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MANUAL Boas Práticas de Sustentabilidade ECO-INOVAÇÃO

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Page 1: Boas Práticas de Sustentabilidade - Guimarães · indÍce nota introdutÓria – objetivo do manual 03 objetivos desenvolvimento sustentÁvel – agenda 2030 04 visÃo de sustentabilidade

MANUALBoas Práticas

de SustentabilidadeECO-INOVAÇÃO

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INDÍCE

NOTA INTRODUTÓRIA – OBJETIVO DO MANUAL 03

OBJETIVOS DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – AGENDA 2030 04

VISÃO DE SUSTENTABILIDADE DO MUNICÍPIO DE GUIMARÃES 06

ATIVIDADE ECONÓMICA EM GUIMARÃES 07

CERTIFICAÇÕES AMBIENTAIS 08

COMPROMISSO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 09

RUMO À DESCARBONIZAÇÃO 09

PROMOÇÃO DE UMA ECONOMIA CIRCULAR 09

UM COMPROMISSO COLETIVO, UMA RESPONSABILIDADE PARTILHADA 10

INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 11

ÁGUA 11

EFLUENTES LÍQUIDOS 11

COMUNICAÇÃO E ENVOLVIMENTO 12

ENERGIA 12

EMPREGO VERDE 13

QUALIDADE DO AR E ACÚSTICA 13

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL 14

NATUREZA E BIODIVERSIDADE 15

RESÍDUOS E INOVAÇÃO 16

INSTRUMENTO DE DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DA EMPRESA 17

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 3

Nota Introdutória

Objetivo do ManualA persecução do desenvolvimento sustentável de Guimarães deve ser um compromisso global ca-paz de cumprir e fazer cumprir não só as estra-tégias municipais, mas igualmente as diretrizes europeias, congregando, neste objetivo comum, todos os sectores da economia e da sociedade.

O Manual de Boas Práticas que aqui se apesenta apenas é um documento orientador para as empre-sas do Concelho que pretendam implementar estra-tégias de sustentabilidade intensificando-se assim, a implementação de ferramentas de monitorização e otimização para o pleno cumprimento dos três pi-lares da sustentabilidade: económico, social e am-biental. O Manual de Boas Práticas deverá ainda funcionar como um elemento instrutório a anexar aos regula-mentos dos Projetos Económicos de Interesse Muni-cipal e do Guimarães Marca.Por outro lado, o Desenvolvimento Sustentável deve ser encarado como uma filosofia de vida, não só in-

dividual, mas também coletiva, de uma sociedade global, sobretudo nas organizações. Cabe aos Mu-nicípios e aos Estados proporcionar sistemas de di-ferenciação positiva para acelerar a transição para comportamentos, decisões, atitudes e modelos de governança mais sustentáveis, sendo através das Empresas e outras Organizações os veículos de im-plementação e monitorização, capazes de poten-ciar os investimentos demonstradores da mudança, como modelos e boas práticas. Assim, as Empresas sustentáveis (ambiente e so-cialmente responsáveis) induzem igualmente uma ação repercussora e replicadora na sociedade civil, sendo inspiradoras para aplicações nas mais diver-sas áreas. Desta forma, devem ser igualmente vistas como agentes de sensibilização e consciencialização para o desenvolvimento sustentável e para a eco inovação, encontrando neste manual várias boas práticas em diversos indicadores, onde podem oti-mizar os seus modelos e negócios.

REGULAMENTO DE PROJETOS ECONÓMICOSDE INTERESSE MUNICIPAL (RPEIM)

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4 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

Objetivos Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030

São 17 os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Figura 1) que foram desenvolvidos no ano de 2015 e que visam essencialmente acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar, proteger o ambiente e combater os efeitos das alterações climáticas. Resultam de um pensamento nas diversas dimensões da sustentabilidade – económica, social, cultural e ambiental – e são suportados pelo mote de que a ação deve ser implementada localmente, pelos diferentes segmentos da nossa sociedade, de forma a contribuir para a transformação global, agindo do Local para o Global.

Figura 1 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Organização das Nações Unidas, 2015)

Estes objetivos fazem parte de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) intitula-da “Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, tendo surgido na sequência das lições aprendidas com os oito Obje-tivos de Desenvolvimento do Milénio (2000 - 2015). Esta agenda é fruto do trabalho conjunto de gover-nos e cidadãos de todo o mundo. Ninguém deve fi-car allheio à importância da incorporação destes objetivos nas estratégias que delineam o desen-volvimento sustentável dos Sistemas sejam eles: Empresas, Cidades, Regiões, Países considerando o Setor Público ou Privado. Reconhece-se a neces-sidade de envolver os diferentes segmentos da So-ciedade, para que os resultados das transforma-

ções que se operam nos diferentes sistemas sejam verdadeiramente eficazes e resultem em transfor-mações consequentes para as gerações vindouras. No que diz respeito ao setor empresarial, são irrele-vantes os fatores de dimensão, volume ou o setor de atividade, pois todas as tipologias podem e devem contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.A persecução destes objetivos deve ter como pon-to de partida o compromisso que cada empresário deve ter em desenvolver um negócio responsável. De acordo com a UN Global Compact , a responsabilida-de começa com a adoção dos dez princípios funda-mentais representados na Figura 2.

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 5

Este compromisso assente numa cultura de integri-dade centrado na pessoa e no planeta será então o ponto de partida para a definição e adoção de es-tratégias que contribuam para o desenvolvimento sustentável dos negócios, a denominada Sustenabi-lidade Corporativa.

Concluindo, os aspetos fundamentais a considerar ao nível do desenvolvimento de estratégias para a sustentabilidade corporativa englobam uma atua-ção a cinco níveis (Figura 3), visando a melhoria con-tínua: 1) compromisso, 2) incorporação na Visão e Missão das Empresas dos princípios fundamentais inerentes ao desenvolvimento de negócios respon-sáveis, 3) desenvolvimento de estratégias que com-preendam ações concretas que permitam valorizar o DNA da empresa com integração dos três pila-res fundamentais da sustentabilidade: respeito pelo ambiente, desenvolvimento económico sustentado e, responsabilidade social, 4) a monitorização e co-municação do progresso dos processos inerentes ao desenvolvimento sustentável da empresa e, por fim 5) envolvimento e partilha com as comunidades e politicas locais para o desenvolvimento sustentável global.

O debate sobre os diferentes temas que contribui-ram para a necessidade urgente da transformação do Planeta, das Politicas, das Empresas, das co-munidades e das Pessoas em prol da sustentabili-dade, já terminou. Hoje, assume-se a necessidade de implementar ações concretas e de monitorizar e

comunicar os seus impactos interna e externamen-te. Internamente com efeito direto no capital social, económico e ambiental e externamente consideran-do, igualmente, os efeitos na sociedade. Deve pois cada empresário refletir sobre o seu papel neste processo de transformação necessário e urgente, antecipando o que em uma decada será obrigatório e que hoje pode ser assumido de uma forma proa-tiva elevando o patamar da competitividade global.

As empresas devem apoiar e respeitar: - a proteção dos direitos humanos proclamados internacionalmente;- a Inexistência de abusos

As empresas devem defender:- a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;- a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e compulsório;- a abolição efetiva do trabalho infantil- a eliminação da discriminação em relação ao emprego e ocupação.

As empresas devem:- apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;- empreender iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e- incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis

As empresas devem:- combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e suborno.

Figura 2 Principios basilares para o desenvolvimento de um Negócio responsável

DIREITOSHUMANOS

VISÃO/MISSÃO

COMPROMISSO

EST

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PAR

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ENVOLVIMENTO

E PARTILHA

Figura 3 Sustentabilidade Corporativa

TRABALHO

AMBIENTE

TRANSPARÊNCIA

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6 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

Assumindo-se que a questão da sobrevivênciado Planeta é o pressuposto da ação então,

a grande questão que se coloca é:

“Como é que a minha empresapode contribuir para cada um dos objetivos

de desenvolvimento sustentável?”

Guimarães é uma cidade singular. Conhecida como o Berço da nacionalidade, Guimarães orgulha-se da sua história e do seu património, procurando a ousa-dia de estabelecer um novo caminho em prol do de-senvolvimento sustentável.

