belo horizonte, 18 de julho de 2008 -...

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CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais Rua: Rio de Janeiro, 471 - 10º andar - Centro - Belo Horizonte - MG CEP 30160-040 | Tel (31) 3215-7209 |[email protected] IV Conferência Estadual de Saúde do(a) Trabalhador(a) Belo Horizonte - 29, 30 e 31 de maio - 2014 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA EIXO 1 1ª Diretriz - O desenvolvimento socioeconômico e seus reflexos na saúde do trabalhador e da trabalhadora Proposta 01 A vigilância de Saúde deve promover a integração entre Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador e Trabalhadora- PNSTT, com o setor de Segurança Pública objetivando a redução dos fatores de risco, sequelas e danos aos trabalhadores, produzindo qualidade de vida. Proposta 02 Reduzir a jornada de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras, de 44 para 40 horas, e 30 horas para os profissionais da saúde, garantindo a flexibilização das metas de acordo com as peculiaridades locais de cada equipe, criando piso salarial para todas as categorias. Proposta 03 Implantar e implementar capítulos sobre a Saúde e Segurança do Trabalhador e da trabalhadora nos Códigos Sanitários e em todos instrumentos de gestão de saúde dos municípios, após apreciação e aprovação dos Conselhos de Saúde. Proposta 04 Efetivar o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SESMT para os Trabalhadores e Trabalhadoras do setor público. Proposta 05 Encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Projeto de Lei e alteração da Lei de Licitações nº 8666/93, para que os órgãos públicos estabeleçam como pré-requisito para compra de produtos e serviços, junto às empresas fornecedoras, Certidão Negativa de Acidente de Trabalho, nos últimos 12 meses, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Previdência Social. Proposta 06 Responsabilizar as empresas com os custos gerados nas áreas de saúde e Previdência Social, pelas doenças e agravos, definidos pela relação nacional de doenças, constantes na portaria do Ministério da Saúde/ Gabinete do Ministro n° 104 de 25/01/2011. Proposta 07 Efetivar o fluxo de atendimento ao trabalhador e trabalhadora vitima de acidente do trabalho e doença- ocupacional, com garantia do adequado seguimento para o reestabelecimento da saúde por meio do acesso às ações assistenciais de cirurgias, reabilitação, fisioterapia, apoio diagnóstico e terapêutico aliado ao suporte previdenciário por meio da interlocução intersetorial: Saúde, Assistência Social, Previdência Social e Trabalho. Proposta 08

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CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS

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CEP 30160-040 | Tel (31) 3215-7209 |[email protected]

IV Conferência Estadual de Saúde do(a) Trabalhador(a) Belo Horizonte - 29, 30 e 31 de maio - 2014

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA

EIXO 1 1ª Diretriz - O desenvolvimento socioeconômico e seus reflexos na saúde do trabalhador e da trabalhadora

Proposta 01 A vigilância de Saúde deve promover a integração entre Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador e Trabalhadora- PNSTT, com o setor de Segurança Pública objetivando a redução dos fatores de risco, sequelas e danos aos trabalhadores, produzindo qualidade de vida. Proposta 02 Reduzir a jornada de trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras, de 44 para 40 horas, e 30 horas para os profissionais da saúde, garantindo a flexibilização das metas de acordo com as peculiaridades locais de cada equipe, criando piso salarial para todas as categorias. Proposta 03 Implantar e implementar capítulos sobre a Saúde e Segurança do Trabalhador e da trabalhadora nos Códigos Sanitários e em todos instrumentos de gestão de saúde dos municípios, após apreciação e aprovação dos Conselhos de Saúde. Proposta 04 Efetivar o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT para os Trabalhadores e Trabalhadoras do setor público. Proposta 05 Encaminhar ao Congresso Nacional proposta de Projeto de Lei e alteração da Lei de Licitações nº 8666/93, para que os órgãos públicos estabeleçam como pré-requisito para compra de produtos e serviços, junto às empresas fornecedoras, Certidão Negativa de Acidente de Trabalho, nos últimos 12 meses, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Previdência Social. Proposta 06 Responsabilizar as empresas com os custos gerados nas áreas de saúde e Previdência Social, pelas doenças e agravos, definidos pela relação nacional de doenças, constantes na portaria do Ministério da Saúde/ Gabinete do Ministro n° 104 de 25/01/2011. Proposta 07 Efetivar o fluxo de atendimento ao trabalhador e trabalhadora vitima de acidente do trabalho e doença- ocupacional, com garantia do adequado seguimento para o reestabelecimento da saúde por meio do acesso às ações assistenciais de cirurgias, reabilitação, fisioterapia, apoio diagnóstico e terapêutico aliado ao suporte previdenciário por meio da interlocução intersetorial: Saúde, Assistência Social, Previdência Social e Trabalho. Proposta 08

