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1 Benefícios da hidroterapia no ganho de funcionalidade do paciente pós AVE Thayanne Brandão Oliveira 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional Faculdade Ávila Resumo O cérebro é um órgão que necessita de oxigênio para estar em um bom funcionamento, este papel de levar oxigênio ao cérebro é do sangue. Se o fluxo sanguíneo no cérebro diminuir haverá déficit de oxigênio no mesmo ocorrendo assim danos, muita das vezes irreversíveis ao cérebro, fazendo com que haja também sequelas por todo o corpo ou apenas em um lado, dependendo de qual área cerebral foi mais atingida. O acidente vascular encefálico acomete tanto homens como mulheres a partir de 40 anos de idade, sendo que o número de mulheres com esta patologia vem crescendo a cada ano que passa, por causa das mudanças hábitos saudáveis pelo o etilismo e o tabagismo. As propriedades da água ajudam na diminuição da espasticidade dos pacientes com sequelas de AVE, pois a hidroterapia utiliza água aquecida para que haja efeitos fisiológicos mais adequados às condições dos pacientes neurológicos, sendo assim é um dos tratamentos recomendados para este tipo de patologia. O objetivo desta revisão bibliográfica é identificar os benefícios da hidroterapia no ganho de funcionalidade do paciente com acidente vascular encefálico. Este método é fundamental para que haja relaxamento muscular melhorando os movimentos, a marcha e até mesmo a função cardiorrespiratória. Palavras-chave: AVE; Hidroterapia; Ganho de funcionalidade. 1. Introdução Atualmente, no Brasil e no mundo, o acidente vascular encefálico (AVE) tem sido uma das patologias que mais afetam a população. Estima-se que, anualmente, 20 milhões de novos casos de AVE ocorram no mundo (SANTOS et al, 2011). O acidente vascular encefálico acomete tanto homens como mulheres a partir de 40 anos de idade, sendo que o número de mulheres com esta patologia vem crescendo a cada ano que passa, por causa das mudanças hábitos saudáveis pelo o etilismo e o tabagismo. O contraceptivo e o sedentarismo, também são fatores que contribuem para que mais mulheres sejam acometidas pelo AVE, isso por causa das alterações hormonais que essa substância causa no organismo feminino que juntamente com o sedentarismo colabora para o mau funcionamento do corpo. O cérebro é um órgão que necessita de oxigênio para estar em um bom funcionamento, este papel de levar oxigênio ao cérebro é do sangue. Se o fluxo sanguíneo no cérebro diminuir haverá déficit de oxigênio no mesmo ocorrendo assim danos, muita das vezes irreversíveis ao cérebro, fazendo com que haja também sequelas por todo o corpo ou apenas em um lado, dependendo de qual área cerebral foi mais atingida. 1 Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional. 2 Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do ensino superior, Mestranda em Bioética e Direito em saúde.

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Benefícios da hidroterapia no ganho de funcionalidade do paciente pós

AVE

Thayanne Brandão Oliveira1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional – Faculdade Ávila

Resumo

O cérebro é um órgão que necessita de oxigênio para estar em um bom funcionamento, este

papel de levar oxigênio ao cérebro é do sangue. Se o fluxo sanguíneo no cérebro diminuir

haverá déficit de oxigênio no mesmo ocorrendo assim danos, muita das vezes irreversíveis ao

cérebro, fazendo com que haja também sequelas por todo o corpo ou apenas em um lado,

dependendo de qual área cerebral foi mais atingida. O acidente vascular encefálico acomete

tanto homens como mulheres a partir de 40 anos de idade, sendo que o número de mulheres

com esta patologia vem crescendo a cada ano que passa, por causa das mudanças hábitos

saudáveis pelo o etilismo e o tabagismo. As propriedades da água ajudam na diminuição da

espasticidade dos pacientes com sequelas de AVE, pois a hidroterapia utiliza água aquecida

para que haja efeitos fisiológicos mais adequados às condições dos pacientes neurológicos,

sendo assim é um dos tratamentos recomendados para este tipo de patologia. O objetivo

desta revisão bibliográfica é identificar os benefícios da hidroterapia no ganho de

funcionalidade do paciente com acidente vascular encefálico. Este método é fundamental

para que haja relaxamento muscular melhorando os movimentos, a marcha e até mesmo a

função cardiorrespiratória.

