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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba Diretoria Jurídica - Gerência de Pesquisa Jurídica Diretoria Jurídica - Gerência de Pesquisa Jurídica Nº 40 Nº 40 2016 2016 15 DE AGOSTO 15 DE AGOSTO Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos gabinetes dos Eminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de Uniformização de Jurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores, com matérias relacionadas à competência da justiça estadual, como também notícias e recomendações do Conselho Nacional de Justiça. Jurisprudência TJPB Jurisprudência TJPB EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 0000321-85.2016.815.0000 – Rel. Exmo Des. José Ricardo Porto – j. 12 de julho de 2016. PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO. SUPOSTA OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. NÃO CARACTERIZAÇÃO. IRRESIGNAÇÃO QUE ATACA FUNDAMENTO ESPECÍFICO DO DECISUM GUERREADO. REJEIÇÃO DA PREFACIAL. - O princípio da dialeticidade exige que os recursos ataquem os fundamentos específicos das decisões que objetivam impugnar. - No caso em debate, extraio que o agravo interno desenvolveu uma linha discursiva, rebatendo fundamento específico do decisum agravado. AGRAVO INTERNO. CAUTELAR INOMINADA. AÇÃO ORDINÁRIA. DISCUSSÃO ACERCA DE ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA DE CÂMARA MUNICIPAL. TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA NO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. CASSAÇÃO ATRAVÉS DE ACÓRDÃO TRANSITADO EM JULGADO LANÇADO EM IRRESIGNAÇÃO INSTRUMENTAL. SENTENÇA. ACOLHIMENTO DO PEDIDO. CONCESSÃO DE NOVA MEDIDA ANTECIPATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO INOVADORA NÃO DISCUTIDA NA INSATISFAÇÃO DE INSTRUMENTO. RECURSO QUE NÃO PERDEU O OBJETO. PREVALÊNCIA DO JULGAMENTO DESTA CORTE QUANTO A LIMINAR. INAPLICABILIDADE DO INCISO VII, DO ART. 520, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. APELAÇÃO CÍVEL QUE DEVE SER RECEBIDA EM AMBOS OS EFEITOS. MEDIDA EMERGENCIAL DEFERIDA NESSE SENTIDO. DESPROVIMENTO DA SÚPLICA REGIMENTAL. - Apesar de não ter sido devolvido ao Órgão Colegiado através deste agravo interno, destaco que os efeitos do recurso apelatório devem obedecer as regras do Código de Processo Civil de 1973, porquanto aquela irresignação foi interposta em face de sentença publicada antes da vigência do novo CPC. - “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na for- ma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.” (Enunci- ado Administrativo no 02 do Superior Tribunal de Justiça). - Restando reformada a tutela antecipada concedida no primeiro grau de jurisdição quando do julgamento por esta Corte de agravo de instrumento, já transitado em julgado, posterior sentença de resolução meritória não pode considerar prejudicada aquela decisão e conceder nova medida antecipatória. - Na parte do decreto sentencial reservado para o deferimento da antecipação de tutela, o Magistrado a quo sequer justificou e indicou, de forma específica, o seu agasalhamento com

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BOLETIM DE JURISPRUDÊNCIABOLETIM DE JURISPRUDÊNCIA

Tribunal de Justiça do Estado da ParaíbaTribunal de Justiça do Estado da ParaíbaDiretoria Jurídica - Gerência de Pesquisa JurídicaDiretoria Jurídica - Gerência de Pesquisa Jurídica

Nº 40Nº 4020162016

15 DE AGOSTO15 DE AGOSTO

Este boletim tem caráter informativo. É elaborado a partir de acórdão selecionado junto aos gabinetes dosEminentes Desembargadores e dos julgados resultantes dos processos de Uniformização deJurisprudência do TJPB. Apresenta também notícias e súmulas editadas pelos Tribunais Superiores, commatérias relacionadas à competência da justiça estadual, como também notícias e recomendações doConselho Nacional de Justiça.

