benefíciois fisiológicos do exercício físico - treinamento - medicina preventiva - dr rondó

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BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO Exercícios anaeróbicos Regulam o sistema enzimático fosfato Aumentam a tolerância do ácido láctico Aumentam os depósitos de ATP e CP Aumentam a espessura da musculatura cardíaca Exercícios aeróbicos Promovem a regulação das enzimas que oxidam gorduras e glicogênio Aumentam capacidade oxidativa para gorduras e glicogênio Aumentam a disponibilidade de gorduras e glicogênio Aumentam o tamanho e o número de mitocôndrias Aumentam a cavidade das câmaras cardíacas Mudanças gerais no organismo obtidas pelo exercício Aumento da capacidade do sistema cardiovascular Aumento do volume sangüíneo total Diminuição da pressão arterial Diminuição do colesterol e dos triglicérides Aumento da massa muscular magra Diminuição da gordura corpórea total Aumento da hemoglobina Melhor adaptação ao calor ÁCIDO LÁCTICO

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BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO

Exercícios anaeróbicos

Regulam o sistema enzimático fosfato Aumentam a tolerância do ácido láctico Aumentam os depósitos de ATP e CP Aumentam a espessura da musculatura cardíaca

Exercícios aeróbicos

Promovem a regulação das enzimas que oxidam gorduras e glicogênio

Aumentam capacidade oxidativa para gorduras e glicogênio Aumentam a disponibilidade de gorduras e glicogênio Aumentam o tamanho e o número de mitocôndrias Aumentam a cavidade das câmaras cardíacas

Mudanças gerais no organismo obtidas pelo exercício

Aumento da capacidade do sistema cardiovascular Aumento do volume sangüíneo total Diminuição da pressão arterial Diminuição do colesterol e dos triglicérides Aumento da massa muscular magra Diminuição da gordura corpórea total Aumento da hemoglobina Melhor adaptação ao calor

ÁCIDO LÁCTICO

O ácido láctico é uma das mais importantes moléculas do cansaço. Em condições de saúde, a produção de ácido láctico é balanceada com seu consumo. Durante a atividade normal, músculos e outros órgãos produzem ácido láctico, que é consumido pelo fígado e pelos rins. Durante o exercício, a produção de ácido láctico aumenta verticalmente. Quando não há quantidade suficiente de oxigênio disponível, todos os tecidos produzem ácido láctico.

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Normalmente, o ácido láctico é convertido em outro ácido, chamado ácido pirúvico, que, então, é oxidado para produzir energia e moléculas energéticas de ATP, derivadas de moléculas menos energéticas como o ADP e o AMP. Quando esse sistema se esgota por insistência do exercício, porém sem oxigenação adequada para degradar ácido láctico e ácido pirúvico, estes se acumulam tornando o meio ácido e gerando estresse oxidativo nos tecidos. O fluxo de elétrons através do sistema citocromo é diminuído, e a geração de moléculas de alta energia como ATP é desregulada. Como resultado, acumulam-se moléculas de menor capacidade energética, ADP e AMP. Todas essas alterações levam à ativação da enzima fosfofrutoquinase, que promove a utilização do açúcar estocado no fígado e nos músculos como glicogênio. A acidose e o estresse oxidativo nos tecidos produzem então uma parada de qualquer atividade. O ácido láctico utilizado no limite para geração máxima de energia começa a diminuir a capacidade de recuperação molecular, podendo levar a situações extremamente lesivas à célula. Há um aumento da geração de oxirradicais, necessitando, então, de uma maior quantidade de antioxidantes para neutralizar a agressão e a morte celulares. Estudos em atletas em treinamentos intensivos mostram evidências de agressão e morte celulares mensuradas por enzimas que se elevam como DL (desidrogenase láctica) e CK (creatina kinase), fato também presente no trauma muscular por acidente ou em pacientes com distúrbios musculares conhecidos como miopatias.

(Fonte: páginas 26 e 27, do livro: “O Atleta no Século XXI”, Dr. Wilson Rondó Junior, 158 páginas, São Paulo, SP, Editora Gaia, 2000.)

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