bem-estar e saúde: excelência nos atendimentos com ... · todo estabelecimento deve respeitar e...

27
Bem-estar e saúde: excelência nos atendimentos com aplicação de Boas Práticas Profª Drª Adriana Gibotti [email protected]

Upload: nguyendat

Post on 15-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Bem-estar e saúde: excelência nos atendimentos com

aplicação de Boas Práticas

Profª Drª Adriana Gibotti

[email protected]

Todo estabelecimento deve respeitar e se adequar à legislação sanitária vigente, para garantir ao profissionale a seus clientes, segurança e qualidade nos serviços que prestam,

evitando riscos à saúde.

Bem-estar e saúde: excelência nos atendimentos

com aplicação de Boas Práticas

1) O estabelecimento deve possuir piso e paredes lisos e

impermeáveis para não acumularem microrganismos,

poeira, ou resquícios de secreções;

2) Deve conter:

- lixeira de pedal com saco plástico para descarte

material contaminado;

- lavatório com sabonete líquido, papel toalha e lixeira

com pedal com saco plástico;

Conforme Decreto nº 23.915 da COVISA (Vigilância Sanitária

Municipal)

O profissional de beleza deve seguir as normas sanitárias:

3) Maca com superfície lisa ou lavável, forrada com

lençol de TNT ou de papel branco (resistente) ou

papel kraft – todos descartáveis, trocado a cada

cliente;

4) Mesa auxiliar, com superfície lisa e lavável, para

acomodar bandeja forrada com papel toalha para

os materiais de uso; os objetos e equipamentos

devem ser descartáveis ou higienizados para cada

cliente;

5) Utilizar pinça descartável ou esterilizada a cada

cliente; como também faixa de TNT, touca

descartável, entre outros utilizados no

procedimento;

Continuação COVISA - normas sanitárias :

- Uso de EPI - Equipamento de Proteção Individual para prevenção e

controle de contaminação por microrganismos:

luvas descartáveis *

máscara descartável

touca descartável

jaleco ou uniforme branco de tecido resistente.

* Retirar as luvas descartáveis somente após concluir o serviço.

Lavar as mãos antes e depois de atender a cada cliente.

Continuação COVISA - normas sanitárias:

Ao identificar alguma alteração na pele do cliente, orientá-lo

para que procure um médico. Perguntar ao cliente se possui alguma

alergia ao produto a ser utilizado (preencher a ficha de anamnese do

cliente )

Recomenda-se ao profissional ao iniciar o atendimento:

1) Lavar as mãos antes de atender cada cliente.

2) Usar luvas descartáveis e retirá-las somente quando concluir o serviço.

3) Borrifar álcool 70% ou álcool gel nas mãos do cliente antes do

procedimento para evitar infecções.

4) Utilizar papel toalha no cliente para o procedimento.

O profissional deve:

• Usar uma toalha para cada procedimento, independente de ser a mesma

cliente;

• Toalhas de tecido - devem estar limpas, podendo ser lavadas em

lavanderia ou de forma doméstica, com água e sabão e na primeira lavagem

deixá-las por 10 minutos em solução com água sanitária 200ml p/ 20 L

de água ou na última lavagem em ácido peracético a 0,03% e passadas

a ferro quente.

• Guardadas de forma organizada em local limpo, seco e arejado, podendo

ser prateleira ou armário; Ideal: embalar individualmente em saco

plástico e selar.

• As sujas devem ser descartadas em cesto de roupa suja em local diferente

das limpas, para evitar contaminação;

Toalhas e Lençois de Tecido ou Descartáveis

DescontaminaçãoLimpeza : água e

detergente enzimático

(5minutos, e depois

escovação)

Secagem

Desinfecção /

Esterilização

Enxague

• Lavar as mãos após o atendimento de cada cliente;

• Jogar no lixo (lixeira de pedal com tampa) os materiais descartáveis ou

de uso único.

