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BOLETIM INFORMATIVO Ano 2 Nº 17 Maio de 2015 www.defensoria.pa.gov.br defensoriapublicapa A Defensoria Pública do Estado confirmou recorde de concorrentes em toda história de concursos públicos na instituição, alcançando um incremento de 30% no número de inscritos para a seleção. (pág. 4) CONCURSO TEM RECORDE DE CANDIDATOS DEFENSOR PÚBLICO GERAL DO PARÁ ACLAMADO PRESIDENTE DO CONDEGE O Defensor Público Geral do Pará, Luis Carlos de Aguiar Portela, é o novo presidente do Colégio Nacional de Defensores Gerais (Condege) para o biênio 2015-2017. (pág. 4)

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BOLETIM INFORMATIVO

Ano 2Nº 17

Maio de 2015

www.defensoria.pa.gov.br defensoriapublicapa

A Defensoria Pública do Estado confirmou

recorde de concorrentes em toda história de

concursos públicos na instituição,

alcançando um incremento de 30%

no número de inscritos para a

seleção.

(pág. 4)

C O N C U R S O T E M R E C O R D E D E CANDIDATOS

DEFENSOR PÚBLICO GERAL DO PARÁ ACLAMADO PRESIDENTE DO CONDEGE

O Defensor Público Geral do Pará, Luis

Carlos de Aguiar Portela, é o novo

presidente do Colégio Nacional de

Defensores Gerais (Condege) para o biênio 2015-2017.

(pág. 4)

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Palavras do Defensor Público Geral

NESTA EDIÇÃO

2

Caros Defensores e Servidores,

O Mês de Abril representou um notável avanço para a Defensoria do Pará. Fomos eleitos por aclamação para a Presidência do Colégio Nacional de Defensores Gerais ‐ Condege. A ocupação deste cargo pelo Defensor Geral do Estado do Pará é inédita na História da ins�tuição. Muito mais do que predicados pessoais, a honraria deve ser atribuída ao destaque ins�tucional que o órgão vem experimentando a nível nacional nos úl�mos anos, fruto do trabalho incansável de todos os Defensores e Servidores, e que espero estar a altura do desafio.

No tocante ao 4º Concurso Público para Defensor Público

do Estado, ob�vemos recorde de inscrições, com mais de 2000 candidatos aptos a concorrer aos 18 cargos de Defensor Público Subs�tuto. Este concurso que há muito é aguardado não apenas pelo público interno, mas sobretudo pela sociedade que precisa de Defensores Públicos nos mais diversos municípios do interior do Estado.

No mais, desejo boa leitura a todos.

Luis Carlos de Aguiar PortelaDefensor Público Geral

PRESIDENTE DO CONDEGE CONFIA NA ATUAÇÃO DO DPG DO PARÁ ............................................................................................................................................................................................................. 3CONDEGE E STF ARTICULAM PARCERIA ............................................................................................................................................................................................................................................................ 3DEFENSOR GERAL DO PARÁ ACLAMADO PRESIDENTE DO CONDEGE ............................................................................................................................................................................................................ 4CONCURSO TEM RECORDE DE CANDIDATOS ................................................................................................................................................................................................................................................... 4EDITAL DIVULGA MATERIAL PERMITIDO PARA CONSULTA NO CONCURSO DE DEFENSOR ........................................................................................................................................................................... 4CONVICÇÃO RELIGIOSA RESPEITADA EM CONCURSO PARA DEFENSOR ........................................................................................................................................................................................................ 5NOTA REPUDIA PROPOSIÇÃO CONTRÁRIA À AUTONOMIA DA DPU ............................................................................................................................................................................................................... 5PREFEITO DE PIRABAS EM VISITA AO DEFENSOR GERAL ................................................................................................................................................................................................................................. 6DEFENSORIA E BANPARÁ ESTREITAM PARCERIA ............................................................................................................................................................................................................................................. 6DEFENSORIA E PGE ESTREITAM RELACIONAMENTO ....................................................................................................................................................................................................................................... 7VISITA PROPÕE PARCERIAS ENTRE DEFENSORIA E TJE‐PA ............................................................................................................................................................................................................................... 7VISITA ESTREITA PARCERIA E APOIO À DEFENSORIA ........................................................................................................................................................................................................................................ 8"PAI LEGAL" REALIZA AÇÕES NO MÊS DE MAIO ................................................................................................................................................................................................................................................ 8BALCÃO DE DIREITOS FARÁ AÇÃO PELO DIA DO ÍNDIO .................................................................................................................................................................................................................................... 9PPA TERÁ PRIMEIRA AUDIÊNCIA REGIONAL .................................................................................................................................................................................................................................................... 9SANTARÉM RECEBEU MUTIRÃO DA DEFENSORIA EM MAIO .......................................................................................................................................................................................................................... 9MUTIRÃO GARANTE ATENDIMENTOS EM ALTAMIRA ................................................................................................................................................................................................................................... 10MAIS DE 100 ATENDIMENTOS NO MUTIRÃO DE AUGUSTO CORRÊA ............................................................................................................................................................................................................ 10BUROCRACIA IMPEDE TRATAMENTO DE AGRICULTOR ................................................................................................................................................................................................................................. 11SALDO POSITIVO NA II SEMANA NACIONAL DO JÚRI ..................................................................................................................................................................................................................................... 12ACP PEDE INDENIZAÇÃO A VÍTIMAS DE ACIDENTE EM BARCARENA ............................................................................................................................................................................................................ 12CIDADANIA PARA A POPULAÇÃO DE PARAGOMINAS .................................................................................................................................................................................................................................... 12FAMÍLIAS MANTIDAS NA FAZENDA URUTUM ................................................................................................................................................................................................................................................ 13DEFENSORIA EM BRAGANÇA EXIGE INFRAESTRUTURA PARA PRODUTORES RURAIS ................................................................................................................................................................................ 13MUTIRÃO VAI ATENDER POPULAÇÃO DE PIÇARRA ........................................................................................................................................................................................................................................ 13DEFENSORIA EM MOSQUEIRO QUER INDENIZAÇÃO PARA CONDUTOR QUE SOFREU ACIDENTE NA PA 391 ............................................................................................................................................ 14MAIO É MÊS DE MUTIRÃO EM CASTANHAL .................................................................................................................................................................................................................................................... 14DEFENSORIA NO COMBATE ÀS DROGAS EM ABAETETUBA ........................................................................................................................................................................................................................... 14DEFENSORIA SOLICITA INFORMAÇÕES AO ITERPA ........................................................................................................................................................................................................................................ 15NOVOS MUTIRÕES EM JACUNDÁ, RONDON E NOVA IPIXUNA ...................................................................................................................................................................................................................... 15CIDADANIA CHEGA A ÍNDIOS DE VITÓRIA DO XINGU ..................................................................................................................................................................................................................................... 15MUTIRÃO ATENDE POPULAÇÃO DE ITUPIRANGA ......................................................................................................................................................................................................................................... 16AUDIÊNCIA GERA TERMO DE COMPROMISSO PARA REDUÇÃO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA NO PARÁ ................................................................................................................................................. 16DEFENSORIA REALIZA 1º MUTIRÃO METROPOLITANO ................................................................................................................................................................................................................................. 17VACINAS, PALESTRAS E VERIFICAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL DURANTE O 1º MUTIRÃO METROPOLITANO ............................................................................................................................................. 18EM ANANINDEUA, MUTIRÃO METROPOLITANO MOVIMENTOU A CIDADE ................................................................................................................................................................................................ 18MARITUBA GANHA CIDADANIA COM 1° MUTIRÃO METROPOLITANO ........................................................................................................................................................................................................ 19POPULAÇÃO COMPARECE AO MUTIRÃO EM SANTA IZABEL ......................................................................................................................................................................................................................... 20ENCONTRO REÚNE ESCOLAS E CENTROS DE ESTUDO ................................................................................................................................................................................................................................... 20ESCOLA SUPERIOR REALIZA SELEÇÃO PARA ESTAGIÁRIOS ............................................................................................................................................................................................................................ 21CURSO AJUDARÁ NA FORMAÇÃO DE ESTAGIÁRIOS ...................................................................................................................................................................................................................................... 21REUNIÃO DISCUTE AÇÕES PARA SITUAÇÃO DE PRESAS DO CRF ................................................................................................................................................................................................................... 22MÃES DE PRESAS DO CRF DENUNCIAM TORTURA E MAUS TRATOS .......................................................................................................................................................................................................... 22VISTORIA AVALIA SITUAÇÃO DO CRF .............................................................................................................................................................................................................................................................. 22NDDH MANTERÁ APURAÇÃO DE TORTURA ................................................................................................................................................................................................................................................... 23VISTORIA CONFIRMA TORTURA E ABUSO DE POLICIAIS DO COE .................................................................................................................................................................................................................. 23REGIONAL DE CARAJÁS OUVE PRESAS TRANSFERIDAS ................................................................................................................................................................................................................................. 23MORADORES DE ABRIGO TERÃO REGISTRO TARDIO DE NASCIMENTO ....................................................................................................................................................................................................... 24REMÉDIOS GARANTIDOS PARA PORTADORA DE PARALISIA ......................................................................................................................................................................................................................... 24REVISTA DIVULGA CAUSA LGBT ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 24DEFENSORIA NA VI CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS ........................................................................................................................................................................................... 24DEFENSORES REALIZAM VISTORIA NO JURUNAS .......................................................................................................................................................................................................................................... 25LIMINAR GARANTE TRATAMENTO À IDOSA ................................................................................................................................................................................................................................................... 26REMÉDIOS ASSEGURADOS A PACIENTE COM CÂNCER .................................................................................................................................................................................................................................. 26LIMINAR ASSEGURA PENSÃO DEPOIS DOS 21 ANOS ..................................................................................................................................................................................................................................... 27AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO COBRA SOLUÇÕES .......................................................................................................................................................................................................................................... 27CELPA LIDERA RANKING DE RECLAMAÇÕES NO NUCON ............................................................................................................................................................................................................................... 28REAJUSTE ABUSIVO NA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA EM DISCUSSÃO ...................................................................................................................................................................................................... 28RECLAMAÇÕES CONTRA CELPA DURANTE MUTIRÃO METROPOLITANO .................................................................................................................................................................................................... 29DEFENSORIA CONSEGUE PRIMEIRA LIMINAR DO FIES ................................................................................................................................................................................................................................. 29NOTA ESCLARECE ESTUDANTES SOBRE SITUAÇÃO DO FIES .......................................................................................................................................................................................................................... 30RECOMENDAÇÃO DIZ QUE ESTUDANTES DEVEM CONCLUIR O SEMESTRE ................................................................................................................................................................................................. 30AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPÕE DANO MORAL COLETIVO CONTRA UNAMA ................................................................................................................................................................................................. 31NUCON PROTOCOLA NOVAS ACPS .................................................................................................................................................................................................................................................................. 32PALESTRA ALERTA MULHERES SOBRE VIOLÊNCIA ......................................................................................................................................................................................................................................... 32NAEFA DISCUTE DEMANDAS COM O DEFENSOR GERAL ................................................................................................................................................................................................................................ 33NEAH DEBATE O CIÚME ENTRE CASAIS ........................................................................................................................................................................................................................................................... 33MUTIRÃO REALIZA QUASE 300 AUDIÊNCIAS .................................................................................................................................................................................................................................................. 33FILME PROVOCA DEBATE SOBRE SISTEMA PENITENCIÁRIO ......................................................................................................................................................................................................................... 34PROJETO REPENSA A ADMINISTRAÇÃO DA DEFENSORIA ............................................................................................................................................................................................................................. 34DIRETORIA ADMINISTRATIVA DEFLAGRA PROGRAMA DE GESTÃO .............................................................................................................................................................................................................. 35

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E m a b r i l d e 2 0 1 5 , a presidente do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege) e Defensora Pública Geral do Ceará, Andréa Maria Alves Coellho, parabenizou a eleição do Defensor Público Geral do Pará, Luis Carlos de Aguiar Po r t e l a , à p r e s i d ê n c i a d a en�dade. “Fiquei muito contente com a escolha do Dr. Portela, pois sempre desenvolvemos um trabalho conjunto e com muita sintonia. Então, eu tenho certeza que ele dará con�nuidade a estes laços de união e fortalecimento nacional da Defensoria Pública”, sublinhou.

A Defensora Geral do Ceará afirmou que já estão sendo executados vários projetos do Condege e que o novo presidente dará con�nuidade a todos eles. “Nós garan�mos o apoio do Condege na audiência de custódia do Conselho Nacional de

Jus�ça e também conseguimos o a p o i o d o C N J n o P r o j e t o 'Defensoria sem Fronteiras'. Todas estas reuniões contaram com a par�cipação do Dr. Portela, que sempre foi muito atuante em nossas ações”, realçou.

Para Andréa Coelho, “a chapa de Luis Carlos Portela é composta p o r d efe n s o re s a l ta m e nte qualificados e compromissados com as causas da Defensoria Pública”. “Então eu acredito que o novo presidente do Condege vai a p r e s e n t a r s o l u ç õ e s d e

con�nuidade ao que está sendo feito”, destacou a presidente, cujo mandato encerrou em 29 de maio.

Texto: Gilla AguiarFotos: Divulgação

PRESIDENTE DO CONDEGE CONFIA NA ATUAÇÃO DO DPG DO PARÁ

Em abril, o Defensor Público do Estado, Luis Carlos de Aguiar Portela, integrou comi�va de Defensores Públicos Gerais vinculados ao Colégio Nacional de Defensores Gerais (Condege) em Brasília numa grande frente de atuação em favor de causas importantes para as Defensorias de todo o Brasil.

Como parte da agenda em Brasília, Portela, a presidente do Condege, Andréa Coelho, Defensora Geral do Ceará, e outros, par�ciparam de audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.

A reunião serviu para tratar da parceria entre Condege e Conselho Nacional de Jus�ça (CNJ), que visa a implementação das audiências de custódia nos Tribunais de Jus�ça de todo o Brasil, e que já são objeto de Convenção Internacional de Direitos Humanos, ainda não cumprida no Brasil. O projeto piloto iniciou em São Paulo, e a avaliação preliminar demonstra resultados acima dos esperados, com a soltura de quase 50% dos presos em flagrantes, impactando diretamente na redução da superpopulação carcerária.

No encontro com o ministro também foi proposta parceria

entre Condege e CNJ para a realização de mu�rões carcerários, através do projeto "Defensoria sem Fronteiras". O Ministro elogiou a inicia�va e o trabalho das Defensorias Públicas, e colocou o CNJ à disposição para formalização de Termo de Cooperação, que deve ser assinado em breve.

Entre os encontros do primeiro dia de ar�culação nacional, Luis Carlos Portela par�cipou de reunião com Ophir Cavalcante Junior, que confirmou apoio irrestrito e agilidade na tramitação da liberação de emprés�mo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tanto nas esferas administra�va como judicial.

O senador peemedebista Valdir Raupp (PMDB‐RO), novo presidente nacional da legenda, também recebeu uma comissão de Defensores Gerais com a oferta de apoio nas demandas e pleitos do Condege junto ao Senado Federal.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Divulgação

CONDEGE E STF ARTICULAM PARCERIA

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O Defensor Público Geral do Pará, Luis Carlos de Aguiar Portela, é o novo presidente do Colégio Nacional de Defensores Gerais (Condege) para o biênio 2015‐2017.

O Defensor Público Geral de Roraima, Stélio Dener de Souza Cruz, vice‐presidente do Colégio Nacional, presidiu a 4ª reunião ordinária do Condege, que ocorreu nos dias 23 e 24 de abril, na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Portela declarou que sob a presidência da en�dade pesa a responsabilidade de levar adiante a luta de bandeiras históricas das Defensorias, mas que o Condege está fortalecido, e que seu compromisso é o de consolidar conquistas e buscar o permanente crescimento ins�tucional. “O momento é de avançar cada vez mais e elevar as Defensorias à condição do mais essencial órgão do sistema de jus�ça em todos os Estados da federação”, pontuou.

Luis Carlos Portela tem como vice‐presidente o Defensor Geral de Pernambuco, Manoel Jerônimo de Melo Neto. O Secretário‐Geral da en�dade passa a ser Ricardo Ba�sta Sousa, Defensor Geral do Distrito Federal, e o Secretário Geral Adjunto eleito é Rafael Vernaschi, Defensor Público Geral de São Paulo.

Na reunião, o Condege também aprovou o novo domínio eletrônico para a Defensoria Pública ‐ “def”, em subs�tuição ao “gov”, que deverá ser u�lizado tanto em âmbito estadual quanto federal. A aprovação significa que os endereços eletrônicos p a s s a r ã o a s e r c o m p o s t o s d a s e g u i n t e f o r m a : www.defensoria.pa.def.br.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Ascom DPE‐MS

DEFENSOR GERAL DO PARÁ ACLAMADO PRESIDENTE DO CONDEGE

A Defensoria Pública do Estado confirmou recorde de concorrentes em toda história de concursos públicos na ins�tuição, alcançando um incremento de 30% no número de inscritos para a seleção.

A organizadora do certame, Fundação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (FMP) contabilizou 2.021 candidatos disputando 18 vagas para Defensor Público Subs�tuto. As inscrições foram realizadas no As inscrições foram realizadas no site da FMP www.concursosfmp.com.br.

O defensor Bruno Braga, presidente da comissão do concurso, credita o alto número de inscritos à crescente credibilidade da carreira hoje no Pará e no Brasil.

Já o Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, avalia que um certame assim tão disputado vai refle�r diretamente na qualidade da mão‐de‐obra a ser selecionada. "A Defensoria do Pará ganha com essa alta concorrência", pontuou.

O certame oferta 18 vagas para preenchimento imediato e ainda a formação de cadastro de reserva. O salário inicial é de R$ 15.663,55, com acréscimo de tempo de serviço e auxílio‐alimentação. A lista de candidatos isentos da taxa de inscrição foi

publicada no dia 25 de março, no Diário Oficial do Estado.O concurso compreende quatro fases ao todo, sendo uma

prova obje�va, avaliação prá�co‐discursiva, exame oral e análise de �tulos. O prazo de validade da seleção será de um ano, podendo ser prorrogado uma vez, pelo mesmo período. A fase obje�va foi realizada no dia 16 de maio e a discursiva, dia 17.

Este concurso traz várias novidades, como a divulgação dos nomes e currículos das pessoas que serão membros da bancada que irá fazer e corrigir as provas, em nome da transparência, uma exigência da Defensoria Pública do Pará. Essas mesmas pessoas também farão as perguntas na fase oral. Nenhum dos membros é do Estado do Pará e todos possuem as qualificações necessárias para avaliar os candidatos do certame.

Outra inovação foi a isenção da taxa de inscrição aos candidatos hipossuficientes, e o conteúdo das provas é todo baseado nas sugestões apresentadas pelos núcleos especializados da própria Defensoria Pública do Pará.

Texto: Ana Tostes e Micheline Ferreira

CONCURSO TEM RECORDE DE CANDIDATOS

A Defensoria Pública do Estado divulgou edital com a relação de material permi�do para a consulta durante a realização das provas para o concurso de defensor público subs�tuto.

Nas fases 2 e 3, que são as provas prá�co‐discursivas, foram permi�das a consulta à legislação, desacompanhada de anotações, comentários ou comparação. Foi permi�do, ainda,

EDITAL DIVULGA MATERIAL PERMITIDO PARA C O N S U LT A N O C O N C U R S O D E D E F E N S O R

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conter evidências de u�lização anterior, como trechos destacados por caneta do �po marca texto, sublinhados, marcador de página, post‐it sem anotações, clipes ou similares.

Também foi permi�da a u�lização de legislação fotocopiada de Diários Oficiais, mas somente do texto da lei ou ato norma�vo, bem como a u�lização de material impresso ob�do por intermédio da internet dos sí�os oficiais. Estava vedada a consulta a obras doutrinárias, súmulas, enunciados, orientação jurisprudencial, informa�vos de tribunais, precedentes norma�vos, revistas ou anotações pessoais transcritas, manuscritas ou impressas e apos�las.

Os candidatos que levaram os textos de legislação

precisaram isolar e cobrir as partes não permi�das com papel e grampeadas, de modo a impedir completamente a visualização das partes não permi�das.

O material levado durante a realização das provas prá�co‐discursivas foi subme�do à inspeção dos vistoriadores designados para este fim. A vistoria do material foi feita a par�r da iden�ficação dos candidatos na sala de prova e durante a realização das provas.

