bimestral «só ele é o meu refúgio e salvação» (sl 62, 7a)

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Ano XXVIII - Nº329/330 Outubro / Dezembro 2020 Preço avulso 0.70 Paróquia de N.ª S.ª de Fátima Viana do Castelo DIRECTOR: P. e ARTUR COUTINHO AVENÇA Bimestral O Natal não precisa de nós para ser Natal, nós é que pre- cisamos do Natal para nos sal- varmos. Será que toda a gente o celebra? Celebrar este acontecimento que marcou a história, dividin- do-a no antes e depois. É ce- lebrado agora por toda a cris- tandade. Por causa da pandemia não haverá Natal? Sim, o Natal ce- lebra-se sempre, talvez, este ano, mais silencioso, menos colorido, com menos luzes, com menos mobilidade; mais distante fisicamente dos outros e da família, mas, naturalmen- te, mais profundo, imaginando a estrela de Belém que condu- ziu os Magos até ao Menino Jesus acabado de nascer. Fi- cando com os olhos bem aber- tos e fixos num presépio que toda a gente tem, recebemos a lição para renovar a nossa vida. Natal para mim é como uma nova vida que renasce em quem o celebra. Fixamos os olhos porque na nossa men- te está essa estrela que levou os Magos a Belém da Judeia. Para haver Natal basta que te- nhamos Deus ao nosso lado. Haverá sempre Natal porque precisamos duma luz divina que nos ilumine na escuridão da vida, por vezes, sofredo- ra. Este ano carregada com o peso do Covid-19. Temos agora muito mais tra- balho porque cresce o número de pobres, dos sem emprego, etc…ao lado de mais doentes seja do Covid, seja de pes- soas com outras patologias que vêem consultas adiadas e esperando até chegar a morte por falta de assistência. Não podemos ficar indiferentes pe- rante esta situação de tantos desfavorecidos. Por isso, os nossos Bispos pedem atenção aos pobres na preparação para o Natal, cujo Advento já come- çou. Procedendo conforme a mensagem cristã sobre a Cari- dade, sentiremos o Natal como uma vida nova pessoal e co- munitária. Celebramos o Natal. Mes- mo que eu, “vivendo sozinho” e com mais de 70 anos fique em casa, saberei viver o Natal. Passe o Covid e haverá natal tradicional no próximo ano. Creio que Deus nos vai dar essa graça. Padre Coutinho "Se soubesse a importância des- ta oração, garanto que você a colo- caria mais em prática! *(†) Pelo sinal da Santa Cruz,* *(†) livrai-nos DEUS, nosso SE- NHOR,* *(†) dos nossos inimigos!* *(†) Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!* Quando você acorda, faz sobre si o “sinal da Cruz”? E antes das refei- ções? E quando vai dormir? Ao me- nos alguma vez ao dia? Não?! Se soubesse a importância desta ora- ção, garanto que a colocaria mais em prática! Muitas pessoas, não entendendo a importância dessa oração, a fa- zem de maneira displicente, fican- do apenas no gesto, sem a efetiva invocação da Santíssima Trindade. *O “sinal da Cruz” não é um gesto ritualístico, mas sim, uma verdadei- ra e poderosa oração! É o sinal dos cristãos! Por meio dele muitos san- tos invocaram a proteção do Altíssi- mo, e através dele pedimos a Deus que, pelos méritos da Santa Cruz de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos livre dos nossos ini- migos, e de todas as ciladas do mal, que atentam contra a nossa saúde física e espiritual.* *Mas será que saiba fazer o “sinal da Cruz”?!* De forma solene, sem pressa, e com a maior devoção e respeito: *† Pelo sinal da Santa Cruz (na testa): pedimos a Deus que nos dê bons pensamentos, nobres e puros. E que Ele afaste de nós os pensa- mentos ruins, que só nos causam mal.* *† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor (na boca): pedimos a Deus que de nossos lábios só saiam louvores. Que o nosso falar seja sempre para a edificação do Reino de Deus e para o bem estar do próximo.* *† Dos nossos inimigos (sobre o coração): para que em nosso cora- ção só reine o amor e a lei do Se- nhor, afastando-nos, pois, de todos os maus sentimentos, como o ódio, a avareza, a luxúria… Fazendo-nos verdadeiros adoradores.* *† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! – É o ato livramento e deve ser feito com a maior reverência, consciência, fé e amor, pois expressa nossa fé no Mistério da Santíssima Trindade, cerne de nossa fé cristã, Deus em si mesmo. Deve ser feito com a mão direita, levando-a da testa à barriga, e do ombro esquerdo ao direito.* Agora que já sabe a importância do “sinal da Cruz”, *faça-o antes de sair de casa, antes de qualquer tra- balho, nas horas difíceis e nas ho- ras de alegria também.* *Faça-o sobre si," Guiado por esta certeza, en- treguei-me, no passado dia oito de novembro, ao serviço a Cris- to e à Sua Vinha, através da ordenação presbiteral. No mo- mento em que me prostrava, abandonava-me Àquele que é o nosso porto seguro. E as- sim, pela imposição das mãos do Arcebispo de Braga e pela oração consecratória, conver- ti-me em cooperador da Igreja de Jesus pelo ministério pres- biteral. Todavia, se esta singular oca- sião se revestiu de um profundo júbilo, tal se deveu à presença de tantos rostos amigos, os quais, pela sua oração e am- izade, se quiseram associar. Entre os inumeráveis rostos que se fizeram presentes, per- mitam-me salientar, além, nat- uralmente da minha família, dos amigos de formação, das paróquias da Correlhã, de Ou- teiro e de Perre, todos aqueles que compõem a Comunidade paroquial de Nossa Senhora de Fátima, a qual tenho servido deste o início de setembro. Por conseguinte, ao recordar o acolhimento recebido, espe- cialmente do Pároco, Pe. Ar- tur Coutinho, as pessoas com quem me tenho cruzado, e os eventos em que tenho partici- pado, surge, no meu íntimo, so- mente uma palavra: obrigado! Obrigado pelas tantas alegrias que me têm sido proporciona- das, as quais têm constituído salutares ocasiões de cresci- mento humano e cristão. Dia- riamente, pela celebração da Eucaristia, pelos diversos en- contros, no Confessionário, no Cartório, na Catequese e nos tantos movimentos que confer- em riqueza a esta porção da Igreja, testemunho a presença do Bom Pastor, que assume o rosto do nosso próximo, como ainda há pouco tempo escutá- vamos no Evangelho segundo S. Mateus (Mt 25, 31-46) Desta forma, em atitude de gratidão, renovo a minha total adesão, colaboração e disponi- bilidade para servir, ao jeito de Cristo, esta comunidade pa- roquial, em absoluta sintonia com o Pároco e a par dos mais diversos cristãos que a servem. «Eu venho, Senhor, para faz- er a Vossa vontade» (Sl 39), pois só Vós «sois o meu refúgio e salvação». Um sentido abraço em Jesus Cristo, o Emanuel, Pe. Paulo Alves Salvar o Natal? O valor do "Sinal da Cruz" «Só Ele é o meu refúgio e salvação» (Sl 62, 7a)

