boletim da adunirio n.5

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Boletim n o 5 | 25 de outubro de 2013 Boletim da filiada ao “Fora Ebserh!” página 2 Professores em greve no Rio põem educação no centro das mobilizações página 2 Professores do Rio mantém greve há mais de dois meses página 3 Ato público com milhares de pessoas marca Dia dos Professor página 3 Eleições para Diretoria e Conselho de Representantes da Adunirio nos dias 29, 30 e 31 de outubro página 4 ADUNIRIO A Unirio foi palco, nos meses de setembro e outubro, de três debates da série “Ebserh e Universidade Pública”, promovidos pela Comissão dos Três Segmentos (professores, estudantes e técnicos). A iniciativa tem por objetivo promover a discussão sobre os im- pactos que poderiam ocorrer caso se venha a optar pela adesão dos hospitais universitá- rios a um contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A série de debates foi aprovada pelo Conse- lho Universitário e condiz com a orientação do Ministério Público, que recomendou não se tomar qualquer decisão na universidade antes de que se promova uma ampla e de- mocrática discussão. A Comissão dos Três Segmentos se preocu- pou, então, em diversificar os locais de de- bate. Foram realizados um no auditório Vera Janacopulos, outro no auditório Paulo Freire Unirio debate Ebserh na Reitoria, no CCH e no HUGG e o último no Anfiteatro Geral do HUGG. Apesar da qualidade dos debates, que se focaram na “autonomia universitária”, nas “condições de trabalho e relações traba- lhistas” e “nos modelos e concepções de administração dos HU’s”, o reitor Jutuca e o conjunto de administradores que o acom- panham não compareceram nos encontros, fazendo vista grossa para a orientação do Ministério Público de que é necessário o di- álogo dentro da Unirio. Para cada evento foram reservadas uma vagas para representantes do movimento contrário à adesão à Ebserh, assi como do Ministério da Educação, que é favorável à empresa. No entanto, a reitoria não indicou nomes que pudessem defender os seus inte- resses e não fez qualquer esforço para mobi- lizar a comunidade acadêmica para o debate necessário.

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Page 1: Boletim da Adunirio n.5

Boletim no 5 | 25 de outubro de 2013

Boletim da filiada ao

“Fora Ebserh!”

página 2

Professores em greve no Rio

põem educação no centro das

mobilizações

página 2

Professores do Rio mantém

greve há mais de dois meses

página 3

Ato público com milhares de

pessoas marca Dia dos Professor

página 3

Eleições para Diretoria e

Conselho de Representantes

da Adunirio nos dias 29, 30 e

31 de outubro

página 4

ADUNIRIO

A Unirio foi palco, nos meses de setembro e outubro, de três debates da série “Ebserh e Universidade Pública”, promovidos pela Comissão dos Três Segmentos (professores, estudantes e técnicos). A iniciativa tem por objetivo promover a discussão sobre os im-pactos que poderiam ocorrer caso se venha a optar pela adesão dos hospitais universitá-rios a um contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).A série de debates foi aprovada pelo Conse-lho Universitário e condiz com a orientação do Ministério Público, que recomendou não se tomar qualquer decisão na universidade antes de que se promova uma ampla e de-mocrática discussão. A Comissão dos Três Segmentos se preocu-pou, então, em diversificar os locais de de-bate. Foram realizados um no auditório Vera Janacopulos, outro no auditório Paulo Freire

Unirio debate Ebserh na Reitoria, no CCH e no HUGG

e o último no Anfiteatro Geral do HUGG.Apesar da qualidade dos debates, que se focaram na “autonomia universitária”, nas “condições de trabalho e relações traba-lhistas” e “nos modelos e concepções de administração dos HU’s”, o reitor Jutuca e o conjunto de administradores que o acom-panham não compareceram nos encontros, fazendo vista grossa para a orientação do Ministério Público de que é necessário o di-álogo dentro da Unirio.Para cada evento foram reservadas uma vagas para representantes do movimento contrário à adesão à Ebserh, assi como do Ministério da Educação, que é favorável à empresa. No entanto, a reitoria não indicou nomes que pudessem defender os seus inte-resses e não fez qualquer esforço para mobi-lizar a comunidade acadêmica para o debate necessário.

