boletim do trabalho e empregobte.gep.msess.gov.pt/completos/2007/bte26_2007.pdf · 2007. 7. 16. ·...

124
Boletim do 26 Trabalho e Emprego 1. A SÉRIE Propriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social Edição: Gabinete de Estratégia e Planeamento Centro de Informação e Documentação BOL. TRAB. EMP. 1. A SÉRIE LISBOA VOL. 74 N. o 26 P. 2353-2476 15-JULHO-2007 Pág. Conselho Económico e Social ................ ... Regulamentação do trabalho ................ 2357 Organizações do trabalho ................... 2442 Informação sobre trabalho e emprego ......... ... O Boletim do Trabalho e Emprego, no âmbito da concretização dos objectivos do SIMPLEX, irá sofrer uma significativa reformulação. A partir do 2. o semestre de 2007 cessa a sua distribuição em papel (1. a e 2. a séries) e em CD-ROM, passando a ser disponibilizados digitalmente (BTE Digital) no sítio do GEP (www.gep.mtss.gov.pt) os textos integrais da 1. a série desde 1977 até à presente data. A extinção da publicação da 2. a série não prejudica o acesso às matérias que vinham a ser publicadas periodicamente, porque as mesmas se encontram no Diário da República e no sítio do Ministério da Justiça — Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (www.dgsi.pt). Esta nova modalidade possibilita aos cidadãos e às empresas uma informação de cidadania que permite não só uma pesquisa interactiva, como a impressão e manuseamento dos dados ao critério do utilizador de uma forma rápida, eficaz e totalmente gratuita. ÍNDICE Conselho Económico e Social: Pág. ... Regulamentação do trabalho: Despachos/portarias: ... Regulamentos de condições mínimas: ... Regulamentos de extensão: ...

Upload: others

Post on 30-Jan-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Boletim do 26Trabalho e Emprego 1.A SÉRIEPropriedade: Ministério do Trabalho e da Solidariedade SocialEdição: Gabinete de Estratégia e Planeamento

    Centro de Informação e Documentação

    BOL. TRAB. EMP. 1.A SÉRIE LISBOA VOL. 74 N.o 26 P. 2353-2476 15-JULHO-2007

    Pág.

    Conselho Económico e Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Regulamentação do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . 2357

    Organizações do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2442

    Informação sobre trabalho e emprego . . . . . . . . . . . .

    O Boletim do Trabalho e Emprego, no âmbito da concretização dos objectivos do SIMPLEX,irá sofrer uma significativa reformulação.

    A partir do 2.o semestre de 2007 cessa a sua distribuição em papel (1.a e 2.a séries) e emCD-ROM, passando a ser disponibilizados digitalmente (BTE Digital) no sítio do GEP(www.gep.mtss.gov.pt) os textos integrais da 1.a série desde 1977 até à presente data.

    A extinção da publicação da 2.a série não prejudica o acesso às matérias que vinham a serpublicadas periodicamente, porque as mesmas se encontram no Diário da República e no sítiodo Ministério da Justiça — Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (www.dgsi.pt).

    Esta nova modalidade possibilita aos cidadãos e às empresas uma informação de cidadaniaque permite não só uma pesquisa interactiva, como a impressão e manuseamento dos dadosao critério do utilizador de uma forma rápida, eficaz e totalmente gratuita.

    Í N D I C E

    Conselho Económico e Social:Pág.. . .

    Regulamentação do trabalho:

    Despachos/portarias:. . .

    Regulamentos de condições mínimas:. . .

    Regulamentos de extensão:. . .

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2354

    Convenções colectivas de trabalho:

    — CCT entre a AHP — Assoc. dos Hotéis de Portugal e a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalhadores de Serviços — Revi-são global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2358

    — CCT entre a ANACS — Assoc. Nacional de Agentes e Corretores de Seguros e o STAS — Sind. dos Trabalhadoresda Actividade Seguradora — Revisão global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2387

    — CCT entre a APAP — Assoc. Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação e a FETESE — Feder. dos Sind.dos Trabalhadores de Serviços e outros — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2407

    — CCT entre a Assoc. Comercial do Dist. de Évora e o CESP — Sind. dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios eServiços de Portugal e outros — Alteração salarial e outras e texto consolidado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2409

    — ACT entre a LACTICOOP — União de Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Mondego, U. C. R. L.,e outras e o SINDCES — Sind. do Comércio, Escritórios e Serviços — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2432

    — ACT entre a PORTLINE, S. A., e outra e o SIMAMEVIP — Sind. dos Trabalhadores da Marinha Mercante, Agênciasde Viagens, Transitários e Pesca — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2439

    — AE entre a SERVIRAIL — Serviços Restauração Catering e Hotelaria, L.da, e a FESAHT — Feder. dos Sind. da Agricultura,Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal — Alteração salarial e outras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2440

    Avisos de cessação da vigência de convenções colectivas de trabalho:. . .

    Acordos de revogação de convenções colectivas de trabalho:. . .

    Organizações do trabalho:

    Associações sindicais:

    I — Estatutos:

    — STIENC — Sind. dos Trabalhadores das Ind. Eléctricas do Norte e Centro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2442

    — STAS — Sind. dos Trabalhadores da Actividade Seguradora — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2458

    — STIEN — Sind. dos Trabalhadores das Ind. Eléctricas do Norte — Cancelamento de registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2470

    — Sind. das Ind. Eléctricas do Centro — Cancelamento de registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2471

    II — Direcção:

    — Sindicato XXI — Assoc. Sindical dos Trabalhadores Administrativos, Técnico e Operadores dos Terminais de Carga Con-tentorizada do Porto de Sines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2471

    — Assoc. Nacional dos Treinadores de Futebol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2471

    — Sind. dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2471

    Associações de empregadores:

    I — Estatutos:

    — Assoc. Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza — Alteração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2472

    — Assoc. dos Restaurantes, Cafés e Similares do Norte de Portugal — Cancelamento de registo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2473

    II — Direcção:

    — ANEFA — Assoc. Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2473

    — Assoc. Comercial e Industrial do Concelho de Alenquer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2473

    — ANIRSF — Assoc. Nacional dos Industriais de Refrigerantes e Sumos de Frutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2473

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072355

    Comissões de trabalhadores:

    I — Estatutos:. . .

    II — Eleições:

    — Editorial do Ministério da Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2474

    — Olá — Produção de Gelados e Outros Produtos Alimentares, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2474

    Representações dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho:

    I — Convocatórias:

    — IBEROL — Sociedade Ibérica de Biocombustíveis e Oleaginosas, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2475

    — SGSP Saint Gobain Sekurit Portugal — Vidro Automóvel, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2475

    — Hydro Alumínio Portalex, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2475

    II — Eleição de representantes:

    — SN Maia — Siderurgia Nacional, S. A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2476

    — Blaupunkt — Auto-Rádio Portugal, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2476

    — SCHMITT — Elevadores, L.da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2476

    SIGLAS

    CCT — Contrato colectivo de trabalho.ACT — Acordo colectivo de trabalho.RCM — Regulamentos de condições mínimas.RE — Regulamentos de extensão.CT — Comissão técnica.DA — Decisão arbitral.AE — Acordo de empresa.

    ABREVIATURAS

    Feder. — Federação.Assoc. — Associação.Sind. — Sindicato.Ind. — Indústria.Dist. — Distrito.

    Composição e impressão: IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A. — Depósito legal n.o 8820/85

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072357

    CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL. . .

    REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

    DESPACHOS/PORTARIAS. . .

    REGULAMENTOS DE CONDIÇÕES MÍNIMAS. . .

    REGULAMENTOS DE EXTENSÃO. . .

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2358

    CONVENÇÕES COLECTIVAS DE TRABALHO

    CCT entre a AHP — Assoc. dos Hotéis de Portugale a FETESE — Feder. dos Sind. dos Trabalha-dores de Serviços — Revisão global.

    Cláusula 1.a

    Âmbito

    A presente CCT obriga, por um lado, as empresasrepresentadas pela AHP — Associação dos Hotéis dePortugal que explorem efectivamente estabelecimentoscom a classificação oficial de hotel, pousada, estalagem,motel, hotel-apartamento, aldeamento turístico, apar-tamentos turísticos, moradias turísticas e conjuntos turís-ticos que integrem algum daqueles estabelecimentos e,por outro lado, os trabalhadores ao seu serviço repre-sentados pelas associações sindicais outorgantes.

    Cláusula 2.a

    Área geográfica

    A área de aplicação da presente convenção é definidapela área territorial da República Portuguesa, comexcepção das Regiões Autónomas dos Açores e daMadeira.

    Cláusula 3.a

    Classificação dos estabelecimentos

    1 — Para todos os efeitos desta convenção as empre-sas ou estabelecimentos são classificados nos gruposseguintes:

    Grupo A:

    Hotéis de 5 estrelas;Hotéis-apartamentos de 5 estrelas;Aldeamentos turísticos de 5 estrelas;Apartamentos turísticos de 5 estrelas;Estalagens de 5 estrelas;

    Grupo B:

    Hotéis de 4 estrelas;Hotéis-apartamentos de 4 estrelas;Aldeamentos turísticos de 4 estrelas;Apartamentos turísticos de 4 estrelas;

    Grupo C:

    Hotéis de 3 estrelas;Hotéis-apartamentos de 3 e 2 estrelas;Motéis de 3 e 2 estrelas;Aldeamentos turísticos de 3 estrelas;Apartamentos turísticos de 3 e 2 estrelas;Estalagens de 4 estrelas;

    Grupo D:

    Hotéis de 2 e 1 estrelas;Hotéis rurais;Outros estabelecimentos não incluídos nos

    grupos.

    2 — As diversas classificações e tipos de estabeleci-mentos hoteleiros e meios complementares de aloja-mento turístico dos diversos grupos de remuneraçãoincluem, nomeadamente, os que, não tendo serviço derestaurante, se designam de residencial.

    3 — Os trabalhadores que prestem serviço em com-plexos ou conjuntos turísticos explorados pela mesmaempresa terão direito à remuneração correspondenteao grupo de remuneração aplicável ao estabelecimentode classificação superior, sem prejuízo dos vencimentosmais elevados que já aufiram.

    Cláusula 4.a

    Vigência e revisão

    1 — Esta convenção entra em vigor na data de publi-cação e vigorará pelo prazo de 24 meses contados apartir daquela data, excepto no que respeita às tabelassalariais e cláusulas de expressão pecuniária que vigo-rarão pelo prazo de 12 meses.

