benefícios proporcionados pela ginástica laboral

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONIA UNIR NÚCLEO DE SAÙDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA GINÁSTICA LABORAL ISAÚ SILVA MONTEL0 CELSON CANDIDO DA ROCHA DENY SIQUEIRA DE SOUZA JI-PARANÁ 2007

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONIA – UNIR NÚCLEO DE SAÙDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA GINÁSTICA LABORAL

ISAÚ SILVA MONTEL0

CELSON CANDIDO DA ROCHA

DENY SIQUEIRA DE SOUZA

JI-PARANÁ 2007

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ISAÚ SILVA MONTEL0

CELSON CANDIDO DA ROCHA

DENY SIQUEIRA DE SOUZA

BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA GINÁSTICA LABORAL

Monografia de graduação apresentada ao

Departamento de Educação Física, Núcleo de

Saúde da Universidade Federal de Rondônia,

como requisito parcial para a obtenção de

título de Licenciatura em Educação Física.

Orientadora: Angeliete Garcez Militão.

JI-PARANÁ 2007

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ISAÚ SILVA MONTEL0

CELSON CANDIDO DA ROCHA

DENY SIQUEIRA DE SOUZA

AVALIADORES

_______________________________________

_______________________________________

_____________________________________________

JI-PARANÁ 2007

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Dedicamos aos nossos Pais, por nos apoiarem e dar suporte a mais esta difícil conquista, pois estiveram sempre presentes em todos os momentos dessa jornada.

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Agradecemos primeiramente a Deus que nos abençoou, para que tivéssemos bastante força e perseverança para conquistar mais essa etapa de nossa vida. Aos Professores da UNIR, por seus desempenhos em todas as funções que exerceram, com prudência, modéstia, e inabalável firmeza. Especialmente a nossa orientadora Angeliete Garcez Militão, pelo apoio e incentivo e com sua simplicidade conquistou seu espaço entre nós acadêmicos tendo total dedicação, estímulo e orientação eficientes na difícil tarefa de ensinar. A Nadia Maria Silva Montelo pelo auxilio na coleta do material e acompanhamento. A todos os colegas de curso, que conosco caminharam e compartilharam na busca do conhecimento. Em especial ao nosso amigo e colega de curso Mauro, pelo empréstimo de boa parte do material utilizado.

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“Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente”.

(CARTA DE OTAWA, 1986)

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MONTEL0, Isaú Silva. ROCHA, Celson Candido da. SOUZA, Deny Siqueira de Benefícios Proporcionados Pela Ginástica Laboral. Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, Curso de Graduação em Educação Física, Ji-Paraná, 2007.

RESUMO

Com a modernidade e tecnologia atuais as pessoas estão submetidas a movimentos

automatizados e pouco dinâmicos no trabalho estafante e ritmo acelerado, tendo

pouco tempo para o lazer, tornando-se sedentários, conseqüentemente susceptíveis

a distúrbios ocupacionais. As empresas devem manter um projeto de Ginástica

Laboral, que visa a orientação e prevenção de doenças relacionadas ao trabalho

com as lesões por esforços repetitivos (LER), através de sessões de exercícios de

alongamento e/ou relaxamento, direcionados às estruturas corporais mais

requisitadas no trabalho, realizadas durante o expediente laboral, com oito minutos

de duração em média. O trabalho teve como objetivo identificar através de uma

revisão da literatura os benefícios que a Ginástica Laboral proporciona aos

funcionários de empresas que realizam atividades com movimentos repetitivos.

Segundo alguns estudos, os resultados foram satisfatórios, como aumento na

motivação para realizar atividades laborais cotidianas e proporcionou melhoria nas

inter-relações no trabalho. Conclui-se que a prática da Ginástica Laboral aliada a

bons hábitos de vida e a boas condições de trabalho, proporciona inúmeros

benefícios aos funcionários, que melhoram sua qualidade de vida e como

conseqüência aos empresários, que obtém retorno em produtividade e lucro.

Palavras-chave: Ginática laboral, LER/DORT.

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ABSTRACT

With current modernity and technology the people are submitted the movements automatized and little dynamic in the estafante work and sped up rhythm, having little time for the leisure, becoming sedentary, consequently susceptíveis the occupational riots. The companies must keep a project of Labor Gymnastics, that aims at the orientation and prevention of illnesses related to the work with the injuries for repetitive efforts (TO READ), through sessions of exercises of allonge and/or relaxation, directed to the requested corporal structures more in the work, carried through during the labor expedient, with eight minutes of duration in average. The work had as objective to identify the benefits that the Labor Gymnastics provides to the employees of companies who carry through activities with repetitive movements. According to some studies, the results had been satisfactory, as increase in the motivation to carry through daily labor activities and provided improvement in the Inter-relations in the work. One concludes that practical of the allied Labor Gymnastics the good habits of life and the good conditions of work, provides innumerable benefits to the employees, who improve its quality of life and as consequence to the entrepreneurs, that gets return in productivity and profit. Key-word: Labor gymnastics, LER/DORT.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 09 2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 14 2.1 ATIVIDADE FÍSICA X ECERCÍCIO FÍSICO ....................................................... 14 2.2 PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ..................................................................... 15 2.3 LER/DORT ......................................................................................................... 17 2.3.1 Fatores de risco para LER/DORT ................................................................... 19 2.4 REGIÕES MAIS ACOMETIDAS PELA LER/DORT /TIPOS MAIS CONHECIDOS ..... 22 2.5 FORMAS DE PREVENÇÃO DA LER ................................................................. 23 2.6 QUALIDADE DE VIDA ....................................................................................... 24 2.6 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL ..................................................................... 28 2.7 OBJETIVOS/BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL ..................................... 30 2.8 ERGONOMIA ..................................................................................................... 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 37 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 40

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1 INTRODUÇÃO

No século XXI vive-se uma época em que a tecnologia e a modernidade,

com suas inúmeras facilidades, levam cada vez mais o homem ao sedentarismo.

Embora necessária para o constante progresso, a informatização tem tornado a

sociedade menos ativa pelo fato de fazer grande parte do trabalho. Com isso, as

pessoas acomodam-se mais, fazendo o mínimo de atividade física, chegando até

mesmo a não se levantar para trocar o canal da TV. Ao mesmo tempo passam horas

na mesma posição em seu trabalho, causando a si mesmos uma série de lesões,

desconfortos, que podem torna-se em sérios problemas de saúde, algumas

irreversíveis. E é certo que a competitividade do mundo moderno tem tornado a vida

cada vez mais estressante, acabando por comprometer a qualidade de vida e a

saúde no trabalho.