Guimarães apresenta-se como um território difuso e disperso. Este facto é potenciador de algumas áreas de Indicadores fundamentais do Ambiente, enquanto outras são profundamente prejudicadas, obrigando a uma maior reflexão na procura de soluções ade-quadas ao contexto; soluções estas que devem apre-sentar-se de uma forma holística contribuindo para um objetivo comum: o desenvolvimento sustentado e sustentável do território. Entenda-se por Desenvolvi-mento sustentado, o desenvolvimento faseado com métricas objetivas e reais, integrando e potenciando a questão social a par do desenvolvimento econó-mico, respeitando o Ambiente e preservando o Pa-trimónio Natural na sua plenitude; este sim, o Desen-

volvimento Sustentável. Há muito que Guimarães incorporou na sua agenda política e comunitária a necessidade de construir um território feito de conhecimento, investigação, cultura e inclusão, onde todos são mobilizados para intervir e participar na Nova Agenda Urbana Europeia, que exige eco-cidadãos conscientes e sensíveis para a necessidade de oferecer ao seu território a sustenta-bilidade que o futuro exige. Seja através do caminho traçado e percorrido, seja através de medidas con-cretas, investimentos, planos e candidaturas. Guima-rães tem sabido estar à altura dos principais desafios para a descarbonização do território e o uso eficien-te de recursos naturais, contribuindo sobremaneira para a diminuição do aquecimento global da Terra e por consequência na diminuição da sua pegada eco-lógica, combatendo de forma efetiva as alterações climáticas.

Visão de Sustentabilidade do Município de Guimarães

“Guimarães quer ser mais do que verde, aliando a Inovação e o Conhecimento à gestão integrada do

território, Envolvendo, (re) Educando e Sensibilizando todos os cidadãos a serem Eco-cidadãos, para que

este legado, tão orgulhosamente nosso, se preserve ao longo das gerações futuras.”

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 7

Na última década e para fazer face a uma das mais graves crises económicas que afetou Portugal com impactos importantes na sociedade e na economia, o Município de Guimarães devenvolveu estratégias a vários níveis, permitindo que ao longo do tempo, Gui-marães fosse mais resiliente e assim recuperando o seu status como Cidade Industrial, de Investimento e mais recentemente ser reconhecida como o Berço do empreendedorismo1.

Guimarães tem sido apresentado como um territó-rio industrializado sendo palco, atualmente, de mui-tas indústrias mundialmente reconhecidas. O setor industrial incorpora cerca de 60% do trabalho ativo. Neste, o têxtil-lar assume a maior expressão cata-pultando a Região do Ave para os maiores clusters mundiais deste ramo de atividade. Têm igualmente expressão as industrias de têxtil, cutelaria e calçado.

Mas, Guimarães também se distingue pelo seu pa-trimónio, dinâmica cultural e forte valorização do de-sign, das indústrias criativas e da ciência; verdadeiros motores de desenvolvimento e de competitividade. Esta distinção teve como consequência o impulsio-namento de atividades ligadas ao Sector terciário, cada vez mais competitivo e apostado em modelos de negócio mais inovadores e distintos respondendo às necessidades da população, do Turismo, do desen-volvimento tecnológico, incentivando as sinergias en-tre o público e o privado na persecução de objetivos maiores.

Relativamente ao sector primário, a maioria das ex-plorações são de origem familiar tendo havido, ao longo dos últimos anos, um crescendo nas iniciati-vas de exploração empresarial. Iniciativas Municipais

como a Incubadora de base Rural 2, têm contribuido para o aumento da profissionalização e inovação no setor.

Importa enfatizar a nova estratégia municipal que pretende dar especial relevo às ações que visem no-vas estratégias de transição para a economia circu-lar. Especial importância para iniciativas que fomen-tem ou promovam tecnologias, produtos, serviços, modelos de gestão ou de negócio, que contribuam para uma redução efetiva do consumo de matérias--primas, produção de resíduos e emissões de gases com efeito de estufa e de poluentes atmosféricos na totalidade da cadeia de valor associada, gerando si-multaneamente valor acrescentado — económico e social -, rumando a um ciclo produtivo mais sustentá-vel, em toda a cadeia de valor e, promovendo a reu-tilização dos recursos e dos materiais e assim para a diminuição da pegada ecológica.

Não menos importante e na senda da estratégia nacional para a digitalização da economia, especial enfoque para a Indústria 4.0 e subsequente trans-formação digital, baseada no desenvolvimento de tecnologias que permitam mudanças disruptivas nos modelos de negócio. Caraterizando-se pela introdu-ção de um conjunto de tecnologias digitais nos pro-cessos de produção, que permite acompanhar, em tempo real, tudo o que se está a passar nas linhas de produção ou ainda eliminar substancialmente o des-perdício, alteração na relação entre os vários interve-nientes na cadeia de valor.

Concluindo, Guimarães apresenta-se como um con-celho com uma estrutura demográfica jovem, com grande capacidade para a criação de emprego; fruto do elevado número de empresas sediadas no conce-lho, onde a presença de Instituições de Ensino Supe-rior aportam o conhecimento necessário para a ino-vação e dinamismo necessários para um futuro mais sustentável. Alinhado com estes fatores, contribui também a Experiência do Município no desenvolvi-mento e implementação de estratégias de promoção do empreendedorismo e de desenvolvimento econó-mico sustentável 3.

Atividade Económica em Guimarães

1 Set.Up Guimarães2 https://www.cm-guimaraes.pt/pages/12673 https://www.cm-guimaraes.pt/pages/689

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A certificação é um atestado de confiança atribui-do às empresas que demonstram um compromisso assente na qualidade, respeito, satisfação, envolvi-mento e inovação. São várias as partes interessa-das (clientes, fornecedores, stakeholders, agentes de governação local, Nacional ou Internacional, etc.) que exercem algum tipo de pressão para que sejam adotadas como prática comum. No entanto, e dada a multiplicidade de certificações existentes (veja-se a título de exemplo, as constantes na Figura 4), muitas Empresas poderão enfrentar dificuldades em desen-volver os mecanismos necessários para as obterem. Face à globalização, à existência de mercados cada vez mais competitivos e ao aumento da preocupação com as questões do desenvolvimento sustentável, to-dos os constrangimentos terão de ser ultrapassados e terá de existir um esforço conjunto de fazer com a certificação passe a ser um pressuposto e não, um objetivo a atingir. Figura 4 Certificação de processos, exemplos.Idealmente a Empresa deve adotar um Sistema Transversal que integre toda a informação e cujas so-luções com vista aos processos de melhoria contínua sejam analiasados por equipas multidisciplinares.

Os Sistema de Gestão Ambiental 4 e a certificação

integrada e o Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria 5, apesar de serem mais complexos e de díficil implementação, apresentam-se como verda-deiras ferramentas demonstradoras do impacte das atividades das empresas, no ambiente. Pressupõem que a Empresa tenha incorporada política ambien-tal transversal a todos os níveis organizacionais e não organizacionais (parceiros, fornecedores, entre outros) com um forte compromisso de melhoria am-biental e que procedam ao controlo ambiental das suas atividades e respetivo reporte.

Certo é que certificar um Sistema é o passo seguin-te a certificar isoladamente cada um dos processos, sendo esta consequência de ações determinante para que as Empresas se coloquem no caminho do desenvolvimento Sustentável.

Por outro lado, hoje é exigido da parte dos clientes e fornecedores a implementação de modelos e sis-temas “amigos do ambiente”, sendo as certificações e outros “Selos” formas credíveis de reconhecimen-to que levam o consumidor a optar por determinado produto, serviço ou marca. Muitas são hoje as marcas internacionais que ostentam as suas boas práticas ambientais e sociais, como ação de melhor aceitação e sucesso nos mercados.

Certificações Ambientais

NP 4492 - Serviços de Manutenção ISO 9001 Sistema de Gestão de Qualidade

NP 4413 - Manutenção de Extintores ISO 14001 Sistema de Gestão Ambiental

NP 4427 - Sistema de Gestãode Recursos Humanos

ISO 18001 Sistema de Gestão de Saúdee Segurança Ocupacional

NP 4457 - Sistema de Gestão da Investigação,Desenvolvimento e Inovação

ISO 50001 Sistema de Gestão de Energia

NORMAS PORTUGUESAS INTERNATIONAL ORGANIZATIONFOR STANDARDIZATION

Figura 4 Certificação de processos, exemplos.