    2 — A denúncia poderá ser feita decorridos 10 ou20 meses após o início da vigência da CCT, respec-tivamente no que respeita às cláusulas de expressãopecuniária ou ao restante clausulado.

    3 — A denúncia, para ser válida, deverá ser remetidapor carta registada com aviso de recepção e será acom-panhada da proposta de revisão.

    4 — As contrapartes deverão enviar às partes denun-ciantes uma contraproposta até 30 dias após a recepçãoda proposta.

    5 — As negociações iniciar-se-ão, sem qualquer dila-ção, no 10.o dia útil após o termo do prazo referidono número anterior.

    6 — Haver-se-á como contraproposta a declaraçãoexpressa da vontade de negociar.

    7 — Da proposta e contraproposta serão enviadascópias ao Ministério do Trabalho e da SolidariedadeSocial.

    Cláusula 5.a

    Condições de admissão — Princípio geral

    1 — Para além dos casos expressamente previstos nalei ou nesta convenção, são condições gerais mínimasde admissão:

    a) Idade mínima de 16 anos;b) Exibição do certificado de habilitações corres-

    pondentes ao último ano de escolaridade obri-gatória, salvo para os trabalhadores que com-provadamente tenham já exercido a profissão;

    c) Robustez física suficiente para o exercício daactividade comprovada por exame médico.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072359

    2 — As condições específicas e preferenciais deadmissão são as constantes do anexo I.

    Cláusula 6.a

    Aprendizagem

    1 — Considera-se «aprendizagem» o trabalho regulare efectivo prestado pelo trabalhador, sempre que acom-panhado por profissional competente, ou pela entidadepatronal que preste serviço na secção respectiva.

    2 — Os trabalhadores admitidos com menos de 18anos de idade terão de cumprir um período de apren-dizagem até aos 18 anos, mas nunca inferior a um anode trabalho efectivo.

    3 — As normas que regem a aprendizagem e a dura-ção dos respectivos períodos constam da parte II doanexo I a esta convenção; para o cômputo do períodode aprendizagem serão adicionadas as fracções de tempoprestadas pelo trabalhador na mesma secção ou secçõesafins das várias empresas que o contratem nessa qua-lidade, desde que superiores a 60 dias e devidamentecomprovadas.

    4 — O impedimento prolongado do trabalhador sus-pende a contagem do tempo de aprendizagem.

    Cláusula 7.a

    Estágio

    1 — O estágio segue-se à aprendizagem nas categoriase pelos períodos indicados na parte III do anexo I aesta convenção.

    2 — Para o cômputo do período de estágio serãoadicionadas as fracções de tempo prestadas pelo tra-balhador na mesma secção ou secções afins das váriasempresas que o contratem nessa qualidade, desde quesuperiores a 60 dias e devidamente comprovadas.

    3 — Findo o estágio, o trabalhador ingressará no1.o grau da categoria respectiva, desde que não tenhasido emitido parecer desfavorável, escrito e devidamentefundamentado, pelo profissional sob cuja orientação eordens estagiou.

    4 — O parecer desfavorável, para que produza efeitossuspensivos, deverá ser notificado pela entidade patronalao trabalhador, no mínimo até 30 dias da data previstapara a promoção e nunca antes de 60 dias.

    5 — O trabalhador a quem tenha sido vedada a pro-moção automática poderá requerer exame, a realizarem escolas profissionais, sendo, desde que obtenha apro-veitamento, promovido ao 1.o grau da categoria res-pectiva.

    6 — O trabalhador a quem tenha sido vedada a pro-moção automática não poderá executar, sob a sua exclu-siva responsabilidade, tarefas ou funções respeitantesao 1.o grau da categoria para que estagia, sendo obri-gatoriamente acompanhado pelo responsável do estágio.

    7 — O trabalhador estagiário que não tenha conse-guido decisão favorável no exame realizado em escola

    profissional poderá sucessivamente, decorridos seismeses, solicitar novos exames com vista a obter apro-veitamento e promoção, caso, decorridos tais períodos,não obtenha parecer favorável do responsável peloestágio.

    8 — Não é havido como contrato de trabalho o estágioexpressamente solicitado por um estabelecimento deensino, ou aluno do mesmo, como componente práticada formação, durante ou no final do respectivo cursoe desde que aquele não ultrapasse um ano seguido.

    Cláusula 8.a

    Formação profissional

    1 — As empresas deverão promover a formação eaperfeiçoamento profissional tendo em vista a valori-zação, a qualificação e a actualização profissional dosseus empregados.

    2 — Sempre que organizadas em horário laboral, apresença dos empregados nestas acções reveste-se decarácter obrigatório.

    3 — Sempre que, por iniciativa do trabalhador, estepretenda frequentar acções de formação no exterior eque as mesmas tenham relação com a actividade pro-fissional por este desempenhada, deverá a entidadepatronal facilitar a sua frequência, salvaguardado o bomfuncionamento do serviço.

    Cláusula 9.a

    Período médio diário e semanal de trabalho efectivo

    1 — O limite máximo de duração normal do horáriosemanal é o determinado por lei e é definido em termosmédios com um período de referência de quatro meses.

    2 — O período normal de trabalho em cada dia podeser superior em duas horas ao limite máximo consa-grado, não podendo ultrapassar dez horas diárias nemquarenta e oito horas semanais.

    3 — Nas semanas com duração inferior a quarentahoras poderá ocorrer redução diária não superior a duashoras ou, mediante acordo entre o trabalhador e oempregador, redução da semana de trabalho em diasou meios dias, ou, ainda, nos mesmos termos, aumentodo período de férias, mas, no último caso, sem aumentodo subsídio de férias.

    4 — O disposto nesta cláusula não é aplicável aostrabalhadores administrativos.

    Cláusula 10.a

    Regimes de horário de trabalho

    1 — O trabalho normal pode ser prestado emregime de:

    a) Horário fixo;b) Horário flutuante;c) Horário flexível;d) Horário rotativo.

    2 — Entende-se por «horário fixo» aquele cujas horasde início e termo são iguais todos os dias e que se encon-

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2360

    tram previamente fixadas, de acordo com a presenteconvenção, nos mapas de horário de trabalho.

    3 — Entende-se por «horário flutuante» aquele cujashoras de início e termo podem ser diferentes em cadadia da semana mas que se encontrem previamente fixa-das no mapa de horário de trabalho, havendo sempreum período de descanso de dez horas, no mínimo, entrecada um dos períodos de trabalho.

    4 — Entende-se por «horário flexível» aquele em queas horas de início e termo dos períodos de trabalhoe descanso diários podem ser móveis.

    5 — Entende-se por «horário de turnos rotativos» oque sofre variação regular entre as diferentes partesdo dia — manhã, tarde e noite —, bem como dos perío-dos de descanso, podendo a rotação ser contínua oudescontínua.

    Cláusula 11.a

    Intervalos no horário de trabalho

    1 — Por acordo com o trabalhador, o intervalo diáriode descanso pode ser reduzido até trinta minutos.

    2 — Na organização dos horários de trabalho, a enti-dade patronal pode estabelecer um ou dois intervalosdiários de descanso, cuja soma não poderá ser superiora cinco horas.

    Cláusula 12.a

    Alteração do horário de trabalho

    1 — A entidade patronal pode alterar o horário detrabalho quando haja solicitação do trabalhador, neces-sidade imperiosa de serviço ou quando haja necessidadede mudança do horário do estabelecimento ou da secção.

    2 — A alteração do horário de trabalho não poderáacarretar prejuízo sério para o trabalhador.

    3 — O novo horário, quando alterado pela entidadepatronal, deverá ser afixado, sempre que possível, comuma antecedência mínima de oito dias relativamenteà data de entrada em vigor, ou a partir do momentoem que for conhecida a alteração.

    4 — Os acréscimos de despesas de transporte, devi-damente justificados, que passem a verificar-se para otrabalhador resultantes da alteração do horário serãoencargo da entidade patronal, salvo se a alteração fora pedido do trabalhador.

    Cláusula 13.a

    Horário parcial

    1 — É permitida a admissão de trabalhadores emregime de tempo parcial para horários iguais ou infe-riores a 75% do horário semanal praticado a tempocompleto numa situação comparável.

    2 — O contrato de trabalho a tempo parcial deverárevestir a forma escrita, dele constando expressamenteo número de horas semanais e o horário de trabalho.

    3 — A remuneração será estabelecida em base pro-porcional, de acordo com os vencimentos auferidos pelos

    trabalhadores de tempo inteiro e em função do númerode horas de trabalho prestado.

    Cláusula 14.a

    Trabalho por turnos

    Nos estabelecimentos ou secções que funcionem inin-terruptamente por períodos superiores a oito horas pordia pode a entidade patronal organizar a prestação detrabalho em regime de turnos e os horários de trabalhopoderão ser rotativos.

    Cláusula 15.a

    Trabalho nocturno

    1 — Considera-se «nocturno» o trabalho prestadoentre as 24 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte.

    2 — O trabalho nocturno será pago com um acrés-cimo de 50%; porém, quando no cumprimento do horá-rio normal de trabalho sejam prestadas mais de quatrohoras durante o período considerado nocturno, serátodo o período de trabalho remunerado com esteacréscimo.

    3 — Nos estabelecimentos que empreguem no con-junto 12 ou menos trabalhadores, o acréscimo será de25%.

    4 — Se, além de nocturno, o trabalho for suplementar,acumular-se-ão os respectivos acréscimos na duraçãocorrespondente a cada uma dessas qualidades.

    5 — Quando o trabalho nocturno suplementar se ini-ciar ou terminar a hora em que não haja transportescolectivos habitualmente utilizados pelo trabalhador, aentidade patronal suportará as despesas de outro meiode transporte.

    6 — Os acréscimos por trabalho nocturno acima indi-cados não serão devidos relativamente aos trabalhadoresque desempenham funções no período considerado noc-turno e aufiram remuneração superior à prevista natabela salarial aplicável acrescida dos valores resultantesdas percentagens indicadas nos n.os 2 e 3 desta cláusula.

    Cláusula 16.a

    Obrigatoriedade de registo de entradas e saídas

    Em todos os estabelecimentos deverão existir sistemasidóneos de controlo do cumprimento do horário detrabalho.