Palavras-chave: AVE; Hidroterapia; Ganho de funcionalidade.

1. Introdução

Atualmente, no Brasil e no mundo, o acidente vascular encefálico (AVE) – tem sido uma das

patologias que mais afetam a população. Estima-se que, anualmente, 20 milhões de novos

casos de AVE ocorram no mundo (SANTOS et al, 2011).

O acidente vascular encefálico acomete tanto homens como mulheres a partir de 40 anos de

idade, sendo que o número de mulheres com esta patologia vem crescendo a cada ano que

passa, por causa das mudanças hábitos saudáveis pelo o etilismo e o tabagismo.

O contraceptivo e o sedentarismo, também são fatores que contribuem para que mais

mulheres sejam acometidas pelo AVE, isso por causa das alterações hormonais que essa

substância causa no organismo feminino que juntamente com o sedentarismo colabora para o

mau funcionamento do corpo.

O cérebro é um órgão que necessita de oxigênio para estar em um bom funcionamento, este

papel de levar oxigênio ao cérebro é do sangue. Se o fluxo sanguíneo no cérebro diminuir

haverá déficit de oxigênio no mesmo ocorrendo assim danos, muita das vezes irreversíveis ao

cérebro, fazendo com que haja também sequelas por todo o corpo ou apenas em um lado,

dependendo de qual área cerebral foi mais atingida.

1 Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional.

2 Orientadora: Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do ensino superior, Mestranda em Bioética e Direito em saúde.

2

Esta interrupção do fluxo sanguíneo chama-se Acidente Vascular Encefálico (AVE), este por

sua vez pode ser classificado em dois tipos: Isquêmico ou hemorrágico, sendo que entre estas

duas a isquêmica é a mais comum.

O AVE isquêmico é causado pela obstrução de vasos sanguíneos, deprimindo assim o fluxo

sanguíneo no cérebro que causa degeneração tecidual. Já, o AVE hemorrágico é causado

quando há uma ruptura nos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, este sangue que extravaza

do vaso sanguíneo coagula e age pressionando as estruturas do tecido nervoso, degenerando-

o.

Além dessas duas classificações há também o AVE isquêmico transitório onde há uma

isquemia passageira, ou seja, um entupimento do vaso sanguíneo que não lesiona o tecido e

nem deixa sequelas, onde suas manifestações podem durar apenas alguns minutos ou até

mesmo 24 horas.

Apesar das evidências que indicam ser o AVE um dos maiores problemas de saúde pública

mundial, ainda são escassos os fundos de pesquisa direcionados para esta área, quando

comparados com as doenças cardíacas ou neoplásicas (ROTHWELL, 2001 apud PISSAROLI

et al, 2011).

A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e

cinesiológicos, advindos da imersão do corpo em piscina aquecida, como recurso auxiliar da

reabilitação, ou na prevenção de alterações funcionais (CANDELORO e CAROMANO,

2006).

As propriedades da água ajudam na diminuição da espasticidade dos pacientes com sequelas

de AVE, pois a hidroterapia utiliza água aquecida para que haja efeitos fisiológicos mais

adequados às condições dos pacientes neurológicos, sendo assim é um dos tratamentos

recomendados para este tipo de patologia.

ORSINI et al (2010), afirmam que a espasticidade deve ser tratada com técnicas que tenham

movimentos suaves, leves e rítmicos pois o relaxamento muscular destes pacientes com AVE

é muito difícil.

Portanto a hidroterapia é fundamental para que haja relaxamento muscular, sendo assim,

melhora os movimentos, a marcha e até mesmo a função cardiorrespiratória do paciente.

O objetivo desta revisão bibliográfica é identificar os benefícios da hidroterapia no ganho de

funcionalidade do paciente pós acidente vascular encefálico.

2. Acidente Vascular Encefálico

O acidente vascular encefálico (AVE) é o surgimento agudo de uma disfunção neurológica

devido a uma anormalidade na circulação cerebral, tendo como resultado sinais e sintomas

que correspondem ao comprometimento de áreas focais do cérebro (O’SULLIVAN e

SCHMITZ, 2004).