Realizar a assepsia dos equipamentos com produto adequado.

-Realizar os seguintes procedimentos com os instrumentos:

O profissional ao finalizar o serviço, deve:

- Limpeza = é a remoção física de sujidades, com a finalidade de manter o

asseio e a higiene do ambiente.

MÉTODO: lavagem com água e sabão ou detergente.

-Esterilização = destruição de todas formas de vida, através de agentes

químicos ou físicos.

- Desinfecção = processo pelo qual são destruídos os microrganismos em

sua forma vegetativa das áreas e *superfícies críticas e ou *contaminadas.

- Assepsia = é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou

um meio inerte isento de bactérias.

Métodos de limpeza e desinfecção de áreas e superfícies (assepsia)

- Anti-sepsia = refere-se à desinfecção de tecidos vivos com anti-sépticos.

Elaborado à base de enzimas (amilase, protease, lipase, celulase) :

- Degrada e dissolve de matérias orgânicas (sangue, muco, fluidos,

gordura, proteínas etc), possue também um tensoativo não iônico

para auxiliar na remoção de gorduras.

Modo de Uso: 5mL / 1 litro de água - material imerso por 5 minutos.

DETERGENTE ENZIMÁTICO:

- ESTERILIZAÇÃO POR AGENTES FÍSICOS OU QUIMICOS:

A) AGENTES FÍSICOS :

- Calor Úmido: Vapor Sobre Pressão (Autoclave)

- Radiação: Raio Gama – Cobalto 60

ESTERILIZAÇÃO

- Autoclave

-Na embalagem deve constar a data de esterilização e validade (7 dias) e

o nome de quem preparou o material;

- Envelopes devem ser colocados verticalmente (suporte) ou

em bandeja da autoclave com o plástico p/ baixo e o papel p/ cima

esem sobreposição de envelopes.

Modelos:

- 121°C p/ 30 min / 15 libras (psi)

- 135°C p/ 14 min (40 min com secagem –

ciclo completo) 30 psi (material embalado)*

ESTERILIZAÇÃO – AGENTE FÍSICO:

B) AGENTES QUÍMICOS:

- Peróxido de Hidrogênio - Autoclave específica

tempo de esterilização: 75 minutos ; alto custo.

-Gases: Óxido de etileno : 6-24 h (meio químico gasoso).

Não mais permitido esterilização química por imersão

ESTERILIZAÇÃO

Resolução - RDC Nº 33 e Nº35, 16 de agosto de 2010

• Tempo de exposição por imersão :

- 30 minutos para desinfecção

- Age nos artigos por imersão

* Os instrumentos devem estar pré-lavados em detergente enzimático,

enxaguados em água corrente e secos antes de colocar na solução de

ácido peracético.

• Toxicidade : BAIXA – podendo ser desprezado na pia, em água corrente

• O uso deve ser imediato caso não for para autoclave

• Reutilização da solução: somente por até 72 horas.

Técnicas de Desinfecção de alto nível: Solução de Ácido

Peracético (Ácido acético com Peróxido de hidrogênio e água):

- Concentrações : 0,1% à 0,2% - potente agente microbicida

_______________________________________________________

Aplicação: Proporção :_______________________________________________________________

- Desinfecção de alto nível 0,1%

- Superfícies fixas 0,05%

- Lavanderia- processo de desinfecção 0,03%

______________________________________________________________________

Técnicas de Desinfecção de alto nível: Solução de Ácido

Peracético:

Opções: Peroxide P50

Proxitane® alfa - 0,2% pronto para uso

Tanque Tanque Tanque Tanque Tanque Tanque

Produto

(solução a

0,1%)

5 litros 15 litros 18 litros 20 litros 25 litros 30 litros

Água Inicial 2 lts. 5 lts. 6 lts. 7 lts. 8 lts. 10 lts.

