boletim das be do aeghd
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Boletim das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas General Humberto Delgado sobre o Acordo Ortográfico.TRANSCRIPT
Este boletim da Biblioteca/Centro de Recursos da
Escola Secundária/3 José Cardoso Pires e da Biblioteca/Centro
de Recuros da Escola Básica 2,3 General Humberto Delgado,
Agrupamento de Escolas General Humberto Delgado
com sede na Escola Secundária/3 José Cardoso Pires,
tem o número 90,
sendo datado de Setembro de 2011.
Foi realizado pelo professor João Carlos Costa,
tendo sido efectuadas 80 cópias.
Professor Bibliotecário: professor João Carlos Costa
Equipas das bibliotecas EBGHD e ESJCP 2011/2012:
professoras Ana Paulina Pascoal (ESJCP), Ana Ribeiro (ESJCP),
Clementina Marques (EBGHD), Isabel Oliveira (EBGHD), José
Ferreira (EBGHD), Maria do Carmo Costa (ESJCP)
Tema: O Acordo Ortográfico
Página Internet da BE/CRE em:
http://bibesjcp.no.sapo.pt
Blogue da BE/CRE em:
http://becre-esjcp.blogspot.com
Catálogo online:
http://loures.bibliotecasescolares.net
092011
Boletim 90Agrupamento de Escolas GHD
FONTES UTILIZADAS:
PORTAL DA LÍNGUA PORTUGUESA [EM LINHA]. LISBOA: INSTITUTO DE LINGUÍSTICA TEÓRICA E
COMPUTACIONAL, [2009]. [CONSULT. 2011-07-06]. DISPONÍVEL NA WWW: <URL:HTTP://WWW.PORTALDALINGUAPORTUGUESA.ORG/>.
ACORDO ORTOGRÁFICO [EM LINHA]. COVILHÃ: BIBLIOTECA DA ESCOLA SECUNDÁRIA QUINTA
DAS PALMEIRAS, [2011]. [CONSULT. 2011-07-06]. DISPONÍVEL NA WWW: <URL:HTTP://PT.SCRIBD.COM/DOC/50940445/ACORDO-ORTOGRAFICO/>.
As letras k (cápa ou cá), w(dáblio) e y (ípsilon), que atéagora não eram consideradasparte do alfabeto do português,são agora nele incluídas. Noentanto, o uso destas letras não
sofre qualquer mudança, conti-nuando a usar-se apenas empalavras com origem noutraslínguas e nas palavras que delasderivam.
O ACORDOORTOGRÁFICO
Português (VOP), tendo sido submetido aoFundo da Língua Portuguesa, orgão que reúneseis ministérios (Ministério dos NegóciosEstrangeiros, que lhe preside, e Ministériosdas Finanças, da Cultura, da Educação, daCiência, Tecnologia e Ensino Superior, e dosAssuntos Parlamentares), e que é gerido peloInstituto Português de Apoio aoDesenvolvimento (IPAD).O VOP, na sua primeira edição, é composto por211 000, para além de um VocabulárioOnomástico e versões atualizadas doDicionário de Gentílicos e Topónimos e doDicionário de Estrangeirismos, estando pre-vista a sua ampliação em futuras edições.Foi criado um portal, intitulado Portal daLíngua Portuguesa, que pode ser visitado em:http://www.portaldalinguaportuguesa.org/Existe ainda um conversor de textos quesuporta diversos formatos, chamado Lince,que pode também ser descarregado gratuita-mente e instalado nos computadores pes-soais:http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lince
O A
CO
RD
O E
O V
OC
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UL
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UA
PO
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UG
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Este boletim destina-se a identificar edescrever as regras de escrita que mudamcom o Acordo Ortográfico de 1990 face aoAcordo de 1945, vigente em Portugal,PALOP e Timor, e face ao FormulárioOrtográfico de 1943, em uso no Brasil.A 13 de maio de 2009 foi efetuado o depósi-to legal do Instrumento de Ratificação doAcordo Ortográfico de 1990, tendo nessadata entrado em vigor em Portugal oAcordo Ortográfico da Língua Portuguesa(AO), que também já tido sido implementa-do noutros países de língua oficial por-tuguesa. O texto do AO, sendo um documento le-gislativo, suscita ao leitor muitas dúvidas.Para além de conter omissões ou con-tradições internas, nem sempre os exem-plos fornecidos esclarecem quem sededicar a lê-lo.Com a finalidade de proporcionar aocidadão português alguns esclarecimentossobre a aplicação do AO, e ao mesmotempo dar alguns exemplos mais claros dasalterações que foram introduzidas, foi cria-do o projecto Vocabulário Ortográfico do
Texto parcialmente retirado da Introdução existente no Portal da Língua Portuguesa
Vamos agora identificar e exemplificar as principais mudanças naortografia da língua portuguesa, baseando-nos nas indicações do Portal,
na esperança de esclarecer as dúvidas que poderão surgir.
