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Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 1 Outubro de 2013 BOLETIM da CRAC No. 35 Outubro de 2013 (Não destinado a venda) erante a questão de se saber como proceder à revisão das Normas de Auditoria, a CRAC encontra-se activamente a recolher opiniões e sugestões junto dos membros do sector contabilístico e de outras partes interessadas, terminando o prazo para entrega das mesmas em 31 de Outubro de 2013. As sugestões e comentários podem ser submetidos à CRAC pelo correio, por fax, por correio electrónico ou pessoalmente. Contexto As Normas de Auditoria, as Normas Técnicas de Auditoria e as Instruções Técnicas para aplicação das Normas Técnicas de Auditoria (de ora em diante denominadas conjuntamente por Sistema das Normas de Auditoria) entraram em vigor a partir de 2004. O Sistema das Normas de Auditoria foi redigido tendo por base as Normas Internacionais de Auditoria (ISAs) assim como as normas correspondentes aplicadas ao tempo na China Continental, donde resultou um conjunto de normas em linha com as práticas internacionais. As ISAs foram elaboradas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) criado pela Federação Internacional de Contabilistas (IFAC). O Sistema das Normas de Auditoria tem vindo a ser implementado ao longo de um largo número de anos, desde 2004 até à presente data, período durante o qual não só a economia de Macau disparou, como foi pelo IAASB concluído o seu Projecto de Clareza sobre as Normas Internacionais de Auditoria do qual resultou a revisão ou reemissão de 36 Normas Internacionais de Auditoria e uma Norma Internacional sobre Controlo de Qualidade. Paralelamente, e fora do âmbito dos trabalhos de auditoria, o IAASB elaborou ainda, em Setembro de 2012, uma Norma Internacional sobre Exames Simplificados (ISRE) 2400 (Revista) Trabalhos para Rever Demonstrações Financeiras Históricas, a fim de ir ao encontro das necessidades de garantia de fiabilidade do mercado, auxiliando, assim, a aumentar a credibilidade dos relatórios financeiros das PMEs. Direcção a Seguir Com o objectivo de dar resposta às necessidades sentidas por uma economia em desenvolvimento, e a salvaguardar que as normas se mantêm em linha com as práticas internacionais, a CRAC pondera levar a cabo uma revisão total do Sistema das Normas de Auditoria tendo por base as 36 Normas Internacionais de Auditoria e a Norma Internacional de 2012 sobre Controlo de Qualidade do International Quality Control, Auditing, Review, Other Assurance, and Related Service Pronouncement; simultaneamente, com o objectivo de regular os exames simplificados (review engagements), a CRAC pondera igualmente criar um conjunto de normas sobre os mesmos, tendo por referência as últimas Normas Internacionais sobre Exames Simplificados publicadas pela IFAC. Após escutar as sugestões do sector contabilístico, a CRAC definirá qual o rumo a seguir. Elevado Número de Inscrições na Prestação de Provas Os resultados da primeira época de prestação de provas de 2013 foram publicados em Julho, tendo-se qualificado para registo cinco candidatos (2 para registo enquanto auditor de contas, e 3 para registo enquanto contabilistas). As inscrições para a segunda época de prestação de provas de 2013 tiveram de imediato lugar em Agosto, encontrando-se na tabela abaixo o número dos candidatos admitidos. O número de inscrições na prestação de provas tem sido bastante elevado nos últimos anos, sendo que as taxas de aprovação se têm mantido constantes ao longo dos anos, o que tem garantido a chegada de novos profissionais ao sector contabilístico. Na edição número 29 do Boletim da CRAC, publicámos uma entrevista efectuada a alguns candidatos que se qualificaram para registo, na qual eles partilharam as suas experiência profissional sobre como enfrentar a prestação de provas, nomeadamente sobre como escolher as matérias, sobre qual o material de referência e técnicas de realização das provas utilizados. Esperamos que a referida entrevista possa ser benéfica para todos aqueles que pretendam realizar as provas. As edições anteriores do presente Boletim encontram-se disponíveis, para todos os interessados, no sítio da internet da CRAC. A prestação de provas é subsidiável pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude no âmbito do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo”, pelo que os candidatos poderão optar por liquidar as taxas devidas deduzindo o respectivo montante da sua conta do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo” (sendo que, por essa via, apenas se aceitará o pagamento integral das mencionadas taxas). As provas terão lugar entre os dias 23 de Novembro e 7 de Dezembro, em Escola de Educação Continuada em Universidadede Ciência e Tecnologia de Macau. Para mais informações, queira consultar o sítio da internet da CRAC, ou contactar-nos, durante o horário de funcionamento, caso necessite de algum esclarecimento. P Auditores de Contas Contabilistas Registados Total Número de Candidatos 21 101 122 Número de Candidatos Admitidos 17 96 113 Recolha de Opiniões Notícias Sobre Prestação de Provas