Segundo Lopes et al (2009), o acidente vascular encefálico é a deficiência na irrigação

sanguínea do cérebro que alteram o sistema motor, mental, perceptivo, cognitivo e na

linguagem.

Um acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado pelo início abrupto de sintomas

neurológicos persistentes, como paralisia ou perda da sensibilidade, decorrentes da

destruição de tecido encefálico. Causas comuns de AVC são a hemorragia

intracerebral (por vaso sanguíneo na pia-máter ou no encéfalo), êmbolos (coágulos

sanguíneos) e aterosclerose (formação de placas, contendo colesterol, que impedem o

fluxo sanguíneo) das artérias cerebrais (TORTORA e GRABOWSKI, 2002:435)

É a doença neurológica que mais afeta o sistema nervoso e é a principal causa de

incapacidades físicas e mentais (KABUKI E SÁ, 2007).

De acordo com Costa e Duarte (2002), O AVE é considerada uma doença primária do idoso

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que causa morte entre pessoas de meia idade.

Segundo Reis et al (2008), o AVE consiste de um quadro neurológico agudo, provocado pela

obstrução vascular que determina isquemia em determinada área encefálica ou pelo

rompimento de vasos sanguíneos que irrigam essa região, levando à hemorragia.

O AVE pode decorrer de diversos episódios vasculares que interrompem a circulação

cerebral e comprometem a função do cérebro: trombose, embolia ou hemorragia. O

local e tamanho do processo isquêmico, a natureza e função das estruturas envolvidas,

a disponibilidade de fluxo sanguíneo colateral e a eficiência de um tratamento médico

emergencial precoce influem na sintomatologia que evolui. Para muitos pacientes, o

AVE representa uma causa importante de deficiência, com problemas difusos que

afetam grandes áreas de função. Sob o ponto de vista prático, os pacientes com AVE

representam um tremendo desafio para os clínicos. A reabilitação eficiente deve tirar

proveito da recuperação e a independência mediante estratégias de correção,

compreensão e treino funcional, além de enfocar a prevenção de comprometimentos

secundários. O emprego de estratégias eficientes de aprendizagem motora, enfocando

ambientes reais, é fundamental para se alcançar bons resultados funcionais

(O’SULLIVAN E SCHMITZ, 2004:564).

Das categorias etiológicas segundo O’Sullivan e Schmitz (2004), a aterosclerose é a que mais

contribui para que ocorram doenças cerebrovasculares, pois forma placas nos quais se

acumulam fibrinas, lipídeos, carboidratos e cálcio nas paredes arteriais que fazem o

estreitamento das mesmas, ocorrendo a obstrução arterial. Os autores também citam que

existem locais onde as placas ficam acumuladas (Figura 1).

Figura 1. Locais de acúmulo de placas ateroscleróticas

Fonte: CAMBIER et al, 2005:210

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O mecanismo embólico desempenha um papel importante na ocorrência dos acidentes

isquêmicos cerebrais ligados à aterosclerose. As embolias fibrinoplaquetárias, de

pequeno tamanho e fragmentares, parecem constituir o mecanismo principal dos

acidentes isquêmicos transitórios. Contudo, também pode se tratar de embolias mais

volumosas, provenientes de um verdadeiro trombo mural e originando infartos

cerebrais (CAMBIER et al, 2005).

De acordo com Cambier et al (2005) existem exames que possibilitam estudar as artérias

servicais, sendo estes não invasivos, O efeito Doppler, a ecotomografia e a angiografia

convencional, sendo este último o mais indicado, contudo, é um método invasivo e que

possuem riscos que não são desprezados pelos médicos. Os dois outros 2 métodos citados não

são invasivos.

Os acidentes vasculares encefálicos podem ser classificados em: isquêmico e hemorrágico,

sendo o isquêmico a forma mais comum no qual ocorre a obstrução de uma das artérias

encefálicas, causando isquemia no encéfalo.