4 Segundo a norma ISO14001:2015 5 https://emas.apambiente.pt

8 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

ISO 270001 Sistema de Gestãoda Segurança da Informação

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 9

O conceito de sustentabilidade é complexo envolven-do diversas variáveis, é um caminho que se percorre e se monitoriza procurando atingir objetivos mensu-ráveis. Cada cidadão, cada empresário deve antes de tudo ser responsável pelo seu Km2 e entender, neste contexto quais as ações concretas que pode imple-mentar. A Responsabilização surge da liderança pelo exemplo e esta resulta do compromisso assumido na preservação do bem comum que é o Planeta Terra.

Rumo à DescarbonizaçãoDescarbonizar não é nada mais do que promover ações que contribuam para a melhoria da qualida-de de vida dos cidadãos (Figura 5). Descarbonizar é transformar para aproximar as pessoas ao que real-mente necessitam para viver com qualidade e, agir para proteger e promover o Património Natural de forma a contribuir para a coexistência simbiótica do Homen com a Natureza. Os processos de descarbonização visam sobretudo ações com repercussões diretas e visíveis na socieda-

de. Para isso, todos os segmentos da sociedade de-vem estar alinhados na perssecução da preservação deste bem comum - o Planeta Terra. Devem, pois, es-tar alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sendo que todo o processo de descarbo-nização da Sociedade.

Promoção de uma Economia CircularA economia circular, é um conceito estratégico que assenta na prevenção, redução, reutilização, recu-peração e reciclagem de materiais e energia 6. Pres-supõe uma abordagem holística e sistémica onde se priveligia o redesenho dos sistemas com aproxima-ção efetiva das cadeias de consumo às cadeias de produção, otimizando ao máximo os recursos exis-tentes; obrigando por isso a um enquadramento so-cial e reposicionamento cooporarativo (redefnição de Valores e Missão). Os Eixos estratégicos que visam a promoção de uma Economia circular estão represen-tadas na Figura 6.

Compromisso para o Desenvolvimento Sustentável

DESCARBONIZARPromoçãode uma Sociedade

inclusiva e mais justa

Potenciação dodesenvolvimento

econónimcosustentado

Uso racionale eficiente

dos recursos

Respeitopela Natureza

Figura 5 Descarbonizar para um futuro mais sustentável

6 Segundo o Plano de Ação para a Economia Circular emPortugal publicado em Diário da República, Resolução doConselho de Ministros n.º 190-A/2017

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10 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

ECONOMIA CIRCULAR

Economia Colaborativa

Desmaterialização

ConsumoSustentável

Conceção de produtos

Uso eficientede recursos

Otimização dosrecursos disponiveis

Prologamentoda Vida dos Materiais

e dos Produtos

Valorizaçãodos resíduos

Figura 6 Economia Circular – principais Eixos de atuação

São vários os exemplos que podem ser seguidos ao nível empresarial:- Priviligiar os clusters de inovação na fase de conceção dos produtos.- Promover a colaboração e partilha.- Promover a aquisição do serviço e não do equipamento a não ser em casos de utilização intensiva.- Promover a aquisição de equipamentos de baixo consumo energético e hídrico.- Priveligiar as alianças locais promovendo os de produtos de produção local/regional, papel reciclado, pro-dutos feitos de madeira gerida de forma sustentável.- Promover a aquisição de serviços que utilizem produtos de limpeza ecológicos, ou a aquisição de produtos com rótulo ecológico.- Contribuir para a redução do desperdício alimentar.- Sensibilizar para o consumo consciente.- Dar um novo uso aos produtos e materiais que prolonguem a sua vida.

Um Compromisso Coletivo, uma Responsabilidade PartilhadaSustentabilidade é um pressuposto que determina a coexistência e evolução do Homem, satisfazendo as necessidades de cada um e do coletivo sem nunca comprometer a satisfação das necessidades das ge-rações futuras. Desenvolver um pensamento para o desenvolvimento sustentável de um qualquer Siste-ma (Admnistração Pública, Empresa, Escola, …) pres-supõe pensar globalmente e agir localmente, comu-nicando os impactos que resultam da implementação dos processos transformativos.

Hoje, exige-se uma estratégia concertada entre as diferentes componentes da nossa Sociedade, apoia-da por uma Governança comprometida, colocando à frente o interesse global e coletivo, aliando o conheci-mento e inovação à gestão do território, promovendo uma sustentabilidade corporativa, sensibilizando e educando para aumentar a consciência ecológica de cada cidadão, responsabilizando cada um dos agen-tes responsáveis pela transformação, certos que a decisão individual de cada Eco Cidadão será uma de-cisão responsável e comprometida com a sociedade e a natureza.

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 11

Indicadores de Sustentabilidade:

ÁguaReconhecendo-se a água como um bem essencial, mas em muitos locais escasso, e representando a mesma, muitas vezes, um elevado custo para as or-ganizações, é determinante uma gestão rigorosa que possibilite um contributo eficaz para um consumo sustentável.

Para lá do uso habitual para efeitos industriais, o seu consumo está, muitas vezes, associado às instalações sanitárias, balneários, caldeiras, cozinhas ou opera-ções de higienização. Outras utilizações incluem tam-bém a água utilizada na rega de espaços verdes inte-grados na área das empresas.

A redução do seu consumo, o aproveitamento de águas pluviais, o tratamento de águas residuais e possível reaproveitamento, a promoção do uso da água da rede pública para consumo humano, com a correspondente diminuição da utilização de plástico devem, por isso, ser preocupações nas atividades do dia-a-dia.

Assim, como medidas de promoção da água da rede pública e diminuição da utilização de plástico, deve optar por:

1 - Utilização de jarros/copos/canecas de vidro com água da rede pública em reuniões, conferências ou outros eventos similares;

2 - Promoção do uso de garrafas reutilizáveis no dia-a-dia; 3 - Instalação de bebedouros com ligação à água da rede pública.

Outras ações deverão ser equacionadas no sentido de racionalizar os consumos de água:

1 - Instalação de dispositivos de redução do fluxo de água; 2 - Instalação de autoclismos com sistemas de descarga seletiva e ajuste de volume de descarga de água; 3 - Aproveitamento da água das chuvas para uso na rega dos es-paços verdes adjacentes; 4 - Otimizar os sistemas de rega em função das condições meteo-rológicas existentes, evitando regas em períodos de maior calor; 5 - Instalação de contadores de água e registos de consumos por setores e consumos gerais; 6 - Promover ações de sensibilização junto dos recursos humanos para medidas de poupança de água.

Efluentes LíquidosConsiderando os efluentes líquidos como os produ-tos líquidos ou gasosos também produzidos por in-dústrias, o seu tratamento visando igualmente a sua reutilização é um aspeto determinante para minimi-zar o impacto aquando da sua descarga no meio am-biente.

Assim, para além do cumprimento dos limites legais de descarga de águas residuais ou os limites defini-dos pelos regulamentos existentes, devem ser asse-gurados mecanismos de monitorização que resultem em medidas preventivas para minimizar o impacto provocado pelos efluentes líquidos.

Deste modo, devem assegurar-se como medidas de prevenção:

1 - Limpeza frequente de caixas de retenção;

2 - Limpeza de sólidos retidos nas grelhas de drenagem e a sua colocação em contentor de resíduos indiferenciados;

3 - Inspeção periódica do estado de conservação das tubagens;

4 - Depósito de resíduos das instalações sanitárias em recipientes adequados;

5 - Impedir o lançamento de substâncias perigosas nas redes de águas residuais ou pluviais;

6 - Impedir o lançamento de resíduos sólidos em ralos/caleiras de saneamento.

7 - Promoção de ações de sensibilização sobre a importância da prevenção do entupimento nos sistemas de drenagem de águas residuais e pluviais.

8 - Ligação aos sistemas de tratamento adequados.