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Page 1: BOLETIM da CRAC · 2013. 11. 25. · o reflexo da sua credibilidade, isto é, o reflexo da capacidade e valor da sociedade. Uma sociedade apenas se conseguirá manter competitiva

Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 1 Outubro de 2013

BOLETIM da CRAC No. 35 – Outubro de 2013 (Não destinado a venda)

erante a questão de se saber como proceder à revisão das Normas de Auditoria, a CRAC encontra-se activamente a recolher opiniões e

sugestões junto dos membros do sector contabilístico e de outras partes interessadas, terminando o prazo para entrega das mesmas em 31 de Outubro de 2013. As sugestões e comentários podem ser submetidos à CRAC pelo correio, por fax, por correio electrónico ou pessoalmente.

Contexto As Normas de Auditoria, as Normas Técnicas de

Auditoria e as Instruções Técnicas para aplicação das Normas Técnicas de Auditoria (de ora em diante denominadas conjuntamente por Sistema das Normas de Auditoria) entraram em vigor a partir de 2004. O Sistema das Normas de Auditoria foi redigido tendo por base as Normas Internacionais de Auditoria (ISAs) assim como as normas correspondentes aplicadas ao tempo na China Continental, donde resultou um conjunto de normas em linha com as práticas internacionais. As ISAs foram elaboradas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) criado pela Federação Internacional de Contabilistas (IFAC). O Sistema das Normas de Auditoria tem vindo a ser implementado ao longo de um largo número de anos, desde 2004 até à presente data, período durante o qual não só a economia de Macau disparou, como foi pelo IAASB concluído o seu Projecto de Clareza sobre as Normas Internacionais de Auditoria do qual resultou a revisão ou reemissão de

36 Normas Internacionais de Auditoria e uma Norma Internacional sobre Controlo de Qualidade. Paralelamente, e fora do âmbito dos trabalhos de auditoria, o IAASB elaborou ainda, em Setembro de 2012, uma Norma Internacional sobre Exames Simplificados (ISRE) 2400 (Revista) – Trabalhos para Rever Demonstrações Financeiras Históricas, a fim de ir ao encontro das necessidades de garantia de fiabilidade do mercado, auxiliando, assim, a aumentar a credibilidade dos relatórios financeiros das PMEs.

Direcção a Seguir Com o objectivo de dar resposta às necessidades

sentidas por uma economia em desenvolvimento, e a salvaguardar que as normas se mantêm em linha com as práticas internacionais, a CRAC pondera levar a cabo uma revisão total do Sistema das Normas de Auditoria tendo por base as 36 Normas Internacionais de Auditoria e a Norma Internacional de 2012 sobre Controlo de Qualidade do International Quality Control, Auditing, Review, Other Assurance, and Related Service Pronouncement; simultaneamente, com o objectivo de regular os exames simplificados (review engagements), a CRAC pondera igualmente criar um conjunto de normas sobre os mesmos, tendo por referência as últimas Normas Internacionais sobre Exames Simplificados publicadas pela IFAC. Após escutar as sugestões do sector contabilístico, a CRAC definirá qual o rumo a seguir.

Elevado Número de Inscrições na Prestação de Provas Os resultados da primeira época de prestação de

provas de 2013 foram publicados em Julho, tendo-se qualificado para registo cinco candidatos (2 para registo enquanto auditor de contas, e 3 para registo enquanto contabilistas). As inscrições para a segunda época de prestação de provas de 2013 tiveram de imediato lugar em Agosto, encontrando-se na tabela abaixo o número dos candidatos admitidos. O número de inscrições na prestação de provas tem sido bastante elevado nos últimos anos, sendo que as taxas de aprovação se têm mantido constantes ao longo dos anos, o que tem garantido a chegada de novos profissionais ao sector

contabilístico. Na edição número 29 do Boletim da CRAC,

publicámos uma entrevista efectuada a alguns candidatos que se qualificaram para registo, na qual eles partilharam as suas experiência profissional sobre como enfrentar a prestação de provas, nomeadamente sobre como escolher as matérias, sobre qual o material de referência e técnicas de realização das provas utilizados. Esperamos que a referida entrevista possa ser benéfica para todos aqueles que pretendam realizar as provas. As edições anteriores do presente Boletim encontram-se disponíveis, para todos os interessados, no sítio da internet da CRAC.

