bibliotecários escolares: linhas de orientação para os ... · equilibrada para os...

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1 Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas Relatório Profissional da IFLA,Nº41 Bibliotecários Escolares: Linhas de Orientação Para os Requisitos de Competência Por Sigrún Klara Hannesdóttir Traduzido por: Maria Elvira D.G. Evaristo (c)1995, Sede da IFLA, The Hague,Holanda

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Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas Relatório Profissional da IFLA,Nº41 Bibliotecários Escolares: Linhas de Orientação Para os Requisitos de Competência

Por Sigrún Klara Hannesdóttir Traduzido por: Maria Elvira D.G. Evaristo (c)1995, Sede da IFLA, The Hague,Holanda

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Entrada Recomendada: Hannesdóttir,Sigrún Klara Bibliotecários Escolares:Linhas Orientadoras para Requisitos de Competência.Por Sigrún Klara Hannesdóttir sob os auspícios da Secção de Bibliotecas Escolares da IFLA.2ºEdição Revista (publicado anteriormente em 1986 sob o título:Linhas de Orientação para a Educação e Treino dos Bibliotecários Escolares;Nº9 na sérieRelatórios Profissionais da IFLA,Nº41) ISBN 90-70916-57-6 ISSN 0168-1931

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ÍNDICE

INTRODUÇÂO ………………………………………………………………… 3 Termos de referência Originais..................................................................................5 . Revisão das Linhas de Orientação........................................................................….7 Utilização da Terminologia........................................................................................7 1. Como Utilisar estas Linhas de Orientação..................................................….8 1.1 Desenvolvimento de Novos Programas de Educação......................................8 1.2 Revisão e Avaliação dos Programas de Educação Existentes………………...9 Pesquisa da IFLA. (Encontra uma lista completa de nomes na p.38 )…………………...9

1.3 Utilização da Lista de Verificação...........................................................…...9 2. Bibliotecas Escolares na Sociedade de Informação...................................…...11 3. Bibliotecários Escolares..............................................................................…..13 3.1 Educação Contínua e Educação à Distância..................................................14 4. Apresentação das Competências Essenciais................................................….16 Apresentação Esquemática das Competências Essenciais............................18 4.1 Teoria - Pesquisa…………………………………………………………….19 4.2 Aplicação Prática...................................................................................…..19 5. Descrição das Competências...................................................................….....21 A. Informação e Estudos de Biblioteca..........................................……….21 A-I Desenvolvimento da Colecção......................................................….21 A-II Aquisição e Organização…………………………………………….22 A-III Serviços de Informação...................................................................24 B. Gestão.................................................................................................…26 B-I Política de Desenvolvimento e Implementação...........................…..26 B-II Gestão de Recursos………………………………………………...28 B-III Finanças e Controlo do Orçamento.................................................28 C. Formação................................................................................................30 C-I Cooperação no Desenvolvimento Curricular...................................30 C-II Integração da Utilização da Perícia de Informação .........................32 C-III Orientação e Promoção do Uso da Informação................................33 Conclusões...............................................................................................................….35

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Lista de Verificação de Competências............................................................................36 Lista de Membros de Grupos de Trabalho......................................................................38 Lista de Revisores da Edição Actualizada.......................................................................40 Bibliografia Seleccionada...............................................................................................43 Anexo I: Manifesto dos Serviços de Media da Biblioteca Escolar(UNESCO)................45 Anexo II: Declaração sobre Bibliotecas Escolares(IASL)...............................................47

Introdução

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Este documento,Bibliotecários Escolares:Linhas de Orientação para os Requisitos de Competência ,foi originalmente publicado em 1986 sob o título Linhas de Orientação para o ensino e o Treino de Bibliotecários Escolares.A primeira edição foi o resultado do trabalho de um grupo internacional no decorrer de um periodo superior a três anos.Em 1982 o Comité Permanente da Secção de Bibliotecários Escolares da IFLA formou um Grupo de Trabalho a fim de considerar a educação e a formação dos bibliotecários escolares.A principal razão para a criação deste grupo foi o problema resultante da falta de definições e de normas internacionalmente aceites sobre as características de escolas de biblioteconomia aplicada às escolas.O papel do bibliotecário escolar necessitava de ser clarificado e analisado. Também foi considerado lógico que, se tal papel pudesse ser definido,o passo seguinte fosse tentar definir as competências e conhecimentos requeridos,por ex.,o que é que os bibliotecários escolares necessitavam de saber a fim de funcionarem eficientemente e contribuirem para o processo de ensino/aprendizagem na escola. O Grupo de Trabalho compreendia 13 membros,internacionalmente conhecidos pela sua especialização na área da educação para bibliotecários escolares.Neles, incluiam-se um representante da Associação Internacional da Escola de Biblioteconomia,o Presidente da Secção de Bibliotecas Escolares da IFLA,um Representante das Secções da IFLA de Bibliotecas Escolares e de Aspectos de Treino,(que é agora a Secção de Educação e Treino) e um representante das Bibliotecas Infantis.O Grupo de Trabalho também cooperou com a Divisão de Educação e Pesquisa da IFLA(Na pag. 38) encontra-se uma lista completa de nomes). O original Linhas de Orientação foi concebido como uma colecção de declarações sucintas e exactas sobre as responsabilidades e funções dos bibliotecários escolares,as suas necessidades de educação e formação e detalhes sobre a forma como a preparação dos bibliotecários difere de todas as outras profissões.Também ficou decidido que o documento incidisse numa definição de competências em lugar de ser uma mera listagem de acções de formação .Havia dois motivos para tal:primeiro, o documento é mais uma indicação do que uma receita de elementos que todos os bibliotecários escolares necessitam de incluir no seu programa de educação;segundo,o desenvolvimento dos programas de educação para biblotecários escolares pode ser determinado através de uma variedade de agências e instituições que podem adaptar estas sugestões a situações locais. Um delinear de cursos poderia prejudicar em vez de auxiliar em tais situações locais. Cada país especificou as necessidades que devem ser tidas em conta.As escolas variam, a administração das escolas e das bibliotecas escolares variam

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e varia a tecnologia de ensino.Não existem dois programas de educação de bibliotecas escolares completamente idênticos,nem deveria haver.Em cada país existem instalações que podem ser utilizadas para fins de treino,e em cada caso é necessário iniciar ou adaptar os programas educacionais através da identificação das necessidades ou exigências locais ou nacionais,não deixando de ter em mente todas as componentes que constituem uma preparação equilibrada para os bibliotecários escolares. Termos de Referência Baseada na informação do trabalho do Grupo de Trabalho original,a Secção de Bibliotecas Escolares fornece os seguintes termos de referência a fim de orientar as suas actividades: a. Trabalhar em cooperação com a secção da IFLA sobre Bibliotecas Escolares e outros aspectos da formação,com os educadores das bibliotecas escolares e com os bibliotecários escolares a fim de investigar a formação e o treino dos bibliotecários escolares numa perspectiva internacional. b. Identificar as actividades e as responsabilidades necessárias para prover os vários níveis e tipos de bibliotecas escolares e a perícia e conhecimento necessários para os levar a cabo. c. Rever esquemas existentes para o ensino e treino de bibliotecários escolares,identificando aqueles que fornecem experiências válidas e ideias para o desenvolvimento. d. Elaborar recomendações para programas de estudo para escolas de bibliotecários Os membros do Grupo de trabalho apresentaram oito revisões do estado da questão,chamando a atenção para condições especiais na sua região. Estas revisões cobriam partes da Europa,América do Norte,América do Sul,América Central,África,Austrália e Ásia. Foram coligidos mais de 200 documentos sobre escolas de bibliotecários,incluindo cursos de vários programas educacionais de bibliotecas escolares. A partir deste material,foi compilada, sumarisada e categorizada uma lista de um conjunto de competências de modo a constituirem a base das recomendações do Grupo. O Grupo de Trabalho encontrou-se algumas vezes, embora nunca na totalidade, e alguns dos membros não puderam assistir a nenhum dos encontros.Outras pessoas contribuiram para o trabalho e durante as Reuniões de Grupo das conferências da IFLA foram recebidos contributos de muitos colegas que partilhavam a preocupação sobre o padrão de educação para bibliotecários escolares .

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Revisão das Linhas de Orientação Durante a Conferência Anual da Associação Internacional de Escolas de Biblioteconomia, em Everett,Washigton,U.S.A. em 1991,foi proposta uma revisão das Linhas de Orientação.A proposta foi discutida pela Secção de Bibliotecas Escolares da IFLA,em Dehli,Índia em 1992 e aprovada subsconsequentemente pelo Quadro Profissional da IFLA em 1993.Ao presidente do Grupo de Trabalho original da IFLA foi pedida a revisão das Linhas de Orientação de Bibliotecários Escolares e um mero relatório foi submetido à Secção de Bibliotecas Escolares da IFLA e ao Quadro da Associação Internacional de Biliotecários Escolares.O relatório foi enviado a vários especialistas na área mas nem todos enviaram resposta.(Na p.40 encontra-se uma lista completa de nomes). O documento foi terminado em 1995 a fim de ser endossado, publicado e divulgado. Uso da terminologia O uso da terminologia difere de uns países para os outros. A terminologia utilizada pelas pessoas que trabalham na biblioteca varia muito.”Os especialistas de mediatecas escolares”,”bibliotecários-escolares”,”bibliotecários”,”documentalistas” e muitas outras são conhecidos da literatura profissional. Para evitar problemas com a terminologia foi decidido utilizar apenas o termo “bibliotecário escolar” e especificamente o termo plural “bibliotecários escolares”, a fim de evitar referências específicas de género, ao bibliotecário escolar.Para a terminologia ter consistência na biblioteca da escola foi decidido utilizar o termo”biblioteca escolar” para a biblioteca da escola,embora outros nomes como “mediateca”, “centro de recursos da biblioteca escolar”, etc. também sejam comuns na literatura especializada.