    Cláusula 17.a

    Local de trabalho

    O local de trabalho corresponde ao estabelecimentoonde é prestado o serviço e deverá ser definido pelaempresa no acto de admissão de cada trabalhador.

    Cláusula 18.a

    Transferência de local de trabalho

    1 — A transferência de trabalhadores está condicio-nada a acordo prévio escrito, salvo tratando-se de motivograve devidamente justificado.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072361

    2 — Consideram-se «motivos graves justificativos datransferência do trabalhador para outro estabelecimentoexplorado pela mesma entidade patronal», nomeada-mente, os seguintes:

    a) Manifesta incompatibilidade do trabalhador nasrelações de trabalho com os colegas que impos-sibilite a continuidade da relação de trabalho;

    b) Verificação de excesso de mão-de-obra, pordiminuição notória nos serviços, fundada emmotivos alheios à entidade patronal.

    3 — À empresa fica, nos casos em que a transferêncianão seja imputável ao trabalhador, a obrigação de cus-tear o acréscimo das despesas de transporte ou outrosgastos que directamente passem a existir para o tra-balhador por força da referida transferência.

    Cláusula 19.a

    Deslocação em serviço

    As despesas decorrentes de deslocações ao serviçoda empresa serão suportadas pela entidade patronal.

    Cláusula 20.a

    Troca do dia de descanso semanal

    A permuta dos dias de descanso semanal entre tra-balhadores da mesma secção é permitida mediante auto-rização da entidade patronal.

    Cláusula 21.a

    Abonos e descontos

    1 — O cálculo da remuneração a abonar ou a des-contar devido a trabalho suplementar, ausências ao tra-balho ou quaisquer outras causas será efectuado combase na remuneração horária apurada pela aplicaçãoda seguinte fórmula:

    Rh=(Rm×12):(52×N)

    sendo:

    Rh — valor da hora a abonar ou a descontar;Rm — valor da remuneração mensal;N — horário semanal do trabalhador (carga horária

    semanal).

    Cláusula 22.a

    Retribuição do trabalho prestado em dia de descanso semanalobrigatório ou complementar ou feriado

    1 — O trabalho prestado em dia de descanso semanalobrigatório ou complementar ou em dia feriado serápago, para além do ordenado mensal, com um montanteidêntico ao que lhe é pago por esse dia e que já estáincorporado no ordenado desse mês.

    2 — Por iniciativa do trabalhador e acordo da enti-dade patronal, o acréscimo da remuneração previsto nonúmero anterior poderá ser substituído pelo correspon-dente número de dias a gozar posteriormente.

    Cláusula 23.a

    Escolha da época de férias

    1 — A época de férias deve ser fixada de comumacordo entre a entidade patronal e o trabalhador; na

    falta de acordo, compete à entidade patronal marcaros períodos de férias, assegurando que pelo menosmetade do período de férias ocorra entre 1 de Maioe 31 de Outubro e de forma que os trabalhadores damesma empresa pertencentes ao mesmo agregado fami-liar gozem férias simultaneamente.

    2 — O início das férias não pode coincidir com o des-canso semanal, feriado, sábado ou domingo, desde quecompreendidos no horário normal do trabalhador.

    3 — A entidade patronal deve elaborar e afixar naempresa, até 30 de Abril de cada ano, um mapa deférias de todo o pessoal ao serviço.

    4 — Na elaboração do mapa de férias, a entidadepatronal deverá observar uma escala rotativa, de modoa permitir, anual e consecutivamente, a utilização detodos os meses de Verão, por cada trabalhador, de entreos que desejem gozar férias no referido período.

    Cláusula 24.a

    Subsídio de férias

    1 — Os trabalhadores têm anualmente direito a umsubsídio de férias igual à retribuição das férias, comexcepção do valor da alimentação ou respectivo subsídio.

    2 — O subsídio de férias é pago até oito dias antesdo início do gozo do maior período de férias.

    Cláusula 25.a

    Momento e forma de desconto das faltas

    1 — O tempo de ausência que implique perda deremuneração será descontado no salário, salvo quandoo trabalhador prefira que os dias de ausência lhe sejamdeduzidos no período de férias vencido e não gozadonos termos legais.

    2 — Para efeito do desconto previsto no número ante-rior, os tempos de ausência serão adicionados até per-fazerem o equivalente ao horário de um dia normalde trabalho, sendo, então, descontados no salário dessemês ou no do imediatamente seguinte.

    Cláusula 26.a

    Licença sem retribuição

    1 — A pedido escrito do trabalhador poderá a enti-dade patronal conceder-lhe licença sem retribuição.

    2 — Quando o período de licença ultrapasse 30 dias,aplica-se o regime de suspensão de trabalho por impe-dimento prolongado.

    Cláusula 27.a

    Abono para falhas

    Aos controladores-caixa, caixas, tesoureiros e cobra-dores que movimentem regularmente dinheiro e aos tra-balhadores que os substituam nos seus impedimentosprolongados será atribuído um abono para falhas cor-respondente a E 26,31 por mês.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2362

    Cláusula 28.a

    Subsídio de Natal

    1 — Os trabalhadores têm direito a que lhes seja pago,até ao dia 15 de Dezembro, um subsídio de Natal, cor-respondente à respectiva retribuição pecuniária.

    2 — Iniciando-se, suspendendo-se ou cessando o con-trato no próprio ano da atribuição do subsídio, esteserá calculado proporcionalmente ao número de mesesde trabalho prestado nesse ano.

    Cláusula 29.a

    Isenção de horário de trabalho

    1 — Os trabalhadores legalmente isentos de horáriode trabalho têm direito a uma retribuição especial, quenão pode ser inferior a 25% da retribuição pecuniáriamensal.

    2 — Podem renunciar à retribuição referida nonúmero anterior os trabalhadores que exerçam funçõesde direcção na empresa.

    Cláusula 30.a

    Documento a entregar ao trabalhador

    No acto do pagamento, a entidade patronal entregaráao trabalhador documento donde conste o nome ou afirma da entidade patronal, o nome do trabalhador, acategoria profissional, o número de inscrição na segu-rança social, a seguradora para a qual está transferidoo risco emergente de acidentes de trabalho e o períodoa que corresponde a retribuição, e a discriminação detodas as importâncias pagas, nomeadamente as relativasa trabalho normal, nocturno, suplementar e em diasde descanso e feriados, férias e subsídios de férias, bemcomo a especificação de todos os descontos, deduçõese valor líquido efectivamente pago.

    Cláusula 31.a

    Objectos perdidos

    1 — Os trabalhadores deverão entregar à direcção daempresa ou ao seu superior hierárquico os objectos evalores extraviados ou perdidos pelos clientes.

    2 — Passado um ano sem que o objecto ou valor tenhasido reclamado pelo seu proprietário, será entregue aotrabalhador que o encontrou.

    Cláusula 32.a

    Remunerações mínimas pecuniárias de base

    1 — Aos trabalhadores abrangidos por esta conven-ção são garantidos os vencimentos mínimos constantesdo anexo II.

    2 — A tabela acordada é a constante da alínea a)do anexo II; contudo, as empresas que em 1 de Outubrode 1986 aplicavam na remuneração aos trabalhadoresum sistema de diuturnidades ou de subsídio de anti-guidade ficam obrigadas ao cumprimento dos mínimosestabelecidos na tabela da alínea b) do anexo II e aodisposto na cláusula 34.a

    3 — As empresas na situação prevista na última partedo número anterior podem, mediante acordo celebradocom as direcções dos sindicatos outorgantes, optar pelocumprimento da tabela salarial da alínea a) do anexo II,deixando neste caso de ser devidas diuturnidades ousubsídios de antiguidade, por se considerarem integra-dos nesta tabela e os sistemas de remuneração por queoptaram serem globalmente mais favoráveis.

    Cláusula 33.a

    Prémio de conhecimento de línguas

    1 — Os profissionais que no exercício das suas funçõesutilizam conhecimentos de idiomas estrangeiros em con-tacto com o público ou clientes, independentemente dasua categoria, têm direito a um prémio mensal deE 19,50 por cada uma das línguas francesa, inglesa oualemã, salvo se qualquer desses idiomas for o da suanacionalidade.

    2 — A prova do conhecimento de línguas será feitaatravés de certificado de exame realizado em escola pro-fissional ou estabelecimento de ensino de línguas reco-nhecidos oficialmente e mediante entrega de certificadode exame com aproveitamento, ou prova de conheci-mento a realizar pela empresa no acto de admissão.

    3 — O disposto nesta cláusula não se aplica aos tra-balhadores dos níveis XV e XIV.

    Cláusula 34.a

    Diuturnidades — Prémio de antiguidade

    1 — As empresas que em 1 de Outubro de 1986 apli-cavam na remuneração aos trabalhadores um sistemade diuturnidades ou de subsídio de antiguidade e queestão obrigadas a mantê-lo nos termos da cláusula 32.aobservarão o seguinte:

    a) O prémio de antiguidade — diuturnidade — serámensal e fará parte integrante da respectivaretribuição;

    b) O prémio previsto na alínea anterior será atri-buído e pago nos seguintes termos:

    Tempo de serviço na empresa (escalões)

    Valorda diuturnidade — Prémio

    de antiguidade(euros)

    1.o escalão (completados 3 anos) . . . . . . . . . 10,062.o escalão (completados 8 anos) . . . . . . . . . 20,133.o escalão (completados 13 anos) . . . . . . . . 29,98

    2 — Para efeitos de vencimento deste prémio eenquadramento nos escalões referidos no número ante-rior, é contada a antiguidade desde o início do contratode trabalho com a empresa.

    Cláusula 35.a

    Alimentação

    1 — Todos os trabalhadores tem direito a alimenta-ção, que será prestada, segundo opção da entidadepatronal, em espécie ou através de um subsídio pecu-niário mensal.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072363

    2 — O subsídio referido no número anterior, ou orespectivo contravalor em senhas de refeição, não seráinferior aos seguintes montantes:

    a) E 51,56, nos estabelecimentos em que não seconfeccionem refeições, nomeadamente nosdesignados como residenciais;

    b) E 57,30, nos restantes estabelecimentos.

    Cláusula 36.a

    Valor pecuniário da alimentação em espécie

    Quando a alimentação for prestada em espécie, oseu valor pecuniário será o seguinte:

    Refeições Valor convencional(euros)

    Refeições completas/mês . . . . . . . . . . . . . . . 17,3Refeições avulsas:

    Pequeno-almoço . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,56Ceia simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,8Almoço, jantar ou ceia completa . . . . 2,3

    Cláusula 37.a

    Refeições que constituem a alimentação

    As refeições que integram a alimentação são as com-preendidas no horário em que o trabalhador presta ser-viço, de acordo com o funcionamento do refeitório dopessoal e, no mínimo, uma refeição ligeira e uma refei-ção principal.

