biossegurança com interesse à cirurgia bmf

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BIOSSEGURANÇA EM ODONTOLOGIA Prof. Ms. Guilherme Terra Disciplina de Cirurgia BMF

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Biossegurança com interesse à Cirurgia BMF

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BIOSSEGURANÇA

EM ODONTOLOGIA

Prof. Ms. Guilherme Terra

Disciplina de Cirurgia BMF

Introdução

Com o aparecimento e posterior aumento de doenças infectocontagiosas, os conceitos de biossegurança cresceram em importância.

Os pacientes já não aceitam serem atendidos sem os devidos cuidados.

(Jorge, 2002)

Terra, G.

Introdução

Os materiais manuseados são, quase sempre, fontes de contaminação.

Devemos sempre ter cuidados para não haver contaminação cruzada, não contaminar o pessoal de trabalho, da limpeza, o meio ambiente e cuidados com o descarte.

(Jorge, 2002)

Terra, G.

Definição

Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

(Manual de Biossegurança da UNESP, 2000)

Terra, G.

Tipos de risco

1. Riscos de Acidentes

2. Riscos Ergonômicos

3. Riscos Físicos

4. Riscos Químicos

5. Riscos Biológicos

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

Terra, G.

1. Riscos de acidentes

Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral.

Exemplos: equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

Terra, G.

2. Riscos ergonômicos

Qualquer fator que possa interferir nas

características psicofisiológicas do trabalhador

causando desconforto ou afetando sua saúde.

Exemplos: Ritmo excessivo de trabalho, a

monotonia, a repetitividade, a responsabilidade

excessiva, a postura inadequada, etc.

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

Terra, G.

3. Riscos físicos

Formas de energia, tais como: ruído,

radiações ionizantes, radiações não

ionizantes, materiais perfuro-cortantes,

etc.

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

Terra, G.

4. Riscos químicos

Substâncias ou produtos que possam

penetrar no organismo por via respiratória.

Ser absorvido pelo organismo através da

pele ou por ingestão.

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

Terra, G.

5. Riscos biológicos

Consideram-se agentes de risco biológico

as bactérias, fungos, parasitos, vírus,

entre outros.

(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de 08/06/78)

Terra, G.

Equipamento de proteção

individual – EPI

São empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, e outros perigos.

Composto de Luvas, Jaleco, Máscara, Touca e Óculos.

(Manual de Biossegurança da UNESP, 2000)

Terra, G.

Luvas

As luvas são usadas como barreira de proteção prevenindo contra contaminação do profissional e do paciente.

O uso de luvas não substitui a necessidade da LAVAGEM DAS MÃOS pois elas podem ter defeitos de fabricação ou danificar-se durante o procedimento.

Descartar sempre após o uso.

(Manual de Biossegurança da UNESP, 2000)

Terra, G.

Jaleco

Previnem a contaminação das roupas do

pessoal, protegendo a pele da exposição a

sangue e fluidos corpóreos, salpicos e

derramamentos de material infectado.

Devem sempre ser de mangas longas,

confeccionados em algodão ou fibra sintética.

(Manual de Biossegurança da UNESP, 2000)

Terra, G.

Óculos de Proteção

Protege os olhos contra salpicos, borrifos,

gotas, aerosóis, impacto de objetos e

fragmentos.

(Manual de Biossegurança da UNESP, 2000)

Terra, G.

Máscara

Protege contra infecções por aspiração de

aerossóis e contato com boca e nariz dos

fluídos corporais.

(Manual de Biossegurança da UNESP, 2000)

Terra, G.

NORMAS PARA O

ATENDIMENTO

CLÍNICO

Terra, G.

Antes do procedimento

Desinfetar as superfícies com álcool 70° ou spray desinfetante.

Esterilizar ou ao menos desinfetar as peças de mão.

Proteger toda a área de trabalho e equipamentos com filme PVC.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

Durante o procedimento

As luvas não deverão tocar artigos não

estéreis e/ou desprotegidos.