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Page 1: Bimestral «Só Ele é o meu refúgio e salvação» (Sl 62, 7a)

Ano XXVIII - Nº329/330Outubro / Dezembro 2020

Preço avulso 0.70 €

Paróquia de N.ª S.ª de FátimaViana do CasteloDIRECTOR: P.e ARTUR COUTINHO

A V E N Ç A

Bimestral

O Natal não precisa de nós para ser Natal, nós é que pre-cisamos do Natal para nos sal-varmos. Será que toda a gente o celebra?

Celebrar este acontecimento que marcou a história, dividin-do-a no antes e depois. É ce-lebrado agora por toda a cris-tandade.

Por causa da pandemia não haverá Natal? Sim, o Natal ce-lebra-se sempre, talvez, este ano, mais silencioso, menos colorido, com menos luzes, com menos mobilidade; mais distante fisicamente dos outros e da família, mas, naturalmen-te, mais profundo, imaginando a estrela de Belém que condu-ziu os Magos até ao Menino Jesus acabado de nascer. Fi-cando com os olhos bem aber-tos e fixos num presépio que toda a gente tem, recebemos a lição para renovar a nossa vida. Natal para mim é como uma nova vida que renasce em quem o celebra. Fixamos os olhos porque na nossa men-te está essa estrela que levou os Magos a Belém da Judeia. Para haver Natal basta que te-nhamos Deus ao nosso lado. Haverá sempre Natal porque

precisamos duma luz divina que nos ilumine na escuridão da vida, por vezes, sofredo-ra. Este ano carregada com o peso do Covid-19.

Temos agora muito mais tra-balho porque cresce o número de pobres, dos sem emprego, etc…ao lado de mais doentes seja do Covid, seja de pes-soas com outras patologias que vêem consultas adiadas e esperando até chegar a morte por falta de assistência. Não podemos ficar indiferentes pe-rante esta situação de tantos desfavorecidos. Por isso, os nossos Bispos pedem atenção aos pobres na preparação para o Natal, cujo Advento já come-çou.

Procedendo conforme a mensagem cristã sobre a Cari-dade, sentiremos o Natal como uma vida nova pessoal e co-munitária.

Celebramos o Natal. Mes-mo que eu, “vivendo sozinho” e com mais de 70 anos fique em casa, saberei viver o Natal. Passe o Covid e haverá natal tradicional no próximo ano. Creio que Deus nos vai dar essa graça.

Padre Coutinho

"Se soubesse a importância des-ta oração, garanto que você a colo-caria mais em prática!

*(†) Pelo sinal da Santa Cruz,**(†) livrai-nos DEUS, nosso SE-

NHOR,**(†) dos nossos inimigos!**(†) Em nome do Pai, do Filho e

do Espírito Santo. Amém!*Quando você acorda, faz sobre si

o “sinal da Cruz”? E antes das refei-ções? E quando vai dormir? Ao me-nos alguma vez ao dia? Não?! Se soubesse a importância desta ora-ção, garanto que a colocaria mais em prática!

Muitas pessoas, não entendendo a importância dessa oração, a fa-zem de maneira displicente, fican-do apenas no gesto, sem a efetiva invocação da Santíssima Trindade.

*O “sinal da Cruz” não é um gesto ritualístico, mas sim, uma verdadei-ra e poderosa oração! É o sinal dos

cristãos! Por meio dele muitos san-tos invocaram a proteção do Altíssi-mo, e através dele pedimos a Deus que, pelos méritos da Santa Cruz de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos livre dos nossos ini-migos, e de todas as ciladas do mal, que atentam contra a nossa saúde física e espiritual.*

*Mas será que saiba fazer o “sinal da Cruz”?!*

De forma solene, sem pressa, e com a maior devoção e respeito:

*† Pelo sinal da Santa Cruz (na testa): pedimos a Deus que nos dê bons pensamentos, nobres e puros. E que Ele afaste de nós os pensa-mentos ruins, que só nos causam mal.*

*† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor (na boca): pedimos a Deus que de nossos lábios só saiam louvores. Que o nosso falar seja sempre para a edificação do Reino de Deus e

para o bem estar do próximo.**† Dos nossos inimigos (sobre o

coração): para que em nosso cora-ção só reine o amor e a lei do Se-nhor, afastando-nos, pois, de todos os maus sentimentos, como o ódio, a avareza, a luxúria… Fazendo-nos verdadeiros adoradores.*

*† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! – É o ato livramento e deve ser feito com a maior reverência, consciência, fé e amor, pois expressa nossa fé no Mistério da Santíssima Trindade, cerne de nossa fé cristã, Deus em si mesmo. Deve ser feito com a mão direita, levando-a da testa à barriga, e do ombro esquerdo ao direito.*

Agora que já sabe a importância do “sinal da Cruz”, *faça-o antes de sair de casa, antes de qualquer tra-balho, nas horas difíceis e nas ho-ras de alegria também.*

*Faça-o sobre si,"

Guiado por esta certeza, en-treguei-me, no passado dia oito de novembro, ao serviço a Cris-to e à Sua Vinha, através da ordenação presbiteral. No mo-mento em que me prostrava, abandonava-me Àquele que é o nosso porto seguro. E as-sim, pela imposição das mãos do Arcebispo de Braga e pela oração consecratória, conver-ti-me em cooperador da Igreja de Jesus pelo ministério pres-biteral.

Todavia, se esta singular oca-sião se revestiu de um profundo júbilo, tal se deveu à presença de tantos rostos amigos, os quais, pela sua oração e am-izade, se quiseram associar. Entre os inumeráveis rostos que se fizeram presentes, per-mitam-me salientar, além, nat-uralmente da minha família, dos amigos de formação, das paróquias da Correlhã, de Ou-teiro e de Perre, todos aqueles que compõem a Comunidade paroquial de Nossa Senhora de Fátima, a qual tenho servido deste o início de setembro.