O alfabeto
Exemplos: darwinismo
kantianowindsurfista
washingtonianoyoga
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Emprego de acento agudo oude acento circunflexo no uni-verso da língua portuguesaPalavras esdrúxulas (proparoxítonas)
Encontramos também divergênciasde timbre nas palavras esdrúxulasque têm vogais tónicas e e o, seguidasdas consoantes nasais m e n, uma vezque em Portugal essas vogais sãoabertas e em grande parte do Brasilsão de timbre fechado. São legítimasas duas variantes.
Palavras graves (paroxítonas)
Palavras agudas (oxítonas)
Vogal o final com variação de sílaba
tónica
Norma lusoafricana académico, biénio, efémero, gémeo,género, génese, oxigénioNorma brasileiraacadêmico, biênio, efêmero, gêmeo,gênero, gênese, oxigênio
Norma lusoafricanaagronómico, barómetro, cómico, crónico,homónimo, matrimónioNorma brasileiraagronômico, barômetro, cômico, crônico,homônimo, matrimônio
Norma lusoafricanafémur, Fénix, ténis, Vénus, xénonNorma brasileirafêmur, Fênix, tênis, Vênus, xênon
Norma lusoafricanaabdómen, Adónis, bónus, ónix, ónus,póneiNorma brasileiraabdômen, Adônis, bônus, ônix, ônus,pônei
Norma lusoafricanacaraté, bebé, croché, matiné, puré, cocó,róNorma brasileiracaratê, bebê, crochê, matinê, puré, cocô,rô
Norma lusoafricanajudo, metroNorma brasileirajudô, metrô
Outras particularidades (continuação)
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Exemplos
com letra inicial minúscula:
janeiro, maio, setembroprimavera, verão, outono,
invernonorte, oeste, nordeste, sueste
fulano, sicrano, beltrano
Exemplos de opção entre letra
inicial maiúscula ou minúscula:
Geografia ou geografiaVossa Excelência
ou vossa excelênciaAs pupilas do senhor reitor ou
As Pupilas do Senhor Reitor
Rua do Ouro ou rua do Ouro,Mudeu da Água
ou museu da Água
Passam a escrever-se obrigatoriamente comminúscula: os meses do ano, as estações do ano,os pontos cardeais e colaterais e as designaçõespara se nomear alguém que se desconhece ou seprefere evitar, e ainda os axiónimos ou formas detratamento (senhor doutor Manuel Silva).
Passa a ser opcional o uso da letra maiúscula emformas de tratamento (professor ou Professor), elogradouros públicos (avenida da Liberdade ouAvenida da Liberdade), nas disciplinas escolares(Português ou português, Matemática oumatemática), as palavras usadas "reverencial-mente ou hierarquicamente" (vossa excelência,digníssimo senhor doutor) e, nos títulos doslivros, os vocábulos a seguir aos primeiros, excep-to se se tratar de nomes próprios.
Escrevem-se com maiúscula os pontos cardeaisou equivalentes quando "empregados absoluta-mente" - o Sul (por "região sul do país"), oOriente (por "oriente asiático").