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12 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

EnergiaA energia é um recurso primordial à vida no planeta, sen-do imprescindível para as diferentes atividades do nosso dia-a-dia e das empresas, seja para nos movermos, aque-cermos, arrefecermos, comunicarmos, iluminação entre outros.

Admitindo que as principais fontes energéticas são o pe-tróleo e o carvão mineral, e sendo estas de fontes poluen-tes não renováveis e que contribuem para a degradação do ambiente, o planeta enfrenta hoje um dos principais problemas provocados pela emissão de gases com efeito de estufa; o aquecimento global da Terra; e as consequen-tes alterações climáticas.

Assim, considera-se crucial o recurso a energias alterna-tivas, abandonando-se hábitos de consumo incorretos, privilegiando a eficiência energética e a utilização racional de energia. A prevalência das energias renováveis, como a energia solar, eólica, hídrica, biomassa, das marés, das ondas e ainda geotérmica, deverá ser igualmente um foco primordial. Contudo, e para lá das questões macro, há um conjunto de boas práticas que podem ser adotadas no dia--a-dia, permitindo uma gestão mais rigorosa no desem-penho energético de cada entidade, na iluminação, clima-tização, nos transportes, na produção energética, na área informática, etc.

Assim considera-se alguns exemplos listados abaixo:

ILUMINAÇÃOa) Promover a utilização de lâmpadas de baixo consumo;b) Privilegiar a utilização de luz natural, sempre que possí-vel;c) Optar pela instalação de sensores de movimento;

CLIMATIZAÇÃOa) Evitar aquecer cada divisão em demasia no inverno ou arrefe-cer em demasia no Verão;b) Evitar a climatização de espaços não utilizados ou vazios, assim como o uso desnecessário destes equipamentos;

Emprego VerdePugnar pela inovação e pela capacitação da empre-sa por forma a responder aos desafios atuais deverá ser uma preocupação de qualquer organização. As-sim, é importante a aposta no emprego verde, como forma de contribuir para a transformação das eco-nomias, dos ambientes de trabalho e mercados labo-rais apontando para uma economia sustentável, com trabalho produtivo com baixas emissões de carbono, exercido em condições de liberdade, equidade e se-gurança.

Deve, por isso, a entidade procurar promover a cria-ção de emprego verde em áreas que lhe possibilitem incrementar o desempenho dos diversos indicadores de sustentabilidade e ainda promover o investimento na investigação e desenvolvimento nesta área e na capacitação dos seus quadros.

Entendem-se como áreas importantes para a pro-moção da criação de empregos verdes:

1 - Desempenho Energético – Investigação e capacitação na área das energias renováveis;

2 - Economia Circular – Investigação e capacitação na área da va-lorização de resíduos;

3 - Tecnologias – Investigação e capacitação na área dos biocom-bustíveis, hidrogénio, células de combustível, veículos elétricos;

4 - Alterações Climáticas – Investigação e capacitação na área da mitigação e adaptação às Alterações Climáticas;

5 - Natureza e Biodiversidade – Investigação e capacitação para promoção da natureza/biodiversidade e dos serviços ecossistémi-cos.

c) Fechar portas e janelas aquando do uso de aparelhos de cli-matizaçãod) Assegurar a manutenção periódica e o correto isolamento das instalações e equipamentose) Evitar a acumulação de gelo nos equipamentos de refrigeração

MATERIAL INFORMÁTICOa) Desligar o monitor do computador se não o utilizar durante 15 minutos;b) Usar as definições do computador que permitem poupar ener-gia;c) Opte por equipamentos que contenham a etiqueta Energy Star, que identifica os equipamentos mais eficientes do ponto de vis-ta energético com capacidade para reduzir o consumo em modo stand by;d) Assegurar que se desligam as tomadas dos carregadores que não estão a ser utilizados.

Paralelamente às ações atrás transcritas é importan-te uma rigorosa monitorização dos consumos de energia através da faturação e leitura dos contadores, por forma a identificar eventuais gastos anómalos. Ao mesmo tempo deve a entidade procurar sensibilizar os seus colaborado-res para a importância da utilização racional de energia, e estabelecer metas neste âmbito, não apenas por uma questão económica, mas explanando a importância de mi-tigar a pegada ecológica existente.

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 13

Qualidade do Ar e AcústicaA poluição atmosférica é um problema ambiental que provoca efeitos nocivos a curto ou longo prazo, sendo por isso uma preocupação internacional. Admite-se atualmente, que a Revolução Industrial, apesar de ter acelerado o crescimento económico e demográ-fico aumentou o ritmo de exploração de recursos re-nováveis e não renováveis, induzindo a degradação da qualidade de vida das populações e da paisagem natural particularmente pela poluição do ar. Pode-mos elencar alguns dos problemas para os quais a poluição do ar tem contribuído: exposição humana e dos ecossistemas a substâncias tóxicas, anoma-lias na saúde humana, ecossistemas e património, deterioração da camada do ozono estratosférico e consequentemente o aquecimento global/alterações climáticas.

As principais fontes de emissões atmosféricas asso-ciadas à atividade dos estabelecimentos correspon-dem aos gases de combustão, resultantes da queima de combustíveis em caldeiras ou fornos, do funciona-mento de veículos entre outros.

Importa, assim, introduzir medidas no setor industrial que visem a redução da poluição do ar:

1 - Formação, educação e motivação dos empregados/funcioná-rios;2 - Otimização dos processos e do seu controlo;3 - Manutenção e afinação dos equipamentos utilizados inclusiva-mente dos sistemas de despoluição associados, de forma a reduzir as emissões poluentes e gastos energéticos e de matéria-prima;4 - Implementação de um sistema de gestão ambiental, definindo as medidas e tarefas a tomar;5 - Identificar origens das emissões atmosféricas e realizar moni-

torização periódica;6 - Verificar a conformidade com os valores-limite aplicáveis;7 - Assegurar a utilização racional de equipamentos/veículos de forma a evitar consumos desnecessários e a emissão de gases de combustão;8 - Promover a presença de espécies vegetais com elevada ca-pacidade filtradora, nos diferentes contextos, seja no exterior ou interior de edifícios.

No que concerne à qualidade acústica, por definição, não é apenas a intensidade de um ruido que consti-tui o único fator que determina a sua perigosidade, sendo que a duração do mesmo é também muito importante. As principais origens são as operações de descarga e armazenamento de mercadorias, fun-cionamento de sistemas de climatização e de certos equipamentos, assim como geradores de emergên-cia, alarmes, para além de diversas atividades como obras de construção civil.

Deste modo devem ser controladas fontes de ruido, estabelecendo-se como prioridades a:

1 - Identificação das fontes de ruido e ativi-dades ruidosas temporárias ou permanentes;

2 - Verificação da conformidade com os valores limite de emissão aplicáveis aos equipamentos; 3 - Verificação do cumprimento dos níveis de ruido ambiente no exterior dos estabelecimentos; 4 - Sinalização e limitação do acesso a zonas muito ruidosas; 5 - Sensibilização dos colaboradores para a adoção de boas práti-cas visando a diminuição do ruido; 6 - Promoção da criação de barreiras acústicas, nomeadamente barreiras naturais em locais onde forem identificadas fontes de ruído mais significativas.

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14 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

Mobilidade SustentávelEm virtude do desenvolvimento económico e social assim como do crescimento dos grandes centros ur-banos, tem-se vindo a assistir à dispersão das áreas residenciais e descentralização dos serviços nas últi-mas décadas, como consequência, as necessidades de mobilidade cresceram. Esta mobilidade é uma realidade complexa marcada pela dependência dos derivados do petróleo, graças à utilização do trans-porte individual e diminuição do uso dos transportes coletivos.

Tidos como uns dos principais responsáveis pela emissão de gases com efeito de estufa e consequen-temente responsável pelas alterações climáticas, situação justificada pela incalculável utilização de veículos que consomem imensos recursos fósseis. Considera-se pertinente uma análise cuidada da uti-lização dos mesmos, sendo crucial encontrar alterna-tivas aos mesmos.