Capítulo Um

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Como utilizar estas Linhas de Orientação

Há várias formas de utilizar estas Linhas de Orientação.O principal objectivo deste documento é analisar o papel dos bibliotecários escolares e através dessa análise,chamar a atenção para as competências e conhecimentos necessários para desempenhar este cargo.As Linhas de Orientação oferecem três componentes básicas.Em primeiro lugar,há uma apresentação esquemática das principais competências,delineando os três factores principais que formam a base das funções dos bibliotecários escolares:informação e estudos de biblioteca,gestão e ensino.Ao mesmo tempo,o esquema reforça a inter-relação entre cada um destes factores.Em segundo lugar,há uma interpretação de cada uma das funções na apresentação esquemática.Aí,as funções que os bibliotecários escolares desempenham na escola,são brevemente explicadas. Na continuação destas definições,as competências e conhecimentos necessários para executar cada uma destas funções, são agrupadas numa lista. Em terceiro lugar,as Linhas de Orientação contêm uma Lista de Verificação de Competências incluida visando uma avaliação rápida de um programa já existente ou na preparação de uma estrutura inicial para um novo. Inclui-se uma pequena bibliografia de referências seleccionadas,principalmente nos últimos 10 anos,a fim de facilitar o acesso a maior informação nestes assuntos.Finalmente,o Apêndice contém duas grandes declarações internacionais sobre bibliotecas escolares,sendo uma da UNESCO e outra da Associação Internacional de Bibliotecáris Escolares.Ambas são úteis como declarações orientadoras sobre os papeis e propósitos gerais de bibliotecas escolares e de bibliotecários escolares . 1 . 1 Desenvolvimento de Novos Programas de Educação Os educadores que desenvolvem um novo programa para bibliotecários escolares, necessitam de avaliar as necessidades actuais de um dado sistema escolar,regional ou de um País,e de construir o programa de bibliotecas escolares de acordo com tal.Em muitos casos os programas educacionais podem ser desenvolvidos ou construidos paralelamente para ou no interior de algumas instituições de treino existentes,tais como instituições de treino de professores,bibliotecas universitárias ou escolares.Estes novos programas em desenvolvimento deveriam,pois,contactar tanto instituições de treino de professores como bibliotecas escolares,para terem a certeza que o programa se dirigirá tanto quanto possível às necessidades existentes e utilizará as instalações e recursos disponíveis. Esses países,regiões ou sistemas de bibliotecas escolares que estão a desenvolver novos programas para futuros bibliotecários escolares,acharão

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nestas Linhas de Orientação uma descrição das aptidões que os bibliotecários escolares necessitarão de dominar.As competências delineadas em cada secção,podem ser usadas como base para a construção de uma série de cursos, onde cada um cubra uma variedade de aspectos.Um estudo das competências enunciadas fornecerá declarações das áreas de conhecimento consideradas essenciais para o funcionamento efectivo de bibliotecas escolares,independentemente do local onde estão situadas no mundo. Também deveria ser imperativo que o futuro dos programas educacionais deste tipo fossem certos.Deve ser dada uma garantia de continuidade durante vários anos, para fornecer uma preparação lógica, compreensiva do pessoal para o sistema de bibliotecas escolares, preparação que pode ser desenvolvida e gradualmente e sistematicamente elevada. 1.2 Revisão e Avaliação de Programas Educacionais Existentes Cada programa educacional deveria ser periodicamente avaliado, de modo a aumentar a preparação dos profissionais que enfrentam um emprego sempre em mutação e desafiador, na escola. Esta revisão pode ser apoiada por estas Linhas de Orientação onde o programa presente pode ser comparado com os requisitos para a competência na sua totalidade, para encontrar pontos fracos ou para alterar o ênfase. Para tal revisão é necessário que as instituições de treino de bibliotecas escolares mantenham o contacto com os seus licenciados para obterem resposta sobre o fortalecimento ou enfraquecimento do programa existente. Cada programa de educação de bibliotecas escolares necessita de incluir todos os aspectos registados nas Linhas de Orientação, embora dependa da situação em cada país de quão profundamente e extensivamente necessitam de estudar cada factor, os bibliotecários escolares. Daí que nada tenha sido receitado quanto à extenção ou profundidade de cada curso. 1.3 Utilização da Lista de Verificação A Lista de Verificação de competências, nas págs.36-37, pretende ser um rápido guia para avaliar a necessária profundidade dos programas de educação para bibliotecários escolares. A Lista de Verificação pode servir três fins: 1. Pode ser utilizada para achar como um programa educacional se adapta às necessidades e expectativas. 2. Para a formação de novos programas de educação, a Lista de Verificação pode ser usada como uma estrutura inicial para identificar quais as áreas que devem ser incluídas num programa extenso. Também pode ser utilizada para identificar quais as áreas que devem ser enfatisadas inicialmente e quais as áreas que devem ser incluídas num plano de longa duração e adicionadas num

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estágio posterior. 3. A Lista de Verificação pode ajudar os organizadores dos programas de educação para bibliotecários escolares a definir o grau de estudo necessário, tendo em vista a situação local. Através desta Lista de Verificação, os formadores podem graduar os seus programas em cada um de três níveis: básico, intermédio ou elevado e decidir em que nível os bibliotecários escolares podem ser inseridos. Por exemplo, os bibliotecários escolares de uma determinada região podem trabalhar numa biblioteca escolar beneficiando de um serviço bibliográfico centralizado apto a fornecer todas as fontes prontas a serem utilizadas.Neste caso, pode ser necessário enfatizar mais os serviços de informação e por isso pouco utilizarão as competências essenciais para aquisição e organização . As partes da Secção A-II que tratam de catalogação e classificação seriam então classificadas como nível 1 (Básico) ao passo que as partes da Secção A-III, seriam marcadas como nível 3 (Elevado), indicando a importância de cada competência para o trabalho a efectuar. Por outro lado, se a automatização das bibliotecas escolares está iminente, deve ser dada um ênfase particular (Nível Elevado) às competências registadas na Secção A-II sob o título a Selecção de Programas de Computador. Dentro da mesma Secção pode ser necessário existirem diferentes níveis de competência. A Lista de Verificação poderia ainda servir como uma ferramenta de ajuda no planeamento de cursos onde estas competências necessárias têm de estar presentes. A avaliação de programas existentes também pode ser feita através da Lista de Verificação, onde cada componente do programa de formação pode ser graduado nos três níveis apresentados.

Capítulo Dois

Bibliotecas Escolares na Sociedade de Informação As bibliotecas escolares existem na maior parte dos países e regiões do mundo embora estejam em estádios muito diferentes de desenvolvimento. A história das bibliotecas escolares pode ser traçada até ao tempo em que os livros e outras fontes escritas eram utilizadas para auxiliar o professor e o livro de texto na disseminação do conhecimento.A integração geral da biblioteca escolar e das suas fontes no curriculum é, contudo, muito mais recente e desenvolveu-se a

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partir de dois factores principais,por ex., a mudança de metodologia da educação baseada na pesquisa, como aprendizagem dos estudantes e um aumento na disponibilidade das fontes de informação que podem ser úteis no conjunto da educação. A mudança na metodologia da educação coloca no centro a exclusividade do indivíduo e as obrigações do sistema educativo para ir de encontro às necessidades do indivíduo.Um programa de bibliotecas escolares torna-se essencial quando tal filosofia é utilizada como princípio orientador para actividades educacionais.Uma biblioteca escolar com uma rica variedade de fontes é um pré-requisito para o enriquecimento do curriculum e um esforço sistemático para ir de encontro às necessidades individuais do estudante. A tão chamada «explosão de informação» é um fenómeno que também influenciou os objectivos e fins de educação. Num mundo saturado de informação cada indivíduo necessita e utiliza uma variedade de informações. Espera-se que a escola prepare os alunos para diferentes papéis na sociedade e,consequentemente,num mundo onde a informação se está a tornar numa das mais importantes mercadorias,a escola deve preparar os alunos com perícia no manuseamento de informação para facilitar a utilização da informação corrente e futura. A biblioteca escolar desempenha um papel essencial ao auxiliar os estudantes a desenvolver os conceitos de recuperação de informação e ao auxiliá-los a adquirir destreza para utilizar e gerir fontes de informação. A biblioteca escolar é um armazém de informação dentro da escola,organizada de forma semelhante a outras instituições que detêm o mesmo fim. A biblioteca escolar age,assim,como uma ponte entre a escola e a sociedade,trazendo conhecimento aumentado para a escola,de modo a fornecer desafios às mentes inquiridoras dos jovens. Os principais objectivos das bibliotecas escolares são fornecer e explorar informação organizada a fim de ajudar a alargar o conhecimento de base de cada aluno individual,e preparar os estudantes a manusearem informação com destreza para os auxiliar a procurar e utilizar informação na sua vida futura. A mudança mais drástica no desenvolvimento dos instrumentos de informação nos anos passados, é a disponibilidade da variedade das fontes multi-media tais como CD-ROM,bem como a acessibilidade das fontes em linha,através de redes de computador tais como a Internet –um facto que possui o potencial de alterar todas as transferências de informação.Através de pontos-de-acesso em cada escola,as crianças podem ter acesso a uma quase infinita variedade de fontes de informação.Nenhuma biblioteca se limita já às fontes que a escola conseguiu adquirir através do seu programa de aquisições.As bibliotecas escolares do futuro serão instituições de informação dentro da escola e, como tal necessitarão,num grau cada vez maior,de mudar e de ajustarem o seu papel

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como catalisadoras na sociedade de informação.

Capítulo Três.

Bibliotecários Escolares

A preparação do pessoal necessário para organizar,conduzir e servir numa instituição com papéis tão importantes no contexto educativo,necessita inevitavelmente de muita atenção.O Manifesto da UNESCO sobre bibliotecas escolares(pág.45)declara que deveria haver ”pessoal com qualificação profissional no ensino e na biblioteconomia,assistido por um número suficiente de pessoal de apoio”.As Linhas de Orientação para Bibliotecas Escolares (pág.8-10)sugere quatro categorias de pessoal para as bibliotecas escolares,por ex.,profissional,técnico,clerical e voluntário.Nestas Linhas de Orientação não

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foram delineadas qualificações profissionais para cada tipo de pessoal.Deverá ser tido em mente que apenas nos sistemas de bibliotecas escolares melhor desenvolvidos existe tal divisão de trabalho.Frequentemente é uma ou são duas pessoas que são responsáveis por todas as operações da biblioteca escolar e,frequentemente, elas ainda têm também outras obrigações na escola.Também é comum,em muitos países,haver apenas uma pessoa encarregue de várias bibliotecas escolares,auxiliados,por vezes, por voluntários. Vários estudos ocupacionais tentaram identificar os papéis e as funções dos bibliotecários no contexto da escola.Através deles,pode detectar-se que o papel dos bibliotecários escolares varia de acordo com os objectivos educacionais das escolas,com a metodologia de ensino,a estrutura legal nacional,com a situação financeira,etc. Apesar das variantes existentes é possível identificar três factores de conhecimento geral que são essenciais para que os bibliotecários escolares sejam capazes de desenvolver e pôr a funcionar programas efectivos de bibliotecas escolares,por ex.,informação e estudos de biblioteca,gestão e ensino.

Informação e estudos de bibliotecas são uma componente essencial para a selecção,organização e utilização de informação social registada, e de ideias;

A gestão inclui a responsabilidade pela administração e pelas operações diárias da biblioteca escolar e do seu pessoal; O ensino significa o interface com os professores nos seus papeis de educadores a fim de desenvolverem utilizadores efectivos de informação.