Jurisprudência TJPBJurisprudência TJPB

EMBARGOS DE DECLARAÇÃOEMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 0000321-85.2016.815.0000 – Rel. Exmo Des. José RicardoPorto – j. 12 de julho de 2016.

PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO. SUPOSTAOFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. NÃOCARACTERIZAÇÃO. IRRESIGNAÇÃO QUE ATACA FUNDAMENTOESPECÍFICO DO DECISUM GUERREADO. REJEIÇÃO DA

PREFACIAL. - O princípio da dialeticidade exige que os recursos ataquem os fundamentos específicos dasdecisões que objetivam impugnar. - No caso em debate, extraio que o agravo interno desenvolveu umalinha discursiva, rebatendo fundamento específico do decisum agravado. AGRAVO INTERNO. CAUTELARINOMINADA. AÇÃO ORDINÁRIA. DISCUSSÃO ACERCA DE ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA DE CÂMARAMUNICIPAL. TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA NO PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO. CASSAÇÃOATRAVÉS DE ACÓRDÃO TRANSITADO EM JULGADO LANÇADO EM IRRESIGNAÇÃO INSTRUMENTAL.SENTENÇA. ACOLHIMENTO DO PEDIDO. CONCESSÃO DE NOVA MEDIDA ANTECIPATÓRIA.IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO INOVADORA NÃO DISCUTIDA NA INSATISFAÇÃODE INSTRUMENTO. RECURSO QUE NÃO PERDEU O OBJETO. PREVALÊNCIA DO JULGAMENTO DESTACORTE QUANTO A LIMINAR. INAPLICABILIDADE DO INCISO VII, DO ART. 520, DO CÓDIGO DEPROCESSO CIVIL DE 1973. APELAÇÃO CÍVEL QUE DEVE SER RECEBIDA EM AMBOS OS EFEITOS.MEDIDA EMERGENCIAL DEFERIDA NESSE SENTIDO. DESPROVIMENTO DA SÚPLICA REGIMENTAL. -Apesar de não ter sido devolvido ao Órgão Colegiado através deste agravo interno, destaco que os efeitosdo recurso apelatório devem obedecer as regras do Código de Processo Civil de 1973, porquanto aquelairresignação foi interposta em face de sentença publicada antes da vigência do novo CPC. - “Aos recursosinterpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016)devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na for- ma nele prevista, com as interpretações dadas,até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.” (Enunci- ado Administrativo no 02 doSuperior Tribunal de Justiça). - Restando reformada a tutela antecipada concedida no primeiro grau dejurisdição quando do julgamento por esta Corte de agravo de instrumento, já transitado em julgado,posterior sentença de resolução meritória não pode considerar prejudicada aquela decisão e concedernova medida antecipatória. - Na parte do decreto sentencial reservado para o deferimento da antecipaçãode tutela, o Magistrado a quo sequer justificou e indicou, de forma específica, o seu agasalhamento com

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base na existência de fatos ou teses jurídicas novas capazes de, supostamente, permitir a suareapreciação, limitando-se, tão somente, a afirmar que a irresignação instrumental perdeu o seu objeto. -“A superveniência da sentença proferida pelo juízo a quo não acarreta a perda do objeto do agravo, umavez que ele já se encontrava julgado pelo tribunal, não podendo aquele decisum, portanto, modificar ojulgamento ocorrido anteriormente” (TRF 1a R. EDcl-EDcl-AI 2008.01.00.021862- 4. AC. Quinta Turma. Rel.Des. Fed. Fagundes de Deus. J. em 17/11/2010). - “Restando infirmado o provimento singular queantecipara os efeitos da tutela perseguida, porquanto reformado via de acórdão transitado em julgado, nãosubsiste antecipação de tutela passível de ser ratificada pela sentença, não afigurando-se viável, ademais,na contramão da regulação procedimental, se reprisar a medida antecipatória indeferida no trânsitoprocessual por ocasião da resolução do mérito..” (TJDF. AI no 20150020221474. Rel. Des. Teófilo Caetano.J. em 21/10/2015).