Por conseguinte, ao recordar o acolhimento recebido, espe-cialmente do Pároco, Pe. Ar-

tur Coutinho, as pessoas com quem me tenho cruzado, e os eventos em que tenho partici-pado, surge, no meu íntimo, so-mente uma palavra: obrigado! Obrigado pelas tantas alegrias que me têm sido proporciona-das, as quais têm constituído salutares ocasiões de cresci-mento humano e cristão. Dia-riamente, pela celebração da Eucaristia, pelos diversos en-contros, no Confessionário, no Cartório, na Catequese e nos tantos movimentos que confer-em riqueza a esta porção da Igreja, testemunho a presença do Bom Pastor, que assume o rosto do nosso próximo, como ainda há pouco tempo escutá-vamos no Evangelho segundo S. Mateus (Mt 25, 31-46)

Desta forma, em atitude de gratidão, renovo a minha total adesão, colaboração e disponi-bilidade para servir, ao jeito de Cristo, esta comunidade pa-roquial, em absoluta sintonia com o Pároco e a par dos mais diversos cristãos que a servem.

«Eu venho, Senhor, para faz-er a Vossa vontade» (Sl 39), pois só Vós «sois o meu refúgio e salvação».

Um sentido abraço em Jesus Cristo, o Emanuel,

Pe. Paulo Alves

Salvar o Natal?

O valor do "Sinal da Cruz"

«Só Ele é o meu refúgio e salvação» (Sl 62, 7a)

Page 2: Bimestral «Só Ele é o meu refúgio e salvação» (Sl 62, 7a)

PARÓQUIA NOVA Outubro / Dezembro 2020 Página 2

Sabia que...? (89)1. Caio Apuleio Diocles, corredor

de quadrigas do séc. II d. C. pelos quantitativos recebidos ao longo dos seus 24 anos de carreira como corredor de quadrigas acumulou, na moeda da época, cerca de 36 milhões de sestércios, fazendo dele, segundo Peter Struck da Uni-versidade da Pensilvânia, o atleta mais bem pago de todos os tem-pos?

2. a Lotaria Nacional foi criada por Decreto de D. Maria II de 18 de Novembro de 1783 e teve a sua primeira extracção no dia 1 de Se-tembro e 1784?

3. ao longo dos seus 25 anos de existência, 3 milhões de alunos eu-ropeus fizeram o programa Eras-mus, 68 mil dos quais são jovens portugueses?

4. no que concerne à gestão comercial da água, as perdas por água perdida ou consumos não cobrados atingem os 30% a nível nacional, chegando pontualmente aos 70%?

5. a sigla SPA, vulgar em qual-quer estabelecimento com ofer-ta de sessões de actividades de bem-estar, corresponde não uma

abreviatura de palavras em inglês, hoje tão na moda para propagan-dear os mais diversos eventos ou produtos, mas tão-só às palavras latinas Salus Per Aquam (saúde pela água), e que, embora tendo o sentido evoluído para tratamentos corporais que favorecem o físico e o mental, não deixou de existir uma relação com a saúde e as águas termais?

6. em 17 de Janeiro de 1917 os Estados Unidos da América compraram à Dinamarca o ar-quipélago das Caraíbas por 26 milhões de dólares, passando desde então a denominar-se de Ilhas Virgens Americanas?

7. e que na década de 1850, os Holandeses compraram a Portugal, por 200 mil florins, as ilhas de Flores, Alor, Pan-tar e Solor, que pertenciam à colónia de Timor, negócio realizado para conseguir receitas para saldar as dívidas da região, sem que o go-vernador tivesse dele dado conhe-cimento à coroa portuguesa, que teve de dar o assunto como facto consumado perante o governo da Holanda?

Ele vem para dizer

8. em 1811 um grupo de artesãos têxteis ingleses autodenominados “luditas” destruíram máquinas de tecelagem em que trabalhavam dando origem ao movimento denominado ludismo que repre-senta a luta dos trabalhadores contra a mecanização das em-presas na medida em que subs-tituem mão-de-obra por máqui-nas?

9. segundo Philip Hanbon, um especialista da Universidade de Glasgow, existem no Reino Uni-do algumas áreas onde a espe-rança de vida é igual ou inferior à de certos países em desenvol-vimento?

10. em 1903, os Estados Uni-dos concluíram um acordo com o Panamá que lhes permitiu, me-diante pagamento de 10 milhões de dólares e uma renda anual de 250 mil dólares, construir e controlar um canal de navega-ção ligando o Atlântico ao Pací-fico, acordo esse que cessou em 1999?

Se não sabia, já ficou a saber.Nunca é tarde para aprender.

Albino Ramalho

Questões de Vida Ateus, crentes e agnósticos,

praticantes e não praticantes, por convicção ou por conve-niência, por incapacidade ou por exibicionismo ou diletan-tismo, ninguém lhe fica indife-rente.

Podem manifestar ódio ou desprezo, indiferença ou opor-tunismo, mas acabam sempre, com e como os que acreditam, por celebrar a Festa.

De todos os continentes e latitudes, raças, etnias e reli-giões, cultos e incultos, todos dele têm conhecimento e aca-bam por celebrá-lo.

Podem até ter outro calendá-rio, outra medida do Tempo e da História, mas o que prevale-ce para eles, como para todos, é o tempo a partir do Nasci-mento do Senhor do Tempo e Senhor da História.

A Humanidade já existia há vários milhões de anos, mas aprouve a Deus, Senhor do Universo, dar-nos a maior pro-va de amor – o Seu próprio Filho – há aproximadamente, dois mil e vinte anos.

Do nada, Deus tinha criado o homem à sua imagem e se-melhança. Por amor o criou, dando-lhe a vida natural e so-brenatural, isto é, tornou-o par-ticipante da Sua própria vida, da Vida de Deus em Deus.

Mas o homem quebrou essa

Aliança de amor com Deus: pecou. Caiu na maior miséria e ingratidão, a única coisa que é capaz de nos separar do amor de Deus: o pecado.

E Deus, se do nada e à Sua imagem e semelhança, com um amor infinito, tinha cria-do o homem e elevado à vida sobrenatural, com um amor ainda maior, repara esse pe-cado, fazendo com que o Seu próprio Filho Se faça à imagem do homem, assumindo com a Natureza divina a condição hu-mana.

Este Filho, feito Homem, anunciado com muitos séculos de antecedência, é concebido e dado à luz no tempo, que vive em tudo a condição huma-na, menos no pecado, é Dom do Pai aos Homens.

Se na Criação Deus cria o homem à Sua imagem e seme-lhança, na Redenção, em Cris-to, Deus faz-Se semelhante ao homem para que o homem se faça semelhante a Deus, concedendo-lhe a capacidade de poder voltar a participar da vida divina, da vida de Deus.