É nessa época em que vivem grandes transformações e fala-se em

mudanças de paradigmas em todas as áreas, surgem conceitos como Qualidade

Total, Globalização, Competitividade, entre outros, e os desafios se tornam parte do

dia-a-dia, e Istoé válido, certamente, para as empresas e seus funcionários.

Sob este aspecto, alguns empresários e grupos que administram a

qualidade total, admitem que não adianta investir em tecnologia se não investir em

recursos humanos e em sua educação e qualificação.

Segundo Cañete (1996), o trabalhador, enquanto ser ativo e participante da

produção do capital deve ser saudável física, mental e espiritualmente, pois assim

com certeza será mais produtivo.

Porém, com o intuito de aumentar a produção tão necessária para o sistema

em que se vive no país – capitalismo – as empresas intensificam o ritmo de trabalho

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e as exigências quanto aos resultados, aumentando a jornada de trabalho,

conseqüentemente causando doenças ocupacionais, conhecida atualmente como

LER/DORT – Distúrbio Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho.

O esgotamento do trabalhador em atividades ininterruptas, repetitivas,

monótonas e em muitos casos pesadas, insalubres, segundo Cañete (1996),

representa alto custo para as empresas e ônus ainda mais numerosas de mutilados

e incapacitados para o trabalho produtivo e em muitos casos para a vida.

Couto (1991) acredita que a prevenção pode ser feita através de uma

organização do trabalho que preveja pausa de recuperação e rodízio nas funções,

diminuindo-se a carga de movimentos realizados.

Diante deste quadro, a Ginástica Laboral aliada a ergonomia, vem ser uma

forma de lidar com os altos índices de doenças ocupacionais e acidentes no

trabalho, que afetam significativamente a produtividade, a qualidade de vida dos

funcionários, conseqüentemente, impede-se de falar em qualidade total, abalando os

níveis de competitividade.

Para Cañete (1996), pausa durante a jornada de trabalho são necessárias e

fundamentais para o equilíbrio funcional dos indivíduos e portanto, para sua

capacidade de manter-se produtivo.

É neste contexto em que insere-se a Ginástica Laboral, caracterizando-se

principalmente, por pausas no trabalho, durante aproximadamente dez minutos,

onde são feitos exercícios de alongamento muscular, direcionados àquelas

estruturas corporais mais requisitadas durante a jornada de trabalho, a fim de

atenuar e prevenir doenças ocupacionais, que em muitos casos provocam o

absenteísmo do funcionário em seu trabalho.

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Konrath (1999) relata que, de acordo com os depoimentos de empresas que

já vem adotando a Ginástica Laboral compensatória há algum tempo, a mesma tem

demonstrado resultados positivos e vários benefícios para a empresa e o

trabalhador. Estes são expressados principalmente através da diminuição das dores,

das faltas ao trabalho, dos acidentes, das lesões por esforços repetitivos, além de

um acréscimo na produtividade e melhoria no bem-estar geral dos funcionários,

aumentando sua satisfação perante a empresa.

Isto acaba gerando um processo, pois o funcionário satisfeito acaba

trabalhando com mais vontade, produzindo mais e despertando no empresários o

interesse em investir mais em seus recursos humanos. Intui-se, pois com este

trabalho, apresentar a Ginástica Laboral como um único meio de prevenção para os

distúrbios orgânicos causados pelo trabalho repetitivo e automatizado expondo

considerações a respeito da mesma como os benefícios gerados através de sua

prática, tanto para funcionários como para a empresa.

1.1 PROBLEMA E SUA IMPORTÂNCIA

Os trabalhadores com maior risco são aqueles que carregam pesos ou que

assumem posturas erradas na posição sentada ou em pé. Estatísticas Americanas

mostram que há cerca de 25 milhões de trabalhadores nos Estados Unidos que

sofrem de dor nas costas e que estão incapacitadas para o trabalho.

O custo desta afecção tornou-se um dos mais caros e sérios problemas de

saúde neste país entre as pessoas com idade entre 20 a 50 anos. Nota-se que as

dores causadas pelos movimentos repetitivos têm a mais alta importância não

somente do ponto de vista médico, mas também do ponto de vista econômico.

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Diante dessa problemática pergunta-se? Será que a prevenção pode ser

feita através de uma organização do trabalho que preveja pausa de recuperação e

rodízio nas funções, diminuindo-se a carga de movimentos realizados?

1.2 JUSTIFICATIVA

Diante das estatísticas e das pesquisas já realizadas dos problemas que

causam lesões e que afetam os trabalhadores faz-se necessário a implantação da

ginástica laboral.

O movimento é um sistema complexo que requer uma correlação entre

causa e efeito para que haja uma adaptação total do homem com o trabalho

(trabalhador-tarefa-ambiente) conforme (REIS ET AL, 2001). Tem-se então, que

conhecer os tipos de movimentos e a capacidade do homem em se adaptar ou se

ajustar.

Pode-se dizer que a ginástica laboral é um investimento que só traz

benefícios para as empresas e que certamente é um exemplo a ser seguido por

todas as organizações.

Através da implantação da ginástica laboral está-se buscando uma melhoria

na qualidade de vida dos trabalhadores.

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1. OBJETIVO GERAL

Identificar na Ginástica Laboral, através de uma revisão bibliográfica os

benefícios que os funcionários que realizam atividades repetitivas poderão obter

participando da mesma;

1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar os benefícios fisiológicos, físicos e psicológicos em participantes

de um programa de Ginástica Laboral;

Demonstrar os benefícios de um programa de Ginástica Laboral para a

empresa.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO

Segundo Pogere (1998, p. 63) “A prática de atividades ou exercícios físicos

vem sendo utilizada para atingir objetivos como: Lazer, estética corporal, profilaxia

(prevenção), melhoria da aptidão geral e por fins competitivos”. Para tanto, iremos

diferenciar atividade física de exercício físico para melhor entendermos suas

aplicações.

Freqüentemente considerados como equivalentes, os termos atividade física

e exercício físico não são sinônimos. Segundo Caspersen et al (1985, p. 126)

[...] atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética que resulte em um gasto energético maior do que os níveis de repouso enquanto que exercício físico é toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e a manutenção da aptidão física.

O fato de possuir o conhecimento não implica necessariamente a prática de

exercício físico, mas sem o conhecimento e percepção corretos sobre o tema é

improvável que atitudes sejam tomadas no sentido de alterar um padrão

comportamental (VUORI ET AL, 1998)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (WHO, 1978), citada por Vidal

(1997, p. 26), aptidão física deve ser entendida como: “(...) a capacidade de realizar

trabalho muscular de maneira satisfatória”.