    Cláusula 38.a

    Requisitos de preparação e fornecimento da alimentação ao pessoal

    1 — A entidade patronal deverá promover o neces-sário para que as refeições tenham a suficiência e ovalor nutritivo indispensáveis a uma alimentação racio-nal.

    2 — O refeitório do pessoal deverá reunir, obriga-toriamente, condições de conforto, arejamento, limpezae asseio.

    Cláusula 39.a

    Funcionamento do refeitório

    A entidade patronal definirá o horário de acesso aorefeitório de pessoal de acordo com as conveniênciasde serviço e, sempre que possível, de acordo com aspreferências dos trabalhadores.

    Cláusula 40.a

    Segurança, higiene e saúde no trabalho

    1 — As empresas assegurarão condições adequadasem matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho,garantindo a necessária formação, informação e consultaaos trabalhadores e seus representantes, no rigorosocumprimento das normas legais aplicáveis.

    2 — A organização da segurança, higiene e saúde notrabalho é da responsabilidade das empresas e visa aprevenção dos riscos profissionais e a promoção dasaúde, devendo as respectivas actividades ter como

    objectivo proporcionar condições de trabalho que asse-gurem a integridade física e psíquica de todos ostrabalhadores.

    Cláusula 41.a

    Condições de asseio nos locais de trabalho

    Todos os locais destinados ao trabalho ou previstospara passagem de pessoas e ainda as instalações sani-tárias ou outras postas à sua disposição, assim comoo equipamento destes lugares, devem ser convenien-temente conservados em estado de limpeza e asseio.

    Cláusula 42.a

    Iluminação

    Todos os locais de trabalho, de repouso, de perma-nência, de passagem ou de utilização pelos trabalhadoresdevem ser providos, enquanto forem susceptíveis de serutilizados, de iluminação natural ou artificial, ou dasduas formas, de acordo com as normas legais em vigor.

    Cláusula 43.a

    Lavabos

    1 — É obrigatória a existência em locais apropriadosde lavabos em número suficiente, providos de sabãoe toalhas ou quaisquer outros meios apropriados.

    2 — Devem existir, também em locais apropriados,retretes suficientes e em permanente estado de limpezae asseio, providas de papel higiénico e com divisóriasque lhes assegurem privacidade.

    Cláusula 44.a

    Vestiários

    1 — Para permitir ao pessoal guardar e mudar deroupa devem existir vestiários.

    2 — Sempre que possível, os vestiários devem com-portar armários individuais de dimensões suficientes,convenientemente arejados e fechados à chave.

    Cláusula 45.a

    Primeiros socorros

    1 — Todo o estabelecimento deve, segundo a suadimensão e os riscos calculados, possuir um ou váriosarmários, caixas ou estojos de primeiros socorros.

    2 — O equipamento dos armários, caixas ou estojosdevem ser mantidos em condições de assepsia e con-venientemente conservados e verificados pelo menosuma vez por mês.

    3 — Cada armário, caixa ou estojo de primeiros socor-ros deve conter instruções claras e simples para os pri-meiros cuidados a ter em caso de emergência, devendoo seu conteúdo ser cuidadosamente etiquetado.

    4 — Em todos os estabelecimentos com mais de20 trabalhadores, as entidades patronais providenciarãono sentido de que 3% dos trabalhadores e, no mínimo,um trabalhador ao serviço estejam habilitados com cur-sos de primeiros socorros.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2364

    Cláusula 46.a

    Sala de convívio

    1 — Nos estabelecimentos hoteleiros com mais de100 trabalhadores deverá existir, sempre que haja espaçodisponível, uma sala destinada exclusivamente ao seuconvívio.

    2 — Sempre que os estabelecimentos hoteleiros refe-ridos no n.o 1 se situem fora dos centros urbanos, éobrigatória a existência de uma sala de convívio.

    Cláusula 47.a

    Indumentárias

    1 — Qualquer tipo de indumentária é encargo exclu-sivo da entidade patronal, excepto a calça preta, camisabranca e calçado tradicional na indústria.

    2 — A escolha do tecido e o corte do fardamentodeverão ter em conta as condições climatéricas do esta-belecimento e o período do ano.

    3 — As despesas de limpeza e conservação da indu-mentária são encargo da entidade patronal, desde quepossua lavandaria.

    Cláusula 48.a

    Atribuição de categorias profissionais

    A atribuição de categorias profissionais deverá serefectuada de acordo com as constantes no anexo III.

    Cláusula 49.a

    Cobrança da quotização sindical

    1 — As entidades patronais abrangidas por esta con-venção, relativamente aos trabalhadores que hajam jáautorizado ou venham a autorizar a cobrança das suasquotas sindicais por desconto no salário, deduzirão men-salmente, no acto do pagamento da retribuição, o valorda quota estatutariamente estabelecido.

    2 — Nos 20 dias seguintes a cada cobrança, as enti-dades patronais remeterão ao sindicato respectivo omontante global das quotas, acompanhado do respectivomapa de quotização.

    3 — Os sindicatos darão quitação de todas as impor-tâncias recebidas.

    Cláusula 50.a

    Comissão de acompanhamento

    1 — Será constituída uma comissão de acompanha-mento e avaliação, à qual compete a interpretação dapresente convenção e a dirimição de conflitos delaemergentes.

    2 — A comissão é constituída por quatro elementos,sendo dois nomeados pela Associação dos Hotéis dePortugal e dois pelos Sindicatos outorgantes.

    3 — As resoluções da comissão são tomadas por con-senso, comprometendo-se as partes a recomendar aosseus associados a respectiva adopção.

    Cláusula 51.a

    Revogação da regulamentação colectiva anterior

    A presente CCT revoga todas as regulamentaçõescolectivas de trabalho anteriores, por ser consideradaglobalmente mais favorável.

    Cláusula 52.a

    Disposição transitória — Tabelas salariais

    As tabelas salariais constantes do anexo II produzemefeitos desde o dia 1 de Janeiro de 2007 e vigorarãoaté 31 de Dezembro de 2007.

    ANEXO I

    1 — Condições específicas e preferenciais de admissão

    A) Hotelaria

    1 — Para o serviço de andares e bares a idade mínimade admissão será de 18 anos.

    2 — Para os trabalhadores das categorias profissionaisdas secções de recepção e de controlo a formação escolarmínima exigida é o 9.o ano de escolaridade ou equi-valente.

    3 — São condições preferenciais de admissão, porordem, as seguintes:

    a) Posse de diploma de escola profissional;b) Posse de carteira profissional com averbamento

    de aprovação em cursos de aperfeiçoamento emescola profissional;

    c) Posse de carteira profissional.

    B) Administrativos

    1 — A idade mínima de admissão é de 18 anos.2 — A formação escolar mínima exigida é o 9.o ano

    de escolaridade obrigatória. Porém, essa formação nãoé exigível aos profissionais que comprovadamentetenham já exercido a profissão.

    C) Electricistas

    Os trabalhadores electricistas habilitados com cursode especialidade em escola oficial não podem ser admi-tidos para categorias profissionais inferiores a pré--oficial.

    D) Telefonistas

    1 — A idade mínima de admissão é de 18 anos.2 — A formação escolar mínima exigida é o 9.o ano

    de escolaridade obrigatória ou equivalente.

    E) Metalúrgicos

    Os trabalhadores metalúrgicos habilitados com ocurso de especialidade em escola oficial não podem seradmitidos para categorias profissionais inferiores apraticante.

    F) Garagens

    A idade mínima de ingresso nas profissões de ven-dedor de carburantes e de guarda de garagem é de18 anos.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072365

    G) Técnicos de desenho

    1 — Podem ser admitidos como técnicos de desenhoos candidatos habilitados com diplomas dos cursosseguintes ou que frequentem os referidos na alínea e):

    a) Curso de formação industrial ou curso geraltécnico;

    b) Curso complementar técnico;c) Estágio de desenhador de máquinas ou de cons-

    trução civil do Serviço de Formação Profissionaldo Ministério do Trabalho e da Solidariedade;

    d) Curso de especialização de desenhador indus-trial ou de construção civil das escolas técnicasou curso complementar técnico de desenhoindustrial;

    e) Frequência do 9.o ano escolar e do último anodo curso indicado na alínea a).

    2 — Os trabalhadores sem experiência profissionalingressarão na profissão:

    a) Com a categoria de desenhador praticante do1.o ano, quando habilitados com a formaçãoescolar referida nas alíneas a) e e) do n.o 1;

    b) Com a categoria profissional de desenhador pra-ticante do 2.o ano, quando habilitados com aformação escolar referida nas alíneas b), c) ed) do n.o 1.

    3 — As entidades patronais podem promover oingresso de trabalhadores em qualquer uma das cate-gorias profissionais de técnico de desenho existentesnesta convenção, ainda que sem a formação escolar refe-rida no n.o 1, desde que os candidatos façam prova docu-mental da profissão e especialidade e de experiênciaprofissional.

    4 — A habilitação mínima e a idade mínima exigíveispara o ingresso nas categorias profissionais de arquivistatécnico e operador heliográfico são, respectivamente,o 9.o ano de escolaridade ou equivalente e 18 anos deidade.

    II — Aprendizagem — Duração e regulamentação

    1 — O período de aprendizagem, desde que tenhaatingido a duração de um ano, termina logo que o tra-balhador complete 18 anos de idade.

    2 — Para as categorias profissionais constantes doquadro seguinte, os períodos mínimos de aprendizagem,independentemente do trabalhador ter já completado18 anos, têm a duração que se refere:

    Categorias Duração

    Cozinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Três anos.Pasteleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Três anos.Recepcionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Porteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Barman . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Controlador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Despenseiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Cavista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Controlador de room service . . . . . . . . . . . . . Um ano.Controlador de caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de snack . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de balcão . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de self-service . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de balcão/mesa . . . . . . . . . . . . . Um ano.

    Categorias Duração

    Cafeteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de quartos . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Promotor de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de rouparia . . . . . . . . . . . . . . . . Cinco meses.Empregado de lavandaria . . . . . . . . . . . . . . . Cinco meses.