Segundo O’Sullivan e Schmitz (2004) os acidentes vasculares isquêmicos são causados pro

trombos, embolismos ou baixas pressões de perfusão sistêmica que causam a falta de oxigênio

e glicose no cérebro, como resultado obtêm-se lesão e morte de tecidos.

A ocorrência de um acidente isquêmico cerebral é consequência a uma redução crítica

do débito sanguíneo, devido à oclusão parcial ou total de uma artéria cerebral.

Distinguem-se esquematicamente duas variedades de acidentes isquêmicos cerebrais:

os ataques isquêmicos transitórios, totalmente resolvidos em menos de 24 horas e os

ataques isquêmicos duradouro, que correspondem à ocorrência de um infarto cerebral

(CAMBIER et al, 2005).

O AVE hemorrágico apesar de não ser tão comum, é considerado o mais severo, pois, atinge

áreas mais profundas do cérebro. Umphred (2004) apud Segura (2008), afirma que o acidente

hemorrágico é frequentemente mais grave sendo responsável por um conjunto maior de

sequelas.

Com o sangramento anormal – causado por aneurisma ou trauma – para dentro das áreas extra

vasculares do cérebro. A hemorragia tem como resultado um aumento das pressões

intracranianas, lesionando os tecidos cerebrais restringindo o fluxo sanguíneo distal

(O’SULLIVAN E SCHMITZ, 2004).

Apesar de sua relativa raridade, algumas causas devem ser consideradas, em especial em

acidente isquêmico cerebral que acontece no jovem (CAMBIER et al, 2004), os mesmos

autores ainda citam as causas que mais acometem os jovens - anticoncepcionais orais,

dissecações das artérias cerebrais, displasia fibromuscular, angiites cerebrais, doença de

Takayasu-Onishi, Moya-Moya, síndrome de Susac, Afecções hematológicas, afecções

genéticas e angiopatia cerebral do pós parto.

Os fatores de risco para o acidente vascular cerebral incluem hipertensão arterial sistólica ou

diastólica, hipercolesterolemia, tabagismo, diabetes mellitus, consumo elevado de álcool,

sedentarismo, stress e uso de anticoncepcionais orais. A hipertensão é o mais forte fator de

risco para acidentes vasculares cerebrais, depois da idade (LEWIS, 2000 apud KABUKI,

2007)

A disfunção motora é um dos problemas mais frequentemente encontrados após o AVE. O

déficit motor é caracterizado por hemiplegia ou hemiparesia do lado oposto à lesão no

hemisfério cerebral (SANTOS et al, 2011).

A hemiparesia é a forma mais evidente de sequela de AVE, pois é caracterizada pela perda do

controle motor do lado contralateral ao afetado do encéfalo. Segundo Gomes et al (2006), na

hemiparesia, há uma perda da capacidade dos músculos controlarem o tronco, sendo assim, o

indivíduo com esta sequela não tem controle do equilíbrio.

Os indivíduos portadores de sequelas de AVC seguem, normalmente, uma rotina de

intervenção e tratamento de acordo com o tipo e causa do acidente vascular cerebral.

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Esta rotina varia desde a intervenção cirúrgica ao tratamento clínico, passando,

posteriormente, para o tratamento fisioterápico. Este consiste, na medida do

possível, em restabelecer funções e/ou minimizar as sequelas deixadas. No entanto,

o quadro tende, com o tempo, a se estabilizar e o paciente apresenta, na maioria das

vezes, uma hemiparesia ou uma hemiplegia, dependendo não somente da área

cerebral afetada, como também da extensão deste acometimento. Isto faz com que a

pessoa torne-se um eterno paciente da fisioterapia, desenvolvendo, NBA maioria das

vezes, uma atividade relativa. Outra situação que ocorre habitualmente e que é ainda

pior é quando o paciente retorna para casa e permanece no sedentarismo. Este

sedentarismo, talvez, tenha sido uma das causas provocadoras do seu acidente

vascular e agora poderá talvez ser a causa de um novo acidente (COSTA e

DUARTE, 2002).