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Efetivar a valorização do trabalhador e da trabalhadora por meio da continuidade do processo de trabalho com garantia da estabilidade empregatícia; efetivação de Plano de Cargo, Carreira e Salário; redução da carga horária para 30 horas semanais, sem redução de salário, para todos os trabalhadores (as); garantia de ambientes saudáveis associados à implementação de medidas protetoras; garantia ao trabalhador ao direito a receber o adicional de periculosidade; criação de mecanismo que resguarde ao trabalhador ( a) o direito de denunciar e notificar riscos do mesmo sofrer assédio moral, institucional e perseguição política; normatização do contrato de trabalho no serviço público preservando os direitos trabalhistas do contratado; mudança no foco do processo de trabalho centrado apenas no alcance de resultados e cumprimento de metas a custa do adoecimento mental e esgotamento intelectual e emocional gerador de sofrimento, estresse e transtorno mental; fiscalizar os contratos de trabalho nos órgãos públicos, considerando os direitos trabalhistas: férias, 13° salário, Instituto Nacional da Seguridade Social- INSS, insalubridade, fundo de garantia, disponibilização de Equipamento de Proteção Individual- EPI’s e outros. Proposta 09 Realizar a Vigilância em Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, expostos aos agrotóxicos de forma a prevenir danos e agravos à saúde, desde a produção dessas substâncias até a destinação final de embalagens vazias, incluindo a educação e a conscientização dos profissionais da saúde e empregados rurais, em caráter intersetorial e interinstitucional, principalmente com a agricultura e o meio ambiente. EIXO 2 2ª Diretriz - Fortalecer a participação dos trabalhadores e das trabalhadoras, da comunidade e do controle social nas ações de saúde do Trabalhador e da Trabalhadora: Proposta 01 Fortalecer o processo de comunicação, vigilância, divulgação e utilização das informações dos índices de acidentes do trabalho e dos adoecimentos, através da criação de canal de captação, levantamento e informação de diagnósticos e agravos sobre a saúde do trabalhador(a) em parceria com os Conselhos Municipais de Saúde, Comissão Intersetorial da Saúde do Trabalhador CIST e Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador - CEREST, assim como de benefícios, de forma desagregada por empresas Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ, respeitando o sigilo das informações individuais previstas em Lei. Proposta 02 Informar a todas as empresas da liberação obrigatória do seu trabalhador para participar do controle social. Os Conselhos Locais de Saúde devem fazer um trabalho de campo, visando repassar informações, para população de sua área de abrangência, sobre o controle social, e informações referentes às discussões e ações da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador-CIST, chamando a todos para participarem dos cursos de capacitação, garantindo a liberação dos trabalhadores do setor público e privado nas atividades de controle social. Proposta 03 Divulgar na mídia, ônibus, jornais dos Conselhos Municipais de Saúde, Sindicatos e Centrais Sindicais, informações referentes às discussões e ações da Comissão Intersetorial de Saúde

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do Trabalhador - CIST, como formar e incentivar os trabalhadores a participarem e ocupar os espaços do controle social. Proposta 04 Realizar ações de vigilância em saúde do trabalhador (a) em conjunto com a Delegacia Regional do Trabalho, Vigilância em Saúde e Sindicatos, com comunicação ao Ministério Público caso necessário, nos diversos locais de trabalho para que sejam verificadas as condições de trabalho e o respeito aos direitos do trabalhador e da trabalhadora, sejam urbanos ou rurais. Proposta 05 O Conselho Nacional de Saúde deverá assegurar junto ao Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério do Trabalho e das Comunicações, a ampliação do programa de Inclusão Digital, transformando o mesmo em uma Política Nacional vinculada a Educação Permanente para o Controle Social no Sistema Único de Saúde SUS, ampliando o número de vagas no Curso de Qualificação para o Controle Social no SUS, já ofertado pelos Conselhos de Saúde, com o intuito de ampliar acesso dos trabalhadores, movimentos sindicais, populares e sociais, com inserção dos conselheiros de saúde para o domínio das ferramentas de tecnologia da informação em saúde, visando formação presencial e virtual para pleno conhecimento das questões legais relativas ao direito à saúde. Proposta 06 Assegurar que os Conselhos de Saúde possuam sede própria, estrutura física, dotação orçamentaria e financeira, equipamentos de informação e informática. Proposta 07 Instituir um Fórum Permanente Municipal, Estadual e Federal de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, juntamente com os Conselhos de Saúde, visando atualização de conhecimentos em Saúde e Segurança do Trabalho. Proposta 08 Garantir a inclusão de Ações de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora nos instrumentos de Gestão do SUS nas três esferas de governo. Proposta 09 Criar e reativar os Conselhos da Previdência Social em âmbito das Gerências Executivas do Instituto Nacional de Seguridade Social- INSS, para o exercício do Controle Social da Política Previdenciária. Proposta 10 Disponibilizar as informações previdenciárias sobre registros de acidentes e doenças do trabalho assim como de benefícios, de forma desagregada por empresas, respeitando o sigilo das informações individuais previstas em Lei. Proposta 11 Estimular a criação de espaços de promoção à saúde e prevenção de doenças durante a jornada de trabalho com acompanhamento laboral por profissionais especializados abordando atividades ocupacionais, ginástica laboral, apoio emocional psíquico e curativo. Além disso, incluir processo educativo de forma contextualizada à realidade local, criando a cultura de Vigilância em Saúde com identificação dos riscos inerentes ao processo de