Sabe-se hoje que o exercício físico pode ser um fator protetor para uma

série de males entre os quais se destacam: obesidade, doenças cardiovasculares,

diabetes, osteoporose, LER/DORT, depressão e maior morbi-mortalidade por

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qualquer causa. No entanto, muito desse conhecimento não é adequadamente

divulgado fora do meio acadêmico permanecendo oculto para grande parte da

população. Os motivos que levam ao desconhecimento vão da falta de vontade

própria em buscar informação até a inexistência de programas governamentais de

esclarecimento, passando pelos profissionais de saúde que muitas vezes também

ignoram o valor do exercício físico e/ou não são efetivos no incentivo à prática

regular de exercícios físicos (PITANGA, 2001).

2.2 PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Donkin (1989) diz que o homem cria hábitos e conforme o tempo passa,

torna-se criatura de seus hábitos. No que diz respeito a hábitos posturais, nosso

corpo tende a permanecer conforme as posições em que passa mais tempo. O

corpo acomoda-se com as atividade que realizamos, portanto, a maneira que nos

portamos durante o trabalho, por exemplo, é responsável por possíveis dores. Em

outras palavras, somos responsáveis pelo nosso bem ou mal estar, seja trabalhando

ou em atividades do cotidiano em geral.

Em se tratando de inatividade física, Martins (2001) considera que este é um

problema social, e não somente uma escolha individual. Nota ainda que o

trabalhador dos dias atuais, além de ser sedentário, tem alimentação desequilibrada,

pouco lazer e estresse constante.

Segundo Cañete (1996) o movimento, o exercício físico, é fundamental para

o equilíbrio, prevenção e manutenção da saúde humana. A autora cita que

pesquisas feitas no EUA demonstram os seguintes efeitos da prática de atividades

físicas:

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- redução da ansiedade; - melhoria do bem-estar e do humor; - proporciona ânimo e disposição; - redução da depressão, estresse e estados emocionais negativos; - aumento da capacidade imaginativa ou criatividade; - redução da tensão; - melhoria da auto-estima e do autoconhecimento; - facilitação do funcionamento cognitivo e melhoria da performance no trabalho; - proporciona sensação de autonomia e eficácia pessoal;

A prática regular da atividade física propicia desde bem-estar psicológico até

adaptações fisiológicas no organismo, controlando o acontecimento de doenças

crônico-degenerativas e contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

Segundo Guedes & Guedes (1995), em conseqüência de programas de

exercícios físicos, ocorrem algumas adaptações fisiológicas no organismo que o

capacitam a responder de forma mais eficiente em relação ao funcionamento

orgânico, para a manutenção do estado de saúde.

Através da literatura, constata-se que com a prática de atividade física,

exercício físico, obtêm-se adaptações orgânicas significativas, que tornam o corpo

mais preparado para as solicitações do cotidiano e menos susceptível a distúrbios,

conseqüentemente, mantém o organismo em níveis de saúde satisfatórios. Não

obstante lembrar que os exercícios físicos devem ter planejamento e

acompanhamento. Também se devem levar em cont, o tempo de execução das

atividades e a freqüência/regularidade de realização, visto que esporadicamente

realizados não proporcionam as adaptações esperadas.

Sabe-se que a Ginástica Laboral é realizada em um curto período de tempo,

e que nem sempre todos os funcionários têm disponibilidade para participar da

sessão em determinado dia, portanto, embora todos os benefícios citados

anteriormente não serem alcançados em sua plenitude, acredita-se que a

participação nas sessões de ginástica seja um caminho para a adesão à prática de

Page 19: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

atividade física regular fora do ambiente laboral, o que conseqüentemente

proporcionará adaptações orgânicas significativas.

Martins, (2001) afirma que a adoção de estratégias de motivação, no que diz

respeito à promoção da saúde, como dicas sobre atividade física, ergonomia,

nutrição, fixadas em locais estratégicos nas empresas, palestras informativas, bem

como envio de e_mails, representam possibilidades de sedimentar o compromisso

do trabalhador com o empregador e vice-versa, e de elevar a qualidade de seus

serviços.

2.3 LER/DORT

Conforme Nascimento & Moraes (2000), para melhor compreensão, cita LER

e DORT como sinônimos, descrevendo um conceito único, onde diz que há muitas

definições para LER/DORT, porém, o conceito básico é de que se trata de

alterações e sintomas de diversos níveis de intensidade nas estruturas Osteo-

musculares (tendões, sinóvias, articulações, nervos, músculos), além de alterações

do sistema modulador da dor. Esse quadro clínico é decorrente do excesso de uso

do sistema ósteo-muscular no trabalho. As LERs – lesões por esforços repetitivos e,

DORT – distúrbios Osteo-musculares relacionados ao trabalho, são termos

comumente usados para as alterações anatômicas e fisiológicas nas estruturas

corporais mais utilizadas durante o trabalho.

Martins (2001 p. 35) cita Síndrome da Sobrecarga Ocupacional, Síndrome

Cervicobraquial Ocupacional e Distúrbios por Trauma Cumulativo, como novas

denominações para tais distúrbios.

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Pires (1995) diz que os sintomas (dores, tonturas, formigamentos, etc.) são a

linguagem do corpo. É a maneira que o organismo usa para mostrar que algo está

errado, portanto, é necessário atentar para a ocorrência dos mesmos.

Porém, ao contrário do que se pensa, não são apenas os movimentos

repetitivos que podem causar tais distúrbios. Martins (2001 p. 96) coloca que, além

da sobrecarga dinâmica, a sobrecarga estática, com contração muscular por

períodos prolongados, o excesso de força para executar as tarefas, bem como uso

de instrumentos com vibração excessiva como contribuidores para o aparecimento

de enfermidades.

A DORT, apesar de ser um distúrbio relacionado ao mundo moderno e

mecanizado, obtém relatos desde 1700, quando Bernardino Ramazzini, pai da

medicina do trabalho, a descreve como a doença dos escribas e notórios. Dois

séculos depois aumenta sua repercussão e em 1920 recebe a denominação de

doença das tecelãs. Fonseca (1998, p. 100) coloca que, Tais profissionais eram

responsáveis pelas anotações dos acontecimentos nos tribunais, as quais tinham

que ser manuscritas com velocidade, afetando a região dos pulsos e dedos destes

trabalhadores. A região mais afetada destas profissionais era a dos cotovelos.

Barreira (1994 p. 145) coloca que, um dos fatores que aumentou o quadro

de portadores das patologias no Japão a partir de 1958, foi a criação das linhas de

montagem, que tornou o trabalho fragmentado em virtude do avanço tecnológico.

