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20-04-2011 1 Fórum Internacional sobre Febre do Nilo Ocidental (FNO-West Nile) na Perspectiva Veterinária FMV, 13 de Abril de 2011 Cowdriosis Encefalite Japonesa Encefalomielite Equina do Este Doença Hemorrágica Epizoótica Febre do Nilo Occidental Febre do Vale do Rift Febre hemorrágica Crimea Congo Língua Azul Surra (Trypanosoma evansi) Babesiose bovina Teileriose Trypanossomíase (transmitida por tse-tse) Encefalomielite equina do Oeste Encefalomielite equina venezuelana Piroplasmose equina Peste suina africana Mixomatose Leishmaniose

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20-04-2011

1

Fórum Internacional sobre

Febre do Nilo Ocidental (FNO-West Nile) na Perspectiva

Veterinária

FMV, 13 de Abril de 2011

� Cowdriosis

� Encefalite Japonesa

� Encefalomielite Equina do Este

� Doença Hemorrágica Epizoótica

� Febre do Nilo Occidental

� Febre do Vale do Rift

� Febre hemorrágica Crimea Congo

� Língua Azul

� Surra (Trypanosoma evansi)

� Babesiose bovina

� Teileriose

� Trypanossomíase (transmitida por tse-tse)

� Encefalomielite equina do Oeste

� Encefalomielite equina venezuelana

� Piroplasmose equina

� Peste suina africana

� Mixomatose

� Leishmaniose

20-04-2011

2

Invertebrado que, quando se alimenta no hospedeiroinfectado, adquire o agente patogénico e podetransmiti-lo a outro hospedeiro

� SENTIDO ESTRITO◦ Insecto hematófago responsável pela transmissão activa

de um agente patogénico

� VectoresVectoresVectoresVectores mecânicosmecânicosmecânicosmecânicos◦ transporte físico

� VectoresVectoresVectoresVectores biológicosbiológicosbiológicosbiológicos◦ o agente patogénico realiza, no vector, uma partenecessária do seu ciclo biológico ou, multiplica-se,antes da transmissão a um hospedeiro.

*

* SangueVirémia

Ovinos – 8 -15 d.

Bovinos – 1-2 m.

Transmissão do Vírus da Língua Azul

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Regions (Regions (Regions (Regions (nnnn ==== 10)10)10)10)Localities (Localities (Localities (Localities (nnnn ==== 417) 417) 417) 417)

nnnn (%)(%)(%)(%)TotalTotalTotalTotalaaaa nnnn (%)(%)(%)(%)

Cx. Cx. Cx. Cx. pipienspipienspipienspipiens s.ls.ls.ls.l.... 10101010 212 (50.8)212 (50.8)212 (50.8)212 (50.8) 6412 (27.21)6412 (27.21)6412 (27.21)6412 (27.21)

AnAnAnAn. . . . maculipennismaculipennismaculipennismaculipennis s.ls.ls.ls.l.... 10101010 204 (48.9)204 (48.9)204 (48.9)204 (48.9) 4601 (19.52)4601 (19.52)4601 (19.52)4601 (19.52)

Cx. Cx. Cx. Cx. theileritheileritheileritheileri 8888 91 (21.8)91 (21.8)91 (21.8)91 (21.8) 5869 (24.91)5869 (24.91)5869 (24.91)5869 (24.91)

Oc. caspiusOc. caspiusOc. caspiusOc. caspius 6666 59 (14.1)59 (14.1)59 (14.1)59 (14.1) 4871 (20.67)4871 (20.67)4871 (20.67)4871 (20.67)

Oc. detritusOc. detritusOc. detritusOc. detritus s.l.s.l.s.l.s.l. 4444 39 (9.4)39 (9.4)39 (9.4)39 (9.4) 776 (3.29)776 (3.29)776 (3.29)776 (3.29)

Cs. longiareolataCs. longiareolataCs. longiareolataCs. longiareolata 8888 33 (7.9)33 (7.9)33 (7.9)33 (7.9) 91 (0.39)91 (0.39)91 (0.39)91 (0.39)

An. clavigerAn. clavigerAn. clavigerAn. claviger s.l.s.l.s.l.s.l. 8888 29 (7.0)29 (7.0)29 (7.0)29 (7.0) 669 (2.84)669 (2.84)669 (2.84)669 (2.84)