É importante frisar que não seria permi�do o emprés�mo de material de consulta entre os candidatos.

Texto: Ana Le�cia Tostes

CONVICÇÃO RELIGIOSA RESPEITADA EM CONCURSO PARA DEFENSOR

O concurso para defensor público subs�tuto da Defensoria do Pará trouxe já no edital, pela primeira vez no Estado, o direito à restrição de horário com o respeito à convicção religiosa nas datas de realização de provas. Dez candidatos, do universo dos mais de 2.000 concorrentes, foram beneficiados com esta previsão e fizeram o certame em horário especial.

Aqueles que declararam a necessidade de atendimento diferenciado em razão do credo no momento da inscrição do concurso compareceram no mesmo dia e horário que os demais candidatos, mas ficaram em uma sala especial até o fim da restrição declarada, para somente então realizar a prova.

O presidente da comissão organizadora do concurso,

defensor público Bruno Braga, realçou a importância da Defensoria respeitar, desde o edital, a crença religiosa dos candidatos. “É um resguardo que a comissão do concurso teve no sen�do de garan�r a total liberdade de convicção religiosa. Já prevendo isso, a Defensoria fez, de forma bem transparente e pioneira no Estado do Pará, e colocou no edital que caso o candidato, por convicção religiosa não pudesse realizar a prova na tarde de sábado, ele teria resguardado o direito de realizar essa prova posteriormente, no mesmo dia, mas em outro horário”, reiterou.

Texto: Ana Le�cia Tostes

O Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (CONDEGE) e a Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) divulgaram na tarde desta segunda‐feira, 13 de abril, nota pública contrária à proposição da Ação Direta de Incons�tucionalidade que ques�ona a autonomia da Defensoria Pública da União (DPU). Veja o teor da publicação:

“O Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (CONDEGE) e a Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) vêm a público manifestar repúdio à propositura da Ação Direta de Incons�tucionalidade (ADIN) nº 5296, assinada pela Presidência da República e pelo Advogado Geral da União, que ques�ona a autonomia funcional, administra�va e de inicia�va de proposta orçamentária da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal.

Referida medida consubstancia‐se em revelado retrocesso ao Estado Democrá�co de Direito, além de contrariar os esforços sempre engendrados pelo Governo Federal na implementação de polí�cas públicas de promoção e democra�zação de Acesso à Jus�ça, notadamente por meio do Ministério da Jus�ça e da sua Secretaria de Reforma do Judiciário.

Nos termos da Cons�tuição Federal, a Defensoria Pública é ins�tuição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, expressão e instrumento do regime democrá�co, e com a nobre missão de promover os direitos humanos e de prestar orientação jurídica e defesa aos mais pobres, de forma integral e gratuita, em todos os graus, judicial e extrajudicialmente, individual e cole�vamente.

Para dar cabo a tão desafiadora missão, em especial em um país ainda com elevados índices de pobreza e acentuada desigualdade social, o Congresso Nacional aprovou, e o Poder

Execu�vo Federal apoiou – no caso da Defensoria Pública dos Estados, inclusive com a assinatura de Pactos Republicanos e irrestrito apoio do Ministério da Jus�ça e sua Secretaria de Reforma do Judiciário ‐ a ins�tucionalização de autonomia à Defensoria Pública, como maneira de concre�zar sua independência para uma atuação verdadeiramente voltada aos interesses dos mais pobres e de garan�r mecanismos administra�vos e orçamentários hábeis para o desempenho de tal mister em defesa do cidadão.

Ao passo que a autonomia cons�tucional da Defensoria Pública dos Estados foi acertadamente conferida pela Emenda Cons�tucional no 45, de 2004, evidenciando clara conquista voltada à implementação do Acesso à Jus�ça, a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal apenas alcançaram tal mecanismo, de forma atrasada, com a promulgação da Emenda Cons�tucional no 74 de 2013.

Re�rar a autonomia da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal em nosso atual estágio cons�tucional representa verdadeira e inaceitável afronta ins�tucional, além de forte abalo a todo o Sistema de Jus�ça, sucateamento da defesa comprome�da dos mais pobres, e, em consequência, no enfraquecimento do próprio Estado Democrá�co de Direito.

Note‐se que a autonomia que se busca subtrair pode ter como consequência a submissão e o controle polí�co de uma ins�tuição ao Poder Execu�vo, impedindo que os defensores públicos atuem de forma independente na defesa dos direitos do cidadão.

Eventuais divergências polí�cas ins�tucionais, inerentes a uma sociedade plural e democrá�ca, não podem jus�ficar medida tal qual a que ora se repudia. Muito menos podemos

NOTA REPUDIA PROPOSIÇÃO CONTRÁRIA À AUTONOMIA DA DPU

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permi�r que ideais republicanos sejam ques�onados, especialmente quando, ao que tudo indica, as razões estão escamoteadas no propósito de fortalecer uma ins�tuição em detrimento de outra, todas essenciais ao Sistema de Jus�ça.

Para o próprio equilíbrio do Sistema de Jus�ça e da manutenção do Estado Democrá�co de Direito, deve‐se atuar pelo fortalecimento das ins�tuições que, em úl�ma análise, devem ter em comum os obje�vos e fundamentos da República traçados na Cons�tuição. Aparenta ter passado ao largo da compreensão da referida peça jurídica a relevância e a abrangência dos serviços hoje prestados pela Defensoria Pública, bem como da necessidade de aperfeiçoamento de sua estrutura, ainda mais com o advento do novo Código de Processo Civil, sancionado recentemente pela Presidente da República.

A malsinada medida, que a�nge a Defensoria Pública do Brasil, preconizada sobre frágil fundamentação jurídica, contraria a vontade popular exercida pelo Congresso Nacional através de seus representantes eleitos, bem como os princípios já consagrados no delineamento da concepção desta ins�tuição

pelo Supremo Tribunal Federal em suas recentes decisões, subverte ainda as recomendações de órgãos internacionais a que o país está vinculado ‐ como a Organização dos Estados Americanos, e, por fim, destoa da própria atuação do Governo Federal em prol de polí�cas que visam ao fortalecimento do Acesso à Jus�ça.

Assim como as carreiras da Magistratura e do Ministério Público necessitam de autonomia e independência, o tripé do sistema de jus�ça somente será equilibrado se, além do livre exercício da advocacia, possuir uma Defensoria Pública autônoma e estruturada, dedicada àqueles que, em razão das desigualdades econômicas e sociais que ainda imperam no país, veem seus direitos fundamentais diariamente desrespeitados.

A sociedade agora aguarda e confia na mais alta Corte do país, guardiã da Cons�tuição Federal, e refúgio seguro de garan�a e proteção do cidadão”.

Texto: Micheline Ferreira

O Defensor Público Geral do Estado, Luis Carlos de Aguiar Portela, recebeu nesta terça‐feira, 14, visita do prefeito Cláudio Barroso, de São João de Pirabas, município a 165 km de Belém. O encontro contou com a presença do Diretor de Interior, Daniel Lobo, e do coordenador do programa Balcão de Direitos, Jucemir Siqueira.

Na ocasião, o prefeito de São João de Pirabas solicitou o reforço do apoio da Defensoria Pública nas ações sociais a serem desenvolvidas no município. “Os serviços disponibilizados pela Defensoria Pública são muito importantes para o nosso município, não só o atendimento jurídico, mas também a emissão de documentos, que têm sido muito procurados pela nossa população”, destacou.

O Defensor Público Geral afirmou que a ins�tuição vai estar sempre à disposição do município e assegurou que uma programação de a�vidades em uma ação a ser desenvolvida no município será planejada em breve.

O Diretor de Interior, Daniel Lobo, observou que a Defensoria está sempre par�cipando das ações sociais na cidade. “Em

fevereiro deste ano, os programas Balcão de Direitos e Pai Legal, da Defensoria, es�veram presentes em uma ação social realizada em Pirabas. E já neste mês de março entregamos vários resultados de testes de paternidade, por meio do programa Pai Legal”, disse.

“Já estamos estudando uma nova ação social em São João de Pirabas, na qual a Defensoria Pública vai atuar especificamente com a programação de um casamento comunitário no município”, ressaltou o coordenador do “Balcão de Direitos”.

Ao final da visita, Cláudio Barroso elogiou a atuação da Defensoria Pública do Pará. “Esta gestão da Defensoria está de parabéns por administrar um órgão grande e desenvolver várias ações com tão pouco recurso. Eu quero registar o meu agradecimento a todos os profissionais que atuam aqui e que desempenham um papel muito importante para a melhoria da vida da população”, finalizou o prefeito.

Texto: Gilla AguiarFotos: Ronaldo Silva

PREFEITO DE PIRABAS EM VISITA AO DEFENSOR GERAL

Em reunião realizada na manhã desta quarta, 15, entre Defensoria Pública do Estado e Banco do Estado do Pará, as duas ins�tuições estreitaram laços e firmaram parceria. O Banpará

colocou à disposição da Defensoria vários serviços, até mesmo uma futura parceria de patrocínio para a programação da tradicional Semana do Defensor, que ocorre em maio, e em

DEFENSORIA E BANPARÁ ESTREITAM PARCERIA

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futuras ações a serem realizadas.A Defensoria também acertou com o Banpará a instalação de

um caixa eletrônico no novo prédio em Belém, a maior central de atendimento das regiões Norte, Nordeste e Centro‐Oeste do Brasil.O novo equipamento vai oferecer os serviços do Banpará com maior comodidade a defensores, servidores, estagiários e para a população em geral.Outro assunto abordado na reunião foi a folha de pagamento e o sistema de gerenciamento, visando estreitar o diálogo com o banco.

O Defensor Público Geral em exercício, Adalberto Souto, destacou a importância da parceria entre Defensoria e Banpará.

“O banco tem interesse em estreitar esses laços com a sociedade, então vieram fazer uma visita e mostrar o que podem oferecer de bom para a Defensoria Pública. No final das contas será tudo com um só obje�vo, o bem da população”, comentou.

Além do Defensor Público Geral em exercício, Adalberto da Mota Souto, o encontro contou com a par�cipação da gerente de Recursos Humanos da Defensoria, Rosangela Souza, o defensor público Bruno Braga e a equipe do Banpará.

Texto: Ana Le�cia TostesFoto: Ronaldo Silva

O Defensor Público Geral em exercício, Adalberto da Mota Souto, e o Chefe de Gabinete da Defensoria Pública, Bruno Braga, reuniram‐se com o Procurador‐geral do Estado, Antonio Sabóia, na úl�ma quarta‐feira, 15, para estreitar relações e discu�r parcerias.

O encontro, na sede da Procuradoria Geral do Estado ( P G E ) , a l i n h a v o u a t u a ç ã o conjunta relacionada à liberação de recursos junto ao BNDES para a D e f e n s o r i a P ú b l i c a , a necessidade de buscar receitas orçamentárias alterna�vas para

ambas as ins�tuições e debateu temá�cas como processos de aposentadoria pendentes junto a o I G E P R E V c o m fi m d e d e s o n e r a ç ã o d a f o l h a d e pagamento do órgão, bem como as Ações Civis Públicas propostas contra o Estado, pelo Ministério Público, mo�vadas pelo déficit de defensores nos munic íp ios paraenses.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Ronaldo Silva

DEFENSORIA E PGE ESTREITAM RELACIONAMENTO

VISITA PROPÕE PARCERIAS ENTRE DEFENSORIA E TJE-PA

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A viabilidade de parcerias, além do pleno e efe�vo entrosamento entre o Tribunal de Jus�ça e a Defensoria Pública na região metropolitana de Belém (RMB) e interior do Estado, foram temas discu�dos durante a visita de cortesia realizada nesta sexta‐feira, 17, pelo Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, ao presidente do TJE‐PA, desembargador Constan�no Guerreiro.

Portela cumprimentou o novo presidente pela assunção ao cargo e colocou a Defensoria Pública do Estado à disposição do Tribunal para ampliar o acesso à cidadania da população do Pará.

O encontro discu�u o déficit de defensores, a infraestrutura das salas disponibilizadas pelo TJ para a Defensoria em fóruns dos municípios, entre outras situações compar�lhadas pelos

defensores Daniel Lobo, Diretor do Interior da ins�tuição; Rodrigo Ayan, Diretor Metropolitano em exercício; Bruno Braga, Chefe de Gabinete e Fábio Rangel, coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI).

Pelo TJE‐PA par�ciparam da reunião a desembargadora Maria do Céo Cou�nho, Corregedora de Interior do Tribunal; Danielle Buhrnheim, juíza auxiliar do Interior; Antonieta Miléo, juíza auxiliar da Região Metropolitana de Belém e Ana Angélica Abdulmassih, juíza auxiliar da Presidência do TJ.

Texto: Micheline Ferreira Fotos: Ronaldo Silva

VISITA ESTREITA PARCERIA E APOIO À DEFENSORIA

O deputado estadual Eduardo Costa pôde conhecer um pouco mais da realidade da Defensoria Pública do Estado do Pará durante reunião realizada no Gabinete do Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, no final da manhã desta quinta‐feira, 30 de abril.

O encontro cumpriu com a dupla finalidade de tanto conhecer a atuação e resultado do trabalho do parlamentar à frente da CPI da Telefonia quanto a mostrar todos os serviços, alcance e abrangência do trabalho da Defensoria Pública em todo o Estado.

A reunião contou com a par�cipação do Diretor Metropolitano, José Arruda; do Chefe de Gabinete, Bruno Braga; do coordenador de Polí�ca Cível Metropolitana, Rodrigo Ayan; do coordenador de Polí�ca Cível do Interior, Márcio Cruz e a defensora pública Jeniffer Araújo, do Núcleo do Consumidor da ins�tuição.

O deputado fez a entrega do relatório final da CPI da Telefonia, se comprometeu a encaminhar para a Defensoria Pública exemplares da Car�lha da Telefonia, bem como mil exemplares do Código de Defesa do Consumidor, para

distribuição em todas as unidades da ins�tuição no Estado.Durante o balanço de sua atuação, Eduardo Costa informou

sobre o Pacto das Antenas e tomou conhecimento das esta�s�cas de atendimento, do Plano de Contenção de Despesas, déficits e orçamento da Defensoria. “Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e a própria Assembleia Legisla�va têm uma fa�a maior que a Defensoria Pública, que possui 140 unidades e precisa crescer ainda mais”, comentou o parlamentar, depois de apresentação dos números da ins�tuição.

O encontro faz parte do estreitamento das relações ins�tucionais que a Defensoria e Assembleia Legisla�va empreenderam nos úl�mos anos, a par�r da necessidade de apreciação e votação de projetos de lei fundamentais para o crescimento da ins�tuição, como o que garan�u a autonomia administra�va e financeira plenas à DPE e o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores, aprovados pelo Poder Legisla�vo.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Ronaldo Silva

"PAI LEGAL" REALIZA AÇÕES NO MÊS DE MAIOO programa Pai Legal da Defensoria Pública do Pará retoma

suas a�vidades com atendimentos no interior do Estado e na capital no mês de maio. O programa tem como principal foco o reconhecimento voluntário de paternidade, com ou sem exame de DNA, de forma extrajudicial.

O programa vai atuar no período de 4 a 8 de maio no município de Santarém, com esclarecimento sobre o reconhecimento de paternidade oferecido gratuitamente pela

ins�tuição. O atendimento será na sede da Defensoria, em Santarém, localizada na Av. Presidente Vargas, 2720. Durante os cinco dias de ação, a equipe vai atender das 8 às 16 horas.

No dia 9, o “Pai Legal” vai par�cipar de mu�rão no município de Castanhal. A equipe técnica vai realizar a ação de 8 às 14 horas. O atendimento será na sede da Defensoria de Castanhal, na Rua Hernani Lameira, 536.

A coordenadora, assistente social Roselene Barros, ressalta

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que a equipe do psicossocial de Santarém está realizando diariamente uma sensibilização para que moradores par�cipem da programação.

O Programa também vai levar a primeira ação do ano de 2015 do projeto Pai Legal nas escolas, no dia 22 de maio. A Escola em regime de convênio Rosa Gatorno, no bairro do Guamá será a beneficiada, após a constatação que pelo menos 84 estudantes não possuem o nome do pai na cer�dão de nascimento.

Segundo Roselene Barros, a equipe vai realizar uma palestra,

às 8 horas, para os responsáveis dos estudantes, a fim de esclarecer o obje�vo do projeto no âmbito escolar. A Escola fica localizada na Rua Augusto Corrêa, 876.

O programa “Pai Legal” foi criado pela Defensoria Pública do Estado em 2005 e desde então atua como facilitador do reconhecimento de paternidade, através de teste de DNA gratuito, fixação de pensão, e guarda de crianças.

Texto: Le�cia Sarges

BALCÃO DE DIREITOS FARÁ AÇÃO PELO DIA DO ÍNDIOA Defensoria Pública do Estado promoverá uma ação

especial alusiva ao Dia do Índio, no dia 19 de abril, levando o Ônibus da Cidadania para a Aldeia Ytapu�r, no município de Santa Luzia do Pará, região Nordeste do Pará.

A aldeia Ytapu�r vai concentrar o atendimento, mas a população indígena de outras 16 aldeias da região serão beneficiadas com a ação, que será concentrada nesta área do Alto Rio Guamá.

A ação é organizada pelo Gabinete do vice‐governador Zequinha Marinho. O programa Balcão de Direitos par�cipará oferecendo serviços como fotografia, segunda vida de cer�dão de nascimento e atendimento jurídico.

Os indígenas terão à disposição ações de saúde, como consultas médicas e odontológicas, através de outras en�dades parceiras. Além de Santa Luzia, no mesmo dia 19 o município de

Capitão Poço e o bairro de Curuçambá, em Ananindeua, terão ação do “Balcão”.

Nos dias 14 e 15 de abril, os mesmos serviços serão disponibilizados para a população de Itaituba, no Oeste do Pará, em parceria com o Pro Paz e a Assembleia Legisla�va. Os técnicos atenderão no horário de 8 às 17 horas.

No úl�mo final de semana, o ônibus da Defensoria esteve em Paragominas. O programa Balcão de Direitos também levou cidadania à população da ilha do Outeiro no úl�mo sábado, 11 de abril. A Escola Bosque foi o local de atendimento, que disponibilizou encaminhamento para 2ª via de cer�dão de nascimento, fotografia 3x4 para documentos e orientação jurídica básica. A ação contou com a parceria do Pro Paz.

Texto: ASCOM

PPA TERÁ PRIMEIRA AUDIÊNCIA REGIONALA primeira audiência pública regionalizada do Plano

Plurianual do Estado acontecerá nesta quinta, 16, em Santarém e será transmi�da online no endereço www.protv.pa.gov.br.

O plano Plurianual é importante para obter as necessidades e projetos de cada região e a Defensoria Pública do Estado, assim como todos os outros órgãos do Estado, definem suas metas.

O PPA é o principal instrumento de planejamento estratégico governamental de médio prazo. É uma exigência das Cons�tuição Federal art. 165, §1°; e da Cons�tuição Estadual, art. 204, devendo nele constar de forma regionalizada, as diretrizes, obje�vos e metas para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para os programas de duração con�nuada. O PPA é elaborado no primeiro ano de governo e tem vigência até o

primeiro ano do governo subsequente.Entre seus obje�vos estão eliminar a improvisação na

execução do orçamento público, alocando os recursos disponíveis, preponderantemente, nas a�vidades e projetos considerados prioritários para o Estado, de acordo com a especificidade de cada região de integração; fortalecer o planejamento regional, considerando as potencialidades e limites de cada região; definir com clareza as metas e prioridades da administração pública estadual, conferindo transparência aos obje�vos e ações de governo. Entre outros obje�vos de igual importância.

Texto: Ana Le�cia Tostes

De 4 a 8 de maio a Defensoria Pública do Pará em Santarém, no oeste do Estado, promoveu mu�rão para desafogar a pauta de

SANTARÉM RECEBEU MUTIRÃO DA DEFENSORIA EM MAIO

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atendimentos iniciais, reduzir o tempo de espera e impactar diretamente na diminuição dos agendamentos para os meses de maio e junho no município. “O obje�vo é desafogar os trabalhos i n i c i a i s e f a z e r o s encaminhamentos necessários para os núcleos de atendimento”, a fi r m a o c o o r d e n a d o r d a D e fe n s o r i a e m S a n t a r é m , Defensor Público Vinícius Toledo.