Page 2: Boletim da Adunirio n.5

DIRETORIA Presidente: Elisabeth Orletti | Vice-Presidente: Clarisse Toscano A Gurgel | 1º Secretário: Valéria Cristina L Wilke | 1º Tesoureiro: Carlos Alberto A Lima | 2º Tesoureiro: Maria Jaqueline Elicher CONSELHO FISCAL Titulares Willian Gonçalves Soares, Dayse Martins Hora, Enedina Soares | suplentes Viviane Becker Narvaes, Íris Abdallah Cerqueira CONSELHO DE REPRESENTANTES Camila Maria dos S Moraes, Denise Espellet Klein, Enedina Soares, Jadir Anunciação de Brito, Marcello Xavier Sampaio, Maria do Carmo Alves de Mello, Rodrigo Castelo Branco Santos e Viviane Becker Narvaes Admistrativo: Claudinea Gonçalves Comunicação Adunirio: Bruno Marinoni

Boletim no 5 | 25 de outubro de 2013

“Fora Ebserh!”A luta contra a Ebserh se espalha por todo o país e teve um capítulo decisivo no dia 26 de setembro, quando a reunião do Conse-lho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi ocupada por cerca de mil pessoas, a maioria gritando “Fora Ebserh!”. Sob pressão da comunida-de acadêmica, o reitor Carlos Levy recuou e suspendeu a decisão, aceitando a pro-posta de estudar uma solução “autônoma”.No Maranhão, os movimentos docente, estudantil e de técnicos conseguiram uma vitória suspendendo na justiça, no dia 13 de setembro, o convênio com a Ebserh. A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) havia sido uma das instituições que por meio de uma manobra da admi-nistração teria aderido ao contrato com a empresa.Na Unirio a comunidade universitária mobilizada conseguiu barrar a Ebserh, exigindo que não houvesse qualquer vota-ção no Conselho Univesitário (Consuni)

sobre o tema antes da realização de amplas discussões. O Ministério Público corrobo-rou essa posição, enviando à reitoria uma recomendação de que não se tomasse de-cisões sem antes democratizar o debate, promovendo e participando de atividades com este fim. Ainda que o reitor Jutuca não tenha seguido a recomendação, au-sentando-se dos eventos realizados e não indicando seus representantes para com-por as mesas, os diálogos foram marcados pelo alto nível das críticas.O HUGG, acionado pelo movimento con-trário a Ebserh, recebeu ainda a visita do defensor público federal Daniel Macedo, para vistoriar denúncias de que os servi-ços estariam sendo precarizados com in-tuito de influenciar a opinião da comuni-dade universitária em favor da adesão ao contrato com a empresa. Será realizada, também, uma audiência com o Ministério Público no dia 25 de ou-tubro para debater o tema.

Ebserh

Mobilização garantiu realização de debates na Unirio sobre impactos da Ebserh

Professores em greve no Rio põem educação no centro das mobilizações

Profissionais da educação das redes mu-nicipal e estadual do Rio de Janeiro en-traram em greve e ocuparam as ruas da capital fluminense. Se em junho havia estranhamento diante da falta de foco das mobilizações que levaram milhões a pro-testar, posteriormente conseguiu-se im-primir um sentido mais preciso nos atos: a educação roubou a cena.Há mais de dois meses em greve, os pro-fissionais da educação do Rio de Janeiro conseguiram promover uma grande mo-

bilização na capital, em apoio à sua luta por melhores salários, por melhores con-dições de trabalho, por autonomia e con-tra a meritocracia. Os governos têm res-pondido violentamente aos atos públicos e se negado a negociar. Cada dia que pas-sa, porém, as manifestações conseguem mais apoio.Após uma audiência de conciliação reali-zada no dia 22 de outubro no STF, o movi-mento tem uma assembleia marcada pro dia 25, para decidir sobre seus rumos.

Presente de Dilma

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Boletim no 5 | 25 de outubro de 2013

Se em junho as ruas do Brasil foram to-madas por uma série de mobilizações com temas bastante diversos, desde agosto o protagonismo vem sendo exercido pelos profissionais da educação do Rio de Ja-neiro. Há mais de dois meses em greve, os trabalhadores da rede municipal da capital exigem 19% de reajuste, um plano de carreira unificado (professores e fun-cionários), um terço da carga horária para planejamento e o fim da meritocracia. O prefeito Eduardo Paes se mantém, porém, irredutível e tem respondido com violên-cia às manifestações públicas de reivindi-cação e de solidariedade.De acordo com a prefeitura, a receita cor-rente líquida da cidade do Rio de Janeiro cresceu 12% no último ano, atingindo a cifra de R$ 18 bilhões. Os profissionais da rede municipal exigem um reajuste de 19%, que incorpore os 7% da inflação e os 12% de aumento da receita do governo municipal. A prefeitura do Rio de Janeiro, todavia, anunciou no dia 30 de julho que concederia apenas 6,75%, o que significa

perdas salariais. A categoria decidiu, en-tão, no dia 8 de agosto entrar em greve por tempo indeterminado.O prefeito Eduardo Paes foi, assim, sur-preendido pela força de uma categoria que havia mais de 20 anos não aderia a uma greve e que em pouco tempo estava colo-cando mais de 20 mil pessoas em assem-bleias e atos nas ruas, como aconteceu no dia 20 de agosto. Preparou-se na Câmara dos Vereadores um golpe contra os grevistas. Uma vo-tação realizada em uma sessão ilegítima a portas fechadas, com milhares de pessoas do lado de fora exigindo a suspensão da reunião, aprovou um Plano de Carreira considerado um retrocesso pelos profis-sionais da educação em greve. A decisão foi em seguida suspensa pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no dia 11 de ou-tubro.Rede estadual Os profissionais da rede estadual de edu-cação também se encontram em greve desde o dia 8 de agosto. Entre as suas prin-