    3 — Quando cessar o contrato de trabalho de umaprendiz, a entidade patronal passar-lhe-á um certifi-cado de aproveitamento referente ao tempo de apren-dizagem que já possui, com indicação da profissão ouprofissões em que se verificou.

    4 — Concluído o período de aprendizagem, com bomaproveitamento, reconhecido pela entidade patronal epelo profissional que o orientou, o aprendiz ingressaráno estágio.

    5 — A falta de aproveitamento, devidamente com-provada, mantém o trabalhador na situação de apren-dizagem. Porém, este poderá requerer às escolas pro-fissionais o competente exame profissional.

    6 — Se ficar aprovado, ingressará imediatamente noestágio. Se ficar reprovado, permanecerá na situaçãode aprendizagem por mais seis meses, findo os quaispoderá requerer novo exame.

    7 — No caso de voltar a reprovar, a entidade patronalpoderá transferi-lo para outra secção, iniciando-se entãonovo período de aprendizagem, que terá a duração pre-vista neste contrato.

    III — Estágio — Duração e regulamentação

    A) Hotelaria

    Os períodos de estágio para os trabalhadores da hote-laria são os constantes do quadro seguinte:

    Categorias Duração

    Cozinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Três anos.Pasteleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Três anos.Recepcionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Porteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Barman . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Controlador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dois anos.Controlador-caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Controlador de room service . . . . . . . . . . . . . Um ano.Despenseiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Cavista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Cafeteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de balcão . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de snack . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de balcão/mesa e de self-service Um ano.Empregado de mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de quartos . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Promotor de vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Um ano.Empregado de lavandaria . . . . . . . . . . . . . . . Seis meses.Empregado de rouparia . . . . . . . . . . . . . . . . Seis meses.

    1 — Quando cessar o contrato de trabalho de um esta-giário, a entidade patronal passar-lhe-á um certificadode aproveitamento referente ao tempo de estágio quejá possui, com indicação da profissão em que severificou.

    2 — A suspensão do contrato de trabalho por impe-dimento prolongado respeitante ao trabalhador não seráconsiderada na contagem do tempo de estágio ou detirocínio.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2366

    B) Administrativos e de informática

    1 — O ingresso nas profissões de escriturário, ope-rador mecanográfico, operador de registo de dados, ope-rador de máquina de contabilidade e operador de com-putador poderá ser precedido de estágio.

    2 — O estágio para escriturário terá a duração dedois anos.

    3 — O estágio para operador mecanográfico, opera-dor de registo de dados, operador de máquina de con-tabilidade e operador de computador terá a duraçãomáxima de quatro meses.

    C) Metalúrgicos

    O período de estágio é de dois anos.

    D) Fogueiros

    O período de estágio é de três anos.

    E) Construção civil e madeira

    O período de estágio é de três anos.

    F) Comércio

    O período de estágio é de três anos.

    G) Barbeiros e cabeleireiros

    O período de estágio não poderá ter duração inferiora um ano nem superior a três anos.

    ANEXO II

    Tabelas de remunerações mínimas pecuniárias de basemensais, notas às tabelas e níveis de remuneração

    A)Tabela de remunerações pecuniárias de base mínimas quandonão haja lugar ao pagamento de diuturnidades

    Categorias de estabelecimentos

    NíveisGrupo A Grupo B Grupo C Grupo D

    XV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 067 1 058 952 945XIV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 005,50 992 888 883XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 826 817 745 740XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 755 745 686 683XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 723 709 653 649X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 683 671 619 616IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 616 604 556 550VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 544 536 492 486VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 512 502 459 451VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464 456 421 414V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 401 401 400 400IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 390 385 353 349III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 386 375 332 329II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 332 321 321I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322 321 321 320

    B) Tabela de remunerações pecuniárias de base mínimasno sistema de diuturnidades

    Categorias de estabelecimentos

    NíveisGrupo A Grupo B Grupo C Grupo D

    XV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 035 1 024 922 915XIV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 974 962 862 857XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 801 790 723 719XII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 731 723 663 661

    Categorias de estabelecimentos

    NíveisGrupo A Grupo B Grupo C Grupo D

    XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 689 688 631 628X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 661 650 598 597IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 597 585 538 533VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 527 518 477 471VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 497 486 445 439VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 448 442 407 402V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 402 401 401 400IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 379 371 342 339III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 372 364 323 321II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 328 323 321 321I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322 321 321 320

    C) Níveis de remuneração

    Nível XV:

    Director de hotel.

    Nível XIV:

    Analista de informática;Assistente de direcção;Chefe de cozinha;Director de alojamento;Director artístico;Director comercial;Director de golfe;Director de produção;Director de serviços;Director de serviços técnicos;Director de banquetes;Subdirector de hotel.

    Nível XIII:

    Chefe de departamento, de divisão e de serviços;Chefe de manutenção de golfe;Chefe de manutenção, de conservação e serviços

    técnicos;Pasteleiro, chefe ou mestre;Chefe de pessoal;Chefe de recepção;Contabilista;Director de restaurante;Encarregado geral (só construção civil);Programador de informática;Secretário de golfe;Subchefe de cozinha;Supervisor de bares;Técnico industrial.

    Nível XII:

    Assistente operacional;Caixeiro-encarregado ou caixeiro-chefe de secção;Chefe de bar;Chefe de compras/ecónomo;Chefe de mesa;Chefe de movimento (transporte);Chefe de portaria;Chefe de secção (administrativos);Chefe de secção de controlo;Chefe de snack;Chefia (químicos);Cozinheiro de 1.a;Desenhador projectista;

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072367

    Desenhador publicitário e de artes gráficas;Electricista encarregado;Encarregado de animação e desportos;Encarregado de armazém;Encarregado de construção civil;Encarregado geral de garagens;Encarregado fiscal;Encarregado metalúrgico;Encarregado de obras;Fogueiro encarregado;Guarda-livros;Medidor-orçamentista-coordenador;Programador mecanográfico;Subchefe de recepção;Tesoureiro.

    Nível XI:

    Escanção;Correspondente em línguas estrangeiras;Governante geral de andares;Operador de computador;Pasteleiro de 1.a;Secretário de direcção/administração;Subchefe de mesa;Subchefe de portaria.

    Nível X:

    Cabeleireiro completo;Cabeleireiro de homens;Caixa;Capataz de campo;Capataz de rega;Chefe de balcão;Chefe de equipa metalúrgico;Desenhador com mais de seis anos;Electricista chefe de equipa;Encarregado de pessoal de garagem;Encarregado de telefones;Encarregado termal;Enfermeiro;Escriturário de 1.a;Especialista (químicos);Esteno-dactilógrafo em línguas estrangeiras;Fogueiro de 1.a;Impressor de litografia (oficial);Medidor-orçamentista com mais de seis anos;Monitor de animação e desportos;Operador mecanográfico.

    Nível IX:

    Ajudante de guarda-livros;Amassador;Apontador;Arrais;Barman de 1.a;Bate-chapa de 1.a;Caixeiro de 1.a;Canalizador de 1.a;Carpinteiro de limpos de 1.a;Chefe de cafetaria;Chefe de self-service;Cobrador;Controlador;Controlador de room service;Cortador de 1.a;Cozinheiro de 2.a;

    Desenhador entre três e seis anos;Electricista oficial;Empregado de balcão de 1.a;Empregado de consultório (só termas);Empregado de inalações (só termas);Empregado de mesa de 1.a;Empregado de secção de fisioterapia (só termas);Empregado de snack de 1.a;Entalhador;Escriturário de 2.a;Especializado (químicos);Estagiário de operador de computador;Esteno-dactilógrafo em língua portuguesa;Estofador de 1.a;Estucador de 1.a;Expedidor de garagens;Fiel de armazém;Fogueiro de 2.a;Forneiro;Governante de andares;Governante de rouparia/lavandaria;Impressor de litografia estagiário;Marceneiro de 1.a;Massagista terapêutico de recuperação e sauna;Mecânico de automóveis de 1.a;Mecânico de frio e ou ar condicionado de 1.a;Mecânico de madeiras de 1.a;Medidor-orçamentista entre três e seis anos;Mestre (marítimo);Motorista;Motorista (marítimo);Oficial de cabeleireiro;Ladrilhador de 1.a;Operador de máquinas de contabilidade;Operador de registo de dados;Operador de telex;Pasteleiro de 2.a;Pedreiro de 1.a;Pintor de 1.a;Pintor metalúrgico de 1.a;Polidor de mármores de 1.a;Polidor de móveis de 1.a;Porteiro de 1.a;Promotor de vendas;Radiotécnico;Recepcionista de garagens;Recepcionista de 1.a;Serralheiro civil de 1.a;Serralheiro mecânico de 1.a;Soldador de 1.a;Telefonista de 1.a

    Nível VIII:

    Amassador aspirante;Arquivista técnico;Assador/grelhador;Auxiliar de enfermagem;Banheiro/nadador-salvador;Barman de 2.a;Bate-chapa de 2.a;Cafeteiro;Caixa de balcão (só comércio);Caixeiro de 2.a;Calista;Canalizador de 2.a;Carpinteiro de limpos de 2.a;Carpinteiro de toscos;

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2368

    Cavista;Chefe de caddies;Chefe de copa;Conferente;Controlador-caixa;Cortador de 2.a;Cozinheiro de 3.a;Desenhador com menos de três anos;Despenseiro;Electricista pré-oficial;Empregado de andares/quartos;Empregado de armazém;Empregado de balcão de 2.a;Empregado de compras (só metalúrgicos);Empregado de mesa de 2.a;Encarregado de limpeza;Empregado de snack de 2.a;Encarregado de vigilantes;Entregador de ferramentas, materiais ou produtos;Escriturário de 3.a;Estagiário de operador de máquinas de conta-

    bilidade;Estagiário de operador mecanográfico;Estagiário de operador de registo de dados;Esteticista;Estofador de 2.a;Estucador de 2.a;Florista;Fogueiro de 3.a;Forneiro aspirante;Jardineiro encarregado;Ladrilhador de 2.a;Manipulador (ajudante de padaria);Maquinista de força motriz;Marceneiro de 2.a;Marinheiro;Massagista de estética;Mecânico de automóveis de 2.a;Mecânico de frio e ou ar condicionado de 2.a;Mecânico de madeiras de 2.a;Medidor-orçamentista até três anos;Oficial de barbeiro;Operador chefe de zona;Operador de máquinas auxiliares;Operador de som e luzes (disc jockey);Operário polivalente;Pedreiro de 2.a;Pintor de 2.a;Pintor metalúrgico de 2.a;Polidor de mármores de 2.a;Polidor de móveis de 2.a;Porteiro de 2.a;Promotor de vendas estagiário;Recepcionista de 2.a;Semiespecializado (químicos);Serralheiro civil de 2.a;Serralheiro mecânico de 2.a;Soldador de 2.a;Telefonista de 2.a;Tratador/conservador de piscinas;Trintanário com mais de três anos.