Este é o Grande Mistério, o Mistério do Nascimento do Salvador do Mundo, o Mistério do Amor de Deus, em Si e em Nós.

8 Dezembro, 2020. Pe António Belo.

P a s s o a P a s s o . . . ( 79)2 0 s é c u l o s d e c r i s t i a n i s m o

* No turbilhão da revolução…

Ele vem para dizer na sua última vontade que quer partir discreto e sem saudade, coberto pela modéstia com que viveu.Vem dizer que a vida é a grande viaque nos liga ao real e à fantasia,que quis ser diferente mas nada lhe valeu.

Diz que a vivência é difícil muito forte,como a estrela que forja a nossa sortee que tudo neste mundo tem principio e fim.Que há uma mão poderosa que nos rege,orienta os nossos passos e nos protege e que ninguém neste mundo chega a ser serafim

Eugénio Monteverde Viana outubro de 2020

Continuação…O primeiro das ordens – Clérigo,

nobreza e terceiro Estado; numa so-ciedade do antigo regime, a Igreja ca-tólica ocupava o primeiro lugar; o clé-rigo era o primeiro das «três ordens». A este título, ele era convocado como os outros para participar nos Estados Gerais. Mas quem são estes clérigos que chegam a Versailles em 1789? A imagem perdura destes abades de curso, voluptuosos e cheios de ren-das… e de padres esmagados pela morgue dos nobres. Segundo o prin-cípio da caricatura, tem lá algumas verdades, avolumadas pelo lápis do desenhador. O que é verdade, é que a nobreza – tanto nas tropas como nos clérigos – encurralaram todos os grandes postos. Luís XIV nomea-va bispos dos plebeus e criava uma nobreza de vestes – e não de espa-das – para agarrar as pessoas. Em 1789, seria difícil encontrar um bispo da cruz. Numerosos assentos são dados a homens preocupados do seu ministério. Mas algumas famílias – Rohan, a Rochefoucauld – fizeram

os seus certos assentos, e os prela-dos fazem muitas crónicas escritas. O Cardeal de Rouen, envolve-se no caso do colar da rainha e livra-se de sumptuosas despesas para as fes-tas no seu palácio de Estrasburgo. Outros, à força de serem «esclareci-dos», professam uma fé contestável. Luís XVI recusa assim como arcebis-po de Paris o Cardeal de Brienne – que fará convocar os Estados Gerais – comentando: «ainda fará falta que o Arcebispo acredite em Deus». Os clérigos locais, oficializam diariamen-te, e testemunharam da sua força e da sua determinação ao longo de toda a revolução.

Uma Igreja independente – Desde muito cedo, a França conhece a sua própria forma de resistência face às ingerências romanas: o galicanismo, «Gaulle». Ele foi, segundo as épo-cas, rei, clérigo ou parlamentar. As-sim, são Luís não reconhece de ma-neira nenhuma a autoridade do Papa sobre os assuntos gerais, e também religiosos, que ele julga internos ao seu reino. O clérigo francês apoia

Luís XII contra o Papa Jules II aquan-do da guerra de Itália… A Concordata de Bolonha vê a vitória de Francisco I : o rei escolherá e nomeará os bispos nos seus estados, o Papal os confe-rirá somente a investidura canónica. Durante muito tempo, o clérigo fran-cês manterá que o concilio é superior ao Papa. Ele guardará a sua fideli-dade dinástica ao rei e proclamará as «liberdades da igreja galicana», quer dizer, «igreja galicana», é então revindicar, sem espírito de cisma, a sua independência. Bossuet, de-monstra em apoiando Luís XIV face a Roma aquando dos conflitos duros, frisando a rutura, e confrontando as autoridades monárquicas e papal. Se reconhecemos voluntariamente que o Papa é dentro da Igreja «como o centro onde tudo acaba», contesta-se que ele seja a «fonte de onde tudo emana». O galicanismo parlamentar culminará com a Constituição civil dos clérigos.

Continua…Hélder Gonçalves

O Grande Mistério

Efemérides da covid-19Anda por aí no campo dos vivos!

Semeando a morte à humanidade…

Vai desafiando os mais desprovidos,

Ricos ou pobres, não olha à idade.

Mas que bicho é esse que é tão voraz,

Que nos apoquenta a todo o momento?

Ninguém no vê e não nos deixa em paz!...

Entrou no mundo sem consentimento.

Oh! corona vírus como nasceste!...

Embrionaste lá no Oriente.

Silenciosamente apareceste!

Espezinhando a vida a toda a gente.

À nossa volta andas assanhado,

Procurando aberta a porta de entrada.

Se acaso entras ficas alojado,

Fazendo lá a tua nova morada.

Vais-nos fintando sorrateiramente,

E levas avante a tua chacina.

Deixa-nos viver como antigamente,

Volta novamente lá para a China.

Seria bom que te fosses embora…

Sai da nossa vida, maldita peste.

Não te queremos nem mais uma hora,

Sabes bem o mal que já nos fizeste.

Retoma o teu caminho sem demora,

Liberta-nos de tanto incomodar…

Queremos nossa vida como outrora!

Sermos livres, de novo respirar.

Mas quando tudo isto começou,

Mais outras coisas vieram por bem.

A nossa vida também se alterou,

Com a companhia de mais alguém.

Esse mais alguém connosco tivemos,

O benjamim dos nossos quatro netos.

Quanta alegria com ele vivemos!...

E a quem dedicámos tantos afetos.

Não nos foi tão mau como pareceu…

Mais privados mas com outra alegria.

O Salvador que nos enriqueceu,

Nos dias em que nos fez companhia.

Partilhamos as suas traquinices,

Fomos iguais sem olhar à idade.

Foram divertidas as malandrices,

Que nos deram tanta felicidade.

Em jogos ou andar de bicicleta,

Acompanhante como bom parceiro.

Deixava-o sempre ganhar a meta,

Tão feliz ficava, em ser o primeiro.

Recreamos jogos que eu conhecia,

Em que ele contente participava.

Com sua estratégia nunca perdia

E eu, conivente, nunca ganhava...

Tão lindo que foi sentir seu viver,

Brincando na terra à sua vontade.

Vê-lo descalço no campo a correr,

Como um passarinho, em liberdade.

Quantas histórias lhe foram contadas,

Ouvindo-as contar atentamente!...

Todas elas lhe ficaram gravadas,

Para um dia, as contar toda a gente.

Entrou na nossa vida tão novinho,

Com cinco aninhos era a sua idade!...