Assim, são de considerar as seguintes opções:

REALIZAR PARCERIAS COM OPERADORES DE TRANSPORTES PÚBLICOS

a) Identificar os principais eixos de deslocação dos seus trabalha-doresb) Identificar os operadores principais dos eixos de deslocaçãoc) Estabelecimento de protocolos com operadores com vista à ob-tenção de condições privilegiadas

DEFINIR UMA POLÍTICA DE MOBILIDADE EMPRESARIAL SUS-TENTÁVEL PARA A EMPRESA:

a) Utilização de transportes coletivos na ida para o empregob) Partilha de boleias com colegas de trabalho ou outros que fa-çam o mesmo trajeto, reduzindo ao número de veículos e conse-quentemente à poluição assim como implicará um menor gasto financeiroc) Equacionar a disponibilização do serviço de transporte da em-presad) Optar pela bicicleta ou caminhar em deslocações pequenase) Criação de parques de bicicletas, nas zonas envolventes

f) Disponibilização de bicicletas por parte da entidade emprega-dorag) Efetuar a manutenção periódica das viaturas da frota existenteh) Verificar regularmente a pressão dos pneus, pois assim os con-sumos e emissões serão menoresi) Favorecer a aquisição de viaturas de baixo consumo, de baixas emissões de CO2 ou considerar a possibilidade de aquisição de viaturas hibridas ou elétricas j) Disponibilizar estacionamento preferencial para veículos “lim-pos”k) Elencar meios de transporte preferenciais para deslocações em serviçol) Apoiar iniciativas de investigação, desenvolvimento e inovação

SENSIBILIZAR OS TRABALHADORES PARA A UTILIZAÇÃO DE TRANSPORTES ALTERNATIVOSa) Realizar campanhas de promoção e sensibilização aos traba-lhadores sobre a utilização de transportes alternativos, b) Sensibilizar para a contribuição individual de cada trabalhador (car sharing; eco-condução)c) Elaborar e divulgar o guia de mobilidade para a empresa (trans-portes, horários, frequências)

OPTAR PELA ECO-CONDUÇÃO:

a) Conduzir por antecipação, de modo a evitar muitas travagens e aceleraçõesb) Conduzir a baixas rotaçõesc) Evitar situações ao ralentid) Acelerar e desacelerar suavemente evitando travagens bruscase) Adaptar a velocidade à estrada assim como às condições de cir-culação

Natureza e BiodiversidadeA preocupação pelos espaços verdes adjacentes, até como forma de mitigar a pegada ecológica gerada, mas também como forma de criar condições ideias para a criação de um ambiente aprazível para os trabalhadores, deverá ser uma preocupação de cada empresa.

É hoje cientificamente aceite de que a habitabilida-de, mas também o trabalho em áreas urbanas com espaços verdes tem um impacto positivo na saúde mental da população, podendo até estar relaciona-dos com um melhor aproveitamento, a diminuição de patologias relacionadas com a depressão ou mesmo possibilitando um contexto de diminuição do stress do dia-a-dia.

Paralelamente, a criação ou valorização dos es-paços verdes, poderá funcionar como uma medida compensatória capaz de mitigar a pegada ecológica gerada por cada instituição. Revela-se ainda impor-tante o conhecimento existente sobre o espaço verde envolvente, quer no que concerne às necessidades de conservação da natureza, mas igualmente no cuida-do a ter em cada local por forma a evitar qualquer fragmentação de habitats. O conhecimento de cada local e o envolvimento dos recursos humanos na sua

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 15

caracterização poderá funcionar como um importan-te reconhecimento dos serviços de ecossistemas que cada espaço verde poderá fornecer.

Assim, no que se reporta aos espaços verdes circun-dantes, considera-se importante:

1 - Avaliação e caracterização do espaço verde envolvente no que respeita à biodiversidade existente e necessidade de conservação;

2 - Promoção da identificação das espécies existentes, como for-ma de reconhecimento da sua importância;

3 - Promoção da floresta autóctone, dando preferência a jardins com espécies adaptadas ao nosso clima e solo;

4 - Cobrir o solo com materiais orgânicos como a casca de pinheiro ou inertes como a gravilha, que permitem economizar água du-rante toda a vida do jardim e minimizar as tarefas de manutenção;

5 - Sempre que possível, escolher plantas com as mesmas necessi-dades hídricas para que a rega seja a mínima e adequada a essas espécies;

6 - Evitar o uso de herbicidas, proibindo por completo a utilização de glifosato, seguindo assim as diretrizes municipais e europeias;

7 - Promover ações de sensibilização sobre a importância da natu-reza e biodiversidade.

Resíduos e InovaçãoConsidera-se que resíduo é qualquer substância ou obje-to de que o detentor se desfaz ou tem intenção/obrigação de se desfazer. Deste modo, os resíduos não são só um problema de quem os trata, mas um problema de todos.

Assim o tratamento dos resíduos é baseado numa ati-tude protetora e economizadora daquilo que a natureza tem para nos oferecer. Sendo que as soluções passam por reduzir o consumo de produtos supérfluos, reutilizar outros e ainda promover a reciclagem dos restantes resí-duos não reaproveitáveis.Atualmente o conceito de Economia Circular está mui-to presente no dia-a-dia e, nomeadamente, no contex-to industrial. A valorização dos resíduos é uma preocu-pação ambiental, mas também económica e deve, por isso, nortear qualquer estratégia ambiental da indústria.

Entendendo-se a redução da produção de resíduos como um aspeto determinante na sua gestão, revela-se importante que, mesmo na compra de novos produtos, deva existir uma procura por produtos reutilizáveis, no-meadamente: guardanapos de pano, sacos de pano ou embalagens reutilizáveis para armazenamento de ali-mentos. É igualmente importante que no momento da aquisição de produtos, se opte por embalagens familia-res em detrimento de embalagens individuais ou até pela compra de produtos a granel. Em qualquer dos casos, deverá haver uma preocupação acrescida para a aquisi-ção dos produtos apenas estritamente necessários, evi-tando-se assim desperdícios. Ao mesmo tempo, e até na gestão diária, deve ser promovida a impressão ou cópia apenas dos documentos e nas quantidades adequadas.

Do mesmo modo, sugere-se ainda recorrer à criativida-de, de modo a aproveitar diversos materiais para novas funcionalidades e consequentemente diminuindo a pro-dução de resíduos, como exemplos:

1 - Utilizar o verso das folhas impressas para rascunho 2 - Optar por impressão frente e verso e em modo rascunho

3 - Reutilizar caixas para arrumação de utensílios diversos

4 - Reutilizar envelopes de circulação interna-minimizando os consumos de papel

5 - Utilizar preferencialmente o suporte informático como forma de enviar e analisar documentos

6 - Evitar desperdiçar papel de secagem das mãos

7 - Reutilizar garrafas de plástico

8 - Promover o consumo de água de rede

9 - Usar depósito/garrafões que permitam encher copos/cane-cas/garrafas reutilizáveis por cada um dos utilizadores

10 - Aconselhar o uso de uma caneca, ao invés de gastar todos os dias um ou mais copos de plástico para tomar café

11 - Compre tinteiros reciclados sempre que possível

12 - Use sempre que possível papel reciclado

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16 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

Comunicação e EnvolvimentoAssumindo-se Guimarães como um concelho onde a indús-tria assume uma importância fulcral, a mesma apresen-ta um enorme conjunto de oportunidades para promover sensibilização e consciencialização ambiental através do desenvolvimento de ações diferenciadas e de capacitação da sociedade. Seja através da promoção do debate sobre a importância do compromisso dos diversos interlocutores industriais, seja pela promoção de ações e campanhas de sensibilização dos recursos humanos/colaboradores ou pelo desenvolvimento de ações compensatórias que visem contribuir para mitigar a pegada ecológica da indústria.

A comunicação das ações desenvolvidas ou da estratégia ambiental perseguida permitirá igualmente contribuir para uma maior sensibilização da população, mas igualmente para a promoção de uma forte mensagem de comprome-timento da indústria pelos objetivos do desenvolvimento sustentável do território e para a mitigação da sua pegada ecológica.