Durante os primeiros estágios do AVE, a flacidez sem movimentos voluntários é

comum. Geralmente, essa condição é substituída pelo desenvolvimento de

espasticidade, hiper-reflexia e padrões de movimentos em massa, conhecidos como

sinergismo (em massa). Com frequência, os músculos envolvidos nos padrões de

sinergismo estão de tal maneira vinculados um ao outros que os movimentos

isolados, fora dos padrões de sinergísticos de massa, não são possíveis. À medida

que a recuperação evolui, a espasticidade e o sinergismo começam a decair,

tornando possíveis os padrões avançados de movimento (O’SULLIVAN E

SCHMITZ, 2004:531).

A reabilitação pode começar assim que o paciente esteja medicamente estabilizado –

normalmente dentro de 72 horas. Os pacientes podem ser internados em uma unidade

específica para AVE ou em uma unidade neurológica com serviços, em termos de uma

melhora significativa dos resultados da reabilitação, se comparados com os pacientes que não

os recebem (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004).

3. Hidroterapia

De acordo com Hanson e Norm (1996) a água é um ótimo meio para exercitar-se, pois possui

propriedades que influenciam nos exercícios, a água possui a densidade relativa que

determina se um objeto vai flutuar, relacionada à esta propriedade está a flutuação, além disso

a hidroterapia deve ser realizada em piscina aquecida para que haja mudanças significativas

no sistema circulatório pois aumenta a temperatura corporal, sendo assim, mais eficiente para

a recuperação de pacientes.

Os objetivos específicos incluem:

−Facilitar os exercícios de amplitude de movimento (ADM);

−Iniciar o treinamento resistido;

−Facilitar atividades com descarga de peso;

−Favorecer a aplicação de técnicas manuais;

−Prover acesso tridimensional ao paciente;

−Facilitar os exercícios cardiovasculares;

−Iniciar a simulação de atividades funcionais;

−Minimizar o risco de lesão ou lesão recidivante durante a reabilitação;

−Favorecer o relaxamento do paciente (KISNER E COLBY, 2005).

Hanson e Norm (1998) citam as contra-indicações para a terapia em piscinas que são:

Doenças transmissíveis, febre alta, insuficiência cardíaca, doença nos rins, desordens

gastrointestinais, doenças infecciosas, feridas abertas, doenças da pele com erupções,

tímpanos perfurados, incontinência de fezes e urina, epilepsia, entre outros.

Kisner e Colby (2005) citam como propriedades físicas da água a flutuabilidade, a pressão

hidrostática, a viscosidade e a tensão superficial, ainda citam a hidromecânica, a

termodinâmica, e o centro de flutuação como propriedades da água, os quais devem ser bem

compreendidos para que haja uma boa terapêutica.

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A flutuação e a viscosidade sozinhas ou combinadas possibilitam o uso da água como

facilitador, resistência ou suporte para o movimento corporal ou de determinado

segmento, dependendo da postura do paciente, ou seja, está diretamente relacionada à

posição do corpo na água (decúbito). A literatura referente ao assunto é bastante

limitada, restringindo-se a capítulos de livros, que abordam o tema enfocando os

fundamentos de hidrocinesioterapia, mas não discutindo de maneira simplista

superficial a sua aplicabilidade na prática clínica (CANDELORO e CAROMANO,

2006).

As propriedades mecânicas da água levam em consideração a densidade do corpo imerso, que

é a relação da massa de um corpo com seu volume. Além da densidade, as substâncias dão

definidas por sua gravidade específica, que considera a relação entre a densidade do corpo e a

da água, que determina a capacidade de um objeto ou corpo flutuar (ORSINI et al., 2010).

As propriedades singulares da água e os efeitos da imersão têm profundas implicações

fisiológicas na administração de exercícios fisioterapêuticos. Para utilizar com

eficiência o meio aquático, os profissionais precisam possuir uma compreensão básica

da importância clínica das propriedades estáticas e dinâmicas da água na medida em

que afetam a imersão humana e o exercício (KISNER e COLBY, 2005:258).

Segundo Souza (2000) e Ekman (2004) apud Kabuki (2007) os exercícios terapêuticos em

água aquecida estimulam e alteram fisiologicamente os sistemas cardíaco, respiratório,

endócrino, muscular, entre outros.