Maiúsculas e minúsculas
Regras do uso do hífen
Exemplos
há-de -> há dehás-de -> hás de
hão-de -> hão dehei-de -> hei de
mandachuva -> mandachuvapára-quedas -> paraquedas
anti-rugas -> antirrugasmega-concerto ->
megaconcertomini-saia -> minissaia
socio-económico ->socioeconómico
De modo geral, em grande parte das situaçõesdeixa de se usar hífen em palavras prefixadas.Por exemplo, passa a escrever-se codependente
e contraindicação em vez de co-dependente econtra-indicação.
Mesmo nos casos em que o segundo elementoda palavra prefixada começa por r ou s deixa dese usar hífen, duplicando-se antes essa letra:antirrevolucionar e não anti-revolucionar, con-
trassenha e não contra-senha.
No entanto, continuam a existir alguns casosem que o hífen é usado em palavras prefixadas:quando a palavra prefixada começa por h (anti-
herói) e quando a última letra do prefixo é igual
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Outras particularidades
O Novo Acordo prevê que naspalavras que apresentam vari-ação entre a prolação e oemudecimento, se registe essavariação com dupla grafia.
Noutros casos, verifica-se umaoscilação entre a norma cultalusoafricana e a norma cultabrasileira. Ou seja, existempalavras em que se pronuncia aconsoante conforme a norma.
Coexistência de duas grafias, devido à vari-ação de pronúncia nas duas normas cultas.
Exemplos:característica/caraterísticadáctilo/dátilodactilografia/datilografiainfecção/infeçãointersecção/interseção
sector/setor
Norma lusoafricanafacto, contactar, olfactoNorma brasileirafato, contatar, olfato,
Norma lusoafricanaconceção, contraceção, contracetivo, cor-rupção, deceção, receção…Norma brasileiraconcepção, contracepção, contracepção, cor-rução, decepção, recepção
Norma lusoafricanasúbdito, subtil, amígdala, amnistina, indem-nizar, aritmética…Norma brasileirasúbdito ou súdito, subtil ou sutil, amígdala ouamídala, amnistia ou anistia, indenizar, arit-mética ou arimética.
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à primeira letra da palavra prefixada (mantém-se contra-ataque, por exemplo).Há ainda alguns prefixos que levam semprehífen: ex- (com sentido de anterioridade), eprefixos graficamente acentuados como pré- epró-.
Mantêm o hífen, portanto, os nomes compos-tos que designem espécies zoológicas e botâni-cas ou que sejam gentílicos derivados detopónimos compostos: bico-de-papagaio
(flor), cabeça-de-prego (inseto).
O uso do hífen mantém-se também naspalavras formadas com os prefixos circum- epan- quando o segundo elemento começa porh, m ou n: circum-navegação, pan-americano.O hífen mantém-se nas palavras formadas comadição de prefixos ou falsos prefixos termina-dos em consoante quando o elementoseguinte começa por uma consoante igual outerminados em vogal quando o elemento seguinte começa com a mesma vogal:hiper-realista, super-resistente, anti-ibérico, micro-ondas.
O mesmo acontece em palavras compostas por justaposição que não contêm for-mas de ligação e cujos constituintes mantêm a autonomia fonética e acento: ano-
luz, azul-escuro, guarda-chuva, segunda-feira.
Em todos os outros casos, as palavras prefixadas não são divididas por hífen.
As locuções deixam de ser escritas com hífen: fim de semana e não fim-de-sem-
ana; cor de vinho e não cor-de-vinho. Do mesmo modo, devem ser escritas semhífen sequências constituídas pelos advérbios não ou quase e outra palavra: não
alinhado, não fumador, quase dito.
Passa a ser obrigatório (anteriormente opcional) repetir o hífen na linha seguintenos casos em que a translineação se faz onde exista já um hífen: anti-/-incêndio.
As formas monossilábicas de haver deixam ser ligadas por hífen à preposição de:há de e não há-de.