A prestação de provas é subsidiável pela Direcção

dos Serviços de Educação e Juventude no âmbito do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo”, pelo que os candidatos poderão optar por liquidar as taxas devidas deduzindo o respectivo montante da sua conta do “Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo” (sendo

que, por essa via, apenas se aceitará o pagamento integral das mencionadas taxas). As provas terão lugar entre os dias 23 de Novembro e 7 de Dezembro, em Escola de Educação Continuada em Universidadede Ciência e Tecnologia de Macau. Para mais informações, queira consultar o sítio da internet da CRAC, ou contactar-nos, durante o horário de funcionamento, caso necessite de algum esclarecimento.

P

Auditores de Contas Contabilistas Registados Total

Número de Candidatos 21 101 122

Número de Candidatos Admitidos 17 96 113

Recolha de Opiniões

Notícias Sobre Prestação de Provas

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Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 2 Outubro de 2013

Uma delegação da CRAC participou, a convite, na “Conferência de 2013 sobre a Profissão Contabilística da China, Taiwan, Hong Kong e Macau” que se realizou na cidade de XiNing, na província de QingHai. A conferência foi organizada pelo Instituto Chinês de CPAs (CICPA), tendo na mesma participado, de entre os mais de 300 participantes, Yu WeiPing, Ministro Adjunto do Ministério das Finanças, Cheng LiHua, Vice-Governadora da Província de QingHai, Chen YuGui, Vice-Presidente e Secretário-Geral da CICPA, Michael Lee, Presidente da Associação de CPAs de Taipé, Susanna Chiu, Presidente do Hong Kong Institute of Certified Public Accountants (HKICPA), e Leong Kam Chun, Vice-Presidente da União das Associações de Profissionais de Contabilidade de Macau.

Chen YuGui presidiu à cerimónia de abertura, tendo

os líderes das respectivas organizações das quatro regiões do estreito discursado sobre o tema da “Cultura e Marca”. Foram ainda dadas três palestras na conferência intituladas “Criar a Marca da Sociedade de Contabilidade”, „Criar Redes Globais para as Sociedades de Contabilidade” e “Colaboração entre as Quatro Regiões do Estreito”. Segue-se uma exposição resumida das três mencionadas palestras.

Cultura e Marca: Fundamental para a

Profissão Contabilística

Yang ZhiGuo, Vice-Presidente e Secretário-Geral da CICPA presidiu à parte do seminário em que vários dos oradores se pronunciaram sobre o tema da cultura e marca da profissão contabilística.

Clement Chan, Vice-Presidente do HKICPA, referiu

que por marca se entende o modo como a empresa pretende ser encarada pelo mercado, do ponto de vista da sua imagem (empresarial). A cultura empresarial, por outro lado, é um aspecto importante na estrutura de gestão dos nossos dias, influenciando o modo como os funcionários pensam e agem aquando do exercício de funções. Clement Chan mencionou ainda que na sociedade de contabilidade à qual se encontra ligado é dada especial atenção à formação dos novos funcionários, assim como à transmissão do código de práticas e cultura empresariais.

Theresa Leong, Vice-Presidente do Conselho de

Supervisão da União das Associações de Profissionais de Contabilidade de Macau referiu que o exercício de funções no seio da profissão contabilística tem sido positivo em Macau nos últimos anos, ao ponto de ser mais fácil angariar novos clientes do que profissionais talentosos. Expressou ainda que apenas se consegue alcançar o respeito dos outros quando assumimos uma atitude positiva em relação às coisas, independentemente de nos depararmos com situações positivas ou negativas, sendo que só através do respeito é que se poderá melhorar a reputação e a credibilidade da marca. Não obstante, dever-se-á continuar a assegurar a qualidade de trabalho enquanto se cria uma marca, assim como se deverá adequar o preço dos serviços à respectiva

qualidade, e evitar, a todo o custo, uma concorrência feroz.