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trabalho aliado à divulgação dos dados referentes à Saúde do Trabalhador (a), abrangendo direitos trabalhistas, riscos inerentes ao processo de trabalho e diagnóstico situacional no âmbito, regional, municipal, estadual e federal com uso de redes sociais, televisão, rádio, meio impresso – cartilhas e folders. Proposta 12 Garantir a implantação das Políticas de Educação Permanente na Saúde do Trabalhador e trabalhadora através de canais abertos de TV e programas de rádio, de alcance nacional tendo como alvo toda a população trabalhadora, incluindo os conteúdos da saúde do trabalhador (a) na grade curricular de todas as instituições de ensino, para os níveis primários, secundários e superior de educação. Proposta 13 Implementar a Portaria do Ministério da Saúde 1823 de 2012 que trata da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, fortalecendo a criação das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, elevando o fator de inserção do Trabalhador e Trabalhadora como atores sociais beneficiários desta política, fortalecendo os Conselhos de Saúde, obedecendo os preceitos da lei complementar 141 de 2012 e Resoluções do Conselho Nacional de Saúde número 363/2006, (Educação Permanente para o Controle Social no SUS) e 453/2012 (Estruturação e Funcionamento do Controle Social). Eixo 3 3ª Diretriz - Efetivação da Política Nacional e Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, considerando os princípios da integralidade e intersetorialidade nas três esferas de governo. Proposta 01 Rediscutir a regionalização da Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do trabalhador RENAST em todo o país, tomando o Plano Diretor de Regionalização – PDR como base para garantir a acessibilidade dos trabalhadores, considerando os princípios da igualdade, equidade e economia de escala, garantindo nos municípios sede de microrregião de saúde a criação de Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador- CEREST, e, nos demais, a criação de Núcleos de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, com equipe mínima composta de dois profissionais de nível superior e um de nível médio devidamente capacitado. Proposta 02 Desenvolver políticas de gestão do trabalho, considerando a agenda nacional do trabalho decente, instituindo e reformulando a adoção de Plano de carreira, cargo e salários, promovendo atenção integral à saúde do trabalhador respeitando a legislação em vigor e as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, fazendo cumprir o protocolo nº. 008 da Mesa Nacional de Negociação do SUS.

Proposta 03

Instituir o matriciamento como ferramenta para inserção das ações de saúde do trabalhador na atenção primária, realizado pelas equipes dos Centros de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador -CEREST, tendo as equipes do Núcleo de Apoio á Saúde da Família

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NASF como apoiadores, criando condições para que a atenção primária realize as ações de saúde do trabalhador. Proposta 04 Criar mecanismos de capacitação para garantir a identificação do assédio moral e dos agravos à saúde do trabalhador e da trabalhadora, monitorando o atendimento e a identificação das situações de assédio moral bem como a criação do disque denúncia a nível nacional. Proposta 05 Criar banco de dados sobre saúde do trabalhador, informatizado e intersetorial, advindos do Ministério do Trabalho e Emprego- MTE, Instituto Nacional de Seguridade Social- INSS, e outros sistemas previdenciários estaduais, municipais e federais e do SUS, que facilite o acesso às informações de Comunicação de Acidente de Trabalho -CAT, Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário- NTEP, Seguro de Acidente do Trabalho-SAT, perícias, perfil socioeconômico e ofereça subsídio para o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção da saúde do trabalhador, em parceria com a vigilância em saúde, empresa e órgãos. Proposta 06 Construir Política Nacional de Saúde, com financiamento tripartite, que garanta aos Trabalhadores e Trabalhadoras o acesso ao atendimento de saúde por equipe multidisciplinar em horário diferenciado, de acordo com a realidade do perfil trabalhista de cada município embasado no Projeto “Hora do Trabalhador”, a exemplo do município de Barbacena. Proposta 07 Planejar, implementar e executar efetivamente a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora no âmbito do Sistema Único de Saúde -SUS l em toda Rede de Atenção a Saúde, utilizando os Instrumentos de Gestão, qualificando permanentemente as Referências Técnicas e os Agentes de Saúde, estabelecendo horários adequados para atendimento aos trabalhadores.