Cx. Cx. Cx. Cx. univittatusunivittatusunivittatusunivittatus 5555 29 (7.0)29 (7.0)29 (7.0)29 (7.0) 162 (0.69)162 (0.69)162 (0.69)162 (0.69)

Cx. hortensisCx. hortensisCx. hortensisCx. hortensis 5555 20 (4.8)20 (4.8)20 (4.8)20 (4.8) 58 (0.25)58 (0.25)58 (0.25)58 (0.25)

Cs. annulataCs. annulataCs. annulataCs. annulata 5555 13 (3.1)13 (3.1)13 (3.1)13 (3.1) 44 (0.19)44 (0.19)44 (0.19)44 (0.19)

Co. richiardiiCo. richiardiiCo. richiardiiCo. richiardii 1111 1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2) 5 (0.02)5 (0.02)5 (0.02)5 (0.02)

An.plumbeusAn.plumbeusAn.plumbeusAn.plumbeus 1111 1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2) 2 (0.01)2 (0.01)2 (0.01)2 (0.01)

Cx. impudicusCx. impudicusCx. impudicusCx. impudicus 1111 1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2) 2 (0.01)2 (0.01)2 (0.01)2 (0.01)

Oc. berlandiOc. berlandiOc. berlandiOc. berlandi 1111 1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2) 2 (0.01)2 (0.01)2 (0.01)2 (0.01)

Ur. unguiculataUr. unguiculataUr. unguiculataUr. unguiculata 1111 1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2)1 (0.2) 1 (0.00)1 (0.00)1 (0.00)1 (0.00)

Almeida et al. 2008, Filipe 1972, Esteves et al., 2005

Espécies de mosquitos encontradas num rastreio em Portugal Continental e Espécies com isolamento de Vírus de FNO

AedesAedesAedesAedes////OchlerotatusOchlerotatusOchlerotatusOchlerotatus

Aedes aegypti

AnophelesAnophelesAnophelesAnopheles

Anopheles atropos DeinoceritesDeinoceritesDeinoceritesDeinocerites Deinocerites cancer

Aedes albopictus Anopheles barberi MansoniaMansoniaMansoniaMansonia Mansonia tittilans

Aedes atlanticus/tormentor Anopheles crucians/bradleyi OrthopodomyiaOrthopodomyiaOrthopodomyiaOrthopodomyia Orthopodomyia signifera

Aedes atropalpus Anopheles franciscanus

PsorophoraPsorophoraPsorophoraPsorophora

Psorophora ciliata

Aedes/Ochlerotatus canadensis Anopheles freeborni Psorophora columbiae

Aedes/Ochlerotatus cantator Anopheles hermsi Psorophora ferox

Aedes cinereus Anopheles punctipennis Psorophora howardii

Aedes condolescens Anopheles quadrimaculatus UranotaeniaUranotaeniaUranotaeniaUranotaenia Uranotaenia sapphirina

Aedes dorsalis Anopheles walkeri

Aedes dupreei CoquillettidiaCoquillettidiaCoquillettidiaCoquillettidia Coquillettidia perturbans

Aedes fitchii

CulexCulexCulexCulex

Culex apicalis

Aedes fulvus pallens Culex coronator

Aedes grossbecki Culex erraticus

Aedes infirmatus Culex erythrothorax

Aedes japonicus Culex nigripalpus

Aedes melanimon Culex pipiens/molestus

Aedes nigromaculis Culex quinquefasciatus

Aedes provocans Culex restuans

Aedes sollicitans Culex salinarius

Aedes squamiger Culex stigmatosoma

Aedes sticticus Culex tarsalis

Aedes stimulans Culex territans

Aedes taeniorhynchus Culex thriambus

Aedes/Ochlerotatus triseriatus

CulisetaCulisetaCulisetaCuliseta

Culiseta incidens

Aedes trivittatus Culiseta impatiens

Aedes vexans Culiseta inornata

http://www.cdc.gov/ncidod/dvbid/westnile/mosquitoSpecies.htm

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� Dípteros da família Culicidae

� Tamanho grande (até 10mm)

� Poiquilotérmicos

� Hematófagos

� Aparelho bucal do tipo perfurador chupador

� Multiplicam-se rapidamente

CICLO DE VIDA DOS MOSQUITOS

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Armadilhas para captura de Insectos

� Adultos

� Larvas

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Glândulassalivares

Parede intestinal(1camada cel.)