Chieh TeChing, representante da profissão

contabilística de Taiwan, entende que a cultura varia de país para país, pelo que uma sociedade de contabilidade deverá vencer as diferenças culturais e linguísticas antes de iniciar a operar num novo país. Poder-se-á lidar com o contexto cultural de duas formas: alterando a maneira de pensar, e através da língua. A alteração da maneira de pensar envolve uma mudança de filosofia e da maneira de aprender; quanto à língua, esta refere-se aos meios de comunicação, já que sem conhecimentos linguísticos a internacionalização não é possível.

Zhang Ke, Vice-Presidente do CICPA, considera que

a marca representa para uma sociedade de contabilidade o reflexo da sua credibilidade, isto é, o reflexo da capacidade e valor da sociedade. Uma sociedade apenas se conseguirá manter competitiva no mercado a longo prazo se conseguir aumentar a notoriedade da marca, e garantir um padrão de qualidade elevado para os serviços que presta. Os responsáveis pela sociedade de contabilidade devem possuir um conjunto de valores e crenças positivos, integridade, não se devendo desviar nunca do caminho correcto. Paralelamente, os mesmos devem encorajar os seus funcionários a perseguir objectivos de carreira e integrar os referidos objectivos no desenvolvimento a longo prazo da própria sociedade.

Dados Estatísticos Relacionados com a

Profissão Contabilística

Ainda no decurso do seminário, representantes do CICPA deram a conhecer os últimos desenvolvimentos verificados no seio da profissão contabilística da China e de todo o mundo.

De acordo com o “Boletim Contabilístico

Internacional”, o rendimento total combinado das 20 principais sociedades de contabilidade de todo o mundo foi de $136.7 biliões em 2011, o que representa um aumento de 8% relativamente a 2010. De entre aquelas, a PricewaterhouseCoopers, a Deloitte Touche Tohmatsu, a Ernst & Young, e a KPMG realizaram receitas superiores a $20 biliões, o que representa uma receita total combinada para as quatro de $103.6 biliões, correspondente a 75.8% do rendimento combinado das 20 principais sociedades.

Nos termos das práticas internacionais, as receitas

percebidas pela prestação de serviços de contabilidade dividem-se nas seguintes categorias: auditoria e contabilidade, fiscalidade, consulta à gestão, reestruturações(falências empresariais, apoio jurídico, e outros serviços. De entre as mencionadas categorias, as receitas percebidas por serviços de auditoria e contabilidade representam 65% do rendimento das 20 principais sociedades, enquanto que a prestação de serviços na área da fiscalidade e de outros serviços representam aproximadamente 10% e 25% respectivamente.

Conferência Sobre a Profissão Contabilística

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Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 3 Outubro de 2013

Na China Continental, o rácio entre as receitas percebidas pela prestação de serviços de auditoria e outros serviços que não de auditoria foi de 73:27, o que representa um aumento relativamente a 2009, em que o rácio foi de 86:14. À data de 31 de Dezembro de 2011, existem 7,976 sociedades de contabilidade registadas na China Continental, 97,510 CPAs e membros que excedem um quarto de milhão. Em 2011, 550,000

pessoas inscreveram-se na fase profissional da prestação de provas do CICPA, enquanto que 6,723 se inscreveram na fase integrada. Foi atribuído um certificado de aprovação em todas as matérias a mais de 150,000 pessoas.

A próxima Conferência sobre a Profissão Contabilística da China, Taiwan, Hong Kong e Macau irá realizar-se em Macau, em 2014.

A versão chinesa das Normas Internacionais de Auditoria da IFAC (ISAs) e do Código de É tica para Contabilistas Profissionais (Código de É tica) foi publicada no dia 9 de Setembro no decurso da Conferência de 2013 sobre a Profissão Contabilística da China, Taiwan, RAEHK e RAEM. A referida versão em língua chinesa foi publicada pela Editora de Publicações Económicas e Financeiras da China.

IFAC: Versão 2012 das Normas

Tanto as ISAs como o Código de É tica – publicados

pela IFAC – são amplamente aceites e normas de referência em todo o mundo. A versão chinesa constitui uma tradução das correspondentes normas publicadas pela IFAC em 2012, tendo para o efeito sido obtida a necessária autorização da IFAC.