A valorização do conhecimento deve ser, por exemplo, parte integrante de uma estratégia ambiental afirmativa, através da:

1 - Participação em conferências e congressos que possibilitem um maior conhecimento de soluções inovadoras que possam contri-buir para práticas ambientais mais assertivas;

2 - Inclusão como ator principal em conferências e congressos que visem o debate de estratégias ambientais inovadoras.

Também ao nível do estabelecimento de medidas compen-satórias, deve a indústria procurar:

1 - Estabelecer parcerias com diferentes instituições em eventos de sensibilização e consciencialização ambiental para a comunidade em geral;2 - Integrar-se em campanhas/programas existentes que visem o desenvolvimento de ações mitigadoras da pegada ecológica ou de sensibilização da comunidade (ex. integração como parceiro em programas ambientais ou programas de promoção da floresta au-tóctone ou despoluição dos recursos hídricos);3 - Envolver os recursos humanos em ações públicas no âmbito da promoção do desenvolvimento sustentável, quer nas ações pro-movidas pela própria empresa, quer naquelas em que a empresa pode ser um dos parceiros ativos.

Também a nível interno, deve a indústria procurar a capa-citação dos seus recursos humanos, visando assim o estrito comprometimento da estratégia ambiental da empresa, através do desenvolvimento de:

1 - Ações de formação/capacita-ção dos recursos humanos na área ambiental;

2 - Ações públicas que visem a apresentação de medidas e ações que contribuam para o cumprimento dos objetivos da estratégia ambiental seguida; 3 - Desenvolvimento de um relatório de sustentabilidade que ob-jete a análise e avaliação das diferentes práticas ambientais da empresa; 4 - Monitorização periódica das ações integrantes nos diversos in-dicadores de sustentabilidade presentes neste Manual.

O desenho de um território mais sustentável não pode, na-turalmente, deixar de parte o comprometimento da indús-tria e dos seus interlocutores, permitindo assim o contributo pleno para os três pilares de sustentabilidade: económico, social e ambiental.

13 - Não enviar o papel para reciclar com agrafos, clipes ou elásticos

14 - Quando manusear óleos, utilizar aparadeiras, plásticos, mantas absorventes e tinas de retenção de modo a prevenir derrames;

15 - É proibido por lei fazer qualquer descarga de óleos usados na água, incluindo sistemas de drenagem de águas residuais, bem como fazer qualquer depósito e/ou carga de óleos usados no solo;16 - Não deixar os recipientes abertos quando não estão em utiliza-ção nem os armazenar perto de fontes de ignição ou calor

Constitui-se ainda um parâmetro de elevada relevância a criação de sistemas de recolha seletiva de embalagens através da instalação de contentores em locais estratégicos e devidamente sinalizados:

1 - Os contentores deverão estar localizados junto a entradas e saí-das; zonas de restauração e bares; junto às máquinas de venda de alimentos ou café; balneários e serviços administrativos.

2 - Os contentores devem existir em número suficiente e com o vo-lume adequado;

3 - Os contentores devem estar devidamente sinalizados;

4 - Junto a locais para deposição de lixo indiferenciado, deve existir sempre um conjunto de ecopontos,

5 - É fundamental o uso de simbologia simples ou identificação es-crita;

6 - Importa dar a conhecer e evidenciar junto dos trabalhadores e empresários os benefícios da separação de resíduos, estimulando a que todos façam parte deste plano, propondo e assumindo como objetivo estratégico a política dos 5Rs: Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recuperar e Responsabilizar.

7 - Garantir o correcto tratamento resultante da recolha selectiva.

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 17

Na listagem seguinte é apresentado um conjunto de itens de verificação para diagnóstico e avaliação da empresa, distribuídos por área de indicador, nomea-damente:

o Gestão ambiental e social; o Comunicação e envolvimento;o Água;o Energia;o Resíduos;o Qualidade do ar e acústica;o Mobilidade sustentável;o Natureza e Biodiversidade;o Eco-inovação e Emprego Verde.

Sempre que possível as questões apresentadas de-vem ser respondidas da seguinte forma:

o Sim;o Não;o Não aplicável.

Sempre que responda afirmativamente, deve juntar um comprovativo, anexando sempre que se justifique, uma fo-tografia, um documento ou uma declaração da empresa.

Note-se que este instrumento de verificação é transversal, pelo que existem algumas questões que não se ajustam à área empresarial em avaliação. Contudo e, para verificação de enquadramento nos pressupostos descritos na alínea d), do art.º 9.º do RPEIM, a empresa deverá, pelo menos, res-ponder afirmativamente a uma questão por área de indi-cador.

A verificação da informação apresentada será realizada através de visitas de monitorização à empresa.

Instrumento de Diagnóstico e Avaliação da Empresa

1 A Empresa tem definida uma Política Ambiental e/ou um Plano para a Sustentabilidade?

2 A Gestão de topo da Empresa está envolvida nos compromissos para o Desenvolvimento Sustentável?

3 A Empresa tem um plano de ação anual e objetivos para a melhoria contínua para a sustentabilidade e/ou um relatório de sustentabilidade?

4 A Empresa colabora com entidades relevantes na comunidade que promovem o desenvolvimento sustentável?

5 A Empresa colabora com empreendedores locais que possam desenvolver e vender produtos sustentáveis com origem na natureza, história e cultura locais?

6 A Empresa monitoriza a sua pegada ecológica através de uma ferramenta/calculadora de CO2 reconhecida?

7 A Empresa tem designado um Gestor Ambiental?

8 O Gestor Ambiental assegura a implementação, monitorização e melhoria de critérios para a sustentabilidade?

9 A Empresa proporciona Formação na área da gestão ambiental aos seus colaboradores?

# Descrição do Critério / Boa Prática SIM / NÃO / NÃO APLICÁVELGESTÃO AMBIENTAL E SOCIAL

INSTRUMENTO DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO POR ÁREA

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18 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

10 A Empresa assegura que os fornecedores têm certificado ambiental ou têm uma política ambiental escrita e/ou estão comprometidos com o desenvolvimento sustentável?

11 A Empresa dá preferência a produtos e serviços locais e/ou de comércio justo?

12 Os bens duráveis recentemente adquiridos têm certificado ambiental ou são produzidos por uma empresa com sistema de gestão ambiental?

13 A compra de bens descartáveis e consumíveis é monitorizada e a Empresa promove a redução do uso destes?

14 A Empresa realiza uma análise do tempo de vida de todos os produtos adquiridos?

15 A Empresa tem preocupação na redução do uso de plástico e produtos descartáveis, substituindo pelo vidro na maioria dos casos?

16 A Empresa tem implementado sistemas e softwares de gestão e contabilidade que reduzem o uso do papel?

17 A Empresa toma iniciativas para reduzir o uso de papel nos escritórios, salas de reuniões, impressões e outros locais de maior uso/frequência?

18 A Empresa usa preferencialmente o e-mail e outros meios de comunicação digitais, contemplando mensagens de sensibilização para a redução do uso do papel, bem como a sua impressão?

19 A Empresa tem um plano de Limpeza regulado do espaço e que monitorize em função dos consumos?

20 A Empresa promove a reutilização de produtos e materiais?

21 A Empresa tem algum sistema ou procedimento certificado? Se sim quais?

22 A Empresa cumpre com a legislação internacional, nacional e local e tem uma política de responsabilidade so-cial que integra as áreas do ambiente, saúde, segurança e trabalho?

23 A Empresa garante a acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida?

24 Os materiais/produtos que já não são usados pelo estabelecimento são recolhidos e doados para organizações de solidariedade social?

25 A Empresa é equitativa na contratação de géneros e minorias locais, inclusive em cargos de gestão, e não per-mite o trabalho infantil?

26 A Empresa tem um código de conduta, desenvolvido e aprovado?

27 Animais e plantas em risco de extinção e artefatos históricos/arqueológicos não são comercializados ou expos-tos no estabelecimento, exceto se for permitido por lei?

28 A empresa não tem situações/ocorrências de cadastro ambiental?

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 19

29 A Empresa tem uma política de comunicação ambientalmente sustentável assente na tecnologia digital e de redução do uso do papel?

30 A Empresa realiza uma promoção e divulgação de boas praticas ambientalmente sustentáveis?

31 A Empresa proporciona informações aos colaboradores e/ou clientes dos transportes públicos (horários, locais, etc), percursos pedestres ou ciclovias para acesso ao seu estabelecimento ou local?