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APELAÇÃO CRIMINALAPELAÇÃO CRIMINAL Nº 0000402-56.2015.815.1071 – Rel. Exmo. Des. Carlos Martins Beltrão Filho – j. 19 de fevereiro de2016.

APELAÇÃO CRIMINAL. SENTENÇA CONDENATÓRIA EM ROUBO QUALIFICADO. RECURSO. PRAZO.FLUÊNCIA APÓS A ÚLTIMA INTIMAÇÃO. PATROCÍNIO POR ADVOGADO CONSTITUÍDO.INOBSERVÂNCIA DO LAPSO RECURSAL DE CINCO DIAS. NÃO CONHECIMENTO PELAINTEMPESTIVIDADE. CONCESSÃO, ENTRETANTO, DE HABEAS CORPUS DE OFÍCIO PARARECONHECIMENTO DO CONCURSO FORMAL. REDUÇÃO DAS PENAS. MODIFICAÇÃO DO REGIMEINICIAL DE CUMPRIMENTO. 1. Impõe-se não conhecer do apelo, quando o oferecimento deste poradvogado constituído é feito após o transcurso do quinquídio legal, que flui a partir da última intimação. 2.Possibilidade de concessão de habeas corpus de ofício fundamenta o reconhecimento do concursoformal, com redução das penas e adequação do regime inicial de cumprimento de pena.

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MANDADO DE SEGURANÇAMANDADO DE SEGURANÇA

Nº 0000344-65.2015.815.0000 – Rel. Exmo. Des. Leandro dos Santos – j. 24 de fevereiro de 2016.

MANDADO DE SEGURANÇA. AGENTE DE INVESTIGAÇÃO APOSENTADO E PENSIONISTA.GRATIFICAÇÃO BOLSA DESEMPENHO. CLASSE DE SERVIDORES NÃO ABRANGIDA PELA NORMAESTADUAL. VERBA DESTINADA AOS DELEGADOS E PERITOS OFICIAIS DA POLÍCIA CIVIL.SERVIDORES EM EFETIVO EXERCÍCIO NO PODER EXECUTIVO. NATUREZA PROPTER LABOREM.IMPOSSIBILIDADE DE EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS. PRECEDENTES DOTJPB. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. DENEGAÇÃO DA ORDEM. - A Bolsa de DesempenhoProfissional, benefício previsto na Lei no 9.833/2011 e regulamentado pelo Decreto no 33.686/2013,constitui vantagem eventual, concedida a determinadas categorias da Polícia Civil que desempenhem suasatividades efetivamente no Poder Executivo, possuindo caráter propter laborem, razão pela qual não podeser estendida aos inativos e pensionistas. - Nos moldes do art. 3o, da Lei no 9.833/2011, a Bolsa deDesempenho Profissional não se incorpora ao vencimento do servidor, bem como não pode ser utilizadacomo base de cálculo para contribuição previdenciária ou para proventos de aposentadoria e de pensão.

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Fonte: TJPB.

Notícias TJPBNotícias TJPB

- TJPB escolhe listas tríplices para vagas de Juristas no TRE-PB Leia mais...

- Pleno do TJPB aprova instalação da comarca do Conde Leia mais...

- Mutirão para julgar casos de violência doméstica começa nesta segunda no Fórum de MangabeiraLeia mais...

- Relatório do Fórum Orçamentário é apresentado ao presidente do TJPB Leia mais...

- Treinamento sobre o Sistema de Ponto Eletrônico terá início nesta segunda (15) Leia mais...

Fonte: Portal do TJPB.

LegislaçãoLegislação

LEI Nº 13.330, DE 2 DE AGOSTO DE 2016.

Altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tipificar, de formamais gravosa, os crimes de furto e de receptação de semovente domesticável de produção, aindaque abatido ou dividido em partes.

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DECRETO Nº 8.828, DE 2 DE AGOSTO DE 2016

Altera o Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004, que regulamenta a comercialização de energiaelétrica, o processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de energia elétrica.

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LEI Nº 13.329, DE 1º DE AGOSTO DE 2016.