Junto com as ações do m u � r ã o n a á r e a c í v e l , a Defensoria Pública de Santarém, por meio da equipe mul�disciplinar da Infância e Juventude, também promoveu atendimentos pelo Programa Pai Legal, criado em 2005, e que desde então presta serviço de reconhecimento paterno voluntário e espontâneo gratuitamente e extrajudicialmente, ainda que lançando mão de teste de DNA.

A defensora pública Paula Adrião, do Núcleo de Infância e Juventude em Santarém, disse que a expecta�va era fazer 70 atendimentos durante os dias do mu�rão. “Queremos fazer o máximo para favorecer as crianças e os adolescentes, para que possam exercer o seu direito à cidadania com o reconhecimento de paternidade”, disse.

A pedagoga Vânia Rêgo, do Núcleo de Atendimento à Criança e Adolescente do município, explica que as ações do programa Pai Legal estão favorecendo a população de Santarém. “Desde

2013, trabalhando em conjunto com o programa, podemos perceber um aumento nos atendimentos. É gra�ficante ver a quan�dade de crianças e jovens beneficiados”, contou. O mu�rão trabalhou em parceria com a Secretaria de Estado de Estado de Saúde Públ ica ( S E S PA ) e o Laboratório de Gené�ca Humana da Universidade Federal do Pará (UFPA), que ofertarão a coleta e resultado dos testes de DNA, respec�vamente.

Também par�ciparam do mu�rão os defensores públicos do Núcleo Cível de Santarém, Vinicius Toledo, coordenador da Defensoria no município; Elton Ribeiro, Matusalém Carneiro, Giane Lima e Fabiano Narciso. De Belém irão par�cipar os defensores públicos Daniel Lobo, diretor de Interior; Alan Damasceno, coordenador de Polí�ca Cível do Interior; Larissa Machado, coordenadora do Núcleo de Atendimento Especializado ao Homem (NEAH) e Fábio Rangel, coordenador do Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI).

Em Santarém o prédio da Defensoria Pública do Estado do Pará fica localizado na Av. Presidente Vargas, 2720, Aparecida.

Texto: Daniel Sasaki e Gerlando SantanaFotos: Ronaldo Silva

MUTIRÃO GARANTE ATENDIMENTOS EM ALTAMIRAO município de Altamira foi alvo de mais um mu�rão da

Defensoria Pública do Estado. Esta foi a terceira ação do ano na cidade, desta vez, de 27 a 30 de abril.

A inicia�va, da Diretoria do Interior da Defensoria, encerrou com um saldo de 300 processos movimentados. Além disso, segundo o Diretor de Interior, defensor Daniel Lobo, a demanda de audiências que compe�am à ins�tuição foi realizada com grande retorno para a população. “Todo mês realizamos esse mu�rão para minimizar os problemas enfrentados pela população de Altamira. Com isso, deslocamos defensores públicos de várias regiões do Estado para atuar nos atendimentos”, destacou.

O maior fluxo de atendimentos ficou concentrado nas áreas da Família, sobretudo pensão alimen�cia, divórcio e inves�gação de paternidade, segundo o diretor de Interior.

Atuaram na ação do mês de abril os defensores públicos Daniel Lobo, Alan Damasceno, Ana Claúdia Cabral e Rossana

Parente.

Mu�rõesNo úl�mo fim de semana de abril, a Defensoria Pública

promoveu na Região Metropolitana de Belém o 1º Mu�rão Metropolitano e mais de 3.000 pessoas foram atendidas. Os atendimentos aconteceram em Belém, Ananindeua, Marituba e Santa Izabel com ações como a de inves�gação de paternidade, pensão alimen�cia, divórcio, reconhecimento voluntário de paternidade e re�ficação de registro civil.

Em maio foi a vez de Santarém receber o mu�rão, de 4 a 8, com a equipe do Programa Pai Legal, para reconhecimento voluntário de paternidade. Houve ainda atendimentos nas áreas Cível, do Consumidor e outros atendimentos especializados.

Texto: Le�cia Sarges e Gerlando Santana

MAIS DE 100 ATENDIMENTOS NO MUTIRÃO DE AUGUSTO CORRÊAMais de 100 atendimentos foram realizados durante o

mu�rão da Defensoria realizado no município de Augusto Corrêa, na região Nordeste do Estado, e cuja abrangência de atuação está vinculada ao Núcleo Regional do Caeté da Defensoria Pública do Estado do Pará.

A defensora Rosângela Lazzarin, coordenadora do núcleo, informou que a ação, que aconteceu de 22 a 24 de abril, se converteu em um grande sucesso. Ela informou que a cidade está há meses sem defensor público, sendo que possui uma

população de quase 45 mil habitantes e mais de 3.000 mil processos.

Par�ciparam do mu�rão os defensores públicos Daniel Lobo, Rosângela Lazzarin, Marcos Assad e a servidora Telma Alcântara. Os dias foram de intenso movimento no salão do júri do Fórum de Augusto Corrêa, local em que aconteceu o atendimento ao povo.

Os defensores fizeram audiências e despachos de processos que estavam parados por muito tempo, inclusive processo de réu preso. A defensora revelou que a Prefeitura Municipal já

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manifestou a vontade de manter um núcleo da Defensoria no município, em razão da necessidade da população local. A prefeitura, aliás, par�cipou do mu�rão em parceria, contribuindo com computadores e outros insumos. A prefeita Maria Romana Gonçalves Reis fez questão de acompanhar a ação e esteve presente, pres�giando o trabalho da Defensoria Pública.

Os principais atendimentos aconteceram nas áreas Cível e de Família. De acordo com Lazzarin, as principais demandas foram

de pensão alimen�cia, divórcio, inves�gação de paternidade e as re�ficações de registros civis de nascimento, casamento e óbito.

Outro munícipio que recebeu atendimento do �po‐força tarefa foi Capitão‐Poço, com programação de atendimento de 25 a 29 de maio.

.Texto: Micheline FerreiraFotos: Divulgação

BUROCRACIA IMPEDE TRATAMENTO DE AGRICULTORAlém de lutar contra um

câncer, o agricultor José Wilson Vieira de Lima, de 56 anos, luta agora contra a burocracia. O p a c i e n t e , q u e v e m s e n d o atendido pelo Hospital Ophyr Loyola, teve a internação negada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) por falta de documentos de iden�ficação.

O pedido de atendimento e internação de José Wilson e o problema da falta de documentos chegou ao defensor público Márcio Cruz, coordenador de Polí�ca Cível da diretoria do Interior, que tenta resolver administra�vamente a questão.

Atualmente ele está em observação no hospital desde o domingo, dia 12. A Defensoria Pública do Estado do Pará emi�u o�cio solicitando que sejam feitos todos os procedimentos necessários para salvar a vida do homem, independente da documentação. É que o agricultor nasceu em Tuntum, no Estado do Maranhão, mas há muitos anos veio morar no Pará sozinho, sem familiares, e tentar uma nova vida.

Atualmente ele vive na zona rural de Santana do Araguaia, região sul do Estado e por conta dessa mudança de vida não possui documentos de iden�ficação, cer�dão de nascimento e nem CPF.

Em abril do ano passado, José Wilson sofreu um acidente durante trabalho braçal. Uma lasca de madeira feriu um dos olhos e, com o passar do tempo, o ferimento só agravou. No mês de março deste ano foi encaminhado para Belém, por meio do

Tratamento Fora de Domicílio (TFD) para realização de exames, entre eles uma biópsia, que até agora não foi feita por conta da falta dos documentos.

O defensor público Márcio Cruz destaca que é imprescindível que a biópsia seja realizada para que a vida do agricultor seja preservada. “Ele tem que ser internado. A vida dele tem que ser resguardada pelo hospital. As questões burocrá�cas podem e devem ser resolvidas depois, com o passar do tempo. O paciente

pode morrer, e por isso a Defensoria vai auxiliá‐lo neste processo”, comentou.

Jeferson Queiroz, diretor da Casa de Apoio na qual José Wilson estava internado afirma que o quadro do agricultor piora a cada dia. “Nós conseguimos com que ele ficasse em observação no Ophyr Loyola, porém o hospital informou que sem os documentos a Sespa não libera o tratamento eficaz. A médica que o atendeu informou que ele precisa com urgência do resultado da biópsia”, reforçou.

Márcio Cruz destacou no o�cio à Sespa que o pedido extrajudicial evita que medidas judiciais sejam tomadas, como por exemplo, responsabilização penal, civil e administra�va do servidor público que negar o direito a internação do paciente.

Texto: Carol Lobo e Micheline FerreiraFoto: Ronaldo Silva

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A sexta, 17 de abril, teve saldo mais que posi�vo para a atuação da Defensoria Pública do Estado, que par�cipou da II Semana Nacional do Júri em todas as comarcas onde há defensor em atuação no Pará, segundo o diretor de Interior, defensor Daniel Lobo.

Em Santarém, por exemplo, os defensores públicos ob�veram resultados posi�vos em todos os casos. Dos 10 júris ocorridos, a Defensoria esteve presente em sete. Santarém foi a cidade que mais realizou tribunais do júri em todo o Estado nesta edição da programação. Os defensores que compuseram os júris foram Daniel Archer, Plínio Barros, Marcos Leandro e Jane Selvia.

As sessões ocorreram entre os dias 13 e 17 deste mês. Ao todo, foram 3.142 julgamentos em todo o país, dos quais 161 processos no Pará, em suas 61 unidades judiciárias.

De acordo com o coordenador da Regional Baixo Amazonas,

Vinicius Toledo, aconteceram dois júris por dia de forma simultânea. “Dos que a Defensoria do Estado par�cipou, foram quatro absolvições, uma pena caiu de qualificada para simples e a outra, do ano de 1991, prescreveu”, contou.

A mobilização aconteceu em todo o país e foi coordenada pelo Conselho Nacional de Jus�ça (CNJ) com o obje�vo de levar a júri popular os responsáveis por crimes dolosos, com intenção, contra a vida, denunciados há mais de cinco anos.

Além do CNJ, a Semana Nacional do Júri é também inicia�va do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Ministério da Jus�ça. O obje�vo é julgar até outubro de 2015 todas as ações penais de homicídios dolosos que tenham recebido denúncia antes de 31 de dezembro de 2009.

Texto: Júlio Ricardo

SALDO POSITIVO NA II SEMANA NACIONAL DO JÚRI

A Defensoria Pública em Barcarena entrou com Ação Civil Pública de indenização por danos m a t e r i a i s e m o r a i s c o m antecipação de tutela na 1ª Vara Cível da comarca da cidade em favor das vi�mas de um grave acidente de ônibus que ocorreu no município em dezembro de 2014.

De acordo com o defensor público Bernardo Morais, que está acompanhando o caso, a empresa agiu com descaso e deve reparar os danos materiais e morais, pois o episódio configura agressão ao direito dos consumidores.

A Ação Civil Pública pede que seja prestada toda a assistência médica aos acidentados, e que a empresa forneça e pague todos os tratamentos e medicamentos necessários para resguardar a saúde dos consumidores, sob pena de multa diária a ser es�pulada, mais a indenização das ví�mas do acidente pelos danos materiais (dano emergente, lucro cessante, perda de uma chance), danos morais e danos esté�cos, pagar pensão para as ví�mas que, em razão das lesões sofridas no acidente de consumo, fiquem inabilitadas para o exercício de sua profissão, ou fiquem com sua capacidade de trabalho diminuída.

O veículo virou na rodovia estadual PA 151 a caminho da cidade de Barcarena e que seria propriedade da empresa de transporte público Arapari Navegação Ltda. O ônibus transportava cerca de 60 pessoas, acima do limite permi�do, com

m u i ta s p e s s o a s e m p é n o m o m e n t o d o a c i d e n t e . O condutor do ônibus estava dirigindo em alta velocidade e perdeu o controle, tombando e ca u s a n d o p â n i co e g rave s ferimentos nos passageiros.

Os passageiros do ônibus procuraram a Defensoria Pública para relatar o ocorrido e a situação de abandono em que se encontravam, pois não teriam recebido da empresa ajuda médica e indenizações, visto que todos �veram objetos perdidos e

quebrados e abalo psicológico, assim como nenhum auxilio foi prestado no dia do acidente.

Os próprios passageiros que socorreram uns aos outros após o tombamento do veículo. A Arapari Navegação apenas forneceu outro ônibus para levar os passageiros para o des�no final, e este mesmo transporte também deu pane. Com a demora, muitos acidentados procuraram hospitais da região sozinhos e foram atrás de contatar seus familiares.

As ví�mas são, em sua maioria, pessoas carentes e desprovidas de recursos financeiros e estão sendo obrigadas a pagar todas as despesas de saúde, além de terem sofrido perdas materiais.

Texto: Ana Le�cia TostesFoto: Divulgação

ACP PEDE INDENIZAÇÃO A VÍTIMAS DE ACIDENTE EM BARCARENA

CIDADANIA PARA A POPULAÇÃO DE PARAGOMINASMais de 500 pessoas foram atendidas em ação de cidadania

realizada pelo Núcleo Regional Rio Capim, em Paragominas, em parceria com o programa Balcão de Direitos, da Defensoria Pública, e apoio da Prefeitura local.

A força‐tarefa aconteceu na sede da Secretaria de Assistência Social do município, localizada na Praça do Ginásio, e oportunizou a emissão de documentos básicos para cidadania, como carteira de iden�dade, Carteira de Trabalho e Previdência

Social (CTPS), 1ª e 2ª via de Cer�dão de Nascimento, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e fotografia 3x4. Também foi ofertado aos moradores atendimentos na área de Direito de Família, com esclarecimentos sobre pensão alimen�cia e outros.

Os defensores públicos, Diogo Eluan, Eliana Magno e Mauricio Santos atuaram no atendimento jurídico à população. De acordo com Diogo Eluan, a força‐tarefa foi idealizada para dar oportunidade de cidadania para a população, com a emissão de

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documentos e esclarecimentos de direitos básicos. A carteira de iden�dade foi um dos serviços mais procurados pelos moradores, segundo ele.

Na ocasião, foi realizada a divulgação da campanha “Defensoria, Para Todos”, que reforça a importância da presença de Defensores em todo o Estado do Pará.

O mu�rão de cidadania teve con�nuidade no úl�mo sábado, 11, com emissão de documentos e atendimentos jurídicos na zona rural de Nova esperança do Piriá.

Texto: Le�cia Sarges

FAMÍLIAS MANTIDAS NA FAZENDA URUTUMO Núcleo Regional Carajás da Defensoria Pública do Estado

conseguiu sentença favorável às famílias que vivem na área da Fazenda Urutum, em Rondon do Pará, que vinham sendo ameaçadas por ação de reintegração de posse por suposto dono do terreno.

O juiz julgou improcedente a reintegração de posse pelo fazendeiro que se in�tulava dono, pois o Ins�tuto de Terras do Pará provou que o terreno é área pública.

O defensor público Rogério Siqueira, do Núcleo da Defensoria Agrária, afirma que em nenhum momento a comunidade usurpou o terreno, apenas ocupando a área sob orientação do Iterpa, já que o fazendeiro nunca exerceu posse agrária sobre o imóvel em questão.

Cerca de 63 famílias invadiram o terreno, que estava abandonado e sem uso há mais de seis anos. No local, formaram uma pequena comunidade, vivendo da agricultura de subsistência. O órgão realizou um cadastro das famílias que ali viviam e procedeu a demarcação dos lotes, entregando o

protocolo de Requerimento de Regularização Fundiária. Assim, com o passar do tempo, a comunidade construiu uma vila de residências, escola, duas igrejas, posto de saúde, entre outras coisas.

O fazendeiro se sen�u lesado com a comunidade no terreno e procurou a jus�ça, afirmando que as famílias haviam derrubado cercas, currais, teriam depredado os prédios da fazenda e até caçado animais silvestres da área de reserva legal. Mas ficou provado que os documentos de posse da área não são verdadeiros, assim como não havia indícios de destruição no terreno, que estava abandonado.

Rogério Siqueira já avisou os moradores da área no úl�mo dia 10 sobre a decisão, em reunião com a representante do assentamento. A Defensoria Agrária vai enviar o�cio ao Iterpa pedindo o andamento provisório ao assentamento, independente do recurso.

Texto: Ana Le�cia Tostes

DEFENSORIA EM BRAGANÇA EXIGE INFRAESTRUTURA PARA PRODUTORES RURAIS

O defensor público Fernando Eurico Lopes emi�u uma recomendação ao prefeito João Nelson Pereira Magalhães, de Bragança, no Nordeste do Estado, para que tome providências sobre a falta de paradas de ônibus no centro comercial da cidade, e que coloca em risco a saúde de produtores rurais da localidade de Cruzeiro da Aldeia, da zona rural do município, que diariamente se deslocam para a sede com o obje�vo de comercialização dos produtos agrícolas.

Fernando Eurico recebeu denúncias por meio de vídeos e fotografias que mostram o descaso da Prefeitura com a população que pega sol e chuva desde a madrugada até o final da tarde, em uma área sem qualquer cobertura contra as intempéries.

Os moradores da comunidade Cruzeiro da Aldeia sempre frequentam o local para vender suas produções e também para comprar alimentos e roupas, porém, sem a infraestrutura necessária, os ambulantes passam por grandes dificuldades, segundo o defensor. “Eles vêm do interior de Bragança para

comercializar os produtos, porém sem o transporte necessário, sem abrigo fica complicado. O prefeito administra de forma desastrosa a situação, mesmo após muitas reclamações, nenhuma a�tude foi tomada. Nas ruas não há semáforo ou qualquer sinalização”, observou.

Ele informou que a prefeitura alugou um prédio para servir como ponto de ônibus, entretanto não tem nada no local, apenas um balcão vazio, no qual as pessoas ficam no calor, sem banheiros e água potável. Por medo de represálias, muitos produtores e comerciantes não denunciam. “As pessoas simples dessa comunidade ficam desde as seis horas da manhã até o final da tarde, passando por variações climá�cas. Muitos até já desis�ram de fazer suas vendas”, destacou o defensor.

A prefeitura tem até 30 dias para cumprir a recomendação. Se o problema não for resolvido, Fernando Eurico adverte que vai entrar com uma Ação Civil Pública contra o município.

Texto: Carolina Lobo

Na próxima sexta‐feira, 17 de abril, o Núcleo Regional de Carajás vai realizar novo mu�rão de atendimento jurídico para toda a população do município de Piçarra, que fica a 122 km de Marabá.

Os defensores públicos Rogério Siqueira dos Santos e José Erickson Ferreira Rodrigues vão atender a população em todas as áreas, notadamente as mais procuradas, como Cível, Família, Direito do Consumidor, Fazenda Pública e Penal.

De acordo com Rogério Siqueira, defensor público de São Geraldo do Araguaia, a expecta�va é atender cerca de 100 pessoas neste mu�rão, que deve beneficiar também moradores da Vila São José, que pertence ao município de Xinguara.

O atendimento acontecerá na Câmara de Vereadores do município, a par�r de 9 horas até às 17 horas.

Texto: Júlio Ricardo

MUTIRÃO VAI ATENDER POPULAÇÃO DE PIÇARRA

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Acidentes de trânsito são recorrentes nas estradas do Pará. Mas José Maria Lopes Monteiro foi ví�ma de um acidente provocado por um grupo de cinco búfalos, que transitava livremente em plena pista da rodovia PA 391, que liga Belém a Mosqueiro.

O motorista colidiu gravemente com os bubalinos que circulavam pelo local e a ba�da acarretou prejuízos �sicos e materiais. José Maria teve ferimentos graves e a perda total do veículo.

Para reparação dos danos morais e materiais, o defensor público Francisco Pinho, da Defensoria Pública em Mosqueiro, protocolou ação contra o dono dos animais, que cria os búfalos em fazenda que margeia a rodovia.

O Ministério Público do distrito ainda denunciou o

fazendeiro por lesão corporal grave, em dolo eventual. De acordo com o defensor Francisco Pinho, esta não foi a primeira vez que animais soltos na estrada da região ocasionaram acidentes graves. Ele informou que em 2013, um outro acidente envolvendo búfalos da mesma fazenda, ocasionou o falecimento de um motociclista.

O descuido de fazendeiros e criadores de animais, na análise do defensor, é um risco não só para os condutores que trafegam nas rodovias paraenses, como também para os próprios animais e todas as pessoas do entorno.

Texto: Daniel SasakiFoto: Divulgação

DEFENSORIA EM MOSQUEIRO QUER INDENIZAÇÃO PARA CONDUTOR QUE SOFREU ACIDENTE NA PA 391

O Núcleo Regional Guamá da Defensoria, em Castanhal, e a Diretoria do Interior da ins�tuição programaram um mu�rão de s e r v i ç o s e a t e n d i m e n t o à população no dia 9 de maio.

