mentação efectiva do sistema de segurança da navegação GMDSS(Global Maritime Distress Safety System), pela implementaçãoda primeira fase do projecto, designando as áreas costeiras SafetyNet, para a radiodifusão dos Avisos Aos Navegantes – sendoesta acção considerada de máxima prioridade.

Foi também referida a necessidade de, entre Estados vizi-nhos, serem criados/reforçados acordos de cooperação ao níveltecnológico e de cedência/partilha de meios/equipamentos.

Os alunos numa aula nas Instalações da Azinheira

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 23

Aassociação de utilizadores de infor-mação geográfica realiza de 2 em

2 anos um encontro de utilizadores,tendo o mais recente decorrido de 15 a17 de Novembro de 2006, em Oeiras no

Tagus Park. Estes encontros são umespaço para a apresentação de projec-tos relacionados com SIG, tendo o IHapresentado, neste último, 5 comuni-cações orais e uma sobre a forma de

poster. Participaram neste evento osCTEN Bessa Pacheco, CTEN Reino Bap-tista, ASPOF Sónia Godinho, Dr Fer-nando Gomes, Dra Célia Pata, Eng.ª InêsFélix e a Dra Ana Nobre.

Decorreram, de 21 a 22 de Novem-bro de 2006, no Instituto Superior

Técnico, as X Jornadas de EngenhariaNaval, subordinadas ao tema «Inova-ção e Desenvolvimento nas Actividades

Marítimas». Estas jornadas, de periodi-cidade bienal, foram organizadas con-juntamente pelo Colégio de EngenhariaNaval da Ordem dos Engenheiros e pelaSecção Autónoma de Engenharia Naval

do Instituto Superior Técnico. O IH apre-sentou 4 comunicações orais relaciona-das com a segurança da navegação, oambiente marinho e a cartografia náu-tica.

Participação do IH na Conferência ESIG 2006

Participação do IH nas X Jornadas de Engenharia Naval

OInstituto hidrográfico, organismoda Marinha especialmente voca-cionado para o estudo das ciên-

cias do mar, apoia a formação avançadados seus recursos humanos e acolheanualmente diversos alunos finalistas delicenciaturas, proporcionando-lhes con-dições de realização de estágios e pro-jectos conducentes à obtenção dos seusgraus académicos.

Nestas jornadas participaram cincoelementos da Direcção Técnica, quatrodo Centro de Dados e um da Divisão deOceanografia, tendo todos eles sido pre-miados nos seus temas e escalões, comtrabalhos que realizaram no âmbito dassuas actividades no IH. No tema «Tec-nologias de informação», a Dr.ª AnaNobre apresentou uma comunicaçãointitulada «Sistema de informação de cli-matologia meteo-oceanográfica», alu-siva ao projecto que realizou no âmbitodo seu estágio de licenciatura em Ciên-cias do Mar pela Universidade Lusófonade Humanidades e Tecnologias. Esta

comunicação foi premiada pelo júri dasJornadas com o 1.º prémio do 1.º esca-lão (licenciaturas). Referente ao mesmotema e ao mesmo escalão, a Eng.ª InêsFélix apresentou uma comunicação inti-tulada «Sistema de informação de apoioao planeamento de navegação», alusivaao projecto que realizou no âmbito doseu estágio de licenciatura em EngenhariaGeográfica pela Faculdade de Ciênciasda Universidade de Lisboa. Esta comu-nicação foi premiada com uma mençãohonrosa. Ainda no mesmo tema, mas refe-rente ao 2.º escalão (mestrados e douto-ramentos), a Dr.ª Célia Pata apresentoua comunicação «Desenvolvimento de umsistema de informação de apoio à ges-tão do domínio público marítimo: umaferramenta para o ordenamento do lito-ral», alusiva ao projecto que realizou noâmbito do seu mestrado em Planeamentoe Ordenamento do Território, pela Uni-versidade Nova de Lisboa e o Dr. Fer-nando Gomes apresentou a comunica-ção «Sistema de Informação Geo-espacial

para a Gestão de Cruzeiros de Investi-gação Científica: Um contributo para oconhecimento da actividade Oceano-gráfica», alusiva ao projecto que reali-zou no âmbito do seu mestrado em Esta-tística e Gestão da Informação, peloInstituto Superior de Estatística e Ges-tão da Informação da Universidade Novade Lisboa. A estas duas comunicaçõesfoi atribuído, em ex-aequo, o 1.º prémiodo 2.º escalão. No tema «Oceanografia»,a Aspirante Rita Esteves apresentou acomunicação intitulada «Observação doFluxo de Água Mediterrânica sobre aFossa Álvares Cabral», relativa ao pro-jecto de investigação que realizou noâmbito do seu estágio de licenciatura emCiências do Mar pela Universidade Lusó-fona de Humanidades e Tecnologias. Estacomunicação foi premiada, pelo júri dasJornadas, com o 1.º prémio do 1.º esca-lão.