Altera a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para osaneamento básico, para criar o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento doSaneamento Básico - REISB, com o objetivo de estimular a pessoa jurídica prestadora de serviçospúblicos de saneamento básico a aumentar seu volume de investimentos, por meio da concessãode créditos relativos à contribuição para o Programa de Integração Social - PIS e para o Programa

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de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP e à Contribuição para Financiamento daSeguridade Social - COFINS.

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Fonte: Planalto.

Notícias STF*Notícias STF*

Recurso que discute crime por fuga do local de acidente tem repercussãogeral

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar a constitucionalidadedo artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que tipifica como crime afuga do local de acidente. A matéria será debatida no Recurso Extraordinário

(RE) 971959, de relatoria do ministro Luiz Fux, que teve repercussão geral reconhecida, por unanimidade,no Plenário Virtual da Corte.

No caso dos autos, um condutor fugiu do local em que colidiu com outro veículo e foi condenado, combase no artigo 305 do CTB, a 8 meses de detenção, pena substituída por restritiva de direitos. Em recursode apelação, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) se pronunciou pela absolvição, sob oentendimento de quem ninguém é obrigado a produzir provas contra si. Segundo o acórdão do TJ-RS, odispositivo do CTB é inconstitucional, pois a simples presença no local do acidente representaria violaçãoda garantia de não autoincriminação, prevista no artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal. Noacórdão ficou ressalvado que a não permanência, no caso dos autos, não representou omissão desocorro, prevista no artigo 304 do Código de Trânsito.

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Mantida decisão que garantiu atendimento a alunos com necessidades especiais na PB

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, manteve decisão doTribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) que havia determinado ao Município de João Pessoa (PB) acontratação de profissionais para o cuidado psicopedagógico de um grupo de alunos com necessidadesespeciais. Ao indeferir o pedido de Suspensão de Liminar (SL) 941, o ministro destacou que o municípionão demonstrou no pedido que as contratações ameaçam as finanças locais.

“O Município de João Pessoa não logrou êxito em comprovar o risco de grave lesão aos valoresprotegidos pela norma em regência”, afirmou. Segundo ele, o próprio pedido admite, em suaargumentação, que a determinação implica gastos próximos ao limite de despesa com pessoal impostopela Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas sem ultrapassar esse limite.

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Competência para julgar contas de prefeito é da Câmara de Vereadores, decide STF

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou na sessão plenária desta quarta-feira (10) ojulgamento conjunto dos Recursos Extraordinários (REs) 848826 e 729744, ambos com repercussão geral

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reconhecida, que discutiam qual o órgão competente – se a Câmara de Vereadores ou o Tribunal deContas – para julgar as contas de prefeitos, e se a desaprovação das contas pelo Tribunal de Contas gerainelegibilidade do prefeito (nos termos da Lei da Ficha Limpa), em caso de omissão do Poder Legislativomunicipal. Por maioria de votos, o Plenário decidiu, no RE 848826, que é exclusivamente da CâmaraMunicipal a competência para julgar as contas de governo e as contas de gestão dos prefeitos, cabendoao Tribunal de Contas auxiliar o Poder Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, quesomente poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos vereadores.

O julgamento conjunto foi concluído nesta quarta-feira, mas as teses de repercussão geral somente serãodefinidas em outra sessão. No RE 848826, prevaleceu a divergência aberta pelo presidente do STF,ministro Ricardo Lewandowski, que será o responsável pelo acórdão. Segundo ele, por força daConstituição, são os vereadores quem detêm o direito de julgar as contas do chefe do Executivomunicipal, na medida em representam os cidadãos. A divergência foi seguida pelos ministros GilmarMendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Marco Aurélio e Celso de Mello. Ficaram vencidos o relator, ministroLuís Roberto Barroso, e mais quatro ministros que o acompanhavam: Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fuxe Dias Toffoli.