A coordenadora do núcleo, defensora Jacqueline Loureiro, informou que os atendimentos têm como obje�vo resolver os problemas que a população local tem sobre pensão alimen�cia, d i v ó r c i o , i n v e s � g a ç ã o d e p a t e r n i d a d e , a l é m d a necessidade de re�ficações de registros civis.

O s a t e n d i m e n t o s acontecerão no prédio sede da Defensoria Pública em Castanhal e contará com a presença de oito defensores e 15 estagiários para atender toda a demanda.

A d e fe n s o ra J a q u e l i n e Loureiro disse ainda que o mu�rão no município ajudará a acelerar as demandas mais importantes junto à população. A força‐tarefa contará com o apoio do Núcleo de Prá�ca Jurídica da Faculdade de Castanhal (FCAT).Texto: ASCOM

Foto: Divulgação

MAIO É MÊS DE MUTIRÃO EM CASTANHAL

DEFENSORIA NO COMBATE ÀS DROGAS EM ABAETETUBAO Núcleo Regional do Tocan�ns da Defensoria Pública do

Estado do Pará par�cipou, nesta sexta‐feira, 17, da cerimônia de posse do Conselho Municipal de Polí�cas contra as Drogas, eleito para o biênio 2015/2016, em Abaetetuba.

O evento é realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, mas conta com o apoio da Defensoria no município, que integra uma grande frente interins�tucional de combate às drogas em

Abaetetuba. Durante o evento, os novos conselheiros tomaram posse para atuação.

O defensor Walbert Brito, coordenador do núcleo, representou a ins�tuição no evento do conselho municipal, que realiza trabalhos em escolas, comunidades e associações. “A Defensoria é responsável por fazer palestras educa�vas contra as drogas para ressaltar que a violência no município decorre desse

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vício na sociedade”, informou.O projeto iniciou em dezembro de 2014, e tem como

parceiros o Ministério Público, Poder Judiciário, Poder Execu�vo e Legisla�vo locais, além da Polícia Militar. O trabalho consiste no esforço de prevenção, tratamento, recuperação, reinserção social e segurança pública no combate ao tráfico e consumo de drogas.

Ainda de acordo com o coordenador, par�cipam das

a�vidades mais de 80 ins�tuições, sendo realizadas várias audiências públicas para alertar sobre o grave problema para sociedade. “É muito importante a par�cipação da Defensoria nessas ações, dado que com essas instruções é possível que se diminua a criminalidade, além de recuperar quem foi ví�ma do uso de drogas”, realçou.

Texto: Carolina Lobo

Com o intuito de reunir dados sobre o caso Agrisal, o defensor público Márcio Cruz, coordenador de Polí�cas Cíveis da Diretoria do Interior, da Defensoria Pública do Estado, encaminhou nesta segunda‐feira, 27, o�cio ao presidente do Ins�tuto de Terras do Pará (Iterpa), Daniel Nunes Lopes, requerendo informações de confrontação cartográfica das 10 áreas que foram transferidas ao Banco da Bahia S/A.

A medida foi tomada depois de reuniões entre a Defensoria e diversos órgãos federais, estadual e secretarias do município de Salinópolis. O defensor solicitou que o Iterpa informasse, também, se há ações judiciais para cancelamento de matrículas irregulares iden�ficadas pelo grupo de trabalho dos órgãos envolvidos e que foi objeto de cancelamento administra�vo pelo provimento do Tribunal de Jus�ça do Pará. No documento, a Defensoria Pública pede que sejam detalhadas as áreas que pertencem a União, ao Estado e ao município de Salinas.

A Defensoria defende a regularização fundiária da área conhecida como Agrisal. A história do local é marcada por conflitos e controvérsias. De acordo com documentação

encaminhada pela Associação de Moradores do Agrisal (AMAG), o terreno foi adquirido na época do “Milagre Brasileiro”, na década de 70, por um grupo de empresários que visava explorar caju na região de Salinópolis. Mas a área já era ocupada por colonos que viviam há anos na região.

Uma reunião realizada no começo de abril tratou dos encaminhamentos do encontro realizado entre a Defensoria do Estado, a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), Defensoria Pública da União e Ins�tuto de Terras do Pará (ITERPA). Na ocasião, as en�dades presentes firmaram acordo para um conjunto de ações em favor das mais de cinco mil famílias que vivem na área.

Márcio Cruz informou que no dia 29 de maio, às 10 horas, haverá nova reunião em Salinópolis entre Defensoria e Procuradoria do município para definir os próximos passos do processo de regularização da ocupação.

Texto: Gerlando SantanaFoto: Ronaldo Silva

DEFENSORIA SOLICITA INFORMAÇÕES AO ITERPA

NOVOS MUTIRÕES EM JACUNDÁ, RONDON E NOVA IPIXUNAA Defensoria Pública do Pará vai promover outros mu�rões

através do Núcleo Regional de Carajás. O obje�vo é desafogar a pauta de atendimentos iniciais, reduzir o tempo de espera e impactar diretamente na diminuição dos agendamentos para os meses de maio e junho nos municípios que serão alvos das ações.

O defensor José Erickson, coordenador da regional, informou que os próximos atendimentos do �po força‐tarefa acontecerão já neste sábado, 2 de maio, no município de

Jacundá.Há, também, atendimentos programados para os municípios

de Rondon do Pará, no próximo dia 8, e em Nova Ipixuna, 9 de maio. Os atendimentos serão nas áreas Cível, Criminal, Família, além de movimentações nos processos.

Texto: Gerlando Klinger e Micheline Ferreira

Pelo menos 90 índios da aldeia Furo Seco, em Vitória de Xingu, passaram a exibir o nome de sua etnia nas cer�dões de nascimento. As populações Juruna, Chipaia e Arara, que residem

às proximidades da construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte ganharam reconhecimento graças ao trabalho integrado e em parceria realizada pela Defensoria Pública do Estado, Tribunal de

CIDADANIA CHEGA A ÍNDIOS DE VITÓRIA DO XINGU

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Jus�ça, Ministério Público e Fundação Nacional do Índio (Funai).A correção do registro civil de nascimento, com a inclusão do

nome indígena, é necessária para que as populações indígenas sejam cadastradas em programas governamentais e os da própria Funai.

A defensora Rossana Parente foi quem par�cipou das audiências no mu�rão na aldeia do Furo Seco, experiência esta marcante em sua trajetória profissional. “Foram duas horas e meia de viagem de carro até a aldeia. Atendemos 104 pessoas e incluímos 90 nomes nas cer�dões de nascimento”, contou.

O trabalho, segundo ela, deve se expandir para outras aldeias, que precisam do acesso à Jus�ça para que os povos indígenas possam exercitar plenamente a cidadania. “Esta ação foi muito importante para a garan�a do direito fundamental dos indígenas e deve ser estendida às demais aldeias da região garan�ndo os direitos dos índios que foram a�ngidos pela construção da usina de Belo Monte”, comentou.

Além da inclusão do nome, o obje�vo era o próprio resgate da iden�dade indígena. A representante da Funai, Geni Umbuzeiro, disse que muitos bene�cios não eram concedidos aos índios por não terem as cer�dões de nascimento com o nome

da etnia ao qual pertencem. “Não eram expedidos os Registros Administra�vos de Nascimento do Índio e eles eram impedidos de conseguir qualquer bene�cio junto ao Governo Federal”, revelou.

O direito ao auto reconhecimento ou auto iden�dade indígena é um critério fundamental para a definição dos povos sujeitos aos direitos fixados na norma de Direito Internacional. A juíza que par�cipou da ação, Carla Dessimoni, baseou sua decisão na convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que dispõe sobre povos indígenas e tribais. “Está assegurado aos povos indígenas aigualdade de tratamento e oportunidades no pleno exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais, sem obstáculos ou discriminação e nas mesmas condições garan�das aos demais povos”, ressaltou.

O próximo mu�rão ocorrerá em julho, na aldeia dos índios Arara, próximo ao quilometro 27 da rodovia Transamazônica, em Altamira.

Texto: Gerlando KlingerFotos: Divulgação

MUTIRÃO ATENDE POPULAÇÃO DE ITUPIRANGALevar atendimento jurídico a

quem precisa, diminuindo a distância entre a população e o acesso à jus�ça. Nesta quarta‐fe i ra , 2 9 , o m u n i c í p i o d e I t u p i ra n ga , p e r te n c e nte à Regional Carajás, recebeu um mu�rão realizado pela Defensoria Pública do Pará. A ação foi organizada pelo defensor público que atua no município, Walter Augusto Barreto Teixeira, e foram r e a l i z a d o s m a i s d e 5 0 atendimentos.

D e a co rd o co m Wa l te r Barreto, o resultado foi sa�sfatório e os atendimentos aconteceram nas diversas áreas do Direito. “Atendemos nas áreas Cível, Família, Registros Públicos, Comercial e Penal”, destacou. Ainda de acordo com o defensor público houve a necessidade urgente do mu�rão no município. “Itupiranga tem o maior con�ngente populacional processual da região e quase todos os agendamentos da Defensoria na cidade foram

demandados”, observou.O coordenador da Regional

da Carajás da Defensoria Pública do Pará, defensor público José Er ickson, esclareceu que o trabalho em Itupiranga era p r i o r i d a d e . “ F i ze m o s u m a concentração de esforços para este mu�rão e o resultado foi muito sa�sfatório, o que é muito importante para nós”, explicou.

Entre os meses de abril e maio, a Defensoria Pública do Estado promoverá mu�rões para atendimentos ao público. Essas

ações já ocorreram na Região Metropolitana da Belém, Altamira e agora em Itupiranga. Santarém receberá o mu�rão a par�r de 4 de maio. E, dia 9, a cidade de Castanhal também terá mu�rão de atendimento ao público.

Texto: Gerlando SantanaFoto: Divulgação

AUDIÊNCIA GERA TERMO DE COMPROMISSO PARA REDUÇÃO DA POPULAÇÃO CARCERÁRIA NO PARÁ

Um termo de compromisso em favor da redução da população carcerária para acabar com o problema das rebeliões. Esta foi a proposição aprovada e lavrada em ata na audiência pública promovida pela Defensoria do estado do Pará, que discu�u o sistema penal do Estado, realizada na tarde de 23 de abril, no auditório da Assembleia Legisla�va do Pará.

O coordenador dos debates na audiência pública, defensor José Arruda, Diretor Metropolitano da ins�tuição, informou que o termo prevê obje�vamente como itens acordados entre as en�dades presentes, a u�lização prioritária do monitoramento eletrônico em presos provisórios, maior celeridade nos

processos, a redução de presos provisórios nos presídios, audiências de custódia e realização de mu�rões. “O termo de cooperação deve ser efe�vado de imediato”, salientou Arruda.

José Arruda, que é também presidente do Conselho Estadual de Polí�ca Criminal e Penitenciária, ressaltou que a principal causa da crise no sistema penitenciário é a superlotação carcerária. “É o principal catalizador da violação de direitos humanos e da cons�tuição”, frisou.

O defensor informou que a população carcerária do Pará conta com excedente de 53% maior do que a capacidade �sica que os presídios suportam. Ao todo, são cerca de 13 mil detentos

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para pouco mais de 8 mil vagas. “A superlotação impossibilita que a lei seja cumprida. Inviabiliza separar o preso provisório do que cumpre pena. Tudo fica comprome�do. Frequentes rebeliões vêm ocorrendo e é preciso atuar para que não cheguemos ao caos e ao colapso do sistema, como ocorreu em outros estados como Maranhão, Pernambuco e Natal”, insis�u. O Diretor Metropolitano da Defensoria disse ainda que “é necessário um sistema que traga estabilidade para todos”.

Além de José Arruda, a mesa foi composta pelo deputado estadual Cássio Andrade, proponente da sessão especial; o Secretário de Jus�ça de Direitos Humanos, Michell Durans; o representante da Ordem dos Advogados do Brasil ‐ seção Pará (OAB‐PA), André Tocan�ns; Superintendente da Susipe, André Luiz de Almeida e Cunha; promotor do Ministério Público do Estado, Mário Sampaio Neto Chermont; a juíza Marinês Catarina, representando o Tribunal de Jus�ça do Estado; o diácono Ademir da Silva, da Pastoral Carcerária; e a ouvidora do Sistema de Segurança Pública, Eliana Fonseca Pereira.

De acordo com o deputado Cássio Andrade, o problema do sistema presidiário é grave e pode piorar com a redução da maioridade penal. “Os presídios não estão preparados. A maioria dos parlamentares, infelizmente, é favorável. É preciso inves�r na

ressocialização e em programas socais” comentou o parlamentar.O diácono Ademir da Silva, coordenador da Pastoral

Carcerária, disse que esse é um assunto que não tem como ver e negá‐lo. A sociedade não pode naturalizar. Ele afirma que é preciso mostrar para as autoridades que o problema não foi esquecido. “É preciso buscar o desencarceramento. Hoje, é uma utopia, diante da situação que se tem, mas temos duas saídas: a humanização do tratamento ao preso e um novo perfil para as novas casas penais que estão sendo construídas”, disse.

O superintendente da SUSIPE, André Cunha, cumprimentou a Defensoria e disse que “toda audiência pública que busque soluções para o problema da superlotação será sempre bem vinda”. Ele explicou ainda que a principal ferramenta usada hoje para o diálogo e transparência com a sociedade pela Susipe é o relatório ins�tucional, publicado mensalmente desde o ano de 2012. “Trata‐se de um pacote de informações de todos os âmbitos da população carcerária e serve como um indicador importante para avaliar o comportamento da população carcerária”, comentou.

Texto: Júlio RicardoFotos: Ronaldo Silva

DEFENSORIA REALIZA 1º MUTIRÃO METROPOLITANOA Defensoria Pública do Estado realizou no sábado, 28 de

abril, de 8 às 14 horas, o primeiro Mu�rão Metropolitano da ins�tuição. A Defensoria realizou atendimentos simultâneos em todas as unidades dos municípios da Região Metropolitana de Belém (RMB) – a capital, Ananindeua, Marituba e Santa Izabel.

A expecta�va foi de atendimento de pelo menos três mil pessoas em todas essas unidades, nesta primeira edição do Mu�rão Metropolitano da Defensoria Mais de 40 defensores atuaram no sábado, em que foram atendidos casos nas áreas de Família, Direito do Consumidor e Cível.

Houve atendimento específico e prioritário para situações em que o cidadão precisasse solicitar a pensão alimen�cia, o fim do pagamento da pensão, a revisão do valor pago como pensão, a inves�gação de paternidade, o reconhecimento voluntário de paternidade, o divórcio consensual, a re�ficação de erros nas cer�dões de casamento, nascimento e óbito e até curatela.

O mu�rão ajudou a Defensoria Pública a desafogar a pauta dos meses de maio e junho, além de reduzir o tempo de espera do cidadão e impactar diretamente na diminuição dos agendamentos, abrindo vagas para novos atendimentos à

população.Em Marituba, município que fica a 20 km de Belém, a

demanda por atendimento é uma das maiores da RMB, daí a necessidade da força‐tarefa, segundo o defensor Rodrigo Ayan, coordenador de Polí�ca Cível Metropolitana.

Além do atendimento da demanda, a população teve à disposição outros serviços. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) ofereceu vacinação e orientações diversas sobre doenças crônicas como o diabetes e hipertensão arterial, por exemplo.

O Diretor Metropolitano, José Arruda, acredita que este primeiro mu�rão beneficia a população que deseja resolver pendências e busca o primeiro atendimento junto à ins�tuição. Ele acredita que o sábado favorece o comparecimento em massa das pessoas que têm demanda para resolver com a ajuda da Defensoria, pois o assis�do não precisa faltar ou atrasar no trabalho.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Ronaldo Silva

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VACINAS, PALESTRAS E VERIFICAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL DURANTE O 1º MUTIRÃO METROPOLITANO

Quem veio procurar os serviços oferecidos no mu�rão da Defensoria Pública do Estado, pôde, também, cuidar da saúde. Vacinação, aferição de pressão arterial e glicemia foram oferecidos pelos funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). Foram 500 doses de vacinas disponibilizadas e 1.000 kits de preserva�vos masculinos e femininos distribuídos aos assis�dos que procuraram a ins�tuição

De acordo com a coordenadora da ação da Sesma, Orliúda da Costa Bezerra, o obje�vo principal foi a orientação. “Além das vacinações, teremos abordagens educa�vas de vários temas ligados à área da saúde e que comporão os atendimentos no dia de hoje. Estamos disponibilizando quatro �po de vacinas à população”, explicou. A Secretaria disponibilizou vacinas para febre amarela, tríplice viral que protege para as doenças de caxumba, sarampo e rubéola, além de di�eria e tétano. “Vamos vacinar crianças a par�r de 10 anos até adultos. Se for verificado algum problema de saúde as pessoas serão encaminhadas para atendimentos especialistas nas Unidades Básicas de Saúde”, destacou.

A dona de casa Marina Silva, 63, veio à Defensoria para ver o processo que move contra um plano de saúde e não perdeu tempo ‐ verificou a pressão arterial. A idosa conta que sofre de hipertensão há 10 anos e o controle é constante. “Por ser hipertensa preciso ter o controle permanente, ainda mais agora que estou sem plano de saúde. É importante que a ajuda vem de vários lados”, disse.

A idosa falou da esperança de poder voltar a ater o atendimento do plano de saúde. “Conto com a ajuda da

Defensoria para poder ser atendida novamente porque o aumento do meu plano foi abusivo,” finalizou.

Já Regina Ferradaz, 57, veio ao mu�rão pedir o auxílio para conseguir o divórcio. À espera de atendimento, foi verificar a pressão arterial e por ter esquecido de tomar o remédio constatou‐se que ela estava com a pressão arterial alta. “A minha pressão está 14 por 8, esqueci de tomar o remédio, creio que deva ter sido o nervosismo da decisão que tomei”, contou. Regina aproveitou também e tomou a vacina contra a febre amarela que já estava vencida. “É preciso cuidar da saúde como um todo. Tomei a vacina para estar em dia com a viagem que vou fazer futuramente,” explicou.

Nas abordagens educa�vas da Sesma, temas como doenças tropicais, doenças sexualmente transmissíveis, leptospirose e violência no trânsito foram abordadas de forma diferente. De acordo com Railana Neves, auxiliar técnica de entomologia da Secretaria Municipal de Saúde, o trabalho de conscien�zação ocorreu com demonstrações visuais. “Nós mostramos quais são os animais que transmitem doenças como a de chagas, que é o barbeiro, e a diferença entre a dengue e a febre chikungunya, que apesar de apresentarem sintomas pra�camente iguais, são diferentes e ambas são transmi�das pelo Aedes agyp�”, esclareceu.

No total, 25 homens e 52 mulheres foram atendidos nos serviços que aferiram a pressão arterial e a taxa glicêmica.

Texto: Gerlando SantanaFotos: Ronaldo Silva

A Defensoria Pública de Ananindeua foi um dos núcleos que par�cipou do primeiro Mu�rão Metropolitano da ins�tuição, no dia 25 de abril. As ações foram realizadas no prédio‐sede da Regional e no ônibus do Programa Balcão de Direitos, que ficou posicionado na praça São José, na BR 316.

Uma força tarefa formada por oito defensores e 14 servidores uniram esforços para prestar atendimentos nas áreas Cível, Família e do Consumidor, incluindo os serviços de alimentos, inves�gações de paternidade, reconhecimento voluntário de paternidade, divórcios consensuais, acordos, e re�ficações de registros, além de orientações jurídicas e outras demandas.

De acordo com a coordenadora de Ananindeua, defensora

pública Franciara Lemos da Silva, este primeiro Mu�rão Metropolitano da Defensoria foi extremamente importante porque possibilitou a prestação de uma assistência jurídica mais célere para o assis�do da ins�tuição. “Nós conseguimos agilizar marcações de assis�dos que estavam agendados para o mês de maio, junho e julho deste ano. Então nós atendemos casos mais simples, mas que também são mais urgentes, justamente porque são relacionados às questões de sobrevivência, como paternidade e alimentos”, destacou.

Além de reduzir o tempo de espera do cidadão e impactar diretamente na diminuição dos agendamentos, o mu�rão ajudou a abrir vagas para novos atendimentos à população.