As ISAs constituem um conjunto de normas

internacionais de auditoria profissional que regulam as operações de auditoria relativas às demonstrações financeiras, enquanto que o Código de É tica se destina a disciplinar, do ponto de vista ético, os actos dos contabilistas profissionais (quer dos contabilistas que prestam serviço em sociedades de contabilidade, como dos que desenvolvem o seu ofício noutros sectores de actividade).

O trabalho de tradução foi organizado pelo ICCR,

tendo contado com o total apoio do Hong Kong Institute of CPAs, da União das Associações de Profissionais de Contabilidade de Macau, e do Institute of Certified Public Accountants of Chinese Taipei.

Quatro Regiões dos Dois Lados do Estreito: Tabela de Correspondência de Terminologia

As partes acima mencionadas constituíram uma

Comissão de Revisão da Tradução por forma a garantir a elevada qualidade da mesma. Foi incluída uma tabela de correspondência da diferente terminologia utilizada nas regiões, com o objectivo de satisfazer as exigências comuns das quatro regiões. Participaram neste projecto peritos e académicos do interior e exterior da profissão contabilística.

As tabelas de referência de terminologias facultam

um grande auxílio para a compreensão de disposições específicas das normas nas quatro regiões do estreito. Por exemplo, enquanto que na China Continental, em Hong Kong e em Taiwan se utiliza a mesma expressão para denominar “teste de controlo”, em Macau a expressão chinesa utilizada é distinta.

Comentários do Sector no Âmbito do Debate Sobre a Estrutura Conceptual São Bem-Vindos

A CRAC foi convidada a participar na Conferência de Normalizadores Contabilísticos Mundiais organizada pela Fundação das NIRF que teve lugar nos dias 23 e 24 de Setembro do corrente ano. A conferência permitiu que a CRAC ficasse mais familiarizada com o papel do International Accounting Standards Board (IASB) no fortalecimento da comunicação com as instituições membro individualmente consideradas, assim como melhor compreender os últimos projectos daquele organismo. Hans Hoogervorst, Presidente do IASB, proferiu um discurso sobre o “Fortalecimento do Relacionamento Institucional”, tendo dado a conhecer e analisado os projectos mais recentes do IASB: a revisão da estrutura conceptual para o relato financeiro, e os últimos desenvolvimentos verificados no âmbito de outros projectos como os relativos ao reconhecimento do rédito, cobertura do risco e locações.

IASB: Fortalecer o Relacionamento Institucional

Hans Hoogervorst sublinhou que um conjunto único de normas não significa um único normalizador contabilístico. Pelo contrário, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF) constitui há muito o produto de um esforço conjunto da comunidade de normalizadores contabilísticos de todo o mundo. Hans Hoogervorst resumiu os avanços mais significativos para o fortalecimento do relacionamento institucional efectuados pelo IASB nos últimos 12 meses. Vários outros representantes do IASB igualmente se referiram a esta matéria, nomeadamente a:

1. Criar perfis jurisdicionais. Actualmente, estes

perfis compreendem informação relacionada com 81 jurisdições, e contêm informação sobre as instituições normalizadoras contabilísticas, sobre a situação actual das normas, sobre as traduções das NIRF, bem como sobre o ponto de vista de cada jurisdição relativamente à criação dum conjunto único de normas contabilísticas. Os perfis jurisdicionais encontram-se disponíveis no sítio

Conferência de Normalizadores Contabilísticos Mundiais da Fundação das NIRF

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Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 4 Outubro de 2013

da internet do IASB em http://www.ifrs.org/Use-around-the-world/Pages/Jurisdiction-profiles.aspx.

2. Colaborar com a Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO). O IASB celebrou um acordo conjunto com a IOSCO, no qual se estabelece um conjunto de passos que serão trilhados para que as duas organizações passem a trabalhar de uma forma mais estreita com o objectivo de garantirem uma elevada consistência na implementação das NIRF em todo o mundo.

3. Criar o Fórum Consultivo das Normas de

Contabilidade (ASAF). Os membros do ASAF representam diferentes beneficiários, tais como os que elaboram e utilizam demonstrações financeiras, instituições reguladoras, auditores, organismos normalizadores contabilísticos, e meio académico. Uma das vantagens do ASAF é a de que os seus membros não apenas trocam impressões com o IASB, mas também entre si, pelo que aqueles não só terão que convencer o IASB da bondade dos seus argumentos, como igualmente de ponderar e analisar o mérito dos argumentos de cada um. Daqui resulta, por um lado, que os participantes passam a estar muito melhor habilitados a compreender os diferentes pontos de vista, ao passo que o IASB poderá mais facilmente incorporar nas suas deliberações os comentários e opiniões recebidos.