Ac.Per.5% 100 ml 300 ml 360 ml 400 ml 500 ml 600 ml

Água Final Completar Completar Completar Completar Completar Completar

SOLUÇÃO A 0,1% DE ÁCIDO PERACÉTICO A PARTIR DE CONCENTRADO A 5%

Instruções de preparo1.Colocar quantidade de 1/3 do volume total de água tratada, destilada, deionizada ou de osmose

reversa, no tanque de preparo, conforme quadro abaixo

2. Utilizando um frasco graduado medir e colocar o concentrado do ácido peracético nos volumes

recomendados abaixo.

3. Completar o nível estabelecido para o volume total com água tratada, destilada, deionizada ou

de osmose reversa.

Técnicas de Desinfecção de alto nível: Solução de Ácido

Peracético:

Diluidora de Solução de Ácido Peracético

Cidex® OPA 0,55% (Ortoftalaldeído 0,55% )

- pronto para uso , tempo de imersão : 20 min.

- Reuso da solução por 14 dias e se não for utilizada

imediatamente , após a abertura do galão , validade

de 75 dias.

- Apresenta propriedades micobactericida, bactericida,

fungicida e virucida. ; ativo contra M. chelonae resistentes

aos glutaraldeído.

-Desvantagem: necessidade de neutralizar com 25 g de

glicina p/ galão por 1h antes de descarte

Desinfetantes de alto nível:

DESINFECÇÃO: classificação MÉTODOS E SOLUÇÕES GERMICIDAS

Desinfecção de baixo nível:

Destruição de bactérias em forma vegetativa

(Pseudomonas, Salmonella), alguns vírus e

alguns fungos.

Não elimina M. tuberculosis, esporos

bacterianos, vírus da Hepatite B (HBV) e os

vírus lentos.

Álcool etílico e isopropílico

Hipoclorito de Sódio (100ppm)

Fenólicos

Quaternário de amônia

Obs: tempo de exposição< ou= a 10 minutos.

Desinfecção de médio nível:

Eliminação além dos microrganismos destruídos

na desinfecção de baixo nível como também M.

tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o

HBV) e a maioria dos fungos.

Não elimina: Mycobacterium avium

intracellulare, esporos bacterianos e os vírus

lentos.

Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%)

Fenólicos

Hipoclorito de Sódio (100ppm)

Pasteurização 75o C a 30 minutos.

Obs: depende da concentração e/ou período

de exposição.

Desinfecção de alto nível:

Não elimina: alguns tipos de esporos

bacterianos mais resistentes e os vírus lentos.

- Solução de Peróxido de Hidrogênio

- Hipoclorito de sódio (1000 ppm)

- Cloro e compostos clorados

- Ácido peracético.

- Orthophtalaldeído (Cidex ® OPA)

- Água super oxidada

Obs: Tempo de exposição >ou= 20 min.

Os desinfetantes para superfícies fixas, pisos, paredes e imobiliários, que atendam as

exigências da Portaria n°15/1988 do Ministério da Saúde.

Princípios Ativos Permitidos:

- Aldeídos

- Fenólicos

- Quaternários de Amônio

-Compostos Orgânicos e Inorgânicos liberadores de cloro ativo

- Iodo e derivados

- Álcoois e glicóis

- ÁCIDO PERACÉTICO

MÉTODO: Agente químico

- limpar a superfície com o produto

- ação mecânica – retira o produto

- aplicar novamente o produto, deixar por 10 minutos .

*SUPERFÍCIES CONTAMINADAS – ONDE HÁ PRESENÇA DE SANGUE,

EXSUDATO ETC.

-PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS PARA DESINFECÇÃO DE ÁREAS

- E SUPERFÍCIES

Boletim Epidemiológico Paulista – BEPA Agosto 2008 Volume 5 Número 56 ISSN

1806-4272 . Infecções por micobactérias de crescimento rápido (MCR) relacionadas a

procedimentos cirúrgicos e estéticos.