cipais pautas, reivindica-se uma reposição de 28% nos salários e a derrubada do veto do governador Sérgio Cabral ao projeto de lei que garante que professores não sejam obrigados a dar aulas em mais de uma es-cola (alguns são mandados para até cinco instituições diferentes).O governo estadual ameaçou cortar o ponto dos grevistas, mas o sindicato en-trou com recurso e uma decisão do Su-premo Tribunal Federal (STF) publicada no dia 10 de outubro manteve suspenso o corte. No mesmo processo, foi julgado que Sérgio Cabral não poderia aplicar falta aos servidores grevistas e nem demitir por faltas ao trabalho.

Professores do Rio mantém greve há mais de dois meses

O Dia dos Professores, 15 de outubro, foi marcado por uma massiva manifestação pública com milhares de pessoas que se dirigiram da Candelária até a Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores, em apoio à luta pela educação no Rio de Janei-ro. Embora menor do que a realizada na semana anterior (dia 7), a energia conti-nuou na mesma intensidade, com diversas palavras de ordem, música e encenações que chamavam a atenção para os princi-pais problemas da educação no estado e na capital.O prefeito Eduardo Paes, o governador Sérgio Cabral e a presidenta Dilma foram criticados por suas políticas, nas quais pri-vilegiam os banqueiros e empresários em

detrimento de investimentos nos setores que atendem às garantias de direitos so-ciais. O evento transcorreu a maior parte do tempo de forma pacífica, mas termi-nou com repressão policial, direcionada principalmente para os grupos de Black Blocs.O ANDES-SN comandou a mobilização das seções sindicais, que prestaram soli-dariedade durante o ato, com os dizeres “somos todos profissionais da educação do Rio de Janeiro”. A diretoria da Aduni-rio participou da panfletagem na Praça XV, programada para acontecer antes da concentração na Cinelândia com o obje-tivo de mobilizar a população e debater os desafios da educação no país.

Ato público com milhares de pessoas marca Dia dos Professor

Mobilizações

Avenida Rio Branco lotada. Andes e docentes da Unirio presentes na manifestação

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Boletim no 5 | 25 de outubro de 2013

Diretoria e Conselho de Representantes da Adunirio serão eleitos em outubro

Presidente: Viviane Becker NarvaesVice-Presidente: Camila Maria dos Santos MoraesSecretário Geral: Carla Silvana Daniel Sartor1º Secretário: Bruno José da Cruz Oliveira2º Secretário: Leonardo Villela de Castro1º Tesoureiro: Rodrigo Castelo Branco Santos2º Tesoureiro: Rafaela de Souza Ribeiro

Diretoria - CHAPA 1Se é pra lutar, vamos juntos

Alexandre Magno Teixeira de Carvalho – Instituto BiomédicoClarisse Toscano de Araujo Gurgel – Centro de Ciências Jurídicas e PolíticasElisabeth Orletti – Centro de Ciências HumanasJadir Anunciação de Brito – Centro de Ciências Jurídicas e PolíticasJanaína Bilate Martins – Centro de Ciências HumanasNatália Ribeiro Fiche – Centro de Letras e ArtesPedro Rocha de Oliveira – Centro de Ciências HumanasRafael Fortes Soares – Centro de Ciên-cias HumanasRenato Almeida de Andrade – Centro de Ciências Humanas

Conselho de Representantes

Nos dias 29, 30 e 31 de outubro serão realizadas as eleições para a Diretoria

e o Conselho de Representantes da Associação dos Docentes da Unirio

(Adunirio). Os eleitos irão ocupar o cargo por dois anos (2013-2015).

Neste pleito se apresentou uma única chapa e nove candidatos ao Conselho de Representantes. A Comissão Elei-

toral já homologou as candidaturas que precisam ser referendadas pelos

docentes da universidade.Confira ao lado os candidatos que

concorrem às vagas.Professor, sua participação é fundamental.

Eleições

Imagens AdunirioAgenda PolíticaAdunirioOutubro/Novembro

9 e 10/11 - Reunião do Setor dos Docentes das IFES (Brasília-DF)

29 a 31/10 - IX Congresso do SINTUPERJ com o tema: “Novos rumos da luta sindical, no contexto da sociedade brasileira atual”

29 a 31/10 - Eleições Dire-toria e Conselho de Rep-resentantes Adunirio

25 a 27/10 - III Encontro Intersetorial do Andes-SN (Brasília - DF)

23/10 - Debate: “EBSERH e administração dos HU’s: modelos e concepções”

Debates Ebserh e Universidade Pública realizados na Unirio Manifestação Dia dos Professores

1º debate - Auditório Vera

2º debate - Auditório Paulo Freire

3º debate - HUGG