O mundo está a entrar rapidamente numa era de revolução tecnológica onde a tecnologia da informação forma parte integral das mudanças sociais.O fácil acesso a uma variedade de novos tipos de fontes de informação,pede uma revisão total do ensino dos bibliotecários escolares a fim de lhes fornecer competências para planearem e ensinarem uma diferente utilização da perícia de informação,tanto a professores como a alunos.Este treino pode ser levado a cabo como uma componente do programa básico de educação para novos bibliotecários escolares e, para aqueles que já trabalham na área,é importante oferecer uma variedade de cursos, através da formação contínua.Os bibliotecários escolares necessitam de modificar os métodos de ensino na utilização da informação na escola,de modo a incluir destreza que suporte as novas quantidades de informação disponíveis para cada indivíduo através de novos canais.Tendo em vista estas mudanças é muito importante que os bibliotecários escolares sejam reconhecidos como especialistas de informação,no novo sentido,em todo o mundo. Se os bibliotecários escolares tornarem a tecnologia emergente uma parte do

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seu domínio,eles terão um papel crescente e constantemente mais importante a desempenhar dentro do sistema de educação.Eles serão reconhecidos como especialistas nos dois principais papeis da biblioteca escolar,por ex.,o fornecimento e organização da informação com o intuito de aumentar o conhecimento de cada aluno em particular,e a integração de utilização de perícia de informação no curriculum.Também necessitam de possuir capacidade de gestão suficiente para pôr a biblioteca escolar a funcionar suavemente e com sucesso,para a satisfação destes papeis. 3 .1 Educação Contínua e Educação à Distância Os bibliotecários escolares devem ter oportunidade de se manterem actualizados com o desenvolvimento em campos que lhes dizem principalmente respeito e ao seu local de trabalho,a biblioteca.As mudanças tecnológicas sob a forma de serviços em linha,tais como o CD-ROM,tornaram-se comuns e oferecem uma variedade de fontes que são uma bem-vinda aquisição para a colecção de uma biblioteca escolar.Está disponível mais informação em como combater o analfabetismo,em como os alunos aprendem e em como se lhes pode tornar interessante a leitura.Esta informação é valiosa para os bibliotecários escolares poderem melhorar o desempenho das suas funções e novos papeis como especialistas de informação na escola. Muitas escolas são demasiado pequenas para manterem um bibliotecário a tempo inteiro.Para munir professores interessados com a informação básica necessária para prover os serviços de uma biblioteca escolar,é necessário organizar programas de educação à distância,onde os professores possam estudar ao seu próprio ritmo e quando surjam necessidades.Há agora cada vez mais possibilidades de fornecer cursos de ensino à distância, através da utilização das novas tecnologias da informação, e os estudantes podem comunicar instantâneamente com os professores através do correio electrónico e receber comentários sobre os seus trabalhos e progredir imediatamente. Os países que estão a desenvolver ou expandir os serviços de biblioteca escolar e os países que são escassamente povoados deveriam debruçar-se sobre as possibilidades de munir os bibliotecários escolares com este tipo de oportunidades de educação. .

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Capítulo Quatro

Apresentação das Competências Essenciais

O papel dos bibliotecários escolares deve ser considerado como sendo unificado e holístico. Contudo, de modo a facilitar a análise de requisitos educacionais recomendados para este tipo de profissionais, são identificados três componentes gerais que compõem esta unidade. Esta abordagem também torna possível definir as competências, únicas para estes profissionais e que os separam de outros profissionais. Deverá ,no entanto, ser realçado que estes factores estão todos inter-relacionados e não deverão ser considerados independentes uns dos outros. Por exemplo, o conhecimento necessário para a selecção de livros também é necessário para a promoção da biblioteca e para a

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orientação da leitura. Estas actividades requerem conhecimento polivalente da leitura infantil, do controlo bibliográfico dos livros infantis e conhecimento de níveis de leitura e dos interesses das crianças em certos níveis etários. O bibliotecário escolar pode ser considerado como um ramo da biblioteconomia ou dos estudos de informação ,que tratam da aquisição, organização e distribuição do conhecimento registado. Ao mesmo tempo, tem uma forte ligação à profissão do ensino. Na criação de programas de educação para bibliotecários escolares, parece apropriado e prático utilizar cursos disponíveis para outros bibliotecários e/ou professores, na sua maior extensão possível. A biblioteca escolar é, além disto, uma das pedras angulares de uma rede nacional de bibliotecas. Em muitos casos, as fontes existentes na biblioteca escolar são valiosas para a comunidade na sua totalidade e a escola oferece frequentemente a sua colecção para a utilização do público em geral. Por outro lado, bibliotecas combinadas também são comuns nos locais onde a escola tem de partilhar a colecção e os serviços da biblioteca com a biblioteca pública. Seja qual for a solução local escolhida, ela fornece a escola e as crianças com informação que ultrapassa o livro de textos; os bibliotecários escolares devem estar conscientes das suas responsabilidades como mediadores da informação e como professores de formas de utilização da informação. As bibliotecas escolares devem ser organizadas pelas mesmas linhas do que outras bibliotecas servindo a comunidade, utilizando o mesmo tipo de classificação e arrumação das colecções e deverá ser dado ênfase ao domínio das componentes de organização do trabalho da biblioteca.

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Teoria - Pesquisa

Aplicação Prática

A B C Informação e Gestão Ensino Estudos de Biblioteca

A-I B-I C-I Desenvolvimento da Colecção, Política de desenvolvimento e Cooperação no selecção e produção de fontes implementação de supervisão, esboço curricular.

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de aprendizagem avaliação,modificação e mudança Promoção de aprendizagem independente A-II B-II C- II Aquisição e organização Utilização de gestão de recursos, Integração da de fontes de aprendizagem. preservação e conservação utilização da perí- Automatização cia de informação no curriculum A-III B-III C-III Serviços de informação Financiamento,controlo do orça- Orientação e pro- para professores e alunos mento,contabilidade e relatório moção da utiliza- ção efectiva 4.1 Teoria- Pesquisa Na apresentação esquemática da pag. 18, a Teoria e a Pesquisa são colocadas no topo para lembrar que se espera que os bibliotecários escolares tenham um considerável suporte teórico. Eles não deverão receber apenas treino no trabalho. Devem ser-lhes proporcionadas bases teóricas para o seu trabalho, devem conhecer a filosofia da educação que está subjacente às operações da bibiblioteca escolar, estarem seguros dos seus papeis. Além do mais, devem ter capacidade de recolher dados, ter alguma compreensão básica da metodologia de pesquisa,de modo a serem capazes de avaliar o seu trabalho e as operações da biblioteca escolar. A pesquisa de acção, que é uma designação comum para pequenos projectos de pesquisa,é baseada na recolha de dados do ambiente local,de modo a apoiar a tomada de decisão ou a selecção de uma escolha de entre muitas outras. As três componentes- informação e estudos de biblioteca,gestão e ensino

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deveriam ser ensinadas de um ponto de vista teórico,onde alguns paradigmas são interpretados e explicados. 4.2 Aplicação Prática. Deve ser assegurado que,os futuros bibliotecários escolares tenham treino adequado no interior do serviço de uma ou mais bibliotecas escolares antes de assumirem a responsabilidade de administrarem eles próprios uma biblioteca.O treino é muito válido para os futuros bibliotecários escolares e os locais de treino devem ser seleccionados com muito cuidado.O treino no interior do serviço,para os bibliotecários escolares ou a aplicação prática das bases teóricas deveria ser considerado um dos elementos do programa de educação desde que a prática fosse efectuada sob a orientação de um bem treinado bibliotecário escolar, que o trabalho fosse actualizado,interessante e desafiador.Muitas destrezas são difíceis de ensinar apenas teóricamente e foi desenvolvida uma variedade de soluções cooperativas em cada escola,o que só pode ser demonstrado in loco. Através da prática no terreno os futuros bibliotecários escolares deveriam adquirir experiência em ensinar a perícia de informação aos estudantes.O planeamento e ensino de grupo com outros professores também deveria ser incluído como uma parte essencial do programa de treino prático. Os principais objectivos da formação no terreno são: a. Ajudar a integrar a teoria na prática,através da participação no trabalho de verdadeiras bibliotecas escolares onde o utilizador da biblioteca escolar possa observar como os bibliotecários experimentados exercem atitudes profissionais e competência. b. Ganhar auto confiança e desenvolver perícia nas operações que o aluno está

para tomar a seu cargo. c. Enfrentar os problemas das experiências do quotidiano e discutir possíveis

soluções com um bibliotecário escolar experiente.

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Capítulo Cinco

Descrição das Competências

A. Informação e Estudos de Biblioteca

Muitas das competências enumeradas sob este título são fundamentais para todas as actividades da biblioteca,embora a perspectiva e aplicação variem de um tipo de biblioteca para outra. A-I. Desenvolvimento da Colecção Os bibliotecários escolares deveriam ser capazes de desenvolver uma colecção relevante para os utilizadores de toda a escola -os alunos,os professores e outros membros do pessoal e,preferêncialmente,também para os pais -e esboçar uma política de aquisições adequada.Devem ser capazes de avaliar a adequação do material disponível, incluindo as ofertas. Necessitam de estar conscientes de problemas especiais, incluindo a avaliação e selecção de livros e de outro material não-escrito, especificamente para crianças, mas que pode valer a pena adquirir por serem os únicos livros na língua-mãe dos estudantes. Também deveriam saber como enriquecer a colecção compondo pacotes-de-recurso de materiais não tradicionais, tais como panfletos, recortes, quadros e fotocópias, para aumentar o material de ensino disponível. As novas tecnologias facultam o acesso a fontes exteriores à biblioteca escolar e à própria escola. O material disponível através de meios não só de disponibilidade física na escola

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ou nas prateleiras da biblioteca deverá também ser considerado uma parte do processo de desenvolvimento da colecção. Competências: O desenvolvimento da colecção inclui as seguintes fontes: a. a capacidade de esboçar uma política de aquisições para orientar o

desenvolvimento adequado da colecção de fontes que suportarão o programa de educação da escola;

b. a capacidade de aplicar princípios básicos de avaliação de fontes, com o fim

de desenvolver uma colecção polivalente e cooperar com os professores na selecção e avaliação de recursos de aprendizagem sob diferentes formas;

c. a capacidade de desenvolver critérios para avaliar a adequação de ofertas

feitas à escola; d. a capacidade de esboçar, planear e produzir fontes de informação específicas

para fins educativos, nos locais onde não estão disponíveis fontes comerciais. Conhecimento : A selecção de fontes educativas para uma biblioteca escolar requer conhecimento do comportamento do leitor, gostos e necessidades das crianças e da juventude, assim como conhecimento do curriculum de cada escola em particular, de modo a condizer a colecção com os utilizadores. Um profundo conhecimento de literatura e media para crianças e jovens,ficção e não-ficção, um conhecimento de fontes de informação em linha e de uma variedade de redes de computador, diponíveis para as escolas, é essencial para a criação de uma colecção moderna e actualizada. O conhecimento do controlo bibliográfico e de fontes de informação para fins de selecção, bem como o conhecimento dos princípios e da prática do desenvolvimento da colecção, é necessário para manter a colecção em andamento. Nas regiões onde a publicação na língua-mãe dos estudantes é insuficiente, os bibliotecários escolares devem ter conhecimento das suas responsabilidades na utilização do que existe na comunidade local e adaptá-lo às suas necessidades, quer utilizando população local que forneça aos estudantes a informação, como por ex., na comunidade local, quer utilizando panfletos e recortes para acrescentar as publicações nacionais ou locais. Os bibliotecários escolares também deveriam ser encorajados a aprender como produzir as suas próprias fontes de informação e bases de dados, que pudessem beneficiar a escola e os seus clientes, particularmente nos locais onde as fontes comerciais são escassas.