Este fato fez com que na década de 70, o país passasse a ser o primeiro a

reconhecer DORT como um conjunto de afecções músculos-esqueléticos

decorrentes do trabalho e de origem multicausal.

O problema se amplia a partir de 1980, quando a doença, que atinge várias

profissões que envolvem movimentos repetitivos ou grande imobilização postural -

Page 21: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

torna-se um fenômeno mundial, devido a grande evolução do trabalho humano e o

aumento do ritmo na vida diária.

O Brasil só identifica a DORT como uma doença ocupacional em 1987,

denominada como tenossinovite. A síndrome apesar de estar associada aos

operadores de computador, afetava não somente estes profissionais e sim todos

aqueles que trabalhavam intensamente com movimentos repetitivos (FONSECA,

1998).

2.3.1 Fatores de risco para LER/DORT

A DORT, segundo Barreira (1994), é um fenômeno de origem multicausal.

Portanto, fica claro que tais distúrbios são ocasionados por vários fatores de risco,

que geralmente acontecem em conjunto. Deve-se lembrar também que, como

sugere Martins (2001), nem sempre as patologias podem ser atribuídas unicamente

às atividades ocupacionais, e que as pessoas atualmente têm se afastado de um

estilo de vida saudável, alimentado-se mal, praticando pouca ou nenhuma atividade

física, além de manter níveis elevados de estresse.

Para Nicholetti et al (2000), podem-se considerar como fatores de risco,

fenômenos ou alterações físicas ou eventos psicossociais que podem contribuir para

o desenvolvimento da DORT.

Os fatores de risco que podem ser considerados como ambientais físicos

são:

- Equipamentos e mobiliários dos postos de trabalho: Todos os

equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às

características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser

Page 22: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

executado, (NICHOLETTI ET AL, 2000). Portanto, tudo o que é de uso do

trabalhador em seu local de trabalho, deve estar em harmonia com ele mesmo.

Segundo Donkin (1989), se cada dia o funcionário usa uma cadeira, por

exemplo, ou se alguém a usa antes, deve haver o ajuste antes de começar a

jornada, pois ao final da mesma, possivelmente aparecerão os sintomas de

desconforto e dores.

Tendo o ambiente de trabalho devidamente adequado às características de

cada trabalhador, diminui-se o risco de aparecimento de LER/DORT, devido ao

menor erro postural enquanto está-se trabalhando.

- As condições ambientais: As condições ambientais estão relacionadas com

a iluminação, temperatura ambiente e ruídos dos postos de trabalho que, quando

inadequados, prejudicam o rendimento do trabalhador, podendo até originar a

DORT.

Gilini Júnior (1999) relata que a DORT não é o único problema dos usuários

de computadores, e 78% das pessoas que fazem uso intensivo deste, tem algum

problema visual, pois uma sala iluminada inadequadamente, com pouca luz ou

erroneamente projetada, dificulta a leitura, ou seja, além de diminuir a produção,

existe o risco para a saúde.

Os fatores ambientais emocionais incluem a organização das atividades

laborais e o ambiente de trabalho propriamente dito.

Relacionados à organização do trabalho, dos fatores que contribuem para o

aparecimento de sobrecarga de dor e uma futura e provável DORT, cita Nicholetti et

al (2000) como principal item, a instituição do trabalho fragmentado, ou seja, os

trabalhos que são realizados normalmente, em linhas de montagem ou em postos

informatizados, através de movimentos repetitivos e padronizados.

Page 23: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Observa-se a necessidade de rodízio das funções, o que diminui o número

de repetições do mesmo movimento por tempo prolongado, o estresse emocional,

que levam à fadiga e conseqüente dor.

Segundo Nicholetti et al (2000), o ambiente entre os colegas de trabalho

também é um fator importante. Pessoas que trabalham em grupos cujos

componentes se suportam e se auxiliam, tendem a adoecer menos, ou seja, um

ambiente de trabalho que estimula ações individualistas, onde a competição entre os

trabalhadores é acirrada, propicia o aparecimento da DORT.

O bom convívio profissional entre colegas e superiores, além de proporciona

melhores resultados em relação à produção, demonstra menores índices de

trabalhadores com estresse elevado e conseqüentemente acometido pela DORT.

Para Nicholetti et al (2000), os fatores pessoais físicos são aqueles que a

pessoa carrega consigo, seja uma função de uma herança genética, seja devido aos

seus hábito de vida, ou ainda, em função de doenças pré-existentes. Em empresas,

onde trabalham centenas de funcionários, encontra-se apenas uma parcela destes

acometidos pelos distúrbios porque, para que ocorra a LER/DORT, além do fator da

repetitividade, sobrecarga, observa-se a susceptibilidade individual de cada um.

Os fatores pessoais emocionais estão ligados à vida pessoal do trabalhador,

seja no ambiente familiar, nos relacionamentos extras familiares, ou na sociedade,

os quais deixam as pessoas vulneráveis a uma série de distúrbios como gastrite,

úlcera de estômago, dores de cabeça. Segundo, Sato et al (1993), as tensões no

trabalho, por exemplo, tendem a exacerbar estes sintomas, seja porque a tensão

coloca uma sobrecarga adicional sobre os músculos, ou porque esse tipo de

situação requer que a pessoa tenha uma grande capacidade de adaptação a

situações diversas.

Page 24: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Todos os fatores citados podem contribuir para o surgimento de distúrbios

psicofísicos. O indivíduo deve então, estar atento para o que acontece consigo no

ambiente profissional e convívio pessoal, procurando diminuir os fatores de risco que

prejudicam sua qualidade de vida.

2.4 REGIÕES MAIS ACOMETIDAS PELA LER/DORT – TIPOS MAIS

CONHECIDOS

Segundo Couto (1991), os membros superiores são altamente propensos a

lesões, citando-se dedos, mãos, punhos, cotovelos, entre outras estruturas.

1. Epicondilite: ruptura ou estreitamento dos pontos de inserção dos

músculos flexores e extensores do carpo no cotovelo. Pode ser epicondilite lateral,

quando acomete a origem do extensor radial do carpo epicondilite medial, quando

acomete o ponto de origem dos flexores.

2. Tendinite: inflamação dos tendões, em geral causada por excessivo

uso, ocorrendo em qualquer articulação, sendo mais comum nos punhos, joelhos,

ombros e cotovelos.

3. Tenossinovite: inflamação dos tecidos sinovais que envolvem os

tendões em sua passagem por túneis osteofibrosos, polia, locais em que a direção

da força aplicada é mudada.

4. Síndrome do Túnel do Carpo: compressão do nervo mediano, pelo

ligamento anular que se encontra muito espessado e enrijecido por fascite de

ligamento.