O assis�do Ronaldo Mar�ns, 40, relatou que procurou

EM ANANINDEUA, MUTIRÃO METROPOLITANO MOVIMENTOU A CIDADE

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atendimento no mu�rão para cancelar o pagamento de pensão alimen�cia a sua esposa, que desis�u da guarda dos seus dois filhos. “Minha ex mulher não quis mais os nossos filhos e nem eles queriam mais ficar com ela, então eu acho injusto eu con�nuar pagando esta pensão alimen�cia. Hoje com este mu�rão da Defensoria está sendo uma boa esta oportunidade para que a gente resolva logo os nossos problemas”, afirmou.

A dona de casa, Carmem Silva Dias, 61, procurou o mu�rão da Defensoria para conseguir a cer�dão de óbito do filho, falecido há quatro anos. “O meu filho �nha 32 anos e teve uma pneumonia e rápido faleceu. Aí eu consegui enterrá‐lo com a declaração do hospital, mas não sabia que teria que �rar esta cer�dão de óbito, mas aqui na Defensoria Pública vão fazer todos os procedimentos pra mim”, contou.

Atendendo a assis�da, o defensor público Hipólito Garcia explicou que sem a cer�dão de óbito vários problemas poderiam ocorrer futuramente. “A cer�dão de óbito é obrigatória, pois sem ela sequer poderia ocorrer o sepultamento da pessoa. No caso de herança, os próprios herdeiros não poderiam receber, se não houvesse a cer�dão de nascimento dos herdeiros falecidos”, destacou.

Sobre o mu�rão, Hipólito Garcia ressaltou que “é uma oportunidade da ins�tuição resolver casos simples, mas que atrapalham muito a vida de uma grande quan�dade de pessoas”.

No ônibus do programa “Balcão de Direitos”, posicionado na Praça São José, a equipe da Defensoria prestou atendimentos jurídicos e fez os procedimentos para a emissão de cer�dões de nascimento. “Foi uma oportunidade dos assis�dos conhecerem mais os trabalhos da Defensoria e �rarem todas as dúvidas”,

observou o coordenador do “Balcão de Direitos”, Jucemir Siqueira.

Odaléia Souza, 49, também procurou o mu�rão para conseguir pensão alimen�cia para a filha de 14 anos, que nunca recebeu ajuda financeira do pai. “Eu achei muito bom este mu�rão no sábado, porque durante a semana eu realmente não teria tempo de vir aqui na Defensoria. Então, eu só tenho a agradecer aos que trabalham aqui, porque eles resolvem os problemas daqueles que não têm condições de pagar”, declarou.

A assis�da Ta�la Silva, 31, procurou a Defensoria Pública para fazer o teste de DNA de seu filho. “O pai da criança descobriu que o outro filho �do com a esposa dele, na verdade não era dele. Então, ele começou a desconfiar da paternidade do meu filho. Para esclarecer esta dúvida, eu vim aqui na Defensoria e agora sei que o meu caso vai ser defini�vamente solucionado”, disse.

“Nos dias normais, a Defensoria de Ananindeua disponibiliza 10 fichas por dia para o ajuizamento de ações de alimentos, então hoje, com este mu�rão, nós não temos limites de atendimentos. Esta ação é uma forma da Defensoria desafogar os atendimentos”, destacou a defensora Luciana Anjos.

Para o defensor Diogo Eluan, o mu�rão foi muito proveitoso porque a Defensoria está antecipando os atendimentos que estavam agendados para acontecer em vários meses. “Com estas ações, a população é quem sai ganhando, porque a Defensoria Pública presta um serviço mais célere e adequado, mesmo com a evidência da grande carência de defensores públicos”, concluiu.

Texto: Gilla AguiarFotos: Amanda Monteiro

MARITUBA GANHA CIDADANIA COM 1° MUTIRÃO METROPOLITANO

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Atendimentos jurídicos e orientações à população marcaram o 1° Mu�rão Metropolitano da Defensoria Pública do Estado no município de Marituba, na manhã de sábado, 25 de abril.A assis�da Anny Cris�na de Silva contou que chegou cedo à sede da ins�tuição para garan�r atendimento na área da Família e resolver pensão alimen�cia para seus dois filhos, de 15 e 17 anos. “A inicia�va da Defensoria me deu oportunidade de resolver a prioridade de meus filhos, porque um deles é portador de necessidade especial, então necessitam da pensão”, relatou.Boa parte da comunidade de Marituba solicitou a pensão alimen�cia, como por exemplo, o fim da pensão e a avaliação do valor pago, segundo a defensora pública Luana Rochelly Lima.Os defensores Luana Lima e Robério Pinheiro enfa�zaram que o mu�rão teve um saldo posi�vo à comunidade, uma vez que conseguiu desafogar a grande demanda no município.

Para beneficiar a comunidade, a equipe do município realizou uma divulgação para mobilizar os moradores e esclarecer as principais dúvidas, como documentos e horários de atendimentos.O Diretor Metropolitano da Defensoria Pública do Estado, José Arruda, compareceu a Marituba para acompanhar o andamento da ação. “É gra�ficante ver o retorno dos assis�dos, já que muitas pessoas não podem procurar o atendimento no prédio‐sede durante a semana”, disse.Par�ciparam do mu�rão, dois defensores públicos, quatro estagiários, servidores públicos da Defensoria e da Prefeitura de Marituba. Texto: Le�cia SargesFotos: Amanda Monteiro

Em Santa Izabel, o 1º Mu�rão Metropolitano aconteceu na sala da Defensoria Pública, que fica no Fórum do município. Ações como a de inves�gação de paternidade, pensão alimen�cia, divórcio, reconhecimento voluntário de paternidade e re�ficação de registro civil foram os casos atendidos pelas defensoras Liane Benchimol e Paula Mello de Brito.

O mu�rão foi amplamente divulgado na cidade com o apoio da rádio e jornal locais. Além disso, avisos em escolas, igrejas e na própria Defensoria em dias de atendimento. Madalena Gomes ficou sabendo na igreja que frequenta e, ao chegar à Defensoria para se informar, foi orientada a resolver seu problema de re�ficação de registro civil no dia do mu�rão.

Para ela, a força‐tarefa é de extrema importância, pois, devido à grande demanda de casos no município, nos dias de atendimento comum há uma superlotação, o que faz com que as

pessoas tenham de madrugar em frente à sede para pegar senha.Segundo a defensora Paula Mello de Brito, o mu�rão serviu

para estreitar o relacionamento com a comunidade local e diminuir os obstáculos do acesso ao judiciário, reduzindo as demandas da população. Para a assis�da Edneia Melo, o mu�rão conseguiu cumprir seu obje�vo. “Nós que temos baixa renda precisamos da Defensoria para conseguir acesso à jus�ça”, ressaltou.

Segundo a defensora pública Liane Benchimol, além de garan�r os direitos fundamentais da população, o mu�rão é importante porque diminui o grande número de demandas acumuladas, uma vez que Santa Izabel ficou por sete meses sem defensor.

Texto e Fotos: Amanda Monteiro

POPULAÇÃO COMPARECE AO MUTIRÃO EM SANTA IZABEL

ENCONTRO REÚNE ESCOLAS E CENTROS DE ESTUDOA defensora pública Paula Denadai, da Escola Superior da

Defensoria, par�cipou de reunião do Conselho da Escola Superior da Magistratura (ESM) e representantes de escolas públicas e centros de estudos de formação, no úl�mo dia 13. O obje�vo da reunião foi apresentar os membros do conselho e estabelecer parcerias para cursos. A minuta de um termo de cooperação técnica para uma programação cole�va será apresentada aos representantes ainda neste mês.

Em nome do Conselho, formado pelo presidente do Tribunal de Jus�ça do Pará (TJPA), desembargador Constan�no Guerreiro; e os desembargadores Leonardo Tavares, Gleide de Moura e Vera

Araújo, a atual diretora da Escola, desembargadora Luzia Nadja Nascimento, disse que a proposta do Conselho é transformar a escola em um espaço de reflexão e incen�vo à pesquisa. “O conselho da Escola pensou nesta reunião como forma não só de conhecer todos aqueles que representam as escolas e centros de estudos das ins�tuições públicas, mas principalmente como forma de grandes parcerias. Sabemos que temos assunto em comum, que é melhor ser discu�do por todos. Isso vai contribuir para que o resultado seja melhor, efe�vo, pensado e refle�do”, explicou.

O representante da Escola Superior da Advocacia OAB‐AP,

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Jeferson Bacelar, disse que a parceria é fundamental. “É importante também a parceria com as ins�tuições de ensino superior, que são 13 em Belém e 18 no Estado”, afirmou. O representante da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj), Daniel Silveira, destacou o ganho que a parceria proporciona. “É importante que se consiga também um espaço, porque todos têm a ganhar”, disse.

Es�veram presentes os representantes da Escola Superior da Advocacia (ESA) da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Pará

(OAB‐PA), Jeferson Bacelar; Centro de Estudos da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj), Daniel Silveira; Escola de Governança do Governo do Estado, Ruy Filho; Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, Lúcia Florenzano; Escola Superior da Defensoria Pública do Pará, Paula Denadai; e Procuradoria Geral do Estado, Ieda Fernandes.

Texto: ASCOMFoto: TJE‐PA

A E s c o l a S u p e r i o r d a Defensoria Pública do Pará abriu as inscrições do oitavo processo sele�vo para estagiário do curso de Direito. A seleção visa formar cadastro reserva. As inscrições acontecem até 7 de maio e p o d e m s e r f e i t a s n o s i t e w w w. e s d p a . c o m . b r, o n d e também é possível baixar o edital.

As provas ocorrerão no dia 23 de maio, em local a ser definido, e n ã o s e rá co b ra d a taxa d e inscrição. O exame de seleção consis�rá em uma prova obje�va e uma redação, com duração de quatro horas, no horário de 8 às 12h30. Não haverá segunda chamada ou repe�ção de prova. Só será permi�do fazer o teste com caneta esferográfica de material transparente e �nta azul ou preta.

Estão aptos a par�ciparem do processo sele�vo estudantes de Direito que estejam cursando a par�r do sé�mo semestre ou quarto ano, dependendo do regime de cada ins�tuição de ensino. Não poderão fazer a prova alunos cuja ins�tuição de ensino não tenha convênio de estágio com a Defensoria Pública ou Secretaria de Estado de Administração (SEAD), e estudantes

que já tenham estagiado em outro órgão do Estado do Pará por mais de seis meses.

Serão des�nados 10% do total das vagas para pessoas com deficiência �sica, desde que as a�vidades de estágio sejam compa�veis com a deficiência de que são portadoras. Também é preciso comprovar por meio de laudo médico original expedido no máximo 15 dias antes do té r m i n o d a s i n s c r i çõ e s . O candidato que se inscrever como deficiente pode requerer por

escrito até 10 dias antes da prova um tratamento diferenciado para a seleção, indicando as condições diferenciadas de que necessita para a realização do teste.

A confirmação da data e as informações sobre o local da prova serão divulgadas com cinco dias de antecedência através de email informado pelos candidatos no ato da inscrição.

Texto: Ana Le�ciaFoto: Ronaldo Silvas

ESCOLA SUPERIOR REALIZA SELEÇÃO PARA ESTAGIÁRIOS

CURSO AJUDARÁ NA FORMAÇÃO DE ESTAGIÁRIOSA E s c o l a S u p e r i o r d a

Defensoria Pública do Pará abriu as inscrições do oitavo processo sele�vo para estagiário do curso de Direito. A seleção visa formar cadastro reserva. As inscrições acontecem até 7 de maio e p o d e m s e r f e i t a s n o s i t e w w w. e s d p a . c o m . b r, o n d e também é possível baixar o edital.

As provas ocorrerão no dia 23 de maio, em local a ser definido, e n ã o s e rá c o b ra d a ta xa d e inscrição. O exame de seleção consis�rá em uma prova obje�va e uma redação, com duração de quatro horas, no horário de 8 às 12h30. Não haverá segunda chamada ou repe�ção de prova. Só será permi�do fazer o teste com caneta esferográfica de material transparente e �nta azul ou preta.

Estão aptos a par�ciparem do processo sele�vo estudantes de Direito que estejam cursando a par�r do sé�mo semestre ou quarto ano, dependendo do regime de cada ins�tuição de

ensino. Não poderão fazer a prova alunos cuja ins�tuição de ensino não tenha convênio de estágio com a Defensoria Pública ou S e c r e t a r i a d e E s t a d o d e A d m i n i s t r a ç ã o ( S E A D ) , e estudantes que já tenham estagiado em outro órgão do Estado do Pará por mais de seis meses.

Serão des�nados 10% do total das vagas para pessoas com deficiência �sica, desde que as a�vidades de estágio sejam compa�veis com a deficiência de

que são portadoras. Também é preciso comprovar por meio de laudo médico original expedido no máximo 15 dias antes do término das inscrições. O candidato que se inscrever como deficiente pode requerer por escrito até 10 dias antes da prova um tratamento diferenciado para a seleção, indicando as condições diferenciadas de que necessita para a realização do teste.

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REUNIÃO DISCUTE AÇÕES PARA SITUAÇÃO DE PRESAS DO CRF

A confirmação da data e as informações sobre o local da prova serão divulgadas com cinco dias de antecedência através de email informado pelos candidatos no ato da inscrição.

Texto: Ana Le�ciaFoto: Ronaldo Silva

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH) da Defensoria do Pará par�cipou no dia 6 de abril, de reunião na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB‐PA), Seção Pará, para tratar das denúncias sobre a situação das detentas do Centro de Recuperação Feminina (CRF), em Ananindeua.

Os defensores de Direitos Humanos e diversas en�dades como Comissão de Direitos Humanos da OBA‐PA, Ins�tuto Paraense de Defesa de Direitos (IPDD), Secretaria de Estado de Jus�ça e Direitos Humanos (SEJUDH) e Sociedade Paraense em Defesa de Direitos Humanos (SDDH) também es�veram na reunião.

De acordo com a defensora Felícia Fiúza, o obje�vo do encontro foi apurar as queixas existentes. “Os advogados e representantes de Direitos Humanos foram impedidos de entrar no CRF e visitar seus assis�dos”, comentou.

As en�dades já estão ar�culando e preparando uma documentação conjunta para ser encaminhada às en�dades jurídicas e administração do Sistema Penal do Estado para cobrar

explicações e soluções.No úl�mo dia 31 de março

houve rebelião na casa penal em razão de uma série de problemas que as presas alegam passar, como a má qualidade da comida e maus tratos diários. Um dia após a rebelião, a advogada de uma das custodiadas, Léslie Ba�sta, foi até o CRF visitar a cliente, pois havia conseguido alvará de soltura, entretanto foi impedida de vê‐la, o que segundo ela o impedimento ocorreu porque as presas foram espancadas pelos policiais da casa

penal e estariam muito machucadas.Além da adversidade, uma pane ocorrida no sistema de

informá�ca do Poder Judiciário do Pará paralisou as comarcas de todo o Estado impossibilitando a Superintendência do Sistema Penal (SUSIPE) a cumprir os alvarás de soltura, inclusive o da cliente da advogada Léslie Ba�sta.

Texto: Amanda MonteiroFoto: Ronaldo Silva

MÃES DE PRESAS DO CRF DENUNCIAM TORTURA E MAUS TRATOSA defensora Felícia Fiuza, do Núcleo de Defesa de Direitos

Humanos da Defensoria, ouviu o drama de quatro mães de presas custodiadas no Centro de Reabilitação Feminina (CRF), em Ananindeua, no dia 7 de abril.

O grupo procurou a Defensoria depois de reunião ocorrida no dia 6, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil ‐ Seção Pará (OAB‐PA), com várias en�dades jurídicas e de defesa de Direitos Humanos, que discu�u a situação das internas naquela unidade.

As mães das presas denunciaram uma série de abusos come�dos após a rebelião ocorrida na casa penal, no úl�mo dia 31 de março. Segundo relato de uma das mães, que preferiu não se iden�ficar, as filhas �veram os cabelos cortados por facas após o mo�m. Há uma denúncia também de uma mulher que estava grávida e foi agredida fisicamente por agentes penitenciários. Além das agressões, as mães também contam que os objetos

pessoais levados durante as visitas, como ven�ladores e lençóis, foram confiscados.

De acordo com Felícia Fiuza, o NDDH já está preparando um relatório, que será cole�vo, para apurar todas as denúncias formuladas pelo grupo de mães. “Enviamos também ainda hoje o�cio para o CRF de Ananindeua, cobrando explicações sobre o informado”, disse a defensora.

Como resultado do trabalho integrado das en�dades, foi definida uma visita sigilosa ao CRF de Ananindeua. As en�dades preparam também relatório sobre as denúncias apresentadas pelos advogados e familiares de presos para tomar as medidas judiciais cabíveis sobre o caso.

Texto: Júlio Ricardo

VISTORIA AVALIA SITUAÇÃO DO CRFO Núcleo de Defesa de Direito Humanos (NDDH) da

Defensoria Pública par�cipou, no dia 22 de abril, de visita carcerária no Centro de Reabilitação Feminina (CRF), em Ananindeua, junto com outras en�dades de defesa de Direitos Humanos como a Secretaria de Estado de Jus�ça e Direitos Humanos (Sejudh), Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos (SDDH), Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB‐PA), além da ouvidoria do Sistema de Segurança Pública, Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca‐Emaús) e do membro do Comitê Gestor Estadual de Prevenção e Combate

à Tortura, Marcelo da Silva Freitas.A ação é parte dos encaminhamentos conjuntos que estão

sendo realizados pelas en�dades depois que advogados e familiares de detentas denunciaram situação de maus tratos e abusos como retaliação ao mo�m realizado no úl�mo dia 31 de março.

A defensora Felícia Fiúza foi quem acompanhou a ação, que consis�u basicamente em conversar com as internas, ouvir as reivindicações e apurar os casos de tortura relatados há mais de uma semana. “A vistoria foi bastante produ�va, pois pudemos

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conhecer a estrutura �sica do CRF, a equipe de profissionais e conversar com quatro internas que nos ajudaram a elucidar os

fatos”, disse.Texto: Júlio Ricardo

NDDH MANTERÁ APURAÇÃO DE TORTURAA defensora pública Felícia Fiuza, do Núcleo de Defesa de

Direitos Humanos (NDDH) da Defensoria informou que con�nuará apurando as denúncias de maus tratos e tortura às presas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), mesmo depois de reunião com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe). “Seguimos recebendo denúncias de que as presas estão sen�ndo algumas mudanças impostas depois do mo�m, com um comportamento mais regrado e restrições”, afirmou ela.

O núcleo par�cipou de reunião no úl�mo dia 9 com representantes da Susipe e en�dades de Direitos Humanos para tratar das denúncias de abusos ocorridos na unidade, que fica em Ananindeua, após o mo�m do úl�mo dia 31 de março. As internas do CRF fizeram rebelião na casa penal em razão de uma série de problemas elencados por elas, como a má qualidade da comida e maus tratos diários.

O próximo passo agora, segundo Felícia Fiuza, é encaminhar as denúncias apuradas pela Defensoria a outros órgãos e realizar um dia de visitas ao CRF para entrevistar as assis�das.

A Susipe alega que as informações são inverídicas. Os representantes da superintendência afirmam que a tenta�va de fuga foi intentada apenas por uma pequena parcela das presas. De um universo de 501 mulheres que cumpre pena, 20 foram as que realizaram o mo�m. A administração do sistema penitenciário exibiu ainda um vídeo em que aparecem detentas ameaçando uma agente prisional. Foi mostrado também, em fotos, facas artesanais e celulares, segundo a Susipe, apreendidas depois da rebelião. A direção do CRF também alega que não houve abuso.

Texto: Júlio Ricardo

VISTORIA CONFIRMA TORTURA E ABUSO DE POLICIAIS DO COEO Núcleo de Defesa de Direitos Humanos da Defensoria

Pública confirmou os abusos e torturas realizados por policiais do Centro de Operações Especiais (COE) contra as internas do Centro de Reabilitação Feminino (CRF) de Ananindeua, após a rebelião ocorrida no dia 31 de março. O relatório de vistoria realizada na úl�ma quarta‐feira, 22, foi divulgado durante audi|ência pública que debateu o sistema penitenciário na Assembleia Legisla�va, nesta quinta, 23.

O NDDH, junto com as demais en�dades presentes na vistoria, vai enviar um pedido de esclarecimentos para o Comando da Polícia Militar. “Con�nuaremos apurando os fatos e acompanhando as mães de internas que procuraram a Defensoria. Após um posicionamento do Comando da Polícia sobre o caso, buscaremos as soluções viáveis”, concluiu a defensora.