Agora vai seguir o seu caminho.

E aos avós!...só ficará a saudade!...

Nossa vida foi sempre uma corrida,

Nem vimos o tempo passar por nós…

Caminhando agora pró fim da vida,

Sentimos o quanto é bom ser avós.

Vivemos esta pandemia assim

Avô, avó com o netinho lindo.

Três flores de um encantado jardim,

Nós murchando…ele em botão abrindo!...

João Hilário Lima, 20 Setembro 2020

Page 3: Bimestral «Só Ele é o meu refúgio e salvação» (Sl 62, 7a)

Página 3 PARÓQUIA NOVA Outubro / Dezembro 2020

Deus é meu amigoDeus é meu amigo e acom-

panha-me desde que retirou os judeus da terra do Egipto, liber-tando este povo da escravidão e, tendo conquistado a sua con-fiança, o levou ao Monte Sinai e deu-lhe o decálogo. Deus dá e nunca me pede nada que não tenha já dado.

Quando fui baptizado em água, fui imergido e ao imergir o meu corpo na água (que sig-nifica sempre purificação, pas-sagem de uma condição para outra,) a minha alma ficou imer-sa em Cristo que me trouxe o perdão dos pecados e fez res-plandecer a luz divina. Não me-recia o baptizado, que foi 5 dias depois de nascer, os meus pais acreditavam profundamente no baptismo e quiseram que Cristo vivesse em mim e eu n’Ele, um novo nascimento, a uma nova vida.

Assim acontece com todos os cristãos que passam de homem velho a homem novo. Há paí-ses que em vez de celebrar a data do nascimento, celebram a data do baptismo.

A partir daqui ele me chama pelo nome, porque o nome é a minha identidade. O anónimo é aquele que não tem nome. Por ter um nome não posso passar por desconhecido, sem direitos nem deveres.

Deus faz parte da história da minha vida. O Espírito está no meu coração, na minha alma e guia-me como o faz com cada um, como eu, com os seus ca-rismas e talentos. Aquilo que me pode levar a ter um amor à Comunidade em todas as di-mensões e aos outros, mesmo que não tenham a mesma fé que eu, a todos os humanos. A força vem do Corpo e do San-gue de Cristo que na Eucaristia se dá para e como alimento da minha alma, pois Ele é o “Corpo e o Sangue de Cristo que guar-da a minha alma e a vossa para a vida eterna”.

Este Espírito está atento ao meu caminho e ilumina-me com os seus sete dons do Espírito Santo: O dom da Sabedoria que me leva a ver as coisas com olhos de Deus, olhos abertos e concentrados nas obras boas e não nas más, que nos cria em nós a ideia de olhar para o mal dos outros e não para nós mesmos; o da Inteligência que me dá a capacidade de ir mais além dos aspectos externos da realidade, sondar antes, a pro-fundidade do pensamento de Deus; o dom do Conselho que me leva a compreender a rec-tidão dos meus comportamen-tos e o caminho a seguir; o dom da Fortaleza que vem sempre

apoiar, dizia S. Paulo “ Tudo posso naquele que me dá for-ça”; o dom da Ciência que me ilumina para o melhor discerni-mento para com toda a obra de Deus e as nossas relações; o dom da Piedade que desenvol-ve em mim uma maior intimida-de nas horas boas e más com Deus; o dom Temor de Deus que me leva a lembrar-me da minha pequenez diante do Pai Eterno que o amo e confio tan-to, tanto, que n´Ele com humil-dade me abandonei.

No entanto, não mereço esta Bondade de Deus porque mui-tas vezes falho e não sei es-cutar com o coração e com a mente para corresponder total-mente àquilo que Deus me dá. O que acabei de escrever todos os meus irmãos pelo baptismo podem dizer o mesmo e, as-sim, pela infinita Misericórdia de Deus creio no seu justo per-dão a mim e a todos os que O amam e O procuram.

Por isso, como digo que Deus é meu amigo, podem todos os meus irmãos dizer que Deus é nosso amigo. Queremo-Lo não só ao nosso lado, nos que me acompanham, seja pobre, doente ou rico, mas também em nós.

(Continua) P.C.

Em dor No dia 21 de setembro

faleceu Álvaro Francis-co Freire de Oliveira. Era filho de Manuel Freires de Oliveira e de Jolinda Cunha. Casado com Natália da Assun-ção da Cunha Alves Lima de Oliveira.

No dia 22 de setem-bro faleceu Fernando Augusto Firmino. Era filho de Daniel Justo Fir-mino e de Belmira Au-gusta. Estava viúvo de Laurentina de Castro Gonçalves.

No dia 24 de setembro faleceu António Gonçalves de Amaral. Filho de António Severino de Amaral e de Maria Gonçalves de Araú-jo. Estava casado com Ma-ria de Fátima Rodrigues Nobre.

No dia 28 de setembro faleceu Maria Luísa Barros Cruz da Ro-cha, era filha de Fernando de Passos Cruz e de Caro-lina da Conceição Barbosa de Barros. Deixa António Pinto Gonçalves da rocha viúvo.

No dia 27 de outubro faleceu Maria Emília Araújo Viana. Era filha de José

Novais Viana e de Maria dos Prazeres de Araújo Barbosa. Casada com Herculano Manuel Ribei-ro Vieira Rodrigues.

No dia 28 de outu-bro faleceu Generosa Gonçalves de Passos Crus. Era filha João de Passos Crus e de Ma-ria Gonçalves. Estava viúva António da Silva Gonçalves.

No dia 19 de novem-bro faleceu Raquel Carreira dos Santos Gonçalves. Era filha de Amâncio dos Santos e de Ana carreira, estava viúva de Emílio da Silva Gonçalves.

No dia 21 de no-vembro faleceu Rosa Rodrigues da Silva. Era filha de Joaquim Lopes da Silva e de Maria Rodrigues Cambão, estava viúva de Francisco Lopes Malheiro.

No dia 1 de dezembro faleceu Teresa da Con-ceição Sousa Fernan-des. Era filha de Adelino

O último Adeus a D. Anacleto Oliveira

D. Anacleto perdeu a vida na sequência de um despiste de au-tomóvel perto de Almodôvar, no distrito de Beja Fonte do Comando Distrital de Operações de socorro

(CDOS) de Bela explicou que o alerta para o aci-dente foi dado às 11h29, no dia 18 de setembro de 2020.

Monsenhor Se-

bastião Pires Ferreira, até agora vigário-geral da Diocese de Viana do Castelo, assume funções de ad-ministrador diocesano, após a morte de D. Anacleto.