IntestinoDivertículo intestinal

Ducto dasgland.saliv.

Cavidadebucal

Proboscis

Ciclo Geral de Replicação de um Vírus num Vector

P.Mellor

Incubação Extrinseca

Incubação Intrínseca

Transmissão

Hospedeiro-Vector

Transmissão Vector-

Hospedeiro

Circulação Endémica (entre Mosquitos e Aves)

Hospedeiros

acidentais

(equídeos, humanos)

(preferência de

hospedeiros)

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� Fêmeas alimentam-se, preferencialmente, nas espéciesanimais infectadas pelo agente

� Distribuição do vector coincide com a distribuição dadoença

� Máxima circulação viral quando o vector existeabundantemente

� Espécie de Vector é competente para o vírus

◦ Presença de vírus nos vectores suspeitos

Tiawsirisup et al. 2004, 2005

Efeito da dose de vírus FNO na competência vectorial

A- Taxa de Infecção

B- Taxa de Infecção disseminada

C-Taxa de transmissão

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Classificação dos Vectores segundo a suaCompetência Vectorial para o Vírus FNO

Competência Vectorial alta

Culex modestusCulex univittatusCulex theileri

Competência Vectorial média

Culex pipiensAedes albopictus

Competência Vectorial baixa

Aedes vexansOchlerotatus caspiusOchlerotatus sticticus

Balenghein, 2006

Incubação Extrinseca

Incubação Intrínseca

Transmissão

Hospedeiro-Vector

Transmissão Vector-

Hospedeiro

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Incubação Extrinseca

Incubação Intrínseca

Transmissão

Hospedeiro-Vector

Transmissão Vector-

Hospedeiro

Persistência no mosquito?

Persisttência no

hospedeiro?

Espécies ornitofílicasCulex pipiens pipiens

Espécies mamofílicasOchlerotatus caspiusCulex theireliAnopheles maculipennis

Vectores ponteCulex modestusAedes vexans

J. Lucientes & MJ Alves, 2011

20-04-2011

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AedesAedesAedesAedes////OchlerotatusOchlerotatusOchlerotatusOchlerotatus

Aedes aegypti

AnophelesAnophelesAnophelesAnopheles

Anopheles atropos DeinoceritesDeinoceritesDeinoceritesDeinocerites Deinocerites cancer

Aedes albopictus Anopheles barberi MansoniaMansoniaMansoniaMansonia Mansonia tittilans

Aedes atlanticus/tormentor Anopheles crucians/bradleyi OrthopodomyiaOrthopodomyiaOrthopodomyiaOrthopodomyia Orthopodomyia signifera

Aedes atropalpus Anopheles franciscanus

PsorophoraPsorophoraPsorophoraPsorophora

Psorophora ciliata

Aedes/Ochlerotatus canadensis Anopheles freeborni Psorophora columbiae

Aedes/Ochlerotatus cantator Anopheles hermsi Psorophora ferox

Aedes cinereus Anopheles punctipennis Psorophora howardii

Aedes condolescens Anopheles quadrimaculatus UranotaeniaUranotaeniaUranotaeniaUranotaenia Uranotaenia sapphirina

Aedes dorsalis Anopheles walkeri

VERDEVERDEVERDEVERDE circulação nas populações de aves

VERMELHO:VERMELHO:VERMELHO:VERMELHO: vectores ponte aves-humanos

AZUL: AZUL: AZUL: AZUL: vectores ponte aves-equídeos

Aedes dupreei CoquillettidiaCoquillettidiaCoquillettidiaCoquillettidia Coquillettidia perturbans

Aedes fitchii

CulexCulexCulexCulex

Culex apicalis

Aedes fulvus pallens Culex coronator

Aedes grossbecki Culex erraticus

Aedes infirmatus Culex erythrothorax

Aedes japonicus Culex nigripalpus

Aedes melanimon Culex pipiens/molestus

Aedes nigromaculis Culex quinquefasciatus

Aedes provocans Culex restuans

Aedes sollicitans Culex salinarius

Aedes squamiger Culex stigmatosoma

Aedes sticticus Culex tarsalis

Aedes stimulans Culex territans

Aedes taeniorhynchus Culex thriambus

Aedes/Ochlerotatus triseriatus

CulisetaCulisetaCulisetaCuliseta

Culiseta incidens

Aedes trivittatus Culiseta impatiens

Aedes vexans Culiseta inornata

http://www.cdc.gov/ncidod/dvbid/westnile/mosquitoSpecies.htm

� Vertical◦ Transovárica

� Horizontal◦ Transtadial

◦ Fêmea a fêmea (co-alimentação)