Page 25: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

5. Síndrome do Desfiladeiro Torácico: compressão do plexo braquial

(nervos e vasos), em sua passagem pelo desfiladeiro torácico onde há um

estreitamento, gerando micro traumas, decorrentes de vícios de postura.

6. Síndrome de Tensão no Pescoço (Mialgia Tensorial): fadiga muscular

localizada que leva a um suprimento ineficiente de oxigênio, favorecendo o

metabolismo anaeróbico com conseqüente formação de ácido lático.

7. Cervicobraquialgia: dor cervical irradiada para os membros superiores,

devido à compressão do feixe neuromuscular ao atravessar os músculos do pescoço

edemaciados.

8. Cistos Sinovais: tumorações císticas, únicas ou múltiplas, geralmente

indolores, freqüentemente localizadas no dorso do punho, decorrentes da

degeneração do tecido sinovial.

9. Bursite: inflamações das bursas, pequenas bolsas de paredes finas,

constituídas de fibra colágenas e revestidas de membrana sinovial, encontradas em

regiões onde os tecidos são submetidos à fricção, geralmente próximas a inserções

tendinosas e articulações. O local mais acometido é o ombro.

2.5 FORMAS DE PREVENÇÃO DA LER

Konrath (1999) mostra que os trabalhadores, expostos a certas condições

inadequadas de trabalho executam tarefas repetitivas diariamente, sofrendo lesões e

problemas de saúde. Para minimizar esta situação e para que estes distúrbios não

venha a afetar os funcionários de maneiras definitivas, a implementação de medidas

preventivas é a melhor atitude a ser tomada. Porém, não basta ajustar o ambiente

de trabalho, é necessário treinar e supervisionar os funcionários em seus postos.

Page 26: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Rossi & Silva (2001, p. 54) classifica alguns tipos de prevenção:

- primária: ter alimentação saudável, combater o fumo e o álcool, realizar exercícios regulares, adquirir posturas adequadas nas atividades profissionais; - secundária: quando o estado da doença já começa a se instalar e surgem os primeiros sintomas, diagnosticar a doença; - terciária: já é necessária a reabilitação do indivíduo.

Nos dias atuais, é extremamente necessário investir na prevenção primária,

informando os funcionários e patrões através de palestras, programas educativos,

procurando conscientizar de que prevenir é, sem sombras de dúvidas, melhor que

agir após ocorrer o dano.

Fonseca (1998) acredita que a Ginástica Laboral é uma das formas de

prevenção das LER´s/DORT´s. Durante o expediente, duas vezes por dia, os

funcionários da produção da Avon pararam de fazer exercícios preventivos contra

LER. Na área administrativa, há uma sessão de ginástica por dia para combater o

estresse. Além de reduzir gastos com médicos na empresa, diz que a Ginástica

Laboral desperta o corpo, ajuda a prevenir acidentes de trabalho.

2.6 QUALIDADE DE VIDA

De Marchi (1997), reconhece a amplitude do conceito de qualidade de vida e

acredita que viver com qualidade é saber manter o equilíbrio no dia-a-dia,

procurando sempre melhorar o processo de interiorização de hábitos saudáveis,

aumentando a capacidade de enfrentar pressões e dissabores, vivendo o mais

consciente e harmônico possível em relação ao meio ambiente, às pessoas e a si

próprio.

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Azevedo & Shigunov (1999), entendam que a conquista por momentos de

satisfação pessoal e coletiva esteja na busca da qualidade de vida da população e

também na adaptação às condições vivenciadas.

Donkin (1989) acredita que ninguém passa pela vida sem se frustrar,

magoar. O problema está em manter o foco nisto, pois assim nunca ver-se-á ao lado

bom das coisas. A escolha é somente de cada um. A mente pode ser treinada assim

como treina-se o corpo.

Segundo Azevedo & Shigunov (1999, p. 30), alguns fatores que podem ser

investigados para detectar o nível de qualidade de vida de uma pessoa, são:

- satisfação no trabalho; - hábitos alimentares e de saúde; - atividade física regular; - avaliação da ansiedade; - bem estar; - relações sociais, afetivas, profissionais.

De Marchi (1997) diz que o novo modelo empresarial do século XXI está

baseado em indivíduos sadios, dentro de organizações sadias, que respeitam e

contribuem para uma comunidade e meio ambientes saudáveis. A empresa, além de

apoio ao tratamento de doenças, deve promover saúde e seus funcionários.

Porém, Pires (1995) contradiz, pois acredita que a qualidade de vida dos

empregados está sendo minada pelo aumento explosivo de um grupo de patologias

ditas “doenças da civilização”, como obesidade, hipertensão, depressão, etc, que

apresenta como denominador comum o estilo de vida de pessoas, pois as

empresas, custam a acreditar na prevenção.

Atualmente, muitos empresários têm estado preocupados com a

implementação de uma administração competitiva ao nível do mercado, e não dão a

devida importância ao estilo de vida dos empregados. Ao contrário, os métodos de

Page 28: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

cobrança e promoção através da avaliação do desempenho, levam as pessoas a

tentar superar os próprios limites, sacrificando as horas de lazer e a própria saúde.

Azevedo & Shigunov (1999), em um estudo de caso, citam que a

insatisfação com a profissão e níveis de estresse interferem na qualidade de vida e,

um dos caminhos para reverter este quadro é a orientação profissional nas áreas

alimentar, de saúde, bem como um programa de atividade física como lazer e saúde

pessoal, para fazer com que o estilo de vida seja coadjuvante para sua vida plena.

Segundo Pires (1995), um bom indicador da qualidade de vida dos

empregados de uma empresa é a quantidade de queixas registradas no ambulatório

médico, e acredita que a única alternativa viável para alterar este quadro, é a

mudança de hábitos e costumes prejudiciais à saúde, por si próprios, pois são os

responsáveis pelo estilo de vida que levam.

Ter a qualidade de vida nos dias atuais tem-se tornado difícil, levando-se em

consideração a vida agitada e mecanizada a que as pessoas estão expostas.

Segundo Silva (1999), é necessário distinguir a qualidade de vida em sentido

geral, daquela relacionada à saúde, onde relaciona-se ao indivíduo aparentemente

saudável e diz respeito ao seu grau de satisfação com a vida nos múltiplos aspectos

que a integram, estando intimamente ligado ao estilo de vida da pessoa. Já a

qualidade de vida ligada à saúde, aplica-se a pessoas e diz respeito ao grau de

limitação e desconforto que a doença e/ou a sua terapeuta acarretam ao paciente e

a sua vida.