Parabéns aos premiados!

PARTICIPAÇÃO DO IH

JORNADAS DO MAR

Realizaram-se de 13 a 17 de Novembro, na Escola Naval, mais umas Jornadas do Mar.Estas jornadas realizam-se de 2 em 2 anos, têm sempre como pano de fundo temasassociados ao mar e são um espaço privilegiado para a apresentação de trabalhos académicos resultantes da realização de licenciaturas, mestrados ou doutoramentos.

Hidromar n.º 96, Janeiro 200724

Na semana de 13 a 17 de Novembro de2006, no âmbito das comemorações do

Dia Nacional do Mar, o Instituto Hidrográ-fico esteve presente nas Jornadas do Mar,subordinadas ao tema: «Os Oceanos: umaPlataforma para o Desenvolvimento». Naexposição do IH intitulada «IH: Um Oceanode Perspectivas», foram apresentadas asactividades técnico-científicas da unidade eos seus principais projectos ligados às ciên-cias do Mar e expostos alguns equipamen-tos antigos na área da investigação doOceano.

No dia 13 de Novembro, o Director-Geraldo Instituto Hidrográfico, VALM Augustode Brito, o Adjunto do Director-Geral, CMGValente Zambujo e o Director-Técnico, CFRVentura Soares estiveram presentes na inau-guração de abertura das Jornadas do Mar, aqual foi seguida de uma visita à exposição.

VISITA DE ALUNOS UNIVERSITÁRIOS NO ÂMBITO DAS JORNADAS DO MAR

IH NAS JORNADAS DO MAR DA ESCOLA NAVAL

No passado dia 16 de Novembro, o InstitutoHidrográfico recebeu a visita de 15 alunos

universitários de várias nacionalidades vindos daEscola Naval, no âmbito das Jornadas do Mar.

Àchegada os alunos foram recebidos no Audi-tório pelo CMG Passos Ramos, Director dos Ser-viços de Apoio do IH, onde foi apresentado umvideograma das actividades técnico-científicas daunidade.

Posteriormente visitaram as divisões técnicas,Hidrografia, Oceanografia, Navegação, Químicae Poluição do Meio Marinho e Geologia Marinha.

No fim da visita tiveram oportunidade de visi-tar a Biblioteca.

Hidromar n.º 96, Janeiro 2007 25

BEM-VINDOA B O R D O Visitas ao IH

Curso de Promoção a Sargento-Chefe 2006

Os 24 alunos do Curso de Promo-ção a Sargento-Chefe 2006, acom-

panhados pelo Director de Curso,1TEN Brites de Pinho, visitaram o Ins-tituto Hidrográfico no passado dia 24de Outubro.

Os alunos assistiram a uma apre-sentação feita pelo CTEN MoreiraPinto, Adjunto do Director Técnico,sobre as actividades Técnico-Científi-cas do Instituto Hidrográfico.

O grupo visitou as Divisões de Quí-mica e Poluição do Meio Marinho,Hidrografia, Oceanografia, Centro deDados técnico-científicos e Navegação.

Visita da Escola «Patras» ao IH

No passado dia 27 de Novembro, um grupode oito estudantes gregos oriundos do curso

de Náutica, da Escola «Patras», acompanhados peloprofessor do curso, Barmpetakis Antonios, e pelaDr.ª Isabel Borges, responsável pelo programa«Patras» da empresa Euroyouth Portugal, visita-ram o Instituto Hidrográfico, no âmbito do pro-jecto «European Dimension of Systems and Prac-tices of Vocational Training».

Os alunos assistiram a uma apresentação noAuditório feita pelo Adjunto do Director-Técnico,CTEN Moreira Pinto, sobre as actividades técnico--científicas do Instituto Hidrográfico e visitaramas Divisões de Hidrografia, Oceanografia, Nave-gação, Centro de Dados Técnico-Científicos, Quí-mica e Poluição do Meio Marinho, Geologia Mari-nha e o Serviço de Electrotecnia.

Visita de Estudo dos alunos da Nautical High School «Artiglio»

No passado dia 3 de Outubro, um grupo de oitoalunos italianos da Nautical High School «Arti-

glio», visitou o Instituto Hidrográfico no âmbito doprograma Porti d’Europa.

A visita teve início no Auditório com uma apre-sentação feita pelo Adjunto do Director-Técnico, CTENMoreira Pinto, sobre as actividades técnico-científi-cas do Instituto Hidrográfico.

Posteriormente os alunos visitaram as Divisõesde Hidrografia, Oceanografia, Navegação, Centro deDados Técnico-Científicos, Química e Poluição doMeio Marinho, Geologia Marinha e o Serviço de Elec-trotecnia.