Segundo Kisner e Colby (2005) a temperatura da água é um fator importante para que os

objetivos terapêuticos de um paciente sejam bem sucedidos. Normalmente utiliza-se água fria

quando os exercícios dão de grande intensidade e quando estes são de relaxamento muscular e

flexibilidade, devem ser com água morna, sendo que a escolha incorreta da temperatura da

água pode vir a trazer desconforto ao paciente fazendo com o que o mesmo possa vir a não

realizar os exercícios de forma correta e o mecanismo fisiológico deste não funcionará de

forma adequada.

Os exercícios em água aquecida é uma modalidade de tratamento para uma grande

variedade de patologias. Estudos feitos em imersão com a cabeça fora da água

consideram a água à 95°F (35°C) termo-neutra, ou seja, não traz efeito algum à

temperatura central. Qualquer desvio mínimo na temperatura da água pode produzir

mudanças significativas no sistema circulatório. Em vez de ficar nos membros, o

sangue é redistribuído. Esta redistribuição causa o aumento do retorno venoso e é

considerada a base para todas as modificações fisiológicas associadas à imersão

(HANSON e NORM, 1998:6)

A imersão aquática possui efeitos fisiológicos relevantes que se estendem sobre todos

os sistemas e a homeostase. Estes efeitos podem ser tanto imediatos quanto tardios,

permitindo assim, que a água seja utilizada para fins terapêuticos em uma grande

variedade de problemas orgânicos. A terapia aquática parece ser benéfica no

tratamento de pacientes com distúrbios musculoesqueléticos, neurológicos,

cardiopulmonares, entre outros (BECKER E COLE, 2000 apud GIMENES, 2005).

O exercício aquático incluindo o de flexibilidade, fortalecimento, treinamento de marcha e

relaxamento pode ser feito em temperaturas entre 26°C e 33°C (KISNER e COLBY, 2005).

Hanson e Norm (1998) citam como efeitos terapêuticos a promoção do relaxamento muscular,

a redução da sensibilidade à dor, a redução dos espasmos musculares, o aumento da facilidade

do movimento articular, o aumento da força e resistência muscular em casos de fraqueza

excessiva, a redução da força gravitacional, o aumento da circulação periférica, a melhoria da

musculatura respiratória, a melhoria da consciência corporal, equilíbrio e estabilidade do

tronco e a melhoria moral e na autoconfiança do paciente.

A fisioterapia aquática tem como objetivo promover o máximo de independência funcional

possível ao paciente, minimizando as respostas anormais e potencializando os movimentos

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apropriados, beneficiando-se dos princípios físicos e termodinâmicos da água.

(MENEGHETTI et al, 2012).

O exercício aquático terapêutico é a união dos exercícios aquáticos com a terapia física. É

uma abordagem terapêutica abrangente que utiliza os exercícios aquáticos para ajudar na

reabilitação de várias patologias (HANSON e NORM, 1998).

De acordo com Ruoti et al (2000) apud Orsini et al (2010), o método Bad Ragaz (Figura 2)

tem como objetivos reduzir o tônus muscular, proporcionar relaxamento, fortalecer a

musculatura, melhora da resistência, entre outros. O método Halliwick (Figura 3) proporciona

melhor equilíbrio e independência durante as atividades funcionais.

Sacchelle et al (2007) afirma que os objetivos específicos do Bad Ragaz são0020relaxamento,

fortalecimento, reeducação muscular, tração e alongamento da coluna vertebral, adequação,

entre outros.

A facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) estava em ascensão e também foi

incorporada aos exercícios de Knupfer, que já estavam sendo utilizados em Bag

Ragaz. Assim criou-se o método dos anéis do Bad Ragaz, no qual os exercícios são

realizados na diagonal e com movimentos tridimensionais. Pode-se dizer que esta

metodologia ainda está em evolução. Hoje é usada em todo o mundo na reabilitação

em geral e utiliza as diversas propriedades da água para relaxamento, estabilização e

execução de exercícios resistivos progressivos (SACCHELLI et al, 2007:78).