Desde 2003 - vários Estados brasileiros notificaram surtos de infecção

em diferentes procedimentos invasivos, provocados por Micobactérias Não-

tuberculosas (MNT), especialmente as Micobactérias de Crescimento

Rápido (MCR) :Mycobacterium abcessus

M. chelonae

M. fortuitum

- 1º surto em 2005 : dezenas de pacientes submetidos a implante de prótese

mamária em Campinas, SP.

- Até abril de 2008 : notificados 2.102 casos de infecção por MCR, distribuídos

predominantemente por hospitais privados.

Infecções por Micobactérias após procedimentos cirúgicos e estéticos

Estas infecções são caracterizadas como “infecção

hospitalar”, pois manifestam-se após :

- realização de procedimentos invasivos, especialmente

vídeocirurgias,

- podem ocorrer após lipoaspiração, colocação de

implantes ou próteses, mesoterapia e outros.

Principais fatores desencadeantes do processo

infeccioso: - Falhas nos procedimentos de

limpeza, desinfecção e esterilização do

instrumental ou dos equipamentos.

Infecções por Micobactérias após procedimentos cirúgicos

e estéticos

A Infecção por MCR evolui :

- com aspecto inflamatório crônico e granulomatoso, podendo formar

abscessos, freqüentemente com crescimento lento, com manifestação

até um ano após o ato cirúrgico.

- a suspeita normalmente é levantada devido à falta de resposta aos

antibióticos mais utilizados no tratamento de patógenos habituais de pele.

Infecções por Micobactérias após procedimentos cirúgicos e

estéticos

Sem licença do Órgão Sanitário ou contrariando o disposto

nas demais Normas legais e regulamentares pertinentes”.

( Lei Federal 6437/77 que configura as infrações de origem

sanitária Artigo 10º. – inciso III).

Além desta exigência legal, a própria clientela dos serviços

observa e exige cuidados relativos à qualidade e segurança destes

serviços, o que torna imperioso a adequação dos mesmos.

LICENÇA DO ÓRGÃO SANITÁRIO COMPETENTE

www.inbravisa.com.br

Dentro deste contexto, o Instituto Brasileiro de Auditoria em

Vigilância Sanitária – INBRAVISA desenvolveu o PROGRAMA

DE ADEQUAÇÃO SANITÁRIA PARA CLÍNICAS DE

ESTÉTICA E SPAS, promove a total adequação dos

estabelecimentos frentes as normas sanitárias e emite no

final do processo o CERTIFICADO DE REGULARIDADE

SANITÁRIA,

e-mail: [email protected]

Email: [email protected]

PROGRAMA DE ADEQUAÇÃO SANITÁRIA PARA CLÍNICAS

DE ESTÉTICA E SPAS

• Código Sanitário do Município de São Paulo - Lei Municipal n.13.725, de

09/01/2004;

• Ministério do Trabalho e Emprego - Classificação Brasileira de

Ocupações, 2002;

• Resolução ANVISA n. 79, de 28/08/2000 - estabelece a definição e

classificação de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e

outros com abrangência neste contexto;

• Guia de Legislação Profissional - ocupações de nível técnico em

comércio e serviços. SENAC / FIOCRUZ, 2002. In: www.epsjv.fiocruz.br;

• Código de Defesa do Consumidor - Lei Federal n. 8078/90;

• Portaria Municipal nº 1293/ 2007 – SMS – Cadastro Municipal de

Vigilância Sanitária;

• Decreto Municipal nº 50.079 de 07/10/2008;

COVISA –Coordenação de Vigilância Sanitária

www.prefeitura.sp.gov_br/covisa SP - SAC: 3397-8278/3397-8279

LEGISLAÇÃO

Contato - Adriana Gibotti

E-mail: [email protected]

AGRADECIMENTOS : À coordenadora profa. Maria de Fátima L. Pereira