A distinção entre qualidade de vida geral relacionada a saúde é de certa

forma complicada, pois estar em um estado de qualidade de vida depende de uma

série de fatores que estão interligados, como por exemplo, aspectos sociais,

intelectuais e ambientais e biológicos.

Page 29: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Segundo De Marchi (1997), muitos desafios se apresentam para o mundo

empresarial, e dois deles parecem ser universais quanto à sua natureza. O primeiro

está relacionado à necessidade de uma força de trabalho saudável, motivada e

preparada para extrema competição existente nos dias atuais, enquanto que o

segundo, refere-se à capacidade da empresa responder a demanda de seus

funcionários em relação a uma melhor qualidade de vida.

Além de orientações sobre os mais variados temas, é necessária a

preocupação com a atividade física no próprio local de trabalho, pois sabe-se que

esta é um dos meios de prevenção de distúrbios físicos e uma das maneiras de se

adquirir qualidade de vida.

Dentre os fatores que influenciam a qualidade de vida do indivíduo, a família

do trabalhador, segundo De Marchi (1997), deve fazer parte do programa, pois um

bom ambiente familiar é aceito como a mais valiosa e eficaz defesa contra o

estresse.

Antes de o funcionário ser um componente da empresa, é um ser humano

com família, conhecidos e amigos, e para chegar bem estar bem no trabalho, é

necessário sair bem de casa e do seu convívio social, apenas dando continuidade

quando chegar ao trabalho.

Ter conhecimento sobre os hábitos de vida pode facilitar intervenções, não

só no campo da saúde, bem como na elaboração de programas de atividade física.

Alguns fatores de risco associados às doenças coronárias e cerebrovasculares estão

intimamente relacionados aos hábitos de vida. O estilo de vida sedentário

demonstrado em alguns estudos revelou que os adultos são insuficientemente ativos

em relação à prática de atividade física para alcançar os benefícios da saúde e,

dessa forma, programas de atividade física realizados sob condições éticas e

Page 30: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

devidamente orientados por profissionais altamente especializados poderiam trazer

benefícios para a saúde (NATIONAL INSTITUTES HEAL TH, USA, 1996).

2.6 TIPOS DE GINÁSTICA LABORAL

Analisando as literaturas Ginásticas Laboral (1994), Qualidade de Vida

(1995) e Dakkache (1998), constataram-se três tipos de Ginástica Laboral:

a) Ginástica preparatória: com duração de 10 a 15 minutos, realizada

antes do início da jornada de trabalho. Tem como objetivos principais, preparar o

funcionário para suas tarefas, aquecendo os grupos musculares que serão

solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que sintam-se mais dispostos ao

iniciar o trabalho, aumentar a circulação sangüínea muscular melhorando a

oxigenação dos músculos.

Dias (1994) citado ainda por Cañete (1996 p. 111) afirma que:

Ginástica Preparatória ou Pré Aplicada é a atividade física realizada antes de iniciar o trabalho, atuando de forma preventiva, ou seja, aquecendo e despertando o funcionário para o trabalho, prevenindo acidentes, distensões musculares e doenças ocupacionais. É um conjunto de exercícios que prepara o indivíduo conforme suas necessidades para o trabalho de velocidade, força ou resistência, aperfeiçoando as coordenações e sinergias, das quais poderá tirar proveito em sua atividade ou desporto.

b) Ginástica compensatória: com duração geralmente de 5 a 8 minutos,

realizada durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia, aproveitando

as pausas para executar exercícios específicos de compensação aos esforços

repetitivos e às posturas inadequadas solicitadas nos postos ocupacionais.

Dias (1994) citado por Cañete (1996 p.110), afirma que:

Page 31: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Ginástica Laboral Compensatória é uma atividade física realizada durante o expediente de trabalho, agindo de forma terapêutica, ou seja, visando compensar os músculos que foram trabalhados em excesso durante suas atividades diárias, proporcionando um bem-estar físico, mental e social ao funcionário. [ ] objetiva impedir que se instalem vários vícios de postura em face da posição em que o indivíduo é obrigado a permanecer durante suas atividades habituais. Usa exercícios que proporcionam atividade às sinergias musculares pouco solicitadas e relaxamento àquelas que trabalham demasiadamente. O emprego dos exercícios de relaxamento visa combater o excesso de tensão.

c) Ginástica de relaxamento: com duração geralmente de 10 minutos (o

tempo depende da proposta da empresa), a ginástica é baseada em exercícios de

alongamento realizado após o expediente com o objetivo de oxigenar as estruturas

musculares envolvidas nas tarefas diárias, evitando o acúmulo de ácido lático,

prevenindo a possível instalação de lesões.

Segundo Cañete (1996, p. 110):

Ginástica de relaxamento tem por finalidade restabelecer o antagonismo muscular utilizando exercícios específicos que visam encurtar os músculos que estão alongados ou alongar os que estão encurtados. Destina-se aos indivíduos portadores de deficiências morfológicas não patológicas, sendo aplicada a um grupo reduzido de pessoas (10 a 12) que apresentam a mesma característica postural, fora da sessão comum.”

De acordo com a função desempenhada pelo funcionário e seu horário de

trabalho, opta-se por um dos tipos de Ginástica Laboral, que irá atuar de forma

preparatória, compensatória ou relaxante, sendo que as duas primeiras relacionam-

se diretamente com o trabalho e a última apenas para oxigenar, relaxar as estruturas

solicitadas durante a jornada, sendo realizadas após a carga horária diária

trabalhada.

Os exercícios realizados podem ser de alongamento, relaxamento,

fortalecimento muscular e até mesmo atividades recreativas, sempre levando-se em

Page 32: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

conta a função exercida, o posto e horário de trabalho e o estado físico e emocional

dos indivíduos.

Martins (2001) recomenda que os exercícios de alongamento sejam

enfatizados durante as sessões de ginástica, pois o funcionário que passa a maior

parte do tempo realizando tarefas que exigem muita coordenação motora, como por

exemplo a digitação, certamente tem seus músculos muito contraídos. O

alongamento tornaria a musculatura relaxada, menos tensa.

Segundo Achour Jr. (1998), exercícios de alongamento com suavidade e

pouco tempo de duração, devem ser recomendados várias vezes por dia para ajudar

a reduzir o estresse corporal e tensões do trabalho. E durante os períodos de

descanso das atividades de trabalho, deve-se colocar o grupo muscular que

geralmente permanece em tensão, numa amplitude de movimento significativa. Isto

pode contribuir para que se observem as tensões ocasionadas pelo trabalho e se

melhorem as posturas estáticas e dinâmicas.

O mesmo autor cita a eliminação ou redução de encurtamentos do sistema

muscular e de nódulos musculares, aumento ou manutenção de flexibilidade,

diminuição do risco de lesões músculo-articulares, como alguns dos benefícios que

os exercícios de alongamento proporcionam.