32 Quando usado o papel, a Empresa tem preocupação na utilização de papel reciclado ou certificado pelo siste-ma FSC?

33 Os artigos de papelaria e brochuras produzidos ou encomendados são certificados, reciclados ou produzidos por uma empresa com um sistema de gestão ambiental?

34 A Empresa dá preferência aos meios de comunicação digitais como web e redes sociais?

35 Ao usar materiais de identificação (crachás, cartões, credenciais, etc) a Empresa realiza a reutilização e/ou reciclagem desses materiais?

36 A Empresa assegura que todos os colaboradores tomam conhecimento dos objetivos e metas ambientais defi-nidas?

37 São asseguradas reuniões periódicas com a equipa de forma a apresentar as iniciativas e ações ambientais?

38 A Empresa comunica interna ou externamente os dados de monitorização resultantes da Gestão Ambiental?

39 O Gestor Ambiental apresenta periódicamente trabalho desenvolvido na área do desenvolvimento sustentável?

40 As certificações, galardões e reconhecimentos de boas práticas ambientais estão colocados em lugares de des-taque e dão conhecimento nos meios de comunicação da Empresa (site, redes sociais, economato, etc)?

41 A Empresa promove e informa os clientes sobre as boas práticas ambientais, assim como incentiva a participa-ção em iniciativas ambientais?

42 Os colaboradores estão informados e preparados a prestar esclarecimentos sobre as boas praticas ambientais da Empresa?

43 A Empresa organiza atividades de educação para a sustentabilidade ambiental dirigidas a clientes, colabora-dores, comunidade e/ou parceiros, seja nas instalações ou no exterior?

44 A Empresa tem um plano, desenvolvido e aprovado em parceria com a comunidade local, para a realização de atividades e ações?

45 A Empresa apoia atividades ambientais ou iniciativas para o desenvolvimento sustentável da comunidade local ou com a Brigada Verde da Freguesia (caso exista)?

COMUNICAÇÃO E ENVOLVIMENTO

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46 São disponibilizadas informações sobre parques de lazer, jardins, paisagens e áreas protegidas na zona onde a Empresa se insere?

47 A Empresa informa os fornecedores/clientes sobre os seus compromissos ambientais e encoraja os fornecedo-res/clientes a seguir os mesmos critérios?

48 A Empresa disponibiliza informação e/ou instruções aos colaboradores e/ou clientes sobre a poupança de água e energia, separação de resíduos ou outras atitudes ambientais?

49 É disponibilizado aos clientes um questionário sobre o desempenho ambiental e/ou socio-cultural do serviço e/ou empresa?

20 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

50 A Empresa realiza uma monitorização dos consumos/gastos de água e analisa comparativamente?

51 Todas as águas residuais são tratadas de acordo com a legislação nacional e local?

52 A Empresa possuí um sistema de tratamento de águas residuais e/ou efluentes autónomo e adaptado à sua capacidade?

53 A Empresa está ligada ao sistema de tratamento de águas residuais (saneamento)?

54 As águas residuais são reutilizadas (após tratamento)?

55 A Empresa tem implementado um sistema de aproveitamento e uso de águas pluviais?

56 A Empresa realiza a medição de fluxos de água de torneiras e/ou chuveiros, mantendo abaixo dos 6/9 litros/min?

57 As torneiras e outros dispositivos de abastecimento de água tem um redutor de fluxo?

58 Os autoclismos instalados têm opção de descarga seletiva (reduzida de 3 litros) ou têm descargas inferiores a 6 litros?

59 Os pontos de água (torneiras, chuveiros e urinóis) estão equipados com sensor e/ou sistema temporizador de poupança de água?

60 Os colaboradores estão atentos e monitorizam eventuais fugas de água?

61 Na aquisição de maquinaria, equipamentos e electrodomésticos tem em consideração o consumo eficiente de água?

ÁGUA

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 21

62 Estão instalados contadores de água nas áreas com maior consumo de água?

63 O Sistema de rega é otimizado para evitar o desperdício de água, quando existente?

64 São utilizados recipientes de vidro ou garrafas reutilizáveis para uso de água da torneira em reuniões, eventos ou escritórios?

65 A mudança de tolhas ou outros têxteis é realizada de forma racional, a fim de reduzir o nº de lavagens?

66 Os produtos de limpeza ou detergentes adquiridos são reconhecidos com certificado ambiental ou não devem conter agentes químicos referidos na “lista negra”?

67 Os produtos de desinfeção são usados de acordo com as normas de higiene e se estritamente necessário?

68 As toalhas de papel e o papel higiénico são de papel branqueado sem cloro, ou feito de um tipo de papel reci-clado com certificado ambiental?

69 Nas limpezas são usados panos de fibra para reduzir o uso de água e de químicos?

ENERGIA

70 A Empresa realiza uma monitorização dos consumos/gastos de energia e analisa comparativamente?

71 A Empresa garante que todos os dispositivos elétricos adquiridos são eficientes em termos energéticos?

72 A Empresa utiliza energia com certificado ambiental e/ou renovável?

73 Os sistemas de controlo do aquecimento e ar condicionado são aplicados conforme as temperaturas sazonais ou quando não há ocupação das instalações do estabelecimento?

74 Pelo menos 75% das lâmpadas são de elevado rendimento energético/eficientes (LED ou outra tecnologia equi-parada)?

75 Os computadores, impressoras e fotocopiadoras têm o modo de poupança de energia e desligam-se automati-camente?

76 Os computadores, impressoras, fotocopiadoras e eletrodomésticos recentemente adquiridos têm certificado ambiental ou foram produzidos por empresas com sistema de gestão ambiental reconhecido?

77 A manutenção de sistemas de ventilação, AVAC's e Ar Condicionados é feita regularmente (uma vez por ano para ser eficiente em termos energéticos durante todo o ano)?

78 Os sistemas de ventilação, AVAC's e Ar Condicionados estão equipados com um otimizador de energia e um mecanismo de poupança de energia?

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22 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

79 Os frigoríficos, arcas, fornos e placas de aquecimento e outros equipamentos de refrigeração ou aquecimentos são equipados com materiais de calafetagem que garantam o isolamento eficaz?

80 Os mini-frigoríficos recentemente adquiridos não têm um consumo de energia superior a 1 kWh/dia?

81 A Empresa definiu uma temperatura padrão para arrefecimento e aquecimento das instalações?

82 A iluminação exterior é minimizada e/ou tem sensores automáticos?

83 Todas as janelas têm isolamento térmico e/ou outras medidas eficientes em termos de energia, e de acordo com legislação nacional e o clima local (isolamento e vidros duplos ou caixilharia dupla)?

84 A Empresa realiza uma auditoria energética pelo menos uma vez a cada cinco anos?

85 São utilizados radiadores eléctricos, ou outras formas de aquecimento de baixa eficiência energética?

86 A iluminação dos corredores das instalações tem sensores de movimento?

87 Estão instalados sistemas automáticos nas áreas públicas para iluminação eficiente?

88 Existem contadores separados de eletricidade e gás nas áreas de maior consumo para monitorização da ener-gia?

89 Nas instalações mais pequenas e controladas o sistema de ar condicionado é desligado automaticamente quando as janelas são abertas?

90 A Empresa tem instalado sistemas de recuperação de calor para os sistemas de refrigeração, ventiladores ou águas residuais sanitárias?

91 A Empresa tem o(s) edifício(s) isolados acima dos requisitos nacionais mínimos para garantir uma redução sig-nificativa do consumo de energia?

92 O sistema de canalização de água quente está bem isolado?

93 As máquinas de venda automática de snacks, café e água são desligados em períodos de não utilização (exem-plo férias)?

94 Os exaustores estão equipados com sistema de infravermelhos para controlo automático da extracção de fumo?

95 O(s) edifício(s) tem equipado sistema de aquecimento e/ou recuperação de calor recorrendo a sistema de ener-gia renovável, bomba de calor ou circulação de águas?