Proposta 08 Capacitar as equipes de saúde e criar protocolo para a abordagem dos trabalhadores que procuram as Unidades de Saúde, vítimas de agravos gerados pelo trabalho, atentando para a investigação de acidentes de trabalho, notificações de acidentes graves, descrição de atestados e constatação do Código Internacional de Doenças- CID. Proposta 09 Ampliar o critério de notificação em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, pois atualmente são notificados os acidentes graves e fatais, havendo, portanto uma subnotificação dos acidentes de trabalho. Proposta 10 Alterar a legislação da Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do Trabalhador – RENAST, de forma a estabelecer critérios que permitam a criação do Centro de Referência Especializa em Saúde do Trabalhador CEREST em todas as microrregiões de saúde do país. Ampliando os recursos da Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do Trabalhador -RENAST do orçamento do Ministério da Saúde como forma de aumentar a capacidade de

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atendimento dos Centros de Referência Especializados em Saúde do Trabalhador -CERESTS, inclusive com dotação de recursos para pesquisas sobre as causas e responsabilidades dos acidentes de trabalho. Proposta 11 Garantir a criação de Lei de que nenhum médico ligado a Saúde do Trabalhador seja servidor do Instituto Nacional de Seguro Social-INSS e simultaneamente funcionário de empresa. Proposta 12 Criar legislação que torne as disfonias profissionais (doenças vocais) como doenças

ocupacionais e passar a notificá-la compulsoriamente.

Proposta 13 Garantir aos trabalhadores reabilitados a estabilidade no emprego por um período de no mínimo 36 meses. Proposta 14 Assegurar que as ações de saúde do trabalhador sejam interinstitucionais cabendo aos Ministérios do Trabalho, da Saúde e Previdência Social uma fiscalização conjunta nas diversas áreas de atuação levando em consideração o perfil profissiográfico.

Proposta 15 Reformular as fichas de notificação e investigação do Sistema de Informação de Notificação-SINAN, relacionadas aos 11 agravos de Saúde do Trabalhador, tornando-as mais objetivas. Proposta 16 Criar mecanismos de fiscalização das empresas públicas e privadas para acolher de forma obrigatória os trabalhadores deficientes e os reabilitados pelo Instituto Nacional do Seguro Social- INSS, sem redução salarial, por meio de implementação e aplicação de multas em caso do não cumprimento, além de mecanismos que garantam a estabilidade no emprego do trabalhador após o processo de reabilitação, até que este complete o tempo de contribuição para aposentadoria.

Proposta 17 Normatizar, por meio de legislação, a criação de um link de comunicação com o cruzamento de informações entre os entes públicos ministeriais: saúde, trabalho, educação, previdência social, além da disponibilização de um banco de dados com link de notificação comum que permita a integração entre as vigilâncias epidemiológica, sanitária, ambiental, saúde do trabalhador e os níveis de atenção à saúde (primária, secundária, terciária, urgência e emergência).

Proposta 18 Criar o Núcleo de Saúde do Trabalhador em cada município, composto por profissionais de área de Saúde e Segurança do Trabalho- SST que recebam educação permanente e suporte dos Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador- CEREST, fortalecendo as Referências Técnicas de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora, criando mecanismos para evitar a rotatividade das Referências Técnicas e organizar os fluxos de

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trabalhos. Proposta 19 Implantar um Centro de Referência Especializado em Saúde do Trabalhador -CEREST em cada sede de Gerência Regional de Saúde -GRS e Superintendência Regional de Saúde SRS com profissionais de Saúde do Trabalhador com dedicação exclusiva e que pelo menos um seja nomeado como autoridade em saúde para realizar vigilância e fiscalização em ambientes de trabalho, além de criar meios de cobrar a contrapartida do município sede e principalmente o apoio irrestrito às ações dos Centro de Referência Especializa em Saúde do Trabalhador -CEREST’S, bem como a interação do Centro de Referência Especializa em Saúde do Trabalhador -CEREST com as Comissões de Saúde e Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes- CIPAS. Proposta 20 Criar e implementar, Política Nacional de Cargos, Carreiras e Salários, com isonomia no Piso Salarial definido para todos os Trabalhadores do Sistema Único de Saúde SUS, nas três esferas de governo com jornada de trabalho de 6 horas diárias e redução para , no máximo, 40 horas semanais da jornada de trabalho para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. Proposta 21 Introduzir equipe multiprofissional no processo de concessão de auxilio doença previdenciário e acidentário, desde o ato pericial. Proposta 22 Efetivar a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e a legislação de saúde ocupacional com implementação dos protocolos, fiscalização efetiva no ambiente de trabalho e ações do Ministério do Trabalho e da Saúde com número adequado e proporcional de servidores públicos, considerando o quantitativo de trabalhadores nas empresas, as atividades produtivas e os risco do processo de trabalho, bem como aplicação no serviço público das normas de saúde e segurança do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, principalmente quanto a implantação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho- SESMT e elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO.

EIXO 4 4ª Diretriz - Financiamento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador, nos Municípios, Estados e União. Proposta 01 Votação, aprovação e sanção em regime de urgência do projeto de Lei de iniciativa popular SAÚDE+10.

Proposta 02 Financiamento tripartite das Ações de Saúde do Trabalhador (a) com base per capta tendo como referência o Piso de Atenção Básica PAB Fixo.