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O desenvolvimento da colecção também requer iniciativa, imaginação e habilidade para seleccionar fontes e procurar material útil, bem como perícia, prática e técnica para produzir materiais que vão de encontro a necessidades específicas. A-II. Aquisição e organização A aquisição e organização de recursos de aprendizagem é o requisito para o funcionamento sistemático de uma biblioteca escolar como armazém de informação.Sem organização adequada, os recursos de aprendizagem são inúteis como ferramentas para a prática da perícia de informação e para um mais fácil acesso às fontes, que podem alargar o conhecimento inicial dos estudantes. A extensão para a qual a aquisição e competências de organização são necessárias, depende dos serviços de apoio que a biblioteca escolar tem disponíveis; contudo, os bibliotecários escolares deveriam , em qualquer caso, ser capazes de desenvolver sistemas para processamento de material e deveriam ter conhecimentos de classificação e catalogação. Em muitos locais do mundo, onde não há índices para periódicos locais, jornais ou partes de livros, os bibliotecários escolares necessitarão de adquirir conhecimentos de indexação de modo a utilizarem plenamente o material disponível. Os bibliotecários escolares também devem ter competência para desenvolverem thesauri para os seus próprios fins ou saber adaptar thesauri de diferentes línguas ou campos relacionados de modo a ajustarem-se às suas necessidades particulares. Os bibliotecários escolares da moderna sociedade de informação moderna necessitam de ser capazes de definir as necessidades de automatização na sua biblioteca escolar, e de seleccionar os sistemas de automatização apropriados que venham de encontro às suas necessidades. Competências : As principais competências para aquisição e organização são: a. a capacidade de desenvolver procedimentos para ordenar, receber e

processar recursos de educação; b. a capacidade de utilizar princípios de classificação e organizar o material de

acordo com esquemas de classificação padronizados;

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c. a capacidade de preparar e manter um catálogo da colecção de acordo com princípios apropriados e padronizados de catalogação;

d. a capacidade de indexar material disponível e tornar as fontes de informação

da colecção totalmente disponível para pesquisa por assunto; e. a capacidade de seleccionar o software apropriado para a automatização da

gestão da biblioteca escolar. Conhecimento : A aquisição e organização dos recursos de aprendizagem requer uma visão dos propósitos da colecção bem como um conhecimento dos procedimentos para aquisições;conhecimento de teoria de classificação e utilização de esquemas de classificação;conhecimento de princípios e procedimentos de catalogação; conhecimento de teoria de indexação e aplicação para análise de assuntos detalhados da colecção;conhecimento do software de computador apropriado para dirigir estes processos. A-III. Serviços de Informação O desenvolvimento dos serviços de informação no contexto escolar inclui todas as actividades em que os bibliotecários escolares se envolvem a fim de facilitar e encorajar a utilização dos recursos de aprendizagem. Os serviços de informação são comuns a todas as bibliotecas mas alguns aspectos são especiais para a biblioteca escolar,tal como orientação individual de leitura,envolvimento no esboço do curriculum,compilação de bibliografias,listas de recursos e pistas de investigação para servir algumas unidades de ensino (também intimamente ligadas com a prática de indexação).Os bibliotecários escolares também deveriam ser capazes de estabelecer métodos para desenvolvimento da literacia da informação entre os estudantes.A introdução de tecnologias de informação de fácil acesso para uma vasta audiência,através de redes internacionais ,tais como a Internet, veio criar um novo aspecto de serviços de informação nas escolas.Os bibliotecários escolares devem acompanhar os últimos desenvolvimentos, uma vez que todo o fornecimento de informação na escola,seja qual for o método utilizado,deverá ser a principal preocupação destes profissionais como peritos de informação no ambiente escolar.

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Competências : As competências registadas sob este título estão intimamente relacionados com as registadas na Secção C: Ensino, uma vez que os serviços de informação incluem tanto o desenvolvimento e organização como o interface com os professores nos seus papéis de ensino. Estas actividades incluem as seguintes competências: a. a capacidade para estudar e avaliar as necessidades de informação e

interesses de professores e alunos; b. a capacidade para delinear serviços de informação apropriados a todos os

membros da comunidade escolar; c. a capacidade para desenvolver guias para fontes e bibliografias que auxiliem

professores e alunos na sua procura de informação apropriada; d. a capacidade para desenvolver um sistema eficiente para circulação e reserva

de recursos e equipamento de aprendizagem necessários; e. a capacidade para relacionar a biblioteca escolar e os seus recursos às redes

de biblioteca-informação e comunicação que permitem a partilha de recursos e o acesso a uma gama de fontes exteriores à escola;

f. a capacidade de estabelecer procedimentos para encorajamento da utilização

de empréstimos inter-bibliotecas; g. a capacidade para aplicar tecnologia avançada no armazenamento,

movimentação, pesquisa, recuperação e utilização da informação. Conhecimento : Os factores essenciais do conhecimento para estas actividades, incluem substanciais conhecimentos gerais de assuntos cobertos pelo curriculum da escola, conhecimento de Estudos de Uso e Atitudes frente à informação, conhecimento da estrutura curricular e do seu conteúdo bem como conhecimentos e competências bibliográficas. Além destas características, os bibliotecários escolares necessitam de conhecimentos substânciais sobre informação e redes de bibliotecas, bem como do papel das bibliotecas escolares nelas desempenhado para auxiliarem os utilizadores a aceder às fontes exteriores à escola. A um outro nível, perícia tecnológica para a recuperação da informação e conhecimento das tecnologias de informação em rápida mudança também são essenciais para os modernos bibliotecários escolares.

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Para estas funções os bibliotecários escolares devem utilizar e desenvolver aspectos efectivos da comunicação inter-pessoal. Ao trabalhar com professores, estudantes, administradores, pais e eventualmente com toda a comunidade, os bibliotecários escolares devem mostrar vontade de cooperar com outros, tendo em vista a realização de metas de educação comuns.

B. Gestão Como gestores, os bibliotecários escolares devem ser capazes de liderar e encorajar o desenvolvimento profissional no interior da sua instituição. Eles também deveriam encorajar o desenvolvimento e destreza profissional entre o seu pessoal. Eles devem comparecer a encontros profissionais, associar-se em organizações profissionais e disseminar informação através de boletins profissionais, de modo a partilhar competência e capacidades profissionais no seu campo. A formação de bibliotecários escolares na área da gestão deverá incorporar casos éticos, legais, profissionais,económicos e políticos da política de informação. O ensino da gestão também deveria ser adaptado à situação local, cultural e institucional de um dado país ou região, ao sistema educacional do país ou região e aos requisitos da instituição-mãe Os tópicos de gestão são considerados o primeiro passo importante para tornar a comunidade consciente do papel que todos os especialistas da informação, incluindo bibliotecários escolares, desempenham na preservação e facilitando o acesso aos recursos de informação do país e à herança intelectual e cultural. B-I Política de Desenvolvimento e Implementação. Os bibliotecários escolares devem ter a capacidade de desenvolver políticas e de estabelecer metas para as operações da cadeia documental e para o

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desenvolvimento da biblioteca da sua escola. Eles também devem ser capazes de desenvolver estratégias para atingir estas metas, em cooperação com o pessoal e os administradores da escola. Os administradores da escola também precisam de ser recordados, através de declarações escritas, que existem metas definidas a serem alcançadas, metas tanto a longo prazo como a curto prazo, que foram determinadas em termos específicos, que são sensíveis e alcançáveis. Os bibliotecários escolares devem, então, procurar o apoio da administração para alcançarem essas metas. Os bibliotecários escolares devem obter informação qualitativa de todos os utilizadores da biblioteca escolar para assegurarem um processo constante de avaliação, de modo a que possam ser feitas modificações e alterações quando for necessário. Um programa de relações públicas envolvendo pessoas exteriores à escola, bem como pais e políticos, apoiará as acções da biblioteca escolar e chamará a atenção para a sua importância no contexto da escola e para a totalidade da comunidade. Competências : A política de desenvolvimento inclui as seguintes competências : a. a capacidade de delinear uma política de biblioteca escolar e esboçar um

programa para implementar essa política; b. a capacidade de estabelecer metas a longo e curto prazo para o

desenvolvimento da biblioteca, em cooperação com o pessoal e a administração da escola;

c. a capacidade de esboçar e planear estratégias a fim de alcançar estas metas; d. acapacidade e vontade de pedir e aceitar sugestões para modificar e alterar o

programa da biblioteca escolar; e. a capacidade de avaliar o programa, à luz de metas declaradas, e de o

adaptar e rever se necessário; f. a capacidade para encorajar o envolvimento da comunidade nas actividades

da biblioteca escolar e, em particular, de estabelecer contactos com pessoas de recurso que possam apoiar o programa da biblioteca escolar.

Conhecimento: A política de desenvolvimento requer um profundo conhecimento das operações

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da biblioteca escolar e das operações da biblioteca em geral, bem como conhecimento da operação da instituição-mãe. A gestão da biblioteca escolar necessitaria, consequentemente, de beneficiar tanto da gestão educacional como da gestão da biblioteca em geral. Os bibliotecários escolares necessitam de receber instruções e prática em como estabelecer políticas de acção do papel da biblioteca e de como ela beneficia a escola. Como gestor, o bibliotecário escolar deve ter conhecimento da legislação escolar e de todas as leis e regulamentos que orientam as actividades da escola em geral, bem como da legislação especial que afecta os serviços da biblioteca escolar, tais como o direito de autor e a liberdade intelectual. B-II Gestão de Recursos Os bibliotecários escolares devem ser capazes de planear, organizar, dirigir e avaliar a biblioteca de modo a obterem os melhores benifícios para a comunidade escolar como um todo. O seu papel é o de maximizar os benifícios que a escola pode ganhar a partir de recursos disponíveis. Competências : A gestão de recursos inclui as seguintes componentes: a. a capacidade de organizar e desenvolver colecções, instalações e serviços

para atingir objectivos; b. a capacidade de supervisionar e planear para a gestão efectiva do pessoal da

biblioteca escolar, tanto profissional como pessoal de apoio; c. a capacidade de planear para a utilização eficiente do espaço; d. a capacidade de proporcionar e garantir conservação apropriada e cuidado

dos recursos de aprendizagem e equipamento; e. a capacidade de desenvolver serviços apropriados para professores e alunos

de acordo com metas e objectivos. Conhecimento : Os cursos de gestão de recursos deverão ajudar os bibliotecários escolares a ver a escola como um todo, enfatisando o papel da biblioteca dentro da escola e auxiliando-os a assegurar que todos os aspectos da operação são bem organizados e desenvolvidos. Os bibliotecários escolares devem tomar consciência de como todos os recursos—pessoal, espaço, equipamento e materiais—são empregues com maior eficácia e tornar intensiva a utilização de