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Nova resolução institui julgamento de agravos e embargos em ambiente virtual

Já está em vigor a Resolução 587/2016, do Supremo Tribunal Federal, que determina que os agravosinternos e embargos de declaração poderão, a critério do relator, ser submetidos a julgamento emambiente eletrônico, observadas as respectivas competências das Turmas ou do Plenário. A norma queregulamenta o assunto, editada pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, foi publicada noDiário da Justiça Eletrônico (DJe) do STF de 3 de agosto.

A alteração é fruto da Emenda Regimental 51, aprovada em 22 de junho deste ano em sessãoadministrativa do STF. As sessões virtuais serão realizadas semanalmente, com início às sextas-feiras,respeitado o prazo de cinco dias úteis exigido pelo artigo 935 do Código de Processo Civil entre a data dapublicação da pauta no DJe, com divulgação da lista no site da Corte, e o início do julgamento.

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Somente a União pode legislar sobre bloqueadores de sinal de celular em presídios, decide STF

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade de normas estaduais queobrigam empresas de telefonia móvel a instalarem equipamentos para o bloqueio do serviço de celular empresídios. Por maioria de votos, os ministros julgaram procedentes cinco Ações Diretas deInconstitucionalidade (ADIs) ajuizadas sobre o tema, por entenderem que os serviços de telecomunicaçõessão matéria de competência privativa da União e não dos estados federados.

A Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) é autora das ADIs 5356, 5327, 5253, 4861 e 3835,respectivamente referentes aos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e MatoGrosso. Para a entidade, as normas questionadas usurpam competência legislativa privativa da União,prevista nos artigos 21 (inciso XI) e 22 (inciso IV) da Constituição Federal.

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Fonte: Supremo Tribunal Federal

Notícias STJ*Notícias STJ*

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Aumentado valor de danos morais por acidenteocorrido em rodovia

Os ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal deJustiça (STJ) decidiram estabelecer em R$ 65 mil ovalor de indenização por danos morais devido a umhomem que sofreu acidente causado por caminhãode uma empresa transportadora na Avenida Brasil, noRio de Janeiro.

De forma unânime, o colegiado também entendeu existir responsabilidade pelo acidente da empresa quecontratou os serviços da transportadora, a Sadia S/A.

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Reparo posterior à entrega não interrompe prescrição para devolução de equipamento

Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitaram recurso de uma fábricacondenada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) devido à venda de uma máquina industrial decorte defeituosa.

Inicialmente o juízo de primeiro grau havia julgado extinto o processo, sem analisar o mérito da causa. Omagistrado entendeu que havia ocorrido prescrição do direito de ingressar com a ação que alegou vícioredibitório (com o objetivo de rescindir o contrato de compra da máquina, por entender que elaapresentava defeito não verificável no ato da aquisição).

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Neto não pode propor ação de paternidade contra suposto avô em nome da mãe falecida

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que netos não têm legitimidade para proporação declaratória de paternidade em nome da mãe falecida, objetivando o reconhecimento de vínculosocioafetivo entre ela e seus supostos avós, quando em vida a genitora tinha plena capacidade civil, masnão solicitou a filiação. A decisão unânime teve como relator o ministro Marco Aurélio Bellizze.

O caso teve início quando três irmãos ingressaram com ação para o reconhecimento de paternidadesocioafetiva em nome da mãe falecida aos 57 anos de idade. Segundo os autos, ela teria sido criada comofilha por um casal.

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Júri pode condenar por motivo diverso da denúncia, desde que existam provas

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso de homem condenado por júripopular à pena de 14 anos de reclusão, por ter atropelado e matado um morador de rua, em 2009.

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A defesa pediu a anulação do júri, com o argumento de que a decisão havia sido tomada com base emprovas contrárias aos autos do processo. No caso analisado, o homem fora condenado por dolo eventual.A denúncia do Ministério Público buscava a condenação por crime com intenção de matar, dolo direto.

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É impenhorável o imóvel residencial, mesmo não sendo o único bem da família

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reafirmou ser impenhorável o imóvel que não é oúnico de propriedade da família, mas serve de efetiva residência ao núcleo familiar.