Projecto Mais Recente: Estrutura Conceptual

O IASB publicou, para consulta pública, um documento sobre possíveis alterações a introduzir à sua Estrutura Conceptual para o Relato Financeiro. Os comentários poderão ser submetidos até dia 14 de Janeiro de 2014. Representantes do IASB efectuaram

uma apresentação detalhada do respectivo enquadramento, objectivos, e de várias sugestões relativas a este projecto, tendo os participantes discutido entusiasticamente o referido projecto e podido trocar opiniões.

O documento de consulta compreende um conjunto de questões como: a definição de activos e passivos; o reconhecimento, o desreconhecimento e a mensuração; os direitos e interesses; os lucros, as perdas e outro rendimento integral; e a apresentação e divulgação. A estrutura conceptual define os conceitos que subjazem à preparação e apresentação de demonstrações financeiras, e fornece a base de reconhecimento e mensuração para cada norma. O documento de consulta contém um conjunto de sugestões, tal como a redefinição de activos e passivos: enaltecer que os activos constituem, pela sua própria natureza, recursos, enquanto que os passivos correspondem, na sua natureza, a obrigações; e que os recursos e obrigações não determinam necessariamente um influxo ou exfluxo de benefícios económicos.

A CRAC integra já o Grupo Técnico de Trabalho

sobre a “Estrutura Conceptual” do Grupo de Normalizadores Contabilísticos da Á sia e da Oceânia (AOSSG), encontrando-se a ultimar os comentários que sobre esta matéria irá enviar para o AOSSG, o qual, por sua vez, irá depois disponibilizar os seus comentários ao próprio IASB. Desde já agradecemos os comentários ou opiniões que os membros do sector contabilístico ou qualquer interessado nos queiram facultar sobre o documento de consulta. O referido documento encontra-se disponível no sítio da internet do IASB em http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Discussion-Paper-July-2013/Pages/Discussion-Paper-and-Comment-letters.aspx.

A CRAC e a Association of Chartered Certified Accountants (ACCA) coorganizaram 3 acções de formação no terceiro trimestre de 2013. Os dois cursos sobre as NIRF realizaram-se nos meses de Julho e Setembro respectivamente: o primeiro versou sobre o justo valor, o segundo teve por objecto a apresentação de demonstrações financeiras. Teve ainda lugar um seminário sobre as últimas políticas aplicáveis em HengQin, o qual decorreu no mês de Agosto. Inscriveram nos mencionados cursos 556 formandos.

NIRF: Mensuração Pelo Justo Valor, Preparação e Apresentação de

Demonstrações Financeiras O seminário intitulado “Nova Prática Contabilística

nos termos da NIRF 13 – Mensuração Pelo Justo Valor” teve lugar no dia 20 de Julho, e abordou não só as razões que subjazeram à criação da NIRF 13, como ainda o respectivo âmbito de aplicação prática e algumas disposições específicas, com o auxílio de casos práticos da vida real. O seminário foi ministrado em pequenas turmas, tendo para o efeito sido constituídas duas turmas.

O seminário intitulado “NIRF – Preparação e

Apresentação de Demonstrações Financeiras” decorreu nos dias 17 e 24 de Setembro, sendo que no mesmo se

analisaram em profundidade as últimas disposições das correspondentes normas, tais como, entre outras, as relativas à apresentação de demonstrações financeiras, aos acontecimentos após da data do balanço, à divulgação de partes relacionadas, e aos activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas. O seminário realizou-se em duas partes, devido ao amplo conteúdo do respectivo tema.