Proposta 03 Garantir o cofinanciamento por parte das três esferas, nas ações de saúde, diagnósticos e tratamentos, relacionados á Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

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Proposta 04 Garantir a aplicação mínima de 10% do Produto Interno Bruto no orçamento da União para a saúde, não eximindo a corresponsabilidade de financiamento pelos Estados e Municípios.

Proposta 05 Incluir nos Planos Municipais de Saúde a Saúde do Trabalhador, garantindo o seu desdobramento na Programação Anual de Saúde e o financiamento das ações previstas, de forma tripartite, deliberado pelos Conselhos de Saúde.

Proposta 06 Revisar periodicamente as Tabelas de Financiamento, Sistema de Informação Ambulatorial – SIA, Sistema Único de Saúde – SUS, Programação Pactuada Integrada-PPI, Blocos de Financiamento corrigidas pela inflação e inclusão de ações e procedimentos de Saúde do Trabalhador. Proposta 07 Transformar em lei a portaria 1823 de 23/08/2012. Política Nacional de Saúde do Trabalhador – PNST. Proposta 08 Criar um Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador -CEREST para cada Região de Saúde do Estado de Minas Gerais hierarquizado conforme a complexidade da Assistência em Polos e Regiões ampliadas de Saúde. Proposta 09 Garantir na Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO, a partir de 2016, recursos específicos para a Saúde do Trabalhador, assegurando ampla fiscalização das ações. Dentre os recursos, incluir o aumento do repasse DPVAT – Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre de 45% para 60% e 1% do montante dos Riscos Ambientais do Trabalho- RAT, valores estes destinados exclusivamente para atividades relacionadas à Saúde dos Trabalhadores.

Proposta 10 Garantir que o gerenciamento da execução dos recursos repassados pela Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do trabalhador – RENAST, seja feito com autonomia pelos Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador -CEREST, conforme planejamento anual, devendo suas contas serem apresentadas detalhadamente aos seus respectivos Conselhos de Saúde e divulgadas no Portal da Transparência de cada esfera de governo. Proposta 11 Pactuar com o Ministério da Saúde, que os recursos da Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do Trabalhador- RENAST destinados aos Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador- CEREST, atualmente repassados igualitariamente, sejam definidos com base em indicadores demográficos, epidemiológicos e perfil produtivo da região.

Proposta 12 Criar Gestão compartilhada para utilização do recurso da Rede Nacional de Atenção Integral a Saúde do Trabalhador-RENAST, nas Regiões de Saúde onde existe Centro de Referência

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Especializada em Saúde do Trabalhador-CEREST, com pactuação de percentual mínimo a ser investido em cada município, através da Programação Pactuada e Integrada- PPI, com deliberação dos Conselhos Municipais de Saúde e pactuação nas Comissão Intergestora Bipartite-CIB, Comissão Intergestora Regional- CIR e Comissão Intergestora Regional Ampliada – CIRA.

Proposta 13 Garantir que os recursos financeiros para implementação da Política de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora sejam executados pelo Estado (poder público) e não transferidos para o terceiro setor (Organização Social/Organização da Sociedade Civil de Interesse Privado). Proposta 14 Garantir que o orçamento financeiro da Seguridade Social seja destinado exclusivamente para as Políticas de Saúde, Assistência Social e Previdência Social, e não seja utilizado para o orçamento fiscal por meio da Desvinculação das Receitas da União-DRU. Proposta 15 Garantir o fortalecimento do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE com abertura de concurso público para contratação de fiscais como forma de efetivar a atuação do mesmo. Maior investimento financeiro do Governo Federal no Setor de Fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, para que os Trabalhadores e Trabalhadoras tenham melhorias em seus ambientes e processos de trabalho. Proposta 16 Garantir recursos para criação dos Centros de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador- CEREST, nas regiões de saúde e equipes exclusivas de saúde do trabalhador. Capacitação permanente para gestores e profissionais de saúde, garantindo o princípio da integralidade, assegurando a inserção das Ações de Saúde do Trabalhador em todos os pontos de atenção da rede Sistema Único de Saúde-SUS. Contemplando estas ações no Plano Plurianual, Plano de Saúde, na Programação Anual de Saúde e Relatório Anual de Gestão. Devendo ainda, serem considerados os diagnósticos de morbimortalidade e perfil produtivo, financiamento e a organização da rede, conforme a pactuação regional. Proposta 17 Garantir a autonomia dos coordenadores do Centro de Referência Especializada em Saúde do Trabalhador-CEREST, para uso dos recursos destinados a saúde do trabalhador mediante aprovação do Conselho de Saúde. Proposta 18 Fazer com que os Planos de Saúde Suplementares, efetuem o ressarcimento dos gastos de seus beneficiários ao Sistema Único de Saúde- SUS. Proposta 19 Aumentar os valores dos recursos Federal, Estaduais e Municipal destinados às Vigilâncias em Saúde do município, para que este seja capaz de gerir a saúde do trabalhador.