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fontes e recursos disponíveis. B-III. Finanças e Controlo do Orçamento Fazer orçamentos é um aspecto da gestão para o qual os bibliotecários escolares necessitam estar preparados. Os bibliotecários escolares deverão ter capacidade para participar na elaboração do orçamento para a escola como um todo. Eles devem ser informados sobre o processo de obtenção de orçamentos e estar familiarizados com o processo de tomada de decisão da escola. Eles também deverão estar conscientes das possibilidades de fundos exteriores e doações, que podem ser utilizadas para aumentar o orçamento operacional da biblioteca escolar. Competências : Finanças e controlo de orçamento requerem as seguintes competências: a. a capacidade de planear estratégias que assegurem o auxílio financeiro para

a biblioteca escolar; b. a capacidade de preparar um orçamento que auxilie e reflita o programa de

ensino e gira os assuntos financeiros; c. a capacidade de preparar relatórios sobre o programa da biblioteca escolar

onde os serviços e as actividades sejam descritos de uma forma positiva. Conhecimento: Os bibliotecários escolares deverão saber como elaborar uma proposta de orçamento e deverão estar conscientes do custo de diferentes operações na biblioteca escolar. Deverão fazer um esforço para calcular, regularmente, quanto custa cada tarefa da biblioteca a fim de terem uma visão de como o orçamento é gasto e, sobre tal, fazerem um relatório anual . Os bibliotecários escolares deverão ser ainda encorajados a ter um plano do que deverá ser feito no caso de um aumento de orçamento e deverão ser capazes de demonstrar que são efectivos gestores financeiros. Os bibliotecários escolares devem ter conhecimentos básicos de contabilidade e , sobretudo,das finanças da escola. Onde existem subsídios, uma fonte financeira potencial para a biblioteca escolar, os bibliotecários escolares deverão estar conscientes desses e de outros fundos potenciais e deverão ser capazes de desenvolver as aplicações necessárias a fim de assegurar esses fundos. Os bibliotecários escolares deverão receber instruções em como elaborar relatórios sobre as actividades da biblioteca escolar e em como formular esses relatórios a fim de melhorar a imagem da biblioteca.

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C.Formação As capacidades de ensinar que os bibliotecários escolares necessitam de demonstrar não foram definidas aqui em termos específicos. Foram feitas suposições sobre como qualificações básicas de ensino e alguma experiência como um professor de sala de aula, forneceriam as fundações mais efectivas para maior educação para bibliotecários escolares. Tal experiência, contudo, não garante o sucesso como bibliotecário escolar. Os efectivos bibliotecários escolares vieram daqueles com uma base e experiência tanto em funções de bibliotecário como no ensino, e aqueles cuja primeira escolha, treino e experiência foi em funções de bibliotecário escolar. Os bibliotecários escolares bem como os professores necessitam de ter destreza de ensino. O bibliotecário escolar utilizá-la -á, contudo, como um parceiro de ensino no contexto da biblioteca escolar, o que difere de um modo significativo da sala de aula. A biblioteca escolar é um ambiente de aprendizagem que é baseado em recursos e que encoraja a interacção entre uma variedade de pessoas e recursos para fins especificamente planeados. O bibliotecário pode trabalhar ao mesmo tempo com alunos e professores, com uma variedade de áreas do curriculum, em níveis diferentes, bem como em vários espaços de aprendizagem dentro da biblioteca. Tal como os professores das aulas, os bibliotecários escolares necessitam de ter capacidade para gerir um ambiente de aprendizagem a fim de implementar actividades efectivas de ensino e aprendizagem. A área onde a biblioteca escolar difere de outros programas de biblioteca é o que tem sido chamado de “interface” com a escola. Aqui, dois elementos são da maior importância: orientação da leitura e a promoção da utilização da informação e a integração da perícia de informação no curriculum escolar, em cooperação com os professores. Estes envolvem os bibliotecários escolares no

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relacionamento das fontes de informação apropriadas para determinadas áreas de ensino e aconselhamento dos professores dos media apropriados, para utilização no seu ensino. Isto também envolve o bibliotecário na motivação e estimulação da utilização de uma variedade de recursos, tanto na aprendizagem como no ensino. C-I. Cooperação no Desenvolvimento Curricular Os bibliotecários escolares devem participar no desenvolvimento do curriculum geral e ajudar, sistematicamente, os professores a integrarem a bilioteca e os seus recursos nas unidades de ensino. Apenas através da participação efectiva em todos os planeamentos curriculares pode a biblioteca tornar-se uma parte integrante do programa educacional para o qual é destinada. Esta área refere-se directamente ao papel do bibliotecário escolar como um parceiro no programa geral de educação da escola. O trabalho dos bibliotecários escolares com os alunos é parcialmente orientado atrvés dos professores das aulas e é , por isso, mais dirigido para o trabalho com indivíduos e pequenos grupos do que com a totalidade da classe. As preocupações dos bibliotecários escolares não residem tanto no ensino de assuntos individuais, mas antes em auxiliarem os professores a educarem os alunos sobre como estudar e utilizar a informação nesses assuntos. Competências : As competências delineadas sob o título de cooperação no esboço curricular e planeamento de programas, inclui o seguinte: a. a capacidade de participar como um membro de uma equipa educacional no

esboço,implementação e avaliação do curriculum; b. a capacidade de apoiar e coordenar actividades para apadrinhar pensamento

crítico e aprendizagem independente; c. a capacidade de relacionar o programa da biblioteca escolar com o

enriquecimento do curriculum; d. a capacidade de participar como um parceiro de ensino na realização de

objectivos de aprendizagem identificados, através de conhecimento e apropriadas estratégias de ensino/aprendizagem;

e. a capacidade de aplicar pricípios de teoria de aprendizagem, quando

recomendadas estratégias alternativas de ensino/aprendizagem. Conhecimento :

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O conhecimento essencial para os bibliotecários escolares desempenharem efectivamente o papel de um parceiro no desenvolvimento curricular, cobre a área de psicologia de aprendizagem, incluindo familiaridade com diferentes estilos de aprendizagem;psicologia de desenvolvimento da mente cobrindo os anos de ensino compulsório,ou o nível etário coberto pelo programa educacional da escola e o conhecimento geral do desenvolvimento e esboço curricular. Os bibliotecários escolares deverão estar familiarizados com a terminologia e os conceitos educativos a fim de facilitar a comunicação com os professores. C-II. Integração da Utilização da Perícia de Informação O crescente uso da tecnologia da informação, e da informação baseada na natureza da sociedade, tem realçado a importância da compreensão e domínio da utilização da perícia de informação por todos os professores e alunos. Os bibliotecários escolares necessitam de passar a ideia de que o que estão a ensinar transporta a chave para o ênfase de mudança no curriculum. A razão pela qual a literacia de informação necessita de ser incluída no curriculum é porque a recuperação da informação, o processamento e a utilização são centrais para o desenvolvimento do conhecimento e sua compreensão. Assim, os bibliotecários escolares necessitam de estar conscientes das suas responsabilidades no trabalho com os professores, através do curriculum, ao definirem e ensinarem as capacidades de informação apropriadas à unidade curricular em causa. Nesse caso, devem ajustar a perícia do ensino de modo a adequar-se a cada nível etário e aos interesses dos estudantes. Devem ser capazes de desenvolver capacidades de informação que sejam apropriadas para os diferentes níveis de educação e forneçam ideias em como estas capacidades podem ser integradas no ensino da sala de aulas. A destreza de informação é muito mais efectiva se eles estiverem embebidos e incorporados no assunto de ensino actual, de modo que uma parte da cobertura do assunto inclua ensinar aos estudantes como encontrar e utilizar efectivamente a informação. Consequentemente, os bibliotecários escolares devem trabalhar de perto com todos os professores de modo a que esta integração possa ser efectiva e benéfica para os estudantes, em todas as áreas do conhecimento. Competências : Esta área inclui capacidades tais como : a. a capacidade para analisar o comportamento de procura de informação e os

interesses de alunos e professores e de relacionar essas necessidades e interesses para adequar fontes de informação;

b. a capacidade de coordenar a integração de contínua utilização da perícia de

informação dentro do curriculum da escola;

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c. a capacidade de auxiliar alunos e professores no uso efectivo de uma

variedade de recursos educativos, tanto de materiais como de equipamento, por ex., através do ensino sistemático em perícia de informação;

d. a capacidade de planear e delinear em cooperação com professores e alunos,

a informação de actividades baseadas e de tarefas que suportam o programa educacional da escola, incluindo tecnologia de informação e fontes que estão disponíveis através de canais electrónicos.

Conhecimento : As áreas de conhecimento são semelhantes ao planeamento do programa curricular e dos serviços de informação anteriormente mencionados. Adicionalmente, os bibliotecários escolares devem ter conhecimento do esboço curricular para utilização da informação e um conhecimento profundo do potencial das fontes de informação dentro de cada área temática, tanto impressa como sob forma electrónica. Devem demonstrar capacidade de ensino ao auxiliar os alunos a aprenderem como utilizar as fontes de informação. Deverão ser capazes de cooperar com os professores no desenvolvimento de actividades que enriqueçam o curriculum, servindo como parceiros de ensino com habilidade para ensinar aos alunos a utilização da informação que pode ser integrada na cobertura de qualquer assunto. C-III. Orientação e Promoção do Uso da Informação Os bibliotecários devem ser capazes de oferecer um programa flexível na biblioteca escolar e de reconhecer as diferenças de interesses individuais e estilos de aprendizagem. O papel recreativo e cultural das bibliotecas escolares necessita de ser enfatisado juntamente com os papeis da informação e da educação. A biblioteca escolar serve como uma ponte entre a escola e a sociedade e consequentemente deve oferecer fontes de informação e entretenimento que reflitam a sociedade na qual ela funciona. A biblioteca escolar deve ter materiais e oferecer serviços que conduzam os jovens a apreciar as actividades culturais, e uma utilização do tempo de lazer cheia de sentido, através de livros e de outras fontes. Competências : Orientação e promoção da utilização efectiva da informação inclui factores tais como : a. a capacidade de orientar os estudantes na leitura, audição e visionamento e

de os ajudar a desenvolver as suas atitudes e comentários;

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b. a capacidade de encorajar a participação de alunos e professores no programa da biblioteca escolar;

c. a capacidade de relacionar recursos de ensino particulares, tais como a

literatura para crianças e jovens adultos, com aspectos do curriculum da escola;

d. a capacidade de ajudar os estudantes a desenvolver atitudes, comentários e

habilidades que motivem, estimulem e melhorem a sua selecção dos recursos de aprendizagem;

e. a capacidade de avisar os professores sobre a adequação de materiais/fontes

para fins particulares de ensino; f. a capacidade de encorajar o recurso a outras bibliotecas e instituições

culturais em conjunto. Conhecimento : Os bibliotecários escolares deveriam ser capazes de esboçar e oferecer actividades relevantes para as aspirações, necessidades, interesses, estilos individuais de aprendizagem dos estudantes e estádios de desenvolvimento. Eles necessitam de conhecimento bibliográfico, conhecimento de literatura infantil e de outros media para crianças e de familiaridade com actividades culturais oferecidas a jovens fora da escola. Eles devem manter-se actualizados com a “cultura-jovem” e serem capazes de comunicar com os jovens e mostrar interesse pelo seu mundo.Os bibliotecários escolares devem ser bons comunicadores ,de forma a serem capazes de trabalhar com uma variedade de pessoas- tanto adultos como crianças.As bases para uma boa orientação e promoção da biblioteca escolar residem na confiança na qualidade dos serviços prestados.