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Consoantes mudas (continuação)
colectivo -> coletivodirecto -> diretodirector -> diretorelectricidade - > eletricidadeinsecto -> insetoobjecto -> objetoprojecto -> projeto
Exemplos que não mudam:
bactériacompactoconvictofactointelectualnéctarolfactopacto
pç - > çExemplos que mudam:
acepção -> aceçãoadopção -> adoçãodecepção -> deceçãoexcepção -> exceçãointercepção -> interceçãorecepção - > receção
Exemplos que não mudam:
corrupçãoerupçãointerrupçãoopção
pc - > cExemplos que mudam:
anticoncepcional -> anticoncecionaldecepcionante -> dececionanteexcepcional -> excecionalrecepcionista -> rececionista
Exemplos que não mudam:
egípcionúpciasopcional
pt - > tExemplos que mudam:
adoptar -> adotarbaptizar -> batizarcontraceptivo -> contracetivoEgipto -> Egitoóptimo -> ótimosusceptível - > suscetível
Exemplos que não mudam:
adeptoaptoeucaliptoineptorapto
ultra-ligeiro -> ultraligeiroauto-estrada -> autoestradaextra-escolar -> extraescolar
intra-ósseo -> intraósseo
co-adiministração ->coadministração
co-ocorrência -> coocorrênciaco-produtor -> coprodutor
hiper-mercado -> hipermercado
não-alinhado -> não alinhadonão-fumador -> não fumador
cor-de-vinho -> cor de vinhofim-de-semana ->
fim de semana
(Excepções:cor-de-rosa, faz-de-conta)
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Acentos gráficos
Exemplos
jóia -> joiaparanóico -> paranoicoidéia (no Brasil) -> ideiaasteróide -> asteroidebóia -> boia
vêem -> veemcrêem -> creemlêem -> leemrevêem-> reveem
argúis-> arguisargúem-> arguemredargúi -> redargui
pára (forma do verboparar) -> parapéla (forma do verbopelar) -> pelapêlo (nome) -> pelopêra (nome) -> pera
baiúca -> baiucasaiínha -> saiinha
andámos ou andámosfalámos ou falamospassámos ou passamos
dêmos ou demos
fôrma ou forma
Os ditongos tónicos na penúltima sílaba deixam de sermarcados com acento gráfico.
Deixam igualmente de ser acentuadas as formasverbais terminadas em -eem.
Perdem também a acentuação gráfica as formasdos verbos arguir e redarguir.
Deixam de ser acentuadas graficamente as palavrashomógrafas de palavras com vogal tónica aberta oufechada.
Também desaparecem os acentos gráficos nas vogaistónicas i e u quando são antecedidas de um ditongo.
Passa a ser facultativo o uso do acento gráfico, desdeque se siga sempre a mesma regra num texto:- nas formas verbais terminadas em -ámos (pretéritoperfeito do indicativo dos verbos da primeira conju-gação)
- na forma do verbo dar (presente do conjuntivo)
- no nome feminino fôrma
Nota: mantém-se o acento gráfico em pôde (3ª pessoado singular do pretérito perfeito do indicativo depoder) e na forma verbal pôr (infinito do verbo pôr).
Consoantes mudas
cc - > cExemplos que mudam:
accionar -> acionarcoleccionar -> colecionardireccional -> direcionalfraccionar -> fracionarleccionar - > lecionarseleccionar - > selecionar
Exemplos que não mudam:
facciosoficcionalfriccionar
cç - > cExemplos que mudam:
acção -> açãocolecção -> coleçãodirecção -> direçãofracção -> fraçãoinjecção - > injeçãoselecção -> seleção
Exemplos que não mudam:
convicçãoficçãosucção
ct - > tExemplos que mudam:
actual -> atualadjectivo -> adjetivoanoréctico -> anoréticoaspecto -> aspeto
O Acordo Ortográfico elimina as consoantesmudas não articuladas, mantendo-se todas asconsoantes articuladas, ou seja, as que são pro-nunciadas.
Há, portanto, vocábulos com as mesmassequências consonânticas cuja ortografia mudae outros cuja ortografia não muda.