Proposta 20 Destinar recursos para capacitação de profissionais em Saúde do Trabalhador e

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Trabalhadora. Proposta 21 Orçar no Plano Plurianual PPA e na Lei de Diretrizes Orçamentária LDO o financiamento voltado aos recursos a serem aplicados diretamente na saúde do trabalhador, visando à saúde e a segurança.

Proposta 22 Garantir o financiamento para estruturação e manutenção dos serviços de saúde para desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador na rede municipal de saúde, abrangendo ações de promoção, prevenção, assistência, reabilitação e readaptação funcional.

Proposta 23 Investir em sistemas de informação para garantir fidedignidade dos dados e compartilhamento das informações dos diversos sistemas existentes sobre a saúde do trabalhador.

Proposta 24 Investir na criação do Serviço de Verificação de Óbito para as investigações de óbito por doenças relacionadas ao trabalho.

Proposta 25 Aumentar o financiamento para inovação dos serviços dos laboratórios públicos para alcançar a melhor oferta de serviços de apoio diagnostico aos trabalhadores.

Proposta 26 Garantir por meio dos Instrumentos de Gestão Municipais, os repasses de recursos para a saúde do trabalhador, com ações voltadas para a prevenção, promoção e reabilitação contemplando a efetivação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Proposta 27 Reverter todas as multas, geradas em relação ao não cumprimento das normas de saúde do trabalhador (a) para ações de promoção, prevenção e reabilitação e de segurança do trabalho.

Proposta 28 Incrementar o incentivo financeiro para execução dos serviços, de Atenção Básica, Média e Alta Complexidade, voltado aos trabalhadores que apresentem necessidades decorrentes das doenças e acidentes ocupacionais.

Proposta 29 Destinar 10% do Produto Interno Bruto-PIB, para a saúde, sendo 60% para a Atenção Básica, priorizando as ações de promoção, prevenção, diagnósticas e vigilância.

Proposta 30 Destinar recursos de medidas compensatórias dos empreendimentos econômicos (setores de serviços, agronegócios, indústria e comércio) destinando-os para as demandas da Saúde do Trabalhador e Trabalhadora.

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MOÇÕES: MOÇÕES DE APOIO - REGIÃO AMPLIADA CENTRO

Nós, delegados da 1ª Conferência de Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Macro

Região Centro de Minas Gerais, apoiamos o movimento dos trabalhadores da Prefeitura de

Belo Horizonte em greve por melhoria salarial, condições dignas de trabalho para que

possam assim prestarem um serviço de qualidade a população.

MOÇÃO – REGIÃO AMPLIADA NORDESTE

Queremos uma auditoria de todo o dinheiro da COPASA da COPANOR urgente. Ouvimos

os Conselhos Municipais das cidades cobertas por esse serviço, bem como toda a

população que esta política abrange.

MOÇÃO DE REPÚDIO – REGIÃO AMPLIADA NORDESTE

Os delegados e delegadas da I Conferência Macroregional Ampliada de Saúde do

Trabalhador e da Trabalhadora da Região Nordeste de Minas manifestam seu mais

veemente repúdio ao Governo de Minas, no que refere-se à contratação da COPANOR para

atuação nas regiões Norte, Nordeste e Vale do Jequitinhonha, quando destinou recursos

significativos e que são obrigação da COPASA; repudiamos ainda a total falta de Controle

Social nesta questão, a condescendência em permitir a manutenção desses recursos para a

Copanor até 31 de dezembro de 2.014. Nesse sentido, exigimos a abertura de uma

Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI na ALMG e auditoria independente na Copanor,

em função dos transtornos, frustações da população em relação a esse desvio de finalidade

dos recursos do SUS.

MOÇÃO DE REPÚDIO – REGIÃO AMPLIADA CENTRO

Moção de repúdio aos gestores municipais que insistem na prática que virou rotina, de

parcelar o reajuste salarial do trabalhador e da trabalhadora dos serviços públicos de duas

ou mais vezes. Ressaltamos que nenhuma tarifa pública de qualquer natureza, é parcelada

no momento de seu reajuste. Sabemos que esse parcelamento tem perdas significativas no

poder aquisitivo e na qualidade de vida dos trabalhadores. Entendemos que esta perda

traduz desvalorização, comprometimento da saúde e um desrespeito para o trabalhador. Por

isto somos favoráveis a esta moção.

MOÇÃO DE REPÚDIO

Os delegados da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de

Minas Gerais repudiam as ações de perseguição, assédio moral, irresponsabilidade com o

dinheiro público (R$ 2.000.000,00 da verba RENAST acumulados no CEREST ARAXÁ) e

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incompetência administrativa praticados pela senhora Maria Célia de Castro ex-

coordenadora do CEREST Regional de Araxá hoje atuando irregularmente no CEREST sem

designação para tal e dando continuidade a mais de uma década de mal uso dos recursos

da saúde do trabalhador para perseguir, assediar o trabalhador, omitir dados importantes de

acidentes de trabalho com mutilação e acidentes fatais, e usar o CEREST e a verba

RENAST para patrocinar uma saga de desmandos contra os servidores públicos e

trabalhadores de Araxá e região.