    Nível VII:

    Ajudante de cabeleireiro;Ajudante de despenseiro/cavista;Ajudante de motorista;Bagageiro com mais de três anos;

    Banheiro de termas;Bilheteiro;Buvette (só termas);Caixeiro de 3.a;Desenhador praticante do 2.o ano;Duchista (só termas);Electricista ajudante;Empregado de gelados;Empregado de mesa/balcão de self-service;Guarda florestal;Indiferenciado de serviços técnicos;Jardineiro;Lavador-garagista;Lubrificador;Marcador de jogos;Meio-oficial de barbeiro;Oficial de rega;Operador heliográfico do 2.o ano;Operador de máquinas de golfe;Praticante de cabeleireiro;Promotor de vendas (aprendiz);Servente de cargas e descargas;Tratador de cavalos;Vigia de bordo;Vigilante de crianças (sem funções pedagógicas).

    Nível VI:

    Abastecedor de carburante;Ajudante de balcão;Ajudante de snack;Ascensorista;Bagageiro até três anos;Caddie com 18 anos ou mais;Caixeiro ajudante;Chegador do 3.o ano;Dactilógrafo do 2.o ano;Costureira;Desenhador praticante do 1.o ano;Copeiro;Empregado de balneários;Cafeteiro ajudante;Empregado de limpeza;Empregado de refeitório;Engomador;Engraxador;Escriturário estagiário do 2.o ano;Lavador;Manicura;Operador heliográfico do 1.o ano;Peão;Pedicura;Porteiro de serviço;Praticante de hotelaria com mais de dois anos;Roupeiro;Trintanário até três anos;Vigilante.

    Nível V:

    Caixeiro praticante;Dactilógrafo do 1.o ano;Escriturário estagiário do 1.o ano;Guarda de garagem;Guarda de lavabos;Guarda de vestiários;Mandarete com mais de 18 anos;Moço de terra.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072369

    Nível IV:

    Ajudante de todas as secções;Aprendiz de hotelaria com mais de 18 anos do

    2.o ano;Copeiro ajudante;Praticante de armazém;Praticante de hotelaria até dois anos;Praticante de metalúrgicos de todas as especia-

    lidades.

    Nível III:

    Chegador do 2.o ano.

    Nível II:

    Aprendiz de hotelaria com mais de 18 anos do1.o ano;

    Chegador do 1.o ano;Praticante de banheiro nadador-salvador.

    Nível I:

    Aprendiz de hotelaria com menos de 18 anos;Aprendiz de profissões não hoteleiras;Mandarete com menos de 18 anos;Caddie com menos de 18 anos.

    ANEXO III

    Definição de funções

    1 — Direcção

    Director de hotel. — É o trabalhador que dirige,orienta e fiscaliza o funcionamento das diversas secçõese serviços de um hotel, hotel-apartamento ou motel;aconselha a administração no que diz respeito a inves-timentos e à definição da política financeira, económicae comercial; decide sobre a organização do hotel. Poderepresentar a administração dentro do âmbito dos pode-res que por esta lhe sejam conferidos, não sendo, noentanto, exigível a representação em matérias de con-tratação colectiva, nem em matéria contenciosa no tri-bunal do trabalho; é ainda responsável pela gestão dopessoal, dentro dos limites fixados no seu contrato indi-vidual de trabalho.

    Assistente de direcção. — É o trabalhador que auxiliao director de um hotel na execução das respectivas fun-ções e substitui-o no impedimento ou ausência. Tema seu cargo a coordenação prática dos serviços por sec-ções, podendo ser encarregado da reestruturação de cer-tos sectores da unidade hoteleira e, acidentalmente,desempenhar funções ou tarefas em secções para quese encontre devidamente habilitado.

    Director de alojamento. — É o trabalhador que dirigee coordena a actividade das secções de alojamento eafins. Auxilia o director de hotel no estudo da utilizaçãomáxima da capacidade do alojamento, determinando osseus custos e elaborando programas de ocupação. Podeeventualmente substituir o director.

    Director comercial. — É o trabalhador que organiza,dirige e executa os serviços de relações públicas, pro-moção e vendas da unidade ou unidades hoteleiras. Ela-bora planos de desenvolvimento da procura, estuda os

    mercados nacionais e internacionais e elabora os estudosnecessários à análise das oscilações das correntes turís-ticas.

    Director de produção «food and beverage». — É o tra-balhador que dirige e coordena o sector de comidase bebidas nas unidades hoteleiras. Faz as previsões decustos e vendas potenciais de produção. Gere os stocks,verifica a qualidade das mercadorias a adquirir. Pro-videncia o correcto armazenamento das mercadorias edemais produtos, controlando as temperaturas do equi-pamento de frio, a arrumação e higiene. Visita o mer-cado e fornecedores em geral: faz a comparação de pre-ços dos produtos a obter e elabora as estimativas doscustos diários e mensais, por secção e no conjunto dodepartamento à sua responsabilidade. Elabora e propõeà aprovação ementas e listas de bebidas e respectivospreços. Verifica se as quantidades servidas aos clientescorrespondem ao estabelecido. Controla os preços erequisições; verifica as entradas e saídas e respectivosregistos; apura os consumos diários e faz inventáriosfinais, realizando médias e estatísticas. Controla as recei-tas e despesas das secções de comidas e bebidas, segundoas normas estabelecidas, dando conhecimento à direcçãode possíveis falhas. Fornece à contabilidade todos oselementos de que esta careça. Apresenta à direcçãoperiodicamente relatórios sobre o funcionamento dosector e informa relativamente aos artigos ou produtosque dão mais rendimento e os que devem ser suprimidos.

    Subdirector de hotel. — É o trabalhador que auxiliao director de hotel no desempenho das suas funções.Por delegação do director pode encarregar-se da direc-ção, orientando e fiscalizando o funcionamento de umaou várias secções. Substitui o director nas suas ausências.

    Director de restaurante. — É o trabalhador que dirige,orienta e fiscaliza o funcionamento das diversas secçõese serviços de um restaurante ou similar ou o depar-tamento de alimentação de um hotel ou estabelecimentosimilar; elabora ou aprova as ementas e listas de res-taurante; efectua ou toma providências sobre a aquisiçãodos víveres e todos os demais produtos necessários àexploração e vigia a sua eficiente aplicação; acompanhao funcionamento dos vários serviços e consequentemovimento das receitas e despesas; organiza e colabora,se necessário, na execução dos inventários periódicosdas existências dos produtos de consumo, utensílios deserviço e móveis afectos às dependências; colabora narecepção dos clientes, ausculta os seus desejos e pre-ferências e atende as suas eventuais reclamações. Acon-selha a administração ou o proprietário no que respeitaa investimentos, decide sobre a organização do restau-rante ou departamento; elabora e propõe planos de ges-tão dos recursos mobilizados pela exploração; planificae assegura o funcionamento das estruturas administra-tivas; define a política comercial e exerce a fiscalizaçãodos custos; é ainda responsável pela gestão de pessoal,dentro dos limites fixados no seu contrato individualde trabalho. Pode representar a administração dentrodo âmbito dos poderes que por esta lhe sejam conferidos,não sendo, no entanto, exigível a representação emmatérias de contratação colectiva, nem em matéria con-tenciosa no tribunal do trabalho.

    Director de banquetes. — É o trabalhador que contactacom os clientes que pretendem organizar banquetes,

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2370

    reuniões, congressos e os aconselha sobre as ementasa escolher, bem assim como salas, de acordo com aauscultação feita sobre as suas pretensões. Dirige,orienta e fiscaliza as salas de banquetes, reuniões oucongressos, de acordo com as instruções recebidas. Cola-bora na recepção dos clientes, ausculta os seus desejose atende as reclamações. Trata de toda a parte admi-nistrativa do sector, nomeadamente o ficheiro com ohistorial dos clientes. Apresenta mensalmente à direcçãomapas de previsões de banquetes e ocupação de salasde reuniões e congressos. Coadjuva e substitui o directorde food & beaverage no exercício das suas funções. Cola-bora com o director-geral em tudo o que for necessário.

    Chefe do pessoal. — É o trabalhador que se ocupados serviços e relações com o pessoal, nomeadamenteadmissão, formação e valorização profissional e disci-plina, nos termos da política definida pela administraçãoe direcção da empresa.

    2 — Recepção

    Chefe de recepção. — É o trabalhador que superin-tende nos serviços de recepção e telefones do estabe-lecimento com alojamento; orienta o serviço de cor-respondência com os clientes, a facturação e a caixarelativa às receitas, podendo ainda colaborar nos ser-viços de portaria. Organiza e orienta o serviço de reser-vas. Estabelece as condições de hospedagem e ocupa-sedirecta ou indirectamente da recepção dos hóspedes.Comunica às secções o movimento de chegadas e saídas,bem como os serviços a prestar aos hóspedes; forneceaos clientes todas as informações que possam interes-sar-lhes; fornece à direcção todos os elementos sobreo movimento de clientes e sugestões relativas a preçose promoção. Instrui os profissionais seus subordinadossobre os trabalhos a cargo de cada um sobre as infor-mações que tenham eventualmente de prestar aos clien-tes. Poderá substituir o director, o subdirector ou o assis-tente de direcção nos seus impedimentos.

    Subchefe de recepção. — É o trabalhador que coadjuvae substitui o chefe de recepção no exercício das res-pectivas funções.

    Recepcionista de 1.a — É o trabalhador que se ocupados serviços de recepção, designadamente do acolhi-mento dos hóspedes e da contratação do alojamentoe demais serviços; assegura a respectiva inscrição nosregistos do estabelecimento; atende os desejos e recla-mações dos hóspedes; procede ao lançamento dos con-sumos e despesas; emite, apresenta e recebe as respec-tivas contas; prepara e executa a correspondência dasecção e o respectivo arquivo; elabora estatísticas deserviço. Poderá ter de efectuar determinados serviçosde escrituração inerentes à exploração do estabeleci-mento e operar com o telex, quando instalado na secção.Nos estabelecimentos que não possuam secções sepa-radas de recepção e portaria poderá ter de asseguraros respectivos serviços.