A defensora Felícia Fiúza, do NDDH, informou que durante a inspeção, um grupo de quatro presas pôde conversar com uma

força‐tarefa de en�dades ligadas a direitos humanos, designada para acompanhar a situação do CRF, após a denúncia dos abusos. As internas confirmaram que foram obrigadas a tomar banho de lama e que receberam �ros de bala de borracha. Além disso, �veram seus cabelos cortados com facas e receberam golpes de capacetes e coronhadas. “Foi relatado também que houve tortura psicológica, xingamentos e humilhação para todas”, contou Fiúza.

A agressão, de acordo com as presas, par�u de agentes do COE que estavam sem o nome nas fardas e encapuzados. Ainda foi relatado que parte das presas transferidas para o CRRM, em Marabá, não estava envolvida na rebelião.

Felícia expôs ainda, em sua fala na audiência, que a visita dos familiares está sendo feita dentro das celas, o que gera constrangimento, principalmente por conta das visitas ín�mas.

Texto: Júlio Ricardo

REGIONAL DE CARAJÁS OUVE PRESAS TRANSFERIDASO coordenador do Núcleo Regional Carajás da Defensoria,

defensor José Erickson Pereira, realizou visita carcerária no úl�mo sábado, 11, no Centro de Recuperação Regional de Marabá (CRRM), a pedido do Núcleo de Direitos Humanos ( N D D H ) , c o m o p a r t e d o s e n c a m i n h a m e n t o s d e acompanhamento após a rebelião do dia 31 de março e para apuração de denúncias de abuso sobre as internas depois do ocorrido.

O defensor conversou com as 19 mulheres transferidas pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) para a unidade após o mo�m e realizou relatório das denúncias formuladas.

As detentas contaram terem sofrido lesões corporais em Belém, apontando a existência de marcas de bala de borracha em seus corpos, e que seus cabelos foram cortados e que essas condutas foram come�das por agentes da Susipe, da Rotam e até do Corpo de Bombeiros. Além disso, há relatos de que foram agredidas quando chamadas para fazerem cura�vos e, de acordo

com os relatos, �veram pertences tomados e sofreram outros �pos de abusos antes da transferência, como banho com água de fossa e lama, mistura de lama na comida e duas presas teriam ainda recebido �ro de bala de borracha na cabeça.

O defensor informou que seis agentes da Susipe, oriundos de Belém, estão acompanhando a situação das internas, mas que apenas dois deles estavam na manhã do dia 11, durante a inspeção. As internas também reclamaram que estão dormindo no chão, pois não há colchões suficientes e estão bebendo água da torneira.

Outra reclamação é que há baratas circulando na unidade penal e ainda que o atendimento médico está sendo feito de forma precária, e que não há visita nem contato com familiares. Outro problema relatado é que não há ainda informações acerca da situação processual e do tempo que irão permanecer em Marabá.

Texto: Júlio Ricardo

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MORADORES DE ABRIGO TERÃO REGISTRO TARDIO DE NASCIMENTOO Núcleo de Defesa dos

Direitos Humanos (NDDH) da Defensoria Pública do Pará realizou os primeiros Registros Tardios de nascimento para duas pessoas consideradas incapazes, moradoras de abrigos de Belém, nesta terça e quarta‐feiras, 14 e 15 de abril.

A defensora pública Anelyse Freitas, coordenadora do núcleo, conseguiu junto ao Cartório de Registros do 2º O�cio da capital, através de pe�ções e laudos m é d i c o s , a C e r � d ã o d e Nascimento dos assis�dos Inácia Santos e Antônio Silva.

Inácia vive no abrigo Socorro Gabriel, localizado na Travessa Padre Eu�quio. Segundo laudo da equipe médica do local, ela tem idade provável entre 50 a 60 anos e não possui nenhum dos documentos de iden�ficação nem familiares. Apresenta quadro de esquizofrenia e problemas cardiológicos, porém não consegue tratamento por conta da falta de documentação. Enquanto isso, os problemas de saúde vêm se agravando.

No dia a dia, Inácia é muito agressiva e não aceita nenhum �po de ajuda das assistentes sociais e enfermeiras do abrigo, daí

a importância de tratamento psiquiátrico ininterrupto.

Em situação parecida, o outro a b r i ga d o, A ntô n i o S a nto s , c o n h e c i d o c o m o A n t ô n i o Borboleta, mora na casa de abrigo para Moradores Adultos de Rua (CAMAR), no bairro de São Brás. E l e t a m b é m n ã o t e m documentos, mas ao contrário de I n á c i a , A n t ô n i o n ã o f a l a . Comunica‐se por gestos, o que d i fi c u l t a a e v o l u ç ã o d o acompanhamento e a busca por familiares. Ele é portador de

graves problemas odontológicos, que impossibilitam até mesmo a alimentação.

Tanto Antônio quanto Inácia já foram encaminhados às unidades de saúde e não puderam receber atendimento por conta da falta de documentos. Mas a expecta�va, de acordo com a defensora, é que após a intervenção da Defensoria, com as ações de registro tardio, deve se normalizar em breve.

Texto: Carolina LoboFoto: Ronaldo Silva

O Juiz da 1ª Vara de Fazenda da Capital, Elder Lisboa Ferreira da Costa, acatou o pedido de liminar da Defensoria contra o Estado e a Secretaria de Saúde Pública (Sespa), que agora estão obrigados a custear medicação de C.S.A.N., portadora de paralisia cerebral e epilepsia. Com a decisão, fica assegurada para a assis�da a compra mensal de quatro caixas do remédio Bacom e de 19 pacotes de fraldas geriátricas.

A mãe de C.S.A.N. procurou o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH) porque vive o drama de não ter condição financeira de custear o tratamento da filha, orçado no valor de R$ 6.421 por mês.

De acordo com a defensora Felícia Fiuza, que acompanha o

caso, ela solicitou ajuda por não poder arcar com a medicação, que oferece dignidade à filha e um quadro mais estável. “A distribuição gratuita para pessoas carentes de medicamentos essenciais à preservação de sua vida ou saúde é um dever cons�tucional que o Estado não pode deixar de cumprir”, explicou.

A Sespa deve fornecer os remédios e insumos até o quinto dia ú�l de cada mês para a assis�da. A decisão do Judiciário deve ser cumprida de forma imediata, sob pena de multa diária de 500 reais à Sespa, no caso de não viabilizar a assistência definida.

Texto: Júlio Ricardo

REMÉDIOS GARANTIDOS PARA PORTADORA DE PARALISIA

R E V I S T A D I V U L G A C A U S A L G B TA defensora pública Felícia Fiuza, do Núcleo de Defesa dos

Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado, par�cipará nesta sexta‐feira, 17, do lançamento da revista Verbo Livre, editada e produzida pelo movimento LGBT.

Felícia é integrante do Comitê Gestor de Combate à Homofobia do Estado do Pará. Ela avalia que a produção de uma

revista se converte em instrumento de divulgação da causa LGBT para formadores de opinião, por exemplo.

O lançamento da publicação acontecerá na tarde desta sexta na boate Malícia, no bairro do Reduto.

Texto: Micheline Ferreira

DEFENSORIA NA VI CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOSA defensora Felícia Fiúza par�cipará como convidada de

fórum com temá�ca “Acessibilidade e Direitos Humanos” que acontece durante a VI Conferência Internacional de Direitos Humanos. O evento, organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), será realizado de 27 a 29 de abril, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia.

A representante do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos (NDDH) compar�lhará com o público presente, durante a terça‐

feira (28) as experiências da Defensoria Pública do Estado no atendimento a pessoas portadoras de necessidades especiais e os desafios da acessibilidade.

Além de Fiúza, representantes de outras en�dades e convidados especialistas também par�cipam do debate como o Secretário Nacional de Polí�cas às Pessoas com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Antonio José Ferreira; o presidente do Conselho Nacional dos

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Direitos das Pessoas com Deficiência (CONADE), Flávio Henrique Souza; a Associação Paraense de Pessoas com Deficiência (APPD); a Promotora de Jus�ça de Defesa da Pessoa com Deficiência e Idosos do Ministério Público do Estado, Adriana Simões Colares; dentre outras.

De acordo com Felícia, o convite ao NDDH é uma demonstração da importância do papel da Defensoria no atendimento a casos de problemas de acessibilidade. “A população tem procurado o núcleo pela referência que já existe e o empenho da equipe em prestar esse �po de atendimento que é fundamental para esse seguimento da sociedade”, comenta a defensora.

O NDDH atendeu em 2014 um total de 656 pessoas. No mês de outubro, foi quando ocorreu recorde de atendimentos, com 210 recepções a pessoas que procuraram a Defensoria. Em 2015, já foram 283 atendimentos, sendo 131 apenas no mês de

abril. Haverá ainda, no mesmo dia, fóruns

relacionados a outras temá�cas como d i r e i t o s L G B T ' s , a c e s s o à á g u a e saneamento, grandes projetos na Amazônia, direito à moradia, povos da floresta, acesso a terra, exploração sexual infan�l e tráfico de pessoas, reforma polí�ca e direito à verdade.

A VI Conferência Internacional de Direitos Humanos é um evento que reunirá grandes nomes da polí�ca, especialistas e a�vistas do Brasil e do mundo, focados em ideias e propostas que tem como obje�vo aprimorar o Estado Democrá�co de Direito. O evento é voltado para advogados, estudantes e comunidade em geral. Mais i n f o r m a ç õ e s n o s i t e : h�p://www.oab.org.br/vi‐cidh/

Texto: Júlio RicardoCartaz: Divulgação

DEFENSORES REALIZAM VISTORIA NO JURUNAS

Os defensores públicos Anderson Pereira e Fábio Lima, do Núcleo Cível Residual e Fazenda Pública, realizaram no dia 30 de abril uma visita ao bairro do Jurunas para vistoriar a área a�ngida pelas obras do programa Portal da Amazônia. Eles conversaram com famílias da área na sede da Associação dos Moradores das Terras de Marinha do Pará (AMTEMEPA).

Os defensores constataram que a população luta pela regularização fundiária, baixos valores a �tulo de indenização de suas residências e muitas vezes o não reconhecimento de que realmente são moradores da área. Segundo relatos, o chamado aluguel social pago a quem foi remanejado está com o valor sem qualquer reajuste e há sete anos é de R$ 400.

Junilson Nascimento é autônomo, morador da comunidade Ilha Bela, no bairro da Cremação. Segundo ele, antes das obras realizadas pela Prefeitura de Belém moravam aproximadamente 200 famílias e agora estão apenas 80 vivendo no local. “Essas pessoas estão lá com medo de serem expulsas, estão lá porque não tem para onde ir. Os outros receberam uma indenização pequena de, no máximo, cinco mil reais, e foram embora para a casa de familiares”, afirmou.

A associação foi criada em 2007 com o obje�vo de defender a

moradia da população de baixa renda, que vive em terras de marinha. A presidente da en�dade, Wanja Lobato, contou que a maior finalidade da associação é regularizar as pessoas dessas áreas que não têm para onde ir. “Nós só queremos o que é nosso por direito. Muita gente vem até a associação chorar porque teve sua casa destruída ou porque estão pressionando para sair do imóvel. A indenização da prefeitura não dá para comprar casa em lugar algum da capital. Nós queremos a regularização em caráter cole�vo, a concessão de uso para fins de moradia”, declarou.

Os bairros a�ngidos pelas obras da prefeitura são a Cidade Velha, Condor, Jurunas, Cremação e Terra Firme. Após análise e vistoria no local, os defensores públicos constataram que o maior entrave está na Prefeitura de Belém, daí entendem que a solução seria a emissão de uma recomendação ao município. “Nós vamos enviar a recomendação, mas queremos primeiro dialogar com a prefeitura. Caso não seja possível, poderemos propor até mesmo uma ação civil pública. Essas pessoas estão sendo re�radas de suas moradias sem qualquer respeito e não podemos aceitar isso”, concluiu o defensor Anderson Pereira.

Texto: Carolina Lobo / Fotos: Ronaldo Silva

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LIMINAR GARANTE TRATAMENTO À IDOSADesde setembro de 2014, a

pac iente Benedi ta Caste lo Branco, portadora de glaucoma s e c u n d á r i o , a g u a r d a d a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) uma Válvula de A h m e d , p a r a o ê x i t o d o tratamento de saúde a que está sendo subme�da. A paciente não tem como arcar com as altas despesas desse tratamento e procurou a Defensoria Pública para intervir. O Núcleo da Fazenda Pública obteve liminar em Ação de Obrigação de Fazer, mas até o momento o disposi�vo ainda não ficou disponível para a idosa.

Dona Benedita é portadora da delicada patologia e já foi subme�da a três cirurgias não bem sucedidas. Devido à gravidade da doença, a válvula foi prescrita por médico especialista como de fundamental importância, já que controla a pressão do globo ocular causada pela doença.

Por não ter condições financeiras, é dever do Estado arcar com as despesas do insumo. Porém, a SESPA não procedeu à compra da válvula. O prazo inicial dado pela secretaria foi para que a paciente aguardasse e entrasse em contato cerca de três meses depois, para verificar se a válvula seria fornecida, devido aos trâmites de licitação. Em razão do caso da paciente ser delicado, o Núcleo Cível Residual e da Fazenda Pública da Defensoria Pública requisitou o fornecimento do insumo no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de mil reais.

Contudo, ainda no intuito de resolver o problema no âmbito administra�vo sem necessidade d e mover o j u d ic iá r io, fo i estabelecido contato telefônico com a direção da SESPA, pois o médico que cuida da idosa possuía uma Válvula de Ahmed e se pron�ficou em fornecê‐la, na c o n d i ç ã o d e q u e a S E S PA repusesse quando os trâmites de licitação terminassem. Mas nem mesmo com essa oferta do médico a secretaria resolveu a questão, não concordando com a

alterna�va oferecida.O defensor Rodrigo Cerqueira, coordenador do Núcleo da

Fazenda Pública, argumentou na ação interposta em novembro do ano passado que a saúde pública é de responsabilidade do Estado, sendo que a postura de negar este direito básico é incons�tucional. Ressaltou, também, que a própria Lei de Licitações determina que o procedimento licitatório seja dispensável nas hipóteses que a demora na aquisição material provoque perigo de grave lesão a terceiros, como é o caso da idosa.

O juízo da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital deferiu em liminar o fornecimento da válvula, mas o insumo ainda não foi entregue à idosa, que corre o risco de ficar cega.

Texto: ASCOM / Foto: Ronaldo Silva

REMÉDIOS ASSEGURADOS A PACIENTE COM CÂNCERA paciente Rosilene Barros de Souza, portadora de câncer de

mama, conseguiu na Jus�ça, através do Núcleo da Fazenda Pública da Defensoria, os remédios Tykerb e Xeloda 500 mg que necessitava para o tratamento da doença. O Ins�tuto de Assistência aos Servidores do Estado do Pará (Iasep), que administra o plano ASSIST, da qual é assegurada, não autorizou a liberação de medicamentos, o que gerou uma Ação de Obrigação de Fazer com pedido de tutela antecipada, garan�ndo os medicamentos necessários para efe�var o tratamento da assis�da.

Rosilene tem a doença desde 2008 e iniciou o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No início, realizou tratamentos no Hospital Ophir Loyola, onde foi subme�da a três cirurgias. Na primeira delas, re�rou os nódulos da mama e nas duas cirurgias posteriores, re�rou o material neoplásico para realização de biópsia, além de fazer esvaziamento axilar. Ainda neste hospital, foi subme�da a tratamentos de quimioterapia e radioterapia.

A par�r de 2012, Rosilene passou a apresentar fortes e persistentes tosses, razão pela qual foi necessário seu retorno ao hospital para consulta com sua mastologista, que percebeu não se tratar de algo normal e por isso solicitou encaminhamento ao oncologista. No mesmo ano, já na condição de segurada do plano

dos servidores, a paciente foi atendida em clínica par�cular conveniada pelo oncologista José Luiz Carvalho, e após tomografias, comprovou‐se que o câncer havia se espalhado para os pulmões e �gado.

Com o decorrer do tempo, o tratamento nesta clínica não estava mais sur�ndo efeito e as tosses retornaram. Por isso trocou de oncologista e foi atendida por Eliude Nascimento, que deu con�nuidade ao tratamento quimioterápico e solicitou ao Iasep os medicamentos Tykerb e Xeloda 500 mg. Mas o Ins�tuto não autorizou a liberação dos remédios alegando que o plano de saúde não cobria este �po de tratamento, prejudicando o já grave estado de saúde da assis�da.

O defensor Rodrigo Cerqueira argumentou na ação o direito à saúde e a incons�tucionalidade da postura do Iasep, já que é previsto na Cons�tuição a saúde como direito de todos e dever do Estado. Além disso, alegou a impossibilidade do plano de saúde prever quais são os tratamentos a serem cobertos e fornecidos, só podendo apresentar estas restrições quanto às doenças. Portanto, a assistência médico‐hospitalar deve ser prestada de forma integral à paciente.

Texto: Amanda MonteiroFoto: Ronaldo Silva

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LIMINAR ASSEGURA PENSÃO DEPOIS DOS 21 ANOSUma estudante de 21 anos

conseguiu, de forma inédita, o direito de receber a pensão alimen�cia mesmo depois de completar 21 anos. O defensor público José Anijar Fragoso Rei, do Núcleo da Fazenda Pública, obteve liminar favorável em tutela antecipada em 1º grau, deferida pelo juiz da 4ª Vara de Fazenda Pública da Capital, João Ba�sta Lopes do Nascimento.

A l i m i n a r f a v o r e c e a estudante de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA) Karine de Paula Mar�ns da Cruz, e garante a con�nuidade do pagamento de sua pensão alimen�cia.

O Ins�tuto de Previdência e Assistência do Município de Belém (IPAMB) havia informado que suspenderia o bene�cio para a universitária pelo fato de ter completado 21 anos de idade em 17 de junho de 2014.

Karine recebe pensão por morte desde 1999, em virtude do falecimento de uma �a, ex‐segurada, sua responsável legal. Ela procurou a Defensoria após a nega�va do IPAMB ao pedido administra�vo que havia feito no sen�do da manutenção do pagamento da pensão até completar 24 anos, por não ter outra fonte de renda. “Em que pese a legislação previdenciária dispor sobre o pagamento da pensão por morte para o filho até os 21

anos de idade, a jurisprudência pátria tem firmado entendimento n o s e n � d o d e q u e a l e i previdenciária, privilegiando‐se o caráter eminentemente social e protetor daquele diploma em detrimento da legalidade estrita, deve ser interpretada de acordo com os princípios cons�tucionais, dentre eles, o da dignidade da pessoa humana, bem como, o direito fundamental implícito no ar�go 227 da Magna Carta, segundo o qual, é dever do Estado assegurar aos jovens, com

absoluta prioridade, o direito à educação”, diz o documento da decisão.

Segundo José Rei, que acompanha o caso, a garan�a da pensão é diretamente ligada a assegurar o direito à educação. “É dever do Estado e da família resguardar o direito da pensão, ainda que seu beneficiário tenha a�ngido a maioridade, no intuito de possibilitar o custeio de seus estudos”, disse o defensor.

Ainda de acordo com o documento da liminar, os efeitos da decisão se aplicam imediatamente.

Texto: Júlio RicardoFoto: Ronaldo Silva

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO COBRA SOLUÇÕESEm uma sociedade que busca

igualdade para todos, ainda há descaso quando o assunto é o direito de ir e vir da pessoa com mobilidade reduzida. Nenhuma empresa de transporte cole�vo da Região Metropolitana de Belém (RMB) atende ao que d e t e r m i n a a C a r � l h a d e A c e s s i b i l i d a d e d a A gê n c i a N a c i o n a l d e Tr a n s p o r t e s Terrestres (ANTT). Essa foi a constatação feita durante reunião promovida no dia 7 de abril pela Defensoria Pública do Estado, com representantes das associações, que contaram um pouco do drama pessoal que os portadores de deficiência sofrem no dia‐a‐dia.

O defensor público do Núcleo de Defesa do Consumidor (NUCON), Johny Giffoni, confirmou que vai solicitar, por meio de recomendação, que seja realizada a fiscalização de todos os ônibus que circulam na RMB. “Os órgãos responsáveis precisam fazer essa fiscalização. Os deficientes passam por situações di�ceis e humilhantes. Nós não percebemos porque não somos cadeirantes,” destacou.