Figura 2. Método dos anéis de Bad Ragaz

Fonte: RUOTI et al, 2000:322, 330

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Figura 3. Método Walliwick

Fonte: SACCHELLI et al, 2007:71,72

O Watsu (Figura 4) utiliza técnicas de flutuação, em piscina com água aquecida, aplicando

alongamento e movimentos do Zen Shiatsu. No Watsu, o paciente permanece flutuando e a

partir dessa postura são realizados alongamentos e rotações do tronco, que auxiliam para o

relaxamento profundo, vindo por meio de suporte da água e dos movimentos rítmicos. O

Watsu pode ser útil especialmente no início de uma sessão de tratamento por promover o

alongamento (BALLANTYNE, 1991 apud ORDINI et al, 2010).

Figura 4. Método Watsu

Fonte: RUOTI et al, 2000:374, 380

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4. Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de coleta de dados qualitativa, realizado no

período de março de 2011 a janeiro de 2013, pesquisada no banco de dados Pub Med, Google

acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do

Caribe em Ciências de saúde (LILACS), provenientes da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),

através dos descritores Acidente Vascular Encefálico, Hidroterapia; Ganho de funcionalidade.

Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos publicados no idioma português,

com limite humano e texto completo disponível online no período de 2002 a 2012. Os

critérios de exclusão foram textos que não se referem ao tema em estudo, através da leitura de

títulos e dos resumos.

Após a pesquisa bibliográfica foi feito uma seleção de materiais de interesse da mesma,

através de uma leitura interpretativa, que serviu de base para a formação e desenvolvimento

do trabalho.

5. Resultados e Discussões

Meneghetti et al (2012), realizaram um estudo de caso com uma indivíduo do sexo feminino,

36 anos com diagnóstico de hemiparesia à esquerda desproporcional com predomínio crural,

no qual foi realizado uma avaliação do equilíbrio utilizando a Escala de Equilíbrio Funcional

de Berg (EEFB), composto por 14 questões que variam de 0 a 4 pontos. Foram realizadas 24

sessões de 50 minutos cada, duas vezes por semana, durante 3 meses. Antes da intervenção da

fisioterapia aquática a pontuação do indivíduo pela EEFB foi de 15 pontos, após a intervenção

a pontuação da EEFB foi de 40 pontos. Foi concluído neste estudo que a participante com

AVC apresentou melhora no equilíbrio e na realização das atividades funcionais.

Jakaitis et al (2012), atenderam regularmente 13 pacientes com 2 sessões de hidroterapia

semanal em pacientes portadores de AVC, estes foram submetidos a avaliação de

condicionamento físico, mensurando o esforço através da escala de Borg que foi coletada

somente na primeira terapia mensal, totalizando 31 testes em um período de 12 meses. No

segundo trimestre de terapia, observaram que a frequência cardíaca e Borg diminuíram após 6

meses de tratamento e no final do tratamento houve a melhora do condicionamento físico dos

pacientes.

No programa de hidroterapia de Nicolini et al (2010) foi demostrado que houve a melhora do

movimento de dorsiflexão do tornozelo de indivíduos hemiparéticos espásticos, no qual

demonstrou melhora da marcha, este estudo foi feito com indivíduos que apresentavam AVE

e foram avaliados através de goniometria, neurofuncionalmente e filmagem da marcha por

biofotogametria computadorizada. Após esta avaliação os indivíduos foram submetidos a 15

sessões de hidroterapia onde os profissionais utilizaram técnicas específicas como o método

Halliwick e o método de anéis de Bad Ragaz.

Segundo Lopes et al (2010) confirmaram a hipótese das propriedades da água no qual o

paciente fortalece a musculatura, promove relaxamento, alongamento muscular, entre outros,

nos quais foram fundamentais para o bom equilíbrio e marcha adequada dando ao paciente

independência funcional.

Kabuki e Sá (2007) selecionaram 2 pacientes acometidos por acidente vascular encefálico, um

do sexo feminino e o outro do masculino, iniciaram as sessões de hidroterapia onde no início

e no fim de cada sessão era aferida a pressão arterial dos 2 indivíduos, os exercícios na água

eram os de alongamento de membros inferiores que a cada sessão eram dificultados com

caneleira e braçadeiras, também foram realizados exercícios cardiorrespiratórios através de

imersão da face na água, como resultados obtidos após cada sessão, a aferição da pressão

10

arterial, observou-se que tanto a pressão arterial sistólica quanto a diastólica diminuíram

prevenindo assim complicações cardiovasculares. Portando a hidroterapia é eficaz para que

haja diminuição da pressão arterial.