MOÇÃO DE REPÚDIO – REGIÃO AMPLIADA CENTRO SUL

Nós trabalhadores e trabalhadoras da I Conferência da Saúde do Trabalhador e da

Trabalhadora da Região Ampliada Centro Sul – MG repudiamos as atuais instalações do

CEREST Barbosa, responsável pelo atendimento de 15 municípios. Aquelas instalações não

são compatíveis com a responsabilidade que lhe é atribuída e nem com a posição que

ocupa no cenário de Minas, “ segundo melhor CEREST do Estado”, somando a isto, o

trabalhador e trabalhadora que precisa ser atendido ali; não conta com a privacidade exigida

ao sigilo de suas mazelas.

MOÇÃO DE REPÚDIO APROVADA NA ETAPA DA I CONFERÊNCIA DE SAÚDE DO

TRABALHADOR E DA TRABALHADORA DA REGIÃO AMPLIADA TRIÂNGULO SUL

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE E POR UMA SAÚDE PÚBLICA GRATUITA E DE

QUALIDADE

A presente moção de repúdio se faz necessária tendo em vista que a transferência de

responsabilidade e de recursos públicos financeiros para as Organizações Sociais no que

tange a implementação das políticas de saúde é inconstitucional, pois fere os Artigos 196 e

199 da Constituição Federal de 1988. A transferência da gestão da saúde pública para as

Organizações Sociais e outras Organizações do Terceiro Setor e Empresas de Saúde atinge

diretamente os trabalhadores da saúde, uma vez que essa transferência caracteriza a

privatização da saúde e coloca em risco os direitos sociais e trabalhistas conquistados com

a Constituição Federal de 1988, pois representa a precarização do trabalho, flexibiliza os

vínculos trabalhistas, traz sérios prejuízos para o erário público. Defende-se, portanto, uma

saúde pública, municipal, universal e de qualidade.

MOÇÃO – PREFEITURA DO PC do B – CARLIM MOURA – CONTAGEM MG

Repúdio contra o Prefeito e a administração de seus indicadores de caráter politico; assédio

moral, descaso com os servidores públicos, Recibo Pagamentos de Autônomo-RPA

(contratos escravos) concursados sem ser efetivados, indiferença a negociação às

reivindicações da pauta salarial de 2014 em nossa data base.

MOÇÃO DE REPÚDIO

Moção de repúdio ao MS (Ministério de Saúde) que ao criar o prova B (Programa de

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Valorização dos Profissionais na Atenção Básica) contemplou enfermeiros e dentistas com

salário de R$ 2.976,26 e médicos com salários de R$ 10.000,00 criando a maior disparidade

salarial com os trabalhadores da saúde que atuam no SUS.

MOÇÃO DE RECONHECIMENTO

Ao trabalho desenvolvido pela equipe que organizou e fez acontecer a IV Conferência

Macrorregional etapa Juiz de Fora, bem como aos palestrantes que nos honraram com seus

conhecimentos, que muito contribuiu e ajudou para o sucesso da mesma. Queremos aqui

parabenizar a todos e registrar uma afirmação da palestrante Lindimeri:

“O trabalho tem que ser uma fonte de prazer e não de adoecimento”.

MOÇÃO

Criar nas três esferas de Governo uma lei de incentivo para o fortalecimento do controle

social, colocando como ponto de avaliação de desempenho dos profissionais de saúde sua

efetiva participação nos conselhos de saúde.

MOÇÃO DE REPÚDIO COTRA AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E OSCIP’S CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE E POR UMA SAÚDE PÚBLICA GRATUITA E DE QUALIDADE

Nós delegados da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora,

repudiamos a transferência de responsabilidade e de recursos públicos financeiros para as

Organizações Sociais e OSCIP, uma vez que essa transferência é inconstitucional, pois fere

os Artigos 196 e 199 da Constituição Federal de 1988. A transferência da gestão da saúde

pública para as Organizações Sociais e outras Organizações do Terceiros Setor e Empresas

de Saúde atinge diretamente os trabalhadores da saúde, uma vez que coloca em risco os

direitos sociais e trabalhistas conquistados com a Constituição Federal de 1988, representa

a precarização do trabalho, flexibiliza os vínculos trabalhistas, traz sérios prejuízos para o

erário público e desrespeita o controle social e restringe a participação popular.

MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA A IMPLANTAÇÃO DA EBSERH NOS HOSPITAIS

UNIVERSITARIOS, HOSPITAIS REGIONAIS E HOSPITAIS MUNICIPAIS.

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS! CONTRA A EBSERH!