Ele também vai recomendar ao Sindicato das Empresas (SETRANSBEL), que seja feito um treinamento para os funcionários com o obje�vo de melhorar o atendimento a esse usuário especial. Durante a reunião, os representantes Silvio

Roberto Quaresma e José Ricardo Leal da Silva, da Associação de Deficientes Fís icos do Pará (ADFPA), Sergio Silva Rocha e Ricardo Ferreira Brandão, da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD), Maurício Gonçalves Amaral e Messias Araújo Neves, do Ins�tuto de Pessoas com Deficiência de Ananindeua (IPDA) fizeram um apanhado de problemas que eles passam nas paradas de ônibus, d e nt ro d o s co l e� vo s e n o tratamento interpessoal com

motoristas e cobradores.Para o defensor Arnoldo Peres o problema acontece também

por conta da falta de treinamento e especialização dos funcionários. “Eles (cadeirantes) nos informaram que são maltratados dentro do transporte, muitas vezes os motoristas queimam as paradas quando veem uma pessoa em cadeira de rodas esperando”, descreveu o defensor.

A linha Cipriano Santos informa que 90% das plataformas elevatórias não funcionam. Os dirigentes das en�dades informaram que na Viação Forte, os funcionários relataram que dificilmente a plataforma veicular funciona e os motoristas agem de forma grosseira, se recusam a permi�r o acesso ao ônibus.

Texto: Carol Lobo / Foto: Ronaldo Silva

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CELPA LIDERA RANKING DE RECLAMAÇÕES NO NUCON

REAJUSTE ABUSIVO NA TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA EM DISCUSSÃO

S e t e m e s e s d e p o i s d e firmado o acordo de cooperação entre a Defensoria Pública do Estado e a Centrais Elétricas do Pará (Celpa), a procura de clientes que se queixam dos serviços prestados pe la companhia con�nua intensa no Núcleo de Defesa do Consumidor (Nucon).

O coordenador do núcleo, d e f e n s o r A r n o l d o P e r e s , informou que cerca de 40% dos atendimentos diários con�nuam sendo relacionados a problemas com a concessionária de energia elétrica. “Não há melhora na qualidade do serviço”, afirmou. A média de atendimento de casos fica entre 30 a 50, diariamente. A empresa está em primeiro lugar no ranking de reclamações do Nucon.

Em julho de 2014, a Defensoria ajuizou Ação Civil Pública, na 13ª vara civil de Belém, contra a Celpa para coibir os cortes indevidos. A ação foi mo�vada pelos altos índices de casos desse �po, apresentados pelos usuários. Foi quando após o ingresso da ação, no mês de setembro do ano passado, houve o acordo entre a companhia e a Defensoria, que previa a cons�tuição de um canal direto de troca de informações, por email e telefone, para agil izar as demandas emergenciais de consumidores prejudicados por cobranças abusivas. Obje�vo era evitar o excesso de judicializações e assegurar mais rapidamente os direitos dos cidadãos.

Entretanto, os consumidores con�nuam procurando a

ins�tuição e as queixas só se acumulam. De acordo com Arnoldo Peres, na guerra judicial contra a empresa e a favor da população carente, a Defensoria acumula mais de 30 liminares, apenas sobre débitos pretéritos, uma modalidade abusiva de cobrança de dívidas que a Celpa empreendeu nos úl�mos dois anos. “Agora haverá inves�gação da forma do cálculo. Se for verificado irregularidade, é mais uma ação que a empresa irá sofrer”, revelou.

Em março desse ano, após audiência pública realizada entre órgãos de defesa do consumidor, ins�tuições como Ministérios Públicos Estadual e Federal, representação da Agência Nacional de Energia Elétr ica (A N E E L), Defensoria, O A B‐PA e parlamentares, foi definida a realização de mu�rão para fiscalizar a situação dos medidores da empresa. A concessionária se comprometeu em realizar a inspeção para tentar iden�ficar os aumentos superiores aos sucessivos reajustes autorizados pelo governo federal e que estão levando muitas pessoas a reclamar da conta de luz.

Além do monitoramento, a Defensoria se comprometeu a fornecer dados esta�s�cos para subsidiar ações que busquem a melhoria dos serviços prestados pela concessionária.

Texto: Júlio RicardoFoto: Ronaldo Silva

Foi realizada no dia 24 de abril, no auditório da Assembleia Legisla�va do Estado, sessão especial para debater e discu�r sobre o aumento abusivo na tarifa cobrada pelas Centrais Elétricas do Pará (Celpa). O evento foi p roposto pe los deputados estaduais Celso Sabino e Tiago A r a ú j o .O defensor público Arnoldo Peres, coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nucon), representou a Defensoria no evento. En�dades como Procon, Inmetro, Arcon, membros da sociedade e representantes da Celpa também es�veram presentes.

Durante a sessão, foram discu�dos casos que envolveram as cobranças abusivas e se debateu possíveis soluções para o problema, como a criação de uma CPI para inves�gar o reajuste na tarifa de energia elétrica. A nova tarifa está em vigor desde 5 de agosto de 2014, quando o governo federal autorizou o novo reajuste solicitado pela Celpa, de 34,34%, para os consumidores residenciais, e 36,41% para a indústria.

O defensor público Arnoldo Peres lembra que o aumento de energia tem a�ngido todas as esferas da população, uma vez que

i n ú m e r a s q u e i x a s s ã o constantemente recebidas na sede da Defensoria Pública, sobretudo de cobranças abusivas.

“Eles calculam a energia e l é t r i c a d e fo r m a e r ra d a , onerando os consumidores de formal ilegal e abusiva, mas repassam para o Governo do Estado de forma certa”, revelou.

Ele adianta que a ins�tuição ainda vai averiguar o erro dos cálculos de impostos, com auxílio de um contador técnico. Caso sejam confirmadas as denúncias

que chegaram ao Nucon, o núcleo vai entrar com ação cole�va contra a empresa.

Para o defensor público, a sessão representou a luta de importantes en�dades em favor da população paraense. “O evento mostrou a integração de grandes en�dades em prol da sociedade paraense. O Pará é um dos estados mais ricos em energia, porém é um dos estados que paga a tarifa mais cara do país. Temos que mudar essa realidade”, disse.

Texto: Daniel Sasaki e Le�cia SargesFotos: Divulgação

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RECLAMAÇÕES CONTRA CELPA DURANTE MUTIRÃO METROPOLITANOCom problemas na Rede

Celpa, Ana Rita da Silva, de 48 anos, compareceu ao 1º Mu�rão Metropolitano para resolver a s i tuação judic ia lmente. De acordo com Ana Rita, a Celpa a n o � fi co u em j u lh o d o a n o p a s s a d o s o b r e u m a irregularidade no medidor de sua casa.

Ela afirma que o medidor do poste estava lacrado desde abril de 2014, e uma equipe foi fazer manutenção para trocar os medidores e mostrou, após a vistoria, que tudo estava regular, dando um documento que comprovava que o medidor estava lacrado. Três meses depois a Celpa voltou para fazer uma nova inspeção e achou a irregularidade no medidor, que estava lacrado desde abril quando houve a ul�ma visita, e achou três fios soltos.

Ana Rita afirma que ninguém, exceto a própria equipe da Celpa, mexeu nos medidores, e não aceita a multa de R$ 1.150,00 que a concessionária de energia quer que pague. Após procurar o Procon, a única solução que a Celpa ofereceu foi parcelar a conta e dar um desconto de 10% no valor da multa. Como mais uma vez

se recusou a pagar, a empresa cortou sua energia.

Durante três dias a casa de dona Ana Rita, que fica no bairro de São João de Outeiro, ficou sem energia elétrica, até que uma das parcelas da multa foi paga. “Estragou as coisas que eu �nha na minha geladeira, passei pela humilhação de dormir no pá�o, sendo que não devia nada para a Celpa”, ressaltou.

Ana Rita diz que se sente preocupada, pois ainda não teve condições de pagar as outras

parcelas por estar desempregada e teme que a Celpa corte sua energia de novo. Procurou a Defensoria Pública, pois afirma que o erro foi da equipe que foi fazer a vistoria, que por erro técnico desconectou os fios.

Assim como a moradora de Outeiro, inúmeras outras pessoas recorreram ao mu�rão para reclamar contra a Celpa Equatorial.

Texto: Ana Le�cia TostesFoto: Ronaldo Silva

DEFENSORIA CONSEGUE PRIMEIRA LIMINAR DO FIESO Núcleo do Consumidor

(NUCON) da Defensoria Pública do Estado do Pará obteve a primeira liminar favorável em Ação de Obrigação de Fazer c o n t ra a U n i v e r s i d a d e d a Amazônia (Unama), garan�ndo à e s t u d a n t e d o c u r s o d e Publicidade, Jéssica Helen do Carmo Mar�ns, matrícula nos termos de contrato do Fundo de Financiamento Estudan�l (FIES) sem prejuízos ou acréscimos na mensalidade. A decisão foi do juiz da 8ª Vara Cível e Empresarial de Belém, Marco Antônio Lobo Castelo Branco.

Na liminar, o juiz afirmou que o pedido de antecipação deferido garante que a estudante não sofrerá danos irreparáveis ou de di�cil reparação, caso não fosse autorizada a matrícula de Jéssica, nas condições inicialmente contratadas. Caso a universidade não cumpra a decisão judicial terá que pagar uma multa de R$ 50 mil.

A defensora pública Jennifer Araújo afirmou que o caso de Jéssica abre precedentes para que os outros casos sejam alcançados pelo mesmo bene�cio. “Entendemos que a conciliação é o melhor caminho para se resolver o problema, mas como não foi possível com a Unama, fica o ensejo de que os outros casos cole�vos sejam deferidos da mesma forma”, destacou.

A defensora explica que as ações do FIES foram complexas e ressalta esta primeira liminar. “O caso da Jéssica foi o primeiro que nós atendemos. Por isso que a ação dela foi individual. Depois, com o aumento da demanda, nós fomos analisando os

casos e vendo as ações cole�vas”, esclareceu.

A estudante comemorou a decisão, destacando que passa a r e s p i r a r a l i v i a d a c o m o reconhecimento da jus�ça de que houve má fé da universidade. “ M u i t o s c o l e g a s d e s a l a abandonaram o curso. Eu estou fazendo provas, mas estava c o n fi a n t e n u m a d e c i s ã o favorável”, comentou.

O Núcleo do Consumidor da Defensoria ajuizou em 10 de março deste ano a primeira Ação

de Obrigação de Fazer com pedido liminar e indenização por danos morais contra a Universidade da Amazônia (Unama) por ter cobrado mensalidades da estudante Jéssica Silva, do curso de Publicidade e Propaganda, que foi atraída para o ves�bular pelo panfleto de financiamento de 100% do curso pelo FIES.

Ela é uma das poucas estudantes que conseguiu fazer um novo contrato pelo site, com base em uma tabela entregue pela Unama, mas a universidade ao tomar conhecimento que a contratação seria pelo fundo, apresentou nova tabela com valor da mensalidade saltando de R$ R$ 859,06 para R$ 1.300.

O pai da estudante é aposentado por invalidez e recebe um salário mínimo. A mãe não pode trabalhar porque cuida do marido e a �a, Lauriane, autônoma, é quem vem bancando as mensalidades cobradas abusivamente pela ins�tuição.

Entenda o caso FIES no Pará

No mês de março a Defensoria Pública do Pará atendeu mais de 2.200 pessoas com problemas no Fundo de Financiamento

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Estudan�l. Todos os casos foram analisados, sendo que alguns foram encaminhados à Defensoria Pública da União e Ministério Público da União.

Nos mês passado foi protocolada na jus�ça uma Ação Civil Pública com todos os casos em que envolvia a propaganda enganosa por parte da Unama. “A Ação Civil Pública que está ajuizada vai beneficiar não só as pessoas que vieram à Defensoria, mas vai a�ngir todos os alunos da universidade que não vieram e estavam na mesma situação. Duas outras faculdades veicularam propaganda enganosa e também vamos ingressar com Ações Civis Públicas”, relatou a defensora.

Como o atendimento de Jéssica foi o primeiro envolvendo o caso de propaganda enganosa a chegar à Defensoria Pública do Estado, o obje�vo é que todas as outras ações sejam deferidas de forma posi�va pela juíza da 4ª Vara Civil, Rosana Canelas. “Vamos

esperar pela decisão da juíza e ver se ela vai dar a liminar favorável ou não. Caso a resposta seja nega�va, nós vamos recorrer até a úl�ma instância”, garan�u Jeniffer Araújo.

A defensora afirmou que as universidades que fizeram a propaganda abusiva deverão arcar com todas as outras responsabilidades. “Pretendíamos chegar a um consenso, mas não foi possível. Há a responsabilidade dos gestores do fundo, mas há também por parte dos gestores das Universidades, sendo que a parte mais fraca da relação é o aluno. Coube a nós mediar essa relação, porque se a Universidade não possuir o FIES ela terá que conseguir de outra forma para o aluno. Objeto da propaganda faz parte do contrato,” finalizou.

Texto: Gerlando Santana e Micheline FerreiraFotos: Micheline Ferreira

NOTA ESCLARECE ESTUDANTES SOBRE SITUAÇÃO DO FIESO Núcleo do Consumidor (NUCON) da Defensoria Pública do

Estado divulgou nota técnica direcionada aos estudantes que não conseguiram ainda o primeiro contrato junto ao Fundo de Financiamento Estudan�l (FIES).

Em nota, os defensores Arnoldo Peres, Nilza Maria Paes da Cruz, Rossana Parente, Jeniffer Araújo e Johny Giffoni esclarecem todos os procedimentos que já foram adotados e os que serão ainda pelo Núcleo do Consumidor em favor dos alunos das nove ins�tuições de ensino superior localizadas na Região Metropolitana de Belém (RMB).

A nota realça parecer elaborado pela Procuradoria da União que informa que em nenhum momento o Ministério da Educação

autorizou que as universidades oferecessem vagas ilimitadas para candidatos que lançariam mão do FIES para cobrir as despesas dos cursos pretendidos. Segundo este parecer, todas as faculdades estão condicionadas à disponibilidade orçamentária do MEC e, por conseguinte, do Governo Federal.

O documento informa que mesmo com o indeferimento da Ação Civil Pública proposta pela Defensoria Pública do Estado, outras medidas judiciais estão sendo tomadas para resguardar os direitos dos estudantes paraenses.

Texto: Micheline FerreiraFoto: Ronaldo Silva

RECOMENDAÇÃO DIZ QUE ESTUDANTES DEVEM CONCLUIR O SEMESTREU m a R e c o m e n d a ç ã o

Extrajudicial conjunta, assinada pelas Defensorias Públicas do Estado e União, mais Ministério Público Federal, adverte as ins�tuições de ensino superior da Região Metropolitana de Belém (RMB) que se abstenham de fazer o desligamento automá�co dos estudantes de novos contratos que não conseguiram ainda o F u n d o d e F i n a n c i a m e n t o Estudan�l (FIES).

A recomendação aconselha expressamente que esses alunos estão amparados pelo ar�go 6º da Lei 9.870/99, e que devem concluir o primeiro semestre le�vo sem qualquer prejuízo de suspensão de provas escolares, retenção de documentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por mo�vo de inadimplemento, sujeitando‐se o contratante, no que couber, às sanções legais e administra�vas, compa�veis com o Código de Defesa do Consumidor, e com os ar�gos 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias.

O documento foi encaminhado às universidades da Amazônia (Unama), Faculdade Maurício de Nassau, Escola Superior da Amazônia (Esamaz), Faculdade de Belém (Fabel), Ins�tuto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), Sociedade Civil Integrada Madre Celeste (Esmac), Faculdade Brasil

Amazônia (Fibra), Faculdade Estácio de Sá (FAP) e Faculdade Metropolitana da Amazônia (Famaz).

O obje�vo da recomendação é assegurar o direito de conclusão do semestre de cerca de 10 mil estudantes que a inda não c o n s e g u i r a m a c e s s a r a contratação das semestralidades dessas faculdades pelo FIES. O prazo para novos contratos se encerrou no dia 30 de abril. O único prazo dilatado corresponde aos contratos an�gos. Para os

casos de aditamento, a nova data fixada pelo MEC foi até 29 de maio.

O defensor público Johny Giffoni, do Núcleo do Consumidor da Defensoria Pública do Estado, informou que o documento recomenda que as ins�tuições de ensino superior não devem cancelar a matrícula de nenhum aluno que não conseguiu o cadastro no FIES. E mais. A recomendação sugere, ainda, que as universidades não façam nenhuma cobrança dos estudantes que não tenham conseguido fazer o cadastro no site do fundo, e que possam comprovar as tenta�vas de inscrição no bene�cio.

Outro ponto importante da recomendação feita pelas Defensorias da União e do Estado e Ministério Público Federal é que esses alunos não sejam enquadrados como inadimplentes nos órgãos de proteção ao crédito, uma vez que foram atraídos

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pela propaganda enganosa das universidades, que ofereceram acesso ilimitado ao FIES. “Nós temos aqui um documento emi�do pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) que comprova que o contrato de adesão das faculdades com o MEC não garante vagas ilimitadas”, argumentou Jeniffer Araújo.

Mais de 2.200 estudantes foram atendidos pelo Núcleo do

Consumidor da Defensoria Pública do Estado em março deste ano, reclamando de propaganda abusiva pelas universidades da RMB e de problemas para acessar o sistema do FIES.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Ronaldo Silva

AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPÕE DANO MORAL COLETIVO CONTRA UNAMAO Núcleo do Consumidor

(NUCON) da Defensoria Pública do Estado protocolou, no dia 13 de abril, a primeira Ação Civil Pública com pedido de tutela antecipada contra a Universidade da Amazônia (Unama), União de Ensino Superior do Pará e Grupo Ser Educacional, requerendo, e n t r e o u t r a s c o i s a s , a m a n u t e n ç ã o d e t o d o s o s estudantes que buscam o Fundo de Financiamento Estudan�l (FIES) nos cursos a que prestaram processo sele�vo 2015.1 e, na impossibilidade de atendimento deste pedido, o deferimento de dano moral cole�vo no valor de R$ 36 milhões.

A ACP é assinada por todos os defensores públicos do Núcleo do Consumidor da Defensoria e tramita agora na 4ª Vara Cível e Empresarial de Belém. A defensora Jeniffer Araújo disse que a expecta�va é que a liminar fosse logo apreciada, uma vez que faltavam duas semanas para o término do prazo de contratação do FIES.

Ela informou ainda que a Unama encaminhou, no dia 10, cópia do mandado de segurança ob�do junto à Jus�ça Federal, mas que na análise dos defensores do NUCON, não muda concretamente a situação dos estudantes. “Decidimos ajuizar porque esta decisão não oferece nenhuma segurança. É decisão liminar e não de mérito e concretamente não foi efe�vada”, avaliou.

A Ação Civil Pública possui 96 folhas e enumera várias situações, desde os casos em que os estudantes �veram de assinar o termo de garan�a de vaga, até outros que aderiram ao contrato padrão, depois termo adi�vo eximindo a universidade da responsabilidade pelos que não conseguissem o FIES, detalhes da audiência de conciliação, da audiência pública na Assembleia Legisla�va, a ação de fiscalização feita pelo Procon a pedido da Defensoria e a relação dos estudantes da Unama que procuraram a ins�tuição. “Vale ressaltar que mesmo apresentando essa relação, não são somente esses os beneficiários da ação”, esclareceu a defensora, reiterando que se a liminar de dano moral for deferida, cada estudante terá de executar a decisão individualmente.

A ACP do NUCON pede, ainda, “que seja determinada a suspensão imediata da prá�ca e publicidade enganosa, 'FIES 100%', ou qualquer outra que induza os consumidores a erro, do site das requeridas, de impressos ou qualquer outro meio de veiculação de propaganda que tenha sido u�lizado pelas mesmas”.

Requer, também, que “seja determinada a interrupção da realização de novas matrículas vinculadas à obtenção do FIES, bem como seja veiculado em meios de comunicação impresso e

e l e t rô n i c o s d e q u e h o u ve m u d a n ç a s n a s r e g r a s d e concessão do Financiamento Estudan�l pelo Governo Federal”.

A ação também pede que por medida liminar a Unama defira todos os alunos atraídos pela propaganda de estudos via FIES e que os a lunos possam ter prerroga�vas e direitos de gozar c o m o a l u n o re g u l a r m e nte matriculado nos diversos cursos, permi�ndo‐se o acesso as salas de aula, anotação de presença, acesso ao sistema informa�zado

de registro de notas e faltas, e realização de todas as provas do curso, inclusive, durante seis meses, sem o pagamento de quaisquer taxas, mensalidades ou multas, sendo facultado aos alunos a inscrição junto ao FIES no semestre posterior”.