Caso ocorra, utilizar sobre luvas.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

Após o procedimento

Liberar o paciente e descartar as luvas de procedimento.

Calçar luvas grossas para limpeza, remover as barreiras, e descartar o material descartável que foi utilizado.

Imergir o instrumental contaminado em recipientes contendo solução de glutaraldeído a 2%, por um mínimo de 10 minutos.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

Após o procedimento

Artigos pérfuro-cortantes, como agulhas

utilizadas para anestesia, lâminas de

bisturi e agulhas para sutura, deverão ser

dispensados em caixas de papelão tipos

Descarpack.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

JAMAIS DESCARTAR AGULHAS

E LÂMINAS CONTAMINADAS

NAS LIXEIRAS

CONVENCIONAIS, POIS OS

SERVIDORES DA LIMPEZA

PODERÃO SE FERIR E ASSIM

SEREM CONTAMINADOS!

Terra, G.

Após o procedimento

Após desinfecção em solução de glutaraldeído a 2% ou ácido peracético, lavar e secar o instrumental, utilizando luvas grossas para limpeza doméstica.

Após secagem os artigos deverão ser embalados para proceder a esterilização.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

Desinfecção de materiais de

moldagem

As moldeiras deverão ser devidamente lavadas,

desinfectadas e esterilizadas.

Todas as moldagens deverão ser lavadas

cuidadosamente sob água corrente, para

remover excesso de saliva e sangue.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

Desinfecção de materiais de

moldagem

Moldagens de alginato deverão ser borrifadas com solução de hipoclorito de sódio, lavadas cuidadosamente sob água corrente e vazadas imediatamente.

Moldagens de silicone, polissulfeto, pasta zinco-enólica, poliéter e registros de cera deverão ser borrifadas com solução de hipoclorito de sódio, lavadas cuidadosamente sob água corrente e vazadas de acordo com a recomendação do fabricante.

(Belasco et al., 2001)

Terra, G.

ACIDENTES

OCUPACIONAIS

Terra, G.

Acidentes Ocupacionais

Segundo o Ministério da Saúde (1999), os

acidentes de trabalho com sangue e outros

fluidos potencialmente contaminados devem ser

tratados como casos de emergência médica.

(MS,1999)

Terra, G.

Acidentes Ocupacionais

A profilaxia da infecção pelo HIV e pelo vírus da

hepatite B, para sua maior eficácia necessitam

ser iniciados logo após a ocorrência do

acidente.

(MS,1999)

Terra, G.

Acidentes Ocupacionais

O risco médio de se adquirir o HIV é de,

aproximadamente, 0,3% após exposição

percutânea, e de 0,09% após exposição

mucocutânea.

O uso profilático do AZT , demonstrou a redução

de 81% do risco de soroconversão após

exposição ocupacional.

(MS,1999)

Terra, G.

Acidentes Ocupacionais

O risco de infecção pelo vírus da hepatite

B após exposição percutânea em

pacientes contaminados é de 30%.

Para o vírus da hepatite C, o risco médio é

de 10%.

(MS,1999)

Terra, G.

Comunicar o Professor responsável pela

Clínica.

Lavagem da região acidentada em água

corrente, evitando friccionar para não aumentar

a “ferida”.

(Manual de Biossegurança da FOB, 2000)

Terra, G.

Conduta frente a acidentes

Conduta frente a acidentes

Aplicação de Povidine ou Clorexidina na região

acidentada.

Encaminhamento ao serviço de controle de

infecções quando se julgar necessário (Hospital

Emílio Ribas).

(Manual de Biossegurança da FOB, 2000)

Terra, G.

Prevenção de acidentes

Não reencapar as agulhas para anestesia.

Manusear com o máximo cuidado objetos

pérfuro-cortantes.

Evitar deixar gazes, campos, etc, em cima dos

instrumentais no campo cirúrgico.

(Manual de Biossegurança da FOB, 2000)

Terra, G.

Vacinas

Recomenda-se a todo corpo docente e

discente as imunizações contra tétano,

difteria e hepatite.

Terra, G.

Terra, G.