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Conclusões

Os programas educativos para bibliotecários escolares variarão, inevitavelmente, de uma parte do mundo para a outra, mas não devem nunca estar a um nível educacional mais baixo do que o equivalente ao estágio dos professores.Se o estágio de professores estiver a um nível pós-graduado,o programa para os bibliotecários escolares precisa de estar também a um nível pós-graduado.Os bibliotecários escolares que forem profissionalmente treinados e que tiverem as competências que foram aqui delineadas,têm um papel muito importante a representar na escola, uma vez que são responsáveis por se manter actualizados com todas as actividades educacionais da escola,por trabalhar com todos os professores e alunos,actuando como parceiros de ensino,gestores e organizadores culturais numa instituição complexa.Eles deverão, a partir daí, ser consultados como especialistas dentro da escola e da educação e o seu estatuto deverá ser considerado a esse nível. Estas Linhas de Orientação mantêm a visão que a profissão de bibliotecário escolar deverá ser reconhecida como uma profissão que exige formação e competências especialmente defenidas.Deveria ser novamente reforçado que o papel do bibliotecário escolar é holístico.Estas Linhas de Orientação podem ser olhadas como uma tentativa de afastar os fios de uma corda para olhar cada fio individualmente,reconhecendo que quanto mais forte for cada fio mais forte será a corda no seu conjunto.

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Lista de Verificação de Competências

1 2 3 Nível Nível Nível Básico Intermédio Elevado A. Informação e Estudos de Biblioteca A-I Desenvolvimento da colecção a.-Criação de uma Política de Aquisições /-------------/--------------/---------/ b.-Avaliação de Fontes /-------------/---------------/--------/ c.-Critérios de Doações /-------------/---------------/--------/ d.-Esboço e Produção de Fontes /-------------/---------------/---------/ A-II Aquisição e Organização a.-Ordenação,Recepção e Processamento /-------------/---------------/-----------/ b.-Classificação /-------------/---------------/-----------/ c.-Catalogação /-------------/---------------/-----------/ d.-Indexação /-------------/---------------/-----------/ e.-Selecção de Programas de Computador /-------------/---------------/-----------/ A-III Serviços de Informação a.-Avaliação de Necessidades de Informação /-----------/-------------/----------/ b.-Esboço de Serviços de Informação /----------/-------------/-----------/ c.-Orientação para Fontes /----------/-------------/-----------/ d.-Circulação/Reservas /----------/-------------/-----------/ e.-Partilha de Fontes /----------/-------------/-----------/ f.-Empréstimo Inter-Bibliotecas /----------/-------------/-----------/ g.-Utilização de Tecnologia Avançada /----------/-------------/-----------/ B. Gestão B-I. Política de Desenvolvimento e Implementação a.-Políticas e Programas /----------/-------------/-----------/ b.-Estabelecimento de Metas /----------/-------------/-----------/ c.-Esboço de Estratégias /----------/-------------/-----------/ d.-Modificação e Mudança /----------/-------------/-----------/ e.-Avaliação /----------/-------------/-----------/ f.-Envolvimento da Comunidade /----------/-------------/-----------/

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Lista de Verificação de Competências /cont./ 1 2 3 Nível Nível Nível Básico Intermédio Elevado B.II Gestão de Recursos a.-Organização e Desenvolvimento /-----------/--------------/------------/ b.-Supervisão /------------/--------------/------------/ c.-Utilização Efectiva do Espaço /------------/--------------/------------/ d.-Preservação de Serviços /------------/-------------/-------------/ B.III Finanças e Controlo do Orçamento a.-Assegurando Suporte Financeiro /------------/-------------/------------/ b.-Controlo do Orçamento /-----------/--------------/------------/ c.-Relatando /-----------/--------------/-------------/ C. Formação C-I. Cooperação no Desenvolvimento Curricular a.-Participação no Curriculum /-----------/------------/----------/ b.-Promoção da Auto- Aprendizagem /-----------/-------------/----------/ c.-Enriquecimento do Curriculum /-----------/--------------/----------/ d.-Parceiros no Ensino /-----------/--------------/----------/ e.-Aplicação da Teoria de Aprendizagem /-----------/--------------/----------/ C-II. Integração da Utilização da Perícia de Informação a.-Análise das Necessidades de Informação /---------/------------/---------/ b.-Integração da Perícia de Informação /---------/------------/---------/ c.-Assistência à Utilização Efectiva /---------/------------/---------/ d.-Esboço de Actividades /---------/------------/----------/ C-III. Orientação e Promoção do Uso da Informação a.-Orientação /---------/----------/---------/ b.-Encorajamento à Participação /----------/---------/----------/ c.-Relacionamento de Recursos com o Curriculum /----------/---------/----------/ d.- Motivação e Estimulação /---------/---------/-----------/ e.-Aconselhamento de Professores Sobre o Material /---------/-----------/--------/ f.-Utilização de Outras Instituições /--------/-----------/--------/ 1 Veja instruções sobre o uso da lista de verificações na pág. 9.

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Membros do Grupo de Trabalho Original Ms Sigrún Klara Hannesdóttir,Pres. University of Iceland Library Science Programme Reykjavík,ICELAND Ms Grizelda Barton 15 Denbigh Terrace London,U.K. Ms Silvia Castrillon Division de Documentación e Informacíon Educativa Ministerio de Educación Nacional CAN-3º Piso Bogota,COLOMBIA Ms Virginia Dike Department of Education University of Nigeria Nsukka,NIGERIA Ms Noelene Hall Teacher Education Programme Maquarie University North Ryde N.S.W. ,AUSTRALIA Mr Ken Haycock Vancouver School Board 1595 West 10 Avenue Vancouver B.C. ,CANADA Dr Jean E. Lowrie International Association of School Librarianship School of Librarianship Western Michigan University Kalamazoo, Michigan 49001, U.S.A. Ms Katie M. Mungo Department of Library Studies University of the West Indies P.O. Box 181, Mona Kingston 7, JAMAICA

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Ms Sally N’Jie National Library of Gambia P.O. Box 552 Banjul , THE GAMBIA Mr. Uwe-F. Obsen Stadtbibliothek Bremen Schwachhauser Heerstr. 30 2800 Bremen, FEDERAL REPUBLIC OF GERMANY Ms. Elia Maria Van Patten de Ocampo Departamento de Bibliotecas Escolares Ministerio de Educación Pública San José, COSTA RICA Ms. Lena Skoglund IFLA Section on Children’s Libraries School of Library and Information Studies Box 874, 501 15 Boras, SWEDEN Observadores: IFLA Section on School Libraries Chair : Ms. Ann Irving Department of Library and Information Studies Loughborough University Loughborough Leichestershire,U.K. IFLA Division of Education and Research Chair: Mr. Paul Kaegbein IFLA Section on Library Schools Chair: Dr. Josephine Fang Simmons College GLSIS 300 The Fenway Boston, MA 02115,U.S.A. IFLA Section on Library Schools Mr. Frank N. Hogg College of Librarianship Wales Aberystwyth, Dyfed, U.K.

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Lista de Revisores da Edição Actualizada

Mr. Don Adcock 363 Windsor Ave., Glen Ellyn,IL 60137-4985 U.S.A. Dr. Paulette Bernhard, Chairperson IFLA Section of School Libraries École de bibliothéconomie et des science de information Université de Montréal C.P. 6128, Succ. A. Montreal,CANADA Ms.Antoinette F. Correra EBAD Université Cheikh Anta Diop de Dakar B.P. 3252 Dakar,SÉNÉGAL Ms. Virginia Dike Department fo Library Science University of Nigeria Nsukka,NIGERIA Dr. Ken Haycock Shool of Library, Archival and Information Studies 831-1956 Main Mall Vancouver B.C. V6T 1Z1 CANADA Ms.Louise Limberg Shool of Library and Information Studies Box 874 501-15 Boras, SWEDEN Dr. Jean E. Lowrie 1006 Westmoreland Kalamazoo, MI 49006-5544 USA Ms. Mieko Nagakura 925, 139-8 Kamisakunobe Takatsu-ku

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Kawasaki 213,JAPAN Ms. Fay Nicholson 11 Coolgardie Avenue East Malverne 314 AUSTRALIA Dr. Dianne Oberg Department of Elementary Education 551 Education South University of Alberta Edmonton, Alberta CANADA T6G 2G5 Mr.Melvyn Rainey University of the South Pacific P.O. Box 1168 Suva, FIJI Mr.Winston Roberts IFLA Headquarters c/o Koninklijke Biblitheek Prins Willem Alexanderhof 5 The Hague, NETHERLANDS Dr. Baiba Sporane Head of Department, Library Sciences and Information University of Latvia Visvalza iela 4a Riga LV-1011, LATVIA Ms. Karmanee Suckcharoen 3/538 Gor Soi Taharn Akard Spanmai Donmuang Bangkok, THAILAND Ms. Lucille Thomas, President International Association of Shool Librarianship 1184 Union St Brooklyn, NY 11225-1512 USA Dr. Andrée-Jeanne Totemeyer Dept. Information Studies University of Namibia Private Bag 13301 Windhoek 9000,NAMIBIA Mr. Michael Treut FADBEN

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7 rue Le Vau 76360 Berentin, FRANCE

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Bibliografia Seleccionada

Adbel-Motey, Yaser. “Education for school librarianship: the core and competency-based education.”International Review of Children’s Literature and Librarianship 5(1990)1, 1-11.