Outro pedido em medida liminar é que a universidade faça a rescisão contratual do aluno que assim o desejar, “em conformidade com o ar�go 35, inciso III do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e que seja efetuada a devolução de todos os valores pagos pelos alunos que efetuaram o cancelamento da matrícula, decorrente da impossibilidade de obtenção do FIES pelos mesmos, sem a cobrança de taxas ou multas”.

A Defensoria pede como condenação à Unama a garan�a da concessão de bolsa de estudos até o final do curso a todos os alunos detentores do documento “Termo de garan�a de vaga”, e que não consigam se cadastrar no FIES, em conformidade com o art. 35, inciso I e II do Código de Defesa do Consumidor.

Que a Unama seja também condenada a garan�r aos alunos que não ob�veram o FIES, e “estejam enquadrados em uma das seguintes hipóteses, em conformidade com a portaria 01 de janeiro de 2010: a) beneficiários das bolsas parciais de 50% concedidas no âmbito do ProUni; b) beneficiários das bolsas complementares referidas na Portaria MEC nº 01 de 31 de março de 2008; c) as pessoas que estejam cursando, ou venham a cursar, curso de licenciatura, bolsa de estudos até o final do curso, em conformidade com o art. 35, inciso I e II do Código de Defesa do Consumidor”.

Alterna�vamente, caso não seja possível o financiamento estudan�l pelo FIES aos alunos que foram atraídos pela publicidade mediante a promessa, que a Unama disponibilize linha de crédito alterna�va, que deverá conter as mesmas regras de financiamento garan�das pelo FIES, e não havendo, que a própria ins�tuição absorva a eventual diferença de prazo ou percentual para pagamento do financiamento.

Também como medida alterna�va, caso não seja disponibilizado FIES ou outro financiamento nos termos requeridos pela Defensoria, a ACP pede a condenação da universidade a fornecer outro serviço ou bem de consumo aceito

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pelo aluno ou rescinda o contrato firmado, res�tuindo o que já foi pago, monetariamente corrigido, além das perdas e danos, inclusive de natureza moral.

O documento propõe que seja “emi�do preceito condenatório para determinar à Unama que aplique o índice de aumento autorizado pelo Ministério da Educação de 6,4%, suspendendo todas as cobranças de taxa extra, ou aumento das mensalidades em valor superior ao estabelecido pelo MEC para todos os alunos que possuem FIES, ou que tenham se matriculado na promessa de obtenção do FIES”.

Propõe, também, que seja emi�do preceito condenatório determinando que a universidade efetue o cancelamento de todos os boletos e contratos referentes à cobrança de taxa extra,

em valores superiores aos contratados pelos alunos que possuem o FIES, bem como pelos novos alunos. E, por fim, que o pagamento de quan�a não inferior a 36 milhões como reparação pelos danos à cole�vidade de consumidores, em decorrência dos danos morais cole�vos.

A ACP prevê ainda aplicação de multa diária no valor de R$ 5 mil por descumprimento das determinações judiciais. Os defensores autores da ação são: Nilza Maria Paes da Cruz, Johny Fernandes Giffoni, Rossana Parente Souza e Jeniffer de Barros Rodrigues Araújo.

Texto: Micheline FerreiraFoto: Ronaldo Silva e NUCON

N U C O N P R O T O C O L A N O V A S A C P SO Núcleo do Consumidor da

Defensoria Pública do Estado protocolou duas novas Ações Civis Públicas para salvaguardar o s e s t u d a n t e s q u e n ã o c o n s e g u i r a m a p r i m e i r a contratação do pagamento de semestralidades pelo Fundo de Financiamento Estudan�l (FIES), do Ministério da Educação (MEC).

A primeira Ação Civil Pública protocolada, no dia 28 de abril, t ramita na 8ª Vara Cível e Empresarial de Belém e foi ajuizada contra a Faculdade de Belém (Fabel), enquanto a segunda foi no dia 29, e se refere aos problemas com o FIES na Escola Superior Madre Celeste (Esmac) e está tramitando na 1ª Vara Cível e Empresarial da capital.

Ambas as ACPs têm pedido de tutela antecipada e pedem danos morais aos estudantes no valor de R$ 12 milhões. De acordo com a defensora pública Jeniffer Araújo, do Núcleo do Consumidor, as ações mostram claramente que os estudantes foram atraídos por propaganda enganosa, uma vez que as universidades ofereceram vagas ilimitadas para acessar a contratação do FIES. Mas, no entanto, os alunos foram surpreendidos com mensagem no site do fundo informando a limitação de vagas para a ins�tuição de ensino superior a que estavam pleiteando.

Tanto a primeira quanto a segunda Ação Civil Pública apelam para que a medida liminar seja deferida, garan�ndo que todos os alunos possam cursar o semestre completo sem qualquer restrição ou prejuízo, sem pagamento de taxas, mensalidades ou multas, sendo facultado aos alunos a inscrição junto ao FIES no

semestre seguinte, e que até aqueles que queiram fazer a re s c i s ã o co nt rat u a l s e j a m beneficiados com a devolução de valores eventualmente pagos, sem a cobrança de nenhuma taxa a �tulo de cancelamento ou desistência.

A primeira ACP protocolada pela Defensoria, contra a Unama, foi parcialmente deferida pelo j u í z o d a 4 ª V a r a C í v e l e Empresarial. A decisão da liminar, segundo os defensores Jeniffer Araújo e Johny Giffony, foi

ambígua. Ao mesmo tempo que solicita a re�rada de publicidade dúbia do porta de internet da ins�tuição, não reconhece a propaganda enganosa pela Universidade da Amazônia.

O NUCON vai recorrer da decisão e entrar com um recurso chamado Embargos de Declaração com pedido de efeito infringente, que significa o efeito modifica�vo da decisão, a par�r das incongruências e inconsistências apresentadas. Este recurso será apreciado pela própria juíza da 4ª Vara Cível e Empresarial de Belém, Rosana Lúcia de Canelas Bastos.

Os embargos apresentam natureza recursal, porque cons�tuem impugnação do julgado com o escopo de que um novo pronunciamento jurisdicional ocorra sobre a lide ou questão processual, embora tenha de limitar‐se a esclarecimento do contraditório ou da obscuridade, ou ainda do suprimento da omissão.

Texto: Micheline FerreiraFotos: Ronaldo Silva

PALESTRA ALERTA MULHERES SOBRE VIOLÊNCIAA Defensoria Pública do Pará esteve presente na primeira

reunião do ano da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). O evento debateu projetos e ações que garantem a proteção e exercício na defesa dos direitos dos consumidores. A reunião foi realizada nos dias 15 e 16, em Brasília.

O defensor público Johny Giffoni, do Núcleo de Defesa do Consumidor (NUCON), representou a Defensoria Pública do Pará no evento. Durante a reunião foram discu�das pautas relevantes para a defesa dos consumidores, como o posicionamento contrário dos defensores sobre a medida provisória que aumenta

o valor do limite do crédito consignado para servidores aposentados e pensionistas.

Outro destaque da reunião foi a discussão sobre o Fundo de Financiamento Estudan�l (FIES). O evento contou com a par�cipação do representante do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Antônio Corrêa, que deu explicações sobre os problemas enfrentados pelo programa. Durante as discussões, a Defensoria Pública do Pará apresentou toda a sua atuação, incluindo Ação Civil Pública contra a Universidade da Amazônia (Unama) por propaganda enganosa.

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Segundo Giffoni, a par�cipação no evento mostrou o papel de destaque da Defensoria do Pará em prol dos direitos dos consumidores. “Nós percebemos que somos uma das poucas Defensorias do Brasil que atua de maneira direta na questão do

FIES. É gra�ficante ver o nosso trabalho sendo reconhecido nacionalmente”, disse.

Texto: Daniel Sasaki / Foto: Ronaldo Silva

NAEFA DISCUTE DEMANDAS COM O DEFENSOR GERAL

Defensores Públicos e gestores do Núcleo de Atendimento à Família (NAEFA) par�ciparam de reunião no úl�mo dia 8 com o Defensor Público Geral, Luis Carlos de Aguiar Portela, para debater demandas do núcleo.

O encontro ouviu defensores que atuam em diversos núcleos da área de Família da ins�tuição, a fim de ajustar o funcionamento desses núcleos para melhor atender ao assis�do.

Na ocasião, a defensora pública Paula Denadai relatou a importância dos convênios com os Núcleos de Prá�ca Jurídica (NPJ) das faculdades, que atuam na área da Família, e que possui mais demandas por parte dos assis�dos. “Muitos casos são atendidos por meio dos NPJs e assim conseguimos aumentar o número de atendimentos, além de garan�r rapidez na solução do problema”, explicou ela.

O defensor público Bruno Braga ressaltou que a reunião representou o terceiro ciclo de conversas entre os núcleos da Defensoria e a gestão. Encontros de trabalho com as regionais do interior também fazem parte dos próximos passos de aproximar

cada vez a mais a direção da ins�tuição de suas unidades em todo o Estado. “Já ouvimos os núcleos que estão na Região Metropolitana, a Entrância Especial e o Núcleo do Consumidor. Em breve vamos dar retorno das demandas solicitadas”, observou o chefe de gabinete.

Os defensores públicos par�ciparam do debate e esclareceram as a�vidades realizadas diariamente no NAEFA, entre eles, Luis Paulo Franco, coordenador do núcleo, Rosemary dos Reis, Neide Lima Rocha, Odoldira Auxiliadora Figueiredo, Alana de Silva Fernandes e Germana Barros, além da assessora Thais Pamplona e a técnica da Escola Superior, Stela Lobato.

O coordenador de Polí�ca Cível Metropolitana da Defensoria Pública do Estado, Rodrigo Ayan, e o defensor Público, Mauro Pinho, também par�ciparam da reunião.

Texto: Le�cia SargesFotos: Ronaldo Silva

NEAH DEBATE O CIÚME ENTRE CASAISHomens envolvidos em situação de violência domés�ca e

familiar par�ciparam nesta quarta‐feira, 8, de reunião realizada pelo Núcleo Especializado de Atendimento ao Homem (NEAH), da Defensoria Pública do Estado do Pará. Os encontros semanais têm como obje�vo levar conhecimento e conscien�zar os par�cipantes para o fim da violência domés�ca.

Com o tema “Ciúme Patológico”, a reunião debateu os riscos causados pelo ciúme em uma relação a dois. De acordo com a estagiária de Psicologia, Lilian Lopes, a escolha do tema se deu pela observação das relações entre os casais. “A escolha veio de uma percepção de relações, onde um sente que tem poder sobre o outro. Queremos mostrar o quanto isso prejudica a vida a dois”, comentou.

Além de debater temas importantes, a assistente social Maria Lima explicou que as reuniões têm a preocupação de mostrar como o co�diano pode estar relacionado aos temas deba�dos. “Nós queremos que os assis�dos percebam que os temas estão em nossa convivência. Trazemos cenas de novelas, trechos de músicas, coisas do co�diano para que eles entendam melhor a temá�ca”, afirmou.

As reuniões semanais realizadas pelo NEAH ocorrem todas as quartas‐feiras, às 16h, no auditório da Defensoria Pública do Estado do Pará. A cada semana são deba�dos temas que visam à conscien�zação para o combate à violência domés�ca e familiar.

Texto: Daniel Sasaki

MUTIRÃO REALIZA QUASE 300 AUDIÊNCIASOs defensores Anna Izabel Santos e Fernando Albuquerque,

do Núcleo de Execução Penal da Defensoria Pública, par�ciparam de um grande mu�rão na área, com cerca de 300 audiências, ao

lado do juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Claudio Henrique Lopes Rendeiro, no auditório do Fórum Criminal de Belém.

A média diária era de 30 audiências. O chamado Mu�rão de

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Audiências foi realizado no período de 16 a 25 de março e promoveu o total de 272 audiências nas quais foram analisados pedidos, tais como, saídas de livramento condicional, saídas monitoradas, indulto e regressão de pena.

A defensora Anna Izabel informou que o surpreendente é que muitos detentos que estavam foragidos compareceram no local para resolver sua situação. “Nós ficamos surpresos porque muitos foragidos foram até o mu�rão para resolver sua dívida com a sociedade e isso é muito importante”, ressaltou.

Na ocasião foi julgada a falta grave, que é a fuga de detento, e também, a possibilidade de progressão de pena, como o monitoramento eletrônico. Entre os presentes estavam presos

condenados que fugiram e foram recapturados por outros delitos.

A Defensoria Pública atua em nove casas penais da Região Metropolitana de Belém (RMB). Ainda segundo a defensora Anna Izabel, o trabalho realizado acelerou os processos. “O mu�rão é um grande bene�cio para o preso e para a jus�ça. É o momento, por exemplo, de analisar se o detento antes da fuga já deveria ter sido solto e por qualquer razão não teve a liberdade garan�da”, informou.

O próximo mu�rão será em novembro deste ano.

Texto: Carolina Lobo

FILME PROVOCA DEBATE SOBRE SISTEMA PENITENCIÁRIO

No dia 23 de abril, A Escola Superior e o Núcleo de Execução Penal da Defensoria Pública promoveram a exibição do filme “Sem Pena”, de Eugenio Puppo, que trata da situação carcerária no Brasil. Logo após a apresentação do filme houve debate com a promotora de Jus�ça e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Ana Claudia Pinho, e o defensor público Vladimir Koenig.

O filme expõe relatos de presos, advogados, sociólogos, e juízes sobre todos os aspectos da Jus�ça Brasileira, e apontam meios de como melhorar o sistema.

De acordo com o defensor Fernando Albuquerque, que idealizou o evento, o obje�vo foi despertar uma visão crí�ca sobre como funciona o sistema prisional no país.

A promotora Ana Claudia Pinho iniciou o debate pontuando os principais problemas diagnos�cados no documentário. Dissertou sobre a função da pena, que parece ser um modo de higienização social dos indivíduos que burlaram as leis, e deu ênfase no fato de que o Brasil é o terceiro país com o maior crescimento penitenciário.

O defensor público Vladimir Koenig expressou surpresa com o desleixo do sistema penitenciário e a vida dos que estão ali presos em situação delicada. O defensor também enalteceu a importância da Defensoria em exibir o documentário para iniciar

um debate crí�co sobre os vários problemas que cercam o sistema, a origem do problema e como melhorar a situação. “O documentário desnuda a realidade carcerária brasileira, faz com que o telespectador faça a sua própria interpretação. A exibição do filme é essencial para desmis�ficar o cárcere, mostrando a sua verdadeira face em todos os sen�dos.”, explicou.

Após os pronunciamentos, foi aberto um debate e vários defensores e servidores par�ciparam e contribuíram com suas opiniões. O diretor da Escola Superior, Antônio Cardoso, exaltou a importância desse �po de evento para a melhoria do trabalho da Defensoria Pública. “Nós queríamos ajudar mais no sen�do de ins�gar o debate sobre o assunto e na produção de conhecimento. O debate é profundamente esclarecedor e educa�vo e faz com que o público tenha um outro olhar sobre os presos”, observou.

O filme foi vencedor do 47º Fes�val de Brasília na categoria Melhor Filme Júri Popular. “Sem Pena” é um longa impactante que abre debate para os principais problemas vividos pelo sistema carcerário brasileiro.

Texto: Ana Le�cia Tostes e Daniel SasakiFotos: Ronaldo Silva

PROJETO REPENSA A ADMINISTRAÇÃO DA DEFENSORIAA Diretoria Administra�va da Defensoria Pública do Pará

reuniu na manhã desta terça‐feira, 28, com uma equipe de servidores que está pesando estrategicamente a administração da ins�tuição.

O encontro aconteceu na sala de reunião do Núcleo de Defesa de Direitos Humanos (NDDH). Esta é a quarta vez que o

grupo se reúne para definir ações do planejamento estratégico. Durante a reunião houve a apresentação do plano de trabalho. O Diretor Administra�vo, defensor Alexandre Bastos, considera esta ação como um marco administra�vo para criação de padrões e estabelecer procedimentos da ro�na administra�va da Defensoria.

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Neste encontro foram definidas várias áreas de planejamento como material, pessoas, processos e execução de trabalho. Cada servidor ficou responsável por estudar a gestão e apresentar ideias na sua área de atuação que possam se adequar às legislações vigentes e melhorar os procedimentos administra�vos. O obje�vo é em até dois meses concluir o projeto administra�vo e colocá‐lo em prá�ca.

Segundo o Diretor Administra�vo, a ideia de fazer o plano de trabalho foi dos servidores e vai contribuir decisivamente para a ins�tuição. “Vale ressaltar que esta inicia�va, muito importante, foi da equipe de servidores. Vai melhorar consideravelmente o

dia‐a‐dia da Defensoria. Vamos também rever funções e atribuições de cargos”, explicou.

Mariana Sthel, administradora da Defensoria Pública, explicou que essa é a primeira etapa do estudo para reorganizar a Diretoria Administra�va, em conjunto com o Defensor Público Geral e o diretor da área, Alexandre Bastos. “Está saindo tudo de acordo com o cronograma. O escopo do projeto já está fechado”, comentou.

Texto: Carolina Lobo e Ana Le�cia TostesFoto: Ronaldo Silva

DIRETORIA ADMINISTRATIVA DEFLAGRA PROGRAMA DE GESTÃOEstabelecer um plano de

crescimento e desenvolvimento da Diretoria Administra�va e Financeira (DAF) a curto, médio e longo prazos. Adequar as ações de expansão da Defensoria Pública do Estado do Pará as suas capacidades de infraestrutura e orçamentária. Esse é o obje�vo d o P r o g r a m a d e G e s t ã o A d m i n i st ra� va , d e ca ráte r par�cipa�vo, apresentado na manhã desta quinta‐feira, 30, no auditório do prédio sede, para servidores de todas as áreas da ins�tuição.

O defensor Alexandre Bastos, Diretor Administra�vo e Financeiro da Defensoria, apresentou o plano, in�tulado “Projeto de Gestão Par�cipa�va Organizacional”. Ele expôs a meta, visão de futuro, etapas e cronograma do programa, ressaltando a importância do protagonismo dos servidores na sua elaboração e execução. “Esse planejamento é completamente diferente do que já desenvolvemos na Defensoria. A par�cipação do servidor é fundamental, pois são eles os conhecedores da ro�na, dos problemas e desafios que enfrentamos co�dianamente”, explicou.

De acordo com o defensor, o obje�vo é também “alcançar excelência organizacional e garan�r eficiência na execução das

p r á � c a s a d m i n i s t r a � v a s ”. Alexandre Bastos esclareceu ainda que a apresentação do projeto foi o primeiro passo e que há todo um planejamento com um cronograma organizado para a realização das a�vidades.

Na próxima segunda‐feira, 4 de maio, os servidores começarão a composição de grupos de atuação nas áreas de gestão de pessoas, gestão de execução, gestão financeira, gestão de material e patrimônio e gestão de transportes. Dentro de dois

meses ocorrerá novo momento para avaliação e aplicação do planejamento elaborado. “É preciso compreender a importância de cada tarefa para o funcionamento da Defensoria. É importante também compreender que há problemas que precisamos antever para não acontecer situações imprevistas”, completou.

A equipe de servidores que coordena o projeto é supervisionada pelos defensores Alexandre Bastos e Anderson Serrão. As etapas seguintes ao projeto serão a definição do escopo, reunião kick off, apresentação de resultados e implementação do plano.

Texto: Júlio RicardoFotos: Amanda Monteiro

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Luis Carlos de Aguiar PortelaDefensor Público Geral

Adalberto da Mota SoutoSubdefensor Público Geral

Antônio Carlos de Andrade MonteiroCorregedoria Geral

José Adaumir Arruda da SilvaDiretoria Metropolitana

Daniel Augusto Lobo de MeloDiretoria do Interior

Antonio Roberto Figueiredo CardosoDiretoria da Escola Superior

Alexandre Mar�ns BastosDiretoria Administra�va

Bruno Braga CavalcalnteChefia de Gabinete

EDITORIAL

Textos e FotosAssessoria de Comunicação da Defensoria

Pública do Estado do Pará

Arte e DiagramaçãoIgor luís Gonçalves e Silva

Defensoria Pública do Estado do Pará ‐ Prédio Sede

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