Nós, delegados da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora,

repudiamos a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) uma

vez que esta representa um atentado contra a autonomia universitária, ameaçando o caráter

público da assistência e do ensino produzidos dentro dos Hospitais Universitários. Essa

empresa fere os princípios da administração pública, precariza as relações de trabalho, tem

caráter privatista, desrespeita o controle social e restringe a participação popular.

MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA O PROGRAMA DE ACESSO A SAÚDE (PAIS) DO

MUNICIPIO DE BETIM-MG A SER ENCAMINHADA AO CONSELHO NACIONAL DE

CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS

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SAÚDE, CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE, CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE

BETIM-MG, MINISTÉRIO PÚBLICO, MINISTÉRIO DA SAÚDE, CONGRESSO NACIONAL,

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E CÂMARA DE BETIM – MG.

Os delegados participantes da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador, realizada

de 29 a 31 de maio de 2014, em Belo Horizonte, manifestam o mais veemente repúdio ao

prefeito de Betim e consequentemente ao gestor do SUS no município, que institui por meio

da Lei Municipal nº 5598 de 21 de agosto de 2013 o programa de Acesso e Incentivo a

Saúde (PAIS), que em sua definição incorpora a parceria privada locadora (PPL) parceria

Empregadora Privada (PEP) e as figuras de empregado assistidos (SAS) e familiar assistido,

que na prática e a completa entrega da atenção do SUS para a iniciativa privada já escolhida

que o poderoso grupo de planos e seguros de Saúde AMIL (Assistência Médica

Internacional), que assumirá o centro hospitalar integrada com 160 leitos.

Essa decisão que afronta a lei orgânica Municipal, constituição Estadual e Federal, torna-se

golpe de morte ao SUS Betim e deve ser revogada para o pleno desenvolvimento político e

social nas ações de serviço de saúde, respeitando a história do SUS e sua trajetória de 25

anos de existência no país, não como dádiva e sim conquista social.

MOÇÃO DE ATENÇÃO CONTRA QUAISQUER FORMAS E MANIFESTAÇÕES DE

ASSÉDIO MORAL NO CONTROLE SOCIAL

Os delegados participantes da IV Conferência Estadual de Saúde do trabalhador e da

trabalhadora de Minas Gerais, realizada de 29 a 31 de maio de 2014, em Belo Horizonte,

considerando as diretrizes da Resolução 453/2012 do Conselho Nacional de Saúde

amparada pela lei complementar 141/2012 de âmbito nacional, manifestam suas

preocupações sobre os rumos e a andamento do controle social no Brasil em todas as

instâncias e registram que:

Todos os conselheiros e conselheiras devem ser tratados com igualdade de

oportunidades e não deve haver tratamento diferenciado;

Todas as ações dos conselhos devem ser submetidas ao plenário do mesmo, com

democratização da representação do conselho;

Nenhuma mesa diretora e seus respectivos cargos não podem sobrepor o papel do

conselheiro e da conselheira, conselho não é meio de vida e sim espaço democrático

de participação de todos os segmentos;

Assédio moral e falta de ética são tipificadas como crime e todas as relações nos

conselhos que se materializam em assédio moral e social devem ser denunciados e

coibidos e os criminosos severamente punidos, visando ajustamento do real sentido

do controle social.

Os segmentos cumprindo estes preceitos em muito contribuindo para preservar a

saúde do trabalhador e da trabalhadora, acabar com a tirania e propiciar pleno

espaço para a efetiva fiscalização do SUS e o controle social do controle social.

MOÇÃO DE RECOMENDAÇÃO

CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS

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“Assunto: criação do disque denúncia nacional para receber denúncias de Assédio Moral no

trabalho.”

Os delegados da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

recomendam ao Governo Federal a criação de um disque denúncia nacional para receber e

encaminhar denúncia de assédio moral no trabalho.

MOÇÃO DE APOIO

A IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de Minas Gerais

demanda à Superintendência Regional Sudeste II do INSS a imediata reativação dos

Conselhos Previdência Social – CPS no âmbito das Gerências Executivas de sua

abrangência, conforme previsto no Decreto nº 4874 de 11/11/2003.

Entendemos que esse Conselho representa um instrumento constitucional de controle social

e garante a ampla participação de todos os setores da sociedade na discussão da política

previdenciária, que mantém estreita relação com a saúde do trabalhador.

MOÇÃO

Os delegados da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de

Minas Gerais, realizada nos dias 29, 30 e 31/05/2014, reivindicam a continuidade das

Conferências de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

MOÇÃO

Que haja regulamentação através de um decreto presidencial do Artigo 200 Inciso VIII da

Constituição Federal que responsabiliza SVS pelas as ações preventivas nos ambientes do

trabalho.

MOÇÃO

Moção de apoio à carta aberta da XVIII plenária nacional de conselhos de saúde, entidades,

movimentos sociais e populares.

Por iniciativa do Conselho Municipal de Saúde de Contagem, solicitamos assinaturas e

aprovação da plenária da IV Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora

– MG.