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B E M - V I N D OA B O R D O

Um autoclismo que esteja a perder água desperdiça, em seis meses, 171.000 litros de água

Uma torneira mal fechada pode desperdiçar mais de 190 litros de água por dia

Moradores da Lapa e Santos-o-Velho

Odia 18 de Dezembro foi um dia diferente: o Instituto Hidro-gráfico acolheu durante uma manhã 24 idosos morado-

res na Freguesia da Lapa e Santos-o-Velho. Acompanhadospor dois colaboradores da Junta de Freguesia, os visitantesforam recebidos pelo Director dos Serviços de Apoio, CMG

Passos Ramos, e prosseguiram com uma visita de carácter his-tórico-cultural pelo Convento das Trinas guiada pelo Sr. JoséAguiar. A iniciativa, que se enquadrou no âmbito da quadranatalícia, culminou num almoço oferecido pelo InstitutoHidrográfico.

No passado dia 16 de Novembro – Dia Nacional do Mar –, um grupo

de 32 alunos do Curso Técnico de Topó-grafo/Geómetra da Escola Profissionalde Coimbra visitou o Instituto Hidro-gráfico.

A visita teve início no Auditório comuma breve apresentação pelo Director dosServiços de Apoio e onde foi apresen-tado o videograma da Unidade. Os alu-nos visitaram de seguida as Divisões deHidrografia, Oceanografia e Navegação,terminando a visita na Biblioteca, antigacozinha do Convento das Trinas.

Alunos da Escola Profissional de Coimbra

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Uma turma de 14 alunos de currí-culos alternativos da Escola Secun-

dária José Afonso, com idades com-preendidas entre os 16 e os 19 anos,acompanhados por dois professores eum técnico do ECOMUSEU Municipaldo Seixal, visitaram o Instituto Hidro-gráfico – Instalações da Azinheira, nodia 16 de Novembro.

Após apresentação de cumprimentosà comitiva de professores e alunos, foiprestado uma resenha histórica sobre asInstalações da Azinheira, tendo-se seguidoa visita às mesmas.

Durante o percurso, possibilitou-se omelhor conhecimento sobre a componentehistórica da Unidade, proporcionando avisita ao moinho, oficinas em geral,

embarcações, Casa de Calibração de Bóiase Brigadas Hidrográficas.

No final, foi patente a boa disposiçãoe satisfação dos professores e alunos, dadaa mensagem transmitida sobre a compo-nente cultural e histórica daquelas insta-lações enquadrar-se no âmbito formativopretendido.

Escola Secundária José Afonso

Visita às IA

O Hidromar, enquanto publicação do Instituto Hidrográfico, visa promover o conhe-cimento das suas actividades e dos seus funcionários, quer internamente (quando uti-lizado como instrumento de comunicação interna) quer externamente (como veículo dedivulgação da excelência da investigação e dos projectos da instituição). Desta forma, o Hidromar será aquilo que os leitores e os colaboradores dele exigirem.É por esta razão que a colaboração, mais que bem-vinda, é necessária. Serão tãonecessários artigos de índole técnica como artigos de opinião, peças relativas a acon-tecimentos sociais, curiosidades, fotografias ou imagens que se considerem relevantespara fomentar a comunicação dentro e para fora do Instituto. Sintam-se convidados aparticipar. [email protected]

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Ministro da Defesa Nacional da República de Angola

Sua Excelência o Ministro da Defesa Nacional daRepública de Angola, General Kundi Paihama,visitou o Instituto Hidrográfico no passado dia27 de Outubro, onde foi recebido pelo Almirante

Melo Gomes, Chefe do Estado-Maior da Armada e oVice-Almirante Augusto de Brito, Director-Geral do Ins-tituto Hidrográfico.

Esta visita contou com a presença do General DavidCatata Wenda, Vice-chefe do Estado-Maior do Exército,do Brigadeiro Pedro Sekunangela, Director de Gabinetedo MDN, do Coronel Domingos José Vicente, Assessordo Ministro para a Força Aérea Nacional de Angola, doDr. João Cristóvão, Director do Gabinete Jurídico, do CMGJosé Domingos Gomes, Adjunto técnico da DNRI, do TenenteCoronel Sapalo Cassinda, Ajudante de Campo do MDN

e do Dr. Rogélio Zamora Esnard, Médico do MDN.Depois de um almoço oferecido pelo Almirante Melo

Gomes, o Ministro da Defesa Nacional da República deAngola e comitiva assistiram a uma apresentação feitapelo CFR Freitas Artilheiro, chefe da Divisão de Hidro-grafia e o CTEN Bessa Pacheco, Chefe da Divisão doCentro de Dados Técnico-Científicos sobre as activida-des do Instituto Hidrográfico, passando posteriormentepelas divisões de Hidrografia e Navegação.

Na Biblioteca, o Ministro da Defesa Nacional da Repú-blica de Angola, General Kundi Paihama assinou o Livrode Honra do Instituto Hidrográfico onde expressou asua profunda satisfação e gratidão, desejando os melho-res votos ao colectivo desta Instituição e muito em par-ticular à Direcção.