Em seu estudo Orsini et al (2004) chegaram a conclusão de que ainda faltam evidências para

a eficácia da hidroterapia na prática pois na literatura já existem evidências suficientes sobre

as propriedades da água mas a falta de artigos sobre a aplicabilidade em pacientes com

espasticidade. No entanto os artigos existentes demonstram a eficácia da hidroterapia.

Gimenes et al (2005) selecionaram 6 artigos de 207 e concluíram que são fracas as evidências

quanto aos benefícios da hidroterapia quando a mesma é aplicada à pacientes com

comprometimento motor causado por doenças neurológicas.

Santos et al (2011) avaliaram 17 pacientes portadores de acidente vascular encefálico nos

quais realizaram hidroterapia, destes foram excluídos 7. Os 10 restantes fizeram 12 sessões de

hidroterapia e após estas sessões foram avaliados e obteve-se resultados benéficos pois

tiveram melhora na performance da mobilidade funcional.

No modelo de reabilitação de Pissaroli et al (2011), foi feito um levantamento bibliográfico e

selecionados 92 artigos que tinham como critério o acidente vascular encefálico, para que se

pudesse definir a forma de tratamento mais adequado para esta patologia e um dos recursos

que foi encontrado é a hidroterapia e dentre estas propostas de tratamento, deve-se analisar

qual a melhor técnica para se utilizar em cada paciente.

Jakaitis et al (2008), realizaram um estudo epidemiológico da fisioterapia aquática e

analisaram que 97 casos (54,18%) eram de pacientes com acidente vascular encefálico e

viram que como o predomínio de pacientes com AVE é grande deve-se ter uma atenção

especial, mostrando aos leitores que a hidroterapia se faz necessária para estes indivíduos

acometidos por esta patologia.

6. Conclusão

Os estudos demonstram que a hidroterapia, como recurso fisioterapeutico, para o tratamento

de pacientes pós AVE é eficaz pois em todos eles os resultados foram satisfatórios, mostrando

que através das propriedades da água, a hidroterapia e suas técnicas de relaxamento,

fortalecimento e ganho de amplitude de movimento foi benéfica aos pacientes com tal

patologia.

O que foi observado é que em cada estudo houve uma mensuração diferente de dados, pois, o

AVE é uma patologia na qual provoca sequelas nas quais cada autor estipulou uma

abordagem para distintos acometimentos dessa patologia, pode-se citar como exemplo a

marcha, a pressão arterial e a melhora do condicionamento físico.

Apesar de serem estudos que demonstram diferentes sequelas e os métodos utilizados que

também foram diferenciáveis, as conclusões foram positivas para esta técnica, que ajuda a

relaxar o paciente, melhorando sua estima, renovando o aspecto social e aumentando a

independência do mesmo.

Contudo o tratamento com este recurso aquático é apenas um complemento à reabilitação

convencional feita através de condutas fisioterapeuticas ambulatorias, não podendo esquecer

que a melhor maneira de se tratar um paciente, seja qual for a patologia é fazendo uma boa

avaliação, para que sejam feitas as devidas condutas.

Portanto, se fazem necessários mais estudos sobre a hidroterapia para pacientes com AVE

para que sejam feitas condutas apropriadas a cada indivíduo pois a teoria é muito rica e cheia

de informações para que esse tratamento seja bem sucedido mas há a necessidade de se

realizarem mais estudos de caso para realmente comprovar o que se propõe na teoria.

Em frente à deficiência em encontrar artigos válidos para esta revisão bibliográfica, foi

evidênciado que os recursos aquáticos são benéficos para os indivíduos que são acometidos

11

por acidente vascular encefálico, sendo assim um tratamento eficaz e que pode ser utilizado

juntamente com as condutas de fisioterapia convencional.

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