    Recepcionista de 2.a — É o trabalhador que colaboracom o recepcionista de 1.a, executando as mesmasfunções.

    Promotor de vendas. — É o trabalhador que preparae executa, na empresa e no exterior, tarefas de relações

    públicas, promoção e venda dos serviços da unidadeou unidades hoteleiras.

    3 — Controlo

    Chefe de secção de controlo. — É o trabalhador quesuperintende, coordena e executa os trabalhos decontrolo.

    Controlador. — É o trabalhador que verifica as entra-das e saídas diárias das mercadorias (géneros, bebidase artigos diversos) e efectua os respectivos registos, bemcomo determinados serviços de escrituração inerentesà exploração do estabelecimento. Controla e mantémem ordem os inventários parciais e o inventário geral;apura os consumos diários, estabelecendo médias e ela-borando estatísticas. Periodicamente verifica as existên-cias (stocks) das mercadorias armazenadas no econo-mato, cave, bares, etc., e do equipamento e utensíliosguardados ou em serviço nas secções, comparando-oscom os saldos das fichas respectivas. Fornece aosserviços de contabilidade os elementos de que estes care-cem e controla as receitas das secções. Informa a direc-ção das faltas, quebras e outras ocorrências no movi-mento administrativo.

    Controlador-caixa. — É o trabalhador cuja actividadeconsiste na emissão das contas de consumo nas salasde refeições, recebimentos das importâncias respectivas,mesmo quando se trate de processos de pré-pagamentoou venda e ou recebimento de senhas e elaboração dosmapas de movimento da sala em que preste serviço.Auxilia nos serviços do controlo, recepção e balcão.

    4 — Portaria

    Chefe de portaria. — É o trabalhador que superin-tende, coordena e executa os trabalhos de portaria.

    Subchefe de portaria. — É o trabalhador que coadjuvae substitui o chefe de portaria no exercício das respec-tivas funções.

    Porteiro de 1.a — É o trabalhador que executa as tare-fas relacionadas com as entradas e saídas dos clientesnum hotel ou estabelecimento similar, controlando etomando todas as medidas adequadas a cada caso; coor-dena e orienta o pessoal da portaria; estabelece os turnosde trabalho; vigia o serviço de limpeza da secção; registao movimento das entradas e saídas dos hóspedes; con-trola a entrega e restituição das chaves dos quartos;dirige a recepção da bagagem e correio e assegura asua distribuição; certifica-se de que não existe impe-dimento para a saída dos clientes; presta informaçõesgerais e de carácter turístico que lhe sejam solicitadas;assegura a satisfação dos pedidos dos hóspedes e clientese transmite-lhes mensagens. Pode ser encarregado domovimento telefónico, da venda do tabaco, postais, jor-nais e outros artigos, bem como da distribuição dos quar-tos e do recebimento das contas dos clientes. Nos turnosda noite compete-lhe, especialmente, quando solicitado,despertar ou mandar despertar os clientes, verificar ofuncionamento das luzes, ar condicionado, água e aque-cimento, fazer ou dirigir as rondas, vigiando os andarese outras dependências, e tomar providências em casode anormalidade, fazendo o respectivo relatório des-tinado à direcção. Pode ter de receber contas dos clientese efectuar depósitos bancários. Nos estabelecimentos

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072371

    que não possuam secções separadas de portaria e recep-ção poderá ter de assegurar os respectivos serviços.

    Porteiro de 2.a — É o trabalhador que colabora como porteiro de 1.a na execução das funções definidas paraeste.

    Trintanário (com mais de 3 anos e até 3 anos). — Éo trabalhador que acolhe os hóspedes e clientes àentrada do estabelecimento, facilitando-lhes a saída eo acesso às viaturas de transporte, e indica os locaisde recepção, cooperando de um modo geral na execuçãodos serviços de portaria, devendo vigiar a entrada e saídado estabelecimento de pessoas e mercadorias. Podeainda, quando devidamente habilitado, conduzir via-turas.

    Encarregado de vigilantes. — É o trabalhador quecoordena e exerce a vigilância, monta esquemas de segu-rança, dirige ou chefia os vigilantes e elabora relatóriossobre as anomalias verificadas.

    Bagageiro (com mais de 3 anos e até 3 anos). — Éo trabalhador que se ocupa do transporte das bagagensdos hóspedes e clientes, do asseio das zonas públicase do estabelecimento e do transporte de móveis e uten-sílios, podendo executar recados e pequenos serviçosdentro e fora do estabelecimento. Poderá ainda ocu-par-se do acolhimento dos hóspedes e clientes à entradado estabelecimento, facilitando-lhes a saída e o acessoàs viaturas de transporte, e, excepcionalmente, da vigi-lância e controlo da entrada e saída de pessoas emercadorias.

    Vigilante. — É o trabalhador que exerce a vigilância;verifica se tudo se encontra normal e zela pela segurançado estabelecimento. Elabora relatórios das anomaliasverificadas.

    Porteiro de serviço. — É o trabalhador que se ocupada vigilância e controlo na entrada e saída de pessoase mercadorias. Poderá ter de executar pequenos serviçosdentro do estabelecimento, sem prejuízo do seu trabalhonormal.

    Ascensorista. — É o trabalhador que se ocupa da con-dução e asseio dos elevadores destinados ao transportede hóspedes, podendo substituir acidentalmente o baga-geiro e o mandarete.

    Mandarete (com mais de 18 anos e com menos de18 anos). — É o trabalhador que se ocupa da execuçãode recados e pequenos serviços dentro e fora do esta-belecimento, sob orientação do chefe da portaria oudo chefe da dependência a cujo o serviço se ache ads-trito. Pode ocupar-se da condução dos elevadores des-tinados ao transporte de hóspedes e clientes, assim comodo asseio dos mesmos e das zonas públicas do esta-belecimento.

    Guarda de vestiário. — É o trabalhador que se ocupado serviço de guarda de agasalhos e outros objectosdos hóspedes e clientes, podendo cumulativamente cui-dar da vigilância, conservação e asseio das instalaçõessanitárias e outras destinadas à clientela.

    5 — Andares

    Governante geral de andares. — É o trabalhador quesuperintende e coordena os trabalhos dos governantesde andares de rouparia/lavandaria e do encarregado delimpeza; na ausência destes, assegura as respectivastarefas.

    Governante de andares. — É o trabalhador que pro-videncia a limpeza e arranjos diários dos andares quelhe estão confiados, coordenando toda a actividade dopessoal sob as suas ordens; vigia a apresentação e otrabalho dos empregados de andares; ocupa-se da orna-mentação de jarras e supervisiona o arranjo, asseio edecoração das salas e zonas de convívio; examina o bomfuncionamento da aparelhagem eléctrica, sonora, tele-fónica e instalações sanitárias e o estado dos móveis,alcatifas e cortinados, velando pela sua conservação ousubstituição, quando necessária; mantém reserva de rou-pas e de material de limpeza e faz a sua distribuição;pode receber e acompanhar os hóspedes e fornece indi-cação ao pessoal acerca dos horários de preferênciadaqueles; verifica a ocupação dos quartos; guarda objec-tos esquecidos pelos clientes; atende as reclamações doshóspedes e superintende no tratamento da roupa declientes; envia diariamente relatório ao seu superior hie-rárquico. Na falta de governante de rouparia, dirige ecoordena o serviço de tratamento de roupas.

    Empregado de andares/quartos. — É o trabalhador quese ocupa do asseio, arranjo e decoração dos aposentosdos hóspedes, bem como dos locais de acesso e de estar,do recebimento e entrega de roupas aos hóspedes eainda da troca e tratamento de roupas de serviço. Cola-bora nos serviços de pequenos-almoços e ainda no for-necimento de pequenos consumos a utilizar pelos clien-tes nos quartos.

    6 — Mesas

    Chefe de mesa. — É o trabalhador que dirige e orientatodos os trabalhos da secção e distribui os respectivosturnos (grupos de mesa); elabora o horário de trabalho,tendo em atenção as necessidades do serviço e as dis-posições legais aplicáveis; estabelece, de acordo coma direcção, as quantidades de utensílios de mesa neces-sários à execução de um serviço eficiente, considerandoo movimento normal e a classe das refeições a fornecer,verificando ainda a sua existência mediante inventáriosperiódicos; acompanha ou verifica os trabalhos de lim-peza das salas, assegurando-se da sua perfeita higienee conveniente arrumação; providencia a limpeza regulardos utensílios de trabalho, orienta as preparações pré-vias, o arranjo das mesas para as refeições, dos móveisexpositores, de abastecimento e de serviço e asseguraa correcta apresentação exterior do pessoal; fornece ins-truções sobre a composição dos pratos e a eficiente exe-cução dos serviços. Nas horas de refeições recebe osclientes e acompanha-os às mesas, podendo atender osseus pedidos; acompanha o serviço de mesa, vigiandoa execução dos respectivos trabalhos; recebe as opiniõese sugestões dos clientes e suas eventuais reclamações,procurando dar a estas pronta e possível solução, quandojustificadas; colabora com os chefes de cozinha e depastelaria na elaboração das ementas das refeições elistas de restaurante, bem como nas sugestões para ban-quetes e outros serviços, tendo em atenção os gostosou preferências da clientela e as possibilidades técnicas

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/2007 2372

    do equipamento e do pessoal disponível. Pode ocupar-sedo serviço de vinhos e ultimação de especialidades culi-nárias. Pode ser encarregado de superintender nos ser-viços de cafetaria e copa e ainda na organização e fun-cionamento da cave do dia.

    Subchefe de mesa. — É o trabalhador que coadjuvao chefe de mesa no desempenho das funções respectivas,substituindo-o nas suas ausências ou impedimentos.

    Escanção. — É o trabalhador que se ocupa do serviçode vinhos e outras bebidas, verifica as existências nacave do dia, providenciando para que as mesmas sejammantidas. Durante as refeições apresenta a lista dasbebidas aos clientes e aconselha o vinho apropriado paraos diferentes pratos da ementa escolhida; serve ou pro-videncia para que sejam correctamente servidos osvinhos e bebidas encomendados. Guarda as bebidassobrantes dos clientes que estes pretendam consumirposteriormente; prepara e serve bebidas de aperitivoe sobremesa, colabora no arranjo das salas e na orga-nização e funcionamento de recepção e outros serviçosde bebidas. Pode ter de executar ou de acompanhara execução do inventário das bebidas existentes na cavedo dia. Possui conhecimentos aprofundados de enologia,tais como designação, proveniência, data da colheita egraduação alcoólica. Pode substituir o subchefe de mesanas suas faltas ou impedimentos.