Seminário Sobre HengQin A CRAC organizou pela primeira vez um seminário

sobre as últimas políticas que regem a nova Zona de HengQin em Maio de 2012. Em Agosto de 2013, a CRAC voltou a organizar um seminário intitulado “HengQin – Benefícios Fiscais, Aduaneiros e Cambiais” no qual se deram a conhecer as mais recentes políticas aplicáveis na Zona de HengQin Zone, a saber: listagem de todos os projectos de acesso à indústria, posicionamento da indústria e políticas de informatização. Paralelamente, abordaram-se ainda outros tópicos como o do processo de registo de empresas estrangeiras, das infra-estruturas de apoio e das políticas financeiras. Para mais informações sobre a zona económica de HengQin, queira visitar o sítio da internet http://www.hengqin.gov.cn

Notícias Sobre Formação

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Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 5 Outubro de 2013

Nos termos dos compromissos específicos constantes dos suplementos ao Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e Macau (CEPA), os auditores e contabilistas de Macau poderão criar sociedades de consultadoria no Continente, desde que preencham os requisitos previstos nas Medidas Administrativas Provisórias sobre a Prestação de Serviços de Escrituração Contabilística”, aí podendo prestar os referidos serviços. No entanto, é condição para o referido exercício a obtenção de certificado de qualificação para o exercício da profissão de contabilista no Continente. O responsável pelos serviços de escrituração contabilística deve possuir qualificação profissional (carteira profissional) de contabilista concedida pelo Continente (ou qualificação superior).

No Continente, foi criado um sistema de acesso à profissão. Apenas se poderá inscrever na prestação de provas para registo como técnico profissional de contabilidade quem detenha um certificado de qualificação para o exercício da profissão. A prestação de provas para registo como técnico profissional de contabilidade encontra-se dividida em três níveis, um intermédio, um nível médio e um avançado. Quem tiver obtido aprovação na prestação de provas do nível intermédio e preencher os demais requisitos poderá ser contratado para desempenhar as funções de contabilista. Poderá obter um resumo do sistema de prestação de provas no 3.º número do boletim de CRAC (datado de Outubro de 2005).

Em 2013, entraram em vigor as “Medidas

Administrativas para a Obtenção de Qualificação enquanto Profissional de Contabilidade” (Anúncio n.º 73 do Ministério das Finanças de República Popular da China), as “Disposições Administrativas sobre a Prestação de Provas para Obtenção de Qualificações Contabilísticas” (n.º 19 [2013] do Ministério das Finanças), e as “Disposições sobre Formação Contínua para Contabilistas” (n.º 18 [2013] do Ministério das Finanças). Nos termos daquelas, as qualificações para o exercício da profissão apenas poderão ser obtidas, ao contrário do que sucedia no passado, através de prestação de provas. Segue-se uma breve exposição sobre algumas das últimas disposições.

Condições de Inscrição

Não se exige a quem queira prestar provas para obter

qualificações para o exercício da profissão quaisquer requisitos de carácter académico, podendo quem estiver interessado inscrever-se nas referidas provas desde que cumpra 3 condições:

1. Cumpra com o disposto na legislação de natureza contabilística e financeira;

2. Possua idoneidade moral; e 3. Possua conhecimentos e competências básicos

relacionados com a profissão contabilística.

Matérias das Provas

As provas não são prestadas em suporte de papel, e

compreendem as seguintes matérias: 1. Legislação Económica e Financeira e É tica

Contabilística Profissional; 2. Contabilidade Elementar; e 3. Informatização Contabilística (ou Realização de

Cálculos com um Á baco). Quem simultaneamente conseguir obter aprovação

nas três matérias obtém aprovação na prestação de provas. A aprovação obtida numa única matéria não se manterá válida, no entanto, na futura prestação de provas.

Base de Perguntas e Formato da Prova

O Ministério das Finanças é a entidade responsável pela realização da prestação de provas nacional para a obtenção de qualificações profissionais contabilísticas, nomeadamente pela definição e anúncio, ao nível central, da estrutura da prestação de provas, pela definição dos critérios de avaliação, pelo desenvolvimento organizacional, e pela criação de um base de perguntas e software relacionado. A duração, o formato e número das perguntas, o sistema de pontuação, os critérios de aprovação relativos a cada matéria são anunciados em simultâneo com a divulgação da base de perguntas pelo Ministério das Finanças.

Provas e Gestão de Qualificações

A prestação de provas é iniciada pelos departamentos

de finanças provinciais, os quais são responsáveis por definirem anualmente o período de prestação de provas, o plano, o local e as instalações. Os candidatos que obtenham aprovação nas provas poderão levantar o seu certificado de qualificação para o exercício da profissão nos termos da correspondente legislação. O certificado é válido em todo o país. Os detentores do certificado deverão obrigatoriamente obter, em cada ano, não menos de 24 pontos académicos pela participação em acções de formação contínua. Para além da formação propriamente dita, a formação contínua pode ainda incluir a realização das provas dos CPAs. A obtenção de aprovação em cada uma das matérias das provas dos CPAs corresponde, a título de exemplo, a 24 pontos académicos.