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APENDICE I

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Organização das Nações Unidas para a Educação,a Ciência e a Cultura

MANIFESTO DA UNESCO SOBRE MEDIATECAS ESCOLARES

A UNESCO e as Mediatecas Escolares

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura foi fundada para promover a paz e a felicidade,agindo sobre o espírito dos homens e mulheres. O presente Manifesto proclama que os serviços das mediatecas escolares são essenciais para uma efectiva educação de todas as crianças e adolescentes, e que a educação é um agente vital na manutenção da paz e entendimento entre povos e nações. Serviço de Mediatecas Escolares Um efectivo serviço de mediatecas escolares é essencial tanto para o programa educativo da escola, quanto é uma componente necessária do conjunto de serviços de bibliotecas. Um efectivo serviço de mediateca escolar deverá:

Dar apoio constante ao programa de ensino e aprendizagem e proporcionar mudanças na educação; Assegurar o máximo acesso a uma gama de recursos e serviços possível; Fornecer aos estudantes as capacidades básicas para obter e usar uma vasta gama de recursos e serviços; Conduzí-los para o uso constante das bibliotecas ao longo da vida, para divertimento, informação e educação contínua.

Para alcançar estes objectivos, as mediatecas escolares, deverão:

Dispor de pessoal com qualificações profissionais em educação e biblioteconomia, assistido por número suficiente de pessoal de apoio ; Possuir uma colecção adequada de materiais impressos e audiovisuais ; Dispor de condições de espaço físico para receber recursos, assegurar acessos e facilitar serviços.

Extensão dos serviços Os serviços deverão proporcionar: a. uma grande variedade de materiais impressos e audiovisuais.Estes materiais

precisam de ser avaliados,seleccionados, adquiridos e organizados para uso, de acordo com os procedimentos reconhecidos para facilitar o acesso,assegurar o uso e

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evitar a desnecessária duplicação de materiais. b. A palavra impressa tem sido tradicionalmente aceite para a comunicação de

conhecimento, ideias e informação. Livros, periódicos e jornais cotinuam a ser os recursos mais importantes nas bibliotecas escolares.Contudo, a tecnologia criou novas formas de registo que se transformaram numa parte crescente do acervo das bibliotecas escolares. Estas formas incluem a impressão em formato reduzido para armazenamento compacto e transporte, filmes, diapositivos,discos, fitas magnéticas audio e video, objectos tácteis,maletas informativas;

c. b. materiais que sirvam as necessidades especiais de crianças sobredotadas e lentas na aprendizagem, bem como as necessidades especiais de crianças aprendendo em condições diversas; c. Instalações, equipamento e materiais, tanto para uso individual como em grupo. d. Oportunidades para a satisfação pessoal, divertimento e estímulo da imaginação; e. Recursos para encorajar a pesquisa e o desenvolvimento decapacidades de estudo. f. Materiais para a formação profissional dos professores e para a selecção e produção

de recursos para apoio do desenvolvimento curricular, programação e avaliação. Partilha de recursos Este manifesto reconhece que o envolvimento de toda a comunidade no planeamento do conjunto dos serviços bibliotecários é essencial. Tal envolvimento deveria harmonizar todos os grupos envolvidos. O seu primeiro objectivo é satisfazer as necessidades dos estudantes e professores; contudo, a mediateca escolar deve ser considerada como um elemento da rede de bibliotecas que pode contribuir para o serviço total de bibliotecas da comunidade nos termos dos seus recursos.

APENDICE II

Associação Internacional de Bibliotecários Escolares

Declaração Sobre Bibliotecas Escolares

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Introdução

Na Conferência Mundial de Assembleias de Profissionais de Educação, no final dos anos sessenta, os delegados interessados em bibliotecas escolares encontraram-se para discutir as suas preocupações comuns. Estes encontros conduziram, primeiro à criação de um comité “ad hoc” da Confederação Mundial dos Profissionais de Ensino ( WCOTP), e depois, na Jamaica em 1971, à fundação da Associação Internacional de Bibliotecários Escolares como um Membro Internacional Associado da WCOTP. Durante 1980 e 1981, a Associação trabalhou na criação de um papel destacado nas bibliotecas escolares e centros de recursos. O papel redigido circulou pelos membros da organização da WCOTP,a fim de ser comentado em Agosto de 1981.Uma redacção revista foi examinada pelo Comité Executivo da WCOTP, em Março de 1982,e mais comentários foram, então, oferecidos ao IASL. Na entrega, a IASL fez mudanças adicionais. A redacção apresentada foi a partir daí, o resultado de um longo processo de discussão e troca de pontos de vista. O Comité Executivo da WCOTP recomendou a sua adopção como declaração da política da WCOTP, na Assembleia de Delegados em 1984. A Administração da IASL aceitou-a em 1984. À luz das necessidades de mudança educacional, especialmente com maior enfase na tecnologia da informação, a IASL reviu a declaração em 1993. Foi discutida e adoptada pela filiação da IASL a 29 de Setembro,1993,em Adelaide, Austrália.

UMA DECLARAÇÃO POLÍTICA SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES O princípio 7 da Declaração dos Direitos da Criança das Nações Unidas declara: “a criança tem direito a receber educação, a qual será gratuita e compulsória, pelo menos nos estadios elementares.Ser-lhe-à dada uma educação que promoverá a sua cultura geral e o tornará capaz de desenvolver as suas habilidades,tendo como base a igualdade de oportunidades,o seu julgamento individual e o seu sentido de responsabilidade moral e social,e a tornar-se um membro útil da sociedade”. 1 A frase “bibliotecário escolar” refere-se a todos os termos tais como professor-

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bibliotecário, especialista de media, técnico de informação. A existência e utilização da biblioteca escolar é uma parte vital desta educação livre e compulsória. A biblioteca escolar é essencial para “o desenvolvimento da personalidade humana bem como do progresso espiritual,moral,social,cultural e económico da comunidade”. 2 A biblioteca escolar é fundamental para a realização das metas de educação e dos objectivos da escola e promove-a através de um programa planeado de aquisição e organização de tecnologia de informação e disseminação de materiais, a fim de expandir o ambiente de educação de todos os estudantes. Um programa planeado de utilização da informação em colaboração com os professores das aulas e outros educadores é uma parte essencial do programa da biblioteca escolar. A biblioteca escolar fornece um largo leque de recursos,tanto impressos e não-impressos, incluindo media electrónica e acesso a dados que promovem um conhecimento da própria herança cultural da criança e fornecem a base para uma compreensão da diversidade de outras culturas. Funções As funções da biblioteca escolar como um instrumento vital no processo educativo,não como uma entidade separada e isolada da globabilidade da escola, mas sim envolvida no processo de ensino e aprendizagem. As suas metas podiam ser expressas através das seguintes funções: 1 Informação fornecer informação de confiança, rápido acesso e transferencia de informação; a biblioteca escolar deverá ser parte das redes regionais e nacionais de informação; 2. Educacional promover educação contínua e ao longo da vida através de provisão de instalações e de atmosfera para aprendizagem; orientação na localização, selecção e utilização de materiais e treino em destreza de informação, através da integração com os ensinamentos da aula e a promoção da liberdade intelectual; 3. Cultural melhorar a qualidade de vida através da apresentação e apoio da experiência estética, orientação na apreciação de artes, encorajamento da criatividade e desenvolvimento de relações humanas positivas; 4. Recreativa manter e aumentar uma vida equilibrada e enriquecida e encorajar a utilização útil do tempo de descanço, através do fornecimento de informação recreativa, de materiais e de programas de valor recreativo e da orientação no uso do tempo de descanso.

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Materiais “Adequação” implica: a. um conhecimento da gama total de tecnologia de informação e comunicação; b. variedade,dizendo respeito a muitos campos do conhecimento e de actividades

recreativas; c. material desenhado para servir crianças dentro da gama da sua cognição e

habilidade afectiva e psicomotora; d. relevância para o ensino da escola/programas de aprendizagem; e. apelo para os interesses das crianças; f. utilização da língua primária dos estudantes; g. reflexão dos interesses culturais valorizados pela família das crianças; h. aplicação ao ambiente económico. Instalações Todas as bibliotecas escolares, desde o nível pré-escolar até ao nível secundário, necessitam de espaço adequado onde possam explorar a tecnologia disponível para preparação, processamento e armazenamento de todos os materiais da biblioteca, bem como de espaço que permita aos estudantes e professores a total utilização destes materiais através da leitura ,visionamento,audição e recuperação de informação e destreza de processamento. Os planos deveriam adaptar-se funcionalmente ao desenho da arquitectura geral da escola, localizada próximo de centros naturais de tráfico, a fim de serem de fácil acesso a todos os utilizadores incluindo os incapacitados e os deficientes. Também podiam ser feitas considerações sobre a utilização da biblioteca fora do horário normal da escola. Existe necessidade de tornar flexível e de aumentar a esfera de acção com vista à futura expansão e reorganização do espaço e da utilização, com a provisão adequada de saídas eléctricas que o permitam. Deve ser dada atenção à iluminação, ao tratamento acústico do chão e do tecto, ao controlo de temperatura e humidade, ao mobiliário e prateleiras adequadas à idade dos utilizadores. Pessoal O estabelecimento da biblioteca escolar requer que todas as pessoas que a utilizam aprendam como ela pode ser efectiva e eficientemente utilizada. Os administradores fornecem a chefia para tal utilização. A preparação para estes administradores, bem como para todos os professores, deverá incluir informação sobre o papel da biblioteca escolar no processo de aprendizagem e no planeamento e implementação das actividades de ensino. O administrador deverá estar consciente da perícia única da biblioteconomia, que os bibliotecários escolares necessitam além do seu treino profissional como professores, a fim de coordenarem efectivamente o desempenho do programa da biblioteca na escola, incluindo a preparação do orçamento e arranjando um horário flexível da escola de modo a que os estudantes possam utilizar melhor os materiais e as instalações da biblioteca. O administrador deverá estar consciente dos benefícios educacionais de um planeamento cooperativo e do programa de ensino dentro da escola.

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A Associação Internacional de Bibliotecários Escolares defende que os bibliotecários escolares sejam professores qualificados que tenham, adicionalmente, completado estudos profissionais de biblioteconomia. Este tipo de preparação assegura que os professores recebam ajuda de, e ensinem em cooperação, pessoal profissional que compreende os princípios e práticas do ensino efectivo, o programa de educação e a prática da escola de crianças. Esta cooperação com os professores pode interessar: o desenvolvimento do curriculum, as actividades educacionais oferecidas à criança pela escola, bem como um planeamento a curto e longo prazo referindo-se à utilização de materiais, à tecnologia e equipamento de informação e ao desenvolvimento da perícia de informação para a educação da criança. Educação para toda a vida, Perícia e Desenvolvimento da Literacia A perícia aprendida pelo aluno através da biblioteca escolar fornece à criança meios de se adaptar a uma ampla variedade de situações, permitindo que a educação seja continuada ao longo da vida, mesmo em condições adversas. A biblioteca escolar promove a literacia através do desenvolvimento e encorajamento à leitura para fins educativos e de divertimento. A leitura, as actividades de observação e escuta, todas estimulam e reforçam o interesse da criança pela leitura. Adicionalmente, ao estudante é oferecida uma visão interna do alcance total da tecnologia da informação e da comunicação, tal como está disponível; é-lhe oferecida instrução na utilização desta tecnologia de modo a localisar e avaliar a informação a fim de responder a necessidades e interesses educacionais e de lazer, embora sendo capaz de construir mensagens visuais, registadas, audio-visuais e electrónicas como sendo apropriadas para fins de comunicação. Esta perícia promove aprendizagem ao longo da vida. A aquisição desta perícia permite à criança continuar a aprendizagem independente, mesmo onde a educação é interrompida por desastres naturais e inquietação social. Todos os sistemas de educação deverão ser encorajados a alargar o ambiente de ensino para além do livro de textos e dos professores,até à biblioteca escolar. Os bibliotecários escolares deverão cooperar com o pessoal das bibliotecas públicas e de outros centros de informação da comunidade a fim de permitir a partilha dos recursos de informação da comunidade. Governo e Apoio Público O estabelecimento de boas bibliotecas escolares pode demonstrar que as autoridades públicas estão a cumprir as suas responsabilidades para implementar a educação, que permitirá às crianças tornarem-se membros úteis da sociedade global e desenvolver o potencial de cada criança em particular. Uma boa biblioteca escolar com um bibliotecário escolar qualificado é um factor principal no desenvolvimento da qualidade da educação. A biblioteca escolar pode fornecer materiais e fontes de informação para pais e agências sociais a fim de que as utilizem para servir as necessidades das crianças em casa, em ambiente pré-escolar, escolar e pós-escolar.