2.7 OBJETIVOS/BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA LABORAL

Martins (2001) mostra que a ginástica laboral tem como objetivo maior

através de sua prática, beneficiar o funcionário de maneira que obtenha alterações

fisio-psico-sociais positivas, as quais contribuem para sua melhor qualidade de vida

e, conseqüentemente reflete-se em benefícios para a empresa.

Page 33: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

De acordo com Dias (1994, p. 124) os objetivos em relação ao trabalhador

Diminuir a fadiga muscular; Corrigir vícios posturais; Prevenir doenças originadas por esforços repetitivos; Promover a sociabilização; Melhorar a condição física geral; Aumentar o ânimo e a disposição para o trabalho; Proporcionar a consciência corporal.

Objetivos em relação á empresa Controlar e reduzir o número de doenças ocupacionais; Diminuir o abastecimento e procura ambulatorial; Diminuir os gastos com despesas médicas; Diminuir número de acidentes de trabalho; Aumentar a produtividade; Proporcionar marketing empresarial.

De acordo com Konrad (1999, p. 119) os benefícios são;

a) Fisiológicos - Provoca o aumento da circulação sanguínea a nível de estrutura muscular, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões, diminuindo o acúmulo de ácido lático; - Melhora a mobilidade e flexibilidade músculo - articular; - Diminui as inflamações e traumas; - Melhora a postura; - Diminui a tensão muscular desnecessária; - Diminui o esforço na execução das tarefas diárias; - Facilita a adaptação ao posto de trabalho; - Melhora a condição do estado de saúde geral b) Psicológicos - Favorece a mudança da rotina; - Reforça a auto-estima; - Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários; - Melhora a capacidade de concentração no trabalho. c) Sociais - Desperta o surgimento de novas lideranças; - Favorece o contato pessoal; - Promove a integração social; - Favorece o sentido de grupo – sentir-se parte de um todo; - Melhora o relacionamento interpessoal.

Martins (2001) acredita que indiscutivelmente o empresário lucra com a

diminuição do absenteísmo e aumento da produtividade através da prática da

ginástica.

Page 34: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

2.8 ERGONOMIA

Nascimento & Moraes (2000:15), citam que: “A palavra ergonomia advém de

composição de duas palavras gregas: ERGOS, que significa trabalho, e NOMOS,

que significa normas, leis e regras”.

Segundo Ferreira (1986), a ergonomia é o conjunto de estudos que visam a

organização metódica do trabalho em função do fim proposto e das relações entre o

homem e a máquina.

Mendonça (1998) define ergonomia como

um conjunto de conhecimentos científicos voltado para a organização do trabalho com qualidade de vida, pois, com a sua aplicação adequada, o trabalho passa a representar fonte de satisfação e realização. É uma simples aplicação dos conhecimentos científicos para organizar o trabalho em forma a adaptá-lo às características físicas e mentais dos trabalhadores.

A ergonomia, com a sua metodologia de análise de atividades no ambiente

laboral, desenvolve um trabalho de busca de fatores que interferem na realização de

qualquer atividade relacionada ao trabalho, buscando soluções para o

aperfeiçoamento desta em qualquer ocupação.

Para Reis et al (2001), as condições de trabalho incluem aspectos

relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, os

equipamentos e as condições ambientais do posto de trabalho e a própria

organização do trabalho.

Segundo Reis et.al (2001), para avaliar a adaptação das condições de

trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador

realizar uma análise ergonômica, devendo a mesma abordar, no mínimo, as

condições de trabalho conforme a NR 17.

Page 35: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

A preocupação com a Ergonomia e o desenvolvimento de projetos dentro

das organizações, é fruto da mudança da mentalidade quanto à qualidade de vida

dentro e fora do ambiente de trabalho, pois há alguns anos, o investimento era

somente no tratamento das doenças.

Velozo & Oliveira (1999) afirmam que, com a falta de Ergonomia no

ambiente de trabalho, as atividades diárias, dos diversos profissionais sejam eles

autônomos, operários, comerciários, é notório e cientificamente comprovado que

vários problemas físicos poderão ocorrer com estes trabalhadores, como lesões por

esforços repetitivos.

De acordo com Velozo & Oliveira (1999), a Ergonomia é classificada em três

grupos:

a) Ergonomia de concepção: a qual estuda o ambiente de trabalho e os

instrumentos antes da sua construção;

b) Ergonomia de correção: que modifica sistemas já existentes, ou seja, o

estudo é feito após a construção do instrumento e/ou ambiente de trabalho;

c) Ergonomia seletiva: é feita selecionando-se o homem ideal para as

atividades laborais que serão realizadas em determinadas máquinas. Por exemplo:

pessoas predispostas a lombalgias (dores lombares), não devem ser selecionadas

para executar trabalhos e utilizar máquinas que provoquem ou agrave este

problema.

Longo (1997) argumenta em relação a ergonomia seletiva, que quando não

há possibilidade de readaptação do maquinário ao homem, o processo tem que ser

ao contrário. Acredita que esta seja a única maneira de não inviabilizar o instrumento

na ergonomia e proteger os próprios funcionários.

Page 36: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

O termo ergonomia foi criado e utilizado pela primeira vez, segundo

Anaruma & Casarotto (1996), pelo inglês Murrel, no ano de 1949, durante a criação

da Ergonomic Research Society, (Sociedade da Pesquisa Ergonômica) a primeira

sociedade de pesquisadores interessados em estudar os problemas de adaptação

do trabalho ao homem.

A ergonomia desenvolve-se na área de trabalho, projetando máquinas e

equipamentos com segurança, adequados à população que os utiliza, organizando

as atividades ocupacionais, a fim de minimizar o estresse sobre o sistema músculo-

esquelético decorrente da permanência prolongada nas posturas da função

desempenhada, ou excesso de repetitividade de movimentos.

Anaruma & Casarotto (1996) afirmam que quando máquinas estão mal

projetadas, o trabalhador muitas vezes adota posturas incorretas ao manuseá-las, o

que pode levar ao aparecimento de dores na coluna.

Segundo Donkin (1989), uma boa maneira de acomodar-se melhor e sentir-

se bem no seu local de trabalho, é fazer como se todos os dias fossem como o

primeiro dia de trabalho, quando ao chegar, arruma-se tudo ao seu alcance,

organiza-se o que vai utilizar, senta-se corretamente. Um ambiente bem organizado

contribui para o rendimento do trabalho e previne o estresse.