    Controlador de «room service». — É o trabalhador queatende, coordena e canaliza o serviço para os quartosdos clientes. Tem a seu cargo o controle das bebidase alimentos destinados ao room service, mantendo-asqualitativa e quantitativamente ao nível prescrito peladirecção. Controla e regista diariamente as receitas doroom service. Tem de estar apto a corresponder a todasas solicitações que lhe sejam postas pelos clientes, peloque deverá possuir conhecimentos suficientes dos idio-mas francês e inglês, culinária e ementas praticadas.Esta função deve ser desempenhada por trabalhadorqualificado como empregado de mesa de 1.a ou de cate-goria superior, se não houver trabalhador especialmenteafecto ao desempenho desta função.

    Empregado de mesa de 1.a — É o trabalhadorque serve refeições e bebidas a hóspedes e clientes. Éo responsável por um turno de mesas. Executa ou cola-bora na preparação das salas e arranjos das mesas paraas diversas refeições, prepara as bandejas, carros de ser-viço e mesas destinadas às refeições e bebidas nos apo-sentos ou outros locais dos estabelecimentos. Acolhee atende os clientes, apresenta-lhes a ementa ou listado dia, dá-lhes explicações sobre os diversos pratos ebebidas e anota pedidos; serve os alimentos escolhidos;elabora ou manda emitir a conta dos consumos, podendoefectuar a sua cobrança. Segundo a organização e classedos estabelecimentos pode ocupar-se, só ou com a cola-boração de um empregado, de um turno de mesa, ser-vindo directamente aos clientes ou, por forma indirecta,utilizando carros ou mesas móveis; espinha peixes, trin-cha carnes e ultima a preparação de certos pratos; podeser encarregado da guarda e conservação de bebidasdestinadas ao consumo diário da secção e de procederà reposição da respectiva existência. No final das refei-ções procede ou colabora na arrumação da sala, trans-porte e guarda de alimentos e bebidas expostos paravenda ou serviço e dos utensílios de uso permanente.

    Colabora na execução dos inventários periódicos e velapela higiene dos utensílios. Poderá acidentalmente subs-tituir o escanção ou subchefe de mesa.

    Empregado de mesa de 2.a — É o trabalhador queserve refeições e bebidas a hóspedes e clientes, ajudandoou substituindo o empregado de mesa de 1.a; colaborana arrumação das salas e no arranjo das mesas e velapela limpeza dos utensílios; cuida do arranjo dos apa-radores e do seu abastecimento com os utensílios e pre-parações necessários ao serviço; executa quaisquer ser-viços preparatórios na sala, tais como troca de roupas;auxilia nos preparos do ofício e auxilia ou executa oserviço de pequenos-almoços nos aposentos e outroslocais do estabelecimento. Regista e transmite à cozinhaos pedidos feitos pelos clientes. Pode emitir as contasdas refeições e consumos e cobrar as respectivasimportâncias.

    Marcador de jogos. — É o trabalhador que se encar-rega do recinto onde se encontram jogos de sala;conhece o funcionamento e regras dos jogos praticadosno estabelecimento. Presta esclarecimentos aos clientessobre esses mesmos jogos. Eventualmente pode ter deexecutar serviços de balcão e bandeja.

    Empregado de refeitório. — É o trabalhador que serveas refeições aos trabalhadores, executa trabalhos de lim-peza e arrumação e procede à limpeza e tratamentodas loiças, vidros de mesa e utensílios de cozinha.

    7 — Bar

    Supervisor de bares. — É o trabalhador que coordenae supervisiona o funcionamento de bares e boîtes soborientação do director ou assistente de direcção res-ponsável pelo sector de comidas e bebidas, quandoexista, e a quem deverá substituir nas respectivas faltasou impedimentos. É o responsável pela gestão dos recur-sos humanos e materiais envolvidos, pelos inventáriosperiódicos e permanentes dos artigos de consumo eutensílios de serviço afectos à exploração, pela elabo-ração das listas de preços e pela manutenção do estadode asseio e higiene das instalações e utensilagem, bemcomo pela respectiva conservação.

    Chefe de bar. — É o trabalhador que superintendee executa os trabalhos de bar.

    «Barman» de 1.a — É o trabalhador que prepara eserve bebidas simples ou compostas, cuida da limpezae arranjo das instalações do bar e executa as preparaçõesprévias ao balcão; prepara cafés, chás e outras infusõese serve sanduíches, simples ou compostas, frias ou quen-tes. Elabora ou manda emitir as contas dos consumos,observando as tabelas de preços em vigor, e procedeao respectivo recebimento. Colabora na organização efuncionamento de recepções, de banquetes, etc. Podecuidar do asseio e higiene dos utensílios de preparaçãoe serviço de bebidas. Pode proceder à requisição dosartigos necessários ao funcionamento e à reconstituiçãodas existências; procede ou colabora na execução deinventários periódicos do estabelecimento ou secção.

    «Barman» de 2.a — É o trabalhador que colabora como barman de 1.a, executando as suas funções. Cuidada limpeza e higiene dos utensílios de preparação eserviço de bebidas.

  • Bol. Trab. Emp., 1.a série, n.o 26, 15/7/20072373

    8 — Balcão

    Chefe de balcão. — É o trabalhador que superintendee executa os trabalhos de balcão.

    Empregado de balcão de 1.a e de 2.a — É o trabalhadorque atende e serve os clientes em restaurantes e simi-lares, executando o serviço de cafetaria próprio da sec-ção de balcão. Prepara embalagens de transporte paraserviços ao exterior, cobra as respectivas importânciase observa as regras e operações de controle aplicáveis;atende e fornece os pedidos dos empregados de mesa,certificando-se previamente da exactidão dos registos,e verifica se os produtos ou alimentos a fornecer cor-respondem em qualidade, quantidade e apresentaçãoaos padrões estabelecidos pela gerência do estabeleci-mento; executa com regularidade a exposição em pra-teleiras e montras dos produtos para venda; procedeàs operações de abastecimento; elabora as necessáriasrequisições de víveres, bebidas e outros produtos a for-necer pela secção própria ou procede à sua aquisiçãodirecta aos fornecedores; efectua ou manda executaros respectivos pagamentos, dos quais presta contas dia-riamente à gerência; executa ou colabora nos trabalhosde limpeza e arrumação das instalações, bem como naconservação e higiene dos utensílios de serviço; efectuaou colabora na realização dos inventários periódicos dasecção. Pode substituir o controlador nos seus impe-dimentos e ausências.

    Empregado de gelados. — É o trabalhador que con-fecciona os gelados e abastece os balcões ou máquinasde distribuição. Serve os clientes. Compete-lhe cuidardo asseio e higiene dos produtos, equipamentos e demaisutensilagem, bem como das instalações. Pode eventual-mente colaborar no serviço de refeições e bebidas.

    Ajudante de balcão. — É o trabalhador que, termi-nado o período de prática, colabora com o empregadode balcão, podendo substituí-lo na sua ausência,enquanto não ascende a esta categoria.

    9 — Snack-bar e self-service

    Chefe de «snack». — É o trabalhador que chefia,orienta e vigia o pessoal a seu cargo, fiscaliza os arranjose preparação de mesas frias, gelados, cafetaria e deoutros sectores de serviço; colabora com o chefe dacozinha na elaboração das ementas; orienta e vigia aexecução dos trabalhos e preparação do serviço; super-visiona o fornecimento das refeições e atende os clientes,dando-lhes explicações sobre os diversos pratos e bebi-das; anota os pedidos, regista-os e transmite-os às res-pectivas secções. Define as obrigações de cada com-ponente de brigada, distribui os respectivos turnos eelabora os horários de trabalho, tendo em atenção asnecessidades da secção. Acompanha e verifica os tra-balhos de limpeza da secção, assegurando-se da sua per-feita higiene e conveniente arrumação.

    Chefe de «self-service». — É o trabalhador que nosestabelecimentos de serviço directo ao público (self-ser-vice) chefia o pessoal, orienta e vigia a execução dostrabalhos e preparação do serviço e supervisiona o for-necimento das refeições, podendo fazer a requisição dosgéneros necessários à sua confecção. Executa ou cola-bora na realização de inventários regulares ou per-manentes.

    Empregado de «snack» de 1.a — É o trabalhador queatende os clientes, anota os pedidos e serve refeiçõese bebidas, cobrando as respectivas importâncias. Ocu-pa-se da limpeza e preparação dos balcões, mesas eutensílios de trabalho. Colabora nos trabalhos de con-trolo e na realização dos inventários periódicos e per-manentes exigidos pela exploração. Emprata pratos friose confecciona e serve gelados.

    Empregado de «snack» de 2.a — É o trabalhador quecolabora com o empregado de snack de 2.a, executandoas funções definidas para este.

    Empregado de balcão/mesa de «self-service». É o tra-balhador que serve refeições e bebidas. Ocupa-se dapreparação e limpeza dos balcões, salas, mesas e uten-sílios de trabalho. Abastece os balcões de bebidas e comi-das confeccionadas e colabora nos trabalhos de controloexigidos pela exploração.

    Ajudante de «snack». — É o trabalhador que, termi-nado o período de prática, colabora com o empregadode snack enquanto não ascende a esta categoria,podendo substitui-lo na sua ausência.

    10 — Cozinha

    Chefe de cozinha. — É o trabalhador que organiza,coordena, dirige e verifica os trabalhos da cozinha egrill nos restaurantes, hotéis e estabelecimentos simi-lares; elabora ou contribui para a elaboração das emen-tas e das listas de restaurantes com uma certa ante-cedência, tendo em atenção a natureza e o número depessoas a servir, os víveres existentes ou susceptíveisde aquisição e outros factores, e requisita às secçõesrespectivas os géneros de que necessita para a sua con-fecção; dá instruções ao pessoal da cozinha sobre a pre-paração e confecção dos pratos, tipos de guarnição equantidades a servir, cria receitas e prepara especia-lidades; acompanha o andamento dos cozinhados; asse-gura-se