Para mais informações, queira visitar o sítio da

internet do Departamento de Contabilidade do Ministério das Finanças (http://kjs.mof.gov.cn) ou o sítio da internet do Departamento de Finanças da Província de Guangdong (http://www.gdczt.gov.cn).

Dados Estatísticos À data de 30 de Setembro de 2013, o

número de auditores de contas, contabilistas e sociedades de auditores de contas registados na Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas era de:

Auditores de Contas 113

Contabilístas Registados 169

Sociedade de Auditores de Contas 13

Notícias Relacionadas com a CEPA

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Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas 6 Outubro de 2013

ISRE 2400 (Revista)

A auditoria e a revisão de informação financeira

(exames simplificados) são dois dos trabalhos de garantia

de fiabilidade mais comuns. A principal diferença entre

ambos é que o primeiro constitui um trabalho de garantia

razoável de fiabilidade, enquanto o segundo

consubstancia apenas um trabalho de garantia limitada de

fiabilidade.

De acordo com a Norma Internacional sobre

Exames Simplificados (ISRE) 2400 (Revista): Trabalhos

para Rever Demonstrações Financeiras Históricas, a

mesma aplica-se à revisão de demonstrações financeiras

respeitantes a períodos que terminem em 31 de

Dezembro de 2013 ou posteriormente. A ISRE 2400 foi

elaborada pelo International Auditing and Assurance

Standards Board (IAASB), órgão criado pela Federação

Internacional de Contabilistas (IFAC), com o objectivo

de ir ao encontro das necessidades das PMEs no domínio

dos exames simplificados, contribuindo dessa forma para

elevar a credibilidade dos seus relatórios financeiros. A

norma encontra-se disponível no sítio da internet da

IFAC em

http://www.ifac.org/publications-resources/2013-handbo

ok-international-quality-control-auditing-review-other-as

surance-a . Segue-se um resumo da referida norma.

 mbito de Aplicação

A ISRE 2400 é aplicável aos profissionais que

procedam à revisão de demonstrações financeiras

históricas. Não obstante, caso o profissional seja o

auditor independente das demonstrações financeiras da

entidade, deverá antes proceder à revisão das

demonstrações financeiras da entidade ou ao exame

simplificado da informação financeira intercalar de

acordo com a ISRE 2410 – Exame Simplificado de

Informação Financeira Intercalar Executado pelo Auditor

Independente da Entidade. Pese embora o profissional

esteja em ambos os casos a realizar uma revisão, o

mesmo deverá em primeiro lugar decidir que conjunto de

normas adoptar. Exames Simplificados (Review Engagement)

O profissional realiza procedimentos de

investigação e análise a fim de poder obter provas

adequadas suficientes que lhe permitam chegar a uma

conclusão sobre as demonstrações financeiras vistas

estas como um todo. Caso não obtenha, da investigação e

dos exames analíticos realizados, prova adequada

suficiente, o profissional deverá levar a cabo “outros

procedimentos” que se mostrem necessários a poder

chegar a uma conclusão, determinados com base no seu

próprio juízo e avaliação. O profissional deverá realizar

“procedimentos adicionais” caso tenha motivo para crer

que as demonstrações financeiras podem estar

materialmente incorrectas.

Relatório

O relatório deverá conter, entre outras coisas, uma

declaração onde se enalteça o facto de os procedimentos

realizados no âmbito de um exame simplificado serem

substantivamente menos dos levados a cabo no âmbito

de uma auditoria realizada de acordo com as Normas

Internacionais de Auditoria (ISAs), razão pela qual a

opinião expressa pelo profissional sobre as

demonstrações financeiras não consubstancia uma

opinião de auditoria. Dever-se-á expressar uma

conclusão inalterada quando o profissional obteve uma

garantia limitada que lhe permita concluir que nenhuma

circunstância chegou ao seu conhecimento que o faça

acreditar que as demonstrações financeiras não foram

preparadas, em todos os aspectos materiais, de acordo

com o quadro de relato financeiro aplicável. Para além

daquela, poder-se-á enunciar uma conclusão de âmbito

limitado, uma conclusão negativa, ou ser de todo

impossível chegar a uma conclusão.

Todos os Contributos são bem-vindos! Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas

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