Segundo Anaruma & Casarotto (1996), o estudo ergonômico é

multidisciplinar , ou seja, médicos, engenheiros, arquitetos, desenhistas industrial,

psicólogo ente outros profissionais,. Contribuem para que o relacionamento entre o

ambiente profissional e o trabalho, aconteça de forma mais harmoniosa e saudável.

Uma gama de conhecimentos está envolvida na prevenção de acidentes de

trabalho ou aparecimento da LER, sendo necessário a união de várias áreas de

Page 37: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

atuação profissional a fim de evitar fatores de risco que levam ao acontecimento das

lesões por esforços repetitivos.

Segundo Anaruma & Casarotto (1996), no ambiente ocupacional, quando se

aplica corretamente os princípios ergonômicos, observa-se uma diminuição nas

doenças e nos acidentes no trabalho e um aumento da produtividade.

Segundo Volpi (1998, p.7), encontram-se alguns requisitos para um posto de

trabalho adequado para usuários de microcomputadores, que seguem:

- mesas e cadeiras ajustáveis a cada indivíduo, com apoio lombar e bordas arredondadas, sendo o assento de um tamanho em que não haja compressão da região posterior dos joelhos; - monitor móvel; - teclados móveis e regulares; - nenhum reflexo na tela do computador; - tela sem tremores; - teclado macio - suporte para punhos; - suporte para descanso dos pés; - prancheta para posicionar o documento a ser digitado;

Page 38: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Para Donkin (1989), os itens que são mais utilizados devem estar

localizados dentro do campo de visão e ao alcance, de modo que não precise

movimentar-se demasiadamente para pegá-los.

Segundo Rangel (1997), a iluminação do local de trabalho nunca deve ser

inferior a 500 lux (esse índice só pode ser medido por um profissional, com a ajuda

de um luxímetro). Corresponde a duas lâmpadas de luz fria (as de luz quente não

são recomendadas para os locais de trabalho, pois não são claras o suficiente), para

ambientes 2m x 2m.

Brandimiller (1999) diz que os olhos necessitam de luz na dose certa, pois a

falta da mesma cansa os olhos e o excesso também é prejudicial. Em salas com

microcomputadores, por exemplo, há necessidade de menor quantidade de luz do

que num escritório tradicional, pois o monitor tem luz própria.

Deve-se impedir ofuscamento, reflexos e contrastes excessivos. O limite

máximo de ruídos suportável pelo ouvido humano, para uma jornada de trabalho de

5 horas diárias, segundo Rangel (1997), é de 88 decibéis e a temperatura, deve ficar

entre 20 e 23 ºC.

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CONSIDERAÇOES FINAIS

Nos últimos anos tem-se notado que a Ginástica Laboral vem sendo

implantada e desenvolvida por um número crescente de empresas que visam

minimizar problemas relacionados à saúde ocupacionais, assim como reduzir os

custos com assistência médica, aumentar a produtividade manual e intelectual e a

competitividade, contribuindo para uma melhoria na qualidade de vida. Levando-se

em consideração que o ser humano dentro de uma empresa tem sua devida

importância. A empresa precisa ter programas de benefícios e promoção da saúde

no trabalho.

Nota-se que o trabalho exigido pela empresa vem acarretando uma

intensificação do ritmo de ação da pressão e do nível de exigências quanto aos

resultados esperados. Sem contar um aumento da jornada de trabalho. Em

decorrência disso, tem-se observado um crescente aumento das lesões, levando o

funcionário ao afastamento do trabalho.

Atualmente os empresários estão se conscientizando a respeito da saúde do

trabalhador como um fator indispensável para a qualidade de vida.

Sabe-se que a ausência do exercício físico e a adoção de posturas

inadequadas ou estáticas, tornam o corpo humano um depósito de tensões, tendo

como conseqüência o enrijecimento dos músculos que ficam mais susceptíveis às

lesões. Os exercícios de alongamento e relaxamento são meios acessíveis a todos

para interromper essa cadeia de tensões e tornar o organismo mais flexível,

saudável e pronto para os movimentos.

Page 40: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

Várias doenças são acometidas no trabalho, dentre elas pode-se citar

DORT, conhecida como Distúrbio Osteo Muscular Relacionado ao Trabalho, sendo

esta o conjunto de disfunções músculo-esquelético relacionados ao trabalho,

localizada em membros superiores e região cervical.

Através de alguns autores entende-se que a Ginástica Laboral seria uma

proposta de prevenção dos distúrbios advindos de debilidade e tensões musculares

e lesões por esforços repetitivos no trabalho.

No entanto, para que a sessão de ginástica laboral alcance seus benefícios

propostos, é preciso que os programas de exercícios físicos sejam específicos para

o trabalho executado pelo funcionário.

Nos últimos tempos, vem sendo observado que o estilo de vida pouco ativa

e uma jornada de trabalho muito intensa e extensa, tem levado os funcionários a

pré-disposição de doenças crônico-degenerativa.

Sendo assim, os funcionários que muitas vezes tem em seu trabalho

movimentos repetitivos e automatizados, com estilo de vida desregrado, pode

apresentar lesões que comprometem a sua saúde.

Os Programas de Ginástica Laboral tem cada vez mais conquistado espaço

dentre as muitas empresas que entenderam a necessidade e importância deste tipo

de ação no dia a dia de suas produções e principalmente de seus funcionários.

Sabe-se que muitas empresas pensam ainda em adotar a Ginástica Laboral

como forma única e exclusiva de aquecer e “lubrificar” o seu trabalhador, visão esta

de um “homem-máquina”, que tem como objetivo o ganho final de produtividade e

lucro.

Entende-se, no entanto, que os resultados quantitativos e qualitativos

obtidos com a Ginástica laboral, poderão auxiliar nas mudanças e até quebras de

Page 41: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

paradigmas, indo muito mais adiante, mostrando e conscientizando os

administradores que a utilização de forma saudável deste tipo de atividade

proporcionará melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e consequentemente

benefícios relacionados à produtividade.

É necessário frisar que o Programa de Ginástica Laboral deve ser planejado

seguindo uma metodologia para a sua aplicação; que vai desde a venda e

implantação do produto, passando pela sua aplicação e desenvolvimento, até os

processos finais de avaliação. Todos os passos deverão acontecer de forma

personalizada, respeitando a individualidade dos diversos grupos de trabalhos, das

pessoas que a eles pertencerem, bem como de suas empresas.

Para tanto, somos favoráveis que estas atividades sejam realizadas por

profissionais da área de Educação Física com conhecimentos técnicos suficientes e

que entendam que estas iniciativas estão voltadas para a saúde e principalmente

para a qualidade de vida de seus praticantes.

Page 42: benefícios proporcionados pela ginástica laboral

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