D. José Au-gusto Pedreira 1935-2020

D. José Au-gusto Pedreira faleceu a 14 de Outubro de 2020 e as suas cele-brações exéquias decorreram a 16 de Outubro, às 15h30 na Sé Cate-dral de Viana do Castelo.

Pela ComunidadeO Diác. Paulo José Alves

deu, como diácono, entrada nesta Paróquia em 30 de Agosto . Em 8 de Novembro foi ordenado Pres-bítero por D. Jorge Ortiga na igre-ja nova da Correlhã, no dia 22 foi apresentado à Gente da Sua Ter-ra, na Correlhã, no dia 29 foi apre-sentado, como presbítero nesta Paróquia na Missa das 11.00.

Côngrua paroquial - Agra-decemos a todos os que têm pas-sado pelos serviços a fazer inscri-ção e a pagar a côngrua e outros compromissos, caso os tenham. Este ano não haverá cobrança à porta. Aqueles que desejam ser justos para com a Comunida-de têm de o fazer e demonstrar, deslocando-se ao Cartório. Ape-nas se irá a casa de alguém se for pedido, através dos seguintes contactos: Pároco, 962480924; Pe. Paulo, 966755868 ; Cartório, 258823029.

As diversas actividades reali-zadas acarretam custos para a Comunidade, assim como se pre-cisa de pagar à banca a dívida da igreja nova. Contudo, os proveitos neste ano de pandemia estão, neste momento, a um terço dos anos precedentes, com um resul-tado negativo. O ofertório das mis-sas na Igreja da Sagrada Família é menor que o da Igreja Paroquial, que tem assembleias mais reduzi-das. Ajude, seja mais generoso e aumente o seu óbolo, lançando-o no ofertório, pois a Comunidade precisa de meios para sobreviver.

Reconcíliação e aconse-lhamento: Com o Padre Paulo às 17H às segundas- feiras, terças, e sábados. Com o Padre Coutinho às quintas das 10 às 12H. Com o Padre Belo às sextas, às 17h.

Adoração ao Santissimo às 17h, nas primeiras quintas-fei-ras de cada mês com vésperas e bênção

Leitores – Realizou-se uma formação para todos e para no-vos, em 28/11 e 5/12, pelo

Padre Paulo Alves bem como um curso em relação aos Acólitos nos dias 12 e 19 do corrente mês.

Concertos Solidários – No dia 23, com o Augusto Caná-rio; e no dia 29, com os Sons do Minho , ambos no Sá de Miranda.

Formação de catequis-tas – A partir de Janeiro, com o Pe. Paulo, ocorrerão formações para todos os catequistas e aque-les que o desejem ser. Quem ti-ver interesse, contacte o Pároco, o Pe. Paulo ou o Cartório.

Grupo Coral para as Eucaris-tias das 16.00H, das 18:15H e das 12H – “Cantar é rezar duas vezes”. Uma vez que as celebrações das 16h e das 18:15h, ao sábado, e das 12h, ao domingo, não têm gru-po coral, apelamos a todos aque-les que, tendo gosto pelo canto e disponibilidade para colaborar, en-trem em contacto com o Pároco ou o Pe. Paulo. De seguida, iniciar-se-ão os ensaios. Não tenham receio em prestar este serviço à Liturgia e à Comunidade.

Seja Solidário – Ocupe o seu tempo de forma útil aos outros fazendo obras de caridade: ajude na lojinha, no mercado a favor do berço e dos pobres. Seja voluntá-rio/a na Lojinha Social, ou onde o Centro Social precisar. Também estar pronto/a para ajudar na abertura da porta das igrejas, no serviço da Catequese e da Litur-gia. A quem não puder ir ao mé-dico, ao advogado, à missa, deve aproximar-se para ajudar, dar ânimo, quebrar a solidão, etc…, transportando até as pessoas, ou dando um passeio de carro pela cidade. Isto também são obras de misericórdia e demonstração que se ama Jesus de verdade…

Paramentos novos: Te-mos de comprar dois conjuntos paramentos novos com as princi-pais cores.

Festa da senhora das Necessidades – Em tempo de pandemia reduziu-se ao es-tritamente possível: houve missa campal, às 21.00h cuja assem-bleia de espalhou pelo adro da Capela e no dia 6, domingo a Ca-pela esteve aberta, na segunda-feira pela manhã e, no dia 8 toda a tarde. Foi preparado um andor para colar a Senhora como pere-grina num trono.

Capela Nossa Senhora Necessidades – Vamos fazer obras e precisamos da colabo-ração de todos os devotos…Fa-çam a sua oferta contra recibo no cartório ou a alguns amigos que poderão bater-vos à porta.

Inscreva-se na Escola de Música – Tenha a idade que tiver. Vai sempre a tempo de dar tempo à Vida.

Venha para a Escola de Pintura - É sempre tempo de transmitir o que vai na alma atra-vés das cores, dos desenhos.

Instituto Católico oferece: No primeiro semestre teremos os cursos:- Liturgia, Ritos e Sa-cramentos-Introdução à Bíblia

Garcia Fernandes e de Maria de Fá-tima Dias de Sousa. Deixa geração.

No dia 3 de dezembro faleceu Elisa da Encarnação Rodrigues da Cunha. Era filha de Manuel Ro-drigues da Cunha Junior e de Maria Rodrigues Cambão. Estava viúva de Belarmi-no Durães Teixeira.

No dia 5 de Dezembro faleceu Maria de Fátima Mar-tins Ribeiro Correia. fi-lha de Jaime Rosa Ribei-ro e de Albertina Martins Ferreira da Silva. Estava viúva de Ilídio José Lopes Correia.

No dia 6 de dezembro faleceu Graciete Maria Lopes Coelho. Era filha de Joa-quim Coelho e de Maria Prudênciana, estava viú-va de Abel Lopes.

No dia 9 de dezembrofaleceu Aida das Dores faria Pires Moreira, filha de Francisco Pires Moreira e de Maria Lucinda Fa-tia Martins. Casada com Mário Esteves Rodrigues.

Hebraica [Antigo Testamento]. No segundo semestre teremos os cursos:- Noções de Eclesio-logia, Direito Canónico e His-tória da Igreja e da Diocese de V. Castelo e também com aulas online.

Intensões de missas – Temos lugar para intenções de Missas e algumas pessoas es-tão já a marcar missas para o ano, bem como casamentos e baptizados para o ano 2021.