◦ Venérea

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� Factores naturais◦ Modificações do clima

◦ Disseminação natural dos vectores

◦ Introdução de reservatórios

� Factores humanos◦ Modificação do meio

◦ Introdução de vectores

◦ Deslocação de animais infectados

http://www.cru.uea.ac.uk/cru/data/temperature/k

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Europa do Norte

Europa do Sul e Mediterrâneo

IPCC Fourth

Assessment Report:

Climate Change 2007

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

PROVA DEFINITIVA DA EXISTÊNCIA DE AQUECIMENTO GLOBAL

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�Dependendo do vector:Dependendo do vector:Dependendo do vector:Dependendo do vector:◦<mortalidade no inverno

◦>metabolismo

◦>período de actividade

◦>populações

◦>área de distribuição

Kramer and Ebel, 2008

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�Dependendo do agente patogénicoDependendo do agente patogénicoDependendo do agente patogénicoDependendo do agente patogénico◦Multiplicação antecipada

◦Multiplicação mais rápida

�Dependendo da relação agente Dependendo da relação agente Dependendo da relação agente Dependendo da relação agente patogénico / vectorpatogénico / vectorpatogénico / vectorpatogénico / vector◦Multiplicação noutros vectores

◦ Efeito “overwintering”

Influência da Temperatura na Cinética do Vírus FNO

(tx. infecção disseminada/tx transmissão)

Dohm et al., 2002 Cornel et al., 1993

diasdias

Culex pipiens Culex univittatus

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� Aumento desordenado da Pluviosidade◦ Persistência dos habitats das larvas

◦ Aumento das zonas de cria

Capacidade de deslocação

-Vôos activos à procura de alimento

-Pequenas distâncias (500 metros)- Culex modestus- Aedes albopictus

-Distâncias médias (1,500 metros)- Culex pipiens

-Grandes distâncias (até mais de 30 Km.)- Ochlerotatus vexans- Ochlerotatus caspius

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Difusão dos Vectores pelo Vento

-Deslocação passiva pelo vento

Controlo de Vectores do Vírus FNO

Controlo integrado

- Meios Físicos (modificar habitats)- Meios Químicos- Meios Biológicos.

Luta contra as fases larvares

Luta contra os adultos

Repelentes

Gambusia spp

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Controlo de Culex pipiens- Encontram-se numa variedade ampla de habitats

Evitar zonas de água estagnadas nas instalações (bebedourosrotos, torneiras que gotejam, fugas de água, depósitos sem cobertura, etc)

- Locais de criação são próximos de onde estão os animais. Se são águas permanentes tratar com Bacillus thuringiensis israelensis (Bti)

- Voam a pouca distância: os adultos repousam na vegetação próxima dos animaisNebulizar a vegetação circundante, principalmente se é densa, com uminsecticida ambiental

- Penetram nos edifícios para picar e repousar mesmo no invernoTratar as paredes con insecticidas persistentes de uso pecuário

Controlo de Aedes e Ochlerotatus- Criação principalmente nas zonas de inundação temporária,

após chuvas ou marés altas.

- Deslocam-se a grandes distâncias para realizar as refeições

de sangue ( px até 48 Km)

- São muito agressivos e picam fora dos edifícios

Tratamento dos lugares de cría com Bti

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Evitar que as fêmeas de mosquitos piquem Equídeos

- Estabulação durante o período de actividade dosmosquitos

- Repelentes

� Prever a distribuição dos vectores, utilizando modelos a partir de imagens de satélite

� Utilização de mapas de risco, em tempo real

Nunes et al., 2008

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� Prof. Javier Lucientes(Universidade Saragoça, Espanha)

� Dr Anthony Wilson (Institute for Animal Health, Reino Unido)

� Doutora Maria João Alves (CEVDI- INSA)

� Dr Telmo Nunes (FMV)

� Dª Maria Paula (FMV)