96 As instalações estão desenhados de forma aproveitar melhor a luz natural?

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 23

97 A Empresa realiza uma monitorização detalhada na produção de resíduos e analisa comparativamente?

98 A Empresa tem um plano de redução e/ou reutilização de resíduos?

99 A Empresa realiza mapa integrado de registo de resíduos (MIRR) ?

100 A Empresa realiza a separação dos resíduos, com um mínimo de 3 categorias, e de acordo com a legislação nacional?

101 Os resíduos produzidos são recolhidos e encaminhados corretamente pelos sistemas locais de recolha?

102 Se as entidades locais/regionais de gestão de resíduos não recolherem os resíduos nas proximidades do esta-belecimento, a Empresa assegura o armazenamento e encaminhamento seguro para um local apropriado que os trate?

103 É incentivada a redução na utilização de plástico (cozinha, bar, etc.) em contrapartida de uma maior utilização do vidro?

104 É incentivado o uso ou aquisição de material reciclado, reciclável ou biodegradável?

105 São colocadas instruções simples e percetíveis sobre a separação correta dos resíduos disponíveis para todos os colaboradores e clientes?

106 As novas bombas e sistemas de refrigeração não devem utilizar como gás refrigerante os CFC ou HCFC?

107 Todos os resíduos especiais são encaminhados para entidades licenciadas?

108 As substâncias químicas sólidas e líquidas são armazenadas em depósitos separados de modo a evitar fugas e consequente contaminação?

109 Cada casa de banho, balneário, cozinha ou bar tem recipientes para resíduos?

110 Os produtos de higiene ou limpeza não são embalados em doses individuais ou as embalagens são recicláveis ou biodegradáveis?

111 Os produtos de higiene ou limpeza têm certificado ambiental?

112 Os resíduos orgânicos são compostados?

113 A Empresa tem colocados cinzeiros distribuídos nos espaços destinados a fumar e recolhe com frequência esse resíduo?

RESÍDUOS

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24 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

QUALIDADE DO AR E ACÚSTICA

114 A Empresa realiza uma monitorização do nível da qualidade do ar exterior e interior?

115 A Empresa realiza uma monitorização do nível de ruído que os seus colaboradores e/ou clientes estão expos-tos?

116 As instalações têm plantas interior que potenciem a melhoria da qualidade do ar?

117 A Empresa tem uma política específica sobre tabagismo durante o horário de trabalho?

118 A Empresa tem definidos locais delimitados exteriomente com ventilação para fumar?

119 O estabelecimento evita o uso de sprays com fragrância ou perfumes no processo de lavagem e limpeza?

120 Em caso de remodelação ou reconstrução, a Empresa utiliza produtos/materiais ecológicos que tenham uma boa qualidade acústica, iluminação e ar interior?

121 A Empresa tem uma manutenção ou realiza uma monitorização dos sistemas de som (qualidade do ruído)?

122 Os trabalhadores utilizam material de proteção individual, nomeadamente para proteção acústica e respirató-ria?

123 No caso de emissão de gases poluentes a Empresa tem implementado um sistema certificado e licenciado que permita uma emissão dentro dos limites legais e filtrada?

124 A Empresa tem sistema de gestão de frota que permita uma monitorização e um aumento de eficiência do transporte?

125 A Empresa contabiliza e monitoriza os quilómetros realizados?

126 A Empresa planeia antecipadamente as viagens a efectuar, com a preocupação de reuzir os quilómetros a percorrer?

126 A Empresa proporciona um serviço de transporte coletivo para os seus colaboradores e/ou clientes?

127 A Empresa contabiliza os gastos relacionados com os combustíveis?

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL

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rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim) Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação 25

128 A Empresa realiza a manutenção dos veículos com frequência ou tem um plano (pressão dos pneus, mudança de óleo, revisões, etc.)?

129 A Empresa fornece informações sobre o local mais próximo para aluguer ou aquisição de bicicletas?

130 A Empresa tem implementado um plano de renovação de veículos que permita encurtar o período de vida?

131 Os colaboradores são incentivados a utilizar meios de transporte sustentáveis (modos suaves de mobilidade)?

132 A Empresa tem uma politica de implementação de mobilidade eléctrica, adquirindo veiculos electricos?

133 A Empresa tem a preocupação, quando possível, de procurar alternativa as combustiveis fósseis?

134 Os colaboradores são incentivados a realizar carpooling ou carsharing nas deslocações casa-trabalho?

135 A Empresa realiza campanhas de redução do uso do transporte individual ou realização de viagens com apenas uma pessoa, junto dos seus colaboradores e/ou clientes?

136 A localização das instalações permite um bom acesso para as principais ligações de transportes públicos?

137 As instalações estão adaptadas e permitem uma boa acessibilidade a todos?

138 A Empresa tem instalado um parque de bicicletas nas suas instalações?

139 As instalações permitem que o seu colaborador troque de roupa (balneário), caso se desloque de bicicleta?

NATUREZA E BIODIVERSIDADE

140 A Empresa tem a preocupação de criar espaços verdes?

141 A Empresa sinaliza e divulga junto dos colaboradores/clientes os Espaços Verdes de usufruto público mais pró-ximos das instalações?

142 Os espaços verdes existentes têm uma manutenção regular?

143 A Empresa proíbe o uso de herbicidas (glifosato) na manutenção dos espaços verdes?

144 A Empresa adota técnicas biológicas e tradicionais (mezinhas) e aplica métodos que permitam economizar o uso da água?

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26 Boas práticas dE sustEntaBilidadE para a Eco-inovação rEgulamEnto dE projEtos Económicos dE intErEssE municipal (rpEim)

145 Nos espaços verdes da empresa existem objetos/ações de promoção da biodiversidade? (ninhos, flores, casas de insetos, etc)

146 A Empresa realiza ações de sensibilização junto dos seus colaboradores que promovam a biodiversidade? (Ex: Ações de caracterização de espécies e identificação no local)

147 A Empresa promove ou participa em ações de florestação ou reflorestação autóctone como o Guimarães Mais Floresta?

148 A Empresa promove ações ou disponibilizou algum espaço que permita criar uma horta biológica e comunitá-ria?

149 A Empresa divulga ações de promoção da Biodiversidade junto dos seus cientes e colaboradores? (Ex: Aplica-ção Biodiversiy GO!)

ECO-INOVAÇÃO E EMPREGO VERDE

150 As instalações da empresa têm instalados sistemas sustentáveis ou existe uma política de preocupação da empresa em ter edifícios sustentáveis?

151 A empresa tem edifícios certificados por sistema de gestão ambiental (ISSO 14001 ou outro)?

152 A empresa tem certificações de qualidade?

153 A Empresa procura desenvolver investigação na área ambiental para otimização (Desempenho Energético, Economia Circular, Alterações Climáticas, Tecnologias, Natureza e Biodiversidade)?

154 A Empresa procura promover uma política de Empregos Verdes?

155 A Empresa realiza ações de capacitação junto dos seus colaboradores que otimize a sua ação diária e que reduza o consumo?

156 A Empresa aderiu a alguma rede, associação ou organização que promova os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas?

157 A Empresa assumiu algum acordo local, nacional ou internacional que colabore nas metas de descarbonização ou de promoção da economia circular?

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Ficha Técnica Trabalho produzido pelo Laboratório da Paisagem de Guimarães – Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável, com a participação de:

Carlos Ribeiro - Doutorado em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto, Mestre em Genética Molecular e Licenciado em Biologia Aplicada pela Universidade do Minho. Membro da Equipa de Redação da Candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020;

Isabel Loureiro - Doutorada em Engenharia Industrial e de Sistemas, Mestre em Engenharia Humana pela Universidade do Minho e Licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Investigadora e Professora convidada do Departamento de Engenharia de Produção Industrial e de Sistemas da Universidade do Minho. Coordena-dora Executiva da Candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020;

Jorge Cristino - Presidente do Conselho Diretivo do Laboratório da Paisagem de Guimarães e Adjunto da Vereação da Câmara Municipal de Guimarães, Pós-Graduado em Cooperação para o Desenvolvimento e Estudos Europeus, com Licenciatura em Engenharia Têxtil pela Universidade do Minho. Membro da Equipa de Redação da Candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020;

edição Laboratório da Paisagem / design Pedro Cunha

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