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Para as sociedades e autoridades públicas se esforçarem em promover a educação da criança,uma das realizações mensuráveis que pode ser observada é o fornecimento de materiais para a educação. A sociedade que investe em bibliotecas escolares para as crianças, investe no seu próprio futuro. 1 Adoptado unanimemente pela Assembleia Geral das Nações Unidas,20Novemb.1959. 2 Princípio Orientador da Recomendação da UNESCO/ILO para o Estatuto dos Profes- sores.

RELATÓRIOS PROFISSIONAIS DA IFLA - 1996 A série, Relatórios Profissionais da IFLA, é publicada sob os auspícios da Administração Profissional do Secretariado da IFLA em The Hague.Encomende directamente à Sede da IFLA (ver a morada na outra página) a NLG 22 (aproximadamente 12 U.S. dollars), cada relatório,mais NLG 25 para portes.Nota: caso pague por meio de cartão de crédito apenas terá de pagar NGL 15 de portes. Nº Título 1. Books for the mentally handicapped. A guide to selection.Compiled by M.R. Marshall,S.- S.

Rupert and S. Holst.1983.ISBN 90-70916-01-0 2. Guidelines for libraries serving patients and disabled people in the community.Compiled by a

Working Group chaired by Jean M. Clarke.1984. ISBN 90-70916-02-9. 3. Poster sessions in library science: guidelines.By Dieter Schmidmaier under the auspices of

the Section of Science and Technology Libraries. 1984. ISBN 90-70916-03-7. 4. The international guide to publishers and distributors of large print. By Bruce E. Massis under

the auspices of the Section of Libraries for the Blind. 1985. ISBN 90-70916-04-5. 5. The impact of information technology upon public libraries. Compiled by a working group

under the auspices of the Section of Public Libraries. 1985. ISBN 90-70916-07-X. 6. Recommendations for a retrospective bibliographic control. Compiled by Marcelle Beaudiquez

under the auspices of the Section on Bibliography. 1985. ISBN 90-70916-08-8. 7. Transborder flow of bibliographic data. By Lenore S. Maruyama under the auspices of the

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Section on Information Technology. 1985. ISBN 90-70916-10-X. 8. Principles for the preservation and conservation of library materials. Compiled by J.M.Dureau

and D. W. G. Clements under the auspices of the Section on Conservation.1986. ISBN 90-70916-11-8. 9. Guidelines for the education and training of shool librarians. Compiled and edited by Sigrún

Klara Hannesdóttir under the auspices of the Section of School Libraries. 1986. ISBN 90-70916-12-6. New edition available - see number 41 of this series. 10.Standards for university libraries. By B.P.Lynch.1986. ISBN 90-70916-13-41. 11.International directory of libraries for the blind.1986. See IFLA Publications (series) No.51 for update. 12.Optical disk systems:a guide to the technology and the applications in the fields of publishing and library and information work.By A.M.Hendley.1986.ISBN 90-70916-15-0. 13.Library journals:how to edit them.Guidelines prepared for the IFLA Round Table of Editors of Library Journals by Dietrich H.Borchardt. 1987.ISBN 90-70916-16-9. 14.The role of library associations as effective pressure groups for political action. Edited by Shirley Echelman under the auspices of the Round Table for the Management of Library Associations.1987.ISBN 90-70916-17-7. 15.IFLA communications 1986.1988.ISBN 90-70916-19-3. 16.IFLA communications 1987.1988.ISBN 90-70916-20-7. 17.Managing school libraries.By Anne M.Galler and Joan M.Coulter under the auspices of the Section of School Libraries.ISBN 90-70916-21-5. 18.Guidelines for the teaching of preservation to librarians,archivists and documentalists.By John Feather under the auspices of a working party of the Sections on Conservation and Education and Training.1990. ISBN 90-70916-22-3. 19.IFLA communications 1988: a bibliography of IFLA conference papers. Compiled by IFLA Headquarters.1990.ISBN 90-70916-23-1. 20.Guidelines for school libraries. By Frances Laverne Carroll under the auspices of the Section of School Libraries.1990. ISBN 90-70916-24-X. 21.Guidelines for library service.By the Round Table on Audiovisual Media.1990.ISBN 90-70916-25-8. 22.IFLA Communications 1989:a bibliography of IFLA conference papers.Compiled by IFLA Headquarters.1990. ISBN 90-70916-26-6. 23.la bibliothèque scolaire:administration,organization et services / par Anne M.Galler et Joan M.Coulter sous les auspices de la Section de Bibliothèques scolaires.1990.ISBN 90-70916-27-4. 24.Guidelines for library services to deaf people.By John Michael Day under the auspices of the Section of Libraries.1991. ISBN 90-70916-29-0. 25.Guidelines for children’s services. By Adele M.Fasick under the Section of Children’s Libraries.1991. ISBN 90-70916-29-0. 26.The IFLA ALP programme (advancement of librarianship in developing countries):a bibliography 1966-1990.Prepared by Eve Johansson for the ALP Study.1991. ISBN 90-70916-31-2. 27. IFLA communications 1990: a bibliography of IFLA conference papers 1991. 28. Mobile library guidelines. By Robert Pestell. 12991. ISBN 90-70916-33-9. 29. La administración de las bibliotecas escolares. Por A.M. Galler y J.M. Coulter. 1991. ISBN 90-70916-32-0.(Spanish trasnlation of Professional Report no.17). 30. Lineamientos sobre bibliotecas móviles.Por Robert Pestell.1991. ISBN 90-70916-41-X (Spanish translation of Professional Report no.28. 31. IFLA communications 1991: a bibliography of IFLA conference papers.1992. ISBN 90-70916-34-7. 32. International directory of experts in library history. Edited by P.Kaegbein and compiled by

A.Marx 1992. ISBN 90-70916-37-1. 33. Pautas sobre servicios en las bibliotecas para niños.Editadas por Adele M: Fasick.

Traducidas al español por Margarita Muñoz.1992 ISBN 90-70916-40-1.(Spanish translation of Professional Report no.25).

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35. Mobile libraries in the world community 1980-1992:an annotated bibliography.By T.H. Tate. ISBN 90-70916-43-6. 36. IFLA communications 1992.Compiled by IFLA Headquarters.1993. 37. Pautas para sevicios bibliotecarios para prisioneros.1993(Translation by Monica Allmand of

professional Report no.34.) ISBN 90-70916-46-0. 38. Survival under adverse conditions: Proceedings of the African Library Science Journals Workshop.1994.BY Michael Wise. ISBN 90-70916-48-7. 39. Yuong people and reading: An international perspective.BY Adele Fasick.1994. ISBN 90-70916-49-5. 40. Recommandations pour la construcion et l’équipement de bibliobus.By robert Pestell.1994. (Fench translation of professional Report,No.28;”Mobile Library Guidelines” ).1994. ISBN 90-70916-50-90. 41. School librarians: Guidelines for Competency Requirements.Compiled and edited by Sigrún

Klara Hannesdóttir.1995.Revised edition(see professional Report no.9) ISBN 90-70916-57-6. 42. The Impact of Electronic Data Interchange on Library Operations:Implementation Issues by

Craig R.Fairley.ISBN 90-70916-52-5. 43. Proceedings of the Pan-African Conference on the Preservation and Conservation of Library

and Archival Materials.Nairobi, Kenya:21-25 June 1993.Edited by Jaen-Marie Arnoult,Virginie Kremp And Musila Musembi.1995.pp.214.ISBN 90-70916-51-7.

(Prince: NLG 45) 44. Actes de la conférence panafricaine sur la préservation et la conservationde matériels de

bibliothéques et d’ archives.Nairibi, Kenya:21-25 Juin 1993.Rédigés par Jaen-Marie Arnoult, Virginie Kremp et Musila Musembi.pp.220.ISBN 90-70916-53-3.(Price:NLG 45).

45. Richtlinien fur Bibliotheksdienstleistungen fur Gehorlose.Von John Michael Day. ISBN 90-70916-54-1. 46. Guidelines for library services to prisioners.Edited by Frances E. Kaiser.1995 .Revised edition

of Professional Report No.34.ISBN 90-70916-55-X. 47. Richtlinien zur bibliotheksversorgung van Haftlingen.Von Frances E. Kaiser.1995. ISBN 90-70916-56-8. 48. New ways of information delivery and their impact on libraries:problems solved or problems multiplied? Edited by Ulrich Montag.1995.ISBN 90-70916-58-4. 49. Guidelines for Newspaper Preservation Microfilming.Compiled and edited by the IFLA Round

Table on Newspapers and the IFLA Section on Serial Publications.1996. ISBN 90-70916-59-2. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Impresso de Pedido Assinale por favor o(s) número(s) do(s) Relatório(s) Profissionais da IFLA que deseja, preencha e envie este impresso para a Sede da IFLA. Nome e Morada:______________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Fax:____________________________ E-mail:_____________________________________ Forma de Pagamento --- Por favor, gostaria que me enviassem uma factura --- Por favor, cobrem ao: --- AMEX --- MasterCard --- Visa Cartão Número:__________________Data de Caducidade:________Assinatura:___________ --- Cheque( gastos de envio incluidos, NLG 25 ) pagáveis à Sede do IFLA(já incluidos).

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--- Transferência Bancária( gastos de envio incluidos, NGL25 ) para ABN AMRO NV,Haia Holanda.Conta nº:513638911.

--- Pagamento( gastos de envio envio incluidos, NLG 25 ) feito à Postal Giro Account nº:351460. Envie este Impresso para: Publication Department, IFLA Headquarters, P.O. Box 95312, 2509 CH The Hague, The Netherlands. Fax:+31-70-3834827.E-mail: IFLA.HQ IFLA.NL