Em decisão unânime, o colegiado deu provimento ao recurso especial de uma mãe, que não se conformoucom o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O tribunal paulista havia mantido a penhora doimóvel efetivamente utilizado como residência pela família, por ter reconhecido a existência de outro bemde sua propriedade, porém de menor valor.

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Definida responsabilidade por indenizar vítima de bala perdida em shopping

Vítima atingida por bala perdida dentro de shopping center, durante recolhimento de malotes de dinheiroem supermercado que ficava dentro do centro de compras, deve ser indenizada tanto pelo shopping epela transportadora, como também pelo supermercado de onde o dinheiro era retirado. A decisão é daQuarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A responsabilidade do supermercado Sonda foi discutida pelo STJ após recurso do estabelecimento, quecontesta decisão de juiz do primeiro grau. O magistrado, além de homologar acordo entre a vítima, oShopping Zaffari e a empresa Protege, determina ao supermercado o pagamento de indenização por danomoral.

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Admissão sem concurso não caracteriza crime punível pela Lei de Improbidade

Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformaram acórdão do Tribunal deJustiça de São Paulo (TJSP) que condenou prefeita por improbidade administrativa após a contratação de106 funcionários sem concurso público.

Para os ministros, não é possível condenar o gestor com base na Lei de Improbidade Administrativa (Lei8.429/92) sem que haja a comprovação de dolo (intenção ou assunção de risco em violar norma legal) naconduta do agente público.

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É abusiva cláusula de plano que restringe exame pedido por médico conveniado

É abusiva a cláusula contratual que restringe autorização para realização de exames, diagnósticos e

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internações a pedido de médicos conveniados a plano de saúde. O entendimento é da Quarta Turma doSuperior Tribunal de Justiça (STJ).

A controvérsia surgiu depois que um médico de Mato Grosso procurou o Ministério Público (MP) estadual.O profissional alegou que seu paciente, beneficiário da Unimed Cuiabá, era portador de tumor cerebral enecessitava realizar ressonância nuclear magnética e diversos exames hormonais. Todavia, estava tendodificuldade em conseguir as autorizações para a realização dos exames solicitados.

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Empregado público também tem direito à remoção para acompanhar o cônjuge

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, que o direito do servidorpúblico à remoção para acompanhamento de cônjuge, previsto na Lei 8.112/90, alcança também osempregados públicos federais, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O caso relatado pelo ministro Benedito Gonçalves envolveu um auditor fiscal da Receita Federal quebuscava acompanhar sua esposa transferida por necessidade do serviço. A mulher do servidor éempregada pública federal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

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Estupro de vulnerável pode ser caracterizado ainda que sem contato físico

Uma decisão unânime da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ratificou o conceito utilizadopelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) para considerar legítima denúncia por estupro devulnerável, mesmo sem contato físico do agressor com a vítima.

No caso analisado, uma menina de dez anos foi levada a um motel por terceiros e forçada a tirar a roupana frente de um homem, que pagou R$ 400 pelo encontro, além de comissão à irmã da vítima. Segundo adenúncia, o evento se repetiu.

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Valor recebido de boa-fé por erro da administração não deve ser devolvido

É incabível a devolução de valores percebidos por segurada de boa-fé por força de interpretação errônea,má aplicação da lei ou erro da administração. Com esse entendimento, a Segunda Turma do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) acolheu pedido de beneficiária do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) paraafastar a devolução dos valores recebidos por ela a título de auxílio-doença.

No caso, a segurada teve deferido o benefício de auxílio-doença no ano de 2002, devendo perdurar até30/9/2002. Ocorre que, por erro administrativo, o benefício não foi cessado na data prevista, tampouco foifeita nova perícia. Verificando sua falha, o INSS determinou que a segurada fizesse nova inspeção médica,em que ficou constatada a cessação definitiva da incapacidade.

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Entra em vigor no Brasil a Convenção da Apostila da Haia

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Fonte: Superior Tribunal de Justiça

Súmulas STJ*Súmulas STJ*

SÚMULA 579

Não é necessário ratificar o recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos dedeclaração, quando inalterado o resultado anterior.

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Notícias do CNJ*Notícias do CNJ*

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