Diocese de Viana do Castelo

de luto e espertança

Faça a sua oferta! … Seja solidário connosco!... Trata-se de uma causa justa e nobre.Dirija-se ao Cartório. Escreva-nos. Peça recibo para dedução no IRS.Pode depositar em qualquer Caixa Gral de Depósitos à ordem da Fábrica da Igreja Paroquial de Nossa Senho-

ra de Fátima com o IBAN/NIB: CGD-PT50 003507510000630373043

Page 4: Bimestral «Só Ele é o meu refúgio e salvação» (Sl 62, 7a)

Ano XXVIIINº 329/330

Outubro / Dezembro 2020

PARÓQUIA NOVA Outubro / Dezembro 2020 Página 4

TIRAGEM: 1 000 exemplares

Editor - Fábrica Igreja Paróquia de Nª Srª FátimaRua da Bandeira s/n4900-528 Viana do CasteloCont. nº 501 171 762

PROPRIEDADE E EDITOR:Fábrica da Igreja Paroquialde N.ª Sr.ª de FátimaRua da Bandeira, 635Apartado 5054900-528 Viana do CasteloTel. 258 823 029 - 258 824 722

REDACÇÃO:Salvador Peixoto, Teresa Maciel,Artur Belo e Ilda Carvalho.

DIRECTOR :Artur Coutinho

ASSINATURA: 7,50 € (Amigo)PREÇO AVULSO: 0,70 €

IMPRESSÃO:Gráfica Casa dos Rapazes e Oficinas de S. JoséRua de Stº António s/n4900-492 Viana do Castelo

PARÓQUIA NOVA

C. ADMINISTRATIVO:Albino Ramalho, Armando Sobreiro, José Carlos Loureiro, José Cambão.

Agência Ecclesia

[email protected]

Isento de Registo ao abrigo do artigo regulamentar 8/99 de 9/06, alínea a) do nº 1, artº 12

A Jornada Mundial da Juventu-de é um evento religioso instituído pelo Papa João Paulo II em 20 de setembro de 1985.

O acontecimento congrega mi-lhões de jovens de todo o Mundo, pois está aberta a todos.

O encontro mundial é uma opor-tunidade para conhecer melhor a doutrina de Cristo e constitui no presente uma esperança nova para a unidade, cultura e confiança alegre entre os jovens.

A espiritualidade tem uma com-ponente assinalando que Jesus Ressuscitado quer fazer uma festa no mais íntimo do coração de cada um”. Em 1989 a Jornada Mundial da Juventude foi concretizada em Santiago de Compostela e a última no Paraguai.

No entanto, o Papa Francisco torna público que a seguinte seria realizada em Lisboa, o que acon-tecerá em 2023 tendo como tema “Maria levantou-se e partiu apres-sadamente” (Lc 1,39).

Os jovens da Diocese de Viana do Castelo estão a viver a fase pré-jornada comunitária concretizando a fraternidade e a amizade social.

Para ter tempo preparatório, o nosso já saudoso Bispo D. Anacle-to Oliveira escreveu uma lindíssi-ma Carta Pastoral – Jovem, levan-ta-te e vamos (2020).

Prepara o texto bíblico.

Senhor D. Anacleto: se tu perdes-te o vigor interior, os sonhos, o en-tusiasmo, a esperança e a genero-sidade, Jesus apresenta-se diante de ti tal como se apresenta diante do filho da viúva com todo o seu poder do Ressuscitado, exalta-te:

“Jovem, eu te digo, levanta-te”A Carta Pastoral está escrita

com beleza e dotada dum manan-cial de mensagens.

Pega nela: “Toma e lê”Descobrirás pensamentos lumi-

nosos a abrir caminhos de frater-nidade, solidariedade dando opor-tunidade a vivências que alegram os dias e trazem mais felicidade.

O caminho faz-se caminhando em comunhão com os outros.

Referindo-se à pastoral juvenil na Diocese D. Anacleto sublinha que é preciso convocar os jovens para eventos, para acontecimen-tos que, de vez em quando eles apareçam no lugar onde não só recebam formação mas que tam-bém lhes permitam partilhar a vida, celebrar, cantar, escutar, testemu-nhar, realidades e experimentar o encanto comunitário com o “Deus Vivo”.

Deve-se prestar atenção às di-mensões moral, espiritual, social como acentua o Papa Francisco na encíclica “Tutti Frateli” (2020)

O nosso saudoso Bispo D. Ana-cleto continua a sugerir:

Há grupos de jovens que cos-tumam sair para acompanhar idosos e doentes e visitar bairros pobres, ou saem juntos para aju-dar indigentes, ou contribuem para a construção de casas para os que não têm teto ou para o saneamen-to de lugares contaminados ou para a recolha de ajudas para os mais necessitados. Nisto pode-se trabalhar lado a lado com jovens de outras igrejas ou de outra reli-gião, ou até sem religião.

Reafirmo o pensamento do Papa Francisco na Encíclica “Tutti Frateli” Sobre o cuidado da “casa comum”.

É mais o que recebem do que aquilo que dão, porque as pes-soas aprendem a amadurecer mais quando se atrevem a entrar em contacto com o sofrimento do outro.

Além disso, nos pobres há uma sabedoria oculta e eles com pala-vras simples podem ajudar-nos a descobrir valores que não veem.

Há um caminho: “Empresta as mãos , os pés, os lábios, o coração a Cristo”. “Nós somos a verdadeira bíblia que as pessoas ainda leem”

Somos a última mensagem de Deus, escrita em obras e palavras”

Toma e lê a bíbliaToma e lê a carta Pastoral“Jovem, levanta-te e vamos!”Fazendo memória do saudoso

Bispo D. Anacleto Oliveira. P.P.

Jovem, Levanta-te e Vamos!

«Escuta»Disse Jesus aos seus discípu-

los: «Acautelai-vos e vigiai, por-que não sabeis quando chegará o momento. O que vos digo a vós, digo-o a todos: Vigiai!»

Cf. Mc 13, 33-47O nosso quotidiano é, regra

geral, pautado por imensos ruí-dos…São tantas as preocupa-ções, os afazeres, as canseiras, as situações a que precisamos de responder! Em consequên-cia, ficamos dispersos, incapa-zes de escutar a nossa própria voz, pois os ruídos asfixiam-na. Não raras vezes, sentimo-nos no meio de uma tempesta-de fortíssima, abalados pelos ventos das novidades que nos cercam de forma frenética, e

amedrontados pela disparidade de sons que, provindos de dife-rentes lados, se impõem com ferocidade.

Por conseguinte, ecoa, como uma suave melodia no meio do vendaval, a voz d’Aquele que afirma «Vinde a mim, todos os que andais cansados e oprimi-dos, e eu vos aliviarei» (Mt 11, 28), apelando-nos à atenção. Perante isto, surge-nos a ques-tão: Atenção a quem?

Uma novidade está a germi-nar… como uma minúscula se-mente, mas que em breve se tornará a mais bela árvore do jardim que habitamos. Daí a ne-cessidade de nos colocarmos atentos, de modo a participar-

mos no despertar de tão grande acontecimento. Todavia, tal me-lodia será imperscrutável caso permaneçamos mergulhados numa imensidão de ruídos…

Assim, neste início de Adven-to, somos interpelados a silen-ciarmos todos os sons externos que nos dispersam, de modo a abrirmos espaço para a escuta daquela suave voz que bate à porta do nosso coração, para nos comunicar a alegre novi-dade que está a despontar. Encontremos, no nosso quo-tidiano, momentos de silêncio que nos disponham à escuta e acolhimento d’Aquele que está próximo.

Pe. Paulo

Honra e Mérito Diamantino Meira Mendes,

mais novo que eu, nasceu em Darque e veio a casar com Conceição Alheira. A Concei-ção foi a um Curso de cristan-dade. Foi catequista e vicen-tina em Monserrate. O marido andou no mar 20 anos com o João Martins, aqui da Bandeira, à pesca do bacalhau. Casou aos 20 anos, têm duas filhas e três netos, um já trabalha, e dois a estudar.

Há muito, são voluntários aqui na Paróquia com mais duas ou

três amigas no Cecan/rd-Cen-tro Comunitário de acolhimento ao necessitado à terça, quarta

e quinta, onde servem quem vai lá pedir.

O Diamantino andou com o Domingos, o Luciano (ambos já falecidos) e com o David na recolha de bens para os pobres e hoje são responsáveis do CE-CAN/RD.

São um exemplo para muitos reformados que às vezes não sabem como ocupar o tempo e podiam dar assim umas horas, uma parte de um dia da sema-na ou mais ao serviço da Co-munidade, a favor dos outros…

“Oração Reforçada”Com a notícia a espalhar-se, a

Diocese de Viana do Castelo foi convidada a fazer uma “oração reforçada”, apelando “a toda a fa-mília diocesana”, para que “todas as manifestações de carinho de-corram com a maior serenidade e responsabilidade”. No comunica-do que certificava a morte de D. Anacleto, procurou-se, por isso, reforçar que, “a vida está nas mãos do Senhor”, retomando a frase de S. Paulo onde é explíci-to que, “quer vivamos, quer mor-ramos pertencemos ao Senhor”. Ainda neste espírito, por reco-mendação do Administrador Dio-cesano, Mons. Sebastião Pires Ferreira, os sinos das igrejas do Alto Minho sinalizaram, em con-junto, pelas 15:00 de dia 19, o fa-lecimento de D. Anacleto Oliveira.

Já no dia 21, de madrugada, os restos mortais do bispo diocesa-no chegaram à Sé e muitos foram aqueles que se uniram em ora-ção, cantando e rezando. Os pri-meiros a chegar foram os jovens. Numa intervenção na cerimónia, Monsenhor Sebastião Ferreira admitiu que se questionou sobre a morte de D. Anacleto, recordan-do-o como “Homem de Misericór-dia”. “Pareceu-me que o chão não mostra segurança”, começou por dizer, acrescentando: “Ele amou e, tantas vezes, falou expli-cando a epistemologia da palavra ‘Misericórdia’ para assumirmos e nos tornarmos misericordiosos. D. Anacleto falou de Misericór-dia, ensinou a Misericórdia e testemunhou a Misericórdia. Ele foi um verdadeiro pai com rosto

e capacidade de amar.” Monse-nhor Sebastião Ferreira avançou ainda que, na última carta pasto-ral escrita pelo bispo, D. Anacle-to disse que “o amor de mãe é aquele que mais se aproxima de Deus”. “Quem semeou, no meio de nós, esta doutrina está, neste momento, a gozar dessa mesma Misericórdia, por isso, não se perturbem”, terminou.

No dia 22, a Sé recebeu visitas de fiéis a partir das 8h00 e, às 09h30, encheu-se para a oração de Laudes, cumprindo com as normas das autoridades de saú-de. Na celebração “Oração de Laudes”, Monsenhor Sebastião Ferreira afirmou ser um momento de “louvor ao Senhor pelas obras e vida longa que D. Anacleto ce-deu a todos”. “Ele deixou-nos uma obra boa e perfeita e, parte dela e da sua vida, foi em proveito de cada um de nós”, disse, realçando a presença dos fiéis. “D. Anacleto foi quem soube falar e partilhar de Jesus Cristo. Neste momento de desastre, choramos, mas ele está a gozar da Ressurreição que lhe foi permitida e na qual ele partici-pou”, terminou.

Pelas 15h00, a Sé acolheu as cerimónias exequiais, presidi-das pelo arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, que contou com a presença do Presidente da Repú-blica, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o Núncio Apostólico, Ivo Scapolo, o presi-dente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ornelas, os presidentes de câmaras munici-

pais, os representantes de várias entidades, as autoridades locais, bispos, sacerdotes e alguns fami-liares.

A celebração iniciou-se com uma mensagem do Papa Francis-co. “D. Anacleto Oliveira era um generoso pastor que foi autêntica testemunha celeste do Evange-lho do Reino do seu povo”, podia ler-se na carta lida pelo Núncio Apostólico.

Na homilia, D. Jorge Ortiga re-feriu que D. Anacleto “teve uma vida plena de sonhos e projetos, de emoções e alegrias” e que “deu-se totalmente, deu tudo de si até ao fim pelo bem do Reino de Deus”, salientando que uma das suas “maiores alegrias” terá sido a canonização de S. Barto-lomeu dos Mártires. “Falou dele imensas vezes, recordou o seu estilo de ser pastor e tentou pau-tar a sua vida pastoral pelos mes-mos ideais.

D. Jorge Ortiga traduziu ainda “servo” por “escravo”, interpretan-do o lema como “um testamento”. “A dureza da sua morte, j inespe-rada e dolorosa, obriga-nos ago-ra a retomar a missão onde ele a deixou. Deu-se por completo, mas há ainda muito por fazer na Igreja e no mundo.

Pelas 10h00 do dia 23, os res-tos mortais de D. Anacleto chega-ram à Sé de Leiria e, às 15h00, decorreu a celebração exequial. Depois da celebração, o bispo diocesano foi sepultado no ce-mitério da paróquia da sua terra natal (Cortes